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Manejo de Plantas Daninhas na Cultura do Amendoim - IAC

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<strong>Manejo</strong> <strong>de</strong> <strong>Plantas</strong> <strong>Daninhas</strong> <strong>na</strong> <strong>Cultura</strong> <strong>do</strong> Amen<strong>do</strong>im<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> oferecer subsídios à melhor tecnificação da lavoura<br />

<strong>do</strong> amen<strong>do</strong>im, com ênfase no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, fez-se um levantamento<br />

<strong>do</strong> atual esta<strong>do</strong> da arte <strong>do</strong> manejo <strong>de</strong> plantas daninhas, com recomendações<br />

<strong>de</strong> práticas e <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Boletim técnico, 207, <strong>IAC</strong>, 2011<br />

2. COMPETIÇÃO<br />

O amen<strong>do</strong>im, como qualquer planta cultivada, não se <strong>de</strong>senvolve<br />

isoladamente, mas em populações estreitamente espaçadas e intimamente<br />

relacio<strong>na</strong>das. Na fase inicial, uma plântula <strong>de</strong> uma espécie não altera o<br />

estabelecimento <strong>de</strong> outra da mesma espécie ou <strong>de</strong> espécies diferentes. O<br />

efeito <strong>de</strong> uma planta sobre outra se inicia quan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>manda, por um ou mais<br />

fatores <strong>de</strong> crescimento, for maior que o suprimento. Duas plantas estão<br />

competin<strong>do</strong> entre si, quan<strong>do</strong>, em uma <strong>de</strong>las, ou ambas, ocorre redução no<br />

crescimento ou modificação no seu <strong>de</strong>senvolvimento, em comparação com<br />

aquelas que vegetam isoladamente. Diversos fatores influem nos resulta<strong>do</strong>s<br />

da competição entre as plantas das culturas e as plantas daninhas. Um <strong>do</strong>s<br />

mais importantes é o tempo em que os indivíduos permanecem juntos<br />

competin<strong>do</strong> entre si pelos fatores <strong>de</strong> crescimento <strong>do</strong> ambiente: luz, água,<br />

nutrientes e gás carbônico. Esse perío<strong>do</strong> é <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong><strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

competição. O perío<strong>do</strong> crítico <strong>de</strong> competição <strong>de</strong> mato é o tempo mínimo durante<br />

o qual a cultura <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong>le, a fim <strong>de</strong> evitar perda <strong>na</strong> produção. Po<strong>de</strong>m<br />

ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is casos: 1) o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo máximo que o mato e a<br />

cultura <strong>do</strong> amen<strong>do</strong>im po<strong>de</strong>m crescer e permanecer juntos antes que a<br />

competição comece. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo referi<strong>do</strong> representa o momento ótimo<br />

para o manejo <strong>do</strong> mato em pós-emergência 2) O tempo mínimo após a<br />

semeadura, em que a cultura <strong>de</strong>ve ser mantida livre <strong>de</strong> mato para não haver<br />

redução <strong>na</strong> produção. Este tempo se relacio<strong>na</strong> ao tempo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> residual<br />

para o herbicida <strong>de</strong> pré-emergência aplica<strong>do</strong> no solo. Na cultura <strong>do</strong> amen<strong>do</strong>im,<br />

os perío<strong>do</strong>s críticos <strong>de</strong> competição das plantas daninhas com a cultura ocorrem<br />

primeiro quan<strong>do</strong> as plantas são muito jovens e, <strong>de</strong>pois, após o início da<br />

frutificação. A extensão <strong>de</strong>stes perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores como solo e clima.<br />

A produção <strong>de</strong> amen<strong>do</strong>im é maior com a aplicação <strong>do</strong> sistema em que se<br />

capi<strong>na</strong> o mato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da cultura. O perío<strong>do</strong> crítico não é um perío<strong>do</strong><br />

fixo porque varia com as condições climáticas, fertilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo e composição<br />

da flora <strong>do</strong> mato. É um valor útil que dá uma idéia <strong>de</strong> quan<strong>do</strong> efetuar a capi<strong>na</strong>.<br />

A convivência <strong>do</strong> mato com o amen<strong>do</strong>im da seca diminui a produção<br />

<strong>de</strong> vagens se o perío<strong>do</strong> for maior <strong>do</strong> que 50 dias a partir da emergência.<br />

Diversas espécies <strong>de</strong> mato po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>na</strong> cultura <strong>do</strong> amen<strong>do</strong>im,<br />

<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se espécies anuais e perenes, altas e rasteiras, gramíneas e<br />

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