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Construindo Uma Prática Docente Mais ... - cefet-mg gematec

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“Todavia, sempre que o uso da metáfora é feito para que não enfrentemos os raciocínios<br />

formais ou, ainda mais problemático; sempre que o uso da metáfora é feito sem que a<br />

consideremos como tal, incorremos em sérios problemas epistemológicos.<br />

Freqüentemente constatamos isso no ensino: a banalização da metáfora e da analogia<br />

como forma de marcar o continuísmo entre conhecimento comum e conhecimento<br />

científico.” (Lopes, 1999, p. 215)<br />

O aspecto problemático, por sua vez, seria derivado do fato de que, por mais que se<br />

quisesse reconstruir os saberes científicos, seria comum, tanto os professores, quanto os<br />

autores de livros didáticos apropriarem-se desses conhecimentos, de forma a desconsiderar<br />

sua historicidade. Mesmo diante de tais dificuldades Lopes (1997), concorda com Astolfi e<br />

Develay (1989) sobre a afirmativa de que não é objetivo da escola transmitir conhecimentos<br />

de forma a se tornarem obstáculos para a construção de conhecimentos científicos. Ao<br />

contrário, a autora reconhece que, por vezes, pode-se constatar o esforço de professores em<br />

elaborar explicações para seus alunos, na tentativa de constituir formas de abordagens de<br />

conceitos científicos por meio de configurações cognitivas nem sempre equivocadas.<br />

Segundo ela, essas abordagens são também adotadas pelos cientistas no intuito de facilitar a<br />

compreensão de conceitos, até mesmo, para a própria comunidade científica. Nota-se que,<br />

ao adotarem um discurso defensor do conhecimento científico, Bachelard (1972) e Lopes<br />

(1997 e 1999) afirmam não desconsiderar outras formas de saber e salientam a importância<br />

de se reconhecer as especificidades de cada um e as conseqüências de práticas educativas<br />

permeadas por um discurso que homogeneíza a cultura, atuando como instrumento<br />

legitimador de desigualdade de acesso aos diferentes tipos de conhecimento.<br />

Dessa forma, torna-se compreensível a resistência de Lopes (1997 e 1999) no que<br />

diz respeito a técnicas metodológicas de mediação didática que utilizam analogias e<br />

metáforas como instrumentos capazes de tornarem conhecimentos abstratos e complexos,<br />

como os conhecimentos científicos, compreensíveis a partir da utilização de conhecimentos<br />

mais concretos ou familiares, como as concepções alternativas. No entanto faz-se<br />

necessário esclarecer melhor, por outro lado, a importância de lançar mão de técnicas de<br />

mediação didática que priorizam o conhecimento prévio trazido pelos alunos para a sala de<br />

aula.<br />

Linguagem Analogias e Metáforas.

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