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tesia, associadas à geral é uma manobra útil, que ajuda a<br />
promover analgesia e a minimizar as doses de anestésicos<br />
gerais envolvidos no processo, inclusive com a adoção de<br />
medidas de controle da dor no pós-operatório.<br />
Outro detalhe importante é que mesmo que os animais<br />
não estejam sob anestesia inalatória, devem estar entubados,<br />
uma vez que esta manobra ajuda a prevenir a aspiração<br />
de água e secreções, que podem causar graves alterações<br />
ao paciente.<br />
• ANESTESIA TÓPICA:<br />
As apresentações em forma de spray de Lidocaína 10% e<br />
Benzocaína 20% anestesiam mucosas em até 1 mm de<br />
profundidade com duração de cerca de 20 minutos. Já em<br />
forma de gel, a Lidocaína na concentração de 5% é o<br />
anestésico local mais comumente utilizado (Pinto e Mannarino,<br />
2004).<br />
• ANESTESIA INFILTRATIVA:<br />
Empregam-se para este propósito soluções hidrossolúveis<br />
com ou sem vasoconstritor para procedimentos do tipo<br />
sutura de mucosa ou língua, drenagem de mucocele. O<br />
procedimento anestésico é limitado nestes casos, pois o<br />
tratamento médico ocorre geralmente com a presença de<br />
inflamação no local afetado. A Lidocaína (7 mg/kg sem<br />
vasoconstritor e 9 mg/kg com vasoconstritor), a Mepivacaína<br />
(2 a 5 mg/kg), a Procaína (4 a 6 mg/kg sem vasoconstritor),<br />
a Bupivacaína (2 mg/kg) e a Ropivacaína<br />
podem ser utilizados neste tipo de anestesia local. Devese<br />
levar em consideração a área total a ser dessensibilizada,<br />
o que pode exigir a diluição dos anestésicos locais<br />
até uma concentração mínima de 0,25% para alcançar o<br />
volume necessário (Pinto e Mannarino, 2004).<br />
Outra utilização é a injeção no espaço periodontal. Para<br />
esta anestesia em particular a utilização seringas (carpule)<br />
e agulhas adequadas, mais finas e longas deve ser adotada.<br />
Esse bloqueio é mais efetivo em áreas de osso cortical<br />
fino, como nas regiões dos dentes incisivos mandibulares<br />
e maxilares (Bellows, 2004).<br />
• ANESTESIAS PERINEURAIS:<br />
Nesta modalidade anestésica deposita-se a solução aquosa<br />
do anestésico em regiões bem delimitadas da face anatomicamente<br />
em acordo com os principais troncos nervosos<br />
(Gross et al., 2000).<br />
Os principais bloqueios utilizados estão descritos a seguir.<br />
De maneira geral o clínico bem treinado consegue realizá-los<br />
com bastante eficiência, melhorando a qualidade<br />
do procedimento.<br />
Nervo infraorbitário: A administração de 1 mL de anestésico<br />
pode ser feita na emergência do canal infra-orbitário<br />
(Fig. 1), localizado dorsalmente a área do terceiro e quarto<br />
pré-molares, através da introdução da agulha em direção<br />
antero-posterior a uma profundidade de 0,5 a 1,0 cm (Luna,<br />
1998).<br />
Nervo Mentoniano: situado na emergência do forâmen<br />
mentoniano, pode ser dessensibilizado pela administração<br />
do anestésico (1 a 2 mL) próximo ao nervo mentoniano,<br />
através da inserção da agulha rostralmente ao forâmen<br />
(Fig. 2) na região do segundo dente pré-molar (Muir et al.,<br />
2000).<br />
Nervo Mandibular: em pequenos animais, a dessensibilização<br />
deste nervo é feita por meio da injeção de 1 a 2 mL<br />
de anestésico local, o mais próximo possível do ramo alveolar<br />
inferior do nervo mandibular, que adentra o canal<br />
mandibular através do forâmen mandibular. A agulha deve<br />
ser inserida com um pequeno ângulo através da maxila,<br />
aproximadamente 0,5 cm rostral ao processo angular<br />
e avança 1 a 2 cm dorsalmente, através da superfície medial<br />
do ramo da mandíbula para a borda do forâmen mandibular.<br />
Desta forma obtém-se analgesia de toda a mandíbula<br />
(Intelizano et al., 2002).<br />
4- Instrumental e material adequado<br />
De maneira geral, instrumentos adequados e de calibres<br />
e tamanhos diferentes deve estar à disposição em todos<br />
os procedimentos, uma vez que há grande variação de<br />
tamanho dos elementos dentários entre as espécies e até<br />
mesmo entre as raças.<br />
Um investimento para a realização não só de exodontias<br />
mas de vários procedimentos odontológicos na clínica é o<br />
equipo odontológico com as canetas de alta e baixa rotação<br />
e os kits de brocas adequadas. Na exodontia em<br />
particular ele tem utilidade na separação das raízes de<br />
dentes multirradiculados e nas alveolectomias, que serão<br />
descritas detalhadamente mais à frente.<br />
Apesar da grande disponibilidade de fórceps odontológicos,<br />
um conjunto formado pelos números 1, 67, 150 e 151<br />
permite a extração de todos os elementos dentários.<br />
Instrumentos para luxação e elevadores são usados para<br />
cortar / quebrar abaixo do ligamento periodontal, que<br />
mantém o dente no alvéolo. Os tamanhos diferentes são<br />
necessários para que um conjunto adequado para cada<br />
tamanho da raiz possa ser selecionado (Gorrel, 2004).<br />
Elevadores apicais são instrumentos delicados para remoção<br />
de pontas de raízes e espículas ósseas. Possuem<br />
lâminas longas, afiadas, finas, côncavas e projetadas para<br />
fácil inserção entre a ponta de raiz e o processo alveolar<br />
(Roza, 2004a).<br />
Sindesmótomos, elevadores de periósteo e descoladores,<br />
sobretudo o de Molt são bastante utilizados na desinserção<br />
dos tecidos periodontais e as curetas são utilizadas<br />
na remoção do tecido de granulação (Roza, 2004a).<br />
Material de síntese, hemostasia e diérese também são utilizados<br />
durante o procedimento e devem estar disponíveis.<br />
V&Z EM MINAS<br />
ARTIGO TÉCNICO 6<br />
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