A CNC e os desafios do Brasil
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POLÍTICA CAMBIAL E<br />
COMÉRCIO EXTERIOR<br />
O<br />
<strong>Brasil</strong> chega ao fim de 2010 com duas questões<br />
importantes que fragilizam o cenário econômico.<br />
A mais relevante, mas que se repete há an<strong>os</strong>,<br />
é o deficit público, resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> fato de o Governo<br />
gastar mais <strong>do</strong> que arrecada. A outra ganhou corpo<br />
no segun<strong>do</strong> semestre: a supervalorização <strong>do</strong> real em<br />
relação ao dólar, que trouxe a reboque seus conhecid<strong>os</strong><br />
efeit<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong>, como aumento das importações –<br />
com perdas para a produção nacional – e desestímulo<br />
às exportações.<br />
Sequela dessa situação é a pressão de alguns segment<strong>os</strong><br />
da indústria tentan<strong>do</strong> vender no comércio <strong>do</strong>méstico<br />
produt<strong>os</strong> que não conseguiram colocar no merca<strong>do</strong><br />
internacional. O Governo não demorou a reagir ao<br />
impacto, mas as medidas que a<strong>do</strong>tou para retomar o<br />
controle da política cambial conseguiram apenas atenuar<br />
a alta. Enquanto isso, a moeda norte-americana<br />
chegou, no início de outubro, à sua mais baixa cotação<br />
em <strong>do</strong>is an<strong>os</strong>: R$ 1,65.<br />
A <strong>CNC</strong> e <strong>os</strong> desafi<strong>os</strong> <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> 39
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