Novidades do varejo - CNC
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<strong>Novidades</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>varejo</strong><br />
Fevereiro e março de 2011<br />
n° 132, ano XI<br />
Ferramentas<br />
tecnológicas<br />
aplicadas ao comércio<br />
fazem com que o setor<br />
esteja a um passo – ou<br />
um clique – de novas<br />
fronteiras nos negócios<br />
E ainda:<br />
NOVA PESQUISA<br />
ECONÔMICA DA <strong>CNC</strong><br />
PÁGINA 25<br />
REUNIÃO COM O<br />
MINISTRO DO TURISMO<br />
PÁGINA 33<br />
www.cnc.org.br
1<br />
4<br />
Turismo para to<strong>do</strong>s<br />
Detentor da maior rede de Turismo Social <strong>do</strong> Brasil, o SESC oferece<br />
aos emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor de turismo e das demais empresas de comércio<br />
de bens e serviços a opção de viajar e conhecer novas culturas a preços<br />
acessíveis. Pioneira na atividade, a instituição atua há mais de 60 anos na<br />
democratização <strong>do</strong> setor turístico, apresentan<strong>do</strong> a sociedade a riqueza e<br />
diversidade <strong>do</strong> patrimônio brasileiro por meio <strong>do</strong> turismo ecológico, rural,<br />
religioso, cultural e histórico.<br />
6 7<br />
5<br />
2 3<br />
1 - Pousada Rural de Lages (SC) | 2 - Estância Ecológica SESC Tepequém (RR) | 3 - SESC Copacabana (RJ) | 4 - SESC Bertioga (SP)<br />
5 - Centro de Turismo e Lazer SESC Caldas Novas (GO) | 6 - SESC Piatã (BA) | 7 - Estância Ecológica SESC Pantanal (MT)<br />
www.sesc.com.br
Universo em expansão<br />
Comércio e tecnologia caminham juntos há muito tempo, em<br />
verdadeira simbiose. Da época <strong>do</strong> escambo, em que se trocava um<br />
produto pelo outro, à era das grandes lojas de departamento e das<br />
vendas por catálogo, as sociedades sempre buscaram aperfeiçoar<br />
as relações de troca. E as inovações tecnológicas revolucionaram a<br />
forma como essas relações se davam, com o surgimento <strong>do</strong> dinheiro,<br />
a evolução <strong>do</strong>s meios de transporte, a revolução industrial.<br />
Nos últimos 20 anos, o vertiginoso processo de evolução e consolidação<br />
da internet – a rede mundial de computa<strong>do</strong>res que está<br />
transforman<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> em uma única e gigantesca aldeia – tem<br />
potencializa<strong>do</strong> este que parece ser um <strong>do</strong>s traços defi ni<strong>do</strong>res da<br />
humanidade: comercializar.<br />
A revista <strong>CNC</strong> Notícias vem regularmente abordan<strong>do</strong> o assunto,<br />
pelos óbvios des<strong>do</strong>bramentos no dia a dia de to<strong>do</strong>s nós. A reportagem<br />
de capa desta edição trata de algumas das mais surpreendentes<br />
inovações que estão mudan<strong>do</strong> a forma de comprar e vender na<br />
grande rede. É a revolução na revolução. Sites de compras coletivas,<br />
a utilização das redes sociais e <strong>do</strong>s celulares como canais de venda,<br />
leilões de centavos. Um universo em expansão e dinâmico, que<br />
não se choca com o comércio tradicional, mas representa uma nova<br />
frente, com oportunidades e desafi os.<br />
A inovação, que sempre permitiu ao comércio se reinventar, é<br />
a matéria-prima que alimenta os meios digitais. Nada mais natural,<br />
portanto, que constatar os impactos benéfi cos dessas tecnologias,<br />
a serviço <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e também <strong>do</strong>s empresários em busca<br />
de bons negócios.<br />
Boa leitura!<br />
EDITORIAL<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
1
Presidente: Antonio Oliveira Santos.<br />
Vice-Presidentes: 1º - José Roberto Tadros; 2º - Darci Piana;<br />
3º - José Arteiro da Silva; Abram Szajman, Adelmir Araújo<br />
Santana, Bruno Breithaupt, José Evaristo <strong>do</strong>s Santos, José<br />
Marconi Medeiros de Souza, Laércio José de Oliveira, Leandro<br />
Domingos Teixeira Pinto, Orlan<strong>do</strong> Santos Diniz.<br />
Vice-Presidente Administrativo: Josias Silva de Albuquerque.<br />
Vice-Presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira.<br />
Diretores: Alexandre Sampaio de Abreu, Antonio Airton<br />
Oliveira Dias, Antônio Osório, Carlos Fernan<strong>do</strong> Amaral, Carlos<br />
Marx Tonini, Edison Ferreira de Araújo, Euclides Carli, Francisco<br />
Valdeci de Sousa Cavalcante, Hugo de Carvalho, Hugo Lima<br />
França, José Lino Sepulcri, Ladislao Pedroso Monte, Lázaro Luiz<br />
Gonzaga, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, Marcelo Fernandes<br />
de Queiroz, Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, Pedro Jamil<br />
Nadaf, Raniery Araújo Coelho, Valdir Pietrobon, Wilton Malta<br />
de Almeida, Zil<strong>do</strong> De Marchi.<br />
Conselho Fiscal: Anelton Alves da Cunha, Antonio Vicente<br />
da Silva, Arnal<strong>do</strong> Soter Braga Car<strong>do</strong>so.<br />
<strong>CNC</strong> NOTÍCIAS<br />
Revista mensal da Confederação Nacional<br />
<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
Ano XI, n ª 132, 2011<br />
Gabinete da Presidência:<br />
Lenoura Schmidt<br />
Assessoria de Comunicação (ASCOM):<br />
ascom@cnc.com.br<br />
Edição:<br />
Cristina Calmon (editora) e<br />
Celso Chagas (subeditor – Mtb 30683)<br />
Redação:<br />
Edson Chaves Filho, Geral<strong>do</strong> Roque,<br />
Joanna Marini e Luciana Rivoli Dantas<br />
Estagiário:<br />
Marcos Vinícius <strong>do</strong> Nascimento<br />
Design:<br />
Carolina Braga<br />
Revisão:<br />
DA/CAA-RJ/Secretaria Administrativa - Daniela Marrocos<br />
Impressão:<br />
Gráfi ca MCE<br />
Colabora<strong>do</strong>res da <strong>CNC</strong> Notícias de fevereiro e março 2011:<br />
Fabiana Barros e Clauderlan Vilela (Fecomércio-AL), Nayara<br />
Lessa (Fecomércio-AC), Aristóteles Quintela (Fecomércio-RO),<br />
Caroline Santos (Fecomércio-SC), Renato Klein (Fecomércio-TO),<br />
Wendell Rodrigues (Fecomércio-PB), Josiani Ebani (Febrac), Viviani<br />
Freitas (Fecomércio-AM), André Ribeiro (Fecomércio-PI), Luciano<br />
Kleiber (Fecomércio-RN), Gaziella Itamaro e Manoela de Borba<br />
(Fecomércio-SC) e Wany Pasquarelli (AGR-<strong>CNC</strong>).<br />
Colabora<strong>do</strong>r especial: Luiz Claudio de Pinho Almeida<br />
Créditos fotográfi cos: Divulgação/Apple Store Brasil (página 4),<br />
Divulgação/Virgin Atlantic (página 4), Carolina Braga (páginas<br />
5, 21, 28 e 36), Cristina Bocayuva (páginas 7, 19, 20, 27, 39,<br />
47 e 48), Divulgação/NRF (páginas 10 e 11), Divulgação/<br />
Fecomércio-SC (página 11), Divulgação/Fecomércio-RN (página<br />
12), Karen Aghazarian (página 17), Banco de imagens<br />
– Stock.xchng (páginas 28 e 38), Carlos Terra (páginas 28,<br />
29, 32, 33, 34 e 35), Ro<strong>do</strong>lfo Stuckert (página 29), Joanna<br />
Marini (página 30), Fabiana Barros (página 31), Divulgação/<br />
<strong>CNC</strong>-DS (página 38), Prefeitura de João Pessoa (página 41),<br />
Divulgação/SESC-RJ (página 42), José Renato Antunes (página<br />
42), Ivo Lima (página 43), Divulgação/Fecomércio-TO<br />
(página 43), Divulgação/Fecomercio-SP (página 44), Rose<br />
Peres (página 45), Divulgação/Fecomércio-RO (página 45),<br />
Caroline Marques (página 46), Divulgação/Febrac (Página 47),<br />
Pedro Ugarte/AFP PHOTO (3ª capa).<br />
Ilustrações:<br />
Carolina Braga (capa, páginas 8, 10, 12, 14 e 25)<br />
Marcelo Vital (capa, página 8)<br />
Projeto Gráfi co:<br />
Carolina Braga, Marcelo Almeida e Marcelo Vital.<br />
A <strong>CNC</strong> Notícias a<strong>do</strong>ta a nova ortografi a.<br />
<strong>CNC</strong> - Rio de Janeiro<br />
Av. General Justo, 307<br />
CEP.: 20021-130<br />
PABX: (21) 3804-9200<br />
2<br />
<strong>CNC</strong> - Brasília<br />
SBN Quadra 1 Bl. B - n° 14<br />
CEP.: 70041-902<br />
PABX: (61) 3329-9500/3329-9501<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
18<br />
Capa 08<br />
<strong>Novidades</strong> <strong>do</strong> <strong>varejo</strong><br />
Comitivas da Fecomércio-RN e da Fecomércio-SC estiveram<br />
na maior feira mundial <strong>do</strong> <strong>varejo</strong>, a Retail’s Big Show, que<br />
apontou tendências tecnológicas que já estão fazen<strong>do</strong> a<br />
diferença na forma como o consumi<strong>do</strong>r vai às compras.<br />
2011 começou com boas notícias<br />
para o comércio brasileiro<br />
O momento é favorável para a entrada de recursos estrangeiros<br />
no País, afi rmou o chefe da Divisão Econômica da <strong>CNC</strong>, Carlos<br />
Thadeu de Freitas, na última reunião de diretoria. No mesmo<br />
encontro, o vice-presidente administrativo da <strong>CNC</strong>, Josias<br />
Albuquerque, falou de sua experiência em missões internacionais,<br />
que devem se intensifi car em 2011.<br />
4 FIQUE POR DENTRO<br />
5 BOA DICA<br />
6 OPINIÃO<br />
8 CAPA<br />
- A um clique de novas oportunidades de negócios<br />
- Tecnologia a serviço das transações comerciais mostra<br />
outros rumos para o <strong>varejo</strong><br />
16 ENTREVISTA<br />
-Gerson Rolim<br />
18 REUNIÃO DE DIRETORIA<br />
- Um bom começo de ano para o comércio<br />
22 PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />
- Inadimplência em baixa sustenta intenção de consumo<br />
- Novo indica<strong>do</strong>r irá medir a confi ança <strong>do</strong>s<br />
empresários <strong>do</strong> comércio
37<br />
33<br />
26 ARTIGO<br />
- Ernane Galvêas: Conjuntura econômica<br />
25<br />
Indica<strong>do</strong>r vai medir a confiança<br />
<strong>do</strong>s empresários <strong>do</strong> comércio<br />
Nova pesquisa será lançada pela Divisão Econômica da <strong>CNC</strong> e<br />
vai ouvir representantes de grandes e pequenas empresas em to<strong>do</strong><br />
o Brasil, para mostrar as expectativas para o comércio varejista.<br />
A amostra mensal será realizada com aproximadamente seis mil<br />
empresas em todas as unidades da Federação.<br />
Câma Câmara Empresarial de Turismo da<br />
<strong>CNC</strong><br />
recebe o Ministro Pedro Novais<br />
Durante Durant reunião da CET em Brasília, o Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais,<br />
anunciou anunc a publicação da Portaria que reintroduz o sistema de classifi cação<br />
da re rede hoteleira no Brasil. O presidente da <strong>CNC</strong>, Antonio Oliveira Santos,<br />
eelogiou<br />
a atitude <strong>do</strong> ministro em participar de uma reunião para ouvir as<br />
reivindicações <strong>do</strong>s empresários <strong>do</strong> setor.<br />
<strong>CNC</strong> obtém liminar contra<br />
modificação na contribuição sindical<br />
Com os argumentos de que os sindicatos se fi liam às federações e confederações de<br />
acor<strong>do</strong> com a atividade econômica, e não por opção, a <strong>CNC</strong> conseguiu uma liminar<br />
na Justiça para suspender a Portaria n° 982/2010, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho, que<br />
modifi ca o sistema de distribuição da contribuição sindical.<br />
28 INSTITUCIONAL<br />
- Um sistema preocupa<strong>do</strong> com a sustentabilidade<br />
- Vice-presidente da <strong>CNC</strong> toma posse como deputa<strong>do</strong> federal<br />
- Gerente <strong>do</strong> SESC em nova composição da Comissão Nacional<br />
de Incentivo à Cultura<br />
- Renalegis defi ne estratégia de ação no Congresso Nacional<br />
31 PRODUTOS <strong>CNC</strong><br />
- Fecomercio-AL se torna Autoridade de Registro para Certifi cação Digital<br />
32 SERVIÇOS<br />
- Câmara de Terceirizáveis defende interesses no Parlamento<br />
33 TURISMO<br />
- Boas notícias para o turismo brasileiro<br />
- <strong>CNC</strong> renova apoio institucional ao Fórum Panrotas<br />
- Novas publicações abordam questões voltadas para megaeventos<br />
SUMÁRIO<br />
37 EM FOCO<br />
- <strong>CNC</strong> obtém liminar contra portaria que modifi ca repasse da<br />
contribuição sindical<br />
- Japão é exemplo de excelência nas relações trabalhistas<br />
- Conselho Deliberativo da Sudene tem participação da <strong>CNC</strong><br />
40 SISTEMA COMÉRCIO<br />
- Escola SESC de Ensino Médio comemora aprovação no vestibular<br />
- Fecomercio-PB divulga pesquisa sobre o turismo na Paraíba<br />
- Solidariedade e apoio às vítimas das chuvas na Região Serrana<br />
- SESC recebe prêmio pelo incentivo à cultura no Rio de Janeiro<br />
- Comitiva da Fecomércio-AM visita outras federações<br />
- Presidente da Fecomercio-TO participa de posse na Associação<br />
Comercial de Palmas<br />
- Prevenção contra chuvas e desastres naturais em<br />
debate na Fecomercio<br />
- Parceria entre Senac-AC e prefeituras vai investir em<br />
educação no interior <strong>do</strong> Acre<br />
- Fecomércio-RO discute mudanças para o trânsito de Porto Velho<br />
- Fecomércio-RS debate soluções para o descarte de resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />
- Presidente e diretores da Febrac participam de congresso<br />
na Nova Zelândia<br />
- Federações assinam convênio para fortalecimento das entidades<br />
48 HOMENAGEM<br />
- João Augusto de Souza Lima<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
3
FIQUE POR DENTRO<br />
4<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Merca<strong>do</strong> de aplicativos deve triplicar em 2011<br />
Levantamento da Garnet, empresa americana de pesquisa de merca<strong>do</strong>, mostra que a<br />
venda de aplicativos plic deve triplicar em 2011, passan<strong>do</strong> da marca de US$ 15 bilhões. Os<br />
aplicat aplicativos são os responsáveis por aumentar a funcionalidade <strong>do</strong>s smartphones,<br />
agr agregan<strong>do</strong> aos aparelhos várias utilidades, desde um simples bloco de notas<br />
a uum<br />
GPS ou um videogame.<br />
O responsável por esse crescimento é a plataforma Android, <strong>do</strong> Google,<br />
qu que é distribuída gratuitamente a fabricantes de celulares e se torna cada<br />
vez<br />
mais popular. Porém, a App Store, loja online da Apple, ainda é a cam-<br />
peã<br />
de vendas de aplicativos, detentora de 9 entre 10 <strong>do</strong>wnloads efetua-<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s, registran<strong>do</strong> 10 bilhões de transferências até janeiro de 2011. Segun<strong>do</strong><br />
a Gartner, G a Apple ainda deve <strong>do</strong>minar o merca<strong>do</strong> até 2014, apesar <strong>do</strong><br />
crescimento cre expressivo das outras lojas online. A Android Market é a<br />
segunda seg colocada, seguida da GetJar, que vende aplicativos para todas<br />
as plataformas e que atingiu 1 bilhão de <strong>do</strong>wnloads em 2010. A Gartner<br />
prevê pre<br />
ainda que em 2011, 81% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>wnloads serão gratuitos.<br />
Livros gastronômicos <strong>do</strong> selo Senac Editoras são premia<strong>do</strong>s<br />
Os livros Técnicas de Cozinha Profi ssional e Técnicas de Padaria Profi ssional, <strong>do</strong><br />
selo Senac Editoras, foram premia<strong>do</strong>s no Gourmand World Cookbook Awards, um <strong>do</strong>s<br />
mais importantes prêmios de literatura gastronômica <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O primeiro levou o prêmio<br />
de Melhor Livro de Comida Para Profi ssionais e o segun<strong>do</strong> ganhou na categoria<br />
Melhor Livro Sobre Pães. Além desses prêmios, outras quatro publicações da Editora<br />
Senac-SP foram premiadas: Dicionário <strong>do</strong> <strong>do</strong>ceiro brasileiro (Melhor Livro de Sobremesas),<br />
Nem Garfo nem Faca – À Mesa com Cronistas e Viajantes (Melhor Livro de Literatura<br />
Gastronômica), Bebida, Abstinência e Temperança - Na história antiga e moderna<br />
(Melhor Livro de História <strong>do</strong> Vinho, Melhor Livro de Literatura Sobre Vinho e Melhor<br />
Livro Sobre Vinho e Saúde) e Conheça Vinhos (Melhor Livro de Educação Sobre Vinho).<br />
Os títulos ainda foram fi nalistas ao Best of the World, categoria que reuniu 144 concorrentes<br />
de várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, cujos vence<strong>do</strong>res foram divulga<strong>do</strong>s na prestigiada<br />
Feira de Livros Gastronômicos de Paris, no início de março.<br />
Virgin Atlantic quer entrar no merca<strong>do</strong> brasileiro de aviação<br />
A companhia aérea britânica Virgin Atlantic deve ser a próxima a aproveitar o bom<br />
momento que vive o turismo brasileiro. Segun<strong>do</strong> o empresário Richard Branson, a Virgin<br />
deve implantar uma rota entre Brasil e Europa ainda em 2011, dan<strong>do</strong> início a uma entrada<br />
gradual no merca<strong>do</strong> brasileiro. A ideia é operar no merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>méstico e fazer as conexões<br />
entre aeroportos brasileiros até 2014, se estabelecen<strong>do</strong> antes da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />
Pela lei, a Virgin precisa se associar a uma empresa nacional para realizar voos internos,<br />
o que já estaria acontecen<strong>do</strong>. Ainda de acor<strong>do</strong> com<br />
Branson, o que o entusiasmou ainda mais foram os<br />
números em expansão <strong>do</strong> turismo brasileiro. Três<br />
aeroportos brasileiros (Belo Horizonte, Salva<strong>do</strong>r<br />
e Brasília) estão entre os 25 que mais crescem no<br />
mun<strong>do</strong>. A Virgin é uma das maiores companhias<br />
aéreas britânicas e realiza voos comerciais para 63<br />
destinos na América <strong>do</strong> Norte, Ásia e África.
Refl exos de um novo Brasil<br />
A crise econômico-fi nanceira que balançou o mun<strong>do</strong> em<br />
2008 e 2009 provocou mudanças na economia mundial e deixou<br />
vestígios que ainda podem ser vistos. O Brasil, por ter ganho<br />
força na economia mundial e nas relações internacionais, também<br />
sentiu os efeitos da crise, mas em uma escala muito menor,<br />
se comparada a outras nações, sen<strong>do</strong> o último País a entrar na<br />
crise e o primeiro a sair dela. Na publicação Um Novo Brasil,<br />
uma compilação de artigos, entrevistas e pronunciamentos <strong>do</strong><br />
presidente da <strong>CNC</strong>, Antônio Oliveira Santos, traz a posição da<br />
entidade em assuntos de interesse nacional nesse momento póscrise,<br />
como a previdência social, infraestrutura e comércio internacional,<br />
refl etin<strong>do</strong> em cada linha o contexto histórico em<br />
que o país se apresenta, lançan<strong>do</strong> um olhar sobre o futuro.<br />
Como um Projeto se Torna Lei<br />
ganha nova edição<br />
Para facilitar o entendimento de quem<br />
não está familiariza<strong>do</strong> com os trâmites e<br />
a linguagem <strong>do</strong> Processo Legislativo, a<br />
Assessoria junto ao Poder Legislativo<br />
(APEL) da <strong>CNC</strong> coordenou a 6ª edição<br />
<strong>do</strong> livro Como um Projeto Se Torna Lei,<br />
que explica como funcionam as atividades<br />
<strong>do</strong> Legislativo, os termos utiliza<strong>do</strong>s<br />
para defi nir as proposições, comissões <strong>do</strong><br />
Sena<strong>do</strong> e da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, entre<br />
outros. O livro tem páginas ilustradas<br />
com fl uxogramas da tramitação das proposições<br />
mais signifi cativas. A APEL-<strong>CNC</strong><br />
acompanha no Congresso Nacional a tramitação<br />
das proposições que interessam<br />
ao Comércio, Organização Sindical e<br />
Sesc/Senac, mantém o Sistema <strong>CNC</strong> informa<strong>do</strong>,<br />
orientan<strong>do</strong>-o quanto à melhor forma<br />
de empreender a ação parlamentar, com<br />
vista a adequar a lei à realidade <strong>do</strong> País.<br />
BOA DICA<br />
Livro aborda práticas de<br />
gestão para destinos turísticos<br />
Como atrair pessoas com tempo livre,<br />
dinheiro e disposição para conhecer novos<br />
lugares turísticos? Essa e outras questões<br />
são abordadas no livro Gestão de Destinos<br />
Turísticos – Como Atrair Pessoas para Polos,<br />
Cidades e Países, publica<strong>do</strong> pela Editora<br />
Senac Rio. O autor, Federico Vignati,<br />
fala de assuntos importantes sobre o turismo<br />
brasileiro, com dicas e informações<br />
sobre como administrar uma localidade<br />
com potencial para se transformar em um<br />
grande destino turístico. Com uma linguagem<br />
simples e objetiva, Vignati oferece os<br />
elementos para formar profi ssionais capazes<br />
de desenvolver os arranjos produtivos<br />
locais e regionais, em bases sustentáveis<br />
e competitivas. O livro também apresenta<br />
estu<strong>do</strong>s de caso e informações sobre o<br />
desenvolvimento econômico na América<br />
Latina, aproximan<strong>do</strong><br />
o leitor<br />
de outras experiências<br />
e novas<br />
formas de ver e<br />
fazer turismo.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
5
OPINIÃO<br />
6<br />
O<br />
vocábulo inovação entrou na<br />
literatura econômica por volta<br />
da década de 1930, quan<strong>do</strong><br />
Joseph Schumpeter, um <strong>do</strong>s grandes<br />
economistas <strong>do</strong> Século XX, fez referência,<br />
em seus estu<strong>do</strong>s, à figura <strong>do</strong><br />
“empreende<strong>do</strong>r dinâmico”. Essa figura<br />
corresponde ao empresário que, “amigo<br />
da inovação”, não hesita em incorrer<br />
nos riscos implícitos na aceitação<br />
<strong>do</strong> novo. A inovação, como resulta<strong>do</strong><br />
da aplicação de princípios científicos<br />
a novos instrumentos e méto<strong>do</strong>s nos<br />
processos de produção, gera para o seu<br />
detentor, durante certo tempo, o que<br />
se denomina “posição institucional de<br />
monopólio” e reflete maior lucratividade<br />
para a empresa.<br />
Daí a necessidade imperativa de dar<br />
proteção às inovações, através das licenças<br />
e patentes, em um sistema de<br />
registro reconheci<strong>do</strong> internacionalmente,<br />
que garante a exclusividade de<br />
uso até que, com a passagem <strong>do</strong> tempo,<br />
venham a ser <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público.<br />
Sobre o tema das patentes, a Folha<br />
de São Paulo publicou recentemente<br />
interessante matéria de autoria de Camila<br />
Fusco, na qual são feitas compa-<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Inovação e<br />
competitividade<br />
rações entre o Brasil e outros países,<br />
e recolhi<strong>do</strong>s depoimentos e reflexões<br />
sobre o nosso relativo atraso no campo<br />
da propriedade intelectual.<br />
Os da<strong>do</strong>s da Organização Mundial<br />
da Propriedade Intelectual (OMPI), que<br />
concentra os pedi<strong>do</strong>s de registro de patentes<br />
provenientes de todas as partes<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, trazem à luz tal atraso. Toman<strong>do</strong><br />
o ano de 2000 como base, a taxa<br />
média de crescimento da economia nacional<br />
levou o País a representar 2,7%<br />
da economia mundial no ano de 2009.<br />
Nesse mesmo espaço de tempo, em termos<br />
de patentes, o Brasil teve somente<br />
0,3% <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s internacionais. Em<br />
contraste, Coreia <strong>do</strong> Sul e China chegaram<br />
a 2009 com 5,7% e 7,3%, respectivamente,<br />
de participação no total de<br />
patentes mundialmente válidas.<br />
Há pelo menos três argumentos que<br />
explicariam porque as inovações não<br />
impulsionam, como poderiam, nossa<br />
competitividade interna e externa: <strong>do</strong>is<br />
de natureza cultural e um, talvez o mais<br />
importante, de caráter institucional.<br />
O primeiro argumento, apresenta<strong>do</strong><br />
pelo Professor Paulo Feldmann,<br />
da Universidade de São Paulo (USP),
Antonio Oliveira Santos<br />
Presidente da Confederação Nacional <strong>do</strong><br />
Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
baseia-se em que, diferentemente <strong>do</strong>s<br />
países asiáticos objeto da comparação,<br />
o Brasil tem riqueza de recursos naturais<br />
em tal abundância que inibiria a<br />
capacidade de inovar, como elemento<br />
necessário para assegurar a sobrevivência<br />
<strong>do</strong>s empreendimentos.<br />
Um segun<strong>do</strong> argumento, também<br />
exposto pelo Professor Feldmann, seria<br />
o caráter não finalista <strong>do</strong>s projetos<br />
de pesquisa leva<strong>do</strong>s a cabo no âmbito<br />
das Universidades, volta<strong>do</strong>s para<br />
a carreira <strong>do</strong> magistério e não para o<br />
merca<strong>do</strong>. Isso significa que grande<br />
parte das inovações seria gerada pelos<br />
corpos técnicos das próprias empresas,<br />
limitan<strong>do</strong> talvez a busca da inovação a<br />
avanços de natureza incremental.<br />
Por último, o terceiro argumento<br />
tem a ver com a limitada capacidade<br />
de o Instituto Nacional da Propriedade<br />
Industrial (INPI) analisar os pedi<strong>do</strong>s<br />
de concessão de patentes. Essa limitação<br />
parece ser de natureza geral,<br />
pois os escritórios de patente em to<strong>do</strong><br />
o mun<strong>do</strong> não conseguem dar vazão à<br />
“demanda decorrente da quantidade<br />
e da complexidade <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s”. Ha-<br />
veria, assim, uma situação para<strong>do</strong>xal,<br />
criada pela própria velocidade com a<br />
qual avança o progresso tecnológico.<br />
Seja como for, no caso <strong>do</strong> INPI, o fato<br />
é que um pedi<strong>do</strong> de concessão de patentes<br />
– há mais de 150 mil pendentes<br />
– pode levar nove anos para ser examina<strong>do</strong><br />
e deferi<strong>do</strong>. Para reduzir esse<br />
tempo, estão em marcha a expansão <strong>do</strong><br />
quadro de analistas, a informatização<br />
<strong>do</strong>s processos e a revisão de práticas<br />
internas. Ainda assim, o objetivo é o de<br />
reduzir o tempo de análise para quatro<br />
anos, ou seja, um prazo exagera<strong>do</strong>.<br />
Em um futuro imediato, mais <strong>do</strong> que<br />
a propensão a inovar, a recuperação e<br />
expansão da infraestrutura econômica<br />
nacional é que aumentaria, de mo<strong>do</strong><br />
considerável, a nossa capacidade concorrencial,<br />
internamente, pela contenção<br />
de importações e, externamente,<br />
pela expansão das exportações.<br />
Em matéria de inovação, tu<strong>do</strong> indica<br />
que a chave reside na criação<br />
de um elo firme entre a Universidade<br />
e o setor empresarial produtivo,<br />
que tem massa crítica para absorver<br />
esse conhecimento.<br />
OPINIÃO<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
7
CAPA<br />
8<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132
CAPA<br />
A um clique de<br />
novas oportunidades<br />
de negócios<br />
Interação entre consumi<strong>do</strong>r e empresa, atendimento mais<br />
personaliza<strong>do</strong>, sustentabilidade, compras coletivas, redes sociais,<br />
vendas por celular, leilões de centavos. Um novo universo, rico em<br />
detalhes, invade as empresas <strong>do</strong> comércio em to<strong>do</strong> o País - como<br />
se o setor estivesse fechan<strong>do</strong> negócios de olho no futuro, o que,<br />
por si só, é um desafi o para o empresário.<br />
Com a necessidade das empresas estarem cada vez mais atentas<br />
aos movimentos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, a <strong>CNC</strong> Notícias traz as novidades<br />
que estão ao alcance <strong>do</strong> comércio. Algumas das ideias foram<br />
expostas na Retail’s Big Show 2011, maior feira mundial <strong>do</strong><br />
<strong>varejo</strong>, em Nova York, com delegações de 74 países, entre eles o<br />
Brasil. Representantes das federações de comércio <strong>do</strong> Rio Grande<br />
<strong>do</strong> Norte e de Santa Catarina estiveram na feira e contam suas<br />
impressões sobre o que viram.<br />
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Novos caminhos e<br />
desafios no balcão de<br />
negócios <strong>do</strong> comércio<br />
Uma pergunta pode estar, nesse momento,<br />
na cabeça de muitos comerciantes<br />
em to<strong>do</strong> o País: a tecnologia<br />
é a nova alma <strong>do</strong>s negócios?<br />
Fora o trocadilho, o questionamento é<br />
pertinente em um setor que caminha - ou<br />
seria navega? - para transações que, de<br />
forma crescente, utilizam criatividade e,<br />
ao revés, dispensam a presença física <strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r para fechar um bom negócio.<br />
Para ver e entender de perto as novidades,<br />
representantes das Federações <strong>do</strong><br />
comércio <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s de Santa Catarina<br />
e <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte participaram,<br />
entre 9 e 12 de janeiro, da Retail’s Big<br />
Show 2011, convenção anual da National<br />
Retail Federation (NRF – Federação Nacional<br />
de Varejistas, em tradução livre),<br />
em Nova York.<br />
A edição deste ano <strong>do</strong> evento teve<br />
como focos principais a sustentabilidade,<br />
a interação on-line (todas as formas, desde<br />
mídias sociais até compras via celular) e a<br />
personalização <strong>do</strong> atendimento ao cliente.<br />
“Estes temas são absolutamente aplicáveis<br />
ao <strong>varejo</strong> em qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />
embora obedeçam algumas particularida-<br />
Na velocidade da tecnologia, práticas<br />
inova<strong>do</strong>ras de vendas surgem para auxiliar os<br />
empresários. Conheça o que têm si<strong>do</strong> feito, e<br />
como o Sistema Comércio acompanha o assunto<br />
des e níveis diferentes de aplicabilidade”,<br />
observa Bruno Breithaupt, presidente da<br />
Fecomércio-SC. “É muito importante saber<br />
quais as tendências para o nosso setor”,<br />
afi rma Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN.<br />
Ambos os empresários lideraram<br />
comitivas em visita ao evento.<br />
Outro ponto trabalha<strong>do</strong> durante a NRF<br />
2011 foram os novos meios de comunicação<br />
com os clientes, que cada vez mais<br />
usam a tela - seja <strong>do</strong> celular, <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r<br />
ou da TV - para fazer compras. “Além disso,<br />
fi car fora das redes sociais é envelhecer<br />
rapidamente. O empresário deve avaliar<br />
o que fazer quanto ao assunto”, destacou<br />
Queiroz. Segun<strong>do</strong> ele, as experiências já<br />
estão sen<strong>do</strong> aplicadas no Rio Grande <strong>do</strong><br />
Norte: “Fizemos pelo menos <strong>do</strong>is encontros<br />
com os empresários locais, nos quais<br />
repassamos uma espécie de relatório <strong>do</strong> que<br />
vimos. Além disso, um material compila<strong>do</strong><br />
pelos consultores que nos acompanharam<br />
foi envia<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os nossos associa<strong>do</strong>s<br />
via e-mail. Também repassamos o material<br />
ao nosso setor técnico, que vai propor, ainda<br />
no primeiro trimestre<br />
deste ano, a re-
alização de eventos (palestras, seminários,<br />
workshops) que tenham como foco exatamente<br />
a operacionalização desta aplicação<br />
prática”, explicou à <strong>CNC</strong> Notícias.<br />
Na avaliação de Bruno Breithaupt, as<br />
novas ferramentas de negócios são perfeitamente<br />
aplicáveis à realidade <strong>do</strong> comércio<br />
de Santa Catarina. “Os temas são atuais e<br />
já fazem parte da realidade <strong>do</strong> comércio<br />
catarinense. Há, no entanto, muito espaço<br />
para a disseminação de informação, e,<br />
principalmente, das inovações tecnológicas<br />
para o setor”. Segun<strong>do</strong> ele, o que se<br />
discute, na verdade, é o comportamento<br />
- como o cliente tem agi<strong>do</strong> em termos de<br />
consumo e como as suas necessidades se<br />
transformam, principalmente face às novas<br />
tecnologias. “Mais <strong>do</strong> que isso, como<br />
o empresário pode perceber esta dinâmica<br />
no comportamento <strong>do</strong> cliente e se antecipar,<br />
não só atenden<strong>do</strong> às expectativas, mas<br />
também infl uencian<strong>do</strong> desejos e crian<strong>do</strong><br />
diferenciais que possam atraí-lo”, contextualiza<br />
o empresário.<br />
Os cases apresenta<strong>do</strong>s e os debates sobre<br />
a realidade <strong>do</strong> <strong>varejo</strong> mundial mostraram,<br />
na NRF, um perfi l geral de clientes<br />
mais exigentes e informa<strong>do</strong>s, que valorizam<br />
cada vez mais o atendimento personaliza<strong>do</strong><br />
e a facilidade de acesso aos pro-<br />
A comitiva da<br />
Federação <strong>do</strong> Comércio<br />
<strong>do</strong> Paraná, durante a<br />
convenção em Nova<br />
York: temas atuais<br />
já fazem parte da<br />
realidade catarinense<br />
dutos. O foco passa a ser o serviço, que<br />
se traduz em valor agrega<strong>do</strong> ao produto.<br />
Surpreender o cliente com alguma inovação<br />
que valorize e torne mais agradável a<br />
sua experiência no processo de compra é<br />
o principal diferencial percebi<strong>do</strong> como relevante.<br />
“O cliente não busca mais apenas<br />
o produto, ele busca uma experiência, e é<br />
isso que as empresas precisam ter em mente”,<br />
complementa Breithaupt.<br />
Princípios seculares, mas renova<strong>do</strong>s<br />
Luiz Cláudio de Pinho Almeida, especialista<br />
em e-commerce da Divisão Econômica<br />
da <strong>CNC</strong>, não só concorda com os<br />
presidentes das federações, como observa<br />
que o comércio - mesmo instrumentaliza<strong>do</strong><br />
pelas novas tecnologias e impulsiona<strong>do</strong><br />
por novos clientes - continua, em<br />
parte, a se guiar pelos mesmos princípios<br />
fi losófi cos que vêm prevalecen<strong>do</strong> há séculos,<br />
relaciona<strong>do</strong>s ao bom atendimento e à<br />
CAPA<br />
A Retail’s Big<br />
Show 2011 reuniu<br />
representantes <strong>do</strong><br />
<strong>varejo</strong> de to<strong>do</strong> o<br />
mun<strong>do</strong>. Brasil foi um<br />
<strong>do</strong>s países que mais<br />
enviou participantes<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
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CAPA<br />
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Marcelo Queiroz,<br />
presidente da<br />
Fecomércio-<br />
RN, ao la<strong>do</strong> de<br />
um membro de<br />
sua comitiva:<br />
experiências<br />
mundiais para<br />
aplicação local<br />
construção de uma<br />
relação de confi ança.<br />
“A novidade<br />
está no comportamento<br />
da clientela<br />
e nas ferramentas<br />
de trabalho”, diz.<br />
O economista<br />
explica que, atualmente, diante de uma<br />
clientela mais instruída, educada e consciente<br />
de seus direitos, o bom relacionamento<br />
entre empresa e consumi<strong>do</strong>r tem<br />
um valor inestimável. “E esse bom relacionamento<br />
se constrói desde o primeiro<br />
atendimento, até o pós-venda, passan<strong>do</strong><br />
pela política de entrega/cumprimento de<br />
prazos e de troca de merca<strong>do</strong>rias. Para<br />
dar curso a esse processo, as novas ferramentas<br />
com plataforma na Internet são<br />
inigualáveis”, complementa.<br />
Almeida aponta que um site bem construí<strong>do</strong>,<br />
onde sejam ressaltadas de forma<br />
inequívoca as políticas de vendas, de trocas,<br />
de pagamentos e de fi nanciamentos<br />
da empresa, e onde se ofereçam canais<br />
de comunicação efi cientes (e-mail e telefones,<br />
com colabora<strong>do</strong>res aptos ao serviço)<br />
é um grande alia<strong>do</strong> para conquistar<br />
a clientela. “Essas mesmas ferramentas<br />
podem ser usadas no pós-venda, com sucesso:<br />
seria simpático uma cliente receber,<br />
por exemplo, da sapataria onde comprou<br />
um calça<strong>do</strong>, uma mensagem perguntan<strong>do</strong><br />
sobre sua satisfação com o produto. E, na<br />
mesma mensagem, oferecer um desconto,<br />
para um novo par, se compra<strong>do</strong> naquela semana;<br />
ou ainda informan<strong>do</strong> sobre modelos<br />
recém-chega<strong>do</strong>s, ofereci<strong>do</strong>s com exclusividade,<br />
durante um perío<strong>do</strong> determina<strong>do</strong>,<br />
para clientes especiais”, analisa.<br />
Outra realidade atual é que muitos consumi<strong>do</strong>res<br />
procuram comprar de empresas<br />
que apresentem balanços sociais positivos.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
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No Brasil, esse movimento está começan<strong>do</strong>,<br />
mas nos países desenvolvi<strong>do</strong>s já é<br />
uma realidade. Ou seja, empresas que estão<br />
envolvidas em ações de cunho social,<br />
ecológico, educacional ou em qualquer outra<br />
disciplina que represente retorno para<br />
a sociedade têm mais chances de sair na<br />
frente. E quanto mais instruí<strong>do</strong> e com melhor<br />
poder econômico for o cliente, maior<br />
será sua seletividade em relação à ação social<br />
das empresas, inclusive atuan<strong>do</strong> como<br />
parceiro, seja através de <strong>do</strong>ações diretas<br />
ou por meio da compra de produtos com<br />
destinação específi ca da receita ou parte<br />
desta. “Esse, ao fi nal, é outro poderoso<br />
instrumento na construção da reputação da<br />
empresa e, claro, de vendas consistentes e<br />
de permanência no merca<strong>do</strong>”, afi rma Luiz<br />
Cláudio de Pinho Almeida.<br />
O especialista enfatiza também que as<br />
redes sociais – que vieram para fi car e que<br />
se transformam a cada dia – não podem ser<br />
ignoradas pelo comércio e pelas empresas:<br />
“Elas devem ser usadas de forma inteligente,<br />
para estabelecer relacionamentos<br />
positivos, que irão contribuir para a construção<br />
da reputação e alavancar vendas”.<br />
Mas essa é uma área muito delicada, ressalta.<br />
“Ações desastradas, clientes insatisfeitos<br />
ou problemas semelhantes também<br />
têm um poder devasta<strong>do</strong>r dentro das redes<br />
sociais. A empresa deve ter essa área cuidada<br />
por profi ssionais”, aconselha. Resta<br />
ao comerciante colocar a mão na massa -<br />
ou melhor, nas teclas!
Tecnologia a serviço das<br />
transações comerciais mostra<br />
outros rumos para o <strong>varejo</strong><br />
Na internet, compras coletivas e leilões de centavos são<br />
as mais recentes novidades no comércio. O uso <strong>do</strong> celular<br />
também começa a se estender ao merca<strong>do</strong> varejista<br />
O<br />
comércio eletrônico no Brasil faturou<br />
R$ 15 bilhões em 2010 e<br />
esse resulta<strong>do</strong> mostra que a confi<br />
ança <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r em comprar pela<br />
internet aumentou consideravelmente. Em<br />
2002, apenas 2 milhões de brasileiros utilizavam<br />
a rede para a compra de produtos.<br />
Em 2010, esse número subiu para 23 milhões,<br />
segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Câmara Brasileira<br />
de Comércio Eletrônico e da e-bit, empresa<br />
especializada em da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor. Com<br />
o índice de satisfação com o serviço chegan<strong>do</strong><br />
a 86%, outras formas de explorar o<br />
comércio na rede foram surgin<strong>do</strong>, conquistan<strong>do</strong><br />
os consumi<strong>do</strong>res e revolucionan<strong>do</strong> a<br />
forma de vender pela internet.<br />
Uma dessas novas formas apareceu no<br />
Brasil em março de 2010, quan<strong>do</strong> o site<br />
Peixe Urbano entrava no ar, apresentan<strong>do</strong><br />
aos brasileiros uma moda que já era sucesso<br />
em outros países, as compras coletivas.<br />
O processo é simples: vender um produto<br />
ou um serviço por um preço reduzi<strong>do</strong>,<br />
ao maior número de pessoas interessadas.<br />
Os sites de compras coletivas vendem o<br />
cupom de desconto para determinada oferta,<br />
que só passa a valer depois de atingir<br />
um número de compra<strong>do</strong>res. Assim, os<br />
sites fazem a ponte entre os clientes e os<br />
estabelecimentos, com descontos que variam<br />
entre 50% e 90%. O negócio acaba<br />
trazen<strong>do</strong> satisfação para to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s,<br />
seja o consumi<strong>do</strong>r, que adquiriu<br />
o serviço com desconto; seja o empresário<br />
que vê sua marca divulgada e<br />
atrain<strong>do</strong> mais clientes; sejam os próprios<br />
sites, que levam uma parcela em<br />
cada venda de cupom de desconto.<br />
O méto<strong>do</strong> deu certo e continua atrain<strong>do</strong><br />
novos consumi<strong>do</strong>res a cada dia, fazen<strong>do</strong><br />
das compras coletivas uma febre no País,<br />
provocan<strong>do</strong> um crescimento desenfrea<strong>do</strong><br />
neste tipo de comércio eletrônico. “O<br />
brasileiro é um povo muito social, que<br />
gosta de compartilhar novidades. O boca<br />
a boca acaba atrain<strong>do</strong> mais clientes, ajudan<strong>do</strong><br />
o crescimento <strong>do</strong> negócio”, afi rma<br />
Letícia Leite, diretora de comunicação <strong>do</strong><br />
Peixe Urbano. Em abril de 2010, um mês<br />
após o surgimento <strong>do</strong> portal, eram apenas<br />
10 os sites de compras coletivas no merca<strong>do</strong>.<br />
Esse número cresceu para 400 em<br />
dezembro de 2010, e para 1025 em janeiro<br />
de 2011, segun<strong>do</strong> o site Bolsa de Ofertas,<br />
especialista em compras coletivas.<br />
Para Letícia, o sucesso da prática está<br />
na comodidade que o serviço traz. “As<br />
compras coletivas reúnem serviços por um<br />
preço muito menor <strong>do</strong> que o disponível<br />
no merca<strong>do</strong>. Isso faz com que o cliente se<br />
sinta motiva<strong>do</strong> a conhecer os estabelecimentos<br />
e que acabe se fi delizan<strong>do</strong> a eles”,<br />
explica a diretora, que ressalta que o site<br />
acaba sen<strong>do</strong> uma ótima ferramenta de publicidade<br />
para as empresas.<br />
O Peixe Urbano fechou o ano de 2010<br />
com mais de 5 milhões de usuários cadastra<strong>do</strong>s,<br />
já vendeu mais de 3 milhões de<br />
cupons de desconto e no seu rastro vieram<br />
CAPA<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 13
CAPA<br />
14<br />
outros sites, como o ClickOn e o Groupon,<br />
sen<strong>do</strong> este último o líder de vendas mundiais<br />
no setor. Presente em 37 países, o<br />
Groupon já é o maior site de compras coletivas<br />
<strong>do</strong> Brasil, e, com apenas sete meses<br />
de presença nacional, ocupa a posição<br />
n° 22 no ranking <strong>do</strong>s sites mais acessa<strong>do</strong>s<br />
no País, de acor<strong>do</strong> com o Bolsa de<br />
Ofertas. Juntos, Peixe Urbano, Groupon<br />
e ClickOn concentram 80% de todas as<br />
compras coletivas na internet, estiman<strong>do</strong><br />
um faturamento de R$ 1 bilhão em 2011,<br />
alcançan<strong>do</strong> um em cada <strong>do</strong>is internautas.<br />
Os setores que se associam aos sites<br />
de compras coletivas também lucram<br />
com a atividade, em especial o turismo.<br />
Com ofertas que proporcionam descontos<br />
atraentes ao consumi<strong>do</strong>r, como 60%<br />
de desconto em duas diárias em uma<br />
pousada em Búzios, Rio de Janeiro, por<br />
exemplo, os cupons de turismo já são os<br />
preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s clientes de compras coletivas.<br />
“Não acreditávamos no turismo<br />
no começo, mas o setor se mostrou um<br />
<strong>do</strong>s preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s usuários, junto com<br />
a gastronomia e a estética. Com o site,<br />
é possível que pessoas de to<strong>do</strong> o Brasil<br />
visitem quaisquer destinos oferta<strong>do</strong>s,<br />
amplian<strong>do</strong> o nosso leque de clientes”,<br />
afi rma Letícia.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Centavo a centavo<br />
Outra novidade que está ganhan<strong>do</strong> força<br />
e já tem seus adeptos no Brasil são os<br />
chama<strong>do</strong>s Leilões de Centavos, onde os<br />
consumi<strong>do</strong>res podem arrematar produtos<br />
com um preço praticamente simbólico.<br />
O modelo surgiu em 2008 na Alemanha,<br />
com o Swoopo, hoje o maior portal <strong>do</strong><br />
gênero no mun<strong>do</strong>. A lógica é a mesma de<br />
um leilão comum, onde cada participante<br />
dá o seu lance livremente. A diferença<br />
está no tempo em que um lance pode ser<br />
da<strong>do</strong>, que varia entre 15 e 20 segun<strong>do</strong>s.<br />
Outro diferencial é que o preço só aumenta<br />
de centavo em centavo, daí o nome<br />
‘leilão de centavos’.<br />
Segun<strong>do</strong> Carlos Eduar<strong>do</strong> Barros, diretor<br />
de Marketing <strong>do</strong> site de leilões Mukirana.com,<br />
o sucesso <strong>do</strong> negócio está no<br />
próprio formato. “Com o site é possível<br />
adquirir produtos de última geração, eletrônicos<br />
e artigos de informática, por<br />
exemplo, a um custo inimaginável. E<br />
também há o fator entretenimento. No<br />
Mukirana.com, é possível arrematar um<br />
produto e ainda se divertir”, diz. Recentemente,<br />
o Mukirana.com vendeu um console<br />
Playstation 3 por R$ 51,19, sen<strong>do</strong> que<br />
ele custa normalmente R$ 1.300,00, uma
economia de 96% para o usuário. E essa<br />
é apenas uma das mais de três mil ofertas<br />
que o site já vendeu desde o seu início,<br />
em 2009.<br />
Os sites não se benefi ciam com os lances<br />
em si, mas com a venda de pacotes de<br />
lances. Apesar de um lance equivaler a um<br />
centavo, o usuário chega a pagar por ele<br />
entre 75 centavos a 1 real. Sen<strong>do</strong> assim,<br />
os sites de leilão lucram com a venda <strong>do</strong>s<br />
lances, independente de quem arrematar<br />
o produto e da quantia oferecida. “Queremos<br />
difundir ainda mais o modelo de<br />
negócio e torná-lo algo mais popular. Esperamos<br />
estar com pelo menos o triplo de<br />
produtos oferta<strong>do</strong>s e com um faturamento<br />
três vezes maior <strong>do</strong> que em 2010”, afi rma<br />
Carlos Eduar<strong>do</strong>.<br />
Compras na palma da mão<br />
Os telefones celulares evoluíram<br />
e ganharam to<strong>do</strong> tipo de utilidade,<br />
até se transformar em uma<br />
nova geração de aparelhos:<br />
os smartphones. As<br />
vendas desse tipo de<br />
telefone cresceram<br />
279% em 2010,<br />
segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da<br />
consultoria Nielsen. Com o<br />
Tabela reproduzida <strong>do</strong><br />
site Bolsa de Ofertas,<br />
especializa<strong>do</strong> em compras<br />
coletivas, que lista os 50<br />
maiores sites <strong>do</strong> setor.<br />
Ao la<strong>do</strong>, os 15 primeiros<br />
coloca<strong>do</strong>s e as posições que<br />
ocupam entre os sites mais<br />
visita<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País<br />
acesso à internet,<br />
as atividades antes<br />
destinadas ao computa<strong>do</strong>r<br />
pessoal se transferiram<br />
para ele – incluin<strong>do</strong> as compras.<br />
Muitas empresas já desenvolveram<br />
aplicativos exclusivos de suas marcas<br />
para promover a venda pelo celular, de<br />
olho também nos tablets, nova sensação<br />
tecnológica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
Mesmo celulares que não possuem<br />
internet já acompanham as transações<br />
<strong>do</strong> comércio “off-line”. Alguns estabelecimentos<br />
já aceitam o pagamento<br />
feito pelo celular em serviços ofereci<strong>do</strong>s<br />
pelas opera<strong>do</strong>res de telefonia. É<br />
o caso <strong>do</strong> Oi Paggo, serviço forneci<strong>do</strong><br />
pela Oi, onde o cliente informa o<br />
número de celular no ato da compra.<br />
Uma mensagem é enviada por SMS<br />
pela opera<strong>do</strong>ra e o cliente digita uma<br />
senha, autorizan<strong>do</strong> a transação, que<br />
vem cobrada em uma fatura posteriormente<br />
– como um cartão de crédito. O<br />
número de usuários desse serviço ainda<br />
é baixo, sen<strong>do</strong> que apenas 3,9 milhões<br />
de transações deste tipo foram feitas<br />
em 2010. Mas a tendência é esse número<br />
crescer, já que empresas como<br />
Vivo, Mastercard e Visa já anunciaram<br />
plataformas de pagamento via celular<br />
para serem implantadas já no primeiro<br />
semestre de 2011.<br />
CAPA<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 15
ENTREVISTA<br />
16<br />
Gerson Rolim<br />
“As compras coletivas<br />
vieram para ficar”<br />
O modelo de compras coletivas é um sucesso e chegou ao Brasil<br />
movimentan<strong>do</strong> grandes somas. Para analisar o fenômeno, a <strong>CNC</strong><br />
Notícias ouviu Gerson Rolim, diretor <strong>do</strong> Instituto Latinoamericano<br />
de Comércio Eletrônico (ILCE) e coordena<strong>do</strong>r da camara-e.net, que<br />
também deu dicas para o comerciante que quer ocupar seu espaço<br />
na grande rede mundial de computa<strong>do</strong>res<br />
O merca<strong>do</strong> de compras coletivas é apenas<br />
uma febre passageira ou veio mesmo<br />
para fi car?<br />
As compras coletivas vieram para fi -<br />
car. Para ter uma ideia, os resulta<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> pioneiro neste setor em seu país de<br />
origem (EUA), o GroupOn, atingiram<br />
US$ 500 milhões em 2010, segun<strong>do</strong> o<br />
banco Morgan Stanley, o que levou o Google<br />
a inicialmente oferecer US$2 bilhões,<br />
chegan<strong>do</strong> a US$6 bilhões para comprálo.<br />
Ofertas não aceitas pela empresa, que<br />
preferiu continuar operan<strong>do</strong> sozinha no<br />
merca<strong>do</strong>. E não é apenas nos EUA que<br />
este novo e interessante modelo de negócios<br />
vai bem. No Brasil, estima-se que,<br />
apesar <strong>do</strong>s dez meses de funcionamento,<br />
as compras coletivas tenham obti<strong>do</strong><br />
R$ 500 milhões <strong>do</strong>s 405 sites que oferecem<br />
esse tipo de produto. Em 2011,<br />
especialistas acreditam que o segmento<br />
poderá triplicar e ir a R$ 1,5 bilhão.<br />
Certamente teremos fusões, aquisições e<br />
uma mortalidade óbvia, ten<strong>do</strong> em vista a<br />
grande quantidade de sites que surgiram,<br />
devi<strong>do</strong> à bolha que se formou. Todavia, os<br />
melhores permanecerão.<br />
Qual a parcela deste merca<strong>do</strong> no comércio<br />
eletrônico em geral?<br />
Provavelmente, as compras coletivas<br />
representarão 10% das compras via Internet<br />
como um to<strong>do</strong>. Lembran<strong>do</strong> que compra<br />
coletiva não deve ser confundida com<br />
<strong>varejo</strong> online.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Porque os sites que oferecem compras<br />
coletivas, descontos e leilões por centavos<br />
fazem tanto sucesso com o consumi<strong>do</strong>r?<br />
Simplesmente por que os consumi<strong>do</strong>res<br />
a<strong>do</strong>ram descontos. No caso <strong>do</strong>s leilões por<br />
centavos, ainda existe o apelo da competição,<br />
<strong>do</strong> jogo entre os participantes.<br />
O consumi<strong>do</strong>r está mais confi ante para<br />
fazer compras pela internet?<br />
Sem sombra de dúvidas. Ano após ano,<br />
o consumi<strong>do</strong>r brasileiro fi ca mais confi ante<br />
no comércio eletrônico. O faturamento<br />
<strong>do</strong> e-commerce em 2010 no Brasil, de<br />
R$ 15,2 bi (crescimento de 40% em relação<br />
à 2009) consolida esta colocação.<br />
Que cuida<strong>do</strong>s devem ser toma<strong>do</strong>s nas<br />
transações online?<br />
Os e-consumi<strong>do</strong>res podem seguir os 10<br />
mandamentos de segurança <strong>do</strong> MIS, o Movimento<br />
Internet Segura da camara-e.net,<br />
disponíveis em www.internetsegura.org.br,<br />
lembran<strong>do</strong> que os cuida<strong>do</strong>s nas compras<br />
coletivas são os mesmos segui<strong>do</strong>s no<br />
e-commerce. As principais dicas são:<br />
protegerás teu computa<strong>do</strong>r; jamais fornecerás<br />
senhas; fi carás atento aos endereços<br />
em que navegas; conferirás sempre<br />
teus pagamentos; manterás sempre<br />
atenção ao fornecer da<strong>do</strong>s pessoais;<br />
nunca participarás de sorteios fáceis;<br />
resistirás a ofertas tenta<strong>do</strong>ras; terás cuida<strong>do</strong><br />
com programas de invasão; prestarás<br />
sempre atenção aos e-mails que<br />
recebes; e em movimentações fi nan-
ceiras, seguirás sempre as regras para o<br />
internet banking.<br />
Que características devem ser observadas<br />
para os empresários que desejam entrar<br />
neste merca<strong>do</strong>?<br />
Há três pilares fundamentais para estruturar<br />
uma operação de comércio eletrônico:<br />
defi nir um plano de ferramentas<br />
de web marketing a serem utilizadas, bem<br />
como reservar um orçamento específi co<br />
para esta ação; estabelecer uma logística<br />
adequada para a entrega <strong>do</strong>s produtos; e<br />
ter um sistema de compra por cartão de<br />
crédito, uma vez que no Brasil 80% das<br />
vendas são feitas por cartão de crédito. No<br />
caso das compras coletivas, obviamente,<br />
não temos o pilar logístico, pois trata-se da<br />
venda de cupons de desconto. Todavia, os<br />
outros <strong>do</strong>is pilares continuam tão importantes<br />
quanto. O terceiro pilar é composto<br />
pelo catálogo de ofertas <strong>do</strong> site. Em suma,<br />
o sucesso nas compras coletivas depende<br />
basicamente de marketing, foco no e-mail<br />
marketing - ou seja, quanto maior for sua<br />
base de e-mails, maior a sua chance de<br />
sucesso. O segun<strong>do</strong> fator de importância<br />
são as ofertas e, neste caso, quanto maior<br />
o número de ofertas, menores os preços e<br />
melhores os produtos, maior será a atratividade<br />
<strong>do</strong> site.<br />
Atualmente, uma enxurrada de sites<br />
de compras coletivas tem invadi<strong>do</strong> a internet.<br />
Esse crescimento pode acarretar o<br />
declínio <strong>do</strong> serviço?<br />
Gerson Rolim<br />
Certamente esta bolha em que vivemos<br />
pode acarretar uma piora na qualidade <strong>do</strong>s<br />
serviços, devi<strong>do</strong> à possível abertura de sites<br />
que não estejam devidamente prepara<strong>do</strong>s<br />
para operar. Todavia, a regra da seleção<br />
natural já começou e já temos sites sen<strong>do</strong><br />
compra<strong>do</strong>s, e acredito até que alguns de<br />
menor sucesso, na base da pirâmide, já estejam<br />
em processo de fechamento. Daqui a<br />
alguns anos, teremos alguns sites genéricos,<br />
oferecen<strong>do</strong> produtos de vários segmentos e<br />
outros tantos sites de nicho, especializa<strong>do</strong>s<br />
em seus merca<strong>do</strong>s verticais, como o Viajar-<br />
Barato (http://www.viajarbarato.com.br/),<br />
no setor de turismo online.<br />
O consumi<strong>do</strong>r que pratica o e-commerce<br />
está cada vez mais informa<strong>do</strong>. Isso se refl ete<br />
nas informações que devem ser colocadas à<br />
disposição dele no mun<strong>do</strong> virtual?<br />
Certamente. Com o advento <strong>do</strong>s sites de<br />
busca e comparação de preços, o e-consumi<strong>do</strong>r<br />
aprendeu a se informar antes de efetuar<br />
suas compras, mesmo as feitas fora da<br />
Internet. Ademais, as redes sociais complementam<br />
o rol de informações sobre os produtos<br />
e serviços a serem compra<strong>do</strong>s. Assim,<br />
quanto mais informações dispormos sobre<br />
nossos produtos, melhor.<br />
Qual é a sua expectativa de crescimento<br />
<strong>do</strong> comércio eletrônico para este ano?<br />
A expectativa da camara-e.net é que<br />
o comércio eletrônico cresça em torno<br />
de 30% este ano, atingin<strong>do</strong> a marca <strong>do</strong>s<br />
R$ 19,7 bilhões em 2011.<br />
ENTREVISTA<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 17
REUNIÃO DE DIRETORIA<br />
18<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Um bom começo de<br />
ano para o comércio<br />
Momento é favorável à entrada de recursos externos no País<br />
– saber lidar com eles e com a infl ação são os principais<br />
desafi os da economia, em um ano que, se não repetir os<br />
resulta<strong>do</strong>s de 2010, pode chegar bem perto disso<br />
A<br />
economia brasileira começou bem<br />
este ano, no rastro de um 2010 que,<br />
por sua vez, superou expectativas.<br />
Mas em 2011 poderemos assistir a uma desaceleração<br />
da atividade, sobretu<strong>do</strong> em função<br />
das medidas tomadas pelo Governo quanto<br />
ao crédito e à taxa básica de juros, para conter<br />
a infl ação no País, uma ameaça a um cenário<br />
tão promissor.<br />
A opinião é de Carlos Thadeu de Freitas,<br />
chefe da Divisão Econômica da <strong>CNC</strong>, e foi<br />
exposta na última reunião de Diretoria da<br />
Confederação, realizada em janeiro. “Estamos<br />
conviven<strong>do</strong> com uma situação inédita<br />
nos últimos anos. Os países chama<strong>do</strong>s ricos<br />
têm dívidas bastante elevadas e juros bastante<br />
baixos, e têm um risco muito alto. Há alguns<br />
dias, o risco de países como a França, de não<br />
pagar sua dívida, era muito maior <strong>do</strong> que o<br />
Risco-Brasil”, exemplifi cou o economista.<br />
Diante de um quadro internacional incerto<br />
(para não dizer ruim), o Brasil, assim<br />
como outros países emergentes, se tornou<br />
destino de investimentos externos, e aí reside<br />
a grande questão da economia nacional.<br />
“Nosso principal desafi o hoje é lidar com<br />
essa entrada maciça de recursos, que está<br />
sen<strong>do</strong> potencializada por uma política monetária<br />
que está subin<strong>do</strong> a taxa de juros. Ao<br />
subir a taxa de juros para combater a pressão<br />
infl acionária, isso atrai mais recursos ainda.<br />
O Governo tem feito to<strong>do</strong>s os esforços para<br />
controlar essa entrada de recursos”, disse<br />
Thadeu de Freitas.<br />
Segun<strong>do</strong> ele, os investi<strong>do</strong>res atualmente<br />
temem a compra de títulos de países europeus.<br />
“O que está acontecen<strong>do</strong>? É um fenô-<br />
meno inédito: os países ricos estão crescen<strong>do</strong><br />
pouco, as oportunidades de investimento são<br />
bem menores. Por sua vez, o aperto fi scal<br />
que está sen<strong>do</strong> feito na Europa leva os países<br />
a crescerem menos ainda”, complementou<br />
Carlos Thadeu.<br />
A favor <strong>do</strong> Brasil, Thadeu de Freitas destacou<br />
que o País é cre<strong>do</strong>r líqui<strong>do</strong> internacional<br />
em mais de US$50 bilhões. Entretanto,<br />
no cenário interno, as medidas governamentais<br />
para conter a entrada de recursos não<br />
estão surtin<strong>do</strong> efeito. “Por que não funciona?<br />
Porque existe uma perspectiva de o real<br />
valorizar-se ainda um pouco mais”. De acor<strong>do</strong><br />
com o economista, o dólar pode chegar a<br />
níveis muito baixos, em função de as taxas<br />
de juros internas e as commodities estarem<br />
em alta. “Há uma demanda muito forte por<br />
commodities, que cresce de forma acelerada<br />
nos países emergentes, como China e<br />
Índia”, ponderou.<br />
Além disso, existe hoje em dia o que Carlos<br />
Thadeu de Freitas classifi cou como choque<br />
de oferta, já que os problemas climáticos<br />
que estão acontecen<strong>do</strong> com mais frequência<br />
ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> planeta levam a uma diminuição<br />
na oferta de commodities. Por consequência,<br />
os preços sobem, não apenas porque a oferta<br />
é menor, mas porque os países estão demandan<strong>do</strong><br />
mais. “Como somos exporta<strong>do</strong>res de<br />
commodities, o Brasil tem essa moeda cada<br />
dia mais valorizada, e o Governo tenta evitar<br />
que isso aconteça”, afi rmou o economista.<br />
Para o chefe da Divisão Econômica da<br />
<strong>CNC</strong>, o grande problema <strong>do</strong> Governo atualmente<br />
é conter as pressões infl acionárias.<br />
Mas ao subir os juros para conter a infl ação,
pode agravar a questão da sobrevalorização<br />
<strong>do</strong> câmbio. Por outro la<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Carlos<br />
Thadeu, os indica<strong>do</strong>res que acompanham a<br />
inadimplência no País mostram queda, e a<br />
intenção de consumo, como em to<strong>do</strong> o início<br />
de ano, diminuiu, mas não chega a níveis<br />
preocupantes. “Não houve ainda uma queda<br />
no consumo das famílias. Vai cair lentamente,<br />
à medida que o crédito está fi can<strong>do</strong> mais<br />
caro, mas é um processo lento. Desacelerar<br />
nossa economia será muito difícil, porque a<br />
entrada de capitais está muito forte”, afi rmou<br />
Carlos Thadeu de Freitas.<br />
O contexto econômico brasileiro é muito<br />
favorável em termos de entrada de recursos<br />
externos. O defi cit em conta-corrente, mesmo<br />
ten<strong>do</strong> subi<strong>do</strong> em 2010, ainda é altamente<br />
fi nanciável, além de não se confi gurar como<br />
um problema de curto prazo. Segun<strong>do</strong> Carlos<br />
Thadeu, o Brasil vai continuar solvente<br />
nos próximos anos. “Mas vai continuar ten<strong>do</strong><br />
um problema sério de como evitar a entrada<br />
de recursos externos. Se o Governo fechar<br />
muito a entrada de recursos externos, quan<strong>do</strong><br />
precisar não vai ter”, frisou. Para Thadeu,<br />
o Brasil, hoje, é um País que não apresenta<br />
risco para os investi<strong>do</strong>res porque tem uma<br />
cobertura institucional mais segura: “Quem<br />
investe no Brasil tem muito mais amparo<br />
institucional <strong>do</strong> que quem investe na China<br />
ou na Rússia. Temos agências que permitem<br />
ao investi<strong>do</strong>r ter certeza de que vai ter seu<br />
dinheiro de volta”.<br />
Conviver com o real aprecia<strong>do</strong> pode ser<br />
bom para o comércio, na visão de Carlos<br />
Thadeu de Freitas. “Nos próximos anos, a<br />
não ser que haja uma perspectiva de alta de<br />
taxa de juros muito forte nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />
e isso só vai acontecer se houver pressão<br />
infl acionária, vamos ter o real aprecia<strong>do</strong>, o<br />
que é muito bom para o comércio. Eu acho<br />
que os próximos serão, como foram os últimos,<br />
os anos <strong>do</strong> comércio”.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, o economista também<br />
acredita que o Brasil vai continuar crescen<strong>do</strong>.<br />
“O País não vai desacelerar muito:<br />
vai cair de crescimento de sete para 4.5,<br />
5%, o que é uma taxa boa de crescimento<br />
econômico”, disse.<br />
À vista, só temos um problema: contornar<br />
as pressões infl acionárias, que vão continuar.<br />
Para isso, é importante o Governo<br />
se enquadrar mais, não pode confi ar só na<br />
política de segurar taxa de juros mais alta,<br />
porque isso vai atrair mais dólares ainda.<br />
“Não acredito que o Brasil vá ter mudanças<br />
radicais nos próximos meses. Vai ter<br />
uma desaceleração. As pequenas e médias<br />
empresas, que dependem de empréstimo<br />
bancário, vão pagar um pouco mais caro,<br />
vão ter o prazo um pouco mais curto. As<br />
empresas que dependem <strong>do</strong> BNDES, que<br />
têm dinheiro barato, essas vão continuar<br />
ten<strong>do</strong> acesso a dinheiro barato. As pequenas<br />
e médias empresas, realmente, vão ser um<br />
pouco prejudicadas nesse processo, porque<br />
dependem de crédito bancário”, enfatizou o<br />
economista. Nada que prejudique o comércio.<br />
“O empresário brasileiro, em geral, está<br />
otimista”, fi nalizou Thadeu.<br />
Ao microfone,<br />
Carlos Thadeu de<br />
Freitas fala sobre a<br />
economia no País, ao<br />
la<strong>do</strong> <strong>do</strong> presidente<br />
da <strong>CNC</strong>, Antonio<br />
Oliveira Santos, e <strong>do</strong><br />
vice -presidente da<br />
entidade, Gil Siuffo<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 19
ECOS DA DIRETORIA<br />
Josias Albuquerque<br />
expõe à Diretoria da<br />
<strong>CNC</strong> sua experiência<br />
de 14 anos na<br />
realização de missões<br />
empresariais ao exterior<br />
- negócios fecha<strong>do</strong>s<br />
falam por si<br />
20<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
<strong>CNC</strong> vai promover<br />
missões empresariais para<br />
incrementar negócios<br />
A<br />
pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> presidente da <strong>CNC</strong>,<br />
Antonio Oliveira Santos, o vicepresidente<br />
Administrativo da entidade<br />
e presidente <strong>do</strong> Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE,<br />
Josias Albuquerque,<br />
descreveu durante a primeira reunião de<br />
Diretoria da entidade este ano, em janeiro,<br />
sua experiência na realização de missões<br />
empresariais ao exterior, que promove<br />
desde 1996, um ano após assumir a presidência<br />
das entidades <strong>do</strong> Sistema Comércio<br />
em Pernambuco.<br />
Ao assumir a vice-presidência administrativa<br />
da Confederação, Albuquerque<br />
recebeu a incumbência de organizar missões<br />
empresariais em nome da <strong>CNC</strong> para<br />
aproximar empresários, fomentar negócios<br />
e investimentos. O presidente da <strong>CNC</strong> su-<br />
Vice-presidente da Confederação e presidente<br />
<strong>do</strong> Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Josias<br />
Albuquerque vai usar as experiências de sucesso<br />
em seu esta<strong>do</strong> para to<strong>do</strong> o Sistema Comércio<br />
geriu que a primeira missão empresarial<br />
em nome da Confederação seja realizada<br />
para a China. “É o país que hoje granjeia<br />
a maior curiosidade, o maior interesse <strong>do</strong><br />
nosso País”, disse Oliveira Santos.<br />
Em 22 de fevereiro, Josias Albuquerque<br />
anunciou, durante o Encontro<br />
Brasil-China, realiza<strong>do</strong> na cidade de Petrolina,<br />
mais uma missão empresarial à<br />
China. É a terceira que a Federação organiza<br />
e a primeira realizada a nível nacional<br />
pela <strong>CNC</strong>. A parte operacional<br />
será feita pela Fecomércio-PE, que já tem<br />
expertise no assunto.<br />
Josias explicou, na reunião de Diretoria<br />
da <strong>CNC</strong>, que o formato das missões não é<br />
de turismo, mas de trabalho. “Realizamos<br />
seminários, levamos autoridades brasileiras<br />
para expor o que o Brasil representa<br />
no cenário econômico mundial, e para<br />
mostrar o potencial brasileiro para receber<br />
investimentos. As missões sempre foram<br />
orientadas nesse senti<strong>do</strong>”, destacou.<br />
Antonio Oliveira Santos ressaltou que<br />
as missões são concebidas em um formato<br />
interessante para o empresaria<strong>do</strong> de diversos<br />
segmentos. “As missões que o Josias<br />
tem feito por Pernambuco têm uma característica<br />
que não é só da Federação daquele<br />
esta<strong>do</strong>. A federação administra, pilota, mas<br />
tem uma gama variada de componentes da<br />
indústria, da agricultura, e uma boa parte <strong>do</strong><br />
governo”, ressaltou. “A experiência de Per-
A intensifi cação<br />
<strong>do</strong>s negócios e <strong>do</strong>s<br />
investimentos entre<br />
Brasil e China,<br />
em especial com<br />
Pernambuco, pautou<br />
matéria <strong>do</strong> jornal<br />
Valor Econômico, dia<br />
9 de fevereiro<br />
nambuco é excelente, tem produzi<strong>do</strong> bons<br />
resulta<strong>do</strong>s. Tenho acompanha<strong>do</strong> todas as<br />
missões de Pernambuco, inclusive a Confederação<br />
tem participa<strong>do</strong> dessas iniciativas,<br />
e o Josias agora vai procurar estruturar isso<br />
com alguma atividade institucional da nossa<br />
Confederação”, complementou.<br />
As missões promovidas pela Fecomércio-PE<br />
já visitaram Portugal, Espanha,<br />
França, Holanda, Alemanha, Rússia, Polônia,<br />
Itália, Índia, Dubai, África (Angola e<br />
África <strong>do</strong> Sul) e China. “Essas missões não<br />
são fi nanciadas pela Federação <strong>do</strong> Comércio.<br />
Cada participante fi nancia sua parte,<br />
de forma independente”, enfatizou Josias.<br />
China<br />
A Fecomércio de Pernambuco realizou<br />
a primeira viagem à China em 2007, com<br />
150 componentes. “Além <strong>do</strong> nosso grupo<br />
de 120 pessoas, o governa<strong>do</strong>r de Pernambuco,<br />
Eduar<strong>do</strong> Campos, reuniu mais participantes,<br />
pessoas da área <strong>do</strong> governo, mais<br />
empresários, secretários de Esta<strong>do</strong>, deputa<strong>do</strong>s<br />
estaduais, federais e representantes<br />
<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>. A missão foi um sucesso”, defi<br />
ne Josias Albuquerque.<br />
Também em 2007 foi aberto o primeiro<br />
escritório de representação da entidade<br />
naquele país, e uma segunda representação<br />
já foi instalada em Pequim, no fi m <strong>do</strong> ano<br />
passa<strong>do</strong>. “Na China, realizamos <strong>do</strong>is semi-<br />
ECOS DA DIRETORIA<br />
nários, em Pequim<br />
e em Xangai. Tivemos a coragem<br />
de instalar um escritório comercial<br />
da Federação em Xangai. Esse escritório<br />
está funcionan<strong>do</strong> e queremos ampliálo,<br />
transforman<strong>do</strong>-o em um escritório da<br />
Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio,<br />
para atender a to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s. Não podemos<br />
fi car limita<strong>do</strong>s. Nós, da <strong>CNC</strong>, queremos<br />
que o comércio cresça, que o Brasil<br />
cresça”, complementou Josias.<br />
O 1º vice-presidente da <strong>CNC</strong> e presidente<br />
da Fecomércio-AM, José Roberto<br />
Tadros, sugeriu atenção especial à Índia<br />
e à In<strong>do</strong>nésia. Segun<strong>do</strong> ele, o capitalismo<br />
internacional tem observa<strong>do</strong> que os países<br />
desenvolvi<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> já entraram em<br />
um patamar de consumo limite, de população<br />
já estabelecida previamente e crescimento<br />
demográfi co lento, entre outros<br />
fatores. “Não obstante isso, temos economias<br />
com grandes populações, como é<br />
a Índia, que rapidamente vai empatar em<br />
termos de população com a China. Lá é<br />
uma democracia, porque sofreu infl uência<br />
<strong>do</strong> império inglês, e que já tem uma tecnologia<br />
de ponta muito avançada, de forma<br />
que podemos interagir com eles. E a In<strong>do</strong>nésia,<br />
que é um país muçulmano e é o mais<br />
populoso da Ásia – são 300 milhões de habitantes<br />
–, está rapidamente crescen<strong>do</strong>”,<br />
disse Tadros.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 21
PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />
22<br />
Inadimplência em baixa<br />
sustenta intenção de<br />
consumo das famílias<br />
O<br />
consumo das famílias brasileiras<br />
iniciou 2011 ainda aqueci<strong>do</strong>, mesmo<br />
que em ritmo menor. É o que<br />
revela a pesquisa de Intenção de Consumo<br />
das Famílias (ICF), produzida pela <strong>CNC</strong>.<br />
Assim como na sondagem relativa de janeiro,<br />
a satisfação com o consumo atual,<br />
com alta de 2,9% em relação a fevereiro<br />
de 2010, foi o principal responsável pelo<br />
aumento geral de 0,7% apura<strong>do</strong> pelo indica<strong>do</strong>r.<br />
A persistente expansão <strong>do</strong> consumo<br />
baseia-se, essencialmente, no bom momento<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho, onde ainda<br />
se verifi cam taxas de crescimento tanto <strong>do</strong><br />
emprego quanto da renda.<br />
Não por acaso, os indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ICF<br />
relativos ao merca<strong>do</strong> de trabalho auferiram<br />
altas signifi cativas na mesma base<br />
comparativa: Emprego atual (+2,4%);<br />
perspectiva profi ssional (+1,3%) e renda<br />
Consumo atual:<br />
Crescimento acima da média da ICF<br />
Não sabe /<br />
não respondeu<br />
1,2 %<br />
Maior<br />
33,8%<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Os resulta<strong>do</strong>s de janeiro e de fevereiro das pesquisas<br />
nacionais produzidas pela <strong>CNC</strong> mostram que 2011<br />
começa a apresentar sinais de desaceleração no<br />
consumo, mas intenção de compras resiste<br />
Fonte: Pesquisa direta <strong>CNC</strong><br />
Igual ao<br />
ano passa<strong>do</strong><br />
36,1 %<br />
Menor<br />
28,9 %<br />
atual (+0,6%). Em contrapartida, as medidas<br />
a<strong>do</strong>tadas pelo Banco Central para<br />
tentar conter a alta da infl ação parecem<br />
ter si<strong>do</strong> percebidas pelos consumi<strong>do</strong>res<br />
por meio <strong>do</strong> encarecimento <strong>do</strong> crédito às<br />
pessoas físicas. Consequentemente, a alta<br />
de 4,6% em janeiro no subitem relativo às<br />
compras a prazo se reverteu em uma queda<br />
de 0,4% em fevereiro, taxa idêntica à<br />
verifi cada na intenção de compra de bens<br />
duráveis, itens normalmente adquiri<strong>do</strong>s<br />
através de fi nanciamentos.<br />
Na comparação mensal, à exceção da<br />
perspectiva profi ssional (+3,2%) e <strong>do</strong> momento<br />
para aquisição de bens duráveis<br />
(+10,5%), registraram-se quedas que variaram<br />
de 1,7% (emprego atual) a 6,8%<br />
(perspectiva de consumo). Em termos<br />
regionais, os destaques para as altas anuais<br />
de 1,8% e 4,8% nas regiões Sudeste e<br />
Centro-Oeste, respectivamente. Contu<strong>do</strong>,<br />
os maiores índices ainda são observa<strong>do</strong>s<br />
nas regiões Nordeste (140,3 pontos) e Norte<br />
(137,0). No corte por faixa de renda, as<br />
avaliações das famílias mais ricas e mais<br />
pobres evoluíram em ritmo semelhante<br />
(+0,7% e +0,5%, respectivamente).<br />
“Os da<strong>do</strong>s recentes mostram que a alta<br />
de 1,7% <strong>do</strong> ICF no bimestre foi puxada<br />
exatamente pela satisfação com o consumo<br />
atual (+5,5%) e pela perspectiva de<br />
consumo (+3,3%). Entretanto, os resulta<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> último mês já apontam para alguma<br />
desaceleração da demanda nos próximos<br />
meses”, afi rma Fábio Bentes, da Divisão<br />
Econômica da <strong>CNC</strong>.
Síntese <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s – ICF<br />
Indica<strong>do</strong>r fev/11<br />
Endividamento aumenta no início <strong>do</strong> ano<br />
Em fevereiro de 2011, o percentual de<br />
famílias endividadas elevou-se tanto em<br />
relação ao mês anterior como em relação<br />
a fevereiro de 2010. De acor<strong>do</strong> com a Pesquisa<br />
de Endividamento e Inadimplência<br />
<strong>do</strong> consum<strong>do</strong>r (Peic), o percentual de famílias<br />
com dívidas ou contas em atraso<br />
apresentou ligeira alta em relação a janeiro,<br />
porém reduziu-se em relação ao mesmo<br />
mês <strong>do</strong> ano anterior. Já o percentual de<br />
famílias que declararam não ter condições<br />
de pagar suas contas apresentou retração<br />
tanto em relação a janeiro/2011, quanto em<br />
relação a fevereiro/2010.<br />
“O aumento <strong>do</strong> custo de vida e gastos<br />
extras <strong>do</strong> início <strong>do</strong> ano elevaram o nível<br />
de endividamento <strong>do</strong> brasileiro em<br />
fevereiro, reverten<strong>do</strong> a queda observada<br />
em janeiro de 2011”, explica Marianne<br />
Lorena Hanson, da Divisão Econômica da<br />
<strong>CNC</strong>. Porém, mesmo com mais famílias<br />
ten<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> empréstimos, o percentual<br />
que tem percepção de endividamento<br />
muito eleva<strong>do</strong> e se declaram muito endividadas<br />
fi cou praticamente estável. Já o<br />
percentual de famílias que declarou não ter<br />
condições de pagar suas dívidas retraiu-se<br />
pelo quarto mês consecutivo. “Isso porque<br />
o merca<strong>do</strong> de trabalho ainda está aqueci<strong>do</strong>,<br />
permitin<strong>do</strong> que mais famílias honrem seus<br />
compromissos fi nanceiros e mantenham o<br />
equilíbrio <strong>do</strong> orçamento <strong>do</strong>méstico”, complementa<br />
Marianne.<br />
O percentual de famílias que declararam<br />
possuir algum tipo de dívida aumentou<br />
Variação<br />
mensal<br />
Variação<br />
anual<br />
Emprego atual 137,2 -1,7% +2,4%<br />
Perspectiva profissional 136,6 +3,2% +1,3%<br />
Renda atual 144,6 -4,4% +0,6%<br />
Compra a prazo 145,6 -4,1% -0,4%<br />
Nível de consumo atual 104,9 -9,5% +2,9%<br />
Perspectiva de consumo 138,2 -6,8% -0,6%<br />
Momento para duráveis 150,1 +10,5% -0,4%<br />
ICF 136,7 -1,8% +0,7%<br />
PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />
Fonte: Pesquisa direta <strong>CNC</strong><br />
5,9 pontos percentuais em fevereiro, atingin<strong>do</strong><br />
65,3% <strong>do</strong> total. O aumento na proporção<br />
de famílias endividadas foi acompanha<strong>do</strong><br />
por um ligeiro crescimento no<br />
percentual de famílias com dívidas ou contas<br />
em atrasos, que alcançou 23,4% este<br />
mês. Já o percentual de famílias que declararam<br />
não ter condições de pagar suas<br />
contas ou dívidas apresentou recuo pelo<br />
quarto mês consecutivo, atingin<strong>do</strong> 7,7%.<br />
O nível de endividamento também foi<br />
superior na comparação com fevereiro de<br />
2010. Contu<strong>do</strong>, mais famílias puderam cumprir<br />
seus compromissos fi nanceiros e ambos<br />
os percentuais de famílias com dívidas ou<br />
contas em atrasos e que não terão condições<br />
de pagar recuaram na comparação anual.<br />
O percentual de famílias endividadas subiu<br />
em ambos os grupos de renda na comparação<br />
anual, passan<strong>do</strong> de 63,9% para 67,2%,<br />
para as famílias com renda de até 10 salários<br />
mínimos, e de 49,6% para 54%, para as famílias<br />
com renda superior a 10 salários mínimos.<br />
Para 70,8% das famílias endividadas,<br />
o cartão de crédito foi um de seus principais<br />
tipos de dívida, segui<strong>do</strong> por carnês<br />
(22,1%) e fi nanciamento de carro (10,7%).<br />
No primeiro trimestre <strong>do</strong> ano, o comprometimento<br />
<strong>do</strong> orçamento pode diminuir<br />
a capacidade de pagamento das famílias<br />
nos próximos meses. “O merca<strong>do</strong> de trabalho<br />
segue aqueci<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> a continuidade<br />
<strong>do</strong> cenário favorável para o<br />
equilíbrio <strong>do</strong> orçamento das famílias”, diz<br />
Marianne Hanson.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 23
PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />
24<br />
PEIC - Síntese <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s (% em relação ao total de famílias)<br />
Total de<br />
endivida<strong>do</strong>s<br />
Dívidas ou contas<br />
em atraso<br />
Não terão<br />
condições de pagar<br />
Fevereiro/2010 61,8% 25,6% 8,6%<br />
Janeiro/2011 59,4% 22,1% 22,1%<br />
Fevereiro/2011 65,3% 23,4% 7,7%<br />
Fonte: Pesquisa <strong>CNC</strong><br />
Janeiro já indicava demanda menor<br />
Os resulta<strong>do</strong>s de janeiro da PEIC e <strong>do</strong><br />
ICF já apontavam que o primeiro trimestre<br />
de 2011 poderia contar com um consumo<br />
ainda aqueci<strong>do</strong>, porém menor, impulsiona<strong>do</strong><br />
principalmente por famílias mais pobres.<br />
Em janeiro, a Intenção de Consumo<br />
das Famílias interrompeu uma sequência<br />
de oito meses de alta e registrou variação<br />
de -2,9% em relação a dezembro. Dos<br />
sete componentes <strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r, apenas a<br />
satisfação com o emprego (0,0%) e renda<br />
atuais (+0,1%) não acusaram retração.<br />
Contu<strong>do</strong>, a mesma cautela dada à alta recorde<br />
de 3,1% no último mês <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong><br />
deve ser aplicada à queda de janeiro<br />
de 2011. Em ambos os casos, o efeito<br />
sazonal de fi nal de ano explicou a maior<br />
parte das oscilações mensais.<br />
Na comparação com janeiro de 2010,<br />
o ICF apresentou alta de 2,8%, e os<br />
subitens diretamente relaciona<strong>do</strong>s aos gastos<br />
das famílias foram os responsáveis pelo<br />
resulta<strong>do</strong>. A satisfação com o consumo<br />
atual cresceu 7,9%, enquanto a perspectiva<br />
de consumo variou +7,2%, segui<strong>do</strong>s<br />
pela maior facilidade nas compras a prazo<br />
(+4,6%). Na contramão, veio a percepção<br />
<strong>do</strong> momento atual para aquisição de bens<br />
duráveis, com queda de 3,5%. “Neste caso,<br />
há que considerar também a forte base de<br />
janeiro de 2010, quan<strong>do</strong> ainda vigoravam<br />
os incentivos fi scais para diversos produtos<br />
da linha branca”, explica Fábio Bentes,<br />
economista da <strong>CNC</strong>.<br />
Em relação ao merca<strong>do</strong> de trabalho, a<br />
retração na perspectiva profi ssional de 2,6%<br />
foi mais <strong>do</strong> que compensada pelas altas de<br />
3,4% na satisfação corrente quanto à renda<br />
(+3,4%) e emprego (+3,6%). Na mesma<br />
base comparativa, a elevação <strong>do</strong> ICF pode<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
ser inteiramente atribuída às famílias de<br />
menor renda (até dez salários mínimos) que<br />
reportaram um patamar de satisfação 3,3%<br />
maior <strong>do</strong> que o observa<strong>do</strong> em janeiro de<br />
2010. As demais famílias brasileiras, por<br />
sua vez, avaliaram os condicionantes <strong>do</strong><br />
consumo de forma mais pessimista (queda<br />
de 0,9%) no mesmo perío<strong>do</strong>.<br />
PEIC<br />
O aumento <strong>do</strong>s gastos das famílias no<br />
fi m <strong>do</strong> ano refl etiu na elevação natural <strong>do</strong><br />
nível de endividamento em janeiro, registra<strong>do</strong><br />
pela Pesquisa de Endividamento<br />
e Inadimplência <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r (Peic).<br />
Mesmo com a aquisição de mais dívidas no<br />
perío<strong>do</strong>, o cenário favorável <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
de trabalho impediu que o nível de inadimplência<br />
invertesse a trajetória de queda no<br />
mês corrente. O percentual de famílias endividadas<br />
passou de 58,3% em dezembro<br />
de 2010 para 59,4% em janeiro de 2011.<br />
As famílias com contas em atraso registraram<br />
um percentual de 22,1%. Já a parcela<br />
das famílias que não terão condições de pagar<br />
suas dívidas recuou de 8,3% para 7,9%<br />
em janeiro.<br />
Na comparação anual, tanto o percentual<br />
de famílias endividadas quanto de<br />
inadimplentes apresentou recuo em janeiro.<br />
O nível de endividamento retrocedeu<br />
de 61,2% em janeiro de 2010 para 59,4%<br />
no mês atual. O percentual de famílias com<br />
contas em atrasos desacelerou para 22,1%,<br />
contra 29,8% no mesmo perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano<br />
anterior. E o número de famílias que não<br />
terão condições de pagar suas dívidas recuou<br />
de 9,9% em 2010 para 7,9% em<br />
janeiro de 2011.
Nova pesquisa irá avaliar a<br />
confiança <strong>do</strong>s empresários<br />
<strong>do</strong> comércio<br />
Levantamento terá periodicidade mensal, com<br />
uma amostragem de seis mil empresas de todas<br />
as capitais <strong>do</strong> País, e fornecerá aos agentes<br />
econômicos um conjunto de informações sobre<br />
as ações de curto prazo <strong>do</strong> setor<br />
A<br />
<strong>CNC</strong> está preparan<strong>do</strong> o lançamento<br />
da primeira pesquisa de expectativas<br />
empresariais <strong>do</strong> Brasil, realiza<strong>do</strong><br />
exclusivamente com os toma<strong>do</strong>res de<br />
decisão das empresas <strong>do</strong> <strong>varejo</strong>. O Índice<br />
de Confi ança <strong>do</strong> Empresário <strong>do</strong> Comércio<br />
(Icec-<strong>CNC</strong>) tem como objetivo sinalizar<br />
para os agentes econômicos as ações de<br />
curto prazo das empresas <strong>do</strong> setor.<br />
Assim como o índice de Intenção de<br />
Consumo das Famílias (ICF) e a Pesquisa<br />
de Endividamento e Inadimplência (Peic),<br />
o novo indica<strong>do</strong>r antecedente terá periodicidade<br />
mensal e ouvirá representantes de<br />
empresas de grande porte (acima de cem<br />
emprega<strong>do</strong>s) e de pequeno porte (abaixo<br />
de cem emprega<strong>do</strong>s) em todas as Unidades<br />
da Federação.<br />
No Icec-<strong>CNC</strong>, as avaliações <strong>do</strong>s empresários<br />
<strong>do</strong>s mais diversos ramos da atividade<br />
comercial serão agrupadas por ramos<br />
<strong>do</strong> <strong>varejo</strong>, que, por sua vez, serão reagrupa<strong>do</strong>s<br />
segun<strong>do</strong> categorias de uso, ou seja,<br />
empresas especializadas na comercialização<br />
de bens duráveis, semiduráveis e não<br />
duráveis. Os da<strong>do</strong>s também serão tabula<strong>do</strong>s<br />
de forma a permitir análises regionais.<br />
O índice é construí<strong>do</strong> a partir de nove<br />
questões. As três primeiras, que constituem<br />
o Índice de Condições Atuais <strong>do</strong> Empresário<br />
<strong>do</strong> Comércio (Icaec), comparam<br />
a situação econômica <strong>do</strong> País, <strong>do</strong> setor de<br />
PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />
atuação e da própria<br />
empresa, com<br />
relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ano anterior. As três<br />
perguntas seguintes demandam avaliações<br />
<strong>do</strong>s mesmos aspectos, porém, em relação<br />
ao futuro no curto prazo, e formam o Índice<br />
de Expectativas <strong>do</strong> Empresário <strong>do</strong> Comércio<br />
(IEEC). Em todas as seis primeiras<br />
perguntas as opções de resposta são: Melhorou/Melhorará<br />
muito; Melhorou/Melhorará<br />
um pouco; Piorou/Piorará muito e<br />
Piorou/Piorará muito.<br />
As últimas três perguntas que compõem<br />
o Índice de Investimento <strong>do</strong> Empresário<br />
<strong>do</strong> Comércio (IIEC) abordam<br />
questões mais específi cas, relativas à expectativa<br />
de contratação de funcionários<br />
para os próximos meses, ao nível de investimentos<br />
em relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ano anterior e ao nível atual <strong>do</strong>s estoques<br />
diante da programação de vendas.<br />
A amostra mensal é composta por<br />
aproximadamente seis mil empresas<br />
situadas em todas as capitais <strong>do</strong> País<br />
e os índices podem apresentar dispersões<br />
que variam de zero a cem pontos.<br />
Os da<strong>do</strong>s serão divulga<strong>do</strong>s através de<br />
website para todas as Federações de<br />
Comércio, mediante solicitação de acesso,<br />
seguin<strong>do</strong> o mesmo procedimento das<br />
pesquisas atuais.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 25
ARTIGO<br />
26<br />
Possivelmente, o maior problema da<br />
conjuntura atual, ainda em crise,<br />
é o aumento generaliza<strong>do</strong> da infl ação,<br />
a partir de nova alta <strong>do</strong>s preços das<br />
principais commodities, com destaque para<br />
matérias-primas como petróleo e minério<br />
de ferro e alimentos. Uma combinação de<br />
causas explica a alta de preços: a expansão<br />
da demanda liderada pela China, a redução<br />
da oferta devi<strong>do</strong> a calamidades climáticas,<br />
a pressão especulativa nas BM&F<br />
mundiais. O sistema fi nanceiro mundial se<br />
transformou em um gigantesco cassino, no<br />
qual as maiores apostas são feitas em contratos<br />
de commodities.<br />
No Brasil, ao que tu<strong>do</strong> indica, a infl ação<br />
atual é o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> excesso de gastos <strong>do</strong><br />
Governo, da política salarial, da expansão<br />
desgovernada <strong>do</strong> crédito e alguns choques<br />
de oferta de origem climática, entre outros.<br />
O Banco Central a<strong>do</strong>tou uma série de<br />
medidas para corrigir a situação, e o Governo<br />
federal anuncia um corte de gastos<br />
de R$ 50 bilhões. Esse esforço, porém,<br />
poderá ser prejudica<strong>do</strong> pela continuada<br />
elevação da taxa Selic pelo Banco Central<br />
e seu impacto negativo sobre as contas<br />
públicas. Em artigo no jornal O Globo de<br />
1º fevereiro, Paul Krugman fez uma excelente<br />
análise das pressões infl acionárias<br />
atuais e concluiu, como fez Ben Bernanke,<br />
que “elevar os juros, agora, seria um<br />
enorme erro”.<br />
Se o objetivo da política monetária é<br />
conter a infl ação, mediante o cerceamento<br />
da demanda agregada (consumo + investimentos),<br />
o caminho mais curto é a<br />
contenção <strong>do</strong> crédito. E nada melhor para<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Conjuntura<br />
econômica<br />
O consultor da <strong>CNC</strong>, Ernane Galvêas, faz uma análise<br />
<strong>do</strong> cenário atual da economia brasileira, abordan<strong>do</strong> as<br />
razões da alta da infl ação no País e as iniciativas que a<br />
política monetária pode a<strong>do</strong>tar para evitar seu avanço<br />
isso <strong>do</strong> que a administração <strong>do</strong>s depósitos<br />
compulsórios ou a utilização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />
aberto. Ambos afetam o volume <strong>do</strong><br />
crédito, imediatamente.<br />
A taxa Selic, usada como se fosse a<br />
tradicional taxa de redescontos, quan<strong>do</strong><br />
elevada, também encarece o crédito, mas<br />
tem muitas desvantagens, entre as quais o<br />
agravamento da dívida pública e a atração<br />
de recursos externos especulativos, que<br />
distorcem a política cambial. Por outro<br />
la<strong>do</strong>, a elevação da Selic proporciona um<br />
ganho para os investi<strong>do</strong>res de renda fi xa, o<br />
que aumenta a propensão a consumir (efeito<br />
renda) e pode neutralizar os efeitos da<br />
alta <strong>do</strong>s juros sobre a infl ação. Política de<br />
combate à infl ação é assunto muito sério<br />
para ser exclusividade <strong>do</strong> Banco Central.<br />
As reservas cambiais <strong>do</strong> Brasil atingiram<br />
US$ 300 bilhões, acumula<strong>do</strong>s, ao que<br />
consta, contra a vontade <strong>do</strong> BC e <strong>do</strong> Governo.<br />
Isso demonstra, na conjuntura atual,<br />
que o BC não pode atuar sozinho, usan<strong>do</strong><br />
a taxa de juros como único instrumento de<br />
ação. A política monetária não tem efi cácia<br />
plena sem a cooperação da política fi scal.<br />
Atividades econômicas<br />
Indústria - O mês de dezembro de 2010<br />
assinalou o primeiro recuo da produção industrial,<br />
com faturamento real 0,6% inferior<br />
a novembro, embora utilizan<strong>do</strong> 82,8% da<br />
capacidade industrial, ante 82,6% <strong>do</strong> mês<br />
anterior. Há uma programação explosiva<br />
de investimentos nas áreas de mineração e<br />
petróleo, e o Norte e Nordeste estão experimentan<strong>do</strong><br />
um verdadeiro boom industrial
Ernane Galvêas<br />
Consultor econômico da <strong>CNC</strong><br />
basea<strong>do</strong> no desenvolvimento de quatro portos<br />
principais: Vila <strong>do</strong> Conde (PA), Itaqui<br />
(MA), Pecém (CE) e Suape (PE).<br />
Comércio - O Indica<strong>do</strong>r de Atividade<br />
<strong>do</strong> Comércio, divulga<strong>do</strong> pela SERASA,<br />
revelou menor ritmo em janeiro, mas ainda<br />
com alta de 9,8% ante dezembro/2010; e o<br />
indica<strong>do</strong>r elabora<strong>do</strong> pelo Bradesco aponta<br />
queda de 0,6%. Segun<strong>do</strong> a ACSP, o comércio<br />
varejista em São Paulo, em janeiro, registrou<br />
alta de 11,6% nas vendas à vista e<br />
8,2% a prazo.<br />
Agricultura - Depois de atingir a safra<br />
recorde de 149,5 milhões de toneladas de<br />
grãos, em 2010, o IBGE prevê para este ano<br />
uma pequena queda de 1,8%. Os preços das<br />
commodities continuam em alta em janeiro:<br />
o algodão subiu quase 18%, o café 5%, e o<br />
minério de ferro 3,7%. A carne bovina, depois<br />
<strong>do</strong> aumento de 20,5% em 2010, caiu<br />
ligeiramente 0,2% em janeiro.<br />
Merca<strong>do</strong> de Trabalho - Nos últimos<br />
oito anos, 2010 foi o melhor ano para o<br />
merca<strong>do</strong> de trabalho, mas a alta da infl ação<br />
ameaça corroer o poder de compra <strong>do</strong>s<br />
salários. Neste ano, os aumentos salariais<br />
sofrerão uma trégua, devi<strong>do</strong> ao reajuste<br />
<strong>do</strong> salário mínimo, afeta<strong>do</strong> pela queda de<br />
0,6% <strong>do</strong> PIB em 2009.<br />
Setor Financeiro - As medidas a<strong>do</strong>tadas<br />
pelo Banco Central, em dezembro de<br />
2010, já se fi zeram sentir em janeiro e fevereiro,<br />
com sensível redução no ritmo de<br />
expansão <strong>do</strong> crédito e elevação <strong>do</strong>s juros<br />
<strong>do</strong>s fi nanciamentos. Em janeiro, as vendas<br />
de veículos caíram 35,8%. Os Fun<strong>do</strong>s de<br />
Investimentos tiveram captação recorde,<br />
em janeiro, que somou R$ 12,5 bilhões.<br />
No último pregão de janeiro, os investi<strong>do</strong>res<br />
estrangeiros sacaram da Bovespa<br />
R$ 457,6 milhões, mas o ingresso líqui<strong>do</strong><br />
permaneceu positivo em R$ 401,4 milhões.<br />
Infl ação - A infl ação brasileira continua<br />
sem rumo. Em 2011, começou em alta,<br />
como to<strong>do</strong> início de ano, pelo “efeito gregoriano”<br />
(educação, material escolar, aluguéis,<br />
serviços públicos, salário mínimo),<br />
alia<strong>do</strong> a fatores climáticos e altas especulativas<br />
nas BM&F mundiais. Ao que tu<strong>do</strong><br />
indica, as medidas <strong>do</strong> governo para contenção<br />
de crédito vão surtir efeito a partir<br />
de fevereiro, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s gastos <strong>do</strong><br />
Governo e <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> salário mínimo.<br />
Setor Público – Afi nal, o atual Governo<br />
parece entender que o defi cit público é<br />
uma parte importante da demanda agregada<br />
e, portanto, corresponsável pelas pressões<br />
infl acionárias. Acontece, porém, que<br />
os juros sobre a dívida pública constituem<br />
a parte mais importante <strong>do</strong> defi cit (R$195,4<br />
bilhões em 2010), e o Banco Central não<br />
aceita esse raciocínio. Continua acreditan<strong>do</strong><br />
que pode resolver a infl ação mediante<br />
alta contínua da taxa SELIC, como pressupõe<br />
o merca<strong>do</strong> (juros de 12,5% até o<br />
fi m <strong>do</strong> ano). Está faltan<strong>do</strong> transparência<br />
na contabilidade pública. O Governo está<br />
prometen<strong>do</strong> cortar R$ 50 bilhões nos gastos,<br />
não <strong>do</strong> gasto efetivo em 2010, mas <strong>do</strong><br />
planeja<strong>do</strong> para 2011.<br />
Setor Externo - O diretor-gerente <strong>do</strong><br />
FMI alertou que os desequilíbrios atuais<br />
podem levar a uma nova crise mundial.<br />
Terrorismo?<br />
ARTIGO<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 27
INSTITUCIONAL<br />
O jornalista André<br />
Trigueiro (foto à esq.)<br />
em palestra na sede<br />
da <strong>CNC</strong>, no Rio de<br />
Janeiro. Ao la<strong>do</strong>, a<br />
chefe <strong>do</strong> Gabinete da<br />
Presidência, Lenoura<br />
Schmidt, apresenta o<br />
programa em Brasília<br />
28<br />
Um Sistema preocupa<strong>do</strong><br />
com a sustentabilidade<br />
Um passo a mais pela sustentabilidade<br />
foi da<strong>do</strong> pela Confederação<br />
Nacional <strong>do</strong> Comércio de Bens,<br />
Serviços e Turismo (<strong>CNC</strong>). A instituição<br />
aderiu ao Programa ECOS de Sustentabilidade,<br />
em concordância com o que já era<br />
pratica<strong>do</strong> pelos departamentos nacionais<br />
<strong>do</strong> SESC e <strong>do</strong> Senac, no Con<strong>do</strong>mínio da<br />
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O programa<br />
foi apresenta<strong>do</strong> aos funcionários da entidade<br />
no Rio de Janeiro em 1° de fevereiro<br />
de 2011, e, em Brasília, no dia 2 de março.<br />
No evento ocorri<strong>do</strong> no Rio de Janeiro, a<br />
chefe <strong>do</strong> Gabinete da Presidência da Confederação,<br />
Lenoura Schmidt ressaltou a<br />
importância da participação de to<strong>do</strong>s para<br />
o sucesso <strong>do</strong> programa. “Com pequenos<br />
gestos cotidianos, podemos ajudar a cuidar<br />
melhor <strong>do</strong> planeta”, afi rmou.<br />
Os funcionários da <strong>CNC</strong> puderam assistir<br />
a uma palestra <strong>do</strong> jornalista André<br />
Trigueiro, apresenta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> programa Cidades<br />
e Soluções, da GloboNews. Para ele, é<br />
necessário mudar a maneira de pensar das<br />
pessoas e implantar uma educação ambiental.<br />
“Não há inclusão social sem controlar<br />
o uso <strong>do</strong>s recursos naturais. Não basta apenas<br />
conhecer boas práticas sustentáveis,<br />
mas é importante aplicá-las<br />
no dia a dia”, disse o jornalista,<br />
que elogiou<br />
o programa. “O<br />
ECOS tem tu<strong>do</strong><br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
para dar certo. Conheço o programa desde<br />
seu nascimento no SESC-SENAC e essas<br />
atitudes podem fazer a diferença”.<br />
O objetivo <strong>do</strong> programa é defi nir uma<br />
política ambiental compromissada com o<br />
meio ambiente e alinhada com as diretrizes<br />
das três entidades, além de estimular<br />
o consumo consciente <strong>do</strong>s recursos utiliza<strong>do</strong>s<br />
pelos funcionários. O ECOS também<br />
deverá diminuir os possíveis impactos<br />
ambientais relaciona<strong>do</strong>s às atividades desempenhadas<br />
pelas entidades e minimizar<br />
a geração de resíduos.<br />
O programa está dividi<strong>do</strong> em duas<br />
etapas. A primeira diz respeito à gestão<br />
de resíduos e à ecoefi ciência, que serão<br />
aplica<strong>do</strong>s no Con<strong>do</strong>mínio SESC-SENAC,<br />
com a implantação de coleta seletiva solidária<br />
a um plano completo para controlar<br />
o fl uxo de resíduos. Na segunda etapa,<br />
está a otimização <strong>do</strong>s recursos, que<br />
visa promover uma cultura de consumo<br />
consciente <strong>do</strong>s recursos das instituições.<br />
Cada ação executada <strong>do</strong> programa será<br />
acompanhada por indica<strong>do</strong>res, que irão<br />
orientar os passos seguintes, rumo a um<br />
sistema de gestão efi ciente, que possa ser<br />
continuamente melhora<strong>do</strong>. “A mudança<br />
começa de baixo para cima. Ninguém<br />
muda de uma hora para outra,<br />
mas pequenas atitudes, pequenos gestos,<br />
podem fazer muita diferença”,<br />
conclui Trigueiro.
Vice-presidente da <strong>CNC</strong> toma<br />
posse como deputa<strong>do</strong> federal<br />
Os 513 deputa<strong>do</strong>s federais eleitos em 3<br />
de outubro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong> tomaram posse na<br />
manhã <strong>do</strong> dia 1º de fevereiro, no Plenário da<br />
Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, para mandato de quatro<br />
anos, que se encerra em 31 de janeiro de<br />
2015. Entre eles, Laércio Oliveira (PR-SE),<br />
vice-presidente da <strong>CNC</strong>, foi empossa<strong>do</strong> pelo<br />
presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS),<br />
após a leitura <strong>do</strong> nome de cada parlamentar e<br />
da realização <strong>do</strong> juramento.<br />
No fi nal da tarde, os novos deputa<strong>do</strong>s se<br />
reuniram novamente no plenário da Câmara,<br />
em sessão convocada para a eleição da nova<br />
Mesa Diretora para o biênio 2011/2013, que<br />
reelegeu o deputa<strong>do</strong> Marco Maia (PT-RS),<br />
como presidente da Câmara, além <strong>do</strong>s demais<br />
membros da Mesa Diretora.<br />
Laércio Oliveira é representante <strong>do</strong> setor<br />
de Asseio e Conservação no Congresso Nacional,<br />
e recebeu 79.514 votos, sen<strong>do</strong> o quarto<br />
candidato mais vota<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong>.<br />
Gerente <strong>do</strong> SESC em nova composição da<br />
Comissão Nacional de Incentivo à Cultura<br />
No dia 08 de fevereiro foi realizada em<br />
Brasília a cerimônia de posse <strong>do</strong>s representantes<br />
<strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong> na Comissão<br />
Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC),<br />
conforme designação <strong>do</strong> Ministério da<br />
Cultura, para mandato referente ao biênio<br />
2011/2012. O evento contou com a presença<br />
da ministra da Cultura, Ana de Hollan-<br />
da. Pela <strong>CNC</strong>, Márcia Costa Rodrigues<br />
Leite, gerente de Cultura da Diretoria de<br />
Projetos Sociais <strong>do</strong> Departamento nacional<br />
<strong>do</strong> SESC, tomou posse para o cargo de 1º<br />
Suplência; Maria Lucinaide Nogueira ocupa<br />
a cadeira de Titular <strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong>,<br />
pela Confederação Nacional da Indústria<br />
(CNI); e Carlos Eugênio Trevi, a cadeira<br />
de 2º Suplente, pela Confederação Nacional<br />
das Instituições Financeiras (CNF).<br />
A CNIC é uma comissão técnica, de<br />
caráter consultivo, coordenada pelo Ministério<br />
da Cultura, cuja função é avaliar<br />
tecnicamente os pedi<strong>do</strong>s de aprovação de<br />
incentivo fi scal, sugerin<strong>do</strong> ou não a indicação<br />
para fazer parte <strong>do</strong> Pronac (Programa<br />
Nacional de Apoio à Cultura).<br />
Márcia Leite, <strong>do</strong> SESC/DN,<br />
recém-empossada na CNIC,<br />
ao la<strong>do</strong> da ministra da Cultura,<br />
Ana de Hollanda: representatividade<br />
INSTITUCIONAL<br />
Láercio<br />
Oliveira<br />
assume<br />
mandato na<br />
Câmara <strong>do</strong>s<br />
Deputa<strong>do</strong>s<br />
que vai<br />
até 2015<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 29
INSTITUCIONAL<br />
30<br />
Na reunião da Renalegis (ao<br />
la<strong>do</strong>), vice-presidentes da<br />
<strong>CNC</strong> (acima) enfatizaram<br />
o trabalho de defesa de<br />
interesses e a participação<br />
<strong>do</strong>s dirigentes das<br />
Federações na<br />
conscientização<br />
de parlamentares<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Renalegis define<br />
estratégia de ação no<br />
Congresso Nacional<br />
Assessoria Legislativa vai acompanhar, interpretar e informar<br />
à Diretoria sobre proposições que tenham implicações na<br />
ação das instituições e empresas <strong>do</strong> Sistema Comércio<br />
A<br />
Rede Nacional de Assessorias Legislativas<br />
(Renalegis), coordenada<br />
pela Assessoria junto ao Poder Legislativo<br />
(APEL) da Confederação Nacional<br />
<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
(<strong>CNC</strong>), defi niu, em 8 de janeiro, a<br />
estratégia de ação no Congresso Nacional<br />
para este ano. As prioridades, revelou o vicepresidente<br />
Financeiro da <strong>CNC</strong>, Gil Siuffo,<br />
“são a defesa <strong>do</strong>s legítimos interesses das<br />
instituições e empresas que compõem o<br />
nosso Sistema confederativo”, além de<br />
macrotemas, como as reformas tributária e<br />
previdenciária. Uma das missões é preservar<br />
o que vem sen<strong>do</strong> bem feito, e manter o<br />
Congresso adequadamente informa<strong>do</strong> sobre<br />
as ações da instituição.<br />
O vice-presidente Administrativo, Josias<br />
de Albuquerque, pediu que, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
trabalho da Renalegis, haja empenho <strong>do</strong>s<br />
presidentes de Federação de Comércio na<br />
conscientização <strong>do</strong>s parlamentares de seus<br />
esta<strong>do</strong>s sobre os temas que interessam ao<br />
terceiro setor. Siuffo reforçou a necessidade<br />
de empenho <strong>do</strong>s dirigentes, por terem mais<br />
proximidade com os deputa<strong>do</strong>s e sena<strong>do</strong>res<br />
em suas respectivas bases eleitorais. “Os<br />
dirigentes das Federações precisam estar<br />
bem informa<strong>do</strong>s e afi na<strong>do</strong>s com a ação parlamentar<br />
<strong>do</strong> Sistema, pois isso conduz à obtenção<br />
de melhores resulta<strong>do</strong>s”.<br />
Vice-presidente da Confederação e<br />
deputa<strong>do</strong> federal eleito, Laércio Oliveira<br />
anunciou que seu gabinete na Câmara estará<br />
aberto para encaminhar prioritariamente<br />
as demandas <strong>do</strong> comércio. “É o mesmo<br />
compromisso de to<strong>do</strong>s que têm a missão<br />
de manter forte o Sistema”, afi rmou.<br />
Criada em 2009, a Renalegis tem representantes<br />
de 25 esta<strong>do</strong>s – Pará ainda não se<br />
integrou – e <strong>do</strong> Distrito Federal. Sua missão<br />
é acompanhar, interpretar e informar<br />
sobre a apresentação, tramitação e perspectivas<br />
de proposições legislativas e agir,<br />
segun<strong>do</strong> a orientação da direção superior.
Fecomércio-AL se torna<br />
Autoridade de Registro<br />
para Certificação Digital<br />
Com o credenciamento da<br />
federação alagoana, já são sete<br />
o número de entidades ligadas<br />
à <strong>CNC</strong> funcionan<strong>do</strong> como<br />
Autoridades de Registro<br />
Desde o dia 1° de fevereiro de<br />
2011, a Federação <strong>do</strong> Comércio<br />
de Bens, Serviços e Turismo <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> de Alagoas (Fecomércio-AL) se<br />
tornou uma Autoridade de Registro (AR)<br />
para emissão de certifi ca<strong>do</strong>s digitais no<br />
esta<strong>do</strong>. Com isso, já são sete as federações<br />
<strong>do</strong> comércio ligadas à <strong>CNC</strong> que atuam<br />
como ARs em to<strong>do</strong> o País.<br />
Com a Fecomércio-AL devidamente<br />
credenciada, os empresários e pessoas físicas<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de Alagoas podem encontrar<br />
serviços como a validação e emissão <strong>do</strong>s<br />
certifi ca<strong>do</strong>s digitais na mesma hora, pronto<br />
para ser utiliza<strong>do</strong>. Anteriormente, como<br />
a federação só funcionava como ponto de<br />
atendimento, o solicitante deveria esperar<br />
três dias para a entrega <strong>do</strong> certifi ca<strong>do</strong>.<br />
O certifi ca<strong>do</strong> digital é a identidade <strong>do</strong><br />
empresário ou pessoa física em transações<br />
na internet. Com validade de um ou três<br />
anos, conforme opção no ato da compra,<br />
seu uso é obrigatório em diversas atividades,<br />
entre elas, a emissão de nota fi scal<br />
eletrônica e a declaração <strong>do</strong> imposto de<br />
renda junto à Receita Federal <strong>do</strong> Brasil.<br />
De acor<strong>do</strong> com a Instrução Normativa da<br />
Receita Federal <strong>do</strong> Brasil nº 969, de 21 de<br />
outubro de 2009, ten<strong>do</strong> em vista o disposto<br />
no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro<br />
de 1999, a assinatura digital disponibilizada<br />
pelo certifi ca<strong>do</strong> é obrigatória.<br />
“Ao analisar a necessidade <strong>do</strong> empresário,<br />
reforçada pela obrigatoriedade da<br />
posse de certifi cação digital prevista em<br />
lei, percebemos que era de fundamental<br />
importância investir neste projeto. O nosso<br />
compromisso é facilitar e disponibilizar<br />
um serviço de maior qualidade”, afi rma<br />
Diego Gaia, coordena<strong>do</strong>r de planejamento<br />
da Fecomércio-AL.<br />
Além da Fecomércio-AL, as federações<br />
<strong>do</strong> comércio <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s da Bahia, Ceará,<br />
Paraná, Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Santa Catarina<br />
e São Paulo também atuam como Autoridades<br />
de Registro. Além delas, outras 14<br />
federações (Amazonas, Amapá, Distrito<br />
Federal, Maranhão, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul,<br />
Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de<br />
Janeiro, Rio Grande <strong>do</strong> Norte, Rondônia,<br />
Sergipe e a Federação Nacional de Hotéis,<br />
Restaurantes, Bares e Similares) e seis sindicatos<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de São Paulo (Sincoelétrico,<br />
Sincomavi, Sincomercio ABC, Sindilojas,<br />
Sinapel e Sindicomis) funcionam<br />
como pontos de atendimento (PA) para a<br />
emissão de certifi ca<strong>do</strong>s digitais.<br />
PRODUTOS <strong>CNC</strong><br />
Fachada da sede<br />
da Fecomércio-AL:<br />
federação passa<br />
a funcionar como<br />
Autoridade de<br />
Registro, garantin<strong>do</strong><br />
agilidade e efi ciência<br />
na emissão de<br />
certifi ca<strong>do</strong>s digitais<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 31
SERVIÇOS<br />
Vice-presidente<br />
da <strong>CNC</strong>, o deputa<strong>do</strong><br />
federal Laércio<br />
Oliveira esteve na<br />
reunião e prometeu<br />
muito empenho<br />
em sua atuação<br />
no Congresso<br />
32<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Câmara de Terceirizáveis<br />
defende interesses<br />
no Parlamento<br />
CBST defi ne, em sua primeira reunião deste ano, a agenda<br />
de trabalho para defender propostas legislativas que<br />
tenham implicações no cotidiano das empresas <strong>do</strong> setor<br />
A<br />
Câmara Brasileira de Serviços<br />
Terceirizáveis (CBST) da Confederação<br />
Nacional <strong>do</strong> Comércio de<br />
Bens, Serviços e Turismo (<strong>CNC</strong>) identifi<br />
cou as propostas legislativas prioritárias<br />
em tramitação no Congresso Nacional e já<br />
montou a agenda de trabalho para este ano.<br />
“É no Parlamento que se decide quase tu<strong>do</strong><br />
neste País. Precisamos estar alerta em relação<br />
a medidas que não foram tomadas, ou<br />
leis que precisam ser aprovadas por afetar<br />
o nosso dia a dia”, observou o coordena<strong>do</strong>r<br />
da CBST, Jerfferson Simões, na primeira<br />
reunião <strong>do</strong> ano, em 9 de fevereiro,<br />
em Brasília.<br />
Reiner Leite, da Assessoria junto ao<br />
Poder Legislativo (APEL), fez uma exposição<br />
sobre as atividades da Renalegis Serviços<br />
em 2011. Os integrantes da Câmara<br />
também ouviram relato sobre a reunião da<br />
Renalegis, no dia anterior.<br />
Um <strong>do</strong>s temas mais debati<strong>do</strong>s na CBST<br />
foi a Medida Provisória nº 507/2010, que<br />
exige a apresentação de procuração pública<br />
para o contribuinte ser representa<strong>do</strong><br />
por terceiros na Receita Federal (RF).<br />
O assunto foi leva<strong>do</strong> pelo presidente da<br />
Fenacon, Valdir Pietrobon, questionan<strong>do</strong> em<br />
particular o artigo 5º. No fi nal de fevereiro,<br />
a Fenacon e a Confederação Nacional das<br />
Profi ssões Liberais conseguiram liminar em<br />
manda<strong>do</strong> de segurança que pedia a suspensão<br />
da efi cácia <strong>do</strong> art.7º e <strong>do</strong> parágrafo único<br />
<strong>do</strong> art. 8º da Portaria RF nº 2.166/2010,<br />
que regulamenta o artigo 5º. E em 1º<br />
de março, a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s aprovou<br />
a MP nº 507, sem o dispositivo previsto<br />
no artigo 5º e parágrafos, suprimi<strong>do</strong>s pelo<br />
relator Fernan<strong>do</strong> Ferro (PT/PE), acatan<strong>do</strong><br />
sugestão da <strong>CNC</strong>.<br />
O vice-presidente da <strong>CNC</strong> e deputa<strong>do</strong><br />
federal, Laércio Oliveira, participou<br />
da reunião e relatou a ação política da<br />
entidade no Congresso, citan<strong>do</strong> temas<br />
como a desoneração da folha de pagamento,<br />
a reforma tributária e a terceirização.<br />
Ele também antecipou que<br />
“haveria boas notícias” em relação à<br />
entrada em vigor <strong>do</strong> Registro Eletrônico<br />
de Ponto (REP), o que acabou se<br />
confirman<strong>do</strong> em 1º de março, com a<br />
decisão <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho de<br />
adiar para 1º de setembro a obrigatoriedade<br />
de instalação de ponto.
Boas notícias<br />
para o turismo brasileiro<br />
Em sua primeira reunião com os empresários<br />
que representam o setor,<br />
o Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais,<br />
anunciou uma boa nova, recebida<br />
com muitos elogios: a publicação, ainda<br />
em março, de portaria que institui o Sistema<br />
Brasileiro de Classifi cação <strong>do</strong>s Meios<br />
de Hospedagem (SBClass). Antiga reivindicação<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, a novidade foi anunciada<br />
em 22 de fevereiro, durante a reunião<br />
mensal da Câmara Empresarial de Turismo<br />
(CET), em Brasília, com a presença<br />
<strong>do</strong> presidente da Confederação Nacional<br />
<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
(<strong>CNC</strong>), Antonio Oliveira Santos, e diretores<br />
da instituição.<br />
Oliveira Santos destacou em seu pronunciamento<br />
que, hoje, o turismo é a atividade<br />
econômica que mais cresce no Brasil<br />
e no mun<strong>do</strong>. O que se observa nos últimos<br />
tempos, segun<strong>do</strong> ele, é que o desempenho<br />
<strong>do</strong> setor vem ten<strong>do</strong> uma aceleração e, referin<strong>do</strong>-se<br />
aos empresários <strong>do</strong> setor presentes<br />
à reunião, disse que “devi<strong>do</strong> a vocês,<br />
esse negócio vai se tornar, realmente, uma<br />
grande realidade, com uma presença muito<br />
grande da formação <strong>do</strong> PIB brasileiro”.<br />
Documento com prioridades<br />
O presidente da <strong>CNC</strong> elogiou a atitude<br />
<strong>do</strong> ministro ao se prontifi car a participar<br />
de um encontro com os empresários<br />
de turismo e ouvir as suas reivindicações.<br />
Santos entregou ao ministro um<br />
<strong>do</strong>cumento com as prioridades <strong>do</strong> setor<br />
(veja box na página 35)<br />
Ao explicar a decisão de instituir o<br />
SBClass, o ministro afi rmou que “foi<br />
uma exigência <strong>do</strong> próprio merca<strong>do</strong> internacional,<br />
diante da realização no País de<br />
grandes eventos, como a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>,<br />
em 2014, e as Olimpíadas, em 2016”.<br />
Segun<strong>do</strong> ele, os ganhos estão na segurança<br />
que dará aos usuários, a garantia<br />
da rede hoteleira de que estará no mesmo<br />
patamar das redes <strong>do</strong>s países desenvolvi<strong>do</strong>s<br />
e a natural melhoria <strong>do</strong>s serviços.<br />
A portaria defi ne a estrutura <strong>do</strong><br />
SBClass, os tipos de meios de hospedagem<br />
(veja box) passíveis de classifi<br />
cação, as categorias de cada tipo, os<br />
requisitos de infraestrutura, serviços e<br />
sustentabilidade de cada categoria, os<br />
critérios de classifi cação e o processo de<br />
avaliação para a classifi cação. O registro<br />
no Sistema não será obrigatório.<br />
Padrão internacional<br />
O padrão que será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> será superior<br />
ao que existia no Brasil antigamente e<br />
que vigorou até o início da década passada.<br />
“Será melhor porque vamos nivelar a rede<br />
nacional à estrangeira”, afi rmou. Pedro<br />
Novais revelou ainda que a classifi cação<br />
TURISMO<br />
Presidente da <strong>CNC</strong>,<br />
Antonio Oliveira<br />
Santos (C), louvou<br />
disposição <strong>do</strong><br />
Ministro Pedro<br />
Novais (E) de<br />
ouvir empresários<br />
e entregou<br />
<strong>do</strong>cumento com as<br />
prioridades<br />
<strong>do</strong> turismo<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 33
TURISMO<br />
34<br />
Chefe <strong>do</strong><br />
Departamento<br />
de Planejamento<br />
da <strong>CNC</strong>, Daniel<br />
Lopez explicou a<br />
meto<strong>do</strong>logia para<br />
defi nir as prioridades<br />
<strong>do</strong> turismo a partir<br />
das demandas das<br />
entidades <strong>do</strong> setor<br />
não fi cará restrita aos hotéis, mas se estenderá<br />
a to<strong>do</strong>s os outros serviços liga<strong>do</strong>s ao<br />
turismo. “A portaria é apenas o primeiro<br />
passo para um salto de qualidade em to<strong>do</strong>s<br />
os segmentos <strong>do</strong> setor.”<br />
Essa normatização, revelou o ministro,<br />
vinha sen<strong>do</strong> sua preocupação desde que assumiu<br />
o cargo. “Tenho certeza de que estarei<br />
prestan<strong>do</strong> um grande serviço à hotelaria <strong>do</strong><br />
País e a to<strong>do</strong>s vocês que integram esta entidade,<br />
em particular ao nosso companheiro<br />
Antonio Oliveira Santos”, afi rmou. Novais<br />
lembrou que muitos <strong>do</strong>s dirigentes <strong>do</strong> setor<br />
fazem parte <strong>do</strong> Conselho Nacional de Turismo,<br />
que junto com o Fórum Nacional de Turismo<br />
(secretários estaduais) e o Ministério,<br />
formam, nas palavras <strong>do</strong> ministro, “a tríplice<br />
aliança de luta pelo fortalecimento <strong>do</strong> setor”.<br />
A secretária Nacional de Políticas de<br />
Turismo <strong>do</strong> Ministério, Bel Mesquita, destacou<br />
a importância <strong>do</strong>s empresários “para<br />
que o turismo seja realmente a força que<br />
nós queremos. Estamos lutan<strong>do</strong> e nos organizan<strong>do</strong>,<br />
de forma conjunta, para que<br />
esse projeto possa crescer mais ainda”.<br />
Elogios à classifi cação<br />
O diretor secretário da <strong>CNC</strong>, Pedro<br />
Nadaf, comemorou o anúncio de Pedro<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Tipo <strong>do</strong> meio de hospedagem Categorias<br />
1) Hotel 1 a 5 estrelas<br />
2) Hotel Fazenda 1 a 5 estrelas<br />
3) Hotel Histórico 3 a 5 estrelas<br />
4) Resort 4 a 5 estrelas<br />
5) Flat/Apart-hotel 3 a 5 estrelas<br />
6) Pousada 1 a 5 estrelas<br />
7) Cama & Café 1 a 4 estrelas<br />
Novais. “Era uma reivindicação <strong>do</strong> setor<br />
e é muito importante porque o turismo<br />
ganhará visibilidade internacional muito<br />
maior por conta da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e das<br />
Olimpíadas”, justifi cou. Na sua avaliação,<br />
a partir da portaria, o País terá uma normatização,<br />
e os usuários, a opção de escolher<br />
o local onde se hospedarão, porque haverá<br />
uma classifi cação de acor<strong>do</strong> com o nível<br />
de conforto e qualidade <strong>do</strong> hotel.<br />
Ele elogiou ainda a decisão <strong>do</strong> ministro<br />
de classifi car também os serviços, por<br />
entender que a normatização criará regras<br />
mais claras, melhoran<strong>do</strong> a qualidade <strong>do</strong><br />
produto ofereci<strong>do</strong> ao consumi<strong>do</strong>r. “O mais<br />
importante, porém, é que o anúncio tenha<br />
si<strong>do</strong> feito na sede da <strong>CNC</strong>, que tem a efetiva<br />
representação <strong>do</strong> turismo no Brasil, e<br />
em uma reunião da Câmara Empresarial,<br />
que pela sua capilaridade fortalece ainda<br />
mais o papel que executa na defesa <strong>do</strong>s interesses<br />
<strong>do</strong> setor.”<br />
O coordena<strong>do</strong>r da CET, Alexandre<br />
Sampaio, afi rmou que a classifi cação tem<br />
<strong>do</strong>is pontos cruciais para a organização <strong>do</strong><br />
setor: é facultativa e não será óbice à participação<br />
<strong>do</strong>s hotéis em licitações governamentais<br />
para a contratação de hospedagem<br />
por empresas públicas, autarquias ou órgãos<br />
diretos da administração. “A hotela-<br />
O uso <strong>do</strong> símbolo “estrela”<br />
associa<strong>do</strong> à categorização da<br />
rede hoteleira é de concessão<br />
exclusiva <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong><br />
Turismo, que o utiliza como parte<br />
da Marca de Classifi cação de<br />
Meios de Hospedagem.<br />
O processo de certifi cação, bem<br />
como a fi scalização, serão feitos<br />
pelo Ministério e pelo Inmetro.
As demandas prioritárias <strong>do</strong> turismo<br />
As cinco prioridades foram estabelecidas a partir da identifi cação e priorização de<br />
demandas específi cas, realizadas por todas as entidades que compõem a Câmara Empresarial<br />
de Turismo, com apoio <strong>do</strong> Departamento de Planejamento da <strong>CNC</strong>.<br />
Demanda 1 – Burocracia/Qualifi cação/<br />
Legislação trabalhista<br />
Desburocratização de regulamentações<br />
inerentes ao Ministério <strong>do</strong> Turismo, incentivos<br />
para promover capacitações específi -<br />
cas e abranger mais profi ssionais, além <strong>do</strong><br />
que o SENAC já faz, e regulamentação de<br />
atividades, como Bacharel em turismo.<br />
Demanda 2 – Infraestrutura saturada<br />
Investimentos maciços na infraestrutura<br />
necessária para receber turistas<br />
locais e internacionais.<br />
ria nacional é inteiramente a favor dessa<br />
portaria. A grande maioria <strong>do</strong>s hoteleiros<br />
ansiava por essa medida e vai colaborar na<br />
sua implementação”, disse.<br />
Na reunião, Pedro Novais ouviu a apresentação<br />
de cada um <strong>do</strong>s representantes<br />
das entidades que integram a Câmara.<br />
Depois, em seu discurso, informou que<br />
o Ministério trabalha com quatro eixos:<br />
qualifi cação profi ssional, linhas de crédito<br />
Senac lança programa sobre<br />
oportunidades da Copa 2014<br />
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial<br />
lançará, em 29 de março, por meio de sua Rede de Teleconferência,<br />
o Programa Nacional de Educação Profi ssional<br />
Senac na Copa. A solenidade, que terá a presença<br />
<strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais, será transmitida<br />
ao vivo para cerca de 300 pontos fi xos de recepção<br />
espalha<strong>do</strong>s pelo país, com interatividade online.<br />
O programa terá o formato de mesa-re<strong>do</strong>nda de<br />
esporte, será media<strong>do</strong> pela jornalista Bárbara Pereira<br />
e reunirá, além <strong>do</strong> ministro, o presidente da Federação<br />
Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre<br />
Sampaio; e o gerente de Projetos Estratégicos<br />
<strong>do</strong> Senac Nacional, Antônio Henrique Borges Paula.<br />
O debate terá como foco o impacto social e econômico<br />
<strong>do</strong> Mundial de Futebol no Brasil, as oportunidades<br />
de trabalho geradas por conta da realização<br />
<strong>do</strong> evento, o lega<strong>do</strong> da Copa e o papel <strong>do</strong> Senac na<br />
qualifi cação de profi ssionais para o setor de comércio<br />
de bens e serviços e de turismo.<br />
Demanda 3 – Promoção nacional/Turismo<br />
interno<br />
Intensifi cação <strong>do</strong>s esforços para incluir o turismo<br />
na cesta de consumo <strong>do</strong> brasileiro.<br />
Demanda 4 – Hubs aeroportuários<br />
Concessão de aeroportos e desenvolvimento<br />
da malha aérea em cidades com potencial.<br />
Demanda 5 – Nota fi scal fatura<br />
(sem bitributação)<br />
Alteração <strong>do</strong> modelo que implica bitributação<br />
das empresas presta<strong>do</strong>ras de serviços turísticos.<br />
especiais para a hotelaria, investimentos<br />
em infraestrutura e promoção. Ele revelou<br />
que, somente para a Copa de 2014, estão<br />
previstos mais de R$ 20 bilhões em investimentos<br />
federais.<br />
Os participantes da reunião ouviram ainda<br />
palestras de Carlos Santos Amorim Jr. e<br />
José Augusto Pinto, da ABNT. Também estiveram<br />
presentes o vice-presidente Financeiro<br />
da <strong>CNC</strong>, Gil Siuffo, e parlamentares.<br />
Procure o Senac e comece já a se preparar.<br />
Chegou a hora de os brasileiros se prepararem para o maior<br />
evento que o país já recebeu. Temos muito o que fazer e várias<br />
oportunidades pela frente. Nas áreas de Turismo, Hospitalidade,<br />
Gestão, Comércio, Idiomas ou Saúde, conte com o Senac: a<br />
maior referência em educação profi ssional em to<strong>do</strong> o Brasil.<br />
www.copa2014.senac.br<br />
TURISMO<br />
Forman<strong>do</strong> profi ssionais vence<strong>do</strong>res<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 35<br />
BIG
TURISMO<br />
A edição deste ano<br />
<strong>do</strong> evento discutirá<br />
o crescimento da<br />
demanda turística<br />
e a necessidade<br />
de ampliação da<br />
infraestrutura, entre<br />
outros temas<br />
36<br />
<strong>CNC</strong> renova apoio<br />
institucional ao Fórum Panrotas<br />
A <strong>CNC</strong> renovou a parceria institucional<br />
com a Panrotas Editora, para realização<br />
<strong>do</strong> Fórum Panrotas 2011 - Tendências<br />
<strong>do</strong> Turismo, que acontecerá nos dias 28<br />
e 29 de março, no Centro de Eventos da<br />
Fecomércio-SP, em São Paulo. Na categoria<br />
aliança institucional, a entidade é a<br />
única patrocina<strong>do</strong>ra.<br />
O suporte ao Fórum, atualmente em sua<br />
nona edição, é realiza<strong>do</strong> desde 2008. “O<br />
apoio da Confederação tem si<strong>do</strong> de vital<br />
2011<br />
São Paulo - 28 e 29 de março<br />
Novas publicações abordam<br />
questões voltadas<br />
para megaeventos<br />
O Conselho de Turismo da <strong>CNC</strong> está lançan<strong>do</strong> três<br />
novas publicações com informações relevantes para<br />
o setor: o Relatório de Atividades 2010, com uma<br />
síntese <strong>do</strong>s temas trata<strong>do</strong>s e das ações realizadas<br />
pelo Conselho ao longo <strong>do</strong> ano, o livro Infraestrutura<br />
turística e megaeventos e o terceiro<br />
número da revista Turismo em Pauta.<br />
O macrotema Infraestrutura turística e megaeventos<br />
forneceu também a base <strong>do</strong> Relatório, pois<br />
as reuniões realizadas em 2010 foram dedicadas<br />
à discussão deste tópico. Já o terceiro número<br />
da revista Turismo em Pauta traz oito novos<br />
artigos, entre eles o <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Turismo,<br />
Pedro Novais, sobre as ações que pretende<br />
realizar para a regulamentação adequada das<br />
atividades <strong>do</strong> setor.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
contribuição para conseguirmos manter<br />
a qualidade estratégica e organizacional<br />
<strong>do</strong> evento, que conquistou, em oito anos,<br />
a posição de o mais importante encontro<br />
de líderes da indústria de viagens <strong>do</strong> País”<br />
afi rma Guillermo Alcorta, presidente <strong>do</strong><br />
Grupo Panrotas.<br />
Durante o evento, o Conselho de Turismo<br />
da <strong>CNC</strong> lançará a publicação relativa<br />
ao macrotema Infraestrutura Turística<br />
e Megaeventos, debati<strong>do</strong> ao longo<br />
de 2010 por membros<br />
<strong>do</strong> órgão, autoridades e<br />
agentes <strong>do</strong> trade. A publicação<br />
será apresentada a<br />
autoridades <strong>do</strong> setor para<br />
auxiliar na preparação<br />
<strong>do</strong> Brasil para a Copa <strong>do</strong><br />
Mun<strong>do</strong> de 2014 e para as<br />
Olimpíadas de 2016.
<strong>CNC</strong> obtém liminar contra<br />
portaria que modifica repasse<br />
da contribuição sindical<br />
A<br />
Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio<br />
de Bens, Serviços e Turismo<br />
(<strong>CNC</strong>) obteve liminar na Justiça<br />
para suspender os efeitos da Portaria<br />
nº 982/2010, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e<br />
Emprego (MTE), que modifi ca o sistema<br />
de distribuição da contribuição sindical<br />
entre confederações, sindicatos e federações,<br />
além <strong>do</strong> próprio Ministério.<br />
O Tribunal Regional Federal de Brasília<br />
analisou manda<strong>do</strong> de segurança impetra<strong>do</strong><br />
pela <strong>CNC</strong> para impedir que a Caixa<br />
Econômica Federal recolha a contribuição<br />
sindical conforme as modifi cações previstas<br />
pelo MTE – a Portaria nº 982 altera o<br />
senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> artigo 589 da Consolidação das<br />
Leis <strong>do</strong> Trabalho (CLT), condicionan<strong>do</strong> a<br />
partilha da contribuição à fi liação <strong>do</strong> sindicato<br />
a entidades de grau superior, como<br />
federações e confederações.<br />
A <strong>CNC</strong> argumentou que os sindicatos se<br />
vinculam às federações e confederações de<br />
acor<strong>do</strong> com a atividade econômica, e não por<br />
uma opção. “A natureza tributária da contribuição<br />
sindical afasta o critério da fi liação<br />
para sua exação. A estrutura <strong>do</strong> tributo obriga<br />
o pagamento compulsório de to<strong>do</strong>s aqueles<br />
pertencentes à categoria econômica profi ssional,<br />
independente de fi liação”, despachou<br />
o juiz Pablo Zuniga Doura<strong>do</strong>.<br />
Outro ponto questiona<strong>do</strong> da Portaria<br />
nº 982 é quanto ao registro das entidades<br />
no Cadastro Nacional de Entidades<br />
É extremamente oportuno<br />
e necessário o acerta<strong>do</strong><br />
entendimento que o Poder<br />
Judiciário tem manifesta<strong>do</strong> acerca<br />
da Portaria nº 982 <strong>do</strong> MTE<br />
Sindicais (CNES), <strong>do</strong> MTE. O cadastramento<br />
incorreto pode impedir o repasse<br />
<strong>do</strong>s valores às entidades superiores, creditan<strong>do</strong>-os<br />
diretamente na Conta Especial<br />
Emprego e Salário (CEES), também <strong>do</strong><br />
Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego. “No<br />
que tange à destinação da arrecadação -<br />
Conta Especial de Salário -, o ato administrativo<br />
(Portaria MTE 982) também não<br />
passa pelo princípio da legalidade e extrapola<br />
sua função”, observou o magistra<strong>do</strong><br />
em sua decisão. Segun<strong>do</strong> a CLT, as confederações<br />
fi cam com 5% <strong>do</strong> total arrecada<strong>do</strong>;<br />
60% vão para o sindicato; 15% para as<br />
federações e 20% para a CEES. “É extremamente<br />
oportuno e necessário o acerta<strong>do</strong><br />
entendimento que o poder Judiciário tem<br />
manifesta<strong>do</strong> acerca da Portaria MTE n.º<br />
982/2010, nas decisões que conhecemos<br />
sobre o assunto, ao longo <strong>do</strong> País, em especial<br />
na primorosa liminar concedida em<br />
favor da <strong>CNC</strong>. A uniformidade de entendimento<br />
e a consistência das fundamentações<br />
das decisões liminares nos dão<br />
a esperança de sua confi rmação<br />
pelos julga<strong>do</strong>res e manutenção<br />
pelos diversos Tribunais Regionais<br />
<strong>do</strong> Trabalho”, destaca<br />
Dolimar Pimentel, chefe da<br />
Divisão Sindical da <strong>CNC</strong>, que<br />
é responsável pelo Manda<strong>do</strong> de<br />
Segurança que obteve resulta<strong>do</strong><br />
positivo na Justiça.<br />
Dolimar Pimentel<br />
Chefe da Divisão Sindical da <strong>CNC</strong><br />
EM FOCO<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
37
EM FOCO<br />
38<br />
O<br />
advoga<strong>do</strong> Alain Alpin Mac Gregor,<br />
da Divisão Sindical da <strong>CNC</strong>, esteve<br />
entre os dias 11 de janeiro e 02<br />
de fevereiro de 2011 em um treinamento no<br />
Japão pela Association for Overseas Technical<br />
Scolarship (Associação de Treinamento<br />
para Executivos Estrangeiros, em tradução<br />
livre). O Brasil foi o único ocidental entre<br />
os 19 países representa<strong>do</strong>s no curso.<br />
O treinamento teve o objetivo de capacitar<br />
os seleciona<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong>s padrões<br />
japoneses das relações trabalhistas e sindicais.<br />
Segun<strong>do</strong> Mac Gregor, a estrutura<br />
sindical no Japão é muito diferente da<br />
encontrada no Brasil. “Como naquele país<br />
prevalece o sistema de emprego para toda<br />
a vida, as reivindicações sindicais se limitam<br />
a questões menores, como valor de bônus<br />
anual e feria<strong>do</strong>s. Dessa forma, existe<br />
uma harmonia nas negociações coletivas”,<br />
afi rmou o advoga<strong>do</strong>.<br />
Para compreender melhor o conteú<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> curso na prática,<br />
os participantes visitaram<br />
empresas como<br />
a monta<strong>do</strong>ra Toyota e<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
O advoga<strong>do</strong> Alain<br />
Alpin Mac Gregor foi<br />
o único de um país<br />
ocidental presente na<br />
turma <strong>do</strong> treinamento<br />
de executivos<br />
estrangeiros<br />
Japão é exemplo<br />
de excelência nas<br />
relações trabalhistas<br />
Alain Alpin Mac Gregor, advoga<strong>do</strong> da <strong>CNC</strong>,<br />
esteve no país asiático aprenden<strong>do</strong> sobre as<br />
práticas japonesas para as relações trabalhistas<br />
e sindicais nas empresas e no governo<br />
a Shisei<strong>do</strong>, mais antiga fábrica de cosméticos<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e quarta maior <strong>do</strong> setor. Eles<br />
também estiveram no Ministério <strong>do</strong> Trabalho,<br />
Saúde e Bem Estar Social <strong>do</strong> país,<br />
onde tiveram aulas sobre como o governo<br />
japonês auxilia as empresas. “O ministério<br />
busca proteger as empresas, pois, na<br />
visão deles, elas são as responsáveis pelo<br />
bem estar da população, geran<strong>do</strong> empregos.<br />
Essa mesma visão é compartilhada<br />
pelos trabalha<strong>do</strong>res, que tratam seu emprega<strong>do</strong>r<br />
como um membro da família”,<br />
afi rma Mac Gregor.<br />
O advoga<strong>do</strong> destaca a importância <strong>do</strong><br />
aprendiza<strong>do</strong> e também ressalta a excelência<br />
<strong>do</strong> padrão japonês. “Pudemos perceber<br />
que todas as empresas japonesas<br />
têm um padrão único de qualidade, atendimento,<br />
gerenciamento e organização,<br />
que as fazem destoar <strong>do</strong> padrão americaniza<strong>do</strong>,<br />
a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> por grande parte <strong>do</strong>s<br />
países ocidentais”.
Conselho Deliberativo da<br />
Sudene, em Recife, tem<br />
participação da <strong>CNC</strong><br />
Valdeci Cavalcante, presidente da Fecomércio-<br />
PI, representou a Confederação no Conselho,<br />
que discutiu os interesses <strong>do</strong>s micros e pequenos<br />
empresários da Região Nordeste<br />
A<br />
Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio<br />
de Bens, Serviços e Turismo<br />
(<strong>CNC</strong>) foi representada na<br />
12ª Reunião <strong>do</strong> Conselho Deliberativo<br />
da Superintendência <strong>do</strong> Desenvolvimento<br />
<strong>do</strong> Nordeste (Sudene) pelo diretor da<br />
entidade e presidente da Federação <strong>do</strong><br />
Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Piauí (Fecomércio-PI),<br />
Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante.<br />
A reunião, que aconteceu no dia 10<br />
de dezembro, no Recife, Pernambuco,<br />
teve como tema principal o Fun<strong>do</strong><br />
Constitucional de Financiamento <strong>do</strong><br />
Nordeste (FNE), que destina 40% <strong>do</strong>s<br />
seus recursos às micros e pequenas<br />
empresas da região.<br />
Segun<strong>do</strong> Valdeci Cavalcante, foi rejeitada<br />
por unanimidade uma proposta<br />
<strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Nordeste, que pretendia ampliar<br />
o limite de empréstimos para enquadrar<br />
empreendimentos com faturamento<br />
de até R$ 10 milhões, o que iria pulverizar<br />
os recursos entre poucas empresas.<br />
Os microempreende<strong>do</strong>res individuais<br />
também passarão a receber recursos <strong>do</strong><br />
FNE, poden<strong>do</strong> retirar empréstimos de até<br />
R$ 15 mil, com juros de 6,25% ao ano e<br />
rebate de 15% a 25% para os adimplentes,<br />
no caso <strong>do</strong> semiári<strong>do</strong>.<br />
Para Cavalcante, essa medida é importante<br />
para elevar a confiança nos<br />
pequenos empresários. “Essa medida,<br />
em pouco tempo, irá transformar os<br />
microempreende<strong>do</strong>res individuais em<br />
empresários de fato”, afirmou. Valdeci<br />
Cavalcante foi nomea<strong>do</strong> para o<br />
Conselho Deliberativo da Sudene, representan<strong>do</strong><br />
a <strong>CNC</strong>, em 20 de julho<br />
de 2010, ten<strong>do</strong> como suplente José<br />
Arteiro da Silva, presidente da Federação<br />
<strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Maranhão (Fecomércio-MA).<br />
A reunião também aprovou ad<br />
referendum a Proposição n° 033/2010,<br />
que defendia a destinação de 1,5% <strong>do</strong>s<br />
recursos <strong>do</strong> FNE ao fi nanciamento de<br />
atividades de pesquisa, desenvolvimento<br />
e tecnologia que sejam de interesse<br />
<strong>do</strong> desenvolvimento regional. A resolução<br />
já entrou em vigor para o ano<br />
exercício de 2011.<br />
EM FOCO<br />
Valdeci Cavalcante,<br />
presidente da<br />
Fecomercio-PI,<br />
representou a <strong>CNC</strong> na<br />
reunião <strong>do</strong> Conselho<br />
Deliberativo da<br />
Sudene, que<br />
discutiu questões<br />
relacionadas ao FNE<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 39
SISTEMA COMÉRCIO<br />
40<br />
Escola SESC de Ensino<br />
Médio comemora índice de<br />
aprovação no vestibular<br />
O<br />
modelo de educação aplica<strong>do</strong> na<br />
Escola SESC de Ensino Médio<br />
já começa a dar seus primeiros<br />
frutos, com a turma recém-formada de estudantes<br />
pioneiros. A escola teve um alto<br />
índice de aprovação de seus ex-alunos nos<br />
vestibulares para universidades federais e<br />
estaduais, e no Exame Nacional <strong>do</strong> Ensino<br />
Médio (ENEM), que também distribuiu<br />
vagas às instituições federais por meio<br />
<strong>do</strong> Sistema de Seleção Unifi cada (SISU).<br />
Alguns alunos também conseguiram aprovação<br />
para bolsas de estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa<br />
Universidade Para To<strong>do</strong>s (ProUni),<br />
através <strong>do</strong> ENEM.<br />
Até o fechamento desta edição, <strong>do</strong>s 168<br />
forman<strong>do</strong>s, 143 haviam si<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>s no<br />
vestibular, alguns alunos em mais de uma<br />
instituição, um índice de aprovação de<br />
85% <strong>do</strong>s alunos da primeira turma da Escola<br />
SESC conquistaram uma vaga em universidades<br />
públicas e particulares em to<strong>do</strong> o Brasil<br />
85,12%. Considera<strong>do</strong> somente o número<br />
de universidades públicas, 127 alunos conseguiram<br />
aprovação, 75,45% <strong>do</strong> total.<br />
Sete alunos conseguiram o primeiro<br />
lugar no vestibular, como Mariana<br />
Bertoche, <strong>do</strong> Rio de Janeiro, que obteve<br />
o primeiro lugar em Artes Visuais na<br />
Universidade Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />
(UFRJ). “Confesso que não esperava<br />
este resulta<strong>do</strong>, pois a Escola não focava<br />
no aspecto de vestibular, mas pelo processo<br />
de ensino ser muito bom, consegui<br />
um resulta<strong>do</strong> ótimo”, afi rma Mariana. A<br />
diretora da Escola SESC, Claudia Fadel,<br />
comemora os resulta<strong>do</strong>s. “Tenho certeza<br />
de que nossos alunos deixarão a marca da<br />
Escola nas suas ações pelo mun<strong>do</strong>. Somos<br />
to<strong>do</strong>s vence<strong>do</strong>res, mas continuamos<br />
buscan<strong>do</strong> a excelência”.<br />
Resulta<strong>do</strong>s da Escola SESC no vestibular 2011*<br />
7 alunos aprova<strong>do</strong>s em 1° lugar:<br />
• Ananda Beatriz Rodrigues Marques (RJ)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Letras da UFPI<br />
• Diogo Lacerda Medeiros (MG)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Matemática da UFU<br />
• Erica Aline de Melo Silva (CE)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Teatro da UECE<br />
• Jose Vitor Ranieri Moreira (MT)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Matemática da UERJ<br />
• Mariana Lydia Bertoche (RJ)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Artes Visuais da UFRJ<br />
• Moises Almeida Litaiff (MA)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Educação Física da UFAM<br />
• Thiago <strong>do</strong>s Santos Ferreira (BA)<br />
Bacharela<strong>do</strong> em Análise e Desenvolvimento de Sistemas <strong>do</strong> IFBA<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
-15 alunos entre os<br />
cinco primeiros coloca<strong>do</strong>s;<br />
-48 alunos aprova<strong>do</strong>s em<br />
mais de uma universidade;<br />
-38 alunos com vagas<br />
em mais de um<br />
curso de graduação;<br />
-127 alunos aprova<strong>do</strong>s<br />
em universidades públicas;<br />
Total de aprova<strong>do</strong>s: 143/Índice de aprovação: 85,12%<br />
Fonte: Escola SESC/*Resulta<strong>do</strong>s apura<strong>do</strong>s até 14 de fevereiro
Fecomercio-PB divulga<br />
pesquisa sobre o<br />
turismo na Paraíba<br />
Uma pesquisa realizada pelo Instituto<br />
Fecomercio de Pesquisas<br />
Econômicas e Sociais da Paraíba<br />
(IFEP-PB), da Fecomercio-PB, revelou<br />
que 92% <strong>do</strong>s turistas que estiveram no esta<strong>do</strong><br />
neste verão pretendem retornar em<br />
outras ocasiões. Trata-se da Pesquisa Sobre<br />
o Desempenho <strong>do</strong> Turismo na Região<br />
Metropolitana de João Pessoa, a maior e<br />
mais completa pesquisa sobre o turismo<br />
paraibano já feita no esta<strong>do</strong>, que revelou<br />
ainda que de cada 100 visitantes, 96 pensam<br />
em recomendar a Paraíba como destino<br />
turístico.<br />
O turismo de lazer foi o principal motivo<br />
de 69,2% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s para a visita<br />
à Região Metropolitana de João Pessoa<br />
(RMJP), segui<strong>do</strong> de visita a amigos<br />
e parentes (26,41%); 72% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />
afi rmaram estar viajan<strong>do</strong> em família;<br />
51,09% disseram estar visitan<strong>do</strong> a Paraíba<br />
pela primeira vez e 48,91% já estiveram<br />
no esta<strong>do</strong> e estão retornan<strong>do</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> o presidente da Fecomercio-<br />
PB, Marconi Medeiros, estes da<strong>do</strong>s apresentam<br />
o eleva<strong>do</strong> grau de satisfação <strong>do</strong><br />
turista. “Em uma visão econômica, isto<br />
indica um efeito multiplica<strong>do</strong>r, pois além<br />
<strong>do</strong> retorno, ele se torna um divulga<strong>do</strong>r espontâneo<br />
<strong>do</strong> destino turístico”, afi rmou.<br />
Os turistas citaram a segurança e o<br />
baixo índice de violência da região como<br />
pontos-chave da cidade, assim como a<br />
receptividade <strong>do</strong> povo paraibano e as<br />
belezas naturais. Segun<strong>do</strong> a pesquisa,<br />
os entrevista<strong>do</strong>s sugeriram maior divulgação<br />
<strong>do</strong> turismo paraibano em outros<br />
esta<strong>do</strong>s e fora <strong>do</strong> Brasil. Apenas 5,13%<br />
deles disseram estar viajan<strong>do</strong> através<br />
de agências de viagens e somente<br />
1,47% responderam escolher a Paraíba<br />
através de publicidade.<br />
A pesquisa também abor<strong>do</strong>u a satisfação<br />
com os serviços presta<strong>do</strong>s pelo<br />
comércio da RMJP. 81,79% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />
aprovaram os serviços comerciais.<br />
Em relação à expectativa <strong>do</strong> turista ao<br />
visitar a RMJP, 64% afi rmaram que foi<br />
correspondida, enquanto 32% disseram<br />
ter si<strong>do</strong> superada. O IFEP-PB ouviu 409<br />
turistas entre 28 de dezembro de 2010 e<br />
18 de janeiro de 2011.<br />
SISTEMA COMÉRCIO<br />
Orla marítima da<br />
capital, João Pessoa:<br />
pesquisa sobre o<br />
turismo na Paraíba,<br />
a mais completa<br />
já realizada, indica<br />
que os turistas estão<br />
satisfeitos com a<br />
região. 92% deles<br />
retornariam à cidade.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 41
SISTEMA COMÉRCIO<br />
Voluntários <strong>do</strong> SESC<br />
Solidário no Rio de<br />
Janeiro trabalham<br />
separan<strong>do</strong> <strong>do</strong>nativos<br />
para os desabriga<strong>do</strong>s<br />
na Região Serrana<br />
42<br />
Solidariedade une os brasileiros em apoio<br />
às vítimas das chuvas na Região Serrana<br />
Uma rede de solidariedade se formou<br />
em to<strong>do</strong> o Brasil, através da campanha<br />
SESC Solidário, para ajudar as vítimas das<br />
fortes chuvas que atingiram a Região Serrana<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro no início<br />
deste ano. Foram arrecada<strong>do</strong>s <strong>do</strong>nativos<br />
SESC recebe prêmio pelo<br />
incentivo à cultura no Rio de Janeiro<br />
O SESC Nacional recebeu, em 19 de<br />
janeiro, o Prêmio São Sebastião de Cultura,<br />
realiza<strong>do</strong> desde 1993 pela Associação<br />
Cultural da Arquidiocese <strong>do</strong> Rio de Janeiro,<br />
que escolhe pessoas ou instituições que<br />
contribuíram para a cultura <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />
O diretor <strong>do</strong> Departamento Nacional<br />
<strong>do</strong> SESC, Maron Emile Abi-Abib, recebeu<br />
a honraria das mãos <strong>do</strong> Arcebispo <strong>do</strong> Rio<br />
de Janeiro, Dom Orani<br />
Tempesta. O SESC foi<br />
premia<strong>do</strong> na categoria<br />
Ação Cultural.<br />
As indicações são<br />
feitas pelos conselheiros<br />
da Associação da<br />
Arquidiocese, que é for-<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Dom Orani Tempesta<br />
entrega o prêmio<br />
ao diretor <strong>do</strong><br />
Departamento<br />
Nacional <strong>do</strong> SESC<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
por to<strong>do</strong> o País, para serem entregues às<br />
famílias desabrigadas nos municípios de<br />
Nova Friburgo, Teresópolis e São José <strong>do</strong><br />
Vale <strong>do</strong> Rio Preto, os mais atingi<strong>do</strong>s pela<br />
catástrofe. Até o dia 4 de fevereiro, foram<br />
arrecadadas 121 toneladas de alimentos<br />
e 31 toneladas de produtos de higiene e<br />
limpeza. Voluntários ajudaram no recolhimento<br />
e triagem <strong>do</strong>s materiais. Através <strong>do</strong><br />
Mesa Brasil, logo na primeira semana depois<br />
da tragédia foram entregues cerca de<br />
600 toneladas de alimentos e 14 toneladas<br />
de produtos de higiene e limpeza.<br />
A corrente também contou com o apoio<br />
de diversas unidades <strong>do</strong> SESC e <strong>do</strong> Senac<br />
no Brasil, além das Federações <strong>do</strong> Comércio<br />
estaduais. O SESC Solidário é uma<br />
campanha que surgiu no fi nal de 2008,<br />
com o objetivo de ajudar a população de<br />
Santa Catarina, vítima das fortes chuvas<br />
que atingiram o esta<strong>do</strong> naquele ano.<br />
ma<strong>do</strong>, entre outras, por personalidades da<br />
cultura brasileira, como Arnal<strong>do</strong> Niskier,<br />
Rosamaria Murtinho, Sérgio Cabral, Ziral<strong>do</strong>,<br />
Nélida Piñon e Luiz Paulo Horta. Entre<br />
os agracia<strong>do</strong>s pelo Prêmio São Sebastião<br />
de Cultura estão nomes como Bibi Ferreira<br />
(artes cênicas), Dona Ivone Lara (música)<br />
e a diretora Gláucia Camargos (audiovisual)<br />
pelo fi lme “Aparecida - O Milagre”.
Comitiva da<br />
Fecomercio-AM<br />
visita outras<br />
federações<br />
Representantes da Federação <strong>do</strong> Comércio<br />
de Bens, Serviços e Turismo<br />
<strong>do</strong> Amazonas (Fecomercio-AM) visitaram<br />
as sedes das federações <strong>do</strong> comércio<br />
<strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Paraná,<br />
Santa Catarina e Mato Grosso <strong>do</strong> Sul.<br />
Composta pelo presidente da entidade,<br />
José Roberto Tadros, e diretores <strong>do</strong><br />
sistema Fecomercio-SESC-Senac-AM,<br />
a equipe esteve nos prédios das entidades,<br />
conhecen<strong>do</strong> os trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s<br />
pelo SESC e Senac nos esta<strong>do</strong>s,<br />
além de também apreciarem os<br />
pontos turísticos.<br />
“O objetivo de nossa visita foi a troca<br />
de experiências e o conhecimento de<br />
Presidente da Fecomércio-TO participa de<br />
posse na Associação Comercial de Palmas<br />
O presidente da Federação <strong>do</strong> Comércio<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins (Fecomércio-<br />
TO), Hugo de Carvalho, e a superintendente<br />
<strong>do</strong> Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-TO,<br />
Silmara Lustosa Ribeiro, participaram da<br />
posse da nova diretoria da Associação Comercial<br />
e Industrial de Palmas (Acipa), no<br />
dia 17 de fevereiro, no auditório da OAB<br />
na capital tocantinense. O empresário Fabiano<br />
Roberto Matos <strong>do</strong> Vale Filho assumiu<br />
a presidência da instituição para o biênio<br />
2011/2012.<br />
Segun<strong>do</strong> Hugo de Carvalho, as entidades<br />
precisam se unir para o fortalecimento<br />
<strong>do</strong> comércio, não apenas na capital, mas<br />
em to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>. “A Fecomércio-TO está<br />
sempre de portas abertas para os empresários<br />
e também para as associações. Vamos<br />
procurar fazer novas parcerias junto com a<br />
Acipa, visan<strong>do</strong> ainda mais o crescimento<br />
<strong>do</strong> comércio <strong>do</strong> Tocantins. As federações<br />
outras realidades dentro de um mesmo<br />
sistema orgânico”, afi rmou José Roberto<br />
Tadros. Para ele, apesar das diferenças<br />
regionais, o trabalho pode ser adapta<strong>do</strong>,<br />
já que as premissas são as mesmas.<br />
“Sem dúvidas temos muito o que levar<br />
<strong>do</strong>s moldes da região Sul, pois os esta<strong>do</strong>s<br />
são ti<strong>do</strong>s como referência no desenvolvimento<br />
econômico e têm padrões de<br />
qualidade que servem para o restante <strong>do</strong><br />
Brasil”, concluiu.<br />
Tadros ainda elogiou a tecnologia<br />
aplicada em cada um <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s, destacan<strong>do</strong><br />
que os projetos também são semelhantes<br />
aos <strong>do</strong> Amazonas, como esporte,<br />
lazer, cultura, educação e ação social.<br />
e associações comerciais precisam trabalhar<br />
juntas para obter um resulta<strong>do</strong> maior.<br />
Como presidente da Fecomércio-TO, coloco-me<br />
à disposição de to<strong>do</strong>s os associa<strong>do</strong>s<br />
da Acipa”, afi rmou.<br />
A cerimônia de posse da diretoria da<br />
Acipa contou ainda com a presença de políticos<br />
e empresários da capital.<br />
SISTEMA COMÉRCIO<br />
Comitiva da<br />
Fecomercio-AM é<br />
recebida pela equipe<br />
da Fecomercio-PR<br />
em uma das visitas<br />
realizadas pela<br />
entidade amazonense<br />
Silmara Lustosa,<br />
superintendente<br />
da Fecomercio-TO,<br />
Fabiano Matos,<br />
presidente da Acipa<br />
e Hugo de Carvalho,<br />
presidente da<br />
Fecomércio-TO<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 43
SISTEMA COMÉRCIO<br />
44<br />
Prevenção contra<br />
chuvas e desastres naturais<br />
em debate na Fecomércio<br />
A<br />
Federação <strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
de São Paulo (Fecomércio)<br />
organizou o debate “Prevenção e<br />
Gestão de Riscos em Épocas de Chuva”,<br />
no dia 15 de fevereiro, que abor<strong>do</strong>u as<br />
consequências urbanas das mudanças climáticas<br />
pelos pontos de vista ambiental,<br />
jurídico, econômico e social. Espaços<br />
urbanos, como a cidade de São Paulo,<br />
sofrem há anos com enchentes e falta de<br />
estrutura. Recentemente, o Rio de Janeiro<br />
passou por mais uma tragédia em<br />
decorrência das chuvas.<br />
Segun<strong>do</strong> Josef Barat, presidente <strong>do</strong><br />
Conselho de Planejamento das Cidades<br />
da Fecomercio, o Brasil precisa aprender<br />
a prever grandes eventos climáticos e a se<br />
proteger deles. “Somos um País tropical.<br />
Não podemos nos surpreender com as chuvas,<br />
temos que estar sempre prepara<strong>do</strong>s,<br />
mas parece que os governos persistem em<br />
errar”, afi rmou. Barat sugeriu a instalação<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Evento debateu as principais causas e soluções<br />
<strong>do</strong>s problemas de infraestrutura de espaços<br />
urbanos, como São Paulo, em épocas de grande<br />
volume de chuva<br />
de reservatórios em propriedades privadas,<br />
estacionamentos e empresas, para coletar o<br />
volume de água em épocas de chuva. “São<br />
medidas simples, que aumentam a capacidade<br />
de absorção nas grandes cidades, reduzin<strong>do</strong><br />
o risco de enchentes”.<br />
José Goldemberg, presidente <strong>do</strong> Conselho<br />
de Sustentabilidade da federação,<br />
acredita que os fenômenos climáticos estão<br />
acontecen<strong>do</strong> de forma mais frequente,<br />
não apenas no Rio e em São Paulo, mas<br />
no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>. “Existiram catástrofes naturais<br />
antes das mudanças climáticas, mas<br />
agora esses eventos estão cada vez mais<br />
frequentes”, afi rma Goldemberg, que alerta<br />
para os perigos <strong>do</strong> aquecimento global e<br />
para a falta de educação ambiental.<br />
Com relação a políticas governamentais,<br />
Ives Gandra Martins, presidente <strong>do</strong><br />
Conselho Superior de Direito da Fecomercio,<br />
diz que o problema não é a falta<br />
de legislação, e sim de fi scalização. “Se<br />
tivéssemos o cumprimento das leis, grande<br />
parte <strong>do</strong> que vem acontecen<strong>do</strong> to<strong>do</strong><br />
ano seria evita<strong>do</strong>”. Ele também aponta<br />
a necessidade de uma reforma tributária<br />
que seja efi caz na distribuição <strong>do</strong>s recursos<br />
da União entre esta<strong>do</strong>s e municípios,<br />
conforme a intenção da Constituição.<br />
Paulo Rabello de Castro, José<br />
Goldemberg, Josef Baraf e<br />
Ives Gandra Martins debatem<br />
os riscos das chuvas
Parceria entre Senac-AC e prefeituras vai<br />
investir em educação no interior <strong>do</strong> Acre<br />
Uma parceria entre o Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem Comercial <strong>do</strong> Acre (Senac-AC)<br />
e as prefeituras <strong>do</strong>s municípios de<br />
Brasiléia e Epitaciolândia está proporcionan<strong>do</strong><br />
um aumento nas atividades de qualifi<br />
cação profi ssional no interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.<br />
Serão ofereci<strong>do</strong>s cursos que irão formar<br />
mais de 500 profi ssionais para atuar no<br />
merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />
Também serão ofereci<strong>do</strong>s nos municípios<br />
o Programa Senac de Gratuidade e o<br />
Plano Territorial de Qualifi cação, além de<br />
cursos In Company e em unidades móveis<br />
<strong>do</strong> Senac. Segun<strong>do</strong> a prefeita de Brasiléia,<br />
Leila Galvão, o desejo da prefeitura é gerar<br />
oportunidades de trabalho. “A prefeitura<br />
tem investi<strong>do</strong> forte na formação de jovens<br />
e adultos. Para isso, vocês precisam ter empenho<br />
e força de vontade para<br />
aprender. Que to<strong>do</strong>s sejam persistentes<br />
e capazes de enfrentar<br />
obstáculos”, afi rmou. “Nossos<br />
cursos têm muda<strong>do</strong> a vida de<br />
muitas pessoas e é isso que esperamos<br />
que aconteça, que a<br />
vida dessas pessoas tenha mais<br />
qualidade e profi ssionalismo”,<br />
completou Abrão Maia, Diretor<br />
de Educação Profi ssional<br />
<strong>do</strong> Senac-AC.<br />
Fecomercio-RO discute mudanças para<br />
o trânsito de Porto Velho<br />
A Federação <strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e<br />
Turismo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de Rondônia (Fecomercio-RO)<br />
realizou uma reunião com o secretário municipal de<br />
transportes, Itamar Ferreira, para discutir os problemas<br />
<strong>do</strong> trânsito na capital, Porto Velho. O debate<br />
contou com a presença de representantes de outras<br />
três entidades <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, a Federação da Pecuária e<br />
Agricultura (Faperon), a Federação das Câmaras de<br />
Dirigentes Lojistas (FCDL-RO) e o Sindicato das<br />
Micro e Pequenas Indústrias (SIMPI-RO).<br />
Entre as reivindicações expressas na reunião, se<br />
destaca a queda substancial nas vendas <strong>do</strong> comércio<br />
após uma medida da Secretaria Municipal de Transportes, que difi cultou o estacionamento<br />
no centro de Porto Velho, destinan<strong>do</strong> espaços apenas para taxistas e mototaxistas.<br />
Também foram abordadas questões como as condições da malha viária, o transporte<br />
público e a pavimentação de ruas da cidade.<br />
A reunião já apresentou resulta<strong>do</strong>s em algumas mudanças feitas pela Prefeitura, que,<br />
segun<strong>do</strong> Raniery Coelho, presidente da Fecomercio-RO, “representam um marco na relação<br />
Prefeitura/empresários, na medida em que, pela primeira vez, suas demandas estão<br />
sen<strong>do</strong> ouvidas e discutidas, e é isto que se pede das autoridades, que não decidam apressadamente<br />
sem ouvir os que serão objeto de impacto de suas políticas”.<br />
SISTEMA COMÉRCIO<br />
O secretário Itamar<br />
Ferreira e o presidente<br />
da Fecomércio-RO,<br />
Raniery Coelho,<br />
discutiram os<br />
problemas <strong>do</strong> trânsito<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 45
SISTEMA COMÉRCIO<br />
Reunião <strong>do</strong> Conselho<br />
de Sustentabilidade<br />
da Fecomércio-RS:<br />
empresários devem<br />
fi car atentos à<br />
regulamentação<br />
46<br />
O<br />
Conselho de Sustentabilidade da<br />
Federação <strong>do</strong> Comércio de Bens<br />
e de Serviços <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio<br />
Grande <strong>do</strong> Sul (Fecomercio-RS) debateu<br />
na sua quarta reunião, realizada no dia 20<br />
de janeiro, o tratamento dispensa<strong>do</strong> pelas<br />
empresas ao descarte de resíduos sóli<strong>do</strong>s.<br />
O encontro buscou traçar alternativas para<br />
a destinação desses resíduos, que podem<br />
levar dezenas de anos para se decompor,<br />
prejudican<strong>do</strong> o meio ambiente.<br />
O presidente <strong>do</strong> conselho, Juarez Miguel<br />
Venço, afi rmou que, com a regulamentação<br />
da Política Nacional de Resíduos<br />
Sóli<strong>do</strong>s, os empresários devem estar atentos<br />
às empresas que oferecem o serviço de recolhimento<br />
destes materiais. A assessora de<br />
planejamento <strong>do</strong> SESC-RS, Adriane Moraes,<br />
também apresentou as ações <strong>do</strong> Sistema<br />
Fecomércio-Sesc-Senac <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong><br />
Sul para o descarte destes materiais.<br />
Em 2010, a lei que institui a Política<br />
Nacional de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s foi sancionada<br />
pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula<br />
da Silva. O projeto tramitou no Congresso<br />
Nacional por mais de 20 anos, e estabelece<br />
a integração de municípios e empresas<br />
na gestão <strong>do</strong>s resíduos, e responsabiliza<br />
toda a sociedade pela geração de lixo. São<br />
considera<strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os<br />
materiais descarta<strong>do</strong>s pelos gera<strong>do</strong>res, que<br />
não se enquadram como recicláveis, reutilizáveis,<br />
orgânicos ou químicos, sejam<br />
de origem urbana, <strong>do</strong>méstica, comercial,<br />
hospitalar ou industrial.<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
Fecomércio-RS<br />
debate soluções<br />
para o descarte de<br />
resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />
Conselho de Sustentabilidade da<br />
Federação discutiu o tratamento da<strong>do</strong><br />
pelas empresas a esses materiais, após<br />
a instituição da Política Nacional de<br />
Resíduos Sóli<strong>do</strong>s<br />
No que diz respeito à responsabilidade<br />
da logística reversa (retirada e redistribuição<br />
de produtos antigos), os fabricantes,<br />
distribui<strong>do</strong>res e comerciantes de produtos,<br />
como agrotóxicos e suas embalagens, pilhas,<br />
baterias, pneus, óleos lubrifi cantes,<br />
lâmpadas fl uorescentes e produtos eletroeletrônicos<br />
passam a ter a obrigação de<br />
implementar um procedimento para receber<br />
tais produtos, com a destinação fi nal<br />
adequada. Após o uso, os resíduos deverão<br />
ser devolvi<strong>do</strong>s aos fornece<strong>do</strong>res para a<br />
destinação correta, independentemente <strong>do</strong><br />
sistema público de coleta de resíduos.<br />
A regulamentação considera como<br />
infração administrativa ambiental o descumprimento<br />
pelo consumi<strong>do</strong>r e pelo<br />
empresário das obrigações relacionadas à<br />
coleta seletiva e logística reversa. O descumprimento<br />
da lei pode levar à pena de<br />
reclusão de um a quatro anos e multa. A<br />
forma e os prazos para a implantação da<br />
logística reversa serão defi ni<strong>do</strong>s posteriormente<br />
por acor<strong>do</strong>s setoriais, regulamentos<br />
específi cos ou termos de compromisso<br />
fi rma<strong>do</strong>s entre o setor priva<strong>do</strong> e o<br />
Poder Público.<br />
Segun<strong>do</strong> Juarez Venço, a lei é recente,<br />
mas as empresas já terão que modifi car<br />
sua cadeia de geração de resíduos para se<br />
adaptar a ela. “A lei trará benefícios tanto<br />
para o comércio quanto para a sociedade.<br />
Os empresários deverão avaliar o jeito de<br />
fazer seus ‘negócios’ para que a geração de<br />
resíduos não acarrete multas”, afi rmou.
Presidente e<br />
diretores da Febrac<br />
participam de<br />
congresso mundial<br />
na Nova Zelândia<br />
O presidente da Federação Nacional<br />
das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental<br />
(Febrac), Ricar<strong>do</strong> Costa Garcia,<br />
acompanha<strong>do</strong> de diretores da entidade e de<br />
empresários <strong>do</strong> setor estiveram presentes<br />
no 18° Congresso da World Federation of<br />
Building Service Contractors (WFBSC),<br />
entre os dias 6 e 10 de fevereiro, em Auckland,<br />
na Nova Zelândia. A comitiva<br />
brasileira, composta por 45 pessoas, entre<br />
elas, A<strong>do</strong>nai Arruda, presidente <strong>do</strong> Sindicato<br />
das Empresas de Asseio e Conservação<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná (SEAC-PR), era<br />
a maior <strong>do</strong> evento, que reuniu grupos de<br />
dezenove países.<br />
Na ocasião, Arruda foi empossa<strong>do</strong><br />
como presidente da WFBSC para o biênio<br />
Federações assinam convênio para<br />
fortalecimento das entidades<br />
A Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes,<br />
Bares e Similares (FNHRBS)<br />
e a Federação Nacional das Empresas de<br />
Serviços Contábeis e das Empresas de<br />
Assessoramento, Perícias, Informações e<br />
Pesquisas (Fenacon) assinaram um convênio<br />
com o objetivo de fortalecer a ação das<br />
entidades junto aos sindicatos de conta<strong>do</strong>res,<br />
e enfatizar a importância da contribuição<br />
sindical patronal. O termo foi assina<strong>do</strong><br />
2011/2012, sen<strong>do</strong> o primeiro brasileiro a<br />
ocupar o cargo. “Um brasileiro na presidência<br />
da WFBSC solidifi ca a marca Brasil,<br />
a confi ança que o merca<strong>do</strong> internacional<br />
tem nas nossas técnicas, no nosso<br />
profi ssionalismo e na nossa postura”. O<br />
próximo congresso da entidade irá acontecer<br />
em Curitiba, em outubro de 2012.<br />
pelo presidente da FNHRBS, Alexandre<br />
Sampaio, e pelo presidente da Fenacon,<br />
Valdir Pietrobon. A Fenacon se comprometeu<br />
a informar a “obrigatoriedade <strong>do</strong><br />
recolhimento da contribuição sindical, inclusive<br />
para microempresas e empresas de<br />
pequeno porte optantes pelo Simples Nacional,<br />
bem como a responsabilidade <strong>do</strong>s<br />
contabilistas”. As entidades se comprometeram<br />
a desenvolver campanhas junto à<br />
base patronal e aos sindicatos<br />
fi lia<strong>do</strong>s, além de viabilizar<br />
palestras, cursos e apresentações<br />
referentes à contribuição<br />
sindical. O convênio tem duração<br />
de 12 meses, poden<strong>do</strong><br />
ser prorroga<strong>do</strong>, e irá benefi -<br />
ciar os sindicatos fi lia<strong>do</strong>s a<br />
estas federações e as empresas<br />
associadas a eles.<br />
Alexandre Sampaio e Valdir<br />
Pietrobon assinaram termo de<br />
cooperação na última Reunião<br />
de Diretoria da <strong>CNC</strong><br />
SISTEMA COMÉRCIO<br />
A<strong>do</strong>nai Arruda,<br />
presidente <strong>do</strong> SEAC-PR,<br />
e Ricar<strong>do</strong> Garcia,<br />
presidente da Febrac,<br />
participaram da<br />
abertura <strong>do</strong> evento<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132 47
HOMENAGEM<br />
48<br />
Um homem<br />
de experiência no<br />
comércio exterior<br />
Com experiência tanto na esfera pública quanto no setor<br />
priva<strong>do</strong>, João Augusto de Souza Lima soube criar novos<br />
horizontes para as relações comerciais brasileiras<br />
Presidente da Federação das Câmaras<br />
de Comércio Exterior (FCCE), João<br />
Augusto de Souza Lima, atuou para<br />
expandir as relações comerciais <strong>do</strong> Brasil,<br />
sobretu<strong>do</strong> com países de menor projeção,<br />
nos quais vislumbrava, com base em sua<br />
larga experiência, possibilidades de avanço<br />
mútuo. À frente da Federação – a mais<br />
antiga associação de classe no Brasil dedicada<br />
exclusivamente ao comércio exterior,<br />
sediada na Confederação Nacional<br />
<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />
(<strong>CNC</strong>), no Rio de Janeiro - realizou inú inúme-<br />
ros seminários bilaterais bilaterais, bi sen<strong>do</strong> o últ<br />
último<br />
com Portugal, Portugal, em 3 de e dezembr dezembro de 20 2010.<br />
Ao to<strong>do</strong> foram 54 encontros encon ncon<br />
desde 2005, com naç nações<br />
como a Namíbia, Namíbia a<br />
China e Guiné-BisGuinésau, entre outras outras.<br />
Souza LLima<br />
teve extensa mili- m<br />
tância na área<br />
de<br />
comércio exte exterior.<br />
Foi Foi vice-presid vice-presidente<br />
da Associação de<br />
Comércio Exte Exterior<br />
<strong>do</strong> Brasil (AEB); vvice<br />
presidente <strong>do</strong> Com Comitê<br />
Brasileiro da Câmara de<br />
Comércio Internacio Internacional<br />
(ICC); vice-presid vice-presidente<br />
da Câmara de<br />
Co-<br />
mércio e Indústria Indú<br />
Brasil-Índia;<br />
di-<br />
<strong>CNC</strong> Notícias<br />
Fevereiro e março 2011 n°132<br />
retor da Associação Comercial <strong>do</strong> Rio de<br />
Janeiro (ACRJ); e conselheiro titular da<br />
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-<br />
China, entre outros cargos.<br />
Na esfera pública, também entre outras<br />
funções, foi secretário de gabinete <strong>do</strong> Ministro<br />
da Indústria e Comércio Edmun<strong>do</strong><br />
de Mace<strong>do</strong> Soares (1967/1969), no qual<br />
teve atuação destacada; assessor especial<br />
<strong>do</strong> Ministério da Indústria e <strong>do</strong> Comércio,<br />
na gestão de Marcus Vinícius Pratini de<br />
Moraes (1970/1974); e presidente <strong>do</strong> Comitê<br />
de Transportes <strong>do</strong> Conselho Nacional<br />
de Comércio Exterior (Concex).<br />
João Augusto de Souza Lima contava<br />
com uma extensa lista de títulos honorífi<br />
cos, medalhas e condecorações. Entre<br />
elas, o de Comenda<strong>do</strong>r da Ordem de Rio<br />
Branco, concedida pelo presidente Lula;<br />
de Cavaleiro da Ordem <strong>do</strong> Santo Sepulcro<br />
de Jerusalém e da Ordem <strong>do</strong>s Cavaleiros<br />
da Concórdia (Itália). Souza Lima faleceu<br />
em 23 de janeiro, aos 71 anos, de parada<br />
cardíaca, deixan<strong>do</strong> sua experiência como<br />
exemplo de dedicação e talento.<br />
Nova diretoria<br />
Em assembleia realizada dia 18 de fevereiro,<br />
na sede da <strong>CNC</strong>, no Rio de Janeiro,<br />
a FCCE elegeu sua nova diretoria. Paulo<br />
Fernan<strong>do</strong> Marcondes Ferraz, 1º vice-presidente<br />
da entidade, foi conduzi<strong>do</strong> à presidencia<br />
da Federação, dentro <strong>do</strong> Triênio<br />
inicia<strong>do</strong> por Souza Lima (2009 a 2012).
(Pedro Ugarte/AFP PHOTO)<br />
Gritos de liberdade<br />
HISTÓRIA EM IMAGEM<br />
Os países árabes atravessam um perío<strong>do</strong> de revoltas<br />
populares, acompanhadas com preocupação pelo resto<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A onda de protestos políticos começou em<br />
dezembro de 2010, na Tunísia, chegou à Argélia em janeiro<br />
de 2011, passou pela Jordânia, Mauritânia e pelo<br />
Iêmen, chegan<strong>do</strong> ao Egito, Líbia, Bahrein e Omã. No<br />
Egito, as manifestações puseram fi m a um regime de 30<br />
anos, lidera<strong>do</strong> pelo presidente Hosni Mubarak. Na Líbia,<br />
país governa<strong>do</strong> com mão de ferro por Muamar Kadafi , a<br />
situação ganha contornos de uma guerra civil, com o país<br />
dividi<strong>do</strong> e uma mobilização internacional contra o dita<strong>do</strong>r,<br />
acusa<strong>do</strong> de mandar bombardear o próprio povo. Para<br />
os países <strong>do</strong> Ocidente, além da questão <strong>do</strong> suprimento de<br />
petróleo, a principal preocupação é saber que rumo estes<br />
países tomarão no complica<strong>do</strong> jogo de forças que historicamente<br />
caracteriza a região.
2011<br />
2013<br />
2015<br />
2012<br />
2014<br />
2016<br />
E aí, já tem programa para os próximos seis anos?<br />
Até 2016 o Brasil vai sediar o Rio 2011 – 5º Jogos Militares <strong>do</strong> CISM, Rock in Rio, Rio + 20, Copa das<br />
Confederações, Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> FIFATM de Futebol, 450 anos da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro, Jogos<br />
Olímpicos e os Paraolímpicos. A <strong>CNC</strong> – Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços<br />
e Turismo – sabe que este vai ser um grande desafi o. E é por isso que, no mês em que se comemora<br />
o Dia Nacional <strong>do</strong> Turismo, quer reforçar seu compromisso com você, empresário ou trabalha<strong>do</strong>r<br />
<strong>do</strong> setor, para ajudar a transformar cada evento em crescimento para a área. Porque você sabe:<br />
quan<strong>do</strong> o turismo cresce, o Brasil cresce junto.