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Novidades do varejo - CNC

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<strong>Novidades</strong><br />

<strong>do</strong> <strong>varejo</strong><br />

Fevereiro e março de 2011<br />

n° 132, ano XI<br />

Ferramentas<br />

tecnológicas<br />

aplicadas ao comércio<br />

fazem com que o setor<br />

esteja a um passo – ou<br />

um clique – de novas<br />

fronteiras nos negócios<br />

E ainda:<br />

NOVA PESQUISA<br />

ECONÔMICA DA <strong>CNC</strong><br />

PÁGINA 25<br />

REUNIÃO COM O<br />

MINISTRO DO TURISMO<br />

PÁGINA 33<br />

www.cnc.org.br


1<br />

4<br />

Turismo para to<strong>do</strong>s<br />

Detentor da maior rede de Turismo Social <strong>do</strong> Brasil, o SESC oferece<br />

aos emprega<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor de turismo e das demais empresas de comércio<br />

de bens e serviços a opção de viajar e conhecer novas culturas a preços<br />

acessíveis. Pioneira na atividade, a instituição atua há mais de 60 anos na<br />

democratização <strong>do</strong> setor turístico, apresentan<strong>do</strong> a sociedade a riqueza e<br />

diversidade <strong>do</strong> patrimônio brasileiro por meio <strong>do</strong> turismo ecológico, rural,<br />

religioso, cultural e histórico.<br />

6 7<br />

5<br />

2 3<br />

1 - Pousada Rural de Lages (SC) | 2 - Estância Ecológica SESC Tepequém (RR) | 3 - SESC Copacabana (RJ) | 4 - SESC Bertioga (SP)<br />

5 - Centro de Turismo e Lazer SESC Caldas Novas (GO) | 6 - SESC Piatã (BA) | 7 - Estância Ecológica SESC Pantanal (MT)<br />

www.sesc.com.br


Universo em expansão<br />

Comércio e tecnologia caminham juntos há muito tempo, em<br />

verdadeira simbiose. Da época <strong>do</strong> escambo, em que se trocava um<br />

produto pelo outro, à era das grandes lojas de departamento e das<br />

vendas por catálogo, as sociedades sempre buscaram aperfeiçoar<br />

as relações de troca. E as inovações tecnológicas revolucionaram a<br />

forma como essas relações se davam, com o surgimento <strong>do</strong> dinheiro,<br />

a evolução <strong>do</strong>s meios de transporte, a revolução industrial.<br />

Nos últimos 20 anos, o vertiginoso processo de evolução e consolidação<br />

da internet – a rede mundial de computa<strong>do</strong>res que está<br />

transforman<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> em uma única e gigantesca aldeia – tem<br />

potencializa<strong>do</strong> este que parece ser um <strong>do</strong>s traços defi ni<strong>do</strong>res da<br />

humanidade: comercializar.<br />

A revista <strong>CNC</strong> Notícias vem regularmente abordan<strong>do</strong> o assunto,<br />

pelos óbvios des<strong>do</strong>bramentos no dia a dia de to<strong>do</strong>s nós. A reportagem<br />

de capa desta edição trata de algumas das mais surpreendentes<br />

inovações que estão mudan<strong>do</strong> a forma de comprar e vender na<br />

grande rede. É a revolução na revolução. Sites de compras coletivas,<br />

a utilização das redes sociais e <strong>do</strong>s celulares como canais de venda,<br />

leilões de centavos. Um universo em expansão e dinâmico, que<br />

não se choca com o comércio tradicional, mas representa uma nova<br />

frente, com oportunidades e desafi os.<br />

A inovação, que sempre permitiu ao comércio se reinventar, é<br />

a matéria-prima que alimenta os meios digitais. Nada mais natural,<br />

portanto, que constatar os impactos benéfi cos dessas tecnologias,<br />

a serviço <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e também <strong>do</strong>s empresários em busca<br />

de bons negócios.<br />

Boa leitura!<br />

EDITORIAL<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

1


Presidente: Antonio Oliveira Santos.<br />

Vice-Presidentes: 1º - José Roberto Tadros; 2º - Darci Piana;<br />

3º - José Arteiro da Silva; Abram Szajman, Adelmir Araújo<br />

Santana, Bruno Breithaupt, José Evaristo <strong>do</strong>s Santos, José<br />

Marconi Medeiros de Souza, Laércio José de Oliveira, Leandro<br />

Domingos Teixeira Pinto, Orlan<strong>do</strong> Santos Diniz.<br />

Vice-Presidente Administrativo: Josias Silva de Albuquerque.<br />

Vice-Presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira.<br />

Diretores: Alexandre Sampaio de Abreu, Antonio Airton<br />

Oliveira Dias, Antônio Osório, Carlos Fernan<strong>do</strong> Amaral, Carlos<br />

Marx Tonini, Edison Ferreira de Araújo, Euclides Carli, Francisco<br />

Valdeci de Sousa Cavalcante, Hugo de Carvalho, Hugo Lima<br />

França, José Lino Sepulcri, Ladislao Pedroso Monte, Lázaro Luiz<br />

Gonzaga, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, Marcelo Fernandes<br />

de Queiroz, Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, Pedro Jamil<br />

Nadaf, Raniery Araújo Coelho, Valdir Pietrobon, Wilton Malta<br />

de Almeida, Zil<strong>do</strong> De Marchi.<br />

Conselho Fiscal: Anelton Alves da Cunha, Antonio Vicente<br />

da Silva, Arnal<strong>do</strong> Soter Braga Car<strong>do</strong>so.<br />

<strong>CNC</strong> NOTÍCIAS<br />

Revista mensal da Confederação Nacional<br />

<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

Ano XI, n ª 132, 2011<br />

Gabinete da Presidência:<br />

Lenoura Schmidt<br />

Assessoria de Comunicação (ASCOM):<br />

ascom@cnc.com.br<br />

Edição:<br />

Cristina Calmon (editora) e<br />

Celso Chagas (subeditor – Mtb 30683)<br />

Redação:<br />

Edson Chaves Filho, Geral<strong>do</strong> Roque,<br />

Joanna Marini e Luciana Rivoli Dantas<br />

Estagiário:<br />

Marcos Vinícius <strong>do</strong> Nascimento<br />

Design:<br />

Carolina Braga<br />

Revisão:<br />

DA/CAA-RJ/Secretaria Administrativa - Daniela Marrocos<br />

Impressão:<br />

Gráfi ca MCE<br />

Colabora<strong>do</strong>res da <strong>CNC</strong> Notícias de fevereiro e março 2011:<br />

Fabiana Barros e Clauderlan Vilela (Fecomércio-AL), Nayara<br />

Lessa (Fecomércio-AC), Aristóteles Quintela (Fecomércio-RO),<br />

Caroline Santos (Fecomércio-SC), Renato Klein (Fecomércio-TO),<br />

Wendell Rodrigues (Fecomércio-PB), Josiani Ebani (Febrac), Viviani<br />

Freitas (Fecomércio-AM), André Ribeiro (Fecomércio-PI), Luciano<br />

Kleiber (Fecomércio-RN), Gaziella Itamaro e Manoela de Borba<br />

(Fecomércio-SC) e Wany Pasquarelli (AGR-<strong>CNC</strong>).<br />

Colabora<strong>do</strong>r especial: Luiz Claudio de Pinho Almeida<br />

Créditos fotográfi cos: Divulgação/Apple Store Brasil (página 4),<br />

Divulgação/Virgin Atlantic (página 4), Carolina Braga (páginas<br />

5, 21, 28 e 36), Cristina Bocayuva (páginas 7, 19, 20, 27, 39,<br />

47 e 48), Divulgação/NRF (páginas 10 e 11), Divulgação/<br />

Fecomércio-SC (página 11), Divulgação/Fecomércio-RN (página<br />

12), Karen Aghazarian (página 17), Banco de imagens<br />

– Stock.xchng (páginas 28 e 38), Carlos Terra (páginas 28,<br />

29, 32, 33, 34 e 35), Ro<strong>do</strong>lfo Stuckert (página 29), Joanna<br />

Marini (página 30), Fabiana Barros (página 31), Divulgação/<br />

<strong>CNC</strong>-DS (página 38), Prefeitura de João Pessoa (página 41),<br />

Divulgação/SESC-RJ (página 42), José Renato Antunes (página<br />

42), Ivo Lima (página 43), Divulgação/Fecomércio-TO<br />

(página 43), Divulgação/Fecomercio-SP (página 44), Rose<br />

Peres (página 45), Divulgação/Fecomércio-RO (página 45),<br />

Caroline Marques (página 46), Divulgação/Febrac (Página 47),<br />

Pedro Ugarte/AFP PHOTO (3ª capa).<br />

Ilustrações:<br />

Carolina Braga (capa, páginas 8, 10, 12, 14 e 25)<br />

Marcelo Vital (capa, página 8)<br />

Projeto Gráfi co:<br />

Carolina Braga, Marcelo Almeida e Marcelo Vital.<br />

A <strong>CNC</strong> Notícias a<strong>do</strong>ta a nova ortografi a.<br />

<strong>CNC</strong> - Rio de Janeiro<br />

Av. General Justo, 307<br />

CEP.: 20021-130<br />

PABX: (21) 3804-9200<br />

2<br />

<strong>CNC</strong> - Brasília<br />

SBN Quadra 1 Bl. B - n° 14<br />

CEP.: 70041-902<br />

PABX: (61) 3329-9500/3329-9501<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

18<br />

Capa 08<br />

<strong>Novidades</strong> <strong>do</strong> <strong>varejo</strong><br />

Comitivas da Fecomércio-RN e da Fecomércio-SC estiveram<br />

na maior feira mundial <strong>do</strong> <strong>varejo</strong>, a Retail’s Big Show, que<br />

apontou tendências tecnológicas que já estão fazen<strong>do</strong> a<br />

diferença na forma como o consumi<strong>do</strong>r vai às compras.<br />

2011 começou com boas notícias<br />

para o comércio brasileiro<br />

O momento é favorável para a entrada de recursos estrangeiros<br />

no País, afi rmou o chefe da Divisão Econômica da <strong>CNC</strong>, Carlos<br />

Thadeu de Freitas, na última reunião de diretoria. No mesmo<br />

encontro, o vice-presidente administrativo da <strong>CNC</strong>, Josias<br />

Albuquerque, falou de sua experiência em missões internacionais,<br />

que devem se intensifi car em 2011.<br />

4 FIQUE POR DENTRO<br />

5 BOA DICA<br />

6 OPINIÃO<br />

8 CAPA<br />

- A um clique de novas oportunidades de negócios<br />

- Tecnologia a serviço das transações comerciais mostra<br />

outros rumos para o <strong>varejo</strong><br />

16 ENTREVISTA<br />

-Gerson Rolim<br />

18 REUNIÃO DE DIRETORIA<br />

- Um bom começo de ano para o comércio<br />

22 PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />

- Inadimplência em baixa sustenta intenção de consumo<br />

- Novo indica<strong>do</strong>r irá medir a confi ança <strong>do</strong>s<br />

empresários <strong>do</strong> comércio


37<br />

33<br />

26 ARTIGO<br />

- Ernane Galvêas: Conjuntura econômica<br />

25<br />

Indica<strong>do</strong>r vai medir a confiança<br />

<strong>do</strong>s empresários <strong>do</strong> comércio<br />

Nova pesquisa será lançada pela Divisão Econômica da <strong>CNC</strong> e<br />

vai ouvir representantes de grandes e pequenas empresas em to<strong>do</strong><br />

o Brasil, para mostrar as expectativas para o comércio varejista.<br />

A amostra mensal será realizada com aproximadamente seis mil<br />

empresas em todas as unidades da Federação.<br />

Câma Câmara Empresarial de Turismo da<br />

<strong>CNC</strong><br />

recebe o Ministro Pedro Novais<br />

Durante Durant reunião da CET em Brasília, o Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais,<br />

anunciou anunc a publicação da Portaria que reintroduz o sistema de classifi cação<br />

da re rede hoteleira no Brasil. O presidente da <strong>CNC</strong>, Antonio Oliveira Santos,<br />

eelogiou<br />

a atitude <strong>do</strong> ministro em participar de uma reunião para ouvir as<br />

reivindicações <strong>do</strong>s empresários <strong>do</strong> setor.<br />

<strong>CNC</strong> obtém liminar contra<br />

modificação na contribuição sindical<br />

Com os argumentos de que os sindicatos se fi liam às federações e confederações de<br />

acor<strong>do</strong> com a atividade econômica, e não por opção, a <strong>CNC</strong> conseguiu uma liminar<br />

na Justiça para suspender a Portaria n° 982/2010, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho, que<br />

modifi ca o sistema de distribuição da contribuição sindical.<br />

28 INSTITUCIONAL<br />

- Um sistema preocupa<strong>do</strong> com a sustentabilidade<br />

- Vice-presidente da <strong>CNC</strong> toma posse como deputa<strong>do</strong> federal<br />

- Gerente <strong>do</strong> SESC em nova composição da Comissão Nacional<br />

de Incentivo à Cultura<br />

- Renalegis defi ne estratégia de ação no Congresso Nacional<br />

31 PRODUTOS <strong>CNC</strong><br />

- Fecomercio-AL se torna Autoridade de Registro para Certifi cação Digital<br />

32 SERVIÇOS<br />

- Câmara de Terceirizáveis defende interesses no Parlamento<br />

33 TURISMO<br />

- Boas notícias para o turismo brasileiro<br />

- <strong>CNC</strong> renova apoio institucional ao Fórum Panrotas<br />

- Novas publicações abordam questões voltadas para megaeventos<br />

SUMÁRIO<br />

37 EM FOCO<br />

- <strong>CNC</strong> obtém liminar contra portaria que modifi ca repasse da<br />

contribuição sindical<br />

- Japão é exemplo de excelência nas relações trabalhistas<br />

- Conselho Deliberativo da Sudene tem participação da <strong>CNC</strong><br />

40 SISTEMA COMÉRCIO<br />

- Escola SESC de Ensino Médio comemora aprovação no vestibular<br />

- Fecomercio-PB divulga pesquisa sobre o turismo na Paraíba<br />

- Solidariedade e apoio às vítimas das chuvas na Região Serrana<br />

- SESC recebe prêmio pelo incentivo à cultura no Rio de Janeiro<br />

- Comitiva da Fecomércio-AM visita outras federações<br />

- Presidente da Fecomercio-TO participa de posse na Associação<br />

Comercial de Palmas<br />

- Prevenção contra chuvas e desastres naturais em<br />

debate na Fecomercio<br />

- Parceria entre Senac-AC e prefeituras vai investir em<br />

educação no interior <strong>do</strong> Acre<br />

- Fecomércio-RO discute mudanças para o trânsito de Porto Velho<br />

- Fecomércio-RS debate soluções para o descarte de resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />

- Presidente e diretores da Febrac participam de congresso<br />

na Nova Zelândia<br />

- Federações assinam convênio para fortalecimento das entidades<br />

48 HOMENAGEM<br />

- João Augusto de Souza Lima<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

3


FIQUE POR DENTRO<br />

4<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Merca<strong>do</strong> de aplicativos deve triplicar em 2011<br />

Levantamento da Garnet, empresa americana de pesquisa de merca<strong>do</strong>, mostra que a<br />

venda de aplicativos plic deve triplicar em 2011, passan<strong>do</strong> da marca de US$ 15 bilhões. Os<br />

aplicat aplicativos são os responsáveis por aumentar a funcionalidade <strong>do</strong>s smartphones,<br />

agr agregan<strong>do</strong> aos aparelhos várias utilidades, desde um simples bloco de notas<br />

a uum<br />

GPS ou um videogame.<br />

O responsável por esse crescimento é a plataforma Android, <strong>do</strong> Google,<br />

qu que é distribuída gratuitamente a fabricantes de celulares e se torna cada<br />

vez<br />

mais popular. Porém, a App Store, loja online da Apple, ainda é a cam-<br />

peã<br />

de vendas de aplicativos, detentora de 9 entre 10 <strong>do</strong>wnloads efetua-<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s, registran<strong>do</strong> 10 bilhões de transferências até janeiro de 2011. Segun<strong>do</strong><br />

a Gartner, G a Apple ainda deve <strong>do</strong>minar o merca<strong>do</strong> até 2014, apesar <strong>do</strong><br />

crescimento cre expressivo das outras lojas online. A Android Market é a<br />

segunda seg colocada, seguida da GetJar, que vende aplicativos para todas<br />

as plataformas e que atingiu 1 bilhão de <strong>do</strong>wnloads em 2010. A Gartner<br />

prevê pre<br />

ainda que em 2011, 81% <strong>do</strong>s <strong>do</strong>wnloads serão gratuitos.<br />

Livros gastronômicos <strong>do</strong> selo Senac Editoras são premia<strong>do</strong>s<br />

Os livros Técnicas de Cozinha Profi ssional e Técnicas de Padaria Profi ssional, <strong>do</strong><br />

selo Senac Editoras, foram premia<strong>do</strong>s no Gourmand World Cookbook Awards, um <strong>do</strong>s<br />

mais importantes prêmios de literatura gastronômica <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O primeiro levou o prêmio<br />

de Melhor Livro de Comida Para Profi ssionais e o segun<strong>do</strong> ganhou na categoria<br />

Melhor Livro Sobre Pães. Além desses prêmios, outras quatro publicações da Editora<br />

Senac-SP foram premiadas: Dicionário <strong>do</strong> <strong>do</strong>ceiro brasileiro (Melhor Livro de Sobremesas),<br />

Nem Garfo nem Faca – À Mesa com Cronistas e Viajantes (Melhor Livro de Literatura<br />

Gastronômica), Bebida, Abstinência e Temperança - Na história antiga e moderna<br />

(Melhor Livro de História <strong>do</strong> Vinho, Melhor Livro de Literatura Sobre Vinho e Melhor<br />

Livro Sobre Vinho e Saúde) e Conheça Vinhos (Melhor Livro de Educação Sobre Vinho).<br />

Os títulos ainda foram fi nalistas ao Best of the World, categoria que reuniu 144 concorrentes<br />

de várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, cujos vence<strong>do</strong>res foram divulga<strong>do</strong>s na prestigiada<br />

Feira de Livros Gastronômicos de Paris, no início de março.<br />

Virgin Atlantic quer entrar no merca<strong>do</strong> brasileiro de aviação<br />

A companhia aérea britânica Virgin Atlantic deve ser a próxima a aproveitar o bom<br />

momento que vive o turismo brasileiro. Segun<strong>do</strong> o empresário Richard Branson, a Virgin<br />

deve implantar uma rota entre Brasil e Europa ainda em 2011, dan<strong>do</strong> início a uma entrada<br />

gradual no merca<strong>do</strong> brasileiro. A ideia é operar no merca<strong>do</strong> <strong>do</strong>méstico e fazer as conexões<br />

entre aeroportos brasileiros até 2014, se estabelecen<strong>do</strong> antes da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>.<br />

Pela lei, a Virgin precisa se associar a uma empresa nacional para realizar voos internos,<br />

o que já estaria acontecen<strong>do</strong>. Ainda de acor<strong>do</strong> com<br />

Branson, o que o entusiasmou ainda mais foram os<br />

números em expansão <strong>do</strong> turismo brasileiro. Três<br />

aeroportos brasileiros (Belo Horizonte, Salva<strong>do</strong>r<br />

e Brasília) estão entre os 25 que mais crescem no<br />

mun<strong>do</strong>. A Virgin é uma das maiores companhias<br />

aéreas britânicas e realiza voos comerciais para 63<br />

destinos na América <strong>do</strong> Norte, Ásia e África.


Refl exos de um novo Brasil<br />

A crise econômico-fi nanceira que balançou o mun<strong>do</strong> em<br />

2008 e 2009 provocou mudanças na economia mundial e deixou<br />

vestígios que ainda podem ser vistos. O Brasil, por ter ganho<br />

força na economia mundial e nas relações internacionais, também<br />

sentiu os efeitos da crise, mas em uma escala muito menor,<br />

se comparada a outras nações, sen<strong>do</strong> o último País a entrar na<br />

crise e o primeiro a sair dela. Na publicação Um Novo Brasil,<br />

uma compilação de artigos, entrevistas e pronunciamentos <strong>do</strong><br />

presidente da <strong>CNC</strong>, Antônio Oliveira Santos, traz a posição da<br />

entidade em assuntos de interesse nacional nesse momento póscrise,<br />

como a previdência social, infraestrutura e comércio internacional,<br />

refl etin<strong>do</strong> em cada linha o contexto histórico em<br />

que o país se apresenta, lançan<strong>do</strong> um olhar sobre o futuro.<br />

Como um Projeto se Torna Lei<br />

ganha nova edição<br />

Para facilitar o entendimento de quem<br />

não está familiariza<strong>do</strong> com os trâmites e<br />

a linguagem <strong>do</strong> Processo Legislativo, a<br />

Assessoria junto ao Poder Legislativo<br />

(APEL) da <strong>CNC</strong> coordenou a 6ª edição<br />

<strong>do</strong> livro Como um Projeto Se Torna Lei,<br />

que explica como funcionam as atividades<br />

<strong>do</strong> Legislativo, os termos utiliza<strong>do</strong>s<br />

para defi nir as proposições, comissões <strong>do</strong><br />

Sena<strong>do</strong> e da Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, entre<br />

outros. O livro tem páginas ilustradas<br />

com fl uxogramas da tramitação das proposições<br />

mais signifi cativas. A APEL-<strong>CNC</strong><br />

acompanha no Congresso Nacional a tramitação<br />

das proposições que interessam<br />

ao Comércio, Organização Sindical e<br />

Sesc/Senac, mantém o Sistema <strong>CNC</strong> informa<strong>do</strong>,<br />

orientan<strong>do</strong>-o quanto à melhor forma<br />

de empreender a ação parlamentar, com<br />

vista a adequar a lei à realidade <strong>do</strong> País.<br />

BOA DICA<br />

Livro aborda práticas de<br />

gestão para destinos turísticos<br />

Como atrair pessoas com tempo livre,<br />

dinheiro e disposição para conhecer novos<br />

lugares turísticos? Essa e outras questões<br />

são abordadas no livro Gestão de Destinos<br />

Turísticos – Como Atrair Pessoas para Polos,<br />

Cidades e Países, publica<strong>do</strong> pela Editora<br />

Senac Rio. O autor, Federico Vignati,<br />

fala de assuntos importantes sobre o turismo<br />

brasileiro, com dicas e informações<br />

sobre como administrar uma localidade<br />

com potencial para se transformar em um<br />

grande destino turístico. Com uma linguagem<br />

simples e objetiva, Vignati oferece os<br />

elementos para formar profi ssionais capazes<br />

de desenvolver os arranjos produtivos<br />

locais e regionais, em bases sustentáveis<br />

e competitivas. O livro também apresenta<br />

estu<strong>do</strong>s de caso e informações sobre o<br />

desenvolvimento econômico na América<br />

Latina, aproximan<strong>do</strong><br />

o leitor<br />

de outras experiências<br />

e novas<br />

formas de ver e<br />

fazer turismo.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

5


OPINIÃO<br />

6<br />

O<br />

vocábulo inovação entrou na<br />

literatura econômica por volta<br />

da década de 1930, quan<strong>do</strong><br />

Joseph Schumpeter, um <strong>do</strong>s grandes<br />

economistas <strong>do</strong> Século XX, fez referência,<br />

em seus estu<strong>do</strong>s, à figura <strong>do</strong><br />

“empreende<strong>do</strong>r dinâmico”. Essa figura<br />

corresponde ao empresário que, “amigo<br />

da inovação”, não hesita em incorrer<br />

nos riscos implícitos na aceitação<br />

<strong>do</strong> novo. A inovação, como resulta<strong>do</strong><br />

da aplicação de princípios científicos<br />

a novos instrumentos e méto<strong>do</strong>s nos<br />

processos de produção, gera para o seu<br />

detentor, durante certo tempo, o que<br />

se denomina “posição institucional de<br />

monopólio” e reflete maior lucratividade<br />

para a empresa.<br />

Daí a necessidade imperativa de dar<br />

proteção às inovações, através das licenças<br />

e patentes, em um sistema de<br />

registro reconheci<strong>do</strong> internacionalmente,<br />

que garante a exclusividade de<br />

uso até que, com a passagem <strong>do</strong> tempo,<br />

venham a ser <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio público.<br />

Sobre o tema das patentes, a Folha<br />

de São Paulo publicou recentemente<br />

interessante matéria de autoria de Camila<br />

Fusco, na qual são feitas compa-<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Inovação e<br />

competitividade<br />

rações entre o Brasil e outros países,<br />

e recolhi<strong>do</strong>s depoimentos e reflexões<br />

sobre o nosso relativo atraso no campo<br />

da propriedade intelectual.<br />

Os da<strong>do</strong>s da Organização Mundial<br />

da Propriedade Intelectual (OMPI), que<br />

concentra os pedi<strong>do</strong>s de registro de patentes<br />

provenientes de todas as partes<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, trazem à luz tal atraso. Toman<strong>do</strong><br />

o ano de 2000 como base, a taxa<br />

média de crescimento da economia nacional<br />

levou o País a representar 2,7%<br />

da economia mundial no ano de 2009.<br />

Nesse mesmo espaço de tempo, em termos<br />

de patentes, o Brasil teve somente<br />

0,3% <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s internacionais. Em<br />

contraste, Coreia <strong>do</strong> Sul e China chegaram<br />

a 2009 com 5,7% e 7,3%, respectivamente,<br />

de participação no total de<br />

patentes mundialmente válidas.<br />

Há pelo menos três argumentos que<br />

explicariam porque as inovações não<br />

impulsionam, como poderiam, nossa<br />

competitividade interna e externa: <strong>do</strong>is<br />

de natureza cultural e um, talvez o mais<br />

importante, de caráter institucional.<br />

O primeiro argumento, apresenta<strong>do</strong><br />

pelo Professor Paulo Feldmann,<br />

da Universidade de São Paulo (USP),


Antonio Oliveira Santos<br />

Presidente da Confederação Nacional <strong>do</strong><br />

Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

baseia-se em que, diferentemente <strong>do</strong>s<br />

países asiáticos objeto da comparação,<br />

o Brasil tem riqueza de recursos naturais<br />

em tal abundância que inibiria a<br />

capacidade de inovar, como elemento<br />

necessário para assegurar a sobrevivência<br />

<strong>do</strong>s empreendimentos.<br />

Um segun<strong>do</strong> argumento, também<br />

exposto pelo Professor Feldmann, seria<br />

o caráter não finalista <strong>do</strong>s projetos<br />

de pesquisa leva<strong>do</strong>s a cabo no âmbito<br />

das Universidades, volta<strong>do</strong>s para<br />

a carreira <strong>do</strong> magistério e não para o<br />

merca<strong>do</strong>. Isso significa que grande<br />

parte das inovações seria gerada pelos<br />

corpos técnicos das próprias empresas,<br />

limitan<strong>do</strong> talvez a busca da inovação a<br />

avanços de natureza incremental.<br />

Por último, o terceiro argumento<br />

tem a ver com a limitada capacidade<br />

de o Instituto Nacional da Propriedade<br />

Industrial (INPI) analisar os pedi<strong>do</strong>s<br />

de concessão de patentes. Essa limitação<br />

parece ser de natureza geral,<br />

pois os escritórios de patente em to<strong>do</strong><br />

o mun<strong>do</strong> não conseguem dar vazão à<br />

“demanda decorrente da quantidade<br />

e da complexidade <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s”. Ha-<br />

veria, assim, uma situação para<strong>do</strong>xal,<br />

criada pela própria velocidade com a<br />

qual avança o progresso tecnológico.<br />

Seja como for, no caso <strong>do</strong> INPI, o fato<br />

é que um pedi<strong>do</strong> de concessão de patentes<br />

– há mais de 150 mil pendentes<br />

– pode levar nove anos para ser examina<strong>do</strong><br />

e deferi<strong>do</strong>. Para reduzir esse<br />

tempo, estão em marcha a expansão <strong>do</strong><br />

quadro de analistas, a informatização<br />

<strong>do</strong>s processos e a revisão de práticas<br />

internas. Ainda assim, o objetivo é o de<br />

reduzir o tempo de análise para quatro<br />

anos, ou seja, um prazo exagera<strong>do</strong>.<br />

Em um futuro imediato, mais <strong>do</strong> que<br />

a propensão a inovar, a recuperação e<br />

expansão da infraestrutura econômica<br />

nacional é que aumentaria, de mo<strong>do</strong><br />

considerável, a nossa capacidade concorrencial,<br />

internamente, pela contenção<br />

de importações e, externamente,<br />

pela expansão das exportações.<br />

Em matéria de inovação, tu<strong>do</strong> indica<br />

que a chave reside na criação<br />

de um elo firme entre a Universidade<br />

e o setor empresarial produtivo,<br />

que tem massa crítica para absorver<br />

esse conhecimento.<br />

OPINIÃO<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

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CAPA<br />

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<strong>CNC</strong> Notícias<br />

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A um clique de<br />

novas oportunidades<br />

de negócios<br />

Interação entre consumi<strong>do</strong>r e empresa, atendimento mais<br />

personaliza<strong>do</strong>, sustentabilidade, compras coletivas, redes sociais,<br />

vendas por celular, leilões de centavos. Um novo universo, rico em<br />

detalhes, invade as empresas <strong>do</strong> comércio em to<strong>do</strong> o País - como<br />

se o setor estivesse fechan<strong>do</strong> negócios de olho no futuro, o que,<br />

por si só, é um desafi o para o empresário.<br />

Com a necessidade das empresas estarem cada vez mais atentas<br />

aos movimentos <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, a <strong>CNC</strong> Notícias traz as novidades<br />

que estão ao alcance <strong>do</strong> comércio. Algumas das ideias foram<br />

expostas na Retail’s Big Show 2011, maior feira mundial <strong>do</strong><br />

<strong>varejo</strong>, em Nova York, com delegações de 74 países, entre eles o<br />

Brasil. Representantes das federações de comércio <strong>do</strong> Rio Grande<br />

<strong>do</strong> Norte e de Santa Catarina estiveram na feira e contam suas<br />

impressões sobre o que viram.<br />

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Novos caminhos e<br />

desafios no balcão de<br />

negócios <strong>do</strong> comércio<br />

Uma pergunta pode estar, nesse momento,<br />

na cabeça de muitos comerciantes<br />

em to<strong>do</strong> o País: a tecnologia<br />

é a nova alma <strong>do</strong>s negócios?<br />

Fora o trocadilho, o questionamento é<br />

pertinente em um setor que caminha - ou<br />

seria navega? - para transações que, de<br />

forma crescente, utilizam criatividade e,<br />

ao revés, dispensam a presença física <strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>r para fechar um bom negócio.<br />

Para ver e entender de perto as novidades,<br />

representantes das Federações <strong>do</strong><br />

comércio <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s de Santa Catarina<br />

e <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte participaram,<br />

entre 9 e 12 de janeiro, da Retail’s Big<br />

Show 2011, convenção anual da National<br />

Retail Federation (NRF – Federação Nacional<br />

de Varejistas, em tradução livre),<br />

em Nova York.<br />

A edição deste ano <strong>do</strong> evento teve<br />

como focos principais a sustentabilidade,<br />

a interação on-line (todas as formas, desde<br />

mídias sociais até compras via celular) e a<br />

personalização <strong>do</strong> atendimento ao cliente.<br />

“Estes temas são absolutamente aplicáveis<br />

ao <strong>varejo</strong> em qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />

embora obedeçam algumas particularida-<br />

Na velocidade da tecnologia, práticas<br />

inova<strong>do</strong>ras de vendas surgem para auxiliar os<br />

empresários. Conheça o que têm si<strong>do</strong> feito, e<br />

como o Sistema Comércio acompanha o assunto<br />

des e níveis diferentes de aplicabilidade”,<br />

observa Bruno Breithaupt, presidente da<br />

Fecomércio-SC. “É muito importante saber<br />

quais as tendências para o nosso setor”,<br />

afi rma Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio-RN.<br />

Ambos os empresários lideraram<br />

comitivas em visita ao evento.<br />

Outro ponto trabalha<strong>do</strong> durante a NRF<br />

2011 foram os novos meios de comunicação<br />

com os clientes, que cada vez mais<br />

usam a tela - seja <strong>do</strong> celular, <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r<br />

ou da TV - para fazer compras. “Além disso,<br />

fi car fora das redes sociais é envelhecer<br />

rapidamente. O empresário deve avaliar<br />

o que fazer quanto ao assunto”, destacou<br />

Queiroz. Segun<strong>do</strong> ele, as experiências já<br />

estão sen<strong>do</strong> aplicadas no Rio Grande <strong>do</strong><br />

Norte: “Fizemos pelo menos <strong>do</strong>is encontros<br />

com os empresários locais, nos quais<br />

repassamos uma espécie de relatório <strong>do</strong> que<br />

vimos. Além disso, um material compila<strong>do</strong><br />

pelos consultores que nos acompanharam<br />

foi envia<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os nossos associa<strong>do</strong>s<br />

via e-mail. Também repassamos o material<br />

ao nosso setor técnico, que vai propor, ainda<br />

no primeiro trimestre<br />

deste ano, a re-


alização de eventos (palestras, seminários,<br />

workshops) que tenham como foco exatamente<br />

a operacionalização desta aplicação<br />

prática”, explicou à <strong>CNC</strong> Notícias.<br />

Na avaliação de Bruno Breithaupt, as<br />

novas ferramentas de negócios são perfeitamente<br />

aplicáveis à realidade <strong>do</strong> comércio<br />

de Santa Catarina. “Os temas são atuais e<br />

já fazem parte da realidade <strong>do</strong> comércio<br />

catarinense. Há, no entanto, muito espaço<br />

para a disseminação de informação, e,<br />

principalmente, das inovações tecnológicas<br />

para o setor”. Segun<strong>do</strong> ele, o que se<br />

discute, na verdade, é o comportamento<br />

- como o cliente tem agi<strong>do</strong> em termos de<br />

consumo e como as suas necessidades se<br />

transformam, principalmente face às novas<br />

tecnologias. “Mais <strong>do</strong> que isso, como<br />

o empresário pode perceber esta dinâmica<br />

no comportamento <strong>do</strong> cliente e se antecipar,<br />

não só atenden<strong>do</strong> às expectativas, mas<br />

também infl uencian<strong>do</strong> desejos e crian<strong>do</strong><br />

diferenciais que possam atraí-lo”, contextualiza<br />

o empresário.<br />

Os cases apresenta<strong>do</strong>s e os debates sobre<br />

a realidade <strong>do</strong> <strong>varejo</strong> mundial mostraram,<br />

na NRF, um perfi l geral de clientes<br />

mais exigentes e informa<strong>do</strong>s, que valorizam<br />

cada vez mais o atendimento personaliza<strong>do</strong><br />

e a facilidade de acesso aos pro-<br />

A comitiva da<br />

Federação <strong>do</strong> Comércio<br />

<strong>do</strong> Paraná, durante a<br />

convenção em Nova<br />

York: temas atuais<br />

já fazem parte da<br />

realidade catarinense<br />

dutos. O foco passa a ser o serviço, que<br />

se traduz em valor agrega<strong>do</strong> ao produto.<br />

Surpreender o cliente com alguma inovação<br />

que valorize e torne mais agradável a<br />

sua experiência no processo de compra é<br />

o principal diferencial percebi<strong>do</strong> como relevante.<br />

“O cliente não busca mais apenas<br />

o produto, ele busca uma experiência, e é<br />

isso que as empresas precisam ter em mente”,<br />

complementa Breithaupt.<br />

Princípios seculares, mas renova<strong>do</strong>s<br />

Luiz Cláudio de Pinho Almeida, especialista<br />

em e-commerce da Divisão Econômica<br />

da <strong>CNC</strong>, não só concorda com os<br />

presidentes das federações, como observa<br />

que o comércio - mesmo instrumentaliza<strong>do</strong><br />

pelas novas tecnologias e impulsiona<strong>do</strong><br />

por novos clientes - continua, em<br />

parte, a se guiar pelos mesmos princípios<br />

fi losófi cos que vêm prevalecen<strong>do</strong> há séculos,<br />

relaciona<strong>do</strong>s ao bom atendimento e à<br />

CAPA<br />

A Retail’s Big<br />

Show 2011 reuniu<br />

representantes <strong>do</strong><br />

<strong>varejo</strong> de to<strong>do</strong> o<br />

mun<strong>do</strong>. Brasil foi um<br />

<strong>do</strong>s países que mais<br />

enviou participantes<br />

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Marcelo Queiroz,<br />

presidente da<br />

Fecomércio-<br />

RN, ao la<strong>do</strong> de<br />

um membro de<br />

sua comitiva:<br />

experiências<br />

mundiais para<br />

aplicação local<br />

construção de uma<br />

relação de confi ança.<br />

“A novidade<br />

está no comportamento<br />

da clientela<br />

e nas ferramentas<br />

de trabalho”, diz.<br />

O economista<br />

explica que, atualmente, diante de uma<br />

clientela mais instruída, educada e consciente<br />

de seus direitos, o bom relacionamento<br />

entre empresa e consumi<strong>do</strong>r tem<br />

um valor inestimável. “E esse bom relacionamento<br />

se constrói desde o primeiro<br />

atendimento, até o pós-venda, passan<strong>do</strong><br />

pela política de entrega/cumprimento de<br />

prazos e de troca de merca<strong>do</strong>rias. Para<br />

dar curso a esse processo, as novas ferramentas<br />

com plataforma na Internet são<br />

inigualáveis”, complementa.<br />

Almeida aponta que um site bem construí<strong>do</strong>,<br />

onde sejam ressaltadas de forma<br />

inequívoca as políticas de vendas, de trocas,<br />

de pagamentos e de fi nanciamentos<br />

da empresa, e onde se ofereçam canais<br />

de comunicação efi cientes (e-mail e telefones,<br />

com colabora<strong>do</strong>res aptos ao serviço)<br />

é um grande alia<strong>do</strong> para conquistar<br />

a clientela. “Essas mesmas ferramentas<br />

podem ser usadas no pós-venda, com sucesso:<br />

seria simpático uma cliente receber,<br />

por exemplo, da sapataria onde comprou<br />

um calça<strong>do</strong>, uma mensagem perguntan<strong>do</strong><br />

sobre sua satisfação com o produto. E, na<br />

mesma mensagem, oferecer um desconto,<br />

para um novo par, se compra<strong>do</strong> naquela semana;<br />

ou ainda informan<strong>do</strong> sobre modelos<br />

recém-chega<strong>do</strong>s, ofereci<strong>do</strong>s com exclusividade,<br />

durante um perío<strong>do</strong> determina<strong>do</strong>,<br />

para clientes especiais”, analisa.<br />

Outra realidade atual é que muitos consumi<strong>do</strong>res<br />

procuram comprar de empresas<br />

que apresentem balanços sociais positivos.<br />

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No Brasil, esse movimento está começan<strong>do</strong>,<br />

mas nos países desenvolvi<strong>do</strong>s já é<br />

uma realidade. Ou seja, empresas que estão<br />

envolvidas em ações de cunho social,<br />

ecológico, educacional ou em qualquer outra<br />

disciplina que represente retorno para<br />

a sociedade têm mais chances de sair na<br />

frente. E quanto mais instruí<strong>do</strong> e com melhor<br />

poder econômico for o cliente, maior<br />

será sua seletividade em relação à ação social<br />

das empresas, inclusive atuan<strong>do</strong> como<br />

parceiro, seja através de <strong>do</strong>ações diretas<br />

ou por meio da compra de produtos com<br />

destinação específi ca da receita ou parte<br />

desta. “Esse, ao fi nal, é outro poderoso<br />

instrumento na construção da reputação da<br />

empresa e, claro, de vendas consistentes e<br />

de permanência no merca<strong>do</strong>”, afi rma Luiz<br />

Cláudio de Pinho Almeida.<br />

O especialista enfatiza também que as<br />

redes sociais – que vieram para fi car e que<br />

se transformam a cada dia – não podem ser<br />

ignoradas pelo comércio e pelas empresas:<br />

“Elas devem ser usadas de forma inteligente,<br />

para estabelecer relacionamentos<br />

positivos, que irão contribuir para a construção<br />

da reputação e alavancar vendas”.<br />

Mas essa é uma área muito delicada, ressalta.<br />

“Ações desastradas, clientes insatisfeitos<br />

ou problemas semelhantes também<br />

têm um poder devasta<strong>do</strong>r dentro das redes<br />

sociais. A empresa deve ter essa área cuidada<br />

por profi ssionais”, aconselha. Resta<br />

ao comerciante colocar a mão na massa -<br />

ou melhor, nas teclas!


Tecnologia a serviço das<br />

transações comerciais mostra<br />

outros rumos para o <strong>varejo</strong><br />

Na internet, compras coletivas e leilões de centavos são<br />

as mais recentes novidades no comércio. O uso <strong>do</strong> celular<br />

também começa a se estender ao merca<strong>do</strong> varejista<br />

O<br />

comércio eletrônico no Brasil faturou<br />

R$ 15 bilhões em 2010 e<br />

esse resulta<strong>do</strong> mostra que a confi<br />

ança <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r em comprar pela<br />

internet aumentou consideravelmente. Em<br />

2002, apenas 2 milhões de brasileiros utilizavam<br />

a rede para a compra de produtos.<br />

Em 2010, esse número subiu para 23 milhões,<br />

segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Câmara Brasileira<br />

de Comércio Eletrônico e da e-bit, empresa<br />

especializada em da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> setor. Com<br />

o índice de satisfação com o serviço chegan<strong>do</strong><br />

a 86%, outras formas de explorar o<br />

comércio na rede foram surgin<strong>do</strong>, conquistan<strong>do</strong><br />

os consumi<strong>do</strong>res e revolucionan<strong>do</strong> a<br />

forma de vender pela internet.<br />

Uma dessas novas formas apareceu no<br />

Brasil em março de 2010, quan<strong>do</strong> o site<br />

Peixe Urbano entrava no ar, apresentan<strong>do</strong><br />

aos brasileiros uma moda que já era sucesso<br />

em outros países, as compras coletivas.<br />

O processo é simples: vender um produto<br />

ou um serviço por um preço reduzi<strong>do</strong>,<br />

ao maior número de pessoas interessadas.<br />

Os sites de compras coletivas vendem o<br />

cupom de desconto para determinada oferta,<br />

que só passa a valer depois de atingir<br />

um número de compra<strong>do</strong>res. Assim, os<br />

sites fazem a ponte entre os clientes e os<br />

estabelecimentos, com descontos que variam<br />

entre 50% e 90%. O negócio acaba<br />

trazen<strong>do</strong> satisfação para to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s,<br />

seja o consumi<strong>do</strong>r, que adquiriu<br />

o serviço com desconto; seja o empresário<br />

que vê sua marca divulgada e<br />

atrain<strong>do</strong> mais clientes; sejam os próprios<br />

sites, que levam uma parcela em<br />

cada venda de cupom de desconto.<br />

O méto<strong>do</strong> deu certo e continua atrain<strong>do</strong><br />

novos consumi<strong>do</strong>res a cada dia, fazen<strong>do</strong><br />

das compras coletivas uma febre no País,<br />

provocan<strong>do</strong> um crescimento desenfrea<strong>do</strong><br />

neste tipo de comércio eletrônico. “O<br />

brasileiro é um povo muito social, que<br />

gosta de compartilhar novidades. O boca<br />

a boca acaba atrain<strong>do</strong> mais clientes, ajudan<strong>do</strong><br />

o crescimento <strong>do</strong> negócio”, afi rma<br />

Letícia Leite, diretora de comunicação <strong>do</strong><br />

Peixe Urbano. Em abril de 2010, um mês<br />

após o surgimento <strong>do</strong> portal, eram apenas<br />

10 os sites de compras coletivas no merca<strong>do</strong>.<br />

Esse número cresceu para 400 em<br />

dezembro de 2010, e para 1025 em janeiro<br />

de 2011, segun<strong>do</strong> o site Bolsa de Ofertas,<br />

especialista em compras coletivas.<br />

Para Letícia, o sucesso da prática está<br />

na comodidade que o serviço traz. “As<br />

compras coletivas reúnem serviços por um<br />

preço muito menor <strong>do</strong> que o disponível<br />

no merca<strong>do</strong>. Isso faz com que o cliente se<br />

sinta motiva<strong>do</strong> a conhecer os estabelecimentos<br />

e que acabe se fi delizan<strong>do</strong> a eles”,<br />

explica a diretora, que ressalta que o site<br />

acaba sen<strong>do</strong> uma ótima ferramenta de publicidade<br />

para as empresas.<br />

O Peixe Urbano fechou o ano de 2010<br />

com mais de 5 milhões de usuários cadastra<strong>do</strong>s,<br />

já vendeu mais de 3 milhões de<br />

cupons de desconto e no seu rastro vieram<br />

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outros sites, como o ClickOn e o Groupon,<br />

sen<strong>do</strong> este último o líder de vendas mundiais<br />

no setor. Presente em 37 países, o<br />

Groupon já é o maior site de compras coletivas<br />

<strong>do</strong> Brasil, e, com apenas sete meses<br />

de presença nacional, ocupa a posição<br />

n° 22 no ranking <strong>do</strong>s sites mais acessa<strong>do</strong>s<br />

no País, de acor<strong>do</strong> com o Bolsa de<br />

Ofertas. Juntos, Peixe Urbano, Groupon<br />

e ClickOn concentram 80% de todas as<br />

compras coletivas na internet, estiman<strong>do</strong><br />

um faturamento de R$ 1 bilhão em 2011,<br />

alcançan<strong>do</strong> um em cada <strong>do</strong>is internautas.<br />

Os setores que se associam aos sites<br />

de compras coletivas também lucram<br />

com a atividade, em especial o turismo.<br />

Com ofertas que proporcionam descontos<br />

atraentes ao consumi<strong>do</strong>r, como 60%<br />

de desconto em duas diárias em uma<br />

pousada em Búzios, Rio de Janeiro, por<br />

exemplo, os cupons de turismo já são os<br />

preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s clientes de compras coletivas.<br />

“Não acreditávamos no turismo<br />

no começo, mas o setor se mostrou um<br />

<strong>do</strong>s preferi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s usuários, junto com<br />

a gastronomia e a estética. Com o site,<br />

é possível que pessoas de to<strong>do</strong> o Brasil<br />

visitem quaisquer destinos oferta<strong>do</strong>s,<br />

amplian<strong>do</strong> o nosso leque de clientes”,<br />

afi rma Letícia.<br />

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Centavo a centavo<br />

Outra novidade que está ganhan<strong>do</strong> força<br />

e já tem seus adeptos no Brasil são os<br />

chama<strong>do</strong>s Leilões de Centavos, onde os<br />

consumi<strong>do</strong>res podem arrematar produtos<br />

com um preço praticamente simbólico.<br />

O modelo surgiu em 2008 na Alemanha,<br />

com o Swoopo, hoje o maior portal <strong>do</strong><br />

gênero no mun<strong>do</strong>. A lógica é a mesma de<br />

um leilão comum, onde cada participante<br />

dá o seu lance livremente. A diferença<br />

está no tempo em que um lance pode ser<br />

da<strong>do</strong>, que varia entre 15 e 20 segun<strong>do</strong>s.<br />

Outro diferencial é que o preço só aumenta<br />

de centavo em centavo, daí o nome<br />

‘leilão de centavos’.<br />

Segun<strong>do</strong> Carlos Eduar<strong>do</strong> Barros, diretor<br />

de Marketing <strong>do</strong> site de leilões Mukirana.com,<br />

o sucesso <strong>do</strong> negócio está no<br />

próprio formato. “Com o site é possível<br />

adquirir produtos de última geração, eletrônicos<br />

e artigos de informática, por<br />

exemplo, a um custo inimaginável. E<br />

também há o fator entretenimento. No<br />

Mukirana.com, é possível arrematar um<br />

produto e ainda se divertir”, diz. Recentemente,<br />

o Mukirana.com vendeu um console<br />

Playstation 3 por R$ 51,19, sen<strong>do</strong> que<br />

ele custa normalmente R$ 1.300,00, uma


economia de 96% para o usuário. E essa<br />

é apenas uma das mais de três mil ofertas<br />

que o site já vendeu desde o seu início,<br />

em 2009.<br />

Os sites não se benefi ciam com os lances<br />

em si, mas com a venda de pacotes de<br />

lances. Apesar de um lance equivaler a um<br />

centavo, o usuário chega a pagar por ele<br />

entre 75 centavos a 1 real. Sen<strong>do</strong> assim,<br />

os sites de leilão lucram com a venda <strong>do</strong>s<br />

lances, independente de quem arrematar<br />

o produto e da quantia oferecida. “Queremos<br />

difundir ainda mais o modelo de<br />

negócio e torná-lo algo mais popular. Esperamos<br />

estar com pelo menos o triplo de<br />

produtos oferta<strong>do</strong>s e com um faturamento<br />

três vezes maior <strong>do</strong> que em 2010”, afi rma<br />

Carlos Eduar<strong>do</strong>.<br />

Compras na palma da mão<br />

Os telefones celulares evoluíram<br />

e ganharam to<strong>do</strong> tipo de utilidade,<br />

até se transformar em uma<br />

nova geração de aparelhos:<br />

os smartphones. As<br />

vendas desse tipo de<br />

telefone cresceram<br />

279% em 2010,<br />

segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da<br />

consultoria Nielsen. Com o<br />

Tabela reproduzida <strong>do</strong><br />

site Bolsa de Ofertas,<br />

especializa<strong>do</strong> em compras<br />

coletivas, que lista os 50<br />

maiores sites <strong>do</strong> setor.<br />

Ao la<strong>do</strong>, os 15 primeiros<br />

coloca<strong>do</strong>s e as posições que<br />

ocupam entre os sites mais<br />

visita<strong>do</strong>s <strong>do</strong> País<br />

acesso à internet,<br />

as atividades antes<br />

destinadas ao computa<strong>do</strong>r<br />

pessoal se transferiram<br />

para ele – incluin<strong>do</strong> as compras.<br />

Muitas empresas já desenvolveram<br />

aplicativos exclusivos de suas marcas<br />

para promover a venda pelo celular, de<br />

olho também nos tablets, nova sensação<br />

tecnológica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />

Mesmo celulares que não possuem<br />

internet já acompanham as transações<br />

<strong>do</strong> comércio “off-line”. Alguns estabelecimentos<br />

já aceitam o pagamento<br />

feito pelo celular em serviços ofereci<strong>do</strong>s<br />

pelas opera<strong>do</strong>res de telefonia. É<br />

o caso <strong>do</strong> Oi Paggo, serviço forneci<strong>do</strong><br />

pela Oi, onde o cliente informa o<br />

número de celular no ato da compra.<br />

Uma mensagem é enviada por SMS<br />

pela opera<strong>do</strong>ra e o cliente digita uma<br />

senha, autorizan<strong>do</strong> a transação, que<br />

vem cobrada em uma fatura posteriormente<br />

– como um cartão de crédito. O<br />

número de usuários desse serviço ainda<br />

é baixo, sen<strong>do</strong> que apenas 3,9 milhões<br />

de transações deste tipo foram feitas<br />

em 2010. Mas a tendência é esse número<br />

crescer, já que empresas como<br />

Vivo, Mastercard e Visa já anunciaram<br />

plataformas de pagamento via celular<br />

para serem implantadas já no primeiro<br />

semestre de 2011.<br />

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<strong>CNC</strong> Notícias<br />

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ENTREVISTA<br />

16<br />

Gerson Rolim<br />

“As compras coletivas<br />

vieram para ficar”<br />

O modelo de compras coletivas é um sucesso e chegou ao Brasil<br />

movimentan<strong>do</strong> grandes somas. Para analisar o fenômeno, a <strong>CNC</strong><br />

Notícias ouviu Gerson Rolim, diretor <strong>do</strong> Instituto Latinoamericano<br />

de Comércio Eletrônico (ILCE) e coordena<strong>do</strong>r da camara-e.net, que<br />

também deu dicas para o comerciante que quer ocupar seu espaço<br />

na grande rede mundial de computa<strong>do</strong>res<br />

O merca<strong>do</strong> de compras coletivas é apenas<br />

uma febre passageira ou veio mesmo<br />

para fi car?<br />

As compras coletivas vieram para fi -<br />

car. Para ter uma ideia, os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> pioneiro neste setor em seu país de<br />

origem (EUA), o GroupOn, atingiram<br />

US$ 500 milhões em 2010, segun<strong>do</strong> o<br />

banco Morgan Stanley, o que levou o Google<br />

a inicialmente oferecer US$2 bilhões,<br />

chegan<strong>do</strong> a US$6 bilhões para comprálo.<br />

Ofertas não aceitas pela empresa, que<br />

preferiu continuar operan<strong>do</strong> sozinha no<br />

merca<strong>do</strong>. E não é apenas nos EUA que<br />

este novo e interessante modelo de negócios<br />

vai bem. No Brasil, estima-se que,<br />

apesar <strong>do</strong>s dez meses de funcionamento,<br />

as compras coletivas tenham obti<strong>do</strong><br />

R$ 500 milhões <strong>do</strong>s 405 sites que oferecem<br />

esse tipo de produto. Em 2011,<br />

especialistas acreditam que o segmento<br />

poderá triplicar e ir a R$ 1,5 bilhão.<br />

Certamente teremos fusões, aquisições e<br />

uma mortalidade óbvia, ten<strong>do</strong> em vista a<br />

grande quantidade de sites que surgiram,<br />

devi<strong>do</strong> à bolha que se formou. Todavia, os<br />

melhores permanecerão.<br />

Qual a parcela deste merca<strong>do</strong> no comércio<br />

eletrônico em geral?<br />

Provavelmente, as compras coletivas<br />

representarão 10% das compras via Internet<br />

como um to<strong>do</strong>. Lembran<strong>do</strong> que compra<br />

coletiva não deve ser confundida com<br />

<strong>varejo</strong> online.<br />

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Porque os sites que oferecem compras<br />

coletivas, descontos e leilões por centavos<br />

fazem tanto sucesso com o consumi<strong>do</strong>r?<br />

Simplesmente por que os consumi<strong>do</strong>res<br />

a<strong>do</strong>ram descontos. No caso <strong>do</strong>s leilões por<br />

centavos, ainda existe o apelo da competição,<br />

<strong>do</strong> jogo entre os participantes.<br />

O consumi<strong>do</strong>r está mais confi ante para<br />

fazer compras pela internet?<br />

Sem sombra de dúvidas. Ano após ano,<br />

o consumi<strong>do</strong>r brasileiro fi ca mais confi ante<br />

no comércio eletrônico. O faturamento<br />

<strong>do</strong> e-commerce em 2010 no Brasil, de<br />

R$ 15,2 bi (crescimento de 40% em relação<br />

à 2009) consolida esta colocação.<br />

Que cuida<strong>do</strong>s devem ser toma<strong>do</strong>s nas<br />

transações online?<br />

Os e-consumi<strong>do</strong>res podem seguir os 10<br />

mandamentos de segurança <strong>do</strong> MIS, o Movimento<br />

Internet Segura da camara-e.net,<br />

disponíveis em www.internetsegura.org.br,<br />

lembran<strong>do</strong> que os cuida<strong>do</strong>s nas compras<br />

coletivas são os mesmos segui<strong>do</strong>s no<br />

e-commerce. As principais dicas são:<br />

protegerás teu computa<strong>do</strong>r; jamais fornecerás<br />

senhas; fi carás atento aos endereços<br />

em que navegas; conferirás sempre<br />

teus pagamentos; manterás sempre<br />

atenção ao fornecer da<strong>do</strong>s pessoais;<br />

nunca participarás de sorteios fáceis;<br />

resistirás a ofertas tenta<strong>do</strong>ras; terás cuida<strong>do</strong><br />

com programas de invasão; prestarás<br />

sempre atenção aos e-mails que<br />

recebes; e em movimentações fi nan-


ceiras, seguirás sempre as regras para o<br />

internet banking.<br />

Que características devem ser observadas<br />

para os empresários que desejam entrar<br />

neste merca<strong>do</strong>?<br />

Há três pilares fundamentais para estruturar<br />

uma operação de comércio eletrônico:<br />

defi nir um plano de ferramentas<br />

de web marketing a serem utilizadas, bem<br />

como reservar um orçamento específi co<br />

para esta ação; estabelecer uma logística<br />

adequada para a entrega <strong>do</strong>s produtos; e<br />

ter um sistema de compra por cartão de<br />

crédito, uma vez que no Brasil 80% das<br />

vendas são feitas por cartão de crédito. No<br />

caso das compras coletivas, obviamente,<br />

não temos o pilar logístico, pois trata-se da<br />

venda de cupons de desconto. Todavia, os<br />

outros <strong>do</strong>is pilares continuam tão importantes<br />

quanto. O terceiro pilar é composto<br />

pelo catálogo de ofertas <strong>do</strong> site. Em suma,<br />

o sucesso nas compras coletivas depende<br />

basicamente de marketing, foco no e-mail<br />

marketing - ou seja, quanto maior for sua<br />

base de e-mails, maior a sua chance de<br />

sucesso. O segun<strong>do</strong> fator de importância<br />

são as ofertas e, neste caso, quanto maior<br />

o número de ofertas, menores os preços e<br />

melhores os produtos, maior será a atratividade<br />

<strong>do</strong> site.<br />

Atualmente, uma enxurrada de sites<br />

de compras coletivas tem invadi<strong>do</strong> a internet.<br />

Esse crescimento pode acarretar o<br />

declínio <strong>do</strong> serviço?<br />

Gerson Rolim<br />

Certamente esta bolha em que vivemos<br />

pode acarretar uma piora na qualidade <strong>do</strong>s<br />

serviços, devi<strong>do</strong> à possível abertura de sites<br />

que não estejam devidamente prepara<strong>do</strong>s<br />

para operar. Todavia, a regra da seleção<br />

natural já começou e já temos sites sen<strong>do</strong><br />

compra<strong>do</strong>s, e acredito até que alguns de<br />

menor sucesso, na base da pirâmide, já estejam<br />

em processo de fechamento. Daqui a<br />

alguns anos, teremos alguns sites genéricos,<br />

oferecen<strong>do</strong> produtos de vários segmentos e<br />

outros tantos sites de nicho, especializa<strong>do</strong>s<br />

em seus merca<strong>do</strong>s verticais, como o Viajar-<br />

Barato (http://www.viajarbarato.com.br/),<br />

no setor de turismo online.<br />

O consumi<strong>do</strong>r que pratica o e-commerce<br />

está cada vez mais informa<strong>do</strong>. Isso se refl ete<br />

nas informações que devem ser colocadas à<br />

disposição dele no mun<strong>do</strong> virtual?<br />

Certamente. Com o advento <strong>do</strong>s sites de<br />

busca e comparação de preços, o e-consumi<strong>do</strong>r<br />

aprendeu a se informar antes de efetuar<br />

suas compras, mesmo as feitas fora da<br />

Internet. Ademais, as redes sociais complementam<br />

o rol de informações sobre os produtos<br />

e serviços a serem compra<strong>do</strong>s. Assim,<br />

quanto mais informações dispormos sobre<br />

nossos produtos, melhor.<br />

Qual é a sua expectativa de crescimento<br />

<strong>do</strong> comércio eletrônico para este ano?<br />

A expectativa da camara-e.net é que<br />

o comércio eletrônico cresça em torno<br />

de 30% este ano, atingin<strong>do</strong> a marca <strong>do</strong>s<br />

R$ 19,7 bilhões em 2011.<br />

ENTREVISTA<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 17


REUNIÃO DE DIRETORIA<br />

18<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Um bom começo de<br />

ano para o comércio<br />

Momento é favorável à entrada de recursos externos no País<br />

– saber lidar com eles e com a infl ação são os principais<br />

desafi os da economia, em um ano que, se não repetir os<br />

resulta<strong>do</strong>s de 2010, pode chegar bem perto disso<br />

A<br />

economia brasileira começou bem<br />

este ano, no rastro de um 2010 que,<br />

por sua vez, superou expectativas.<br />

Mas em 2011 poderemos assistir a uma desaceleração<br />

da atividade, sobretu<strong>do</strong> em função<br />

das medidas tomadas pelo Governo quanto<br />

ao crédito e à taxa básica de juros, para conter<br />

a infl ação no País, uma ameaça a um cenário<br />

tão promissor.<br />

A opinião é de Carlos Thadeu de Freitas,<br />

chefe da Divisão Econômica da <strong>CNC</strong>, e foi<br />

exposta na última reunião de Diretoria da<br />

Confederação, realizada em janeiro. “Estamos<br />

conviven<strong>do</strong> com uma situação inédita<br />

nos últimos anos. Os países chama<strong>do</strong>s ricos<br />

têm dívidas bastante elevadas e juros bastante<br />

baixos, e têm um risco muito alto. Há alguns<br />

dias, o risco de países como a França, de não<br />

pagar sua dívida, era muito maior <strong>do</strong> que o<br />

Risco-Brasil”, exemplifi cou o economista.<br />

Diante de um quadro internacional incerto<br />

(para não dizer ruim), o Brasil, assim<br />

como outros países emergentes, se tornou<br />

destino de investimentos externos, e aí reside<br />

a grande questão da economia nacional.<br />

“Nosso principal desafi o hoje é lidar com<br />

essa entrada maciça de recursos, que está<br />

sen<strong>do</strong> potencializada por uma política monetária<br />

que está subin<strong>do</strong> a taxa de juros. Ao<br />

subir a taxa de juros para combater a pressão<br />

infl acionária, isso atrai mais recursos ainda.<br />

O Governo tem feito to<strong>do</strong>s os esforços para<br />

controlar essa entrada de recursos”, disse<br />

Thadeu de Freitas.<br />

Segun<strong>do</strong> ele, os investi<strong>do</strong>res atualmente<br />

temem a compra de títulos de países europeus.<br />

“O que está acontecen<strong>do</strong>? É um fenô-<br />

meno inédito: os países ricos estão crescen<strong>do</strong><br />

pouco, as oportunidades de investimento são<br />

bem menores. Por sua vez, o aperto fi scal<br />

que está sen<strong>do</strong> feito na Europa leva os países<br />

a crescerem menos ainda”, complementou<br />

Carlos Thadeu.<br />

A favor <strong>do</strong> Brasil, Thadeu de Freitas destacou<br />

que o País é cre<strong>do</strong>r líqui<strong>do</strong> internacional<br />

em mais de US$50 bilhões. Entretanto,<br />

no cenário interno, as medidas governamentais<br />

para conter a entrada de recursos não<br />

estão surtin<strong>do</strong> efeito. “Por que não funciona?<br />

Porque existe uma perspectiva de o real<br />

valorizar-se ainda um pouco mais”. De acor<strong>do</strong><br />

com o economista, o dólar pode chegar a<br />

níveis muito baixos, em função de as taxas<br />

de juros internas e as commodities estarem<br />

em alta. “Há uma demanda muito forte por<br />

commodities, que cresce de forma acelerada<br />

nos países emergentes, como China e<br />

Índia”, ponderou.<br />

Além disso, existe hoje em dia o que Carlos<br />

Thadeu de Freitas classifi cou como choque<br />

de oferta, já que os problemas climáticos<br />

que estão acontecen<strong>do</strong> com mais frequência<br />

ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> planeta levam a uma diminuição<br />

na oferta de commodities. Por consequência,<br />

os preços sobem, não apenas porque a oferta<br />

é menor, mas porque os países estão demandan<strong>do</strong><br />

mais. “Como somos exporta<strong>do</strong>res de<br />

commodities, o Brasil tem essa moeda cada<br />

dia mais valorizada, e o Governo tenta evitar<br />

que isso aconteça”, afi rmou o economista.<br />

Para o chefe da Divisão Econômica da<br />

<strong>CNC</strong>, o grande problema <strong>do</strong> Governo atualmente<br />

é conter as pressões infl acionárias.<br />

Mas ao subir os juros para conter a infl ação,


pode agravar a questão da sobrevalorização<br />

<strong>do</strong> câmbio. Por outro la<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Carlos<br />

Thadeu, os indica<strong>do</strong>res que acompanham a<br />

inadimplência no País mostram queda, e a<br />

intenção de consumo, como em to<strong>do</strong> o início<br />

de ano, diminuiu, mas não chega a níveis<br />

preocupantes. “Não houve ainda uma queda<br />

no consumo das famílias. Vai cair lentamente,<br />

à medida que o crédito está fi can<strong>do</strong> mais<br />

caro, mas é um processo lento. Desacelerar<br />

nossa economia será muito difícil, porque a<br />

entrada de capitais está muito forte”, afi rmou<br />

Carlos Thadeu de Freitas.<br />

O contexto econômico brasileiro é muito<br />

favorável em termos de entrada de recursos<br />

externos. O defi cit em conta-corrente, mesmo<br />

ten<strong>do</strong> subi<strong>do</strong> em 2010, ainda é altamente<br />

fi nanciável, além de não se confi gurar como<br />

um problema de curto prazo. Segun<strong>do</strong> Carlos<br />

Thadeu, o Brasil vai continuar solvente<br />

nos próximos anos. “Mas vai continuar ten<strong>do</strong><br />

um problema sério de como evitar a entrada<br />

de recursos externos. Se o Governo fechar<br />

muito a entrada de recursos externos, quan<strong>do</strong><br />

precisar não vai ter”, frisou. Para Thadeu,<br />

o Brasil, hoje, é um País que não apresenta<br />

risco para os investi<strong>do</strong>res porque tem uma<br />

cobertura institucional mais segura: “Quem<br />

investe no Brasil tem muito mais amparo<br />

institucional <strong>do</strong> que quem investe na China<br />

ou na Rússia. Temos agências que permitem<br />

ao investi<strong>do</strong>r ter certeza de que vai ter seu<br />

dinheiro de volta”.<br />

Conviver com o real aprecia<strong>do</strong> pode ser<br />

bom para o comércio, na visão de Carlos<br />

Thadeu de Freitas. “Nos próximos anos, a<br />

não ser que haja uma perspectiva de alta de<br />

taxa de juros muito forte nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,<br />

e isso só vai acontecer se houver pressão<br />

infl acionária, vamos ter o real aprecia<strong>do</strong>, o<br />

que é muito bom para o comércio. Eu acho<br />

que os próximos serão, como foram os últimos,<br />

os anos <strong>do</strong> comércio”.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o economista também<br />

acredita que o Brasil vai continuar crescen<strong>do</strong>.<br />

“O País não vai desacelerar muito:<br />

vai cair de crescimento de sete para 4.5,<br />

5%, o que é uma taxa boa de crescimento<br />

econômico”, disse.<br />

À vista, só temos um problema: contornar<br />

as pressões infl acionárias, que vão continuar.<br />

Para isso, é importante o Governo<br />

se enquadrar mais, não pode confi ar só na<br />

política de segurar taxa de juros mais alta,<br />

porque isso vai atrair mais dólares ainda.<br />

“Não acredito que o Brasil vá ter mudanças<br />

radicais nos próximos meses. Vai ter<br />

uma desaceleração. As pequenas e médias<br />

empresas, que dependem de empréstimo<br />

bancário, vão pagar um pouco mais caro,<br />

vão ter o prazo um pouco mais curto. As<br />

empresas que dependem <strong>do</strong> BNDES, que<br />

têm dinheiro barato, essas vão continuar<br />

ten<strong>do</strong> acesso a dinheiro barato. As pequenas<br />

e médias empresas, realmente, vão ser um<br />

pouco prejudicadas nesse processo, porque<br />

dependem de crédito bancário”, enfatizou o<br />

economista. Nada que prejudique o comércio.<br />

“O empresário brasileiro, em geral, está<br />

otimista”, fi nalizou Thadeu.<br />

Ao microfone,<br />

Carlos Thadeu de<br />

Freitas fala sobre a<br />

economia no País, ao<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> presidente<br />

da <strong>CNC</strong>, Antonio<br />

Oliveira Santos, e <strong>do</strong><br />

vice -presidente da<br />

entidade, Gil Siuffo<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 19


ECOS DA DIRETORIA<br />

Josias Albuquerque<br />

expõe à Diretoria da<br />

<strong>CNC</strong> sua experiência<br />

de 14 anos na<br />

realização de missões<br />

empresariais ao exterior<br />

- negócios fecha<strong>do</strong>s<br />

falam por si<br />

20<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

<strong>CNC</strong> vai promover<br />

missões empresariais para<br />

incrementar negócios<br />

A<br />

pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> presidente da <strong>CNC</strong>,<br />

Antonio Oliveira Santos, o vicepresidente<br />

Administrativo da entidade<br />

e presidente <strong>do</strong> Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE,<br />

Josias Albuquerque,<br />

descreveu durante a primeira reunião de<br />

Diretoria da entidade este ano, em janeiro,<br />

sua experiência na realização de missões<br />

empresariais ao exterior, que promove<br />

desde 1996, um ano após assumir a presidência<br />

das entidades <strong>do</strong> Sistema Comércio<br />

em Pernambuco.<br />

Ao assumir a vice-presidência administrativa<br />

da Confederação, Albuquerque<br />

recebeu a incumbência de organizar missões<br />

empresariais em nome da <strong>CNC</strong> para<br />

aproximar empresários, fomentar negócios<br />

e investimentos. O presidente da <strong>CNC</strong> su-<br />

Vice-presidente da Confederação e presidente<br />

<strong>do</strong> Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Josias<br />

Albuquerque vai usar as experiências de sucesso<br />

em seu esta<strong>do</strong> para to<strong>do</strong> o Sistema Comércio<br />

geriu que a primeira missão empresarial<br />

em nome da Confederação seja realizada<br />

para a China. “É o país que hoje granjeia<br />

a maior curiosidade, o maior interesse <strong>do</strong><br />

nosso País”, disse Oliveira Santos.<br />

Em 22 de fevereiro, Josias Albuquerque<br />

anunciou, durante o Encontro<br />

Brasil-China, realiza<strong>do</strong> na cidade de Petrolina,<br />

mais uma missão empresarial à<br />

China. É a terceira que a Federação organiza<br />

e a primeira realizada a nível nacional<br />

pela <strong>CNC</strong>. A parte operacional<br />

será feita pela Fecomércio-PE, que já tem<br />

expertise no assunto.<br />

Josias explicou, na reunião de Diretoria<br />

da <strong>CNC</strong>, que o formato das missões não é<br />

de turismo, mas de trabalho. “Realizamos<br />

seminários, levamos autoridades brasileiras<br />

para expor o que o Brasil representa<br />

no cenário econômico mundial, e para<br />

mostrar o potencial brasileiro para receber<br />

investimentos. As missões sempre foram<br />

orientadas nesse senti<strong>do</strong>”, destacou.<br />

Antonio Oliveira Santos ressaltou que<br />

as missões são concebidas em um formato<br />

interessante para o empresaria<strong>do</strong> de diversos<br />

segmentos. “As missões que o Josias<br />

tem feito por Pernambuco têm uma característica<br />

que não é só da Federação daquele<br />

esta<strong>do</strong>. A federação administra, pilota, mas<br />

tem uma gama variada de componentes da<br />

indústria, da agricultura, e uma boa parte <strong>do</strong><br />

governo”, ressaltou. “A experiência de Per-


A intensifi cação<br />

<strong>do</strong>s negócios e <strong>do</strong>s<br />

investimentos entre<br />

Brasil e China,<br />

em especial com<br />

Pernambuco, pautou<br />

matéria <strong>do</strong> jornal<br />

Valor Econômico, dia<br />

9 de fevereiro<br />

nambuco é excelente, tem produzi<strong>do</strong> bons<br />

resulta<strong>do</strong>s. Tenho acompanha<strong>do</strong> todas as<br />

missões de Pernambuco, inclusive a Confederação<br />

tem participa<strong>do</strong> dessas iniciativas,<br />

e o Josias agora vai procurar estruturar isso<br />

com alguma atividade institucional da nossa<br />

Confederação”, complementou.<br />

As missões promovidas pela Fecomércio-PE<br />

já visitaram Portugal, Espanha,<br />

França, Holanda, Alemanha, Rússia, Polônia,<br />

Itália, Índia, Dubai, África (Angola e<br />

África <strong>do</strong> Sul) e China. “Essas missões não<br />

são fi nanciadas pela Federação <strong>do</strong> Comércio.<br />

Cada participante fi nancia sua parte,<br />

de forma independente”, enfatizou Josias.<br />

China<br />

A Fecomércio de Pernambuco realizou<br />

a primeira viagem à China em 2007, com<br />

150 componentes. “Além <strong>do</strong> nosso grupo<br />

de 120 pessoas, o governa<strong>do</strong>r de Pernambuco,<br />

Eduar<strong>do</strong> Campos, reuniu mais participantes,<br />

pessoas da área <strong>do</strong> governo, mais<br />

empresários, secretários de Esta<strong>do</strong>, deputa<strong>do</strong>s<br />

estaduais, federais e representantes<br />

<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>. A missão foi um sucesso”, defi<br />

ne Josias Albuquerque.<br />

Também em 2007 foi aberto o primeiro<br />

escritório de representação da entidade<br />

naquele país, e uma segunda representação<br />

já foi instalada em Pequim, no fi m <strong>do</strong> ano<br />

passa<strong>do</strong>. “Na China, realizamos <strong>do</strong>is semi-<br />

ECOS DA DIRETORIA<br />

nários, em Pequim<br />

e em Xangai. Tivemos a coragem<br />

de instalar um escritório comercial<br />

da Federação em Xangai. Esse escritório<br />

está funcionan<strong>do</strong> e queremos ampliálo,<br />

transforman<strong>do</strong>-o em um escritório da<br />

Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio,<br />

para atender a to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s. Não podemos<br />

fi car limita<strong>do</strong>s. Nós, da <strong>CNC</strong>, queremos<br />

que o comércio cresça, que o Brasil<br />

cresça”, complementou Josias.<br />

O 1º vice-presidente da <strong>CNC</strong> e presidente<br />

da Fecomércio-AM, José Roberto<br />

Tadros, sugeriu atenção especial à Índia<br />

e à In<strong>do</strong>nésia. Segun<strong>do</strong> ele, o capitalismo<br />

internacional tem observa<strong>do</strong> que os países<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> já entraram em<br />

um patamar de consumo limite, de população<br />

já estabelecida previamente e crescimento<br />

demográfi co lento, entre outros<br />

fatores. “Não obstante isso, temos economias<br />

com grandes populações, como é<br />

a Índia, que rapidamente vai empatar em<br />

termos de população com a China. Lá é<br />

uma democracia, porque sofreu infl uência<br />

<strong>do</strong> império inglês, e que já tem uma tecnologia<br />

de ponta muito avançada, de forma<br />

que podemos interagir com eles. E a In<strong>do</strong>nésia,<br />

que é um país muçulmano e é o mais<br />

populoso da Ásia – são 300 milhões de habitantes<br />

–, está rapidamente crescen<strong>do</strong>”,<br />

disse Tadros.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 21


PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />

22<br />

Inadimplência em baixa<br />

sustenta intenção de<br />

consumo das famílias<br />

O<br />

consumo das famílias brasileiras<br />

iniciou 2011 ainda aqueci<strong>do</strong>, mesmo<br />

que em ritmo menor. É o que<br />

revela a pesquisa de Intenção de Consumo<br />

das Famílias (ICF), produzida pela <strong>CNC</strong>.<br />

Assim como na sondagem relativa de janeiro,<br />

a satisfação com o consumo atual,<br />

com alta de 2,9% em relação a fevereiro<br />

de 2010, foi o principal responsável pelo<br />

aumento geral de 0,7% apura<strong>do</strong> pelo indica<strong>do</strong>r.<br />

A persistente expansão <strong>do</strong> consumo<br />

baseia-se, essencialmente, no bom momento<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> de trabalho, onde ainda<br />

se verifi cam taxas de crescimento tanto <strong>do</strong><br />

emprego quanto da renda.<br />

Não por acaso, os indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ICF<br />

relativos ao merca<strong>do</strong> de trabalho auferiram<br />

altas signifi cativas na mesma base<br />

comparativa: Emprego atual (+2,4%);<br />

perspectiva profi ssional (+1,3%) e renda<br />

Consumo atual:<br />

Crescimento acima da média da ICF<br />

Não sabe /<br />

não respondeu<br />

1,2 %<br />

Maior<br />

33,8%<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Os resulta<strong>do</strong>s de janeiro e de fevereiro das pesquisas<br />

nacionais produzidas pela <strong>CNC</strong> mostram que 2011<br />

começa a apresentar sinais de desaceleração no<br />

consumo, mas intenção de compras resiste<br />

Fonte: Pesquisa direta <strong>CNC</strong><br />

Igual ao<br />

ano passa<strong>do</strong><br />

36,1 %<br />

Menor<br />

28,9 %<br />

atual (+0,6%). Em contrapartida, as medidas<br />

a<strong>do</strong>tadas pelo Banco Central para<br />

tentar conter a alta da infl ação parecem<br />

ter si<strong>do</strong> percebidas pelos consumi<strong>do</strong>res<br />

por meio <strong>do</strong> encarecimento <strong>do</strong> crédito às<br />

pessoas físicas. Consequentemente, a alta<br />

de 4,6% em janeiro no subitem relativo às<br />

compras a prazo se reverteu em uma queda<br />

de 0,4% em fevereiro, taxa idêntica à<br />

verifi cada na intenção de compra de bens<br />

duráveis, itens normalmente adquiri<strong>do</strong>s<br />

através de fi nanciamentos.<br />

Na comparação mensal, à exceção da<br />

perspectiva profi ssional (+3,2%) e <strong>do</strong> momento<br />

para aquisição de bens duráveis<br />

(+10,5%), registraram-se quedas que variaram<br />

de 1,7% (emprego atual) a 6,8%<br />

(perspectiva de consumo). Em termos<br />

regionais, os destaques para as altas anuais<br />

de 1,8% e 4,8% nas regiões Sudeste e<br />

Centro-Oeste, respectivamente. Contu<strong>do</strong>,<br />

os maiores índices ainda são observa<strong>do</strong>s<br />

nas regiões Nordeste (140,3 pontos) e Norte<br />

(137,0). No corte por faixa de renda, as<br />

avaliações das famílias mais ricas e mais<br />

pobres evoluíram em ritmo semelhante<br />

(+0,7% e +0,5%, respectivamente).<br />

“Os da<strong>do</strong>s recentes mostram que a alta<br />

de 1,7% <strong>do</strong> ICF no bimestre foi puxada<br />

exatamente pela satisfação com o consumo<br />

atual (+5,5%) e pela perspectiva de<br />

consumo (+3,3%). Entretanto, os resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> último mês já apontam para alguma<br />

desaceleração da demanda nos próximos<br />

meses”, afi rma Fábio Bentes, da Divisão<br />

Econômica da <strong>CNC</strong>.


Síntese <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s – ICF<br />

Indica<strong>do</strong>r fev/11<br />

Endividamento aumenta no início <strong>do</strong> ano<br />

Em fevereiro de 2011, o percentual de<br />

famílias endividadas elevou-se tanto em<br />

relação ao mês anterior como em relação<br />

a fevereiro de 2010. De acor<strong>do</strong> com a Pesquisa<br />

de Endividamento e Inadimplência<br />

<strong>do</strong> consum<strong>do</strong>r (Peic), o percentual de famílias<br />

com dívidas ou contas em atraso<br />

apresentou ligeira alta em relação a janeiro,<br />

porém reduziu-se em relação ao mesmo<br />

mês <strong>do</strong> ano anterior. Já o percentual de<br />

famílias que declararam não ter condições<br />

de pagar suas contas apresentou retração<br />

tanto em relação a janeiro/2011, quanto em<br />

relação a fevereiro/2010.<br />

“O aumento <strong>do</strong> custo de vida e gastos<br />

extras <strong>do</strong> início <strong>do</strong> ano elevaram o nível<br />

de endividamento <strong>do</strong> brasileiro em<br />

fevereiro, reverten<strong>do</strong> a queda observada<br />

em janeiro de 2011”, explica Marianne<br />

Lorena Hanson, da Divisão Econômica da<br />

<strong>CNC</strong>. Porém, mesmo com mais famílias<br />

ten<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> empréstimos, o percentual<br />

que tem percepção de endividamento<br />

muito eleva<strong>do</strong> e se declaram muito endividadas<br />

fi cou praticamente estável. Já o<br />

percentual de famílias que declarou não ter<br />

condições de pagar suas dívidas retraiu-se<br />

pelo quarto mês consecutivo. “Isso porque<br />

o merca<strong>do</strong> de trabalho ainda está aqueci<strong>do</strong>,<br />

permitin<strong>do</strong> que mais famílias honrem seus<br />

compromissos fi nanceiros e mantenham o<br />

equilíbrio <strong>do</strong> orçamento <strong>do</strong>méstico”, complementa<br />

Marianne.<br />

O percentual de famílias que declararam<br />

possuir algum tipo de dívida aumentou<br />

Variação<br />

mensal<br />

Variação<br />

anual<br />

Emprego atual 137,2 -1,7% +2,4%<br />

Perspectiva profissional 136,6 +3,2% +1,3%<br />

Renda atual 144,6 -4,4% +0,6%<br />

Compra a prazo 145,6 -4,1% -0,4%<br />

Nível de consumo atual 104,9 -9,5% +2,9%<br />

Perspectiva de consumo 138,2 -6,8% -0,6%<br />

Momento para duráveis 150,1 +10,5% -0,4%<br />

ICF 136,7 -1,8% +0,7%<br />

PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />

Fonte: Pesquisa direta <strong>CNC</strong><br />

5,9 pontos percentuais em fevereiro, atingin<strong>do</strong><br />

65,3% <strong>do</strong> total. O aumento na proporção<br />

de famílias endividadas foi acompanha<strong>do</strong><br />

por um ligeiro crescimento no<br />

percentual de famílias com dívidas ou contas<br />

em atrasos, que alcançou 23,4% este<br />

mês. Já o percentual de famílias que declararam<br />

não ter condições de pagar suas<br />

contas ou dívidas apresentou recuo pelo<br />

quarto mês consecutivo, atingin<strong>do</strong> 7,7%.<br />

O nível de endividamento também foi<br />

superior na comparação com fevereiro de<br />

2010. Contu<strong>do</strong>, mais famílias puderam cumprir<br />

seus compromissos fi nanceiros e ambos<br />

os percentuais de famílias com dívidas ou<br />

contas em atrasos e que não terão condições<br />

de pagar recuaram na comparação anual.<br />

O percentual de famílias endividadas subiu<br />

em ambos os grupos de renda na comparação<br />

anual, passan<strong>do</strong> de 63,9% para 67,2%,<br />

para as famílias com renda de até 10 salários<br />

mínimos, e de 49,6% para 54%, para as famílias<br />

com renda superior a 10 salários mínimos.<br />

Para 70,8% das famílias endividadas,<br />

o cartão de crédito foi um de seus principais<br />

tipos de dívida, segui<strong>do</strong> por carnês<br />

(22,1%) e fi nanciamento de carro (10,7%).<br />

No primeiro trimestre <strong>do</strong> ano, o comprometimento<br />

<strong>do</strong> orçamento pode diminuir<br />

a capacidade de pagamento das famílias<br />

nos próximos meses. “O merca<strong>do</strong> de trabalho<br />

segue aqueci<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> a continuidade<br />

<strong>do</strong> cenário favorável para o<br />

equilíbrio <strong>do</strong> orçamento das famílias”, diz<br />

Marianne Hanson.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 23


PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />

24<br />

PEIC - Síntese <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s (% em relação ao total de famílias)<br />

Total de<br />

endivida<strong>do</strong>s<br />

Dívidas ou contas<br />

em atraso<br />

Não terão<br />

condições de pagar<br />

Fevereiro/2010 61,8% 25,6% 8,6%<br />

Janeiro/2011 59,4% 22,1% 22,1%<br />

Fevereiro/2011 65,3% 23,4% 7,7%<br />

Fonte: Pesquisa <strong>CNC</strong><br />

Janeiro já indicava demanda menor<br />

Os resulta<strong>do</strong>s de janeiro da PEIC e <strong>do</strong><br />

ICF já apontavam que o primeiro trimestre<br />

de 2011 poderia contar com um consumo<br />

ainda aqueci<strong>do</strong>, porém menor, impulsiona<strong>do</strong><br />

principalmente por famílias mais pobres.<br />

Em janeiro, a Intenção de Consumo<br />

das Famílias interrompeu uma sequência<br />

de oito meses de alta e registrou variação<br />

de -2,9% em relação a dezembro. Dos<br />

sete componentes <strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r, apenas a<br />

satisfação com o emprego (0,0%) e renda<br />

atuais (+0,1%) não acusaram retração.<br />

Contu<strong>do</strong>, a mesma cautela dada à alta recorde<br />

de 3,1% no último mês <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong><br />

deve ser aplicada à queda de janeiro<br />

de 2011. Em ambos os casos, o efeito<br />

sazonal de fi nal de ano explicou a maior<br />

parte das oscilações mensais.<br />

Na comparação com janeiro de 2010,<br />

o ICF apresentou alta de 2,8%, e os<br />

subitens diretamente relaciona<strong>do</strong>s aos gastos<br />

das famílias foram os responsáveis pelo<br />

resulta<strong>do</strong>. A satisfação com o consumo<br />

atual cresceu 7,9%, enquanto a perspectiva<br />

de consumo variou +7,2%, segui<strong>do</strong>s<br />

pela maior facilidade nas compras a prazo<br />

(+4,6%). Na contramão, veio a percepção<br />

<strong>do</strong> momento atual para aquisição de bens<br />

duráveis, com queda de 3,5%. “Neste caso,<br />

há que considerar também a forte base de<br />

janeiro de 2010, quan<strong>do</strong> ainda vigoravam<br />

os incentivos fi scais para diversos produtos<br />

da linha branca”, explica Fábio Bentes,<br />

economista da <strong>CNC</strong>.<br />

Em relação ao merca<strong>do</strong> de trabalho, a<br />

retração na perspectiva profi ssional de 2,6%<br />

foi mais <strong>do</strong> que compensada pelas altas de<br />

3,4% na satisfação corrente quanto à renda<br />

(+3,4%) e emprego (+3,6%). Na mesma<br />

base comparativa, a elevação <strong>do</strong> ICF pode<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

ser inteiramente atribuída às famílias de<br />

menor renda (até dez salários mínimos) que<br />

reportaram um patamar de satisfação 3,3%<br />

maior <strong>do</strong> que o observa<strong>do</strong> em janeiro de<br />

2010. As demais famílias brasileiras, por<br />

sua vez, avaliaram os condicionantes <strong>do</strong><br />

consumo de forma mais pessimista (queda<br />

de 0,9%) no mesmo perío<strong>do</strong>.<br />

PEIC<br />

O aumento <strong>do</strong>s gastos das famílias no<br />

fi m <strong>do</strong> ano refl etiu na elevação natural <strong>do</strong><br />

nível de endividamento em janeiro, registra<strong>do</strong><br />

pela Pesquisa de Endividamento<br />

e Inadimplência <strong>do</strong> Consumi<strong>do</strong>r (Peic).<br />

Mesmo com a aquisição de mais dívidas no<br />

perío<strong>do</strong>, o cenário favorável <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

de trabalho impediu que o nível de inadimplência<br />

invertesse a trajetória de queda no<br />

mês corrente. O percentual de famílias endividadas<br />

passou de 58,3% em dezembro<br />

de 2010 para 59,4% em janeiro de 2011.<br />

As famílias com contas em atraso registraram<br />

um percentual de 22,1%. Já a parcela<br />

das famílias que não terão condições de pagar<br />

suas dívidas recuou de 8,3% para 7,9%<br />

em janeiro.<br />

Na comparação anual, tanto o percentual<br />

de famílias endividadas quanto de<br />

inadimplentes apresentou recuo em janeiro.<br />

O nível de endividamento retrocedeu<br />

de 61,2% em janeiro de 2010 para 59,4%<br />

no mês atual. O percentual de famílias com<br />

contas em atrasos desacelerou para 22,1%,<br />

contra 29,8% no mesmo perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> ano<br />

anterior. E o número de famílias que não<br />

terão condições de pagar suas dívidas recuou<br />

de 9,9% em 2010 para 7,9% em<br />

janeiro de 2011.


Nova pesquisa irá avaliar a<br />

confiança <strong>do</strong>s empresários<br />

<strong>do</strong> comércio<br />

Levantamento terá periodicidade mensal, com<br />

uma amostragem de seis mil empresas de todas<br />

as capitais <strong>do</strong> País, e fornecerá aos agentes<br />

econômicos um conjunto de informações sobre<br />

as ações de curto prazo <strong>do</strong> setor<br />

A<br />

<strong>CNC</strong> está preparan<strong>do</strong> o lançamento<br />

da primeira pesquisa de expectativas<br />

empresariais <strong>do</strong> Brasil, realiza<strong>do</strong><br />

exclusivamente com os toma<strong>do</strong>res de<br />

decisão das empresas <strong>do</strong> <strong>varejo</strong>. O Índice<br />

de Confi ança <strong>do</strong> Empresário <strong>do</strong> Comércio<br />

(Icec-<strong>CNC</strong>) tem como objetivo sinalizar<br />

para os agentes econômicos as ações de<br />

curto prazo das empresas <strong>do</strong> setor.<br />

Assim como o índice de Intenção de<br />

Consumo das Famílias (ICF) e a Pesquisa<br />

de Endividamento e Inadimplência (Peic),<br />

o novo indica<strong>do</strong>r antecedente terá periodicidade<br />

mensal e ouvirá representantes de<br />

empresas de grande porte (acima de cem<br />

emprega<strong>do</strong>s) e de pequeno porte (abaixo<br />

de cem emprega<strong>do</strong>s) em todas as Unidades<br />

da Federação.<br />

No Icec-<strong>CNC</strong>, as avaliações <strong>do</strong>s empresários<br />

<strong>do</strong>s mais diversos ramos da atividade<br />

comercial serão agrupadas por ramos<br />

<strong>do</strong> <strong>varejo</strong>, que, por sua vez, serão reagrupa<strong>do</strong>s<br />

segun<strong>do</strong> categorias de uso, ou seja,<br />

empresas especializadas na comercialização<br />

de bens duráveis, semiduráveis e não<br />

duráveis. Os da<strong>do</strong>s também serão tabula<strong>do</strong>s<br />

de forma a permitir análises regionais.<br />

O índice é construí<strong>do</strong> a partir de nove<br />

questões. As três primeiras, que constituem<br />

o Índice de Condições Atuais <strong>do</strong> Empresário<br />

<strong>do</strong> Comércio (Icaec), comparam<br />

a situação econômica <strong>do</strong> País, <strong>do</strong> setor de<br />

PESQUISA NACIONAL <strong>CNC</strong><br />

atuação e da própria<br />

empresa, com<br />

relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> ano anterior. As três<br />

perguntas seguintes demandam avaliações<br />

<strong>do</strong>s mesmos aspectos, porém, em relação<br />

ao futuro no curto prazo, e formam o Índice<br />

de Expectativas <strong>do</strong> Empresário <strong>do</strong> Comércio<br />

(IEEC). Em todas as seis primeiras<br />

perguntas as opções de resposta são: Melhorou/Melhorará<br />

muito; Melhorou/Melhorará<br />

um pouco; Piorou/Piorará muito e<br />

Piorou/Piorará muito.<br />

As últimas três perguntas que compõem<br />

o Índice de Investimento <strong>do</strong> Empresário<br />

<strong>do</strong> Comércio (IIEC) abordam<br />

questões mais específi cas, relativas à expectativa<br />

de contratação de funcionários<br />

para os próximos meses, ao nível de investimentos<br />

em relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> ano anterior e ao nível atual <strong>do</strong>s estoques<br />

diante da programação de vendas.<br />

A amostra mensal é composta por<br />

aproximadamente seis mil empresas<br />

situadas em todas as capitais <strong>do</strong> País<br />

e os índices podem apresentar dispersões<br />

que variam de zero a cem pontos.<br />

Os da<strong>do</strong>s serão divulga<strong>do</strong>s através de<br />

website para todas as Federações de<br />

Comércio, mediante solicitação de acesso,<br />

seguin<strong>do</strong> o mesmo procedimento das<br />

pesquisas atuais.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 25


ARTIGO<br />

26<br />

Possivelmente, o maior problema da<br />

conjuntura atual, ainda em crise,<br />

é o aumento generaliza<strong>do</strong> da infl ação,<br />

a partir de nova alta <strong>do</strong>s preços das<br />

principais commodities, com destaque para<br />

matérias-primas como petróleo e minério<br />

de ferro e alimentos. Uma combinação de<br />

causas explica a alta de preços: a expansão<br />

da demanda liderada pela China, a redução<br />

da oferta devi<strong>do</strong> a calamidades climáticas,<br />

a pressão especulativa nas BM&F<br />

mundiais. O sistema fi nanceiro mundial se<br />

transformou em um gigantesco cassino, no<br />

qual as maiores apostas são feitas em contratos<br />

de commodities.<br />

No Brasil, ao que tu<strong>do</strong> indica, a infl ação<br />

atual é o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> excesso de gastos <strong>do</strong><br />

Governo, da política salarial, da expansão<br />

desgovernada <strong>do</strong> crédito e alguns choques<br />

de oferta de origem climática, entre outros.<br />

O Banco Central a<strong>do</strong>tou uma série de<br />

medidas para corrigir a situação, e o Governo<br />

federal anuncia um corte de gastos<br />

de R$ 50 bilhões. Esse esforço, porém,<br />

poderá ser prejudica<strong>do</strong> pela continuada<br />

elevação da taxa Selic pelo Banco Central<br />

e seu impacto negativo sobre as contas<br />

públicas. Em artigo no jornal O Globo de<br />

1º fevereiro, Paul Krugman fez uma excelente<br />

análise das pressões infl acionárias<br />

atuais e concluiu, como fez Ben Bernanke,<br />

que “elevar os juros, agora, seria um<br />

enorme erro”.<br />

Se o objetivo da política monetária é<br />

conter a infl ação, mediante o cerceamento<br />

da demanda agregada (consumo + investimentos),<br />

o caminho mais curto é a<br />

contenção <strong>do</strong> crédito. E nada melhor para<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Conjuntura<br />

econômica<br />

O consultor da <strong>CNC</strong>, Ernane Galvêas, faz uma análise<br />

<strong>do</strong> cenário atual da economia brasileira, abordan<strong>do</strong> as<br />

razões da alta da infl ação no País e as iniciativas que a<br />

política monetária pode a<strong>do</strong>tar para evitar seu avanço<br />

isso <strong>do</strong> que a administração <strong>do</strong>s depósitos<br />

compulsórios ou a utilização <strong>do</strong> merca<strong>do</strong><br />

aberto. Ambos afetam o volume <strong>do</strong><br />

crédito, imediatamente.<br />

A taxa Selic, usada como se fosse a<br />

tradicional taxa de redescontos, quan<strong>do</strong><br />

elevada, também encarece o crédito, mas<br />

tem muitas desvantagens, entre as quais o<br />

agravamento da dívida pública e a atração<br />

de recursos externos especulativos, que<br />

distorcem a política cambial. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, a elevação da Selic proporciona um<br />

ganho para os investi<strong>do</strong>res de renda fi xa, o<br />

que aumenta a propensão a consumir (efeito<br />

renda) e pode neutralizar os efeitos da<br />

alta <strong>do</strong>s juros sobre a infl ação. Política de<br />

combate à infl ação é assunto muito sério<br />

para ser exclusividade <strong>do</strong> Banco Central.<br />

As reservas cambiais <strong>do</strong> Brasil atingiram<br />

US$ 300 bilhões, acumula<strong>do</strong>s, ao que<br />

consta, contra a vontade <strong>do</strong> BC e <strong>do</strong> Governo.<br />

Isso demonstra, na conjuntura atual,<br />

que o BC não pode atuar sozinho, usan<strong>do</strong><br />

a taxa de juros como único instrumento de<br />

ação. A política monetária não tem efi cácia<br />

plena sem a cooperação da política fi scal.<br />

Atividades econômicas<br />

Indústria - O mês de dezembro de 2010<br />

assinalou o primeiro recuo da produção industrial,<br />

com faturamento real 0,6% inferior<br />

a novembro, embora utilizan<strong>do</strong> 82,8% da<br />

capacidade industrial, ante 82,6% <strong>do</strong> mês<br />

anterior. Há uma programação explosiva<br />

de investimentos nas áreas de mineração e<br />

petróleo, e o Norte e Nordeste estão experimentan<strong>do</strong><br />

um verdadeiro boom industrial


Ernane Galvêas<br />

Consultor econômico da <strong>CNC</strong><br />

basea<strong>do</strong> no desenvolvimento de quatro portos<br />

principais: Vila <strong>do</strong> Conde (PA), Itaqui<br />

(MA), Pecém (CE) e Suape (PE).<br />

Comércio - O Indica<strong>do</strong>r de Atividade<br />

<strong>do</strong> Comércio, divulga<strong>do</strong> pela SERASA,<br />

revelou menor ritmo em janeiro, mas ainda<br />

com alta de 9,8% ante dezembro/2010; e o<br />

indica<strong>do</strong>r elabora<strong>do</strong> pelo Bradesco aponta<br />

queda de 0,6%. Segun<strong>do</strong> a ACSP, o comércio<br />

varejista em São Paulo, em janeiro, registrou<br />

alta de 11,6% nas vendas à vista e<br />

8,2% a prazo.<br />

Agricultura - Depois de atingir a safra<br />

recorde de 149,5 milhões de toneladas de<br />

grãos, em 2010, o IBGE prevê para este ano<br />

uma pequena queda de 1,8%. Os preços das<br />

commodities continuam em alta em janeiro:<br />

o algodão subiu quase 18%, o café 5%, e o<br />

minério de ferro 3,7%. A carne bovina, depois<br />

<strong>do</strong> aumento de 20,5% em 2010, caiu<br />

ligeiramente 0,2% em janeiro.<br />

Merca<strong>do</strong> de Trabalho - Nos últimos<br />

oito anos, 2010 foi o melhor ano para o<br />

merca<strong>do</strong> de trabalho, mas a alta da infl ação<br />

ameaça corroer o poder de compra <strong>do</strong>s<br />

salários. Neste ano, os aumentos salariais<br />

sofrerão uma trégua, devi<strong>do</strong> ao reajuste<br />

<strong>do</strong> salário mínimo, afeta<strong>do</strong> pela queda de<br />

0,6% <strong>do</strong> PIB em 2009.<br />

Setor Financeiro - As medidas a<strong>do</strong>tadas<br />

pelo Banco Central, em dezembro de<br />

2010, já se fi zeram sentir em janeiro e fevereiro,<br />

com sensível redução no ritmo de<br />

expansão <strong>do</strong> crédito e elevação <strong>do</strong>s juros<br />

<strong>do</strong>s fi nanciamentos. Em janeiro, as vendas<br />

de veículos caíram 35,8%. Os Fun<strong>do</strong>s de<br />

Investimentos tiveram captação recorde,<br />

em janeiro, que somou R$ 12,5 bilhões.<br />

No último pregão de janeiro, os investi<strong>do</strong>res<br />

estrangeiros sacaram da Bovespa<br />

R$ 457,6 milhões, mas o ingresso líqui<strong>do</strong><br />

permaneceu positivo em R$ 401,4 milhões.<br />

Infl ação - A infl ação brasileira continua<br />

sem rumo. Em 2011, começou em alta,<br />

como to<strong>do</strong> início de ano, pelo “efeito gregoriano”<br />

(educação, material escolar, aluguéis,<br />

serviços públicos, salário mínimo),<br />

alia<strong>do</strong> a fatores climáticos e altas especulativas<br />

nas BM&F mundiais. Ao que tu<strong>do</strong><br />

indica, as medidas <strong>do</strong> governo para contenção<br />

de crédito vão surtir efeito a partir<br />

de fevereiro, dependen<strong>do</strong> <strong>do</strong>s gastos <strong>do</strong><br />

Governo e <strong>do</strong> aumento <strong>do</strong> salário mínimo.<br />

Setor Público – Afi nal, o atual Governo<br />

parece entender que o defi cit público é<br />

uma parte importante da demanda agregada<br />

e, portanto, corresponsável pelas pressões<br />

infl acionárias. Acontece, porém, que<br />

os juros sobre a dívida pública constituem<br />

a parte mais importante <strong>do</strong> defi cit (R$195,4<br />

bilhões em 2010), e o Banco Central não<br />

aceita esse raciocínio. Continua acreditan<strong>do</strong><br />

que pode resolver a infl ação mediante<br />

alta contínua da taxa SELIC, como pressupõe<br />

o merca<strong>do</strong> (juros de 12,5% até o<br />

fi m <strong>do</strong> ano). Está faltan<strong>do</strong> transparência<br />

na contabilidade pública. O Governo está<br />

prometen<strong>do</strong> cortar R$ 50 bilhões nos gastos,<br />

não <strong>do</strong> gasto efetivo em 2010, mas <strong>do</strong><br />

planeja<strong>do</strong> para 2011.<br />

Setor Externo - O diretor-gerente <strong>do</strong><br />

FMI alertou que os desequilíbrios atuais<br />

podem levar a uma nova crise mundial.<br />

Terrorismo?<br />

ARTIGO<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 27


INSTITUCIONAL<br />

O jornalista André<br />

Trigueiro (foto à esq.)<br />

em palestra na sede<br />

da <strong>CNC</strong>, no Rio de<br />

Janeiro. Ao la<strong>do</strong>, a<br />

chefe <strong>do</strong> Gabinete da<br />

Presidência, Lenoura<br />

Schmidt, apresenta o<br />

programa em Brasília<br />

28<br />

Um Sistema preocupa<strong>do</strong><br />

com a sustentabilidade<br />

Um passo a mais pela sustentabilidade<br />

foi da<strong>do</strong> pela Confederação<br />

Nacional <strong>do</strong> Comércio de Bens,<br />

Serviços e Turismo (<strong>CNC</strong>). A instituição<br />

aderiu ao Programa ECOS de Sustentabilidade,<br />

em concordância com o que já era<br />

pratica<strong>do</strong> pelos departamentos nacionais<br />

<strong>do</strong> SESC e <strong>do</strong> Senac, no Con<strong>do</strong>mínio da<br />

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O programa<br />

foi apresenta<strong>do</strong> aos funcionários da entidade<br />

no Rio de Janeiro em 1° de fevereiro<br />

de 2011, e, em Brasília, no dia 2 de março.<br />

No evento ocorri<strong>do</strong> no Rio de Janeiro, a<br />

chefe <strong>do</strong> Gabinete da Presidência da Confederação,<br />

Lenoura Schmidt ressaltou a<br />

importância da participação de to<strong>do</strong>s para<br />

o sucesso <strong>do</strong> programa. “Com pequenos<br />

gestos cotidianos, podemos ajudar a cuidar<br />

melhor <strong>do</strong> planeta”, afi rmou.<br />

Os funcionários da <strong>CNC</strong> puderam assistir<br />

a uma palestra <strong>do</strong> jornalista André<br />

Trigueiro, apresenta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> programa Cidades<br />

e Soluções, da GloboNews. Para ele, é<br />

necessário mudar a maneira de pensar das<br />

pessoas e implantar uma educação ambiental.<br />

“Não há inclusão social sem controlar<br />

o uso <strong>do</strong>s recursos naturais. Não basta apenas<br />

conhecer boas práticas sustentáveis,<br />

mas é importante aplicá-las<br />

no dia a dia”, disse o jornalista,<br />

que elogiou<br />

o programa. “O<br />

ECOS tem tu<strong>do</strong><br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

para dar certo. Conheço o programa desde<br />

seu nascimento no SESC-SENAC e essas<br />

atitudes podem fazer a diferença”.<br />

O objetivo <strong>do</strong> programa é defi nir uma<br />

política ambiental compromissada com o<br />

meio ambiente e alinhada com as diretrizes<br />

das três entidades, além de estimular<br />

o consumo consciente <strong>do</strong>s recursos utiliza<strong>do</strong>s<br />

pelos funcionários. O ECOS também<br />

deverá diminuir os possíveis impactos<br />

ambientais relaciona<strong>do</strong>s às atividades desempenhadas<br />

pelas entidades e minimizar<br />

a geração de resíduos.<br />

O programa está dividi<strong>do</strong> em duas<br />

etapas. A primeira diz respeito à gestão<br />

de resíduos e à ecoefi ciência, que serão<br />

aplica<strong>do</strong>s no Con<strong>do</strong>mínio SESC-SENAC,<br />

com a implantação de coleta seletiva solidária<br />

a um plano completo para controlar<br />

o fl uxo de resíduos. Na segunda etapa,<br />

está a otimização <strong>do</strong>s recursos, que<br />

visa promover uma cultura de consumo<br />

consciente <strong>do</strong>s recursos das instituições.<br />

Cada ação executada <strong>do</strong> programa será<br />

acompanhada por indica<strong>do</strong>res, que irão<br />

orientar os passos seguintes, rumo a um<br />

sistema de gestão efi ciente, que possa ser<br />

continuamente melhora<strong>do</strong>. “A mudança<br />

começa de baixo para cima. Ninguém<br />

muda de uma hora para outra,<br />

mas pequenas atitudes, pequenos gestos,<br />

podem fazer muita diferença”,<br />

conclui Trigueiro.


Vice-presidente da <strong>CNC</strong> toma<br />

posse como deputa<strong>do</strong> federal<br />

Os 513 deputa<strong>do</strong>s federais eleitos em 3<br />

de outubro <strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong> tomaram posse na<br />

manhã <strong>do</strong> dia 1º de fevereiro, no Plenário da<br />

Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s, para mandato de quatro<br />

anos, que se encerra em 31 de janeiro de<br />

2015. Entre eles, Laércio Oliveira (PR-SE),<br />

vice-presidente da <strong>CNC</strong>, foi empossa<strong>do</strong> pelo<br />

presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS),<br />

após a leitura <strong>do</strong> nome de cada parlamentar e<br />

da realização <strong>do</strong> juramento.<br />

No fi nal da tarde, os novos deputa<strong>do</strong>s se<br />

reuniram novamente no plenário da Câmara,<br />

em sessão convocada para a eleição da nova<br />

Mesa Diretora para o biênio 2011/2013, que<br />

reelegeu o deputa<strong>do</strong> Marco Maia (PT-RS),<br />

como presidente da Câmara, além <strong>do</strong>s demais<br />

membros da Mesa Diretora.<br />

Laércio Oliveira é representante <strong>do</strong> setor<br />

de Asseio e Conservação no Congresso Nacional,<br />

e recebeu 79.514 votos, sen<strong>do</strong> o quarto<br />

candidato mais vota<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong>.<br />

Gerente <strong>do</strong> SESC em nova composição da<br />

Comissão Nacional de Incentivo à Cultura<br />

No dia 08 de fevereiro foi realizada em<br />

Brasília a cerimônia de posse <strong>do</strong>s representantes<br />

<strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong> na Comissão<br />

Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC),<br />

conforme designação <strong>do</strong> Ministério da<br />

Cultura, para mandato referente ao biênio<br />

2011/2012. O evento contou com a presença<br />

da ministra da Cultura, Ana de Hollan-<br />

da. Pela <strong>CNC</strong>, Márcia Costa Rodrigues<br />

Leite, gerente de Cultura da Diretoria de<br />

Projetos Sociais <strong>do</strong> Departamento nacional<br />

<strong>do</strong> SESC, tomou posse para o cargo de 1º<br />

Suplência; Maria Lucinaide Nogueira ocupa<br />

a cadeira de Titular <strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong>,<br />

pela Confederação Nacional da Indústria<br />

(CNI); e Carlos Eugênio Trevi, a cadeira<br />

de 2º Suplente, pela Confederação Nacional<br />

das Instituições Financeiras (CNF).<br />

A CNIC é uma comissão técnica, de<br />

caráter consultivo, coordenada pelo Ministério<br />

da Cultura, cuja função é avaliar<br />

tecnicamente os pedi<strong>do</strong>s de aprovação de<br />

incentivo fi scal, sugerin<strong>do</strong> ou não a indicação<br />

para fazer parte <strong>do</strong> Pronac (Programa<br />

Nacional de Apoio à Cultura).<br />

Márcia Leite, <strong>do</strong> SESC/DN,<br />

recém-empossada na CNIC,<br />

ao la<strong>do</strong> da ministra da Cultura,<br />

Ana de Hollanda: representatividade<br />

INSTITUCIONAL<br />

Láercio<br />

Oliveira<br />

assume<br />

mandato na<br />

Câmara <strong>do</strong>s<br />

Deputa<strong>do</strong>s<br />

que vai<br />

até 2015<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 29


INSTITUCIONAL<br />

30<br />

Na reunião da Renalegis (ao<br />

la<strong>do</strong>), vice-presidentes da<br />

<strong>CNC</strong> (acima) enfatizaram<br />

o trabalho de defesa de<br />

interesses e a participação<br />

<strong>do</strong>s dirigentes das<br />

Federações na<br />

conscientização<br />

de parlamentares<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Renalegis define<br />

estratégia de ação no<br />

Congresso Nacional<br />

Assessoria Legislativa vai acompanhar, interpretar e informar<br />

à Diretoria sobre proposições que tenham implicações na<br />

ação das instituições e empresas <strong>do</strong> Sistema Comércio<br />

A<br />

Rede Nacional de Assessorias Legislativas<br />

(Renalegis), coordenada<br />

pela Assessoria junto ao Poder Legislativo<br />

(APEL) da Confederação Nacional<br />

<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

(<strong>CNC</strong>), defi niu, em 8 de janeiro, a<br />

estratégia de ação no Congresso Nacional<br />

para este ano. As prioridades, revelou o vicepresidente<br />

Financeiro da <strong>CNC</strong>, Gil Siuffo,<br />

“são a defesa <strong>do</strong>s legítimos interesses das<br />

instituições e empresas que compõem o<br />

nosso Sistema confederativo”, além de<br />

macrotemas, como as reformas tributária e<br />

previdenciária. Uma das missões é preservar<br />

o que vem sen<strong>do</strong> bem feito, e manter o<br />

Congresso adequadamente informa<strong>do</strong> sobre<br />

as ações da instituição.<br />

O vice-presidente Administrativo, Josias<br />

de Albuquerque, pediu que, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

trabalho da Renalegis, haja empenho <strong>do</strong>s<br />

presidentes de Federação de Comércio na<br />

conscientização <strong>do</strong>s parlamentares de seus<br />

esta<strong>do</strong>s sobre os temas que interessam ao<br />

terceiro setor. Siuffo reforçou a necessidade<br />

de empenho <strong>do</strong>s dirigentes, por terem mais<br />

proximidade com os deputa<strong>do</strong>s e sena<strong>do</strong>res<br />

em suas respectivas bases eleitorais. “Os<br />

dirigentes das Federações precisam estar<br />

bem informa<strong>do</strong>s e afi na<strong>do</strong>s com a ação parlamentar<br />

<strong>do</strong> Sistema, pois isso conduz à obtenção<br />

de melhores resulta<strong>do</strong>s”.<br />

Vice-presidente da Confederação e<br />

deputa<strong>do</strong> federal eleito, Laércio Oliveira<br />

anunciou que seu gabinete na Câmara estará<br />

aberto para encaminhar prioritariamente<br />

as demandas <strong>do</strong> comércio. “É o mesmo<br />

compromisso de to<strong>do</strong>s que têm a missão<br />

de manter forte o Sistema”, afi rmou.<br />

Criada em 2009, a Renalegis tem representantes<br />

de 25 esta<strong>do</strong>s – Pará ainda não se<br />

integrou – e <strong>do</strong> Distrito Federal. Sua missão<br />

é acompanhar, interpretar e informar<br />

sobre a apresentação, tramitação e perspectivas<br />

de proposições legislativas e agir,<br />

segun<strong>do</strong> a orientação da direção superior.


Fecomércio-AL se torna<br />

Autoridade de Registro<br />

para Certificação Digital<br />

Com o credenciamento da<br />

federação alagoana, já são sete<br />

o número de entidades ligadas<br />

à <strong>CNC</strong> funcionan<strong>do</strong> como<br />

Autoridades de Registro<br />

Desde o dia 1° de fevereiro de<br />

2011, a Federação <strong>do</strong> Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong> de Alagoas (Fecomércio-AL) se<br />

tornou uma Autoridade de Registro (AR)<br />

para emissão de certifi ca<strong>do</strong>s digitais no<br />

esta<strong>do</strong>. Com isso, já são sete as federações<br />

<strong>do</strong> comércio ligadas à <strong>CNC</strong> que atuam<br />

como ARs em to<strong>do</strong> o País.<br />

Com a Fecomércio-AL devidamente<br />

credenciada, os empresários e pessoas físicas<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de Alagoas podem encontrar<br />

serviços como a validação e emissão <strong>do</strong>s<br />

certifi ca<strong>do</strong>s digitais na mesma hora, pronto<br />

para ser utiliza<strong>do</strong>. Anteriormente, como<br />

a federação só funcionava como ponto de<br />

atendimento, o solicitante deveria esperar<br />

três dias para a entrega <strong>do</strong> certifi ca<strong>do</strong>.<br />

O certifi ca<strong>do</strong> digital é a identidade <strong>do</strong><br />

empresário ou pessoa física em transações<br />

na internet. Com validade de um ou três<br />

anos, conforme opção no ato da compra,<br />

seu uso é obrigatório em diversas atividades,<br />

entre elas, a emissão de nota fi scal<br />

eletrônica e a declaração <strong>do</strong> imposto de<br />

renda junto à Receita Federal <strong>do</strong> Brasil.<br />

De acor<strong>do</strong> com a Instrução Normativa da<br />

Receita Federal <strong>do</strong> Brasil nº 969, de 21 de<br />

outubro de 2009, ten<strong>do</strong> em vista o disposto<br />

no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro<br />

de 1999, a assinatura digital disponibilizada<br />

pelo certifi ca<strong>do</strong> é obrigatória.<br />

“Ao analisar a necessidade <strong>do</strong> empresário,<br />

reforçada pela obrigatoriedade da<br />

posse de certifi cação digital prevista em<br />

lei, percebemos que era de fundamental<br />

importância investir neste projeto. O nosso<br />

compromisso é facilitar e disponibilizar<br />

um serviço de maior qualidade”, afi rma<br />

Diego Gaia, coordena<strong>do</strong>r de planejamento<br />

da Fecomércio-AL.<br />

Além da Fecomércio-AL, as federações<br />

<strong>do</strong> comércio <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s da Bahia, Ceará,<br />

Paraná, Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Santa Catarina<br />

e São Paulo também atuam como Autoridades<br />

de Registro. Além delas, outras 14<br />

federações (Amazonas, Amapá, Distrito<br />

Federal, Maranhão, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul,<br />

Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de<br />

Janeiro, Rio Grande <strong>do</strong> Norte, Rondônia,<br />

Sergipe e a Federação Nacional de Hotéis,<br />

Restaurantes, Bares e Similares) e seis sindicatos<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de São Paulo (Sincoelétrico,<br />

Sincomavi, Sincomercio ABC, Sindilojas,<br />

Sinapel e Sindicomis) funcionam<br />

como pontos de atendimento (PA) para a<br />

emissão de certifi ca<strong>do</strong>s digitais.<br />

PRODUTOS <strong>CNC</strong><br />

Fachada da sede<br />

da Fecomércio-AL:<br />

federação passa<br />

a funcionar como<br />

Autoridade de<br />

Registro, garantin<strong>do</strong><br />

agilidade e efi ciência<br />

na emissão de<br />

certifi ca<strong>do</strong>s digitais<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 31


SERVIÇOS<br />

Vice-presidente<br />

da <strong>CNC</strong>, o deputa<strong>do</strong><br />

federal Laércio<br />

Oliveira esteve na<br />

reunião e prometeu<br />

muito empenho<br />

em sua atuação<br />

no Congresso<br />

32<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Câmara de Terceirizáveis<br />

defende interesses<br />

no Parlamento<br />

CBST defi ne, em sua primeira reunião deste ano, a agenda<br />

de trabalho para defender propostas legislativas que<br />

tenham implicações no cotidiano das empresas <strong>do</strong> setor<br />

A<br />

Câmara Brasileira de Serviços<br />

Terceirizáveis (CBST) da Confederação<br />

Nacional <strong>do</strong> Comércio de<br />

Bens, Serviços e Turismo (<strong>CNC</strong>) identifi<br />

cou as propostas legislativas prioritárias<br />

em tramitação no Congresso Nacional e já<br />

montou a agenda de trabalho para este ano.<br />

“É no Parlamento que se decide quase tu<strong>do</strong><br />

neste País. Precisamos estar alerta em relação<br />

a medidas que não foram tomadas, ou<br />

leis que precisam ser aprovadas por afetar<br />

o nosso dia a dia”, observou o coordena<strong>do</strong>r<br />

da CBST, Jerfferson Simões, na primeira<br />

reunião <strong>do</strong> ano, em 9 de fevereiro,<br />

em Brasília.<br />

Reiner Leite, da Assessoria junto ao<br />

Poder Legislativo (APEL), fez uma exposição<br />

sobre as atividades da Renalegis Serviços<br />

em 2011. Os integrantes da Câmara<br />

também ouviram relato sobre a reunião da<br />

Renalegis, no dia anterior.<br />

Um <strong>do</strong>s temas mais debati<strong>do</strong>s na CBST<br />

foi a Medida Provisória nº 507/2010, que<br />

exige a apresentação de procuração pública<br />

para o contribuinte ser representa<strong>do</strong><br />

por terceiros na Receita Federal (RF).<br />

O assunto foi leva<strong>do</strong> pelo presidente da<br />

Fenacon, Valdir Pietrobon, questionan<strong>do</strong> em<br />

particular o artigo 5º. No fi nal de fevereiro,<br />

a Fenacon e a Confederação Nacional das<br />

Profi ssões Liberais conseguiram liminar em<br />

manda<strong>do</strong> de segurança que pedia a suspensão<br />

da efi cácia <strong>do</strong> art.7º e <strong>do</strong> parágrafo único<br />

<strong>do</strong> art. 8º da Portaria RF nº 2.166/2010,<br />

que regulamenta o artigo 5º. E em 1º<br />

de março, a Câmara <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s aprovou<br />

a MP nº 507, sem o dispositivo previsto<br />

no artigo 5º e parágrafos, suprimi<strong>do</strong>s pelo<br />

relator Fernan<strong>do</strong> Ferro (PT/PE), acatan<strong>do</strong><br />

sugestão da <strong>CNC</strong>.<br />

O vice-presidente da <strong>CNC</strong> e deputa<strong>do</strong><br />

federal, Laércio Oliveira, participou<br />

da reunião e relatou a ação política da<br />

entidade no Congresso, citan<strong>do</strong> temas<br />

como a desoneração da folha de pagamento,<br />

a reforma tributária e a terceirização.<br />

Ele também antecipou que<br />

“haveria boas notícias” em relação à<br />

entrada em vigor <strong>do</strong> Registro Eletrônico<br />

de Ponto (REP), o que acabou se<br />

confirman<strong>do</strong> em 1º de março, com a<br />

decisão <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho de<br />

adiar para 1º de setembro a obrigatoriedade<br />

de instalação de ponto.


Boas notícias<br />

para o turismo brasileiro<br />

Em sua primeira reunião com os empresários<br />

que representam o setor,<br />

o Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais,<br />

anunciou uma boa nova, recebida<br />

com muitos elogios: a publicação, ainda<br />

em março, de portaria que institui o Sistema<br />

Brasileiro de Classifi cação <strong>do</strong>s Meios<br />

de Hospedagem (SBClass). Antiga reivindicação<br />

<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, a novidade foi anunciada<br />

em 22 de fevereiro, durante a reunião<br />

mensal da Câmara Empresarial de Turismo<br />

(CET), em Brasília, com a presença<br />

<strong>do</strong> presidente da Confederação Nacional<br />

<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

(<strong>CNC</strong>), Antonio Oliveira Santos, e diretores<br />

da instituição.<br />

Oliveira Santos destacou em seu pronunciamento<br />

que, hoje, o turismo é a atividade<br />

econômica que mais cresce no Brasil<br />

e no mun<strong>do</strong>. O que se observa nos últimos<br />

tempos, segun<strong>do</strong> ele, é que o desempenho<br />

<strong>do</strong> setor vem ten<strong>do</strong> uma aceleração e, referin<strong>do</strong>-se<br />

aos empresários <strong>do</strong> setor presentes<br />

à reunião, disse que “devi<strong>do</strong> a vocês,<br />

esse negócio vai se tornar, realmente, uma<br />

grande realidade, com uma presença muito<br />

grande da formação <strong>do</strong> PIB brasileiro”.<br />

Documento com prioridades<br />

O presidente da <strong>CNC</strong> elogiou a atitude<br />

<strong>do</strong> ministro ao se prontifi car a participar<br />

de um encontro com os empresários<br />

de turismo e ouvir as suas reivindicações.<br />

Santos entregou ao ministro um<br />

<strong>do</strong>cumento com as prioridades <strong>do</strong> setor<br />

(veja box na página 35)<br />

Ao explicar a decisão de instituir o<br />

SBClass, o ministro afi rmou que “foi<br />

uma exigência <strong>do</strong> próprio merca<strong>do</strong> internacional,<br />

diante da realização no País de<br />

grandes eventos, como a Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong>,<br />

em 2014, e as Olimpíadas, em 2016”.<br />

Segun<strong>do</strong> ele, os ganhos estão na segurança<br />

que dará aos usuários, a garantia<br />

da rede hoteleira de que estará no mesmo<br />

patamar das redes <strong>do</strong>s países desenvolvi<strong>do</strong>s<br />

e a natural melhoria <strong>do</strong>s serviços.<br />

A portaria defi ne a estrutura <strong>do</strong><br />

SBClass, os tipos de meios de hospedagem<br />

(veja box) passíveis de classifi<br />

cação, as categorias de cada tipo, os<br />

requisitos de infraestrutura, serviços e<br />

sustentabilidade de cada categoria, os<br />

critérios de classifi cação e o processo de<br />

avaliação para a classifi cação. O registro<br />

no Sistema não será obrigatório.<br />

Padrão internacional<br />

O padrão que será a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> será superior<br />

ao que existia no Brasil antigamente e<br />

que vigorou até o início da década passada.<br />

“Será melhor porque vamos nivelar a rede<br />

nacional à estrangeira”, afi rmou. Pedro<br />

Novais revelou ainda que a classifi cação<br />

TURISMO<br />

Presidente da <strong>CNC</strong>,<br />

Antonio Oliveira<br />

Santos (C), louvou<br />

disposição <strong>do</strong><br />

Ministro Pedro<br />

Novais (E) de<br />

ouvir empresários<br />

e entregou<br />

<strong>do</strong>cumento com as<br />

prioridades<br />

<strong>do</strong> turismo<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 33


TURISMO<br />

34<br />

Chefe <strong>do</strong><br />

Departamento<br />

de Planejamento<br />

da <strong>CNC</strong>, Daniel<br />

Lopez explicou a<br />

meto<strong>do</strong>logia para<br />

defi nir as prioridades<br />

<strong>do</strong> turismo a partir<br />

das demandas das<br />

entidades <strong>do</strong> setor<br />

não fi cará restrita aos hotéis, mas se estenderá<br />

a to<strong>do</strong>s os outros serviços liga<strong>do</strong>s ao<br />

turismo. “A portaria é apenas o primeiro<br />

passo para um salto de qualidade em to<strong>do</strong>s<br />

os segmentos <strong>do</strong> setor.”<br />

Essa normatização, revelou o ministro,<br />

vinha sen<strong>do</strong> sua preocupação desde que assumiu<br />

o cargo. “Tenho certeza de que estarei<br />

prestan<strong>do</strong> um grande serviço à hotelaria <strong>do</strong><br />

País e a to<strong>do</strong>s vocês que integram esta entidade,<br />

em particular ao nosso companheiro<br />

Antonio Oliveira Santos”, afi rmou. Novais<br />

lembrou que muitos <strong>do</strong>s dirigentes <strong>do</strong> setor<br />

fazem parte <strong>do</strong> Conselho Nacional de Turismo,<br />

que junto com o Fórum Nacional de Turismo<br />

(secretários estaduais) e o Ministério,<br />

formam, nas palavras <strong>do</strong> ministro, “a tríplice<br />

aliança de luta pelo fortalecimento <strong>do</strong> setor”.<br />

A secretária Nacional de Políticas de<br />

Turismo <strong>do</strong> Ministério, Bel Mesquita, destacou<br />

a importância <strong>do</strong>s empresários “para<br />

que o turismo seja realmente a força que<br />

nós queremos. Estamos lutan<strong>do</strong> e nos organizan<strong>do</strong>,<br />

de forma conjunta, para que<br />

esse projeto possa crescer mais ainda”.<br />

Elogios à classifi cação<br />

O diretor secretário da <strong>CNC</strong>, Pedro<br />

Nadaf, comemorou o anúncio de Pedro<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Tipo <strong>do</strong> meio de hospedagem Categorias<br />

1) Hotel 1 a 5 estrelas<br />

2) Hotel Fazenda 1 a 5 estrelas<br />

3) Hotel Histórico 3 a 5 estrelas<br />

4) Resort 4 a 5 estrelas<br />

5) Flat/Apart-hotel 3 a 5 estrelas<br />

6) Pousada 1 a 5 estrelas<br />

7) Cama & Café 1 a 4 estrelas<br />

Novais. “Era uma reivindicação <strong>do</strong> setor<br />

e é muito importante porque o turismo<br />

ganhará visibilidade internacional muito<br />

maior por conta da Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e das<br />

Olimpíadas”, justifi cou. Na sua avaliação,<br />

a partir da portaria, o País terá uma normatização,<br />

e os usuários, a opção de escolher<br />

o local onde se hospedarão, porque haverá<br />

uma classifi cação de acor<strong>do</strong> com o nível<br />

de conforto e qualidade <strong>do</strong> hotel.<br />

Ele elogiou ainda a decisão <strong>do</strong> ministro<br />

de classifi car também os serviços, por<br />

entender que a normatização criará regras<br />

mais claras, melhoran<strong>do</strong> a qualidade <strong>do</strong><br />

produto ofereci<strong>do</strong> ao consumi<strong>do</strong>r. “O mais<br />

importante, porém, é que o anúncio tenha<br />

si<strong>do</strong> feito na sede da <strong>CNC</strong>, que tem a efetiva<br />

representação <strong>do</strong> turismo no Brasil, e<br />

em uma reunião da Câmara Empresarial,<br />

que pela sua capilaridade fortalece ainda<br />

mais o papel que executa na defesa <strong>do</strong>s interesses<br />

<strong>do</strong> setor.”<br />

O coordena<strong>do</strong>r da CET, Alexandre<br />

Sampaio, afi rmou que a classifi cação tem<br />

<strong>do</strong>is pontos cruciais para a organização <strong>do</strong><br />

setor: é facultativa e não será óbice à participação<br />

<strong>do</strong>s hotéis em licitações governamentais<br />

para a contratação de hospedagem<br />

por empresas públicas, autarquias ou órgãos<br />

diretos da administração. “A hotela-<br />

O uso <strong>do</strong> símbolo “estrela”<br />

associa<strong>do</strong> à categorização da<br />

rede hoteleira é de concessão<br />

exclusiva <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong><br />

Turismo, que o utiliza como parte<br />

da Marca de Classifi cação de<br />

Meios de Hospedagem.<br />

O processo de certifi cação, bem<br />

como a fi scalização, serão feitos<br />

pelo Ministério e pelo Inmetro.


As demandas prioritárias <strong>do</strong> turismo<br />

As cinco prioridades foram estabelecidas a partir da identifi cação e priorização de<br />

demandas específi cas, realizadas por todas as entidades que compõem a Câmara Empresarial<br />

de Turismo, com apoio <strong>do</strong> Departamento de Planejamento da <strong>CNC</strong>.<br />

Demanda 1 – Burocracia/Qualifi cação/<br />

Legislação trabalhista<br />

Desburocratização de regulamentações<br />

inerentes ao Ministério <strong>do</strong> Turismo, incentivos<br />

para promover capacitações específi -<br />

cas e abranger mais profi ssionais, além <strong>do</strong><br />

que o SENAC já faz, e regulamentação de<br />

atividades, como Bacharel em turismo.<br />

Demanda 2 – Infraestrutura saturada<br />

Investimentos maciços na infraestrutura<br />

necessária para receber turistas<br />

locais e internacionais.<br />

ria nacional é inteiramente a favor dessa<br />

portaria. A grande maioria <strong>do</strong>s hoteleiros<br />

ansiava por essa medida e vai colaborar na<br />

sua implementação”, disse.<br />

Na reunião, Pedro Novais ouviu a apresentação<br />

de cada um <strong>do</strong>s representantes<br />

das entidades que integram a Câmara.<br />

Depois, em seu discurso, informou que<br />

o Ministério trabalha com quatro eixos:<br />

qualifi cação profi ssional, linhas de crédito<br />

Senac lança programa sobre<br />

oportunidades da Copa 2014<br />

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial<br />

lançará, em 29 de março, por meio de sua Rede de Teleconferência,<br />

o Programa Nacional de Educação Profi ssional<br />

Senac na Copa. A solenidade, que terá a presença<br />

<strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Turismo, Pedro Novais, será transmitida<br />

ao vivo para cerca de 300 pontos fi xos de recepção<br />

espalha<strong>do</strong>s pelo país, com interatividade online.<br />

O programa terá o formato de mesa-re<strong>do</strong>nda de<br />

esporte, será media<strong>do</strong> pela jornalista Bárbara Pereira<br />

e reunirá, além <strong>do</strong> ministro, o presidente da Federação<br />

Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre<br />

Sampaio; e o gerente de Projetos Estratégicos<br />

<strong>do</strong> Senac Nacional, Antônio Henrique Borges Paula.<br />

O debate terá como foco o impacto social e econômico<br />

<strong>do</strong> Mundial de Futebol no Brasil, as oportunidades<br />

de trabalho geradas por conta da realização<br />

<strong>do</strong> evento, o lega<strong>do</strong> da Copa e o papel <strong>do</strong> Senac na<br />

qualifi cação de profi ssionais para o setor de comércio<br />

de bens e serviços e de turismo.<br />

Demanda 3 – Promoção nacional/Turismo<br />

interno<br />

Intensifi cação <strong>do</strong>s esforços para incluir o turismo<br />

na cesta de consumo <strong>do</strong> brasileiro.<br />

Demanda 4 – Hubs aeroportuários<br />

Concessão de aeroportos e desenvolvimento<br />

da malha aérea em cidades com potencial.<br />

Demanda 5 – Nota fi scal fatura<br />

(sem bitributação)<br />

Alteração <strong>do</strong> modelo que implica bitributação<br />

das empresas presta<strong>do</strong>ras de serviços turísticos.<br />

especiais para a hotelaria, investimentos<br />

em infraestrutura e promoção. Ele revelou<br />

que, somente para a Copa de 2014, estão<br />

previstos mais de R$ 20 bilhões em investimentos<br />

federais.<br />

Os participantes da reunião ouviram ainda<br />

palestras de Carlos Santos Amorim Jr. e<br />

José Augusto Pinto, da ABNT. Também estiveram<br />

presentes o vice-presidente Financeiro<br />

da <strong>CNC</strong>, Gil Siuffo, e parlamentares.<br />

Procure o Senac e comece já a se preparar.<br />

Chegou a hora de os brasileiros se prepararem para o maior<br />

evento que o país já recebeu. Temos muito o que fazer e várias<br />

oportunidades pela frente. Nas áreas de Turismo, Hospitalidade,<br />

Gestão, Comércio, Idiomas ou Saúde, conte com o Senac: a<br />

maior referência em educação profi ssional em to<strong>do</strong> o Brasil.<br />

www.copa2014.senac.br<br />

TURISMO<br />

Forman<strong>do</strong> profi ssionais vence<strong>do</strong>res<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 35<br />

BIG


TURISMO<br />

A edição deste ano<br />

<strong>do</strong> evento discutirá<br />

o crescimento da<br />

demanda turística<br />

e a necessidade<br />

de ampliação da<br />

infraestrutura, entre<br />

outros temas<br />

36<br />

<strong>CNC</strong> renova apoio<br />

institucional ao Fórum Panrotas<br />

A <strong>CNC</strong> renovou a parceria institucional<br />

com a Panrotas Editora, para realização<br />

<strong>do</strong> Fórum Panrotas 2011 - Tendências<br />

<strong>do</strong> Turismo, que acontecerá nos dias 28<br />

e 29 de março, no Centro de Eventos da<br />

Fecomércio-SP, em São Paulo. Na categoria<br />

aliança institucional, a entidade é a<br />

única patrocina<strong>do</strong>ra.<br />

O suporte ao Fórum, atualmente em sua<br />

nona edição, é realiza<strong>do</strong> desde 2008. “O<br />

apoio da Confederação tem si<strong>do</strong> de vital<br />

2011<br />

São Paulo - 28 e 29 de março<br />

Novas publicações abordam<br />

questões voltadas<br />

para megaeventos<br />

O Conselho de Turismo da <strong>CNC</strong> está lançan<strong>do</strong> três<br />

novas publicações com informações relevantes para<br />

o setor: o Relatório de Atividades 2010, com uma<br />

síntese <strong>do</strong>s temas trata<strong>do</strong>s e das ações realizadas<br />

pelo Conselho ao longo <strong>do</strong> ano, o livro Infraestrutura<br />

turística e megaeventos e o terceiro<br />

número da revista Turismo em Pauta.<br />

O macrotema Infraestrutura turística e megaeventos<br />

forneceu também a base <strong>do</strong> Relatório, pois<br />

as reuniões realizadas em 2010 foram dedicadas<br />

à discussão deste tópico. Já o terceiro número<br />

da revista Turismo em Pauta traz oito novos<br />

artigos, entre eles o <strong>do</strong> Ministro <strong>do</strong> Turismo,<br />

Pedro Novais, sobre as ações que pretende<br />

realizar para a regulamentação adequada das<br />

atividades <strong>do</strong> setor.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

contribuição para conseguirmos manter<br />

a qualidade estratégica e organizacional<br />

<strong>do</strong> evento, que conquistou, em oito anos,<br />

a posição de o mais importante encontro<br />

de líderes da indústria de viagens <strong>do</strong> País”<br />

afi rma Guillermo Alcorta, presidente <strong>do</strong><br />

Grupo Panrotas.<br />

Durante o evento, o Conselho de Turismo<br />

da <strong>CNC</strong> lançará a publicação relativa<br />

ao macrotema Infraestrutura Turística<br />

e Megaeventos, debati<strong>do</strong> ao longo<br />

de 2010 por membros<br />

<strong>do</strong> órgão, autoridades e<br />

agentes <strong>do</strong> trade. A publicação<br />

será apresentada a<br />

autoridades <strong>do</strong> setor para<br />

auxiliar na preparação<br />

<strong>do</strong> Brasil para a Copa <strong>do</strong><br />

Mun<strong>do</strong> de 2014 e para as<br />

Olimpíadas de 2016.


<strong>CNC</strong> obtém liminar contra<br />

portaria que modifica repasse<br />

da contribuição sindical<br />

A<br />

Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo<br />

(<strong>CNC</strong>) obteve liminar na Justiça<br />

para suspender os efeitos da Portaria<br />

nº 982/2010, <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Trabalho e<br />

Emprego (MTE), que modifi ca o sistema<br />

de distribuição da contribuição sindical<br />

entre confederações, sindicatos e federações,<br />

além <strong>do</strong> próprio Ministério.<br />

O Tribunal Regional Federal de Brasília<br />

analisou manda<strong>do</strong> de segurança impetra<strong>do</strong><br />

pela <strong>CNC</strong> para impedir que a Caixa<br />

Econômica Federal recolha a contribuição<br />

sindical conforme as modifi cações previstas<br />

pelo MTE – a Portaria nº 982 altera o<br />

senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> artigo 589 da Consolidação das<br />

Leis <strong>do</strong> Trabalho (CLT), condicionan<strong>do</strong> a<br />

partilha da contribuição à fi liação <strong>do</strong> sindicato<br />

a entidades de grau superior, como<br />

federações e confederações.<br />

A <strong>CNC</strong> argumentou que os sindicatos se<br />

vinculam às federações e confederações de<br />

acor<strong>do</strong> com a atividade econômica, e não por<br />

uma opção. “A natureza tributária da contribuição<br />

sindical afasta o critério da fi liação<br />

para sua exação. A estrutura <strong>do</strong> tributo obriga<br />

o pagamento compulsório de to<strong>do</strong>s aqueles<br />

pertencentes à categoria econômica profi ssional,<br />

independente de fi liação”, despachou<br />

o juiz Pablo Zuniga Doura<strong>do</strong>.<br />

Outro ponto questiona<strong>do</strong> da Portaria<br />

nº 982 é quanto ao registro das entidades<br />

no Cadastro Nacional de Entidades<br />

É extremamente oportuno<br />

e necessário o acerta<strong>do</strong><br />

entendimento que o Poder<br />

Judiciário tem manifesta<strong>do</strong> acerca<br />

da Portaria nº 982 <strong>do</strong> MTE<br />

Sindicais (CNES), <strong>do</strong> MTE. O cadastramento<br />

incorreto pode impedir o repasse<br />

<strong>do</strong>s valores às entidades superiores, creditan<strong>do</strong>-os<br />

diretamente na Conta Especial<br />

Emprego e Salário (CEES), também <strong>do</strong><br />

Ministério <strong>do</strong> Trabalho e Emprego. “No<br />

que tange à destinação da arrecadação -<br />

Conta Especial de Salário -, o ato administrativo<br />

(Portaria MTE 982) também não<br />

passa pelo princípio da legalidade e extrapola<br />

sua função”, observou o magistra<strong>do</strong><br />

em sua decisão. Segun<strong>do</strong> a CLT, as confederações<br />

fi cam com 5% <strong>do</strong> total arrecada<strong>do</strong>;<br />

60% vão para o sindicato; 15% para as<br />

federações e 20% para a CEES. “É extremamente<br />

oportuno e necessário o acerta<strong>do</strong><br />

entendimento que o poder Judiciário tem<br />

manifesta<strong>do</strong> acerca da Portaria MTE n.º<br />

982/2010, nas decisões que conhecemos<br />

sobre o assunto, ao longo <strong>do</strong> País, em especial<br />

na primorosa liminar concedida em<br />

favor da <strong>CNC</strong>. A uniformidade de entendimento<br />

e a consistência das fundamentações<br />

das decisões liminares nos dão<br />

a esperança de sua confi rmação<br />

pelos julga<strong>do</strong>res e manutenção<br />

pelos diversos Tribunais Regionais<br />

<strong>do</strong> Trabalho”, destaca<br />

Dolimar Pimentel, chefe da<br />

Divisão Sindical da <strong>CNC</strong>, que<br />

é responsável pelo Manda<strong>do</strong> de<br />

Segurança que obteve resulta<strong>do</strong><br />

positivo na Justiça.<br />

Dolimar Pimentel<br />

Chefe da Divisão Sindical da <strong>CNC</strong><br />

EM FOCO<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

37


EM FOCO<br />

38<br />

O<br />

advoga<strong>do</strong> Alain Alpin Mac Gregor,<br />

da Divisão Sindical da <strong>CNC</strong>, esteve<br />

entre os dias 11 de janeiro e 02<br />

de fevereiro de 2011 em um treinamento no<br />

Japão pela Association for Overseas Technical<br />

Scolarship (Associação de Treinamento<br />

para Executivos Estrangeiros, em tradução<br />

livre). O Brasil foi o único ocidental entre<br />

os 19 países representa<strong>do</strong>s no curso.<br />

O treinamento teve o objetivo de capacitar<br />

os seleciona<strong>do</strong>s dentro <strong>do</strong>s padrões<br />

japoneses das relações trabalhistas e sindicais.<br />

Segun<strong>do</strong> Mac Gregor, a estrutura<br />

sindical no Japão é muito diferente da<br />

encontrada no Brasil. “Como naquele país<br />

prevalece o sistema de emprego para toda<br />

a vida, as reivindicações sindicais se limitam<br />

a questões menores, como valor de bônus<br />

anual e feria<strong>do</strong>s. Dessa forma, existe<br />

uma harmonia nas negociações coletivas”,<br />

afi rmou o advoga<strong>do</strong>.<br />

Para compreender melhor o conteú<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> curso na prática,<br />

os participantes visitaram<br />

empresas como<br />

a monta<strong>do</strong>ra Toyota e<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

O advoga<strong>do</strong> Alain<br />

Alpin Mac Gregor foi<br />

o único de um país<br />

ocidental presente na<br />

turma <strong>do</strong> treinamento<br />

de executivos<br />

estrangeiros<br />

Japão é exemplo<br />

de excelência nas<br />

relações trabalhistas<br />

Alain Alpin Mac Gregor, advoga<strong>do</strong> da <strong>CNC</strong>,<br />

esteve no país asiático aprenden<strong>do</strong> sobre as<br />

práticas japonesas para as relações trabalhistas<br />

e sindicais nas empresas e no governo<br />

a Shisei<strong>do</strong>, mais antiga fábrica de cosméticos<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e quarta maior <strong>do</strong> setor. Eles<br />

também estiveram no Ministério <strong>do</strong> Trabalho,<br />

Saúde e Bem Estar Social <strong>do</strong> país,<br />

onde tiveram aulas sobre como o governo<br />

japonês auxilia as empresas. “O ministério<br />

busca proteger as empresas, pois, na<br />

visão deles, elas são as responsáveis pelo<br />

bem estar da população, geran<strong>do</strong> empregos.<br />

Essa mesma visão é compartilhada<br />

pelos trabalha<strong>do</strong>res, que tratam seu emprega<strong>do</strong>r<br />

como um membro da família”,<br />

afi rma Mac Gregor.<br />

O advoga<strong>do</strong> destaca a importância <strong>do</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> e também ressalta a excelência<br />

<strong>do</strong> padrão japonês. “Pudemos perceber<br />

que todas as empresas japonesas<br />

têm um padrão único de qualidade, atendimento,<br />

gerenciamento e organização,<br />

que as fazem destoar <strong>do</strong> padrão americaniza<strong>do</strong>,<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> por grande parte <strong>do</strong>s<br />

países ocidentais”.


Conselho Deliberativo da<br />

Sudene, em Recife, tem<br />

participação da <strong>CNC</strong><br />

Valdeci Cavalcante, presidente da Fecomércio-<br />

PI, representou a Confederação no Conselho,<br />

que discutiu os interesses <strong>do</strong>s micros e pequenos<br />

empresários da Região Nordeste<br />

A<br />

Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo<br />

(<strong>CNC</strong>) foi representada na<br />

12ª Reunião <strong>do</strong> Conselho Deliberativo<br />

da Superintendência <strong>do</strong> Desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> Nordeste (Sudene) pelo diretor da<br />

entidade e presidente da Federação <strong>do</strong><br />

Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Piauí (Fecomércio-PI),<br />

Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante.<br />

A reunião, que aconteceu no dia 10<br />

de dezembro, no Recife, Pernambuco,<br />

teve como tema principal o Fun<strong>do</strong><br />

Constitucional de Financiamento <strong>do</strong><br />

Nordeste (FNE), que destina 40% <strong>do</strong>s<br />

seus recursos às micros e pequenas<br />

empresas da região.<br />

Segun<strong>do</strong> Valdeci Cavalcante, foi rejeitada<br />

por unanimidade uma proposta<br />

<strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Nordeste, que pretendia ampliar<br />

o limite de empréstimos para enquadrar<br />

empreendimentos com faturamento<br />

de até R$ 10 milhões, o que iria pulverizar<br />

os recursos entre poucas empresas.<br />

Os microempreende<strong>do</strong>res individuais<br />

também passarão a receber recursos <strong>do</strong><br />

FNE, poden<strong>do</strong> retirar empréstimos de até<br />

R$ 15 mil, com juros de 6,25% ao ano e<br />

rebate de 15% a 25% para os adimplentes,<br />

no caso <strong>do</strong> semiári<strong>do</strong>.<br />

Para Cavalcante, essa medida é importante<br />

para elevar a confiança nos<br />

pequenos empresários. “Essa medida,<br />

em pouco tempo, irá transformar os<br />

microempreende<strong>do</strong>res individuais em<br />

empresários de fato”, afirmou. Valdeci<br />

Cavalcante foi nomea<strong>do</strong> para o<br />

Conselho Deliberativo da Sudene, representan<strong>do</strong><br />

a <strong>CNC</strong>, em 20 de julho<br />

de 2010, ten<strong>do</strong> como suplente José<br />

Arteiro da Silva, presidente da Federação<br />

<strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Maranhão (Fecomércio-MA).<br />

A reunião também aprovou ad<br />

referendum a Proposição n° 033/2010,<br />

que defendia a destinação de 1,5% <strong>do</strong>s<br />

recursos <strong>do</strong> FNE ao fi nanciamento de<br />

atividades de pesquisa, desenvolvimento<br />

e tecnologia que sejam de interesse<br />

<strong>do</strong> desenvolvimento regional. A resolução<br />

já entrou em vigor para o ano<br />

exercício de 2011.<br />

EM FOCO<br />

Valdeci Cavalcante,<br />

presidente da<br />

Fecomercio-PI,<br />

representou a <strong>CNC</strong> na<br />

reunião <strong>do</strong> Conselho<br />

Deliberativo da<br />

Sudene, que<br />

discutiu questões<br />

relacionadas ao FNE<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 39


SISTEMA COMÉRCIO<br />

40<br />

Escola SESC de Ensino<br />

Médio comemora índice de<br />

aprovação no vestibular<br />

O<br />

modelo de educação aplica<strong>do</strong> na<br />

Escola SESC de Ensino Médio<br />

já começa a dar seus primeiros<br />

frutos, com a turma recém-formada de estudantes<br />

pioneiros. A escola teve um alto<br />

índice de aprovação de seus ex-alunos nos<br />

vestibulares para universidades federais e<br />

estaduais, e no Exame Nacional <strong>do</strong> Ensino<br />

Médio (ENEM), que também distribuiu<br />

vagas às instituições federais por meio<br />

<strong>do</strong> Sistema de Seleção Unifi cada (SISU).<br />

Alguns alunos também conseguiram aprovação<br />

para bolsas de estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa<br />

Universidade Para To<strong>do</strong>s (ProUni),<br />

através <strong>do</strong> ENEM.<br />

Até o fechamento desta edição, <strong>do</strong>s 168<br />

forman<strong>do</strong>s, 143 haviam si<strong>do</strong> aprova<strong>do</strong>s no<br />

vestibular, alguns alunos em mais de uma<br />

instituição, um índice de aprovação de<br />

85% <strong>do</strong>s alunos da primeira turma da Escola<br />

SESC conquistaram uma vaga em universidades<br />

públicas e particulares em to<strong>do</strong> o Brasil<br />

85,12%. Considera<strong>do</strong> somente o número<br />

de universidades públicas, 127 alunos conseguiram<br />

aprovação, 75,45% <strong>do</strong> total.<br />

Sete alunos conseguiram o primeiro<br />

lugar no vestibular, como Mariana<br />

Bertoche, <strong>do</strong> Rio de Janeiro, que obteve<br />

o primeiro lugar em Artes Visuais na<br />

Universidade Federal <strong>do</strong> Rio de Janeiro<br />

(UFRJ). “Confesso que não esperava<br />

este resulta<strong>do</strong>, pois a Escola não focava<br />

no aspecto de vestibular, mas pelo processo<br />

de ensino ser muito bom, consegui<br />

um resulta<strong>do</strong> ótimo”, afi rma Mariana. A<br />

diretora da Escola SESC, Claudia Fadel,<br />

comemora os resulta<strong>do</strong>s. “Tenho certeza<br />

de que nossos alunos deixarão a marca da<br />

Escola nas suas ações pelo mun<strong>do</strong>. Somos<br />

to<strong>do</strong>s vence<strong>do</strong>res, mas continuamos<br />

buscan<strong>do</strong> a excelência”.<br />

Resulta<strong>do</strong>s da Escola SESC no vestibular 2011*<br />

7 alunos aprova<strong>do</strong>s em 1° lugar:<br />

• Ananda Beatriz Rodrigues Marques (RJ)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Letras da UFPI<br />

• Diogo Lacerda Medeiros (MG)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Matemática da UFU<br />

• Erica Aline de Melo Silva (CE)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Teatro da UECE<br />

• Jose Vitor Ranieri Moreira (MT)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Matemática da UERJ<br />

• Mariana Lydia Bertoche (RJ)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Artes Visuais da UFRJ<br />

• Moises Almeida Litaiff (MA)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Educação Física da UFAM<br />

• Thiago <strong>do</strong>s Santos Ferreira (BA)<br />

Bacharela<strong>do</strong> em Análise e Desenvolvimento de Sistemas <strong>do</strong> IFBA<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

-15 alunos entre os<br />

cinco primeiros coloca<strong>do</strong>s;<br />

-48 alunos aprova<strong>do</strong>s em<br />

mais de uma universidade;<br />

-38 alunos com vagas<br />

em mais de um<br />

curso de graduação;<br />

-127 alunos aprova<strong>do</strong>s<br />

em universidades públicas;<br />

Total de aprova<strong>do</strong>s: 143/Índice de aprovação: 85,12%<br />

Fonte: Escola SESC/*Resulta<strong>do</strong>s apura<strong>do</strong>s até 14 de fevereiro


Fecomercio-PB divulga<br />

pesquisa sobre o<br />

turismo na Paraíba<br />

Uma pesquisa realizada pelo Instituto<br />

Fecomercio de Pesquisas<br />

Econômicas e Sociais da Paraíba<br />

(IFEP-PB), da Fecomercio-PB, revelou<br />

que 92% <strong>do</strong>s turistas que estiveram no esta<strong>do</strong><br />

neste verão pretendem retornar em<br />

outras ocasiões. Trata-se da Pesquisa Sobre<br />

o Desempenho <strong>do</strong> Turismo na Região<br />

Metropolitana de João Pessoa, a maior e<br />

mais completa pesquisa sobre o turismo<br />

paraibano já feita no esta<strong>do</strong>, que revelou<br />

ainda que de cada 100 visitantes, 96 pensam<br />

em recomendar a Paraíba como destino<br />

turístico.<br />

O turismo de lazer foi o principal motivo<br />

de 69,2% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s para a visita<br />

à Região Metropolitana de João Pessoa<br />

(RMJP), segui<strong>do</strong> de visita a amigos<br />

e parentes (26,41%); 72% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

afi rmaram estar viajan<strong>do</strong> em família;<br />

51,09% disseram estar visitan<strong>do</strong> a Paraíba<br />

pela primeira vez e 48,91% já estiveram<br />

no esta<strong>do</strong> e estão retornan<strong>do</strong>.<br />

Segun<strong>do</strong> o presidente da Fecomercio-<br />

PB, Marconi Medeiros, estes da<strong>do</strong>s apresentam<br />

o eleva<strong>do</strong> grau de satisfação <strong>do</strong><br />

turista. “Em uma visão econômica, isto<br />

indica um efeito multiplica<strong>do</strong>r, pois além<br />

<strong>do</strong> retorno, ele se torna um divulga<strong>do</strong>r espontâneo<br />

<strong>do</strong> destino turístico”, afi rmou.<br />

Os turistas citaram a segurança e o<br />

baixo índice de violência da região como<br />

pontos-chave da cidade, assim como a<br />

receptividade <strong>do</strong> povo paraibano e as<br />

belezas naturais. Segun<strong>do</strong> a pesquisa,<br />

os entrevista<strong>do</strong>s sugeriram maior divulgação<br />

<strong>do</strong> turismo paraibano em outros<br />

esta<strong>do</strong>s e fora <strong>do</strong> Brasil. Apenas 5,13%<br />

deles disseram estar viajan<strong>do</strong> através<br />

de agências de viagens e somente<br />

1,47% responderam escolher a Paraíba<br />

através de publicidade.<br />

A pesquisa também abor<strong>do</strong>u a satisfação<br />

com os serviços presta<strong>do</strong>s pelo<br />

comércio da RMJP. 81,79% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s<br />

aprovaram os serviços comerciais.<br />

Em relação à expectativa <strong>do</strong> turista ao<br />

visitar a RMJP, 64% afi rmaram que foi<br />

correspondida, enquanto 32% disseram<br />

ter si<strong>do</strong> superada. O IFEP-PB ouviu 409<br />

turistas entre 28 de dezembro de 2010 e<br />

18 de janeiro de 2011.<br />

SISTEMA COMÉRCIO<br />

Orla marítima da<br />

capital, João Pessoa:<br />

pesquisa sobre o<br />

turismo na Paraíba,<br />

a mais completa<br />

já realizada, indica<br />

que os turistas estão<br />

satisfeitos com a<br />

região. 92% deles<br />

retornariam à cidade.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 41


SISTEMA COMÉRCIO<br />

Voluntários <strong>do</strong> SESC<br />

Solidário no Rio de<br />

Janeiro trabalham<br />

separan<strong>do</strong> <strong>do</strong>nativos<br />

para os desabriga<strong>do</strong>s<br />

na Região Serrana<br />

42<br />

Solidariedade une os brasileiros em apoio<br />

às vítimas das chuvas na Região Serrana<br />

Uma rede de solidariedade se formou<br />

em to<strong>do</strong> o Brasil, através da campanha<br />

SESC Solidário, para ajudar as vítimas das<br />

fortes chuvas que atingiram a Região Serrana<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro no início<br />

deste ano. Foram arrecada<strong>do</strong>s <strong>do</strong>nativos<br />

SESC recebe prêmio pelo<br />

incentivo à cultura no Rio de Janeiro<br />

O SESC Nacional recebeu, em 19 de<br />

janeiro, o Prêmio São Sebastião de Cultura,<br />

realiza<strong>do</strong> desde 1993 pela Associação<br />

Cultural da Arquidiocese <strong>do</strong> Rio de Janeiro,<br />

que escolhe pessoas ou instituições que<br />

contribuíram para a cultura <strong>do</strong> Rio de Janeiro.<br />

O diretor <strong>do</strong> Departamento Nacional<br />

<strong>do</strong> SESC, Maron Emile Abi-Abib, recebeu<br />

a honraria das mãos <strong>do</strong> Arcebispo <strong>do</strong> Rio<br />

de Janeiro, Dom Orani<br />

Tempesta. O SESC foi<br />

premia<strong>do</strong> na categoria<br />

Ação Cultural.<br />

As indicações são<br />

feitas pelos conselheiros<br />

da Associação da<br />

Arquidiocese, que é for-<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Dom Orani Tempesta<br />

entrega o prêmio<br />

ao diretor <strong>do</strong><br />

Departamento<br />

Nacional <strong>do</strong> SESC<br />

Maron Emile Abi-Abib<br />

por to<strong>do</strong> o País, para serem entregues às<br />

famílias desabrigadas nos municípios de<br />

Nova Friburgo, Teresópolis e São José <strong>do</strong><br />

Vale <strong>do</strong> Rio Preto, os mais atingi<strong>do</strong>s pela<br />

catástrofe. Até o dia 4 de fevereiro, foram<br />

arrecadadas 121 toneladas de alimentos<br />

e 31 toneladas de produtos de higiene e<br />

limpeza. Voluntários ajudaram no recolhimento<br />

e triagem <strong>do</strong>s materiais. Através <strong>do</strong><br />

Mesa Brasil, logo na primeira semana depois<br />

da tragédia foram entregues cerca de<br />

600 toneladas de alimentos e 14 toneladas<br />

de produtos de higiene e limpeza.<br />

A corrente também contou com o apoio<br />

de diversas unidades <strong>do</strong> SESC e <strong>do</strong> Senac<br />

no Brasil, além das Federações <strong>do</strong> Comércio<br />

estaduais. O SESC Solidário é uma<br />

campanha que surgiu no fi nal de 2008,<br />

com o objetivo de ajudar a população de<br />

Santa Catarina, vítima das fortes chuvas<br />

que atingiram o esta<strong>do</strong> naquele ano.<br />

ma<strong>do</strong>, entre outras, por personalidades da<br />

cultura brasileira, como Arnal<strong>do</strong> Niskier,<br />

Rosamaria Murtinho, Sérgio Cabral, Ziral<strong>do</strong>,<br />

Nélida Piñon e Luiz Paulo Horta. Entre<br />

os agracia<strong>do</strong>s pelo Prêmio São Sebastião<br />

de Cultura estão nomes como Bibi Ferreira<br />

(artes cênicas), Dona Ivone Lara (música)<br />

e a diretora Gláucia Camargos (audiovisual)<br />

pelo fi lme “Aparecida - O Milagre”.


Comitiva da<br />

Fecomercio-AM<br />

visita outras<br />

federações<br />

Representantes da Federação <strong>do</strong> Comércio<br />

de Bens, Serviços e Turismo<br />

<strong>do</strong> Amazonas (Fecomercio-AM) visitaram<br />

as sedes das federações <strong>do</strong> comércio<br />

<strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Paraná,<br />

Santa Catarina e Mato Grosso <strong>do</strong> Sul.<br />

Composta pelo presidente da entidade,<br />

José Roberto Tadros, e diretores <strong>do</strong><br />

sistema Fecomercio-SESC-Senac-AM,<br />

a equipe esteve nos prédios das entidades,<br />

conhecen<strong>do</strong> os trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s<br />

pelo SESC e Senac nos esta<strong>do</strong>s,<br />

além de também apreciarem os<br />

pontos turísticos.<br />

“O objetivo de nossa visita foi a troca<br />

de experiências e o conhecimento de<br />

Presidente da Fecomércio-TO participa de<br />

posse na Associação Comercial de Palmas<br />

O presidente da Federação <strong>do</strong> Comércio<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Tocantins (Fecomércio-<br />

TO), Hugo de Carvalho, e a superintendente<br />

<strong>do</strong> Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-TO,<br />

Silmara Lustosa Ribeiro, participaram da<br />

posse da nova diretoria da Associação Comercial<br />

e Industrial de Palmas (Acipa), no<br />

dia 17 de fevereiro, no auditório da OAB<br />

na capital tocantinense. O empresário Fabiano<br />

Roberto Matos <strong>do</strong> Vale Filho assumiu<br />

a presidência da instituição para o biênio<br />

2011/2012.<br />

Segun<strong>do</strong> Hugo de Carvalho, as entidades<br />

precisam se unir para o fortalecimento<br />

<strong>do</strong> comércio, não apenas na capital, mas<br />

em to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>. “A Fecomércio-TO está<br />

sempre de portas abertas para os empresários<br />

e também para as associações. Vamos<br />

procurar fazer novas parcerias junto com a<br />

Acipa, visan<strong>do</strong> ainda mais o crescimento<br />

<strong>do</strong> comércio <strong>do</strong> Tocantins. As federações<br />

outras realidades dentro de um mesmo<br />

sistema orgânico”, afi rmou José Roberto<br />

Tadros. Para ele, apesar das diferenças<br />

regionais, o trabalho pode ser adapta<strong>do</strong>,<br />

já que as premissas são as mesmas.<br />

“Sem dúvidas temos muito o que levar<br />

<strong>do</strong>s moldes da região Sul, pois os esta<strong>do</strong>s<br />

são ti<strong>do</strong>s como referência no desenvolvimento<br />

econômico e têm padrões de<br />

qualidade que servem para o restante <strong>do</strong><br />

Brasil”, concluiu.<br />

Tadros ainda elogiou a tecnologia<br />

aplicada em cada um <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s, destacan<strong>do</strong><br />

que os projetos também são semelhantes<br />

aos <strong>do</strong> Amazonas, como esporte,<br />

lazer, cultura, educação e ação social.<br />

e associações comerciais precisam trabalhar<br />

juntas para obter um resulta<strong>do</strong> maior.<br />

Como presidente da Fecomércio-TO, coloco-me<br />

à disposição de to<strong>do</strong>s os associa<strong>do</strong>s<br />

da Acipa”, afi rmou.<br />

A cerimônia de posse da diretoria da<br />

Acipa contou ainda com a presença de políticos<br />

e empresários da capital.<br />

SISTEMA COMÉRCIO<br />

Comitiva da<br />

Fecomercio-AM é<br />

recebida pela equipe<br />

da Fecomercio-PR<br />

em uma das visitas<br />

realizadas pela<br />

entidade amazonense<br />

Silmara Lustosa,<br />

superintendente<br />

da Fecomercio-TO,<br />

Fabiano Matos,<br />

presidente da Acipa<br />

e Hugo de Carvalho,<br />

presidente da<br />

Fecomércio-TO<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 43


SISTEMA COMÉRCIO<br />

44<br />

Prevenção contra<br />

chuvas e desastres naturais<br />

em debate na Fecomércio<br />

A<br />

Federação <strong>do</strong> Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

de São Paulo (Fecomércio)<br />

organizou o debate “Prevenção e<br />

Gestão de Riscos em Épocas de Chuva”,<br />

no dia 15 de fevereiro, que abor<strong>do</strong>u as<br />

consequências urbanas das mudanças climáticas<br />

pelos pontos de vista ambiental,<br />

jurídico, econômico e social. Espaços<br />

urbanos, como a cidade de São Paulo,<br />

sofrem há anos com enchentes e falta de<br />

estrutura. Recentemente, o Rio de Janeiro<br />

passou por mais uma tragédia em<br />

decorrência das chuvas.<br />

Segun<strong>do</strong> Josef Barat, presidente <strong>do</strong><br />

Conselho de Planejamento das Cidades<br />

da Fecomercio, o Brasil precisa aprender<br />

a prever grandes eventos climáticos e a se<br />

proteger deles. “Somos um País tropical.<br />

Não podemos nos surpreender com as chuvas,<br />

temos que estar sempre prepara<strong>do</strong>s,<br />

mas parece que os governos persistem em<br />

errar”, afi rmou. Barat sugeriu a instalação<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Evento debateu as principais causas e soluções<br />

<strong>do</strong>s problemas de infraestrutura de espaços<br />

urbanos, como São Paulo, em épocas de grande<br />

volume de chuva<br />

de reservatórios em propriedades privadas,<br />

estacionamentos e empresas, para coletar o<br />

volume de água em épocas de chuva. “São<br />

medidas simples, que aumentam a capacidade<br />

de absorção nas grandes cidades, reduzin<strong>do</strong><br />

o risco de enchentes”.<br />

José Goldemberg, presidente <strong>do</strong> Conselho<br />

de Sustentabilidade da federação,<br />

acredita que os fenômenos climáticos estão<br />

acontecen<strong>do</strong> de forma mais frequente,<br />

não apenas no Rio e em São Paulo, mas<br />

no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>. “Existiram catástrofes naturais<br />

antes das mudanças climáticas, mas<br />

agora esses eventos estão cada vez mais<br />

frequentes”, afi rma Goldemberg, que alerta<br />

para os perigos <strong>do</strong> aquecimento global e<br />

para a falta de educação ambiental.<br />

Com relação a políticas governamentais,<br />

Ives Gandra Martins, presidente <strong>do</strong><br />

Conselho Superior de Direito da Fecomercio,<br />

diz que o problema não é a falta<br />

de legislação, e sim de fi scalização. “Se<br />

tivéssemos o cumprimento das leis, grande<br />

parte <strong>do</strong> que vem acontecen<strong>do</strong> to<strong>do</strong><br />

ano seria evita<strong>do</strong>”. Ele também aponta<br />

a necessidade de uma reforma tributária<br />

que seja efi caz na distribuição <strong>do</strong>s recursos<br />

da União entre esta<strong>do</strong>s e municípios,<br />

conforme a intenção da Constituição.<br />

Paulo Rabello de Castro, José<br />

Goldemberg, Josef Baraf e<br />

Ives Gandra Martins debatem<br />

os riscos das chuvas


Parceria entre Senac-AC e prefeituras vai<br />

investir em educação no interior <strong>do</strong> Acre<br />

Uma parceria entre o Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Comercial <strong>do</strong> Acre (Senac-AC)<br />

e as prefeituras <strong>do</strong>s municípios de<br />

Brasiléia e Epitaciolândia está proporcionan<strong>do</strong><br />

um aumento nas atividades de qualifi<br />

cação profi ssional no interior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.<br />

Serão ofereci<strong>do</strong>s cursos que irão formar<br />

mais de 500 profi ssionais para atuar no<br />

merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />

Também serão ofereci<strong>do</strong>s nos municípios<br />

o Programa Senac de Gratuidade e o<br />

Plano Territorial de Qualifi cação, além de<br />

cursos In Company e em unidades móveis<br />

<strong>do</strong> Senac. Segun<strong>do</strong> a prefeita de Brasiléia,<br />

Leila Galvão, o desejo da prefeitura é gerar<br />

oportunidades de trabalho. “A prefeitura<br />

tem investi<strong>do</strong> forte na formação de jovens<br />

e adultos. Para isso, vocês precisam ter empenho<br />

e força de vontade para<br />

aprender. Que to<strong>do</strong>s sejam persistentes<br />

e capazes de enfrentar<br />

obstáculos”, afi rmou. “Nossos<br />

cursos têm muda<strong>do</strong> a vida de<br />

muitas pessoas e é isso que esperamos<br />

que aconteça, que a<br />

vida dessas pessoas tenha mais<br />

qualidade e profi ssionalismo”,<br />

completou Abrão Maia, Diretor<br />

de Educação Profi ssional<br />

<strong>do</strong> Senac-AC.<br />

Fecomercio-RO discute mudanças para<br />

o trânsito de Porto Velho<br />

A Federação <strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e<br />

Turismo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> de Rondônia (Fecomercio-RO)<br />

realizou uma reunião com o secretário municipal de<br />

transportes, Itamar Ferreira, para discutir os problemas<br />

<strong>do</strong> trânsito na capital, Porto Velho. O debate<br />

contou com a presença de representantes de outras<br />

três entidades <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, a Federação da Pecuária e<br />

Agricultura (Faperon), a Federação das Câmaras de<br />

Dirigentes Lojistas (FCDL-RO) e o Sindicato das<br />

Micro e Pequenas Indústrias (SIMPI-RO).<br />

Entre as reivindicações expressas na reunião, se<br />

destaca a queda substancial nas vendas <strong>do</strong> comércio<br />

após uma medida da Secretaria Municipal de Transportes, que difi cultou o estacionamento<br />

no centro de Porto Velho, destinan<strong>do</strong> espaços apenas para taxistas e mototaxistas.<br />

Também foram abordadas questões como as condições da malha viária, o transporte<br />

público e a pavimentação de ruas da cidade.<br />

A reunião já apresentou resulta<strong>do</strong>s em algumas mudanças feitas pela Prefeitura, que,<br />

segun<strong>do</strong> Raniery Coelho, presidente da Fecomercio-RO, “representam um marco na relação<br />

Prefeitura/empresários, na medida em que, pela primeira vez, suas demandas estão<br />

sen<strong>do</strong> ouvidas e discutidas, e é isto que se pede das autoridades, que não decidam apressadamente<br />

sem ouvir os que serão objeto de impacto de suas políticas”.<br />

SISTEMA COMÉRCIO<br />

O secretário Itamar<br />

Ferreira e o presidente<br />

da Fecomércio-RO,<br />

Raniery Coelho,<br />

discutiram os<br />

problemas <strong>do</strong> trânsito<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 45


SISTEMA COMÉRCIO<br />

Reunião <strong>do</strong> Conselho<br />

de Sustentabilidade<br />

da Fecomércio-RS:<br />

empresários devem<br />

fi car atentos à<br />

regulamentação<br />

46<br />

O<br />

Conselho de Sustentabilidade da<br />

Federação <strong>do</strong> Comércio de Bens<br />

e de Serviços <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio<br />

Grande <strong>do</strong> Sul (Fecomercio-RS) debateu<br />

na sua quarta reunião, realizada no dia 20<br />

de janeiro, o tratamento dispensa<strong>do</strong> pelas<br />

empresas ao descarte de resíduos sóli<strong>do</strong>s.<br />

O encontro buscou traçar alternativas para<br />

a destinação desses resíduos, que podem<br />

levar dezenas de anos para se decompor,<br />

prejudican<strong>do</strong> o meio ambiente.<br />

O presidente <strong>do</strong> conselho, Juarez Miguel<br />

Venço, afi rmou que, com a regulamentação<br />

da Política Nacional de Resíduos<br />

Sóli<strong>do</strong>s, os empresários devem estar atentos<br />

às empresas que oferecem o serviço de recolhimento<br />

destes materiais. A assessora de<br />

planejamento <strong>do</strong> SESC-RS, Adriane Moraes,<br />

também apresentou as ações <strong>do</strong> Sistema<br />

Fecomércio-Sesc-Senac <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong><br />

Sul para o descarte destes materiais.<br />

Em 2010, a lei que institui a Política<br />

Nacional de Resíduos Sóli<strong>do</strong>s foi sancionada<br />

pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula<br />

da Silva. O projeto tramitou no Congresso<br />

Nacional por mais de 20 anos, e estabelece<br />

a integração de municípios e empresas<br />

na gestão <strong>do</strong>s resíduos, e responsabiliza<br />

toda a sociedade pela geração de lixo. São<br />

considera<strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os<br />

materiais descarta<strong>do</strong>s pelos gera<strong>do</strong>res, que<br />

não se enquadram como recicláveis, reutilizáveis,<br />

orgânicos ou químicos, sejam<br />

de origem urbana, <strong>do</strong>méstica, comercial,<br />

hospitalar ou industrial.<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

Fecomércio-RS<br />

debate soluções<br />

para o descarte de<br />

resíduos sóli<strong>do</strong>s<br />

Conselho de Sustentabilidade da<br />

Federação discutiu o tratamento da<strong>do</strong><br />

pelas empresas a esses materiais, após<br />

a instituição da Política Nacional de<br />

Resíduos Sóli<strong>do</strong>s<br />

No que diz respeito à responsabilidade<br />

da logística reversa (retirada e redistribuição<br />

de produtos antigos), os fabricantes,<br />

distribui<strong>do</strong>res e comerciantes de produtos,<br />

como agrotóxicos e suas embalagens, pilhas,<br />

baterias, pneus, óleos lubrifi cantes,<br />

lâmpadas fl uorescentes e produtos eletroeletrônicos<br />

passam a ter a obrigação de<br />

implementar um procedimento para receber<br />

tais produtos, com a destinação fi nal<br />

adequada. Após o uso, os resíduos deverão<br />

ser devolvi<strong>do</strong>s aos fornece<strong>do</strong>res para a<br />

destinação correta, independentemente <strong>do</strong><br />

sistema público de coleta de resíduos.<br />

A regulamentação considera como<br />

infração administrativa ambiental o descumprimento<br />

pelo consumi<strong>do</strong>r e pelo<br />

empresário das obrigações relacionadas à<br />

coleta seletiva e logística reversa. O descumprimento<br />

da lei pode levar à pena de<br />

reclusão de um a quatro anos e multa. A<br />

forma e os prazos para a implantação da<br />

logística reversa serão defi ni<strong>do</strong>s posteriormente<br />

por acor<strong>do</strong>s setoriais, regulamentos<br />

específi cos ou termos de compromisso<br />

fi rma<strong>do</strong>s entre o setor priva<strong>do</strong> e o<br />

Poder Público.<br />

Segun<strong>do</strong> Juarez Venço, a lei é recente,<br />

mas as empresas já terão que modifi car<br />

sua cadeia de geração de resíduos para se<br />

adaptar a ela. “A lei trará benefícios tanto<br />

para o comércio quanto para a sociedade.<br />

Os empresários deverão avaliar o jeito de<br />

fazer seus ‘negócios’ para que a geração de<br />

resíduos não acarrete multas”, afi rmou.


Presidente e<br />

diretores da Febrac<br />

participam de<br />

congresso mundial<br />

na Nova Zelândia<br />

O presidente da Federação Nacional<br />

das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental<br />

(Febrac), Ricar<strong>do</strong> Costa Garcia,<br />

acompanha<strong>do</strong> de diretores da entidade e de<br />

empresários <strong>do</strong> setor estiveram presentes<br />

no 18° Congresso da World Federation of<br />

Building Service Contractors (WFBSC),<br />

entre os dias 6 e 10 de fevereiro, em Auckland,<br />

na Nova Zelândia. A comitiva<br />

brasileira, composta por 45 pessoas, entre<br />

elas, A<strong>do</strong>nai Arruda, presidente <strong>do</strong> Sindicato<br />

das Empresas de Asseio e Conservação<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná (SEAC-PR), era<br />

a maior <strong>do</strong> evento, que reuniu grupos de<br />

dezenove países.<br />

Na ocasião, Arruda foi empossa<strong>do</strong><br />

como presidente da WFBSC para o biênio<br />

Federações assinam convênio para<br />

fortalecimento das entidades<br />

A Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes,<br />

Bares e Similares (FNHRBS)<br />

e a Federação Nacional das Empresas de<br />

Serviços Contábeis e das Empresas de<br />

Assessoramento, Perícias, Informações e<br />

Pesquisas (Fenacon) assinaram um convênio<br />

com o objetivo de fortalecer a ação das<br />

entidades junto aos sindicatos de conta<strong>do</strong>res,<br />

e enfatizar a importância da contribuição<br />

sindical patronal. O termo foi assina<strong>do</strong><br />

2011/2012, sen<strong>do</strong> o primeiro brasileiro a<br />

ocupar o cargo. “Um brasileiro na presidência<br />

da WFBSC solidifi ca a marca Brasil,<br />

a confi ança que o merca<strong>do</strong> internacional<br />

tem nas nossas técnicas, no nosso<br />

profi ssionalismo e na nossa postura”. O<br />

próximo congresso da entidade irá acontecer<br />

em Curitiba, em outubro de 2012.<br />

pelo presidente da FNHRBS, Alexandre<br />

Sampaio, e pelo presidente da Fenacon,<br />

Valdir Pietrobon. A Fenacon se comprometeu<br />

a informar a “obrigatoriedade <strong>do</strong><br />

recolhimento da contribuição sindical, inclusive<br />

para microempresas e empresas de<br />

pequeno porte optantes pelo Simples Nacional,<br />

bem como a responsabilidade <strong>do</strong>s<br />

contabilistas”. As entidades se comprometeram<br />

a desenvolver campanhas junto à<br />

base patronal e aos sindicatos<br />

fi lia<strong>do</strong>s, além de viabilizar<br />

palestras, cursos e apresentações<br />

referentes à contribuição<br />

sindical. O convênio tem duração<br />

de 12 meses, poden<strong>do</strong><br />

ser prorroga<strong>do</strong>, e irá benefi -<br />

ciar os sindicatos fi lia<strong>do</strong>s a<br />

estas federações e as empresas<br />

associadas a eles.<br />

Alexandre Sampaio e Valdir<br />

Pietrobon assinaram termo de<br />

cooperação na última Reunião<br />

de Diretoria da <strong>CNC</strong><br />

SISTEMA COMÉRCIO<br />

A<strong>do</strong>nai Arruda,<br />

presidente <strong>do</strong> SEAC-PR,<br />

e Ricar<strong>do</strong> Garcia,<br />

presidente da Febrac,<br />

participaram da<br />

abertura <strong>do</strong> evento<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132 47


HOMENAGEM<br />

48<br />

Um homem<br />

de experiência no<br />

comércio exterior<br />

Com experiência tanto na esfera pública quanto no setor<br />

priva<strong>do</strong>, João Augusto de Souza Lima soube criar novos<br />

horizontes para as relações comerciais brasileiras<br />

Presidente da Federação das Câmaras<br />

de Comércio Exterior (FCCE), João<br />

Augusto de Souza Lima, atuou para<br />

expandir as relações comerciais <strong>do</strong> Brasil,<br />

sobretu<strong>do</strong> com países de menor projeção,<br />

nos quais vislumbrava, com base em sua<br />

larga experiência, possibilidades de avanço<br />

mútuo. À frente da Federação – a mais<br />

antiga associação de classe no Brasil dedicada<br />

exclusivamente ao comércio exterior,<br />

sediada na Confederação Nacional<br />

<strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços e Turismo<br />

(<strong>CNC</strong>), no Rio de Janeiro - realizou inú inúme-<br />

ros seminários bilaterais bilaterais, bi sen<strong>do</strong> o últ<br />

último<br />

com Portugal, Portugal, em 3 de e dezembr dezembro de 20 2010.<br />

Ao to<strong>do</strong> foram 54 encontros encon ncon<br />

desde 2005, com naç nações<br />

como a Namíbia, Namíbia a<br />

China e Guiné-BisGuinésau, entre outras outras.<br />

Souza LLima<br />

teve extensa mili- m<br />

tância na área<br />

de<br />

comércio exte exterior.<br />

Foi Foi vice-presid vice-presidente<br />

da Associação de<br />

Comércio Exte Exterior<br />

<strong>do</strong> Brasil (AEB); vvice<br />

presidente <strong>do</strong> Com Comitê<br />

Brasileiro da Câmara de<br />

Comércio Internacio Internacional<br />

(ICC); vice-presid vice-presidente<br />

da Câmara de<br />

Co-<br />

mércio e Indústria Indú<br />

Brasil-Índia;<br />

di-<br />

<strong>CNC</strong> Notícias<br />

Fevereiro e março 2011 n°132<br />

retor da Associação Comercial <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro (ACRJ); e conselheiro titular da<br />

Câmara de Comércio e Indústria Brasil-<br />

China, entre outros cargos.<br />

Na esfera pública, também entre outras<br />

funções, foi secretário de gabinete <strong>do</strong> Ministro<br />

da Indústria e Comércio Edmun<strong>do</strong><br />

de Mace<strong>do</strong> Soares (1967/1969), no qual<br />

teve atuação destacada; assessor especial<br />

<strong>do</strong> Ministério da Indústria e <strong>do</strong> Comércio,<br />

na gestão de Marcus Vinícius Pratini de<br />

Moraes (1970/1974); e presidente <strong>do</strong> Comitê<br />

de Transportes <strong>do</strong> Conselho Nacional<br />

de Comércio Exterior (Concex).<br />

João Augusto de Souza Lima contava<br />

com uma extensa lista de títulos honorífi<br />

cos, medalhas e condecorações. Entre<br />

elas, o de Comenda<strong>do</strong>r da Ordem de Rio<br />

Branco, concedida pelo presidente Lula;<br />

de Cavaleiro da Ordem <strong>do</strong> Santo Sepulcro<br />

de Jerusalém e da Ordem <strong>do</strong>s Cavaleiros<br />

da Concórdia (Itália). Souza Lima faleceu<br />

em 23 de janeiro, aos 71 anos, de parada<br />

cardíaca, deixan<strong>do</strong> sua experiência como<br />

exemplo de dedicação e talento.<br />

Nova diretoria<br />

Em assembleia realizada dia 18 de fevereiro,<br />

na sede da <strong>CNC</strong>, no Rio de Janeiro,<br />

a FCCE elegeu sua nova diretoria. Paulo<br />

Fernan<strong>do</strong> Marcondes Ferraz, 1º vice-presidente<br />

da entidade, foi conduzi<strong>do</strong> à presidencia<br />

da Federação, dentro <strong>do</strong> Triênio<br />

inicia<strong>do</strong> por Souza Lima (2009 a 2012).


(Pedro Ugarte/AFP PHOTO)<br />

Gritos de liberdade<br />

HISTÓRIA EM IMAGEM<br />

Os países árabes atravessam um perío<strong>do</strong> de revoltas<br />

populares, acompanhadas com preocupação pelo resto<br />

<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A onda de protestos políticos começou em<br />

dezembro de 2010, na Tunísia, chegou à Argélia em janeiro<br />

de 2011, passou pela Jordânia, Mauritânia e pelo<br />

Iêmen, chegan<strong>do</strong> ao Egito, Líbia, Bahrein e Omã. No<br />

Egito, as manifestações puseram fi m a um regime de 30<br />

anos, lidera<strong>do</strong> pelo presidente Hosni Mubarak. Na Líbia,<br />

país governa<strong>do</strong> com mão de ferro por Muamar Kadafi , a<br />

situação ganha contornos de uma guerra civil, com o país<br />

dividi<strong>do</strong> e uma mobilização internacional contra o dita<strong>do</strong>r,<br />

acusa<strong>do</strong> de mandar bombardear o próprio povo. Para<br />

os países <strong>do</strong> Ocidente, além da questão <strong>do</strong> suprimento de<br />

petróleo, a principal preocupação é saber que rumo estes<br />

países tomarão no complica<strong>do</strong> jogo de forças que historicamente<br />

caracteriza a região.


2011<br />

2013<br />

2015<br />

2012<br />

2014<br />

2016<br />

E aí, já tem programa para os próximos seis anos?<br />

Até 2016 o Brasil vai sediar o Rio 2011 – 5º Jogos Militares <strong>do</strong> CISM, Rock in Rio, Rio + 20, Copa das<br />

Confederações, Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> FIFATM de Futebol, 450 anos da cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro, Jogos<br />

Olímpicos e os Paraolímpicos. A <strong>CNC</strong> – Confederação Nacional <strong>do</strong> Comércio de Bens, Serviços<br />

e Turismo – sabe que este vai ser um grande desafi o. E é por isso que, no mês em que se comemora<br />

o Dia Nacional <strong>do</strong> Turismo, quer reforçar seu compromisso com você, empresário ou trabalha<strong>do</strong>r<br />

<strong>do</strong> setor, para ajudar a transformar cada evento em crescimento para a área. Porque você sabe:<br />

quan<strong>do</strong> o turismo cresce, o Brasil cresce junto.

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