Leia toda a entrevista na edição impressa disponível para ... - Lux - Iol
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“Quando era miúda adorava o Tom Cruise e quando o vi saiu-me<br />
uma coisa tão estúpida como: “Tom, I love you„<br />
Catari<strong>na</strong> Perestrelo Pinto está noiva de um português que trabalha em Lisboa. A cerimónia acontecerá em julho, em Sintra,<br />
e vai ter convidados de várias <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lidades. A empresária pretende continuar entre cá e lá mesmo depois do casamento<br />
<strong>Lux</strong> – Mas já conhecia Nova Iorque?<br />
C.P.P. – Tinha vindo uma vez, em<br />
2001, visitar uns amigos e foi exatamente<br />
dessa perspetiva que<br />
conheci a cidade. Tinha 21 anos,<br />
fui a festas universitárias, a bares<br />
onde só se entrava com convite...<br />
Fui descobrindo coisas que me<br />
fi zeram apaixo<strong>na</strong>r-me por Nova<br />
Iorque e o giro é estar sempre a<br />
acompanhar o ritmo de vida da<br />
cidade que está sempre a mudar e<br />
sempre <strong>na</strong> moda.<br />
<strong>Lux</strong> – Na altura, tinha uma vida<br />
estável em Portugal. Imagino<br />
que os seus pais devem ter<br />
pensado: ‘Ela enlouqueceu...’<br />
C.P.P. – (risos) Foi exatamente isso<br />
que eles acharam e que não ia<br />
dar resultado nenhum. Aliás,<br />
o meu pai só brincava comigo e<br />
com aquilo que eu ia fazer. Mas<br />
essa falta de apoio até foi um<br />
incentivo. Pensei: ‘Ai não estão<br />
a acreditar em mim, então vão ver<br />
como sou capaz.’ Na altura vim<br />
por três meses com o visto de<br />
turista e, no início, também trabalhei<br />
num restaurante até conseguir<br />
um emprego que me proporcio<strong>na</strong>sse<br />
o tal visto de trabalho, que<br />
é o mais difícil. Os Estados Unidos<br />
são mesmo a terra das oportunidades.<br />
Quando a pessoa é<br />
boa e persistente, os americanos<br />
dão-nos essa oportunidade. Eles<br />
acreditam, apostam <strong>na</strong>s pessoas,<br />
ao contrário do que vemos em<br />
Portugal, independentemente da<br />
juventude. Mas é claro que quando<br />
os meus pais perceberam que<br />
era mesmo aquilo que eu queria,<br />
apoiaram-me imenso. E hoje algo<br />
que me enche de enorme orgulho<br />
é saber que a Escola de Hotelaria<br />
fez duas teses sobre o meu trabalho.<br />
<strong>Lux</strong> – E como é que foi descobrir<br />
Nova Iorque?<br />
C.P.P. – Quando cheguei, estive<br />
um mês em casa de uma família,<br />
mas depois de ter o meu espaço,<br />
essa foi a parte mais fasci<strong>na</strong>nte.<br />
Aliás, mais tarde, quando já tinha<br />
uma vida estável, sentia saudades<br />
daquela fase em que não sabia<br />
o que ia acontecer. Andava pelas<br />
ruas a passear e qualquer coisa<br />
dentro de mim me dizia que o<br />
sonho era possível, entrava nos<br />
restaurantes, ia aos espetáculos...<br />
Durante os três anos em que estive<br />
só cá, apesar de continuar a ir e a<br />
vir, senti e sinto sempre que estou<br />
a aproveitar e nunca dou a cidade<br />
por adquirida. Tenho a sensação<br />
de que todos os dias estou a<br />
conquistar a cidade.<br />
<strong>Lux</strong> – Entretanto, fez amigos, não?<br />
C.P.P. – Sim! Depois fui viver <strong>para</strong><br />
um loft no Soho, onde partilhei<br />
casa com outras pessoas e uma<br />
delas é hoje uma das minhas<br />
melhores amigas. Aliás, tenho<br />
amigos de várias partes do<br />
mundo, o que se calhar não<br />
teria acontecido em Portugal.