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Relatório de Estudo Ambiental e de Regularização do Parque ...

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<strong>Parque</strong> Aqüícola Barranco Alto-1 (Furnas)<br />

no mun<strong>do</strong>. O fósforo é requeri<strong>do</strong> pelos peixes para crescer e mineralizar seus<br />

ossos e cartilagens, e a principal fonte <strong>de</strong> fósforo para os peixes é a alimentação.<br />

Porém um excesso <strong>de</strong> fósforo na alimentação não será absorvi<strong>do</strong> pelos peixes e<br />

ainda po<strong>de</strong>rá influenciar o crescimento <strong>de</strong> algas na água, diminuin<strong>do</strong> o oxigênio<br />

dissolvi<strong>do</strong>, a qualida<strong>de</strong> da água e conseqüentemente o próprio crescimento <strong>de</strong><br />

peixes.<br />

Oliveira-Teles & Pimentel-Rodrigues (2004) constataram que juvenis da perca<br />

(Dicentrarchus labrax L.) tem seu crescimento maximiza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> a ração possui<br />

0,65% <strong>de</strong> fósforo, reten<strong>do</strong> aproximadamente 6,1 gramas por cada quilograma <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong> peixe. Outras espécies aparentadas com a perca (que é marinha)<br />

também tem seu ótimo <strong>de</strong> retenção quan<strong>do</strong> a ração não ultrapassa 0,85% <strong>de</strong><br />

fósforo.<br />

A relação fósforo X fitoplâncton (ou clorofila-a) é extensamente discutida na<br />

literatura (Hakanson & Peters, 1995), mas a relação entre estas duas variáveis<br />

nem sempre é tão direta, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos ajustes da comunida<strong>de</strong> fitoplanctônica frente<br />

às alterações da quantia <strong>de</strong> fósforo da água.<br />

Assim, Anneville et al. (2002) <strong>de</strong>mostraram, para um lago <strong>de</strong> clima tempera<strong>do</strong>,<br />

que o aumento <strong>de</strong> fósforo causa incremento na biomassa das algas, mas quan<strong>do</strong><br />

a entrada <strong>de</strong>ste nutriente é reduzida, o processo <strong>de</strong> recuperação <strong>do</strong> sistema, é<br />

lento, pois a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algas se ajusta e algumas espécies oligotróficas<br />

passam a ser <strong>do</strong>minantes.<br />

Processo semelhante também foi observa<strong>do</strong> em reservatórios tropicais, como é o<br />

caso <strong>do</strong> lago Paranoá em Brasília (Starling et al, 2002) que mesmo após a<br />

instalação e funcionamento das ETEs (Estações <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Efluentes),<br />

que diminuíram significativamente a entrada <strong>de</strong> fósforo, continuou com altos<br />

valores <strong>de</strong> clorofila-a que só foram plenamente reduzi<strong>do</strong>s com a a<strong>do</strong>ção da<br />

técnica <strong>de</strong> ecohidrologia <strong>de</strong>nominada “flushing” a partir da abertura repentina das<br />

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