por J. C. Ryle “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor ...
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IV. E <strong>por</strong> último, deixe-me mostrar “o <strong>por</strong>que o <strong>amor</strong> é 'a maior' das<br />
graças”.<br />
As palavras de Paulo, sobre este assunto, são distintas e claras. Ele<br />
conclui seu maravilhoso capítulo da seguinte maneira: <strong>“Agora</strong>, <strong>pois</strong>,<br />
<strong>permanecem</strong> a <strong>fé</strong>, a <strong>esperança</strong> e o <strong>amor</strong>, estes três, mas o maior<br />
destes é o <strong>amor</strong>” (1 Coríntios 13:13).<br />
Esta expressão é muito notável. De todos os escritores do Novo<br />
Testamento, nenhum, certamente, exalta tanto a “<strong>fé</strong>” como Paulo. As<br />
epístolas aos romanos e aos gálatas abundam em sentenças<br />
mostrando sua vasta im<strong>por</strong>tância. Pela <strong>fé</strong> o pecadoe se apropria de<br />
Cristo e é salvo. Através da <strong>fé</strong> somos justificados, e temos paz com<br />
Deus. Todavia, aqui, o mesmo Paulo fala de algo que é maior do que<br />
a <strong>fé</strong>. Ele coloca diante de nós as três graças cristãs principais, e<br />
pronuncia o seguinte julgamento sobre elas: “o maior destes é o<br />
<strong>amor</strong>”. Tal sentença de tal escritor, demanda atenção especial. O que<br />
entendemos quando ouvimos que o <strong>amor</strong> é maior do que a <strong>fé</strong> e a<br />
<strong>esperança</strong>?<br />
Não devemos su<strong>por</strong>, nem <strong>por</strong> um momento, que o <strong>amor</strong> pode expiar<br />
nossos pecados, ou estabelecer a paz com Deus. Nada pode fazer isto<br />
<strong>por</strong> nós, senão o sangue de Cristo; e nada pode nos dar um interesse<br />
no sangue de Cristo, senão a <strong>fé</strong>. É ignorância bíblica não saber isto. O<br />
ofício de justificar e unir a alma a Cristo pertence somente à <strong>fé</strong>.<br />
Nosso <strong>amor</strong>, e todas as nossas outras graças, são mais ou menos<br />
imperfeitas, e não poderiam su<strong>por</strong>tar a severidade do julgamento de<br />
Deus. Quando tivermos feito tudo, seremos “servos inúteis” (Lucas<br />
17:10).<br />
Não devemos su<strong>por</strong> que o <strong>amor</strong> pode existir independentemente da<br />
<strong>fé</strong>. Paulo não pretendeu colocar uma graça em rivalidade com outra.<br />
Ele não quis dizer que um homem pode ter <strong>fé</strong>, outro <strong>esperança</strong> e<br />
outro <strong>amor</strong>, e que o melhor deste é o homem que tem <strong>amor</strong>. As três<br />
graças estão inseparavelmente unidas. Onde há <strong>fé</strong>, sempre haverá<br />
<strong>amor</strong>; e onde há <strong>amor</strong>, sempre haverá <strong>fé</strong>. Sol e luz, fogo e calor, gelo<br />
e frio, não estão mais intimamente unidos do que <strong>fé</strong> e <strong>amor</strong>.<br />
As razões pelas quais o <strong>amor</strong> é a maior das três graças, parece-me<br />
claras e simples. Deixe-me mostrar quais são elas.<br />
(a) O <strong>amor</strong> é chamado de a maior das graças <strong>por</strong>que nele há “certa<br />
semelhança entre o crente e o seu Deus”. Deus não precisa de <strong>fé</strong>. Ele<br />
não é dependente de ninguém. Não há ninguém superior a Ele em<br />
quem Ele deva confiar. Deus não precisa de <strong>esperança</strong>. Para Ele<br />
todas as coisas são certas, seja passado, presente ou <strong>por</strong>vir. Mas,