por J. C. Ryle “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor ...
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A linguagem forte do Apóstolo Paulo deve certamente lhe convencer<br />
que a pergunta que te faço, não é uma que deve ser levemente posta<br />
de lado. A graça sem a qual este santo homem poderia dizer, “não<br />
sou nada”; a graça que o Senhor Jesus disse expressamente ser a<br />
grande marca de Seus discípulos; esta graça, digo, exige a mais séria<br />
consideração <strong>por</strong> parte de todos aqueles que se preocupam com a<br />
salvação de suas almas. Ela deveria lhe deixar pensando: “Como isso<br />
me afeta? Eu tenho <strong>amor</strong>?”.<br />
Você talvez tenha algum conhecimento religioso. Você conhece a<br />
diferença entre a doutrina verdadeira e a falsa. Você pode, talvez, até<br />
citar textos e defender as opiniões que você sustenta. Mas, lembre-se<br />
que o conhecimento que é desprovido de resultados práticos na vida<br />
e no temperamento, é uma possessão inútil. As palavras do Apóstolo<br />
são bem claras: “Se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e<br />
não tivesse <strong>amor</strong>, nada seria” (1 Coríntios 13:2).<br />
Você talvez pense que tem <strong>fé</strong>. Você pode confiar que é um dos eleitos<br />
de Deus e descansar nisso. Mas, certamente você se lembrará que há<br />
uma <strong>fé</strong> de demônio, que é absolutamente inútil, e que a <strong>fé</strong> dos eleitos<br />
de Deus é uma “<strong>fé</strong> que opera pelo <strong>amor</strong>” (Gálatas 5:6). Foi quando<br />
Paulo lembrou do <strong>amor</strong> dos tessalonicenses, bem como de sua <strong>fé</strong> e<br />
<strong>esperança</strong>, que ele disse “Sabemos, amados irmãos, que a vossa<br />
eleição é de Deus” (1 Tessalonicenses 1:4 — “Sabemos que Ele vos<br />
escolheu”, na versão do autor).<br />
Olhe para a sua vida diária, tanto em casa como fora, e considere<br />
que lugar o <strong>amor</strong> da Escritura tem nela. Qual é o seu temperamento?<br />
Qual é a sua conduta com respeito aos membros da sua própria<br />
família? Qual é a sua maneira de falar, especialmente nas ocasiões de<br />
irritação e provocação? Onde está sua boa natureza, sua cortesia, sua<br />
paciência, sua mansidão, sua gentileza e sua tolerância? O que você<br />
sabe da mente dAquele que “andou fazendo o bem” — que amou a<br />
todos, embora especialmente os Seus discípulos — que retornou o<br />
mal com bem, e ódio com bondade, e que teve um coração grande o<br />
suficiente para simpatizar com todos?<br />
O que você faria no céu, se chegasse lá sem <strong>amor</strong>? Que conforto<br />
você teria num lar onde o <strong>amor</strong> fosse uma lei, e o egoísmo e a<br />
natureza má fossem completamente impedidos? Sim! Eu receio que o<br />
céu não será um lugar para um homem sem <strong>amor</strong> e de mau-gênio!<br />
Observou o que um garoto disse um dia desses? “Se vovô for para o<br />
céu, espero que eu e o meu irmão não estejamos lá”. “Por que você<br />
diz isso?”, alguém perguntou. O garoto replicou: “Se ele nos ver lá,<br />
tenho certeza que ele dirá, como o faz agora, 'O que estes garotos<br />
estão fazendo aqui? Tirem-nos do caminho'. Ele não gosta de nos ver<br />
na terra, e suponho que não gostará de nos ver no céu”.