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<strong>Sinais</strong> <strong>de</strong> esperança<br />
O relato bíblico diz: “Tendo Jesus saído do templo, ia Se retirando,<br />
quando se aproximaram dEle os Seus discípulos para Lhe mostrar as<br />
construções do templo” (Mateus 24:1). Marcos relata que um dos discípulos<br />
Lhe disse: “Mestre! Que pedras, que construções” (Marcos 13:1). Você<br />
percebe? A dor está próxima, a hora “h” se aproxima, o <strong>de</strong>stino eterno da<br />
humanida<strong>de</strong> será <strong>de</strong>cidido em poucas horas, e os discípulos estão preocupados<br />
apenas com o material: o templo. 1<br />
O brilho das coisas que po<strong>de</strong>m ser tocadas fascina o ser humano.<br />
E, sem dúvida, o templo, com seus enormes pilares <strong>de</strong> mármore, o ouro<br />
dos <strong>de</strong>talhes interiores e <strong>de</strong> suas colunas gigantescas, é esplêndido, impressionante.<br />
Agradável <strong>de</strong> ser visto, admirado e tocado.<br />
Vinte e um séculos se passaram e continuamos fascinados pelo que<br />
nossos cinco sentidos po<strong>de</strong>m captar. Temos dificulda<strong>de</strong> para enten<strong>de</strong>r a<br />
dimensão espiritual da vida. Aproxima-se o momento <strong>de</strong> glória da Terra,<br />
mas somos incapazes <strong>de</strong> perceber a importância do tempo em que vivemos.<br />
A proximida<strong>de</strong> do evento glorioso dos séculos parece se per<strong>de</strong>r na<br />
penumbra da nossa humanida<strong>de</strong>. Não a vemos. Toda nossa atenção se concentra<br />
nas coisas que po<strong>de</strong>mos contemplar com os olhos físicos: guerras,<br />
violência, terremotos, furacões, o aquecimento global, os dramas sociais,<br />
as injustiças. Nada mais. Ignoramos a essência do que acontece. Buscamos<br />
soluções passageiras e humanas para as trevas que se apo<strong>de</strong>ram do planeta.<br />
Ignoramos que, em poucas horas, <strong>de</strong>spontará o sol <strong>de</strong> um dia eterno.<br />
Naquela ocasião, a resposta <strong>de</strong> Jesus aos Seus discípulos os <strong>de</strong>ixou<br />
perplexos: “Em verda<strong>de</strong> vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra<br />
que não seja <strong>de</strong>rribada” (Mateus 24:2). O Mestre fala <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição. Para<br />
construir os valores do espírito é necessária a <strong>de</strong>struição dos valores da<br />
carne. O início do reinado da vida requer o fim do império da morte.<br />
Os discípulos sentem o impacto das palavras <strong>de</strong> seu Mestre, e começam<br />
a refletir. Se esse fabuloso templo chegar um dia a ser <strong>de</strong>rrubado,<br />
isso unicamente seria possível com a segunda vinda <strong>de</strong> Cristo e a conseqüente<br />
<strong>de</strong>struição do mundo. Esse pensamento lhes é doloroso. Dói a eles<br />
com uma dor que não sabem explicar. Dói na alma, no coração, no mundo