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Crise<br />
econômica<br />
“Aten<strong>de</strong>i, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas<br />
<strong>de</strong>sventuras, que vos sobrevirão. [...] Eis que o salário dos<br />
trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós<br />
foi retido com frau<strong>de</strong> está chamando” (Tiago 5:1, 4).<br />
A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo estava belíssima naquela noite. Parecia uma<br />
dama vestida para uma ocasião especial. Infinida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> luzes enfeitavam<br />
sua silhueta. Dava a impressão <strong>de</strong> um pequeno universo repleto <strong>de</strong><br />
vaga-lumes. Do terraço do Edifício Itália a visão da cida<strong>de</strong> era fascinante<br />
e encantadora.<br />
Entrei no restaurante e olhei para todos os lados. O recepcionista,<br />
um loiro alto e <strong>de</strong> gestos mecânicos, artificiais, perguntou como se me<br />
conhecesse:<br />
– Senhor Bullón?<br />
Assenti com um sorriso e ele me conduziu a uma mesa discreta no<br />
fundo. O homem que eu procurava estava ali, esperando por mim. Levantou-se<br />
e nos cumprimentamos e, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma curta conversa trivial,<br />
ele foi ao ponto.<br />
– O senhor sabe que eu tenho dinheiro – disse, dono da situação.<br />
– Posso comprar o que eu quiser, viajar para qualquer parte do mundo,