ROTEIRO DE FILMES - Charles Guimarães Filho
ROTEIRO DE FILMES - Charles Guimarães Filho
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SILÊNCIO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Uma verdade religiosa do Mediterranismo é a trindade divina, como<br />
―Osíris-Ísis-Hórus‖. Uma segunda foi ensinada pelo primeiro profeta<br />
religioso – Zoroastro. Ele ensinou que o deus do céu, a fonte de todo o<br />
bem no mundo, que habitava em cima, em plena luz, tinha um ―espírito<br />
gêmeo‖ que era o seu oposto, o deus das trevas, a origem maligna da<br />
violência, do mal e da morte, que habitava embaixo, no inferno, em<br />
pleno escuro. Eles existem independentemente um do outro desde a<br />
eternidade. O bom o venceria numa guerra e o universo ficaria livre de<br />
todo mal. No decorrer desse conflito, o homem tem liberdade para<br />
escolher entre esses dois poderes. O mal era necessário porque só se<br />
pode compreender o bem quando o mal também está presente.<br />
DONO<br />
Uma terceira diz respeito aos ciclos de 3 mil anos. O mundo durou<br />
3.000 anos na forma espiritual, e depois 3.000 na forma material<br />
perfeita.<br />
Uma quarta é sobre o hibridismo. No Egito se tem Khnum, o deus do<br />
Nilo, com cabeça de carneiro, controlando as enchentes, bem como a<br />
Esfinge, com sua cabeça de homem e corpo de leão, simbolizando a<br />
força e o espírito do faraó.<br />
Uma quinta é sobre julgamento no Mundo Espiritual. Anúbis, que tinha<br />
cabeça de chacal, ao morrer, se tornou a divindade que presidia a<br />
cerimônia de pesagem do coração, que era posto na balança para ver<br />
se o morto tinha levado uma vida justa. Também conduzia as almas que<br />
passavam por esse teste para serem julgadas pelo seu próprio pai<br />
Osíris. Depois do julgamento as almas dos bons adeptos da religião<br />
atravessaram a ponte; os maus adeptos eram precipitados no inferno e<br />
os que não foram nem bons nem maus, chegaram ao purgatório.<br />
SILÊNCIO <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>US<br />
Uma sexta é sobre o Salvador que nascerá da semente de Zoroastro<br />
depositada num lago, a oriente. O mundo e os homens serão<br />
marcados pela purificação no fogo, trazendo pureza física e moral.<br />
Depois, quando o mal for afinal derrotado, o céu e a terra, se fundirão<br />
no melhor dos dois mundos e o gênero humano viverá perfeito no reino<br />
do deus do céu por toda a eternidade.<br />
Uma sétima é que a causa do sofrimento está em nós e nos nossos<br />
antepassados. Na Babilônia considerava-se o próprio pecado do<br />
homem e não a vingança de um deus como causa do seu sofrimento.<br />
assim, nenhum infortúnio humano se reputava injusto, e buscava-se<br />
uma renovação do favor divino por meio de orações e lamentações.<br />
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