sonangol celebra 35ºaniversário - Sonangol Limited - Oil Trading ...
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aNálise<br />
gEstão dA cAdEiA logísticA<br />
André JimBE<br />
doutorado pela Universidade nova de lisboa,<br />
na especialidade de sistemas de Gestão logística para indústria petrolífera.<br />
professor convidado da Universidade lusíada e Metodista de angola<br />
nas disciplinas de economia industrial, Gestão de produção e logística,<br />
estratégia e sistemas de informação de Gestão e engenharia de software.<br />
texto: André Jimbe<br />
Fotografia: GCI<br />
A<br />
logística desenvolveu-se, ao longo<br />
das últimas décadas, no sentido<br />
de uma crescente integração, primeiro<br />
interna e depois externamente.<br />
Entretanto, em meados da década de<br />
90, tendo como pano de fundo a globalização<br />
e a revolução tecnológica,<br />
começou a popularizar-se o conceito<br />
de Gestão da Cadeia de Abastecimento<br />
(Supply Chain Management – SCM) que<br />
corresponde ao aprofundamento da<br />
integração logística, num processo em<br />
que a cooperação e a partilha de informação<br />
são elementos estruturantes -<br />
Mentzer (2001).<br />
Estudos recentes referem-se ao conceito<br />
de SCM como não tendo atingido<br />
ainda a maturidade. Como será referido<br />
adiante, não restarão dúvidas da<br />
sua ligação ao processo de integração<br />
das áreas funcionais nas décadas de 70<br />
e 80 e, por outro lado, às mudanças no<br />
contexto dos negócios, alterações das<br />
estruturas empresariais, fusões, aquisições,<br />
o redesenho radical dos processos<br />
de negócios (reengenharia) para<br />
obter melhorias drásticas nas áreas de<br />
custos, serviços e tempo, e na realização<br />
de uma redução radical no tamanho<br />
da organização (downsizing), que<br />
pode ser obtida através da redução dos<br />
níveis hierárquicos ou da venda de negócios<br />
não estratégicos.<br />
A compreensão plena do potencial total<br />
da SCM envolve a abordagem de vários<br />
aspectos da gestão, alguns dos quais<br />
sumarizados na tabela (Focos da Gestão<br />
da Cadeia de Abastecimento).<br />
26 • Março 2011 - Nº23<br />
FoCos da Gestão da Cadeia de aBasteCiMento<br />
Campo da Gestão Foco tradicional Foco sCM<br />
processo de gestão produtos, vendas, receitas<br />
objectivos-chave do desempenho<br />
objectivos e metas do negócio<br />
relações de negócio<br />
processos de melhoria<br />
do negócio<br />
As ideias-chave associadas ao conceito<br />
de pipeline constituem: a integração dos<br />
diferentes elos, desde o aprovisionamento<br />
até à distribuição física; a efectiva<br />
capacidade de controlo do sistema<br />
nas diferentes fases; a sincronização<br />
das operações, evitando, desse modo,<br />
duplicações e desperdícios, com redução<br />
ou contenção de custos; a natureza<br />
sistémica e de atravessamento funcional<br />
(cross-functional), na medida em que<br />
o desempenho resulta da acção conjugada<br />
das várias actividades orientadas<br />
para o serviço ao cliente.<br />
Quando é utilizado o termo pipeline,<br />
pretende-se associar os conceitos de<br />
objectivos departamentais,<br />
especificações de produtos e<br />
processos<br />
Consistência do desempenho,<br />
alinhamento departamental,<br />
métricas-chave das melhores<br />
práticas<br />
Foco nas estruturas e valores<br />
internos da organização<br />
reduções nos custos e defeitos;<br />
taxa de melhorias em produtos<br />
e processos<br />
processos inter-organizacionais,<br />
processos alargados,<br />
investimento em inovações<br />
no canal<br />
Capacidades inovadoras<br />
e de valor acrescentado<br />
em todo o canal<br />
alinhamento dos objectivos<br />
e metas do canal, visão<br />
competitiva partilhada do canal<br />
parcerias estruturadas no canal,<br />
operação em processos<br />
e objectivos<br />
Melhoria em todo o canal; criação<br />
de valor e de inovação no canal<br />
logística integrada e de pipeline em termos<br />
físicos, ou seja, um sistema tubular<br />
que transporta fluidos, de pequenas<br />
a grandes distâncias, sem congestionamentos,<br />
de forma controlada e com<br />
rapidez.<br />
Se no modo de transporte pipeline os<br />
produtos circulam de uma forma contínua,<br />
embora com interfaces e mecanismos<br />
de segurança ao longo do percurso,<br />
o pipeline logístico adopta, tanto quanto<br />
possível, esses princípios aos movimentos<br />
de produtos que, tendencialmente,<br />
devem fluir de forma contínua,<br />
com um mínimo de stocks e armazenagem<br />
- Moura (2006).<br />
Para compreendermos melhor a natureza<br />
da cadeia de abastecimento é importante<br />
que se perceba, se aprofundem<br />
os conceitos de pull (puxar de jusante,<br />
i.e., o processo conduzido pela procura)<br />
e push (empurrar de montante,<br />
i.e., o processo conduzido pela oferta),<br />
assim como o Efeito de Bullwhip, também<br />
conhecido por Efeito de Forrester.<br />
1.2 procEssos push E pull<br />
Os processos Push (empurrar) e Pull<br />
(puxar) serão descritos no âmbito da<br />
gestão e controlo de stocks em virtude<br />
do tema da dissertação incidir, principalmente,<br />
na gestão de processos da<br />
cadeia de abasteciemnto.<br />
Tradicionalmente, a cadeia de abastecimento<br />
era encarada de forma semelhante<br />
a uma linha de produção que<br />
transforma matérias-primas em produtos<br />
acabados e os distribui pelos clientes,<br />
à medida da procura, ou seja, produz-se<br />
para vender mais tarde, com base em<br />
previsões sobre a procura, na busca da<br />
eficiência da produção e dos transportes,<br />
no cálculo de quantidades económicas<br />
de produção e de encomenda.<br />
Deste modo, a gestão e a coordenação<br />
de funções visa a optimização da cadeia<br />
de oferta (fornecimento ou abastecimento),<br />
de montante a jusante, ou seja,<br />
a perspectiva push (empurrar), em que<br />
o produto é fabricado antes da procura,<br />
aguardando em armazém as encomendas<br />
dos clientes.<br />
Actualmente, será mais apropriado dizer-<br />
-se que a cadeia logística começa no<br />
momento em que o cliente decide o que<br />
vai comprar (por ex., num supermercado<br />
ou quando faz uma encomenda<br />
pela Internet), i.e., a cadeia é puxada<br />
pelos clientes, mais do que empurrada<br />
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