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Memorias De Um Suicida - Yvonne A. Pereira.pdf - Mkmouse.com.br

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o êxito <strong>com</strong>pensasse os esforços, e, o que é mais grave ainda, depois que a entidade<<strong>br</strong> />

reencarnante já se encontrava ligada ao seu novo fardo em preparação, o que equivale<<strong>br</strong> />

dizer que, cientes do que faziam, <strong>com</strong>etiam infanticídios abomináveis! Acontece que, ao<<strong>br</strong> />

fim de tantos e tão graves desatinos à luz dá Razão, da Consciência, do <strong>De</strong>ver, da Moral,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o do pudor pertinente ao estado feminino, deixaram prematuramente o corpo carnal,<<strong>br</strong> />

morrendo, elas próprias, para o mundo físico-material, num dos vergonhosos ultrajes<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>etidos contra os sagrados direitos da Natureza; outras, depois de luta ímproba e<<strong>br</strong> />

aviltante, durante a qual, à custa de criminosos deméritos, extinguindo em si mesmas as<<strong>br</strong> />

fontes sublimes da reprodutividade, próprias da condição humana, adquiriram, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

seqüência natural, enfermidades lastimáveis, tais <strong>com</strong>o a tuberculose, o câncer, infecções<<strong>br</strong> />

repulsivas, etc., etc., que as fizeram prematuramente atingir o plano invisível, sacrificando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o corpo carnal também o futuro espiritual e a paz da consciência, maculando, além<<strong>br</strong> />

do mais, o envoltório fisico-astral - o perispírito - <strong>com</strong> estigmas degradantes, conforme<<strong>br</strong> />

podereis examinar... e rodeando-se de ondas vi<strong>br</strong>atórias tão desarmoniosas e densas que<<strong>br</strong> />

o deformaram <strong>com</strong>pletamente, reduzindo-o à expressão vil das próprias mentes..."<<strong>br</strong> />

Aproximamo-nos, temerosos do que contemplaríamos, enquanto a irmã de<<strong>br</strong> />

Ramiro de Guzman acrescentava:<<strong>br</strong> />

"- Pertencem a todas as classes sociais terrenas, mas aqui se nivelam por<<strong>br</strong> />

idêntica inferioridade moral e mental! Das classes elevadas, porém, acorre o maior<<strong>br</strong> />

contingente, <strong>com</strong> agravantes insolúveis dentro de dois ou três séculos e até mais... pois<<strong>br</strong> />

que, infelizmente, meus irmãos, sou o<strong>br</strong>igada a declarar existirem algumas que, a fim de<<strong>br</strong> />

se libertarem das garras de tanto opró<strong>br</strong>io, em menos tempo, estarão na terrível<<strong>br</strong> />

necessidade de estagiarem em mundos inferiores à Terra, durante algum tempo, pois que<<strong>br</strong> />

não é em vão que a criatura ousará impedir a marcha dos desígnios divinos, <strong>com</strong> a Lei<<strong>br</strong> />

Suprema a<strong>br</strong>indo tão inglória luta!..."<<strong>br</strong> />

A um gesto da zelosa servidora investigamos o interior das celas, mas<<strong>br</strong> />

recuamos imediatamente, <strong>com</strong> involuntário gesto de horror.<<strong>br</strong> />

Acercou-se Soaria Ornar, o<strong>br</strong>igando-nos a atitude digna e respeitosa,<<strong>br</strong> />

enquanto se retirava Vicência para um ângulo.<<strong>br</strong> />

Voltamos à observação, e, enquanto dissertava o elucidados, fornecendo a<<strong>br</strong> />

ciência dentro do exame prático em torno do que víamos, e cuja contestara, caberia num<<strong>br</strong> />

volume, destacavam-se aos nossos olhos espirituais as aviltadas figuras das infanticidas,<<strong>br</strong> />

também consideradas suicidas.<<strong>br</strong> />

Oh, Senhor <strong>De</strong>us de todas as Misericórdias! Como se verificariam tais<<strong>br</strong> />

monstruosidades sob a luz sacrossanta do Universo que criaste para que o Homem nele<<strong>br</strong> />

se glorificasse, aos seus embalos progredindo em Amor, Virtude e Sabedoria até atingir a<<strong>br</strong> />

Tua imagem e semelhança?! . . . Que formas repelentes e abomináveis se apresentaram,<<strong>br</strong> />

então, ante nossos olhos pávidos de Espíritos que pretendiam soletrar as primeiras frases<<strong>br</strong> />

do majestoso livro da Vida?!... Como poderia a mulher, ser mimoso e lindo, rodeado de<<strong>br</strong> />

encantos e atrativos incontestáveis, moralmente amesquinhar-se tanto, para chegar a tão<<strong>br</strong> />

funestos resultados?! . . . O que víamos, então, ali ? . . . Seria mulher?!!! Porventura, um<<strong>br</strong> />

monstro primitivo?...<<strong>br</strong> />

Não! Víamos - isso sim! - um Espírito defraudador da mais sublime quanto<<strong>br</strong> />

respeitável lei do Criador, a lei da reprodução da espécie para a finalidade suntuosa do<<strong>br</strong> />

Progresso! A lei divina da procriação!<<strong>br</strong> />

Vultos negros, esgrenhados, <strong>com</strong>o envolvidos em farrapos, padrão trágico da<<strong>br</strong> />

Ruína, <strong>br</strong>acejavam contra mil formas perseguidoras que superlotavam o recinto rodeandolhes<<strong>br</strong> />

a personalidade. Ao longo dos seus corpos entene<strong>br</strong>ecidos pelas impurezas mentais,<<strong>br</strong> />

notavam-se placas quais chagas generalizadas, so<strong>br</strong>e as quais desenhos singulares<<strong>br</strong> />

apareciam <strong>com</strong>o decalcados em fogo ou sangue! Firmamos a atenção, procurando<<strong>br</strong> />

observar melhor, a um sinal do instrutor. Tratava-se da reprodução mental de em<strong>br</strong>iões<<strong>br</strong> />

humanos que tenderiam a se desenvolver outrora, nos aparelhos procriadores carnais,<<strong>br</strong> />

mas que se viram repelidos do sagrado óvulo materno por ato de desrespeito à Natureza

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