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Em busca de um novo paradigma

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Boletim do Mercado <strong>de</strong> Renda Fixa<br />

<strong>Em</strong> <strong>busca</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> <strong>novo</strong> <strong>paradigma</strong><br />

Reguladores e auto-reguladores <strong>de</strong>batem a transparência do mercado <strong>de</strong> renda fixa<br />

AS DISCUSSÕES sobre a transparência do<br />

mercado <strong>de</strong> renda fixa corporativa estão ganhando<br />

força no Brasil. No dia 23 <strong>de</strong> novembro, a Bovespa<br />

promoveu <strong>um</strong> encontro com representantes<br />

da Comissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários (CVM),<br />

da Secretaria <strong>de</strong> Previdência Complementar<br />

(SPC), da Superintendência <strong>de</strong> Seguros Privados<br />

(Susep) e da Associação Nacional dos Bancos<br />

<strong>de</strong> Investimento (Anbid) para discutir a transparência<br />

<strong>de</strong>sse mercado.<br />

A mesa-redonda dos reguladores e auto-reguladores<br />

do mercado <strong>de</strong>bateu o relatório “Transparency<br />

of Corporate Bond Markets”, publicado em<br />

maio <strong>de</strong> 2004 pela IOSCO, entida<strong>de</strong> que congrega<br />

autorida<strong>de</strong>s que regulamentam os mercados<br />

<strong>de</strong> capitais <strong>de</strong> diversos países. A CVM está reunindo<br />

consi<strong>de</strong>rações do mercado brasileiro sobre<br />

o relatório e <strong>de</strong>ve encaminhá-las posteriormente à<br />

IOSCO. A idéia é criar <strong>um</strong> <strong>novo</strong> <strong>paradigma</strong> <strong>de</strong><br />

transparência para as transações com papéis <strong>de</strong><br />

dívida privada nos mercados secundários.<br />

As preocupações com o tema são mundiais.<br />

Elas estão baseadas na expansão vigorosa do<br />

mercado <strong>de</strong> títulos corporativos, na participação<br />

cada vez maior <strong>de</strong> pessoas físicas e na crescente<br />

complexida<strong>de</strong> dos títulos <strong>de</strong> dívida. Essas tendências<br />

i<strong>de</strong>ntificadas pelo relatório da IOSCO em<br />

vários países também são <strong>um</strong>a realida<strong>de</strong> no mercado<br />

brasileiro. Aqui, há <strong>um</strong>a expectativa <strong>de</strong><br />

crescimento da <strong>de</strong>manda por títulos privados em<br />

<strong>um</strong> cenário <strong>de</strong> juros <strong>de</strong>crescentes.<br />

“Os investidores ainda não cobram muito<br />

por transparência porque direcionam seus recursos<br />

para os títulos públicos. Mas a tendência<br />

é <strong>de</strong> mudança nessa situação conforme a<br />

queda dos juros”, disse Léo Maranhão <strong>de</strong> Mello,<br />

chefe do Departamento <strong>de</strong> Controle Econômico<br />

da Susep. Durante a apresentação que<br />

fez do doc<strong>um</strong>ento, Marcos Galileu Dutra, ge-<br />

WALTER CRAVEIRO<br />

Representantes da<br />

CVM, da SPC, da<br />

Susep, da Bovespa<br />

e da Anbid<br />

discutem relatório<br />

da IOSCO<br />

ANO I – Nº 03<br />

DEZEMBRO DE 2005<br />

rente <strong>de</strong> Acompanhamento <strong>de</strong> Mercado da<br />

CVM, <strong>de</strong>stacou que o Brasil está relativamente<br />

avançado com relação à transparência do mercado<br />

<strong>de</strong> títulos corporativos, mas que é importante<br />

<strong>busca</strong>r formas <strong>de</strong> implementar as sugestões<br />

suscitadas no relatório da IOSCO.<br />

Na mesa-redonda, foram discutidas as diferenças<br />

em termos <strong>de</strong> transparência e da formação<br />

<strong>de</strong> preços entre os ambientes <strong>de</strong> negociação<br />

e questões relativas à classificação <strong>de</strong> risco, governança<br />

corporativa, segregação entre os recursos<br />

próprios dos bancos e <strong>de</strong> terceiros. As discussões<br />

sobre classificação <strong>de</strong> risco versaram<br />

sobre a crescente necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os investidores<br />

terem <strong>um</strong>a referência <strong>de</strong> crédito, o papel <strong>de</strong>sempenhado<br />

pelas agências <strong>de</strong> rating e a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> regulamentar ou não essa ativida<strong>de</strong>.<br />

“Uma das idéias é tentar fazer com que as agências<br />

<strong>de</strong> rating, inclusive as nacionais, precifiquem<br />

melhor o rating das empresas que tenham governança<br />

mais <strong>de</strong>finida e mais transparente”, afirmou<br />

<strong>Em</strong>ílio Otranto Neto, representante da Anbid.<br />

(Continua na pág. 2)


Continuação da pág. 1<br />

Quanto à segregação <strong>de</strong> recursos, foi discutida<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>um</strong>entar a fiscalização do<br />

chinese wall, separação entre os bancos un<strong>de</strong>rwriters<br />

e suas empresas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> recursos.<br />

No encontro, também foram discutidas as recentes<br />

medidas dos órgãos reguladores e auto-reguladores<br />

norte-americanos (como as regras do<br />

mark-up policy, best-execution e disclosure) e<br />

sua aplicabilida<strong>de</strong> ao mercado brasileiro; os impactos<br />

do a<strong>um</strong>ento da presença do investidor estrangeiro<br />

no nível <strong>de</strong> transparência do mercado; e<br />

o aprimoramento da regulação sobre marcação a<br />

mercado aplicada aos investidores institucionais.<br />

A importância da governança corporativa dos<br />

emissores para o mercado <strong>de</strong> renda fixa também<br />

entrou em pauta. Ricardo Nogueira, superinten<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> Operações da Bovespa, <strong>de</strong>stacou que<br />

os limites das aplicações dos investidores institucionais<br />

<strong>de</strong>veriam levar em conta o nível <strong>de</strong> governança<br />

corporativa, como ocorre no mercado acionário<br />

com o Novo Mercado. “A exigência <strong>de</strong> maior<br />

transparência é benéfica aos investidores e propicia<br />

o crescimento do mercado”, disse Nogueira.<br />

A CVM analisa, no âmbito da revisão da Instrução<br />

409, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chamar a atenção dos<br />

investidores antes que esses apliquem em fundos<br />

<strong>de</strong> investimento que compram títulos sem a<strong>de</strong>quado<br />

processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> preços. A idéia<br />

é colocar <strong>um</strong> alerta para que os investidores estejam<br />

cientes do risco. “Os esforços são para melhorar<br />

os níveis <strong>de</strong> transparência e dar mais garantias<br />

aos investidores”, diz Carlos Eduardo Sussekind,<br />

superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Relações com Investidores<br />

Institucionais da CVM. A SPC, por sua vez,<br />

está estimulando as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> previdência<br />

complementar a adotarem ambientes eletrônicos<br />

<strong>de</strong> negociação <strong>de</strong> títulos privados. “Já existe regra<br />

para as ações serem negociadas em Bolsa. O<br />

caminho natural em países <strong>de</strong>senvolvidos é a utilização<br />

dos sistemas eletrônicos <strong>de</strong> negociação<br />

para papéis <strong>de</strong> renda fixa”, afirmou Ricardo Pena<br />

Pinheiro, diretor <strong>de</strong> Assuntos Econômicos da SPC.<br />

Também participaram da reunião Gilberto Mifano,<br />

Hélcio Fajardo, Charles Toledo, Romeu Pasquantonio<br />

e Cristiana Pereira, da Bovespa; Eli Loria,<br />

Marcelo Cabral e Fabio Bergamasco, da<br />

CVM; Carlos Eduardo <strong>de</strong> Lima, da Susep; e Carlos<br />

Eduardo Gomes, da SPC.<br />

2<br />

FOTOS WALTER CRAVEIRO<br />

Sugestões dos reguladores<br />

e auto-reguladores<br />

CARLOS EDUARDO SUSSEKIND,<br />

da CVM “Os esforços são para<br />

melhorar os níveis <strong>de</strong> transparência e<br />

dar mais garantias aos investidores”.<br />

LÉO MARANHÃO DE MELLO, da<br />

Susep“Os investidores ainda não<br />

cobram muito por transparência porque<br />

direcionam seus recursos para os<br />

títulos públicos. Mas a tendência é <strong>de</strong><br />

mudança nessa situação”.<br />

RICARDO PENA PINHEIRO, da SPC<br />

“Já existe regra para as ações serem<br />

negociadas em Bolsa. O caminho natural<br />

em países <strong>de</strong>senvolvidos é a utilização<br />

dos sistemas eletrônicos <strong>de</strong> negociação<br />

para papéis <strong>de</strong> renda fixa”.<br />

RICARDO NOGUEIRA, da Bovespa<br />

“A exigência <strong>de</strong> maior transparência é<br />

benéfica aos investidores e propicia o<br />

crescimento do mercado”.<br />

EMÍLIO OTRANTO NETO, da Anbid<br />

“Uma das idéias é tentar fazer com que<br />

as agências <strong>de</strong> rating, inclusive as<br />

nacionais, precifiquem melhor o rating<br />

das empresas que tenham governança<br />

mais <strong>de</strong>finida e mais transparente”.


“<br />

CRI<br />

O termo <strong>de</strong> securitização prevê <strong>um</strong>a opção <strong>de</strong> venda que po<strong>de</strong><br />

ser exercida a qualquer momento pelos investidores<br />

A PRIMEIRA EMISSÃO <strong>de</strong> Certificados <strong>de</strong> Recebíveis<br />

Imobiliários (CRIs) voltada para os investidores<br />

<strong>de</strong> varejo no Brasil foi concluída no início<br />

<strong>de</strong> novembro. Vinte e seis aplicadores individuais<br />

compraram o equivalente a 40 CRIs emitidos<br />

pela Rio Bravo Securitizadora e que tinham<br />

como lastro os créditos imobiliários <strong>de</strong>correntes<br />

do contrato <strong>de</strong> locação <strong>de</strong> prédios que serão<br />

ocupados pela Petrobras em Macaé (RJ).<br />

Os imóveis serão construídos para aten<strong>de</strong>r às<br />

necessida<strong>de</strong>s da empresa, que os alugará por<br />

<strong>de</strong>z anos. Esses recebíveis foram cedidos para a<br />

Rio Bravo, que emitiu os CRIs também pelo prazo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. A remuneração dos títulos é<br />

equivalente ao IGP-M acrescido <strong>de</strong> 8,45% ao<br />

ano. No total, a emissão atingiu R$ 200 milhões.<br />

A Petrobras focou a distribuição da operação<br />

nas pessoas físicas <strong>de</strong>vido à isenção do Imposto<br />

<strong>de</strong> Renda sobre os rendimentos obtidos com<br />

CRIs comprados por investidores individuais. A<br />

emissão foi coor<strong>de</strong>nada pelo Banco Santan<strong>de</strong>r,<br />

que distribuiu os papéis principalmente para os<br />

clientes do segmento <strong>de</strong> private banking.<br />

Para Ricardo Leoni, superinten<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Mercado<br />

<strong>de</strong> Capitais da instituição, a pulverização<br />

dos papéis foi bastante razoável, consi<strong>de</strong>randose<br />

o elevado montante <strong>de</strong> que o investidor precisa<br />

dispor, o longo prazo da aplicação e a liqui<strong>de</strong>z<br />

ainda baixa dos CRIs no mercado secundário. “O<br />

público-alvo dos CRIs ainda é bastante limitado<br />

por conta da existência <strong>de</strong> condições restritivas<br />

para títulos com valor inferior a R$ 300 mil”, diz<br />

Leoni. “Para investir R$ 300 mil n<strong>um</strong> único papel,<br />

<strong>um</strong>a pessoa física precisa ter recursos <strong>de</strong> pelo<br />

menos R$ 2 milhões. O alto valor restringe a captação<br />

dos CRIs”, afirma Gustavo Franco, sócio<br />

da Rio Bravo. Outro ponto que limitou o interesse<br />

dos investidores foi a <strong>de</strong>flação do IPG-M.<br />

O mercado aguarda as<br />

mudanças que a CVM fará na<br />

Instrução nº 414. Quando esta<br />

estava em audiência pública,<br />

a Bovespa, em conjunto com<br />

Abecip, Secovi, MSFI e as securitizadoras<br />

Altere, Brazilian<br />

Securities, Cibrasec, Pátria e<br />

Rio Bravo, propôs <strong>um</strong>a série<br />

<strong>de</strong> aprimoramentos, <strong>de</strong>ntre os<br />

quais a alteração do percentual<br />

<strong>de</strong> concentração do lastro<br />

e a não obrigatorieda<strong>de</strong> do<br />

patrimônio <strong>de</strong> afetação para a emissão <strong>de</strong> CRIs<br />

com valores inferiores a R$ 300 mil.<br />

Como a operação da Petrobras foi focada<br />

nos investidores individuais, <strong>um</strong>a gran<strong>de</strong> preocupação<br />

foi a <strong>de</strong> reduzir o <strong>de</strong>sconforto com a<br />

baixa liqui<strong>de</strong>z dos papéis. A emissão i<strong>novo</strong>u ao<br />

trazer o <strong>de</strong>sdobramento pré-aprovado dos títulos.<br />

Isso <strong>de</strong>verá acontecer após 18 meses, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que c<strong>um</strong>pridas alg<strong>um</strong>as condições (como a<br />

ausência <strong>de</strong> inadimplência, o Habite-se do imóvel,<br />

etc.). Pelo <strong>de</strong>sdobramento, os CRIs serão<br />

divididos em 12 e passarão a ter o valor <strong>de</strong> R$<br />

25 mil, o que <strong>de</strong>ve facilitar as negociações no<br />

mercado secundário.<br />

Outra inovação pensada para dar conforto<br />

aos investidores foi a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> eles<br />

ven<strong>de</strong>rem os papéis para o Santan<strong>de</strong>r antes<br />

do vencimento dos títulos. “Temos <strong>um</strong> compromisso<br />

<strong>de</strong> recomprar os títulos”, afirma Leoni. O<br />

termo <strong>de</strong> securitização prevê a existência <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a opção <strong>de</strong> venda (put) que po<strong>de</strong> ser exercida<br />

a qualquer momento pelos investidores,<br />

mediante o pagamento <strong>de</strong> <strong>um</strong> prêmio <strong>de</strong> 1,5%<br />

sobre os títulos do governo in<strong>de</strong>xados pelo<br />

IGP-M (as NTN-C).<br />

“<br />

Petrobras foca no varejo e capta R$ 200 milhões<br />

<strong>Em</strong>issão pioneira tem <strong>de</strong>sdobramento pré-aprovado dos títulos após 18 meses<br />

“<br />

O alto<br />

valor (R$ 300<br />

mil por título)<br />

restringe a<br />

captação<br />

dos CRIs<br />

Gustavo Franco,<br />

sócio da Rio Bravo<br />

BFix é <strong>um</strong>a publicação da Bovespa.<br />

En<strong>de</strong>reço para correspondência: Gerência <strong>de</strong> Relações com a Imprensa – Rua XV <strong>de</strong> Novembro, 275,<br />

5 o andar, São Paulo, SP, 01013-001 – E-mail: bfix@bovespa.com.br – Realização: Bgamez Comunicação<br />

CLÁUDIO PEDROSO<br />

”<br />

3


BOVESPA FIX<br />

Operações com CRI ficam mais seguras<br />

Negócios no Bovespa Fix passam a ter garantia da CBLC<br />

O MERCADO <strong>de</strong> Certificado <strong>de</strong> Recebíveis Imobiliários<br />

ganhou, em <strong>de</strong>zembro, <strong>um</strong> importante<br />

aliado para o seu <strong>de</strong>senvolvimento. Os investidores<br />

que negociam CRI no Bovespa Fix passam a<br />

ter a Companhia Brasileira <strong>de</strong> Liquidação e Custódia<br />

como contraparte. Isso significa que os investidores<br />

têm agora a garantia da CBLC nas<br />

operações <strong>de</strong> compra e venda dos CRIs nas rodas<br />

FX0L e FX1L (com liquidação pelo saldo líquido<br />

multilateral em D+0 e D+1, respectivamente).<br />

Isso tornou-se possível graças a <strong>um</strong>a mudança<br />

na forma como os CRIs são liquidados. Existem<br />

dois gran<strong>de</strong>s sistemas <strong>de</strong> liquidação dos títulos<br />

e valores negociados na Bovespa: pelo valor<br />

bruto bilateral e pelo saldo líquido multilateral.<br />

No primeiro, as operações <strong>de</strong> compra e venda <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong> mesmo investidor são liquidadas individualmente.<br />

Se <strong>de</strong>terminado investidor comprou<br />

ações e ven<strong>de</strong>u títulos no mesmo dia, tem <strong>de</strong> entregar<br />

o valor bruto referente à compra <strong>de</strong> ações<br />

e recebe os recursos obtidos pela venda <strong>de</strong> títulos.<br />

É <strong>de</strong>sta maneira que as operações com CRI<br />

são liquidadas na chamada roda bruta do Bovespa<br />

Fix. Agora, os negócios com CRI passam a<br />

ser feitos também com a segunda modalida<strong>de</strong>.<br />

Nas rodas líquidas, o investidor tem a receber<br />

ou a pagar somente o saldo líquido <strong>de</strong> suas ope-<br />

4<br />

Segundo seminário será dia 14, no DF<br />

Será realizado em Brasília, no próximo dia 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />

o segundo seminário do Programa <strong>de</strong> Desenvolvimento do<br />

CRI. Organizado em conjunto com a Apimec-DF, o seminário<br />

irá reunir especialistas e representantes das entida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> previdência complementar. “O objetivo principal é discutir<br />

as vantagens da securitização <strong>de</strong> ativos imobiliários<br />

para as fundações”, diz Romeu Pasquantonio, assessor <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios da Bovespa. O seminário<br />

abordará também o mercado dos fundos imobiliários.<br />

rações. Essa forma <strong>de</strong> liquidação reduz as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> caixa durante o dia. Mas o gran<strong>de</strong><br />

benefício está no fato <strong>de</strong> a CBLC ser a contraparte<br />

das operações, informa Francisco Carlos Gomes,<br />

diretor <strong>de</strong> Controle da CBLC. “A incorporação<br />

<strong>de</strong>sse sistema na liquidação dos CRIs <strong>de</strong>verá<br />

trazer mais liqui<strong>de</strong>z ao mercado secundário<br />

<strong>de</strong>sses títulos”, prevê.<br />

A principal vantagem é a redução dos riscos.<br />

“Ao funcionar como contraparte, a CBLC garante<br />

todas as liquidações nas rodas líquidas”, explica<br />

Gomes. Para isso, a instituição exige que os<br />

agentes <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong>positem margens<br />

<strong>de</strong> garantia. Títulos com liqui<strong>de</strong>z ainda restrita,<br />

como os CRIs, ten<strong>de</strong>m a ter margens elevadas<br />

porque seus preços cost<strong>um</strong>am variar bastante.<br />

Como o objetivo da Bovespa é promover o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento dos CRIs, era necessário incorporar<br />

essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> liquidação para melhorar<br />

a liqui<strong>de</strong>z do mercado secundário. A forma<br />

encontrada para superar esse obstáculo foi a<br />

realização <strong>de</strong> <strong>um</strong>a análise qualitativa dos CRIs<br />

para calcular as margens <strong>de</strong> garantia necessárias.<br />

Os cálculos levaram em conta o exame do<br />

termo <strong>de</strong> securitização <strong>de</strong> todos os CRIs negociados<br />

no Bovespa Fix, do tipo <strong>de</strong> garantias das<br />

operações <strong>de</strong> securitização e dos ratings.<br />

Francisco Gomes:<br />

Mudança <strong>de</strong>ve<br />

a<strong>um</strong>entar a liqui<strong>de</strong>z<br />

do mercado<br />

secundário <strong>de</strong> CRI.<br />

Renda Fixa movimenta R$ 147 milhões<br />

<strong>Em</strong> novembro, até o dia 24, nove <strong>novo</strong>s títulos iniciaram<br />

negociação nos mercados Bovespa Fix e Soma Fix, sendo<br />

duas <strong>de</strong>bêntures, seis Fundos <strong>de</strong> Investimentos em Direitos<br />

Creditórios (FIDC) e <strong>um</strong> Certificado <strong>de</strong> Recebíveis Imobiliários<br />

(CRI). O vol<strong>um</strong>e financeiro nos mercados <strong>de</strong> renda<br />

fixa da Bovespa chegou a R$ 146,72 milhões, ante os<br />

R$ 58,83 milhões registrados no mês anterior. Desse total,<br />

R$ 69,46 milhões referem-se a CRIs; R$ 56,71 milhões, a<br />

FIDCs; e R$ 20,55 milhões, a <strong>de</strong>bêntures.<br />

WALTER CRAVEIRO

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