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Livro: "Caconde" - Adriano Campanhole - Basílica Santuário Nossa ...

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É um símbolo bem eloqüente<br />

e que alta verdade encerra:<br />

--- orgulho de muita gente<br />

--- riqueza de nossa terra” 153 .<br />

************<br />

A Freguesia, se não progrediu intensamente, teve pelo menos o desenvolvimento<br />

permitido pela sua localização nas extremas lindes paulistanas. Entravou a sua evolução um<br />

sistema deficiente de transportes, dificultado pelos “rios maleitosos e grandes águas”, aquelas<br />

imensas águas que chegaram a criar um caso ao Alferes Jerônimo Dias Ribeiro, fazendo com<br />

que o mesmo se atrasasse na remessa do ouro da permuta.<br />

Em 1863 o povoado contava com regular número de casas e habitantes. Os dirigentes da<br />

política local, às vésperas da instalação da Assembléia Provincial, se movimentam, desejosos<br />

de elevar Caconde a vila. Os trabalhos foram bem conduzidos. Na sessão ordinária de 12 de<br />

março do referido ano, o Deputado Casimiro Macedo apresenta à Assembléia um projeto a<br />

respeito, o qual “é julgado objeto de deliberação e vai a imprimir para entrar na ordem dos<br />

trabalhos”.<br />

Quase um ano depois, na sessão de 20 de fevereiro de 1864, entra o referido projeto em<br />

primeira discussão, tendo o Deputado Francisco Alves dos Santos pedido o seu adiantamento,<br />

até se ouvir a Câmara Municipal de Casa Branca, mas “indo-se proceder ao apoiamento deste<br />

requerimento, reconhece-se não haver casa”.<br />

Na sessão de 25 do mês, é rejeitado o requerimento daquele congressista a aprovado o<br />

projeto. No dia 29, entra o mesmo em segunda discussão e é aprovado sem debates, passando à<br />

terceira discussão, que se verificou nas sessões de 28 e 29 de março. Defendia o projeto de<br />

elevação de Caconde a Vila o Deputado Francisco Martins da Silva, contra as longas digressões<br />

do seu colega Antônio Augusto da Fonseca, que se mostrava contra essa pretensão do povo de<br />

Caconde.<br />

Os debates giravam em torno do número de jurados existentes na Freguezia e sobre a<br />

probabilidade de não ter a futura vila homens capazes de governá-la! Desejava Antônio<br />

Augusto da Fonseca que se ouvisse o Juiz de Direito de Mogi-Mirim e o Presidente da Câmara<br />

Municipal de Casa Branca. Há debates longos, manifestando-se contra o requerimento do<br />

Deputado Fonseca o Deputado Moreira Barros, que julgava estar a Assembléia perfeitamente<br />

esclarecida para votar a lei. Vários congressistas tomam parte nos debates, sendo afinal<br />

rejeitado pela Casa os requerimentos de Antônio Augusto da Fonseca e aprovado o projeto de<br />

lei, que é remetido à Comissão de Redação, de onde saiu a 31 de março, sendo aprovado, então,<br />

sem debates. Imediatamente foi sancionada pelo Presidente da Província, a lei n.º 6, de 5 de<br />

abril de 1864, que elevou a Vila a Freguesia de Caconde. 154<br />

A 7 de setembro do mesno ano realizaram-se as eleições para a primeira Câmara<br />

Municipal, recaindo a escolha nos seguintes nomes: Tomás José de Andrade, presidente;<br />

Antônio Marçal Nogueira de Barros, Joaquim Alves Moreira, Francisco das Chagas Negrão,<br />

Joaquim Custódio Dias, Antônio Joaquim Ferreira e Joaquim Pereira de Sousa, vereadores. A<br />

posse solene, como veremos a seguir, foi realizada a 21 de janeiro do ano seguinte, sendo a<br />

cerimônia bastante simples:<br />

“Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e sessenta e<br />

cinco, quadragésimo terceiro da Independência e do Império, aos vinte e um dias do mez de<br />

janeiro do dito anno, no Paço da Câmara Municipal da Villa de caconde da Comarca de Mogi-<br />

Mirim, Província de São Paulo, ahi perante o cidadão Thomaz José de Andrade, presidente<br />

juramentado pela Câmara Municipal da Villa de Casa Branca, de cujo Termo tinha sido este<br />

desmembrado, deferio juramento aos demais Vereadores Antônio Marçal Nogueira de Barros,<br />

Joaquim Alves Moreira, Francisco da Chagas Negrão, Joaquim Custódio Dias, Antônio<br />

153 - Umbelino Fernandes, ob. citada.<br />

154 - “Anais da Assembléia Provincial”, 1863 (pág. 292) e 1864 (págs. 155, 205, 360 a 366 e 381).

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