as famílias no brasil contemporaneo eo mito da desestruturaçao
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As famíli<strong>as</strong> <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il contemporân<strong>eo</strong><br />
As mu<strong>da</strong>nç<strong>as</strong> n<strong>as</strong> estrutur<strong>as</strong> domiciliares <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 80, definid<strong>as</strong><br />
em termos de número, tamanho, organização interna<br />
dos arranjos domésticos mostram <strong>as</strong> seguintes variações:<br />
a) O número de uni<strong>da</strong>des doméstic<strong>as</strong> entre 1970 e 1989 qu<strong>as</strong>e<br />
dobrou, de 18,4 para 36,6 milhões. Este aumento foi acompanhado<br />
de uma diminuição de 22% <strong>no</strong> tamanho dest<strong>as</strong>. Contribuiu<br />
para isto o crescimento <strong>da</strong> população, bem como a distribuição<br />
desta por i<strong>da</strong>de, sexo e estado civil. Assim, estima-se<br />
que mais de dois terços do crescimento <strong>no</strong> número de uni<strong>da</strong>des<br />
doméstic<strong>as</strong> se deveu a um número maior de pesso<strong>as</strong> c<strong>as</strong>ad<strong>as</strong>,<br />
m<strong>as</strong> também ao incremento n<strong>as</strong> tax<strong>as</strong> de chefia entre <strong>as</strong> mulheres<br />
solteir<strong>as</strong>, viúv<strong>as</strong>, separad<strong>as</strong> e divorciad<strong>as</strong> com filhos.<br />
b) O tamanho d<strong>as</strong> uni<strong>da</strong>des doméstic<strong>as</strong> sofreu uma diminuição<br />
de cerca de 1 pessoa, em média, <strong>no</strong> período 1970/89. Esta p<strong>as</strong>sagem<br />
de um tamanho médio de 5,0 para 4,1 pesso<strong>as</strong> por uni<strong>da</strong>de<br />
domestica resultou <strong>da</strong> combinação de vários fatores, tais<br />
como: que<strong>da</strong> <strong>da</strong> fecundi<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong>de, bem como d<strong>as</strong><br />
disrupções matrimoniais por viúvez, separações e divórcios.<br />
Com tamanhos diferenciados segundo o local de residência,<br />
<strong>as</strong> uni<strong>da</strong>des doméstic<strong>as</strong> mostram um tamanho maior n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong><br />
rurais, de 5,3 e 4,6 pesso<strong>as</strong> em média contra 4,7 e 4,0 n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong><br />
urban<strong>as</strong>, respectivamente em 1970 e 1989. Estes diferenciais<br />
se mantém <strong>no</strong> tempo, muito embora tenha diminui do mais o<br />
tamanho d<strong>as</strong> uni<strong>da</strong>des doméstic<strong>as</strong> urban<strong>as</strong>. Boa parte dest<strong>as</strong><br />
diferenç<strong>as</strong> tem a ver com <strong>as</strong> variações <strong>no</strong>s níveis de fecundi<strong>da</strong>de<br />
urba<strong>no</strong>-rurais e regionais, que estão colocados entre os<br />
determinantes próximos d<strong>as</strong> estrutur<strong>as</strong> familiares.<br />
c) A maior parte d<strong>as</strong> uni<strong>da</strong>des doméstic<strong>as</strong> br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong> em 1989,<br />
encontram-se em áre<strong>as</strong> urban<strong>as</strong> e 1/3 del<strong>as</strong> estão abaixo <strong>da</strong>