07.05.2013 Views

as famílias no brasil contemporaneo eo mito da desestruturaçao

as famílias no brasil contemporaneo eo mito da desestruturaçao

as famílias no brasil contemporaneo eo mito da desestruturaçao

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

86<br />

As famíli<strong>as</strong> <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il contemporân<strong>eo</strong><br />

Na medi<strong>da</strong> em que os arranjos unipessoais representam<br />

form<strong>as</strong> de arranjos domésticos alternativos, cabe perguntarse:<br />

Quem são <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> vivendo sós? Que fatores respondem<br />

pelo brutal aumento em su<strong>as</strong> tax<strong>as</strong> de crescimento na última<br />

déca<strong>da</strong>, e que relações isto pode ter com a diminuição n<strong>as</strong><br />

tax<strong>as</strong> de crescimento de arranjos conjugais?<br />

A Tabela 3 mostra que os arranjos unipessoais em 1989 são<br />

predominantemente urba<strong>no</strong>s, 78,8%, em estágios avançados<br />

de ciclo vital, e em geral trata-se de domicílios pobres, onde<br />

41% tem uma ren<strong>da</strong> média mensal de até um salário mínimo.<br />

Mais <strong>da</strong> metade d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> que residem sozinh<strong>as</strong> (58%) estão<br />

na condição de eco<strong>no</strong>micamente ativos e 1/4 destes são trabalhadores<br />

manuais urba<strong>no</strong>s.<br />

Com uma população feminina ligeiramente superior à m<strong>as</strong>culina<br />

(52%), m<strong>as</strong> com uma estrutuia etária b<strong>as</strong>tante diferencia<strong>da</strong><br />

por sexo, o incremento de 71% dos arranjos unipessoais<br />

<strong>no</strong> período 1981-89 resultou <strong>da</strong> combinação dos seguintes<br />

fenôme<strong>no</strong>s:<br />

a) uma crescente opção de jovens solteiros, sobretudo homens,<br />

de residirem sós, o que aliás coincide com a concentração<br />

de 40% dest<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> entre os trabalhadores não manuais<br />

e trabalhadores manuais urba<strong>no</strong>s. Entre 1981 e 1989,<br />

aumentou a participação relativa de pesso<strong>as</strong> de 15-39 a<strong>no</strong>s,<br />

com os homens p<strong>as</strong>sando de cerca de 38% para 41 %, e <strong>as</strong> mulheres<br />

de 16% para 19% (Tabela 3). Os diferenciais por sexo<br />

nest<strong>as</strong> i<strong>da</strong>des se dão via maior participação m<strong>as</strong>culina <strong>no</strong> mercado<br />

de trabalho e me<strong>no</strong>res i<strong>da</strong>des de união para mulheres (a<br />

mediana ao c<strong>as</strong>ar em 1984 era de 20 a<strong>no</strong>s).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!