Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado - Jufem Brasil
Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado - Jufem Brasil
Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado - Jufem Brasil
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Publicação:<br />
Centro Schoenstatt – Tabor<br />
Rodovia D. Pedro I, Km 78<br />
Caixa Postal 159 – CEP 12940-970<br />
Fone: (0XX) 11 4414 4212<br />
Atibaia – SP<br />
Ano 2006.<br />
2
Índice:<br />
Introdução pág. 04<br />
<strong>Reunião</strong> <strong>de</strong> Abertura: “Her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>.<br />
Portadoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> presente.<br />
Construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> futuro”. Pe. J. K pág. 07<br />
Primeira reunião: “Guardamos a herança!” pág. 21<br />
Segunda reunião: “Vais comigo?” pág. 29<br />
Terceira reunião: “Sacrifício ou prazer?<br />
O tempo pe<strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão!!!” pág. 36<br />
Quarta reunião: “ Vivemos n<strong>um</strong>a ditadura!<br />
A juventu<strong>de</strong> é a gran<strong>de</strong> vítima!” pág. 43<br />
Quinta reunião: “Estou livre, e apesar disso, prisioneira!” pág. 52<br />
Sexta reunião: “Cons<strong>um</strong>ismo! Moda! – Eu uso ou sou usada?” pág. 59<br />
Sétima reunião: “Autoeducação@meulema.com.br pág. 63<br />
Oitava reunião: “A flor raríssima: a pureza!” pág. 68<br />
Nona reunião: “Construtoras <strong>de</strong> História” pág. 85<br />
<strong>Reunião</strong> anexa: “O que herdastes <strong>de</strong> vossos pais,<br />
Conquistai para o possuir<strong>de</strong>s!”<br />
(sobre a peregrinação da coroa e Peregrina) pág. 89<br />
3
Queridas dirigentes,<br />
Nos c<strong>um</strong> prole pia! Benedicat Virgo Maria!<br />
Finalmente temos em mãos o livro <strong>de</strong> reuniões para o trabalho com<br />
nossos grupos neste ano <strong>de</strong> 2006, que foi elaborado durante a semana<br />
<strong>de</strong> trabalho da <strong>Jufem</strong> em fevereiro <strong>de</strong>sse ano.<br />
O presente livro, <strong>de</strong> caráter histórico e rico em conteúdo, tem por<br />
objetivo esclarecer-nos e aprofundar o contexto dos quatro Jubileus<br />
que celebraremos neste ano, citados e explicados na reunião <strong>de</strong><br />
<strong>abertura</strong>, como também o lema por nós escolhido na última Jornada da<br />
<strong>Jufem</strong> (Jornada <strong>de</strong> Novembro da <strong>Jufem</strong> 2005): “Eis-me aqui, sou tua<br />
Primavera Sagrada”.<br />
A importância que a História da Juventu<strong>de</strong> e os outros fatos históricos<br />
narrados no livro, têm para nós, ficará bem clara à medida que nos<br />
aprofundarmos nas reuniões, nos temas e questões práticas que elas<br />
abordam. A história tem influência <strong>de</strong>cisiva em nossa vida, ela sempre<br />
nos <strong>de</strong>ixa <strong>um</strong>a herança e <strong>um</strong>a tarefa para o futuro. Estudando esta<br />
história queremos tornar-nos conscientes <strong>de</strong>sta herança que recebemos<br />
das primeiras gerações da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt, e ass<strong>um</strong>i-la a<br />
exemplo <strong>de</strong> nossos heróis: “Por causa dos puros que se sacrificam,<br />
Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro.”<br />
No que diz respeito aos temas tão atuais na vida da jovem mo<strong>de</strong>rna, não<br />
nos interessou simplesmente falar sobre os mesmos assuntos aos quais<br />
sempre voltamos, mas fundamentá-los para melhor entendê-los e chegar<br />
a soluções práticas para nossa vida. Por esse motivo, nossas reuniões<br />
estão mais textuais, pois tínhamos a preocupação <strong>de</strong> passar-lhes<br />
conceitos e fundamentos, que também para nós foram gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>scobertas durante essa semana <strong>de</strong> trabalho. Por isso, a preparação<br />
das reuniões irá exigir <strong>de</strong> você muito estudo e esforço, assim como<br />
aconteceu conosco nessa elaboração.<br />
Refletirmos sobre as situações <strong>de</strong> perigo do tempo <strong>de</strong> hoje nos ajudará<br />
a encontrarmos a forma concreta <strong>de</strong> realizarmos nossa missão como<br />
Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, a concretizarmos nosso estilo <strong>de</strong><br />
vida.<br />
4
Aconselhamos que vocês estu<strong>de</strong>m estas reuniões com muita serieda<strong>de</strong>,<br />
pois assim como estão fundamentadas, tratam-se da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />
quanto ao estilo <strong>de</strong> vida da jovem schoenstatiana. De nós exigirá o<br />
sacrifício e a <strong>de</strong>cisão em aspirar o EXCELSIOR.<br />
Po<strong>de</strong>m perguntar-se: Como estamos diante da situação do mundo atual?<br />
Estamos contentes com a nossa forma <strong>de</strong> vida, com a forma <strong>de</strong> vida do<br />
mundo <strong>de</strong> hoje? Estamos contentes com a nossa aspiração, com os<br />
nossos sonhos em relação ao futuro? O que Deus quer <strong>de</strong> nós?<br />
Nosso Pai e Fundador nos ensina que a “fonte do radicalismo juvenil é o<br />
<strong>de</strong>scontentamento com a situação atual e o anseio <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo estado<br />
das coisas.” Sobretudo, é fonte <strong>de</strong> nosso radicalismo o amor a Deus e o<br />
amor a Maria.<br />
“Portanto, quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver, não se subtrai<br />
à convicção <strong>de</strong> que nossa época, com suas necessida<strong>de</strong>s e aflições, exige<br />
a santida<strong>de</strong> como <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> meio <strong>de</strong> salvação frente às confusões do<br />
tempo.” (livro Santida<strong>de</strong> da vida diária, pág.29)<br />
As situações <strong>de</strong> perigo são vozes do tempo a clamar por <strong>um</strong>a nova<br />
Primavera consagrada a Deus. Esta Primavera somos nós!<br />
O Ver Sacr<strong>um</strong> é a concretização com<strong>um</strong> do nosso i<strong>de</strong>al: “Lírio do Pai,<br />
Tabor para o mundo.” Quando formos Ver Sacr<strong>um</strong>, sagrada primavera<br />
<strong>de</strong> lírios puros que se sacrificam pela juventu<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>remos<br />
resgatar a dignida<strong>de</strong> Feminina no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />
Nesse ano jubilar <strong>de</strong> nossa <strong>Jufem</strong> temos alegria <strong>de</strong> ofertar à Rainha dos Lírios,<br />
nossa Rainha Jubilar esse nosso trabalho. Sentimos o „peso‟ da responsabilida<strong>de</strong>,<br />
mas, principalmente a gran<strong>de</strong> alegria <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos contribuir diretamente com o<br />
reino <strong>de</strong> nossa amada Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
“Assim como os heróis fundaram Schoenstatt com o sacrifício <strong>de</strong> sua<br />
vida, nós queremos continuar a obra com nosso sacrifício <strong>de</strong> vida.<br />
Mãe, aceita todas as minhas capacida<strong>de</strong>s do corpo e da alma.<br />
Schoenstatt é a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vida.”<br />
Júlio Steinkaul – Herói da 1ª Geração Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />
Sua, Equipe da Semana <strong>de</strong> Trabalho 2006:<br />
5
Ana Clara – Jacarezinho/ PR<br />
Bruna – Poços/ MG<br />
Cássia – Londrina/ PR<br />
Luciene – Niterói/ RJ<br />
Márcia – Jacarezinho/ PR<br />
Raquel – São Sebastião do Paraíso/ MG<br />
Sarah – Jaraguá/ SP<br />
Tatiane – Jaraguá/ SP<br />
Thaisa – Curitiba/ PR<br />
Participação especial das Candidatas ao Postulado:<br />
Camila – Poços/ MG<br />
Credilei<strong>de</strong> – São Bernardo do Campo/ SP<br />
Eliza/ São Sebastião do Paraíso/ MG<br />
Jeane – Rio <strong>de</strong> Janeiro/ RJ<br />
S<strong>um</strong>aya – Ibiporã/ PR<br />
6
<strong>Reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>abertura</strong>: “Her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>. Portadoras<br />
<strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> presente. Construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> futuro”. Pe. J. K<br />
Objetivo: Conhecer as correntes <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ste ano jubilar, e introduzilas<br />
nas conquistas que faremos.<br />
Dinâmica: Ao fim da reunião será plantada a semente que elas <strong>de</strong>verão<br />
cultivar.<br />
Desenvolvimento: “Anos jubilares são para nós sempre anos especiais <strong>de</strong><br />
luta, pois Schoenstatt é e permanece <strong>um</strong> filho da guerra”. Pe. JK<br />
Este ano para nós é <strong>um</strong> ano quatro vezes jubilar:<br />
Jubileu dos 75 anos <strong>de</strong> Fundação do Ramo - 15 <strong>de</strong> agosto.<br />
Jubileu dos 25 anos <strong>de</strong> coroação da Rainha da Juventu<strong>de</strong><br />
brasileira – 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981<br />
10 anos da <strong>de</strong>scoberta do I<strong>de</strong>al Nacional – 20 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />
1996<br />
centenário da primeira dirigente nacional da <strong>Jufem</strong> na<br />
Alemanha, nomeada pelo Pai e Fundador.<br />
“Nossas Primeiras” – 75 anos <strong>de</strong> Fundação da Juventu<strong>de</strong> Feminina.<br />
As mulheres já faziam parte <strong>de</strong> Schoenstatt <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1920.<br />
Em agosto <strong>de</strong> 1930, sentia-se <strong>um</strong>a forte tendência para autonomia e<br />
ativida<strong>de</strong> própria da juventu<strong>de</strong>. Ela não <strong>de</strong>veria ser simplesmente<br />
incorporada à União ou à Liga, mas formar <strong>um</strong>a comunida<strong>de</strong> juvenil<br />
própria – Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
Após <strong>um</strong> ano elas se reuniram, no sul (134 jovens) e no norte (210<br />
jovens) da Alemanha. Mas <strong>um</strong>a questão surgiu: “O que vamos elaborar?<br />
Não po<strong>de</strong>mos somente ser entusiasmadas e olhar a imagem dos<br />
Congregados Heróis, não, seu exemplo nos conclama a imitação. Mas<br />
como? Eles eram estudantes seminaristas e convocados para a guerra, e<br />
nós, trabalhamos nos escritórios, nas oficinas, nas escolas públicas.<br />
Imitar, portanto, não po<strong>de</strong> ser <strong>um</strong> simples copiar, mas queremos<br />
conquistar o seu espírito, com o qual realizaram tudo. Esse espírito<br />
<strong>de</strong>verá <strong>de</strong>pois ser adaptado às nossas circunstâncias...”.<br />
7
Ninguém havia encontrado <strong>um</strong>a outra expressão mais acertada para o<br />
nosso objetivo do que aquela que existia. Por isso nós todas<br />
concordamos com a frase:<br />
GERAÇÃO FUNDADORA DA JUVENTUDE DE SCHOENSTATT.<br />
Ao final do encontro surgiu a pergunta: Quando iniciaremos com o nosso<br />
objetivo? Uma achava: 08 <strong>de</strong> setembro, dia do nascimento da Mãe <strong>de</strong><br />
Deus. Mas unanimemente respon<strong>de</strong>mos: “Tanto tempo não queremos<br />
esperar!”. “Bem, então começaremos amanhã!”. “Não, HOJE!”. Somente<br />
então nos lembramos que estávamos festejando a Assunção <strong>de</strong> Maria.<br />
Na história <strong>de</strong> Schoenstatt e em nossos corações foi gravado firme e<br />
profundamente: “Assunção 1931” como dia do nascimento da Geração<br />
Fundadora da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
“... nós da Juventu<strong>de</strong> Feminina, somos fundamento e pedra <strong>de</strong><br />
construção dos próximos anos. Somos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes imediatas dos<br />
Congregados Heróis. Aceitamos sua herança e queremos agora<br />
novamente selar nossa Aliança <strong>de</strong> Amor contigo, Mãe <strong>de</strong> Schoenstatt.”<br />
Elas foram levadas pela fé que o pobre mundo encontraria salvação<br />
somente por causa dos puros. “Queremos unidas a vós em amor e<br />
sempre, ser a Primavera do Reino que tudo il<strong>um</strong>ina, e sejamos!”<br />
“Vós sois a minha Coroa Viva” – Jubileu <strong>de</strong> 25 anos da<br />
coroação da Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira<br />
Para o ano <strong>de</strong> 1981, ano em que celebraríamos os 50 anos da Juventu<strong>de</strong><br />
Feminina, a <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong> quis presentear à Mãe <strong>de</strong> Deus <strong>um</strong>a dádiva<br />
especial, bem nossa, que expressasse a nossa vida e aspiração, nossas<br />
lutas e conquistas, enfim, tudo aquilo que se passa em nosso coração.<br />
Foi então que n<strong>um</strong> encontro entre representantes <strong>de</strong> vários locais,<br />
<strong>de</strong>cidimos entregar <strong>um</strong>a coroa que nos representasse, <strong>um</strong>a coroa “bem<br />
brasileira”, <strong>um</strong>a coroa na qual nossa vida e realida<strong>de</strong> estivessem<br />
gravadas e permanecessem para sempre.<br />
Porque <strong>um</strong>a coroa? Para ren<strong>de</strong>r graças por todos os prodígios que Ela<br />
operou e opera na nossa juventu<strong>de</strong>, como nossa Rainha. A coroa é o<br />
símbolo da realeza.<br />
8
Foi em 07 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981 que, após muita aspiração para a<br />
conquista da Coroa Lirial, a juventu<strong>de</strong> pô<strong>de</strong> coroar a MTA como Rainha<br />
da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira.<br />
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”<br />
Jubileu <strong>de</strong> 10 anos da <strong>de</strong>scoberta do I<strong>de</strong>al Nacional.<br />
O que implica ter <strong>um</strong> i<strong>de</strong>al?<br />
Ter <strong>um</strong> i<strong>de</strong>al implica <strong>um</strong>a constante busca e luta para vivê-lo da melhor<br />
maneira possível, é <strong>um</strong> objetivo que queremos alcançar, é algo que<br />
queremos atingir. Fazer <strong>de</strong> cada momento especial e sublime para o seu<br />
crescimento pessoal.<br />
O i<strong>de</strong>al da Juventu<strong>de</strong> Feminina Mundial é “Ser lírio no meio do mundo”,<br />
queremos como <strong>Jufem</strong> internacional garantir o espírito da pureza no<br />
mundo atual e resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina, para que realizemos a<br />
missão que nos foi confiada por Deus.<br />
A <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong> quis encontrar <strong>um</strong>a forma característica <strong>de</strong> viver<br />
este i<strong>de</strong>al, e o sintetizaram na frase: Lírio do Pai, Tabor para o mundo!<br />
Mas, isso não foi <strong>um</strong>a <strong>de</strong>scoberta qualquer, simples. A <strong>de</strong>scoberta do<br />
nosso i<strong>de</strong>al nacional se <strong>de</strong>u após muitas orações, contribuições ao Capital<br />
<strong>de</strong> Graças, estudos, sugestões...<br />
A busca por <strong>um</strong> I<strong>de</strong>al Nacional iniciou em 1992, n<strong>um</strong> Congresso da<br />
Juventu<strong>de</strong> Feminina que aconteceu na Argentina. Neste congresso,<br />
nasceu <strong>um</strong> anseio por <strong>um</strong> “rosto nacional”, sendo que até então nossa<br />
juventu<strong>de</strong> brasileira era dividida em <strong>Brasil</strong> Norte e <strong>Brasil</strong> Sul. Isto não<br />
agradava em nada as nossas jovens.<br />
Ainda neste encontro ass<strong>um</strong>iram <strong>um</strong> novo tempo para a <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong>.<br />
“<strong>Brasil</strong>, jovens unidas portadoras do Tabor!<br />
Ass<strong>um</strong>imos Pai, a missão e sua promessa <strong>de</strong> formarmos <strong>um</strong> único<br />
canteiro <strong>de</strong> lírios. Norte e Sul, coroa viva para ti! Amém”.<br />
Quando retornaram ao <strong>Brasil</strong>, quiseram manter aceso o fogo que ardia<br />
pela missão. Logo que chegaram, já começaram a se mobilizar no sentido<br />
<strong>de</strong> concretizar o compromisso da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional.<br />
Foi em 20/02/1996, após <strong>um</strong>a longa caminhada, muitos <strong>de</strong>bates entre as<br />
jovens que representavam a nossa jufem, no 8º Encontro Nacional <strong>de</strong><br />
9
Dirigentes, que tiveram a clareza do nosso i<strong>de</strong>al. Um breve relato da<br />
crônica nos mostra:<br />
“Após o café nos reunimos na sala Tabor, on<strong>de</strong> o Pe. Antônio Bracht<br />
procurou res<strong>um</strong>ir as palestras e propostas assimiladas nos dias<br />
anteriores. Eram 9h30min, quando a Patrícia (Londrina) apresentou a<br />
proposta do i<strong>de</strong>al. A frase agradou a todas nós.”<br />
E, aprofundando melhor no contexto que a frase trazia, elas<br />
perceberam que seria indispensável: Lírio, Filialida<strong>de</strong> e o Tabor para<br />
expressar a vida da <strong>Jufem</strong> brasileira.<br />
“Uma incomensurável emoção contagiou os rostos <strong>de</strong> todas nós, aquele<br />
era o auge do nosso encontro, on<strong>de</strong> nossos corações se uniram em <strong>um</strong>a<br />
única expressão: LÍRIO DO PAI, TABOR PARA O MUNDO! Não<br />
tínhamos mais incertezas. Sim! A Mãe tinha se clarificado naquele<br />
momento e esta era a missão que Ela nos havia confiado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />
dos tempos.”<br />
Qual o significado do nosso lema?<br />
LÍRIO DO PAI: filha amada, heróica e que está r<strong>um</strong>o a ser a filha<br />
transfigurada do Pai. Somos filhas diante <strong>de</strong> Deus e esta é <strong>um</strong>a<br />
resposta e o <strong>de</strong>safio do tempo atual.<br />
No lírio temos expresso muito claramente a pureza, singeleza, firmeza e<br />
contraste, assim como nossa Mãe. O lírio é <strong>um</strong>a flor nobre, e assim<br />
também <strong>de</strong>vemos ser, <strong>de</strong>vemos ser diferentes, <strong>de</strong>staques.<br />
TABOR PARA O MUNDO: o i<strong>de</strong>al Tabor é <strong>um</strong>a herança e inc<strong>um</strong>bência <strong>de</strong><br />
nosso Pai e Fundador ao <strong>Brasil</strong>.<br />
No doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> Fundação, o Pe. Kentenich nos revela que a idéia do<br />
Tabor é a idéia predileta do seu coração:<br />
“Se, porém, quiser<strong>de</strong>s saber o autor <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sejo, posso revelarvos<br />
a idéia predileta que acalento em meu interior. Ao contemplar<br />
as magnificências divinas no monte Tabor, Pedro exclamou<br />
encantado: „Aqui é bom estar! Façamos três tendas.‟ (Mc. 9,5).<br />
Estas palavras sempre me voltam à memória e freqüentes vezes me<br />
perguntei: Não seria possível que a capelinha <strong>de</strong> nossa Congregação<br />
se tornasse nosso Tabor, no qual se manifestam as magnificências<br />
<strong>de</strong> Maria? Sem dúvida, maior ação apostólica não po<strong>de</strong>mos realizar,<br />
herança mais preciosa não po<strong>de</strong>mos legar aos nossos sucessores do<br />
10
que mover nossa Senhora e Rainha a estabelecer aqui, <strong>de</strong> modo<br />
especial, o seu trono, distribuir seus tesouros e realizar milagres da<br />
graça”.<br />
Na expressão Tabor para o mundo, encontramos a nossa forma <strong>de</strong><br />
apostolado. Queremos irradiar ao mundo as características da nova<br />
mulher transfigurada. Nossa vida <strong>de</strong>ve ser <strong>um</strong> reflexo da vida <strong>de</strong> Maria:<br />
revestidas do sol da graça <strong>de</strong> Cristo, com a lua sob os pés, isto é, todos<br />
os falsos valores e a vida instintiva; e a coroa <strong>de</strong> 12 estrelas na fronte a<br />
coroa da dignida<strong>de</strong> feminina, <strong>de</strong> ser toda alma, toda pureza, toda<br />
<strong>de</strong>dicação.<br />
Resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina, lembrar-nos do que somos, quanto<br />
valemos e a quem pertencemos, é a nossa missão atual e urgente, o<br />
Tabor para o mundo.<br />
“O tempo atual exige da mulher que ela seja simplesmente mulher, que<br />
corporifique o ser <strong>de</strong> Maria e enalteça o ambiente familiar, <strong>de</strong> trabalho,<br />
<strong>de</strong> estudo, resgatando-lhe sua dignida<strong>de</strong>! Isso só compete à mulher!<br />
Estamos dispostas a empreen<strong>de</strong>r esta batalha pela dignida<strong>de</strong> da mulher,<br />
mesmo que isto exija heroísmo.” O nosso i<strong>de</strong>al já <strong>de</strong>scobrimos, agora<br />
está nas nossas mãos, colocá-lo em prática.<br />
Centenário da primeira dirigente nacional da <strong>Jufem</strong> na Alemanha,<br />
Maria Eugênia Mahringer<br />
"Sei em quem pus minha confiança" (2 Tim 1,12)<br />
Esta frase, dita pelo Pai Fundador, Pe. José Kentenich, em 1931, no<br />
Santuário Original, quando ela ass<strong>um</strong>iu a tarefa como dirigente da<br />
Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, caracterizou profundamente a vida<br />
<strong>de</strong> Eugênia.<br />
Nasceu no dia 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1906, em Schwäbish Gmünd, na<br />
Alemanha.<br />
Entre 1925 e 1928,Terminando o colégio, freqüenta, freqüentou o<br />
Seminário <strong>de</strong> Economia Doméstica no Monastério <strong>de</strong> Siessen, on<strong>de</strong><br />
conheceu Schoenstatt, por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> sacerdote schoenstattiano, o Pe.<br />
Franz Grim. Em 21 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1928, foi recebida na União Apostólica.<br />
Depois <strong>de</strong> seus estudos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1929, passou por diversos colégios como<br />
professora .<br />
11
Em 1931, o Fundador lhe pe<strong>de</strong> para ass<strong>um</strong>ir como tarefa principal a<br />
direção <strong>de</strong> toda a Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, na Alemanha.<br />
Já em 1929, ela havia visitado Schoenstatt, na ocasião da gran<strong>de</strong><br />
jornada feminina do sul. Em 1930, chegou a ser dirigente juvenil em<br />
Schwaben e organizou, em agosto <strong>de</strong>sse ano, a primeira jornada da<br />
juventu<strong>de</strong>, do sul da Alemanha, em Schoenstatt.<br />
Ao final <strong>de</strong>sta, o Fundador lhe convida para fazer <strong>um</strong> retiro, em<br />
Schoenenberg, perto <strong>de</strong> Ellwangen, on<strong>de</strong> ambos mantém <strong>um</strong> longo<br />
diálogo sobre o trabalho com a Juventu<strong>de</strong> e o Fundador lhe mostra sua<br />
vocação como guia da Juventu<strong>de</strong> Feminina schoenstattiana.<br />
Entre 1931 e 1933, trabalha, em estreita colaboração com o Fundador,<br />
em Schoenstatt. Foi muito educada pelo Pe. José Kentenich, ele<br />
<strong>de</strong>positava nela a sua confiança, sabia também que podia exigir-lhe<br />
gran<strong>de</strong>s sacrifícios, para que crescesse na santida<strong>de</strong><br />
Em 1933, as autorida<strong>de</strong>s educacionais do nacional-socialismo a obrigam a<br />
reass<strong>um</strong>ir imediatamente o seu posto no colégio, a fim <strong>de</strong> afastá-la <strong>de</strong><br />
Schoenstatt. Entre 1934 e 1941, trabalha como professora <strong>de</strong> economia<br />
doméstica, ginástica e esportes em Ochsenhausen (Biberach). Mas,<br />
continua com o seu trabalho na Juventu<strong>de</strong> feminina.<br />
Durante a época do Nacional Socialismo, trabalhou nas assim chamadas<br />
"comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> urgência", que <strong>de</strong>veriam garantir, apesar dos gran<strong>de</strong>s<br />
riscos externos, a vida schoenstattiana, da Região <strong>de</strong> Schwaben. A<br />
partir <strong>de</strong> 1945 até 1976, Eugênia pertence à direção da juventu<strong>de</strong>, da<br />
Região <strong>de</strong> Schwaben.<br />
Durante este período, se construiu o Santuário do Retorno Vitorioso<br />
(Stuttgart), a casa regional e o lar <strong>de</strong> estudantes, além da fundação no<br />
Chile. Foi também ela, que com fé na Divina Providência, reconheceu o<br />
imenso significado da Missão do 31 <strong>de</strong> Maio e a fez penetrar<br />
espiritualmente na Região.<br />
A fundação do Instituto Nossa Senhora <strong>de</strong> Schoenstatt se <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong><br />
modo substancial, à participação <strong>de</strong> Eugênia, durante a época do nacional<br />
socialismo. Por <strong>de</strong>sejo do Pai Fundador, fez parte dos primeiros diálogos<br />
sobre as Constituições em 1935, 1936 e 1938.<br />
Suas palavras: "... as maiores da geração fundadora seguiram seu<br />
caminho. Mas levaram consigo seu i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> fundação e suas tarefas, para<br />
realizá-los em sua profissão, nos ramos, no estrangeiro. À cabeça <strong>de</strong><br />
12
ambos os Institutos Seculares chegaram duas personalida<strong>de</strong>s da<br />
geração fundadora como Superiora Geral das Irmãs <strong>de</strong> Maria e das<br />
Senhoras <strong>de</strong> Schoenstatt. Outras jovens foram crescendo e ass<strong>um</strong>iram<br />
as tarefas <strong>de</strong> dirigentes entre a juventu<strong>de</strong> feminina... as gerações vão e<br />
vêm. Sempre insistia nosso Pai fundador dizendo: 'Cada geração <strong>de</strong>ve<br />
novamente conquistar Schoenstatt' Ele confiou plenamente nas<br />
gerações futuras e em 1935, agra<strong>de</strong>cendo-lhes por todos os tempos<br />
disse, confiando em sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à Schoenstatt e em seu espírito <strong>de</strong><br />
entrega: 'À estas gerações futuras quero agra<strong>de</strong>cer também <strong>de</strong>ste<br />
lugar'. Isto vale também para a juventu<strong>de</strong> feminina <strong>de</strong> nossos dias."<br />
(Maria Eugênia Mahringer, 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981 no jubileu dos 50 anos<br />
<strong>de</strong> fundação da juventu<strong>de</strong> feminina, celebrado em Schoenstatt <strong>de</strong> 10 à<br />
13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981)<br />
“Nossa vida à nossa Rainha”<br />
Em 1940, a juventu<strong>de</strong> feminina da Alemanha vivenciava a corrente <strong>de</strong><br />
Carta branca que encontrou sua expressão no sinal da coroa. A <strong>Jufem</strong><br />
tomou iniciativa <strong>de</strong> invocar a Mãe Três vezes Admirável como Rainha.<br />
Em 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>1941 fizeram seu juramento à ban<strong>de</strong>ira e entregaramna<br />
à Mãe no Santuário como símbolo <strong>de</strong> coroação.<br />
Em 1981, celebrando os 50 anos <strong>de</strong> fundação da Juventu<strong>de</strong> Feminina, a<br />
juventu<strong>de</strong> coroou a RTA em Schoenstatt como Rainha da Juventu<strong>de</strong> do<br />
mundo. Acompanhando esta corrente <strong>de</strong> vida , no <strong>Brasil</strong> a juventu<strong>de</strong><br />
elaborou a coroa <strong>de</strong> 50 lírios e coroou a Mãe <strong>de</strong> Deus como Rainha da<br />
Juventu<strong>de</strong> brasileira.<br />
E nós, neste ano jubilar, queremos também, juntamente com a coroação<br />
presentear a nossa Rainha com o Cetro. Mas, porque o Cetro? Qual o seu<br />
significado?<br />
A Coroa Real é símbolo <strong>de</strong> soberania e dignida<strong>de</strong>. O Cetro Real é símbolo<br />
da força e do po<strong>de</strong>r governamental. Tanto na Bíblia, como na história <strong>de</strong><br />
Schoenstatt, o Cetro ocupa <strong>um</strong> lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />
Encontramos no Livro <strong>de</strong> Ester nos capítulos 4, 5, 6 e 7 a intervenção da<br />
rainha Éster em favor do seu povo, no qual o rei esten<strong>de</strong> o cetro para<br />
recebê-la.<br />
“O povo ju<strong>de</strong>u foi acusado injustamente perante o Rei Assuero; então<br />
Mardoqueu, ju<strong>de</strong>u, tutor <strong>de</strong> Ester e funcionário da corte, solicitou a<br />
13
Ester, que também era judia, que fosse ter com o rei, para pedir graça e<br />
suplicar em favor <strong>de</strong> seu povo.<br />
No terceiro dia, terminando sua prece, Ester revestiu-se com todo o<br />
seu esplendor. Assim adornada, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter invocado o Senhor Deus,<br />
juiz e salvador, tomou consigo duas servas... estava formosa, <strong>de</strong> rosto<br />
alegre, mas seu coração estava angustiado pelo temor.<br />
Ultrapassando todas as portas, ela se apresenta diante do Rei.<br />
O rei Assuero estava sentado em seu trono real, revestido <strong>de</strong> todos os<br />
ornamentos <strong>de</strong> sua majesta<strong>de</strong>, coberto <strong>de</strong> ouro e <strong>de</strong> pedras preciosas,<br />
seu aspecto era imponente. (...)<br />
Todos os servos do rei e todo o povo sabem que há <strong>um</strong>a lei real<br />
con<strong>de</strong>nando à morte todo aquele que penetrar no interior do palácio<br />
real, sem ser convocado pelo rei, não há senão <strong>um</strong>a sentença: <strong>de</strong>ve<br />
morrer, a menos que o rei lhe estenda o cetro <strong>de</strong> ouro, para que viva. (...)<br />
Logo que o rei <strong>de</strong> seu trono ergueu a cabeça radiante <strong>de</strong> esplendor e<br />
dirigiu o seu olhar à rainha Ester, ela <strong>de</strong>smaiou.<br />
O rei a reconforta e pergunta: “Que tens rainha Ester? Sou teu irmão!<br />
Ânimo, não morrerás! Nossa or<strong>de</strong>m só vale para os súditos.”<br />
O rei ergueu o seu cetro <strong>de</strong> ouro e aproximou-se da rainha Ester,<br />
dizendo: “Dize-me o que <strong>de</strong>seja e, ainda que seja a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> meu reino,<br />
te darei.” Ao que a rainha respon<strong>de</strong>u: ”Se achei graça a teus olhos, ó rei,<br />
e se ao rei lhe parecer bem, conce<strong>de</strong>-me a vida, eis o meu pedido; salva<br />
o meu povo, eis o meu <strong>de</strong>sejo!”<br />
Pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ste cetro real, a Rainha Ester encontrou graça diante do<br />
rei quando lhe apresenta o seu pedido, salvando o seu povo da ruína.<br />
Não só na história do povo <strong>de</strong> Deus, mas também em Schoenstatt o<br />
Cetro <strong>de</strong>sempenha importante papel.<br />
Em Schoenstatt a Coroa e Cetro são insígnias reais da Mãe <strong>de</strong> Deus. Ela<br />
é a nova Ester que empunha o Cetro em favor do seu povo.<br />
No sinal da coroa e do cetro, a obra da Mãe <strong>de</strong> Deus floresce, apesar<br />
das lutas e batalhas. Ela é sempre vitoriosa.<br />
Des<strong>de</strong> as épocas mais remotas do antigo Schoenstatt, do ano <strong>de</strong> 1143, o<br />
cetro já é o centro das aspirações.<br />
Uma história nos <strong>de</strong>svenda como bênção do cetro, já pairava sobre o<br />
antigo convento das agostinianas.<br />
14
A Aba<strong>de</strong>ssa do Claustro das monjas agostinianas em Schoenstatt ,<br />
queria mandar fazer <strong>um</strong> selo com a imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, para<br />
colocá-lo nos doc<strong>um</strong>entos do claustro. Esse selo <strong>de</strong>via expressar<br />
claramente que Maria é Soberana e Proprietária do claustro e que,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início todos os seus bens foram consagrados a Ela.<br />
Pensativa a aba<strong>de</strong>ssa então andava pensativa pelo jardim, procurando<br />
<strong>um</strong>a solução.<br />
“Precisamos mandar fazer <strong>um</strong> selo que doc<strong>um</strong>ente tudo isso e que seja a<br />
rubrica do nosso convento.<br />
Acho que este selo <strong>de</strong>veria apresentar a imagem <strong>de</strong> Maria com o filho<br />
nos braços, <strong>um</strong>a coroa ornando sua fronte e <strong>um</strong> cetro poente em sua<br />
mão direita! Mas, como po<strong>de</strong>ria ser este cetro?”<br />
De repente a aba<strong>de</strong>ssa parou diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> canteiro <strong>de</strong> lírios. Seu<br />
coração jubilou!<br />
“O lírio <strong>de</strong>verá ser a forma do cetro da Rainha do convento <strong>de</strong><br />
Schoenstatt! Coroa e Cetro Lirial serão as insígnias reais <strong>de</strong> nossa<br />
gran<strong>de</strong> Rainha!”<br />
E assim foi concretizado.<br />
Foi <strong>um</strong> dia <strong>de</strong> festa quando o artista entregou a obra pronta à aba<strong>de</strong>ssa,<br />
o selo sagrado da Senhora <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
A imagem da Mãe <strong>de</strong> Deus sentada n<strong>um</strong> trono, com o Menino Jesus nos<br />
braços; na cabeça <strong>um</strong>a bela coroa, e, na mão direita, o cetro lirial.<br />
Em diversas ocasiões, nosso Pai e Fundador também entregou o cetro<br />
nas mãos <strong>de</strong> nossa Mãe e Rainha. “Ao lado e com Cristo, o Rei, Ela, a<br />
Mãe, como Rainha do céu e da terra, <strong>de</strong>ve ter o cetro nas mãos, e reger<br />
os povos.” Pe. JK<br />
O cetro foi sempre a expressão, o símbolo <strong>de</strong> sua inabalável confiança<br />
no po<strong>de</strong>r, no amor e na sabedoria da Rainha <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
Por isso queremos entregar à nossa Mãe, a sua coroa lirial que foi<br />
entregue há 25 anos, e, para reforçar ainda mais que ela é a nossa<br />
Rainha, que rege a nossa vida, queremos entregar também o CETRO<br />
LIRIAL.<br />
Gran<strong>de</strong> parte dos nossos doc<strong>um</strong>entos e juventu<strong>de</strong>, são registros <strong>de</strong><br />
fundação, conquistas, celebrações... atos que marcaram a nossa história<br />
e inspiraram a juventu<strong>de</strong> a querer sempre mais, conquistar mais. A<br />
geração que celebrava os 50 anos da jufem <strong>de</strong>cidiu coroar a MTA, elas<br />
15
<strong>de</strong>senharam, <strong>de</strong>ram <strong>um</strong> simbolismo e a conquistaram. E nós, o que<br />
queremos que falem <strong>de</strong> nós as gerações futuras? O que <strong>de</strong>ixaremos<br />
como marca <strong>de</strong>sse jubileu?<br />
Neste ano jubilar queremos presentear a nossa Mãe e Rainha, dando a<br />
Ela o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> reger a nossa vida. A coroa é o sinal <strong>de</strong> nobreza, o cetro<br />
é sinal <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Uma rainha só po<strong>de</strong> reger <strong>um</strong> reino, se tiver em suas<br />
mãos <strong>um</strong> Cetro.<br />
Por isso damos à nossa MTA <strong>um</strong> cetro, para que ela, como nossa Mãe e<br />
RAINHA, possa reger toda a nossa vida, orientar-nos nas situações <strong>de</strong><br />
perigo do nosso tempo. No sinal da Coroa e do Cetro a obra da Mãe <strong>de</strong><br />
Deus floresce, apesar das lutas e batalhas.<br />
O Cetro que entregaremos à Mãe, será<br />
constituído <strong>de</strong> duas partes:<br />
- A LÂMPADA SAGRADA, que<br />
simbolizando as gerações Ver Sacr<strong>um</strong> e<br />
toda a herança que eles nos <strong>de</strong>ixaram.<br />
- LÍRIO – que representa toda a<br />
juventu<strong>de</strong> feminina, o nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ser<br />
Lírio do Pai, Tabor para o mundo, e a nossa missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong><br />
feminina.<br />
Como proposta, para a conquista do Cetro, lançamos o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />
cultivarmos <strong>um</strong>a semente. Você <strong>de</strong>ve plantar <strong>um</strong>a semente <strong>de</strong> flor e<br />
cuidar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agora, até a Jornada Jubilar da Juventu<strong>de</strong> (JJJ) em<br />
setembro.<br />
Lenda: A flor da honestida<strong>de</strong><br />
Conta-se que, na China antiga, <strong>um</strong> príncipe da região norte do país<br />
estava às vésperas <strong>de</strong> ser coroado imperador. Antes, porém, ele <strong>de</strong>veria<br />
se casar. Conhecendo as exigências das leis e os cost<strong>um</strong>es locais, ele<br />
resolveu promover <strong>um</strong>a disputa entre as moças da China, da nobreza ou<br />
não. Qualquer <strong>um</strong>a que se achasse digna <strong>de</strong> sua proposta, podia<br />
participar da disputa. Feito o anúncio oficial, o príncipe marcou o dia em<br />
16
que receberia todas as preten<strong>de</strong>ntes e lançaria <strong>um</strong> <strong>de</strong>safio. A vencedora<br />
seria a sua esposa e imperatriz. Uma velha senhora, serva do palácio há<br />
muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu <strong>um</strong>a<br />
leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha tinha profundo amor pelo<br />
príncipe, mas, sendo plebéia, nem podia sonhar em participar. Ao chegar<br />
em casa e contar sobre a cerimônia marcada para breve, a velha serva<br />
espantou-se, ao saber que a filha pretendia ir à celebração. Indagou,<br />
incrédula: “Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais<br />
belas e ricas moças da corte. Tire essa idéia insensata da cabeça, eu sei<br />
que você <strong>de</strong>ve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento <strong>um</strong>a loucura.”<br />
A filha respon<strong>de</strong>u:<br />
“Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Sei que<br />
jamais po<strong>de</strong>rei ser a escolhida, mas é minha oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar pelo<br />
menos alguns momentos perto do príncipe. Basta isto para eu ser feliz.”<br />
Chegado o dia do lançamento do <strong>de</strong>safio, a jovem plebéia chegou ao<br />
palácio. Lá estavam, <strong>de</strong> fato, as mais belas moças da nobreza chinesa,<br />
com as mais belas roupas, com as jóias mais finas, todas elas com a<br />
firme intenção <strong>de</strong> ser a nova imperatriz. Após nervosa espera, o príncipe<br />
finalmente anunciou o <strong>de</strong>safio:<br />
Darei <strong>um</strong>a semente a cada <strong>um</strong>a <strong>de</strong> vocês. Aquela que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seis<br />
meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e<br />
imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas<br />
tradições daquele povo, que valorizava o hábito <strong>de</strong> cultivar algo. Na casa<br />
da velha serva, sua resignada filha se esforçava para produzir <strong>um</strong>a flor<br />
a partir da semente recebida. Mesmo não tendo habilida<strong>de</strong> nas artes da<br />
jardinagem, ela cuidava com paciência e ternura <strong>de</strong> sua semente, na<br />
esperança <strong>de</strong> conseguir <strong>um</strong>a flor tão bela quanto o tamanho <strong>de</strong> seu amor<br />
pelo príncipe.<br />
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara <strong>de</strong><br />
todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia,<br />
semana após semana, o tempo foi se esgotando até que se completaram<br />
os seis meses do <strong>de</strong>safio e nada havia brotado no vaso que ela com tanto<br />
carinho cultivava. Consciente do seu esforço e <strong>de</strong>dicação, a moça<br />
comunicou a sua mãe que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das circunstâncias,<br />
retornaria ao palácio na data e hora combinadas, pois não pretendia<br />
nada além <strong>de</strong> mais alguns momentos na companhia do príncipe.<br />
17
Na hora marcada ela estava lá, com seu vaso vazio. Entre as <strong>de</strong>mais<br />
preten<strong>de</strong>ntes, pelo contrário, cada <strong>um</strong>a chegava com <strong>um</strong>a flor mais bela<br />
que a outra, das mais variadas formas e cores. A jovem plebéia estava<br />
admirada, nunca havia presenciado cena tão linda.<br />
Chega, por fim, o momento esperado e o príncipe entra no salão. Uma<br />
por <strong>um</strong>a, observa todas as preten<strong>de</strong>ntes, todas as flores, inclusive a<br />
plebéia e seu vaso vazio. Após <strong>um</strong>a curta reflexão, o príncipe indica a<br />
jovem plebéia como sua futura esposa. O salão ecoou a surpresa geral.<br />
Ninguém entendia a escolha justamente daquela que nada havia<br />
cultivado. Calmamente o príncipe esclareceu:<br />
Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna <strong>de</strong> se tornar<br />
<strong>um</strong>a imperatriz: a flor da honestida<strong>de</strong>. Pois todas as sementes que<br />
entreguei eram estéreis.<br />
A flor da gratidão<br />
fato verídico – aconteceu em outubro <strong>de</strong> 2005.<br />
Uma jovem da juventu<strong>de</strong> feminina <strong>de</strong> Schoenstatt que se preparava<br />
para o seu casamento, queria que o seu buquê fosse feito <strong>de</strong> lírios,<br />
porém, não queria ir a <strong>um</strong>a floricultura simplesmente e comprá-los, ela<br />
queria, ela mesma cultivar as flores, para que florescesse a tempo <strong>de</strong><br />
seu casamento. Ela <strong>de</strong>u <strong>um</strong> choque térmico nas batatas dos lírios antes<br />
<strong>de</strong> plantá-los, porque a época do seu casamento, não era época <strong>de</strong>les<br />
florescerem.<br />
A cada dia ela contemplava o seu canteiro <strong>de</strong> lírios, porém eles pareciam<br />
que não iriam florescer, mas ela não <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> cultivá-los, permaneceu<br />
firme em seu ato.<br />
A Mãe <strong>de</strong> Deus aceitou a oferta da jovem, e presenteou que as flores<br />
pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>sabrochar, na véspera do seu casamento, nem antes e nem<br />
<strong>de</strong>pois, mas no momento certo.<br />
Patrícia Shima presenteou a Mãe <strong>de</strong> Deus, e a Mãe também a<br />
presenteou.<br />
Agora, nós vamos cultivar as nossas sementes, vamos nos <strong>de</strong>dicar a elas.<br />
A cada dia, e, a cada momento em que formos cuidar das nossas flores,<br />
<strong>de</strong>vemos pensar que temos <strong>um</strong> propósito a c<strong>um</strong>prir para a conquista do<br />
18
Cetro Lirial. Ao fim <strong>de</strong> cada reunião do livrinho, nós <strong>de</strong>cidimos <strong>um</strong><br />
Capital <strong>de</strong> Graças, e que <strong>de</strong>vemos agora colocá-lo na nossa vida.<br />
Po<strong>de</strong> ser que chegado o momento da jornada, o nosso vaso não esteja<br />
como esperamos, mas, é importante a sua <strong>de</strong>dicação, saber que n<strong>um</strong><br />
momento você lembrou que tinha <strong>um</strong> compromisso com a MTA, e não o<br />
<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> lado. Nos exemplos acima, as jovens foram fiéis ao seu<br />
compromisso. A Mãe espera isso <strong>de</strong> você também.<br />
E nós nos lançamos como sementes para florescer a 1 a Geração<br />
Primavera Sagrada do <strong>Brasil</strong>.<br />
A semente <strong>de</strong>ve morrer para então surgir <strong>um</strong>a nova vida. Nós <strong>de</strong>vemos<br />
por Schoenstatt morrer, para que então se faça a Primavera Sagrada.<br />
Oração para Conquista do Cetro<br />
Mãe, em nossa pequenez e limitação, te proclamamos novamente nossa<br />
Rainha Lirial. Empunha o Cetro e manifesta teu po<strong>de</strong>r em noite escura<br />
<strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong> . Forma-nos no teu amor, como sementes que se lançam<br />
na terra <strong>de</strong> Schoenstatt. Age em nós, para que ass<strong>um</strong>indo o teu Reino,<br />
com verda<strong>de</strong>iro ardor apostólico, tenhamos coragem <strong>de</strong> lutar contra<br />
a massificação que envolve o mundo.<br />
Schoenstatt nosso guia que conduz à luta, fonte <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> na vida<br />
diária, seja o berço <strong>de</strong>ssa Nova Primavera Sagrada, <strong>um</strong>a geração que<br />
quer entregar-se sem reservas, por meio <strong>de</strong> sacrifícios e gran<strong>de</strong>s<br />
aspirações.<br />
A Primavera Sagrada não <strong>de</strong>seja a renúncia por causa da renúncia, não<br />
<strong>de</strong>seja <strong>um</strong>a morte por resignação, esta Primavera Sagrada conhece<br />
somente o sacrifício para gerar vida, quer per<strong>de</strong>r tudo para conquistar<br />
tudo. Depositamos em tuas mãos nossa boa vonta<strong>de</strong> e nossos fracassos,<br />
frente à missão que nos <strong>de</strong>ste: em tudo atua em nós e por nós.<br />
Cuida que cresçamos no reino da verda<strong>de</strong> e da justiça para construirmos<br />
<strong>um</strong> mundo como agrada o Pai. Amém.<br />
Dirigente: No final da reunião todas as que querem comprometer-se em<br />
empenhar-se pela conquista do cetro e para que surja a sagrada<br />
primavera em nossa juventu<strong>de</strong> são convidadas a plantar a semente. O<br />
cultivo <strong>de</strong>ssa semente é como o contrato do ano <strong>de</strong> 2005.<br />
19
Propósito: Escolher com as meninas o primeiro ponto prático nessa<br />
preparação da jornada e do cultivo da semente.<br />
Oração Final: Oração da conquista do cetro<br />
Nota:<br />
Pequenez e limitação = semente<br />
Noite escura = situações <strong>de</strong> perigos.<br />
20
1ª <strong>Reunião</strong>: “Guardamos a Herança”<br />
Objetivo: É tempo <strong>de</strong> nos lançarmos como semente, gerando vida nova.<br />
Dinâmica: Lenda da geração Ver Sacr<strong>um</strong> – po<strong>de</strong>ria fazer <strong>um</strong>a encenação<br />
da lenda:<br />
Ver sacr<strong>um</strong> – a palavra vem da Roma antiga e indica <strong>um</strong> cost<strong>um</strong>e do povo<br />
em tempos <strong>de</strong> aflição e guerra; <strong>de</strong>scrito por Tito Lívio, historiador<br />
romano, em seu 22ºlivro.<br />
Pe.Hermes (palotino) escreveu sobre esse tema <strong>um</strong>a peça <strong>de</strong> teatro para<br />
o Jubileu <strong>de</strong> 100 anos da fundação da Socieda<strong>de</strong> dos palotinos, em 1935<br />
e lhe <strong>de</strong>u <strong>um</strong> sentido cristão.<br />
VER SACRUM- Conhecemos a lenda em que <strong>um</strong> rei estava preocupado<br />
com seu povo porque se encontra em gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s.. Sua cida<strong>de</strong><br />
durante a guerra, tinha sido impregnada pela peste negra, muitos<br />
morriam, os que sobreviviam se tornavam mesquinhos, ambiciosos,<br />
ninguém podia confiar em ninguém. Tratava-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> povo impuro, cheio<br />
<strong>de</strong> ódio e inveja no coração. O rei preocupado com o futuro <strong>de</strong> seus<br />
súditos convoca <strong>um</strong>a reunião com os sábios do reino para tentar achar<br />
<strong>um</strong>a saída, a salvação <strong>de</strong> seu povo.<br />
A solução encontrada foi a sabedoria dos ante<strong>passado</strong>s: oferecer <strong>um</strong><br />
sacrifício, <strong>um</strong>a expiação a Deus; consagrar a Deus os frutos, assim como<br />
as crianças nascidas durante 1 ano e separá-las <strong>de</strong>ste povo. Elas seriam<br />
educadas até a maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>viam apren<strong>de</strong>r dos sacerdotes a servirem<br />
a Deus, a possuírem princípios, a respeitarem ao próximo. Deviam ser<br />
<strong>um</strong>a juventu<strong>de</strong> pura, intocada pelo pecado <strong>de</strong> seus antecessores.<br />
Essa geração recebeu o nome <strong>de</strong> Primavera Sagrada, porque foi<br />
escolhida, consagrada e retirada do meio da corrupção do mundo;<br />
enviada para construir <strong>um</strong> novo povo, a cida<strong>de</strong> que não conhecia a<br />
corrupção e a malícia.<br />
(...) Alguns anos mais tar<strong>de</strong> – estando o povo à beira da total <strong>de</strong>struição<br />
- aquela juventu<strong>de</strong> consagrada se pôs a caminho. Durante a caminhada<br />
ao c<strong>um</strong>e da montanha sagrada, os jovens enfrentaram muitas<br />
dificulda<strong>de</strong>s. Dentre eles poucos perseveraram. Quanto mais ru<strong>de</strong> e<br />
inabitável a região se tornava, mais jovens <strong>de</strong>sistiam. Poucos chegaram<br />
21
ao c<strong>um</strong>e por causa disso, passaram dias <strong>de</strong> fome e se<strong>de</strong>. Não é <strong>de</strong> se<br />
admirar que nessa situação <strong>um</strong> jovem se revolte contra o guia do grupo e<br />
conquiste alguns que a<strong>de</strong>rem a ele. Um amigo do jovem guia convence os<br />
revoltosos a esperarem e a suportarem mais <strong>um</strong>a noite. Durante essa<br />
noite os jovens sofreram tentações <strong>de</strong> <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r maligno (representado<br />
por <strong>um</strong> gnomo), que queria fazer com que eles <strong>de</strong>sviassem <strong>de</strong> sua<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. O gnomo lhes mostrava <strong>um</strong> futuro tenebroso que os<br />
conduziria à morte; que não há salvação para os homens: o ódio vence o<br />
amor e vem a guerra. Por fim o maligno prometeu ao jovem guia todos os<br />
reinos do mundo se ele <strong>de</strong>sistisse <strong>de</strong>ssa missão. Mas o guia não <strong>de</strong>ixou<br />
se confundir, então o gnomo dirigiu-se aos seguidores e diante <strong>de</strong> seus<br />
olhos transformou as pedras em pão. Fez surgir <strong>um</strong>a paisagem mágica.<br />
Os que estavam <strong>de</strong>scontentes se aproximaram. Nesse momento <strong>de</strong><br />
aflição Deus interveio por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> anjo, anunciando o c<strong>um</strong>primento<br />
<strong>de</strong> seus sacrifícios, salvando-os da ameaça do adversário, conduzindo-os<br />
à Primavera prometida.<br />
(...) Noutro lugar não muito distante, a guerra se estendia, havendo<br />
muita matança. Refugiou-se na floresta <strong>um</strong> dos antigos sábios do reino<br />
com seu filho morto, este jovem fazia parte da Sagrada Primavera mas<br />
seu pai não permitiu que partisse com os outros, então ele acabou<br />
morrendo na guerra. As tropas inimigas se aproximam daquela região.<br />
Logo também ele morreria... N<strong>um</strong> momento crucial, em meio à escuridão,<br />
surge <strong>um</strong>a luz <strong>de</strong>licada e fascinante, no meio da qual se entoa <strong>um</strong> canto:<br />
“L<strong>um</strong>en Christi”. O matagal se abre e os consagrados que há anos haviam<br />
<strong>de</strong>ixado o povo se aproximaram.<br />
À sua frente carregavam a imagem da Virgem com o Filho. Neles<br />
brotava a Primavera como <strong>um</strong> sinal <strong>de</strong> que ela realmente chegou, o jovem<br />
guia chama à vida ao amigo morto. Este se levanta e saúda o Filho e Mãe.<br />
Em seguida ele se dirige aos outros e diz:<br />
“Vin<strong>de</strong>, vamos adiante!<br />
Levemos esta imagem por toda a terra,<br />
Levemos este gran<strong>de</strong> sinal<br />
Aos que se queixam,<br />
Aos <strong>de</strong>sesperados e moribundos<br />
Para que os mortos ressuscitem<br />
Para que se faça o novo homem<br />
22
Para que todos experimentem e anunciem<br />
A sagrada Primavera do Senhor!”<br />
Desenvolvimento:<br />
VER SACRUM na geração dos meninos<br />
Sobre o fundamento <strong>de</strong>ste Ver Sacr<strong>um</strong> antigo surgiu o i<strong>de</strong>al da segunda<br />
geração <strong>de</strong> heróis da juventu<strong>de</strong> schoenstatiana, nos anos <strong>de</strong> 1939/1940.<br />
Esse episódio foi <strong>um</strong> chamado <strong>de</strong> Deus para eles, tornou-se meta e<br />
caminho da aspiração. A gran<strong>de</strong> situação <strong>de</strong> perigo daquela época era o<br />
contexto da segunda guerra mundial.<br />
O caminho até o Ver Sacr<strong>um</strong> - tempo <strong>de</strong> Aflição<br />
Em outubro <strong>de</strong> 1938 os jovens seminaristas receberam <strong>um</strong> mandato do<br />
governo nazista para abandonar Schoenstatt, o seminário se tornaria<br />
<strong>um</strong>a escola para a juventu<strong>de</strong> nazista.<br />
Antes <strong>de</strong> abandonar Schoenstatt os jovens se dirigiram aos túmulos dos<br />
heróis on<strong>de</strong> fizeram <strong>um</strong> juramento <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à herança da geração<br />
fundadora <strong>de</strong> Schoenstatt “guardamos vossa herança”-outubro <strong>de</strong> 1938.<br />
Em agosto <strong>de</strong> 1939 eles retornaram a Schoenstatt para <strong>um</strong>a jornada na<br />
qual o padre Bezler, seu guia espiritual <strong>de</strong>spertou neles a consciência <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong> pelo tempo atual e pelo futuro <strong>de</strong> tal comunida<strong>de</strong>. “Pelo<br />
puro que se oferece como sacrifício, Deus salvará <strong>um</strong> povo”.<br />
Ao término <strong>de</strong>ssa jornada os jovens que aspiravam com mais radicalismo<br />
ao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> Schoenstatt <strong>de</strong>cidiram comprometer-se totalmente com a<br />
MTA para ser Pars Motrix (parte central, motor) do reino da juventu<strong>de</strong>.<br />
Para não chamar atenção dos nazistas reuniram-se no celeiro da antiga<br />
casa juntamente com o padre Bezler, eram 8 jovens entre eles o herói<br />
Henrique Schefer, como dirigente.<br />
Expressaram seus i<strong>de</strong>ais n<strong>um</strong>a oração <strong>de</strong> consagração que <strong>de</strong>pois cada<br />
<strong>um</strong> rezou no santuário a partir da oferenda feita naquele momento <strong>de</strong>via<br />
surgir <strong>um</strong>a Primavera Sagrada. Este ato realizado em 09 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />
1939 ficou conhecido como Conspiração do celeiro.<br />
Em novembro <strong>de</strong> 1939 os seminaristas que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>um</strong> curto período<br />
<strong>de</strong> serviço militar foram licenciados, se encontraram em Ehrenbreistein<br />
(antiga casa do internato dos palotinos) e fizeram <strong>um</strong>a reunião para<br />
23
tratar do trabalho futuro e imediatamente enviaram <strong>um</strong>a carta circular<br />
a todos os dirigentes responsáveis que estavam dispersos.<br />
Então se usou pela primeira vez a expressão Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />
Irrupção da Primavera Sagrada<br />
Após o natal <strong>de</strong> 1939 os jovens se reuniram novamente em Schoenstatt<br />
para <strong>um</strong>a jornada na qual o Pe. Bezler pregou a conferência que se<br />
tornou a ata <strong>de</strong> fundação da Primavera Sagrada, era o dia 03 <strong>de</strong> janeiro<br />
<strong>de</strong> 1940.<br />
Este se tornou o ano da Primavera Sagrada. Com o Ver Sacr<strong>um</strong> ficou<br />
claro que também <strong>um</strong> grupo pequeno po<strong>de</strong> realizar gran<strong>de</strong>s coisas. “Não<br />
importa quantos crêem, tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> com quanta intensida<strong>de</strong> se<br />
crê”. Eles tornaram o corpo <strong>de</strong> voluntários para o reino <strong>de</strong> Cristo. Os<br />
jovens novamente <strong>de</strong>ixaram Schoenstatt e voltaram à guerra on<strong>de</strong><br />
selaram sua vida. “Se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se<br />
apague, no mesmo instante, a nossa luz no santuário”.<br />
A Mãe <strong>de</strong> Deus levou a sério este <strong>de</strong>sejo e exigiu <strong>de</strong>ssa geração não<br />
apenas <strong>um</strong>a vida <strong>de</strong> sacrifícios, mas o sacrifício da vida <strong>de</strong> 28 jovens.<br />
Assim <strong>um</strong> <strong>de</strong>les escreveu:”Queremos oferecer-nos à nossa MTA para<br />
ser o Ver Sacr<strong>um</strong> do nosso povo, para a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>, nesta situação<br />
sem saída.Queremos oferecer-nos como sacrifício <strong>de</strong> expiação,<br />
dispostos a partir, a renunciar a tudo o que possuímos até agora., a<br />
oferecer nossa vida para salvar Schoenstatt, a juventu<strong>de</strong> e a fé <strong>de</strong><br />
nosso povo” (Pe Alfonso Boess –padre <strong>de</strong> Schoenstatt que pertence<br />
àquela geração)<br />
Estes jovens que a Mãe <strong>de</strong> Deus enterrou como semente durante a 2ª<br />
guerra mundial para seu reino foram porta-estandartes do Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />
VER SACRUM na Juventu<strong>de</strong> Feminina<br />
Também entre o círculo da juventu<strong>de</strong> feminina floresceu e expandiu a<br />
Sagrada Primavera. Em 16 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1935 nosso Pai e Fundador<br />
dirige as seguintes palavras:<br />
“(...) Vós minhas queridas princesas lírios, ten<strong>de</strong>s agora à missão<br />
<strong>de</strong> partir daqui como Ver Sacr<strong>um</strong>. De agora em diante caminharemos à<br />
sombra do santuário. O que precisamos fazer? Elevar ao alto o mundo<br />
que nos cerca e que está afundando. Sentis o quero dizer com isto?<br />
24
Quem po<strong>de</strong> acreditar ter sido chamada para essa tarefa tão grandiosa?<br />
Somente aquelas que querem se distinguir no combate para Cristo, e nas<br />
lutas pelo reino da querida Mãe <strong>de</strong> Deus”.<br />
Em 1951 o fundador foi separado <strong>de</strong> sua obra e em 1952 foi exilado na<br />
América do Norte. Depois Pe. Bezler foi <strong>de</strong>mitido <strong>de</strong> sua tarefa na<br />
juventu<strong>de</strong> feminina. A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Schoenstatt estava em perigo<br />
se mostrava sempre mais claramente. Começaram as discussões em<br />
torno <strong>de</strong> sua obra. Visto h<strong>um</strong>anamente, <strong>um</strong>a aflição sem saída, <strong>um</strong>a<br />
pronunciada situação <strong>de</strong> Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />
Escolha e seleção:<br />
A Mãe <strong>de</strong> Deus convoca alg<strong>um</strong>as jovens, entre elas, Elisabeth Schalück,<br />
para <strong>um</strong>a responsabilida<strong>de</strong> especial por sua obra. Neste tempo <strong>de</strong><br />
aflição, por seu ser, elas <strong>de</strong>viam anunciar Schoenstatt <strong>de</strong> modo integral.<br />
Um “punhado” <strong>de</strong> jovens foram chamadas para Freckenhorst, para ser o<br />
primeiro Ver Sacr<strong>um</strong> da Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
Em <strong>um</strong> protocolo do grupo <strong>de</strong> Elisabeth po<strong>de</strong>mos ler: “ ... posso fazer<br />
isto? Como Jose Engling po<strong>de</strong>mos fazer a oferta da nossa vida a Mãe <strong>de</strong><br />
Deus? Devemos fazê-la! Se queremos levar a sério nossa missão, não<br />
po<strong>de</strong>mos negar nada a Mãe <strong>de</strong> Deus. Julio Steinkaul diz: “Não me <strong>de</strong>ixo<br />
abater, pois a tarefa não é <strong>um</strong>a coisa da minha ambição pessoal, mas<br />
minha vocação!”. Esta atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve dar também a nós <strong>um</strong>a resposta.<br />
Fomos chamadas a ser Ver Sacr<strong>um</strong>. Em cada século o mundo viveu do<br />
sacrifício da vida <strong>de</strong> <strong>um</strong>a sagrada primavera. Nossa tarefa é ser sagrada<br />
primavera para o tempo <strong>de</strong> hoje. Nossa vonta<strong>de</strong> ainda <strong>de</strong>ve ser provada<br />
por muitos sacrifícios. Devemos educar-nos para atingir <strong>um</strong> espírito<br />
sacrifical sério e genuíno e <strong>de</strong>ixar que nossa Mãe Rainha nos eduque<br />
para este fim. Pertencem à sagrada primavera todas as que estão<br />
prontas a educar-se para a gran<strong>de</strong> hora fazendo hoje o que este hoje<br />
espera <strong>de</strong>las”.<br />
A nova forma <strong>de</strong> vida dos que são convocados é “novo homem na nova<br />
comunida<strong>de</strong>”. O “homem velho” <strong>de</strong>ve ser posto <strong>de</strong> lado, tudo o que<br />
impe<strong>de</strong> a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à missão <strong>de</strong>ve ser abandonado: po<strong>de</strong>m ser pessoas<br />
que impe<strong>de</strong>m o caminho da missão, as coisas queridas, os cost<strong>um</strong>es, os<br />
anseios, as exigências. Elas sentem que será <strong>um</strong>a partida cheia <strong>de</strong><br />
25
sacrifícios. As jovens encontraram nessas palavras a resposta para a<br />
aflição do tempo atual e a transição para o tempo futuro.<br />
Nota: A própria Elisabeth confessa: “Minha vida é <strong>um</strong>a única graça <strong>de</strong><br />
Deus. E quando se quer louvar algo, então é a sua misericórdia. Todas<br />
po<strong>de</strong>riam fazer como eu, se caminharem com a graça. Eu agra<strong>de</strong>ço à Mãe<br />
<strong>de</strong> Deus pela minha vocação para Schoenstatt e para o Ver Sacr<strong>um</strong>.”<br />
Elisabeth se esforçou para se tornar esse “novo homem”. Ela estava<br />
convicta <strong>de</strong> que o novo homem é livre <strong>de</strong> tudo o que arrasta para baixo,<br />
<strong>de</strong> <strong>um</strong> modo <strong>de</strong> vida inferior, é livre <strong>de</strong> respeito h<strong>um</strong>ano e <strong>de</strong> todo tipo<br />
<strong>de</strong> obstáculo. Novos homens seguem com segurança o seu caminho, quer<br />
sejam reconhecidos, compreendidos ou recusados. Somente homens<br />
livres conforme a imagem <strong>de</strong> nossa Mãe e Rainha vencem o tempo <strong>de</strong><br />
hoje e edificam o futuro.<br />
Como primeira da região, Elisabeth pronuncia as palavras: “Se a<br />
Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pa<strong>de</strong>rborn romper sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, na mesma hora se apaga<br />
a luz no Santuário.”<br />
Elisabeth queria completar por seu sacrifício aquilo que, apesar <strong>de</strong> todo<br />
o esforço e aspiração, não tinha conseguido realizar, principalmente no<br />
seu trabalho na juventu<strong>de</strong>. “Consigo mais facilmente suportar algo do<br />
que fazer alg<strong>um</strong>a coisa”. Ela diz isso e n<strong>um</strong> livro com a via-sacra <strong>de</strong><br />
Guardini, sublinha o trecho: “Senhor, se eu pu<strong>de</strong>sse compreen<strong>de</strong>r como<br />
é grandioso sofrer pelos outros!”<br />
E nós, que dádiva e tarefa recebemos <strong>de</strong>ssas gerações?<br />
“Queremos conquistar <strong>um</strong> reino para a Mãe <strong>de</strong> Deus no mundo da<br />
juventu<strong>de</strong>”, nosso Pai e Fundador nos diz: “o que herdaste <strong>de</strong> vossos<br />
pais conquistai para possuir<strong>de</strong>s”.<br />
O entusiasmo e o sacrifício <strong>de</strong> vida daquela juventu<strong>de</strong> tornaram-se<br />
penhor pelo florescimento do Ver Sacr<strong>um</strong> também em nosso tempo.<br />
Hoje a Mãe <strong>de</strong> Deus nos convida a ass<strong>um</strong>ir este i<strong>de</strong>al para com Ela, a<br />
partir do Santuário, configurarmos <strong>um</strong>a Juventu<strong>de</strong> nova.<br />
Como o Ver Sacr<strong>um</strong> irrompeu na nossa Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong><br />
Schoenstatt brasileira?<br />
Ao sermos introduzidas no contexto dos quatro jubileus da <strong>Jufem</strong> que<br />
celebraremos neste ano <strong>de</strong> 2006, começamos a lançar <strong>um</strong> olhar mais<br />
26
profundo à História <strong>de</strong> nossa Juventu<strong>de</strong>. Assim observamos as marcas<br />
que as outras gerações <strong>de</strong>ixaram em seu tempo, na história <strong>de</strong><br />
Schoenstatt e no mundo.<br />
Na Jornada <strong>de</strong> novembro da <strong>Jufem</strong> – JNJ- realizada em 2005, em<br />
Atibaia, recordamos também toda a corrente <strong>de</strong> vida da juventu<strong>de</strong><br />
mundial que se reuniu em Colônia e sentimos o imperativo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova<br />
juventu<strong>de</strong>. Especialmente neste tempo marcado por tantas situações <strong>de</strong><br />
perigo. Assim reconhecemos a herança que a Geração Ver Sacr<strong>um</strong> da<br />
Juventu<strong>de</strong> feminina nos <strong>de</strong>ixou. Elas contribuíram para que florescesse<br />
<strong>um</strong>a nova juventu<strong>de</strong> em seu tempo. Descobrimos que tempos especiais<br />
<strong>de</strong> aflição requerem <strong>um</strong>a Primavera consagrada.<br />
Nós como juventu<strong>de</strong> jubilar, <strong>de</strong>spertamo-nos para o anseio <strong>de</strong> nos<br />
tornar esta primavera Sagrada para o nosso tempo e tal anseio<br />
expressamos no lema: “Eis-me aqui, sou tua Primavera Sagrada!”. Cerca<br />
<strong>de</strong> 210 meninas ali se encontravam, sendo divididas em 5 grupos com<br />
finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o lema do ano.<br />
Juntamente com o lema, haviam surgido as seguintes propostas:<br />
Ita Pater! Eis-me aqui por <strong>um</strong>a nova Primavera Sagrada.<br />
Ads<strong>um</strong> ! Princesas para <strong>um</strong>a nova Primavera Sagrada.<br />
Geração jubilar r<strong>um</strong>o ao novo Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />
Confiante cresço como Lírio Sagrado.<br />
Primavera Sagrada: Floresça para <strong>um</strong>a nova geração heróica.<br />
O grupo <strong>de</strong> dirigentes se reuniu e então foi <strong>de</strong>cidido o lema para o ano<br />
<strong>de</strong> 2006, ano jubilar da jufem. O lema quer dizer que estamos ao inteiro<br />
dispor da Mãe, prontas para ass<strong>um</strong>ir a missão <strong>de</strong> florescer para <strong>um</strong>a<br />
nova juventu<strong>de</strong>. Uma nova geração, <strong>um</strong>a total entrega a Mãe. Po<strong>de</strong>mos<br />
encontrar muitos obstáculos em nossas vidas. Se tivermos Deus e nossa<br />
Mãe ao nosso lado, teremos força para trilhar nosso i<strong>de</strong>al e chegarmos a<br />
ser essa Primavera Sagrada.<br />
Po<strong>de</strong>mos refletir também a unida<strong>de</strong> que existe entre nosso<br />
i<strong>de</strong>al e missão nacional com este lema. Nosso lema veio a<br />
serviço <strong>de</strong> nosso i<strong>de</strong>al, veio esclarecer nossa missão:<br />
Se me sacrifico, purifico meu ser diante das situações <strong>de</strong><br />
perigo, estou c<strong>um</strong>prindo a missão da <strong>Jufem</strong>.<br />
27
O Ver Sacr<strong>um</strong> é a concretização com<strong>um</strong> do nosso i<strong>de</strong>al:<br />
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo.” Quando formos Ver<br />
Sacr<strong>um</strong>, sagrada primavera <strong>de</strong> lírios puros que se<br />
sacrificam pela juventu<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>remos resgatar a<br />
dignida<strong>de</strong> Feminina no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />
Propósito: Nossa semente está crescendo. Logo surgirá como a<br />
primavera. Que ponto prático queremos escolher nesse mês, como<br />
grupo?<br />
Oração final:<br />
Querida Rainha dos Lírios, queremos esforçar-nos, nesse ano jubilar,<br />
para tornar-nos para toda a juventu<strong>de</strong> brasileira <strong>um</strong>a sagrada<br />
primavera. Que nossa geração jubilar possa tornar-se fecunda na obra<br />
<strong>de</strong> Schoenstatt. Conce<strong>de</strong>-nos a graça da fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Querida Mãe e<br />
Rainha dos Lírios, “se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se<br />
apague, no mesmo instante, a nossa luz no Santuário”.<br />
28
2ª <strong>Reunião</strong>: VAIS COMIGO?<br />
Objetivo: Reconhecer que o chamado a ser Primavera Sagrada foi feito<br />
por Deus.<br />
Observação: Trazer bíblia para esta reunião<br />
Desenvolvimento:<br />
Para iniciarmos esta reunião vamos saborear duas passagens bíblicas:<br />
1º- 1Samuel 3, 1-10<br />
2º- Lucas 1, 26-38<br />
Dirigente: Comentar estas passagens relacionando com o “Eis-me aqui”.<br />
Como heroína da JUFEM, Bárbara Kast viveu o “Eis-me aqui”<br />
gradativamente em sua vida, ou seja, ela foi <strong>de</strong>ixando-se formar pela<br />
Mãe <strong>de</strong> Deus, assim comentou Ir. M. Aleja (assistente das Irmãs das<br />
Províncias da América do Sul) que nos visitou na Jornada <strong>de</strong> Novembro<br />
<strong>de</strong> 2005. Ir. M. Aleja, como colega <strong>de</strong> grupo e irmã <strong>de</strong> aliança <strong>de</strong><br />
Bárbara, contou <strong>um</strong> pouco <strong>de</strong> sua vivência com nossa heroína. Veremos<br />
abaixo sua palestra na íntegra.<br />
“ Vou res<strong>um</strong>ir minha experiência com ela porque quando a juventu<strong>de</strong><br />
festeja 75 anos da sua fundação, assim como falou a Ir. M. Ane da<br />
Regininha, tem muitas outras jovens que tem sido pedrinhas na<br />
construção da JUFEM no mundo.<br />
Uma <strong>de</strong>las é a Bárbara Kast, não sei se vocês sabem, mas ela faleceu no<br />
dia 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1968, o mesmo ano em que o Pai-Fundador<br />
faleceu, só que alguns meses <strong>de</strong>pois. Eu conheci ela só no último ano, eu<br />
não conhecia Schoenstatt eu cheguei em março <strong>de</strong> 1968 na JUFEM só<br />
para... (pausa) olhar e espionar como que era aquilo, e daí ver... se eu<br />
queria entrar e pertencer a essa juventu<strong>de</strong> ou não.<br />
Eu cheguei por <strong>um</strong> amiga minha, que estava neste grupo on<strong>de</strong> estava<br />
Bárbara Kast, era dirigente, eram seis ou sete meninas naquela altura.<br />
Eu queria entrar nesse grupo, mas eu achava que eram muito novas, a<br />
Bárbara estava no último ano da escola. Ela estava no colégio da Irmãs<br />
29
<strong>de</strong> Maria, lá em Santiago, no último ano, no ano número 12, último ano<br />
antes do vestibular. E eu já estava no segundo ano da universida<strong>de</strong>, eu<br />
achava que meninas do colégio ainda... (Risos) muito pequenas.<br />
A única que já estava na universida<strong>de</strong> era minha amiga, da escola, e todo<br />
resto eram do colégio das Irmãs <strong>de</strong> Maria, eram quatro do colégio, nos<br />
duas e mais <strong>um</strong>a. Mas elas quatro já se conheciam, eram colegas <strong>de</strong><br />
turma, e ainda todas no grupo da juventu<strong>de</strong>. Eu não queria, mas ela me<br />
convidou e eu achei algo nela, assim que (pausa) daí eu não dizia nada <strong>de</strong><br />
nada.<br />
Santuário, porque Santuário? Se todas as igrejas são iguais, se estando<br />
o Santíssimo <strong>de</strong>ntro, pra que vai ser <strong>um</strong> Santuário? E ainda tão pequeno<br />
que nem cabe toda gente <strong>de</strong>ntro. (Risos)<br />
Eu estava <strong>um</strong> pouco distante do grupo <strong>de</strong> Schoenstatt, e pobre Irmã,<br />
não estava conosco para enten<strong>de</strong>rmos algo <strong>de</strong> Schoenstatt. Quando<br />
começou a amiza<strong>de</strong> com a Bárbara, amiza<strong>de</strong> mais próxima, mais<br />
concreta, ela morava mais ou menos perto <strong>de</strong> mim, quando começamos a<br />
sair para dançar sábado <strong>de</strong> noite. (Risos)<br />
Ela era muito bonita, ela ia na minha casa primeiro, para arr<strong>um</strong>armos o<br />
cabelo. Daí começou a amiza<strong>de</strong>, e comecei a gostar mais <strong>de</strong> Schoenstatt<br />
por causa <strong>de</strong>la, e daquelas preparações para sair dias <strong>de</strong> sábado (Risos).<br />
Que bonito! Eu comecei a conhecer ela e me <strong>de</strong>i conta que ela como <strong>um</strong>a<br />
jovem <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito, ainda tinha <strong>de</strong>zessete naquela altura, ela carregava<br />
muita peso, porque ela era a maior <strong>de</strong> oito irmãos, e ela era a primeira<br />
menina, tinha irmãos mais velhos, mas era a primeira menina.<br />
E os pais <strong>de</strong>la eram alemães, e ela também nasceu na Alemanha, tinham<br />
<strong>um</strong> fábrica <strong>de</strong> frios, <strong>de</strong> presunto, essas coisas. Eles moravam mais ou<br />
menos <strong>um</strong>a hora e meia da cida<strong>de</strong>, no campo, on<strong>de</strong> tinha todos aqueles<br />
porquinhos e a fábrica <strong>de</strong> frios.<br />
Todos os irmãos moravam, em Santiago, na casa <strong>de</strong> <strong>um</strong>a senhora alemã,<br />
que cuidava <strong>de</strong>sses oito meninos. Eles iam para casa dos pais <strong>de</strong> sextafeira<br />
<strong>de</strong> tar<strong>de</strong> até domingo <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, tinham que voltar porque todo<br />
mundo estava na escola.<br />
E eram muitas ligações para os pais, que <strong>um</strong> irmãozinho ficou doente,<br />
que a outra tinha más notas na escola, que as tarefas eram muitas, que a<br />
comida... e a senhora que cuidava <strong>de</strong>les era velhinha, então Bárbara era<br />
praticamente a mãe nessa casa, e ela só tinha, quando eu conheci<br />
30
<strong>de</strong>zessete anos, mas ela fazia tudo isso com alegria, sempre tinha tempo<br />
para brinca<strong>de</strong>iras, sair para dançar, estudar, e estando no último ano da<br />
escola ela tinha muita boas notas, e ia muito bem nos estudos porque era<br />
muito inteligente.<br />
Daí começou a caminhar este grupo, começamos buscar nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />
grupo e não encontramos, não encontramos... Daí a Irmã achou que era<br />
melhor nos prepararmos para Aliança <strong>de</strong> Amor, começamos, mas ainda<br />
não dava pé.<br />
Então, minha experiência pessoal foi que eu vi na Bárbara <strong>de</strong>s<strong>de</strong> março,<br />
que a conheci, com todas aquelas brinca<strong>de</strong>iras, <strong>um</strong>a mudança não do<br />
exterior, mas do interior. Ela continuou a ser igual como era, mas <strong>um</strong>a<br />
coisa interior que se via no seu exterior ás vezes, <strong>um</strong>a profundida<strong>de</strong><br />
maior. E <strong>um</strong> dia eu perguntei para ela, íamos no Santuário, caminhando<br />
rápido, porque queríamos chegar e conversar <strong>um</strong> pouco, e eu perguntei:<br />
- “Bárbara, tu tens alg<strong>um</strong> problema? Ou tens alg<strong>um</strong>a dor na alma? Que<br />
aconteces que estás mais séria?” Ela falou:<br />
- “Sabes eu vou te falar <strong>um</strong>a só coisa, eu tenho muita sauda<strong>de</strong> do céu,<br />
sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.”<br />
E eu achei aquela frase muito profunda para <strong>um</strong>a menina <strong>de</strong>ssa ida<strong>de</strong>, e<br />
eu fiquei pensando porque ela tinha sauda<strong>de</strong> se ela tinha tudo, tinha<br />
casa, tinha tudo. Eu perguntei:<br />
- “Será que você vai ser Irmã <strong>de</strong> Maria?” Fiquei assustada! (Risos) “Esta<br />
pensando?” E ela:<br />
- “Ah, não!”<br />
Mas eu percebi que esse “não” era <strong>um</strong> “estou pensando, mas não vou te<br />
contar”, e eu continuei observando aquela mudança interna nela. Um fato<br />
que me gravou na memória foi que no dia primeiro <strong>de</strong> novembro, nós<br />
fizemos em encontro no Santuário <strong>de</strong> Bella Vista, <strong>um</strong> encontro <strong>de</strong> grupo,<br />
ficamos dormindo lá, sexta-feira, sábado, até domingo <strong>de</strong> manhã; e como<br />
estávamos buscando nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> grupo, <strong>um</strong>a das perguntas <strong>de</strong>sse<br />
trabalho era: Que fato <strong>de</strong>ste ano mais te impressionou? Uma falou a<br />
chegado do homem a Lua, os experimentos científicos, outra falou a<br />
morte do meu pai, outra falou outra coisa e essa última falou, muito<br />
convencida, muito singela, “O que mais me impressionou este ano foi o<br />
falecimento do Pe. Kentenich.” A Irmã foi a única que achou isso<br />
importante e perguntou para ela: “E porque Bárbara? E então ela falou<br />
31
assim: “Porque com a morte do Fundador, nós Juventu<strong>de</strong> Feminina temos<br />
que lutar para que Schoenstatt não comece a ser <strong>um</strong>a idéia abstrata,<br />
para que ele seja vivo.” Mas nos nossos tempos aquilo era muito teórico<br />
não tínhamos consciência da importância daquele momento. E só <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> muito tempo, já noviça, Irmã, que fui perceber que era<br />
impressionante que <strong>um</strong>a menina <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos, estando na Juventu<strong>de</strong>,<br />
tenha compreendido <strong>um</strong>a coisa tão essencial e tão importante, que o<br />
fato do falecimento do Pe. Kentenich tenha sido para ela algo tão<br />
importante. No final do ano dia 8 <strong>de</strong> Dezembro fizemos juntas nossa<br />
Aliança <strong>de</strong> Amor, e <strong>de</strong>pois fiquei sabendo que nesse dia ela fez também<br />
Carta Branca, sua consagração <strong>de</strong> vida á Mãe Três vezes Admirável no<br />
Santuário. Depois daquela consagração, a nossa Aliança <strong>de</strong> Amor, eu vi<br />
ela só <strong>um</strong>a vez, que foi no domingo seguinte, dia 15 <strong>de</strong> Dezembro. E daí,<br />
eu perguntei para ela, no momento que estivemos sozinhas:<br />
- “E então, Bárbara, o que vai ser com tua vida agora que terminou a<br />
escola? Vais estudar?” – “Sim, vou estudar. Vou para a universida<strong>de</strong>.”<br />
- “E <strong>de</strong>pois?” Eu sempre estava querendo saber se ela queria ser Irmã<br />
<strong>de</strong> Maria ou não.<br />
- “Depois ainda não sei, Deus vai falar na minha vida.”<br />
Dois domingos <strong>de</strong>pois ela faleceu. Ah! Esqueci o mais importante, quando<br />
eu perguntei se ela ia ser Irmã <strong>de</strong> Maria, e ela respon<strong>de</strong>u que não<br />
porque ia para a universida<strong>de</strong>, e sabe o que ela falou:<br />
- “Eu fiz <strong>um</strong>a Aliança <strong>de</strong> Amor, eu fiz <strong>um</strong>a opção por Schoenstatt,<br />
porque eu acho importante na minha vida é Schoenstatt, aquela é minha<br />
espiritualida<strong>de</strong>, aquela é minha forma <strong>de</strong> viver, eu vou viver sempre na<br />
Aliança <strong>de</strong> Amor com a Mãe <strong>de</strong> Deus, se eu casar, se eu ficar solteira,<br />
ou se eu for Irmã <strong>de</strong> Maria, tanto faz o mais importante na vida é que<br />
com a Aliança <strong>de</strong> Amor eu fico filha <strong>de</strong> Schoenstatt, e filha da Mãe<br />
Três Vezes Admirável e vinculada para sempre no Santuário, que não é<br />
tão importante ainda.”<br />
E essa opção <strong>de</strong> vida foi para ela, até os últimos dias, muito importante.<br />
Quando os pais <strong>de</strong>la perguntaram no Natal que presente ela queria<br />
ganhar, como tinha acabado a escola, ela pediu <strong>um</strong> carro. E ganhou <strong>um</strong><br />
carrão, on<strong>de</strong> morreu. Porque ela queria <strong>um</strong> carro? Para ter mais tempo<br />
<strong>de</strong> andar pela cida<strong>de</strong>, em coisas <strong>de</strong> Schoenstatt, ajudando a Juventu<strong>de</strong><br />
32
Feminina. Ela ia ser seguramente a próxima dirigente <strong>de</strong> ramo, e não foi,<br />
não <strong>de</strong>u tempo.<br />
A última palavra, como esta escrito no livro, que ela falou foi: “Mãe.” É<br />
normal que seja sua mãe natural, mas também é... nós pensamos que é<br />
também a Mãe <strong>de</strong> Deus.<br />
Um fato que me impressionou bastante, foi minha conversa com os pais<br />
<strong>de</strong>la. Por que se vocês vão casar alg<strong>um</strong> dia, vocês <strong>de</strong>vem saber o que <strong>um</strong>a<br />
mãe po<strong>de</strong> fazer. Naquele 29 <strong>de</strong> Dezembro, pela manhã Bárbara faleceu<br />
e no mesmo dia por volta das <strong>de</strong>zoito horas ela já estava sendo velada<br />
no Santuário <strong>de</strong> Bella Vista. Estavam seus pais e os irmãos, os menores<br />
não, a mãe estava tranqüila era o segundo filho que essa mãe perdia, ela<br />
tinha perdido <strong>um</strong> menino <strong>de</strong> quatro anos, e agora Bárbara.<br />
Lembro-me como se fosse hoje, tivemos <strong>um</strong>a missa, com a Bárbara lá, e<br />
<strong>de</strong>pois <strong>um</strong>a Irmã se aproximou da mãe <strong>de</strong>la e falou:<br />
-“A senhora não quer ficar essa noite em nossa casa, e ficar perto do<br />
Santuário e da Bárbara? Se quiser se levantar e rezar nós<br />
acompanhamos a senhora até o Santuário.” E a mãe tranqüila falou<br />
assim:<br />
- “Irmã, a Bárbara está no céu e eu tenho mais sete filhos e o marido<br />
para cuidar, estão todos sofrendo, eu vou em casa, muito obrigado.”<br />
Nunca esquecerei não só a Bárbara, mas também essa mãe, cheia <strong>de</strong><br />
Deus, que aceitando aquele fato, <strong>de</strong> sua filha ter ido para o céu, quando<br />
tinha tantas esperanças nela.<br />
Bom, é isso que eu tenho para falar sobre Bárbara, mas o que quero<br />
repetir agora como res<strong>um</strong>o, é a opção <strong>de</strong>la por Schoenstatt. Ela não<br />
estava procurando outras espiritualida<strong>de</strong>s, outras coisas, era<br />
Schoenstatt aliança com a Mãe <strong>de</strong> Deus. E <strong>de</strong>pois eu fiquei sabendo que<br />
ela, sim pensava em ser Irmã <strong>de</strong> Maria, só que não queria que nós<br />
soubéssemos porque ela queria ir a universida<strong>de</strong>, ou completar <strong>um</strong><br />
estudo, não sei como ela pensava, mas a mãe <strong>de</strong>la nos falou, <strong>de</strong>pois no<br />
nosso grupo, só a nós, que ela já tinha falado com os pais que ela pensava<br />
ser Irmã <strong>de</strong> Maria alg<strong>um</strong> dia. E a mãe e o pai como pessoas religiosas<br />
falaram que ela era livre, mas era melhor não ser imediatamente <strong>de</strong>pois<br />
da escola, era melhor esperar <strong>um</strong> pouco. Assim pensava ela, e assim<br />
seria se Deus não tivesse á levado.<br />
33
Então eu <strong>de</strong>sejo a vocês todas que cada <strong>um</strong>a possa ter <strong>um</strong> opção gran<strong>de</strong><br />
e <strong>de</strong>finitiva na sua vida por Schoenstatt, como ela teve, seja casada,<br />
seja mãe <strong>de</strong> família, seja solteira, seja profissional, como seja, mas<br />
aquela fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a Schoenstatt e a Mãe Três Vezes Admirável<br />
permaneça gravado em seus corações.”<br />
Refletir e comentar:<br />
E nós? Será que teremos atos heróicos, para contar futuramente? Será<br />
que nossa irmã <strong>de</strong> grupo terá algo <strong>de</strong> heróico a contar <strong>de</strong> mim?<br />
A Geração Fundadora e nós:<br />
Nossa geração fundadora quando se <strong>de</strong>cidia por pertencer a esta<br />
juventu<strong>de</strong>, excluía <strong>de</strong> sua vida qualquer mediocrida<strong>de</strong>. Surgiu então <strong>um</strong>a<br />
forte <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> lutar pela conquista <strong>de</strong> <strong>um</strong>a entrega sem reservas, sem<br />
restrições à Mãe <strong>de</strong> Deus e a sua Obra <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />
Viveram as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem se lança n<strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> Deus,<br />
mostrando para as gerações vindouras que o que eles propunham<br />
primeiro viveriam.<br />
“A juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt mais tar<strong>de</strong> terá mais facilida<strong>de</strong> na<br />
aspiração, pois nós seremos então seus mo<strong>de</strong>los, quando alcançar nosso<br />
i<strong>de</strong>al pessoal, quando corporificarmos inteiramente o i<strong>de</strong>al da juventu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Schoenstatt na nossa vida, quando lhes previvermos este i<strong>de</strong>al.”<br />
(Livro <strong>de</strong> 25 anos da JUFEM, página 7)<br />
Assim viveram como sementes lançadas a terra: “Por causa dos puros<br />
que se sacrificam, Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro”.<br />
Nós assim como elas queremos respon<strong>de</strong>r ao chamado a Schoenstatt<br />
como nova Primavera Sagrada ass<strong>um</strong>indo a nossa missão.<br />
“... somente aquele que não procura e não se ocupa só consigo mesmo,<br />
mas cujo amor abençoa e se consome por aquilo que ar<strong>de</strong>, que seu<br />
coração – a missão do reino – tem o direito <strong>de</strong> existência em<br />
Schoenstatt.” (Livro <strong>de</strong> 25anos da JUFEM, página 116)<br />
Debate:<br />
Como queremos realizar essa missão, respon<strong>de</strong>ndo a situação <strong>de</strong> perigo<br />
<strong>de</strong> hoje do nosso tempo?<br />
34
Bárbara Kast fez <strong>um</strong>a opção <strong>de</strong> vida: SCHOENSTATT. E você: vais<br />
comigo? Tudo por Schoenstatt?<br />
Conclusão:<br />
Também vamos escrever nossa história e mostrar gran<strong>de</strong> aspiração,<br />
concretizando em testemunhos formados na escola <strong>de</strong> educação do amor<br />
maternal: o Santuário. Queremos que as gerações futuras falem <strong>de</strong> nós:<br />
Uma geração heróica, que se sacrificou até o último pelo reino da Mãe<br />
<strong>de</strong> Deus, em prontidão pura e sagrada.<br />
Propósito: O que queremos escolher como ponto prático para que seja<br />
expressão <strong>de</strong> nossa opção: SCHOENSTATT?<br />
Oração Final: Ó minha Senhora...<br />
35
3ª <strong>Reunião</strong>: “Sacrifício ou prazer? O TEMPO PEDE UMA DECISÃO!!!”<br />
Objetivo: A missão <strong>de</strong> reconquistar a dignida<strong>de</strong> feminina requer que<br />
vençamos as situações <strong>de</strong> perigo do tempo atual que nos são<br />
apresentados como forma <strong>de</strong> prazer.<br />
Fundamentação:<br />
Como Juventu<strong>de</strong> Feminina temos a missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong> da<br />
mulher que foi perdida.<br />
“... <strong>de</strong>vemos possuir <strong>um</strong>a extraordinária consciência <strong>de</strong> nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
feminina, isto é <strong>um</strong>a extraordinária consciência da dignida<strong>de</strong> e missão da<br />
mulher.” Pe. José Kentenich<br />
Como queremos resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina? Já está na hora <strong>de</strong><br />
encontrarmos <strong>um</strong>a forma bem concreta <strong>de</strong> realizar nossa missão.<br />
Faremos isso dando resposta às situações <strong>de</strong> perigo na qual nos<br />
encontramos, situações que ameaçam a dignida<strong>de</strong> e a missão dada por<br />
Deus à mulher.<br />
Nas reuniões passadas vimos que o Ver Sacr<strong>um</strong> surgiu diante <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />
séria situação <strong>de</strong> perigo, algo estava em risco.<br />
Normalmente as situações <strong>de</strong> perigo, conforme estudamos, se<br />
manifestavam por meio <strong>de</strong> dor e sofrimento, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma<br />
expressamente má, por meio <strong>de</strong> guerras, a peste, a fome etc..<br />
Nosso tempo atual está envolvido por <strong>um</strong>a séria e perigosa situação.<br />
Ainda em nosso tempo, existem sim, muitos perigos que são claros para<br />
nós, quando falamos, por exemplo da violência, das doenças, do<br />
<strong>de</strong>semprego e da miséria crescente no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />
Mas existe <strong>um</strong>a situação <strong>de</strong> perigo astuciosa, “camuflada”, da qual<br />
muitas vezes não temos consciência e que é <strong>um</strong>a das mais <strong>de</strong>struidoras<br />
<strong>de</strong> nossa vida. Hoje somos envolvidos pela propaganda do bem estar, do<br />
prazer. Um gran<strong>de</strong> exemplo <strong>de</strong>ssas situações é a perda do sentido da<br />
nobreza e do amor h<strong>um</strong>ano pela busca <strong>de</strong> prazer <strong>de</strong>senfreado.<br />
Para fundamentar melhor este assunto, vamos abordar o mais<br />
importante aspecto da vida h<strong>um</strong>ana, especialmente à luz da dignida<strong>de</strong><br />
feminina, que é muito distorcido no tempo <strong>de</strong> hoje: o amor. Vamos<br />
<strong>de</strong>scobrir como o amor e suas manifestações, algo que é tão belo, que é<br />
36
divino, se tornou hoje para nós <strong>um</strong>a verda<strong>de</strong>ira situação <strong>de</strong> perigo,<br />
porque o mundo <strong>de</strong> hoje distorceu seu verda<strong>de</strong>iro sentido.<br />
Para isso lancemos <strong>um</strong> olhar às palavras do Papa Bento XVI na primeira<br />
parte <strong>de</strong> sua primeira Encíclica: ”Deus Caritas est” (Deus é Amor).<br />
1. “O amor <strong>de</strong> Deus por nós é questão fundamental para a vida e coloca<br />
questões <strong>de</strong>cisivas sobre quem é Deus e quem somos nós. A tal<br />
propósito, o primeiro obstáculo que encontramos é <strong>um</strong> problema <strong>de</strong><br />
linguagem. O termo amor tornou-se hoje <strong>um</strong>a das palavras mais usadas e<br />
mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente<br />
diferentes.<br />
(...)em toda esta gama <strong>de</strong> significados, porém, o amor entre o homem e a<br />
mulher, no qual concorrem indivisivelmente corpo e alma e se abre ao<br />
ser h<strong>um</strong>ano <strong>um</strong>a promessa <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> que parece irresistível,<br />
sobressai como arquétipo <strong>de</strong> amor por excelência(...)<br />
Eros e ágape – diferença e unida<strong>de</strong><br />
Ao amor entre homem e mulher (...) a Grécia antiga <strong>de</strong>u o nome <strong>de</strong> eros.<br />
Diga-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já que o Antigo Testamento grego usa só duas vezes a<br />
palavra eros, philia (amor <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>) e ágape – os escritos neo<br />
testamentários privilegiam a última, que, na linguagem grega, era quase<br />
posta <strong>de</strong> lado.<br />
(...) A marginalização da palavra eros, justamente com a nova visão do<br />
amor que se exprime através da palavra ágape, <strong>de</strong>nota sem dúvida, na<br />
novida<strong>de</strong> do cristianismo, algo <strong>de</strong> essencial e próprio relativamente à<br />
compreensão do amor. Na crítica ao cristianismo que foi se<br />
<strong>de</strong>senvolvendo com radicalismo crescente a partir do il<strong>um</strong>inismo esta<br />
novida<strong>de</strong> foi avaliada <strong>de</strong> forma absolutamente negativa.<br />
O papa segue dizendo que Nietzsche, filósofo alemão, culpou o<br />
cristianismo <strong>de</strong> ter dado impulso à <strong>de</strong>generação do eros. “Assim ele<br />
exprimia <strong>um</strong>a sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e<br />
proibições, a Igreja não nos torna por ventura amarga a coisa mais bela<br />
da vida?”<br />
4. Mas será mesmo assim? O cristianismo <strong>de</strong>struiu verda<strong>de</strong>iramente o<br />
eros?<br />
37
(Os próprios gregos perverteram o eros, abusando <strong>de</strong> suas<br />
características, elevando-o acima <strong>de</strong> Deus e tornando todas as outras<br />
forças que vem do céu secundárias.) Nas religiões, esta posição<br />
traduziu-se nos cultos da fertilida<strong>de</strong>, aos quais preten<strong>de</strong> a prostituição<br />
“sagrada” que prosperava em muitos templos. O eros foi pois celebrado<br />
como força divina...<br />
A esta forma <strong>de</strong> religião que contrasta como <strong>um</strong>a fortíssima tentação<br />
com a fé no único Deus, o Antigo testamento opôs-se com a maior<br />
firmeza. Ao fazê-lo, porém, não rejeitou <strong>de</strong> modo alg<strong>um</strong> o eros enquanto<br />
tal, mas <strong>de</strong>clarou guerra à sua subversão <strong>de</strong>vastadora, porque a falsa<br />
divinização do eros, como aí se verifica, priva-o da sua dignida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>s<strong>um</strong>aniza-o. (...) Fica assim claro que o eros necessita <strong>de</strong> disciplina, <strong>de</strong><br />
purificação para dar ao homem, não o prazer <strong>de</strong> <strong>um</strong> instante, mas <strong>um</strong>a<br />
certa amostra daquela beatitu<strong>de</strong> (bem-aventurança) para a que ten<strong>de</strong><br />
todo o nosso ser.<br />
5. (...)Hoje não é raro ouvir censurar o cristianismo do <strong>passado</strong> por ter<br />
sido adversário da corporeida<strong>de</strong>; a realida<strong>de</strong> é que sempre houve<br />
tendências neste sentido. Mas o modo <strong>de</strong> exaltar o corpo a que<br />
assistimos hoje é enganador. (... o homem) agora consi<strong>de</strong>ra o corpo e a<br />
sexualida<strong>de</strong> como a parte meramente material <strong>de</strong> si mesmo a usar e<br />
explorar com proveito. Uma parte, aliás, que ele não vê como <strong>um</strong> âmbito<br />
da sua liberda<strong>de</strong>, mas antes como algo que, ao seu modo, procura tornar<br />
simultaneamente agradável e inócuo (inocente).<br />
6. Concretamente, como se <strong>de</strong>ve configurar esse caminho <strong>de</strong> ascese e<br />
purificação (do amor)? Em contraposição ao amor in<strong>de</strong>terminado e ainda<br />
em fase <strong>de</strong> procura, este vocábulo (ágape) exprime a experiência do<br />
amor que agora se torna verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>scoberta do outro,<br />
superando assim o caráter egoísta que antes prevalecia. Agora o amor<br />
torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não<br />
busca a imersão no inebriamento da felicida<strong>de</strong>; procura, ao invés, o bem<br />
do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, antes procurao.<br />
(...)e isto n<strong>um</strong> duplo sentido: no sentido da exclusivida<strong>de</strong> (apenas esta<br />
única pessoa) e no sentido <strong>de</strong> ser para sempre.<br />
7. (...) Na realida<strong>de</strong>, eros e agape nunca se <strong>de</strong>ixam separar<br />
completamente <strong>um</strong> do outro. Quanto mais os dois encontrarem a justa<br />
38
unida<strong>de</strong>, embora em distintas dimensões, na única realida<strong>de</strong> do amor,<br />
tanto mais se realiza a verda<strong>de</strong>ira natureza do amor em geral.<br />
8. (...) no fundo o amor é <strong>um</strong>a única realida<strong>de</strong>, embora com distintas<br />
dimensões; caso a caso, po<strong>de</strong> <strong>um</strong>a ou outra sobressair mais. Mas quando<br />
as duas dimensões se separam completamente <strong>um</strong>a da outra, surge <strong>um</strong>a<br />
caricatura ou, <strong>de</strong> qualquer modo, <strong>um</strong>a forma redutiva do amor.” (até aqui<br />
trecho da Encíclica)<br />
Desenvolvimento:<br />
Ao estudarmos as situações <strong>de</strong> perigo que envolvem nossa juventu<strong>de</strong>,<br />
percebemos que todos os outros temas que iremos tratar em nosso livro<br />
são apenas <strong>um</strong>a conseqüência do prazer <strong>de</strong>senfreado.<br />
Este prazer <strong>de</strong>senfreado está bem explícito na forma como se enten<strong>de</strong><br />
e como se usa o amor e as suas manifestações em nosso tempo. Também<br />
nós agimos mal neste sentido. Um exemplo é o assunto tão falado do<br />
“ficar”, o qual não queremos colocar em questão <strong>de</strong> novo, mas já<br />
sabemos que posição <strong>de</strong>vemos tomar em relação a isso.<br />
Mais a fundo ainda está o tema da virginda<strong>de</strong> que para o mundo <strong>de</strong> hoje<br />
não é mais virtu<strong>de</strong>, mas sim coisa do <strong>passado</strong>, idéia antiquada.<br />
Mas também fora do assunto sobre sexualida<strong>de</strong>, corremos o risco <strong>de</strong><br />
buscar preencher o vazio do nosso coração – que é conseqüência da<br />
carência ou distorção do amor - em fontes momentâneas <strong>de</strong> prazer: na<br />
moda, nos meios <strong>de</strong> comunicação, no conforto, nas falsas amiza<strong>de</strong>s, no<br />
próprio amor (carência afetiva).<br />
Mais <strong>um</strong>a vez queremos martelar no mesmo ponto até que isto forme o<br />
nosso agir: O que <strong>de</strong>vemos fazer? Como <strong>de</strong>vemos agir no mundo <strong>de</strong> hoje?<br />
Qual é o estilo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> <strong>um</strong>a jovem schoenstattiana que quer resgatar<br />
a dignida<strong>de</strong> feminina e fazer florescer <strong>um</strong>a Sagrada Primavera na<br />
Juventu<strong>de</strong>?<br />
Dentro da nossa missão nós nos espelhamos na Mãe <strong>de</strong> Deus, ela que foi<br />
a AVE que nos resgatou do pecado e nos <strong>de</strong>volveu a dignida<strong>de</strong> perdida<br />
por Eva.<br />
Em primeiro lugar aprofundar no seu exemplo <strong>de</strong> pureza.<br />
39
Não queremos viver em busca <strong>de</strong> prazer. Nosso vestir não <strong>de</strong>ve estar a<br />
serviço do prazer, nem do nosso prazer nem do prazer alheio.<br />
Também quanto aos meios <strong>de</strong> comunicação, não queremos ser escravas<br />
da mídia. Aquilo que fere a nossa dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veríamos manter longe <strong>de</strong><br />
nós, seja <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> televisão ou contatos da internet, seja <strong>um</strong>a<br />
revista, sejam fotos, sejam músicas.<br />
Somos inteligentes o suficiente para saber o que não convém com <strong>um</strong>a<br />
jovem “Lírio do Pai Tabor para o mundo” e é maravilhoso saber que<br />
po<strong>de</strong>mos ser diferentes, <strong>um</strong>a juventu<strong>de</strong> diferente, sadia, realmente<br />
feliz.<br />
Tomar conhecimento <strong>de</strong>ste i<strong>de</strong>al e do que ele exige <strong>de</strong> nós não <strong>de</strong>veria<br />
afastar-nos da Juventu<strong>de</strong>, mas ajudar-nos a amar ainda mais<br />
Schoenstatt e a nossa Rainha dos lírios.<br />
Deus nos chama a esta nobreza <strong>de</strong> estado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>de</strong> nosso<br />
Batismo. Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nós a salvação <strong>de</strong> pelo menos <strong>um</strong>a parcela do nosso<br />
mundo. “Por causa dos puros que se sacrificam, Deus salva <strong>um</strong> povo<br />
inteiro”<br />
Nós somos capazes para isso! Nosso Pai dizia: Po<strong>de</strong>mos exigir tudo<br />
<strong>de</strong>ssa juventu<strong>de</strong>!<br />
Quando nos for difícil renunciar à moda, à mídia, às coisas que exercem<br />
tanta influência em nosso modo <strong>de</strong> ser, queremos agir como Maria: dizer<br />
sim à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus a partir das pequenas coisas, <strong>um</strong> sim consciente e<br />
livre, <strong>de</strong>sprendido da própria vonta<strong>de</strong>, disposto a sacrificar-se. Em nós<br />
também <strong>de</strong>ve existir essa disposição em sacrificar os nossos <strong>de</strong>sejos<br />
mais valiosos se assim Deus o pedir, tanto mais os <strong>de</strong>sejos que são<br />
expressão da busca do prazer meramente h<strong>um</strong>ano.<br />
O amor a Deus e a esperança <strong>de</strong> <strong>um</strong> mundo melhor, o qual po<strong>de</strong>mos<br />
construir, <strong>de</strong>ve impulsionar-nos:<br />
- à pureza no doar-se, ou seja, manter-se em constante união com Deus.<br />
“A dignida<strong>de</strong> da mulher está intimamente ligada com o amor que ela<br />
recebe pelo próprio fato da sua feminilida<strong>de</strong> e também com o amor que<br />
ela, por sua vez doa.” (A dignida<strong>de</strong> e a vocação da mulher, nº 30)<br />
- à pureza no preservar-se, querer ser pura virginalmente.<br />
40
“A virginda<strong>de</strong> é expressão <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> amor a Deus e ao sacrifício e é<br />
excelente meio para a<strong>um</strong>entar e provar esse amor.” Pe. José Kentenich<br />
Desta forma nós po<strong>de</strong>mos imaginar que tudo na Mãe <strong>de</strong> Deus refletia<br />
pureza: o seu olhar, a sua maneira <strong>de</strong> falar, a sua maneira <strong>de</strong> andar, a<br />
sua maneira <strong>de</strong> vestir-se.<br />
“Quem quiser reconquistar ou conservar sua pureza, sem procurar<br />
constante contato com Deus, na oração e nos sacramentos, assemelhase<br />
ao pássaro que tenta voar com as asas quebradas.” Pe. José<br />
Kentenich<br />
Com isso concluímos que Deus é a gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e prazer, a<br />
única que po<strong>de</strong> satisfazer o nosso coração. Sabemos que muitas pessoas<br />
com as quais convivemos na escola, na faculda<strong>de</strong>, no trabalho ou mesmo<br />
em casa não bebem <strong>de</strong>sta fonte. Especialmente a mídia tem o interesse<br />
em formar <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong> alienada que cons<strong>um</strong>a todo tipo <strong>de</strong> “produto”<br />
por ela transmitido e comercializado. Para estas pessoas <strong>de</strong>vemos levar<br />
<strong>um</strong>a resposta, o sinal <strong>de</strong> Deus.<br />
Nós falamos tanto que queremos nos distinguir da massa e ser aquilo<br />
que realmente <strong>de</strong>vemos ser! Mas, sempre <strong>de</strong> novo, nos <strong>de</strong>paramos com<br />
dificulda<strong>de</strong>s ao nosso redor, em nós mesmas, que nos impe<strong>de</strong>m ou<br />
“atrasam” na conquista do i<strong>de</strong>al da verda<strong>de</strong>ira jovem schoenstattiana!<br />
Já é hora <strong>de</strong> nos ajudarmos mutuamente a ass<strong>um</strong>irmos com maior<br />
convicção e vigor esta missão urgente <strong>de</strong> regatar a dignida<strong>de</strong><br />
feminina.<br />
Faz-se necessário e urgente dar testemunho <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova forma <strong>de</strong> vida,<br />
testemunhando nosso i<strong>de</strong>al e mostrando às pessoas que é possível ser e<br />
permanecer pura, íntegra e forte diante <strong>de</strong> todos os perigos que<br />
envolvem a juventu<strong>de</strong> e a levam para longe <strong>de</strong> Deus.<br />
O mundo e as pessoas do mundo gritam por todos os lados que o seu<br />
Deus é o próprio eu e os valores terrenos. Mas eles buscam mesmo que<br />
inconscientemente o Deus, o amor e a pureza que nós <strong>de</strong>vemos mostrar!<br />
E nós? Temos medo? Temos vergonha <strong>de</strong> proclamar quem é nosso Deus e<br />
qual é o nosso i<strong>de</strong>al? Que as gerações futuras nos julguem!<br />
Conclusão<br />
A JUFEM foi chamada à existência pela Mãe Três Vezes Admirável com<br />
esta missão específica: RESGATAR A DIGNIDADE FEMININA! Se a<br />
41
juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt não estiver convicta <strong>de</strong>sta importantíssima<br />
tarefa para os nossos dias e para o futuro, quem levará esta herança<br />
para os novos tempos? Que geração queremos formar? Se a JUFEM não<br />
consegue vencer os perigos do prazer que tem suas raízes na negação da<br />
pureza, quem vencerá?<br />
Pois esta é justamente nossa missão, por causa <strong>de</strong>la é que existimos.<br />
“Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro”<br />
Aprofundamento<br />
filme: Maria Gorette - Uma história emocionante <strong>de</strong> Giulio Base<br />
(Edições Paulinas) - Livrarias Paulinas: livirtual@paulinas.org.br<br />
Indicação para Leitura<br />
A Riqueza do ser Puro - Pe. José Kentenich<br />
Propósito: Nossa semente já é <strong>um</strong>a pequenina flor que ainda precisa<br />
muito <strong>de</strong> nosso cuidado. Então, querida <strong>Jufem</strong>, “queremos nos distinguir<br />
e pertencer à or<strong>de</strong>m da Rainha”J.K. Que ponto prático queremos<br />
escolher nesse mês para nosso grupo?<br />
Oração final:<br />
“Ó Mãe, quão formosa tu és,<br />
quisera silenciosamente estar sempre a teus pés,<br />
a minha imagem trabalhar, até completamente<br />
semelhante a ti ficar.<br />
E o Pai volva os olhos feliz, <strong>de</strong> ti a mim com prazer,<br />
vendo a imagem que fiz.<br />
E ao findar, com alegria, me possa teu nome dizer: Maria!”<br />
(autor <strong>de</strong>sconhecido – retiro do livro Nasci para algo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> – vol. 1 – pág. 98)<br />
42
5ª reunião: “Estou livre e, apesar disso, prisioneira!”<br />
Objetivo: Levar as meninas a refletirem que elas po<strong>de</strong>m fazer tudo,<br />
mas que nem sempre tudo convém fazer, e perceber que a vida do Pe.<br />
Kentenich é <strong>um</strong>a resposta para a liberda<strong>de</strong> interna, por elas almejada!<br />
Dinâmica: Apresentar figuras <strong>de</strong> carcerários, colocar correntes, figuras<br />
históricas do tempo da escravidão e promover <strong>um</strong> <strong>de</strong>bate sobre o que<br />
elas pensam sobre prisão, escravidão e o “ser livre”.<br />
Dirigente: Cuidar que não fixem tanto as figuras negativas, mas<br />
somente que ilustrem o que vem a ser “estar em correntes”<br />
Desenvolvimento:<br />
Após discutirem o que vem a ser alguém que esteja “sob correntes”,<br />
escravo <strong>de</strong> <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r, ou pagando por causa <strong>de</strong> <strong>um</strong> erro cometido em <strong>um</strong>a<br />
prisão; levar as jovens a se questionarem se existe somente esse tipo <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong>, estar livre <strong>de</strong> algemas externas. Contar o fato verídico do Pe.<br />
José Kentenich quando chegara ao Campo <strong>de</strong> Concentração, para ilustrar<br />
o que vem a ser a liberda<strong>de</strong> interna.<br />
“O chefe da Polícia Secreta, achando oportuno „abrandar‟ o recém<br />
chegado ao Campo <strong>de</strong> concentração, <strong>de</strong>monstrava muita tranqüilida<strong>de</strong> e<br />
firmeza e começou a gritar-lhe grosseiramente, fazendo-lhe todo tipo<br />
<strong>de</strong> perguntas. Não recebendo respostas. Pe Kentenich olhava-o com<br />
tranqüilida<strong>de</strong> e sorria-lhe cordialmente, então este soldado enfureceuse<br />
mais ainda, fazendo <strong>um</strong> gesto <strong>de</strong> bater-lhe. Mas não chegou a fazê-lo.<br />
Dias mais tar<strong>de</strong>, ambos tornaram a se encontrar no escritório no qual se<br />
<strong>de</strong>punham os dados pessoais. O chefe reconheceu-o imediatamente.<br />
- Eh! Que o prisioneiro me limpe a bicicleta – lhe disse.<br />
- Sim, vou fazê-lo. – respon<strong>de</strong>u o Padre Kentenich, mas não porque <strong>de</strong>va<br />
fazê-lo, mas sim, porque, como Homem livre, quero brindar-lhe este<br />
serviço!<br />
- [...] Não, você não necessita fazer isso! – respon<strong>de</strong>u finalmente o<br />
chefe da Polícia secreta. (Livre em Algemas .p. 21)”<br />
43
Que tipo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> o Pai Fundador quer nos mostrar? (<strong>de</strong>ixar que<br />
falem)<br />
Acaso a “liberda<strong>de</strong>” <strong>de</strong> fazer o que queremos muitas vezes não nos<br />
escraviza? Pe. Kentenich estava preso, algemado exteriormente, porém<br />
interiormente livre. Percebemos que o guarda nem conseguiu exigir o<br />
favor solicitado, tal era a influência <strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong> interior, manifesta<br />
em sua personalida<strong>de</strong>.<br />
Muitas vezes enten<strong>de</strong>mos liberda<strong>de</strong> como fazer o que queremos, sem<br />
barreira, sem compromisso, sem impedimentos. Esse é <strong>um</strong> conceito<br />
errado. Como vimos, o exemplo <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador no campo <strong>de</strong><br />
concentração, mostra-nos outra visão <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Por estar no campo<br />
<strong>de</strong> concentração, nosso Pai e Fundador era “obrigado” a c<strong>um</strong>prir as<br />
or<strong>de</strong>ns e leis do campo, mas isso não o algemou interiormente. Sua<br />
atitu<strong>de</strong> em dizer que iria fazer, “porque, como homem livre” queria<br />
presentear esse serviço ao soldado, não era <strong>um</strong>a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>safiadora, ao<br />
contrário, nosso Pai e Fundador fazia o „ordinário extraordinariamente‟<br />
bem feito e isso porque era <strong>um</strong> homem livre. A vida nos impõe muitas<br />
obrigações, como por exemplo, o estudo, o trabalho... às vezes sentimos<br />
acorrentadas ao trabalho ou a faculda<strong>de</strong> que nos suga sábados,<br />
domingos e feriados..., mas se o fazemos com alegria interior, liberda<strong>de</strong>,<br />
estaremos tornando-nos pessoas felizes.<br />
Também precisamos estar atentas se nós somos livres ou escravas do<br />
prazer, da moda, dos meios <strong>de</strong> comunicação ou da opinião alheia, se nos<br />
tornamos escravas estamos como <strong>um</strong> “peixe fora d‟água”.<br />
Po<strong>de</strong>mos ver que isso po<strong>de</strong> se comparar ao Criador com a Criatura. Pois,<br />
nosso Deus manifesta seu amor e nos mostra o bem, e nós criaturas<br />
h<strong>um</strong>anas, sempre <strong>de</strong>vemos seguir por esse caminho do amor e do bem,<br />
que seria o “habitat” natural que Deus criou para nós. Quando não<br />
estamos no verda<strong>de</strong>iro “habitat” querido e planejado por Deus, nos<br />
escravizamos às coisas e a nós mesmas, <strong>de</strong> forma que não nos sentimos<br />
livres. Estaríamos vivendo a libertinagem, fazemos o que queremos, mas,<br />
não estamos “em casa” conosco mesmas.<br />
Nosso Pai e Fundador ainda nos ensina: “Verda<strong>de</strong>iros homens<br />
interiormente livres... (...) ser livre <strong>de</strong> para ser livre para. Livre <strong>de</strong>!<br />
Aqui está tudo contido, o que se sabe dizer <strong>de</strong> mortificação, <strong>de</strong> solução<br />
e coisa semelhante, ser interiormente livre <strong>de</strong> tudo o que não é divino e<br />
44
contradivino para tornar-se livre para tudo o que é divino... o que<br />
significa aqui ser livre? Animado <strong>de</strong> amor!”<br />
Como po<strong>de</strong>mos aplicar essas palavras <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador em nossa<br />
vida? O que seria o ser livre <strong>de</strong>? (<strong>de</strong>ixar que falem)<br />
Dirigente: você <strong>de</strong>ve conduzir o diálogo <strong>de</strong> forma que atinjam as<br />
repostas da pergunta. Para <strong>um</strong> Lírio do Pai, Tabor para o mundo, ser<br />
livre <strong>de</strong> significa:<br />
é fácil falar da moda, mas na prática: o que é ser livre da moda?<br />
Isto não significa que eu não posso usar nada que esteja na moda, mas<br />
escolher aquilo que enobrece o meu ser feminino = estilo da jovem<br />
schoenstattiana.<br />
Meios <strong>de</strong> comunicação: queremos usar a técnica para o bem, para o<br />
apostolado. Mas não queremos nos escravizar, isto é, tornar-nos<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>um</strong>a máquina. Da mesma maneira que a droga é <strong>um</strong> vício ,<br />
também o computador po<strong>de</strong> se tornar <strong>um</strong> vício.<br />
Livres da opinião alheia, quer dizer: hoje a maioria das pessoas tem<br />
<strong>um</strong>a opinião massificada. O que seria isso? Deus, a religião, os princípios<br />
hoje já estão, como dizem “ultra<strong>passado</strong>s”, então o que a maioria das<br />
pessoas tem como conceito (que não precisamos <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> religião,<br />
tudo o que a Igreja prega como imoral hoje é visto como normal e<br />
permitido, etc), é a maneira como vou pensar e viver. Queremos estar<br />
livres <strong>de</strong>ssa opinião massificada, para viver e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os princípios<br />
cristãos.<br />
Queremos estar livres <strong>de</strong>, para estarmos livres para nosso i<strong>de</strong>al Lírio<br />
do Pai, Tabor para o mundo! Não queremos ser diferentes para<br />
chamarmos atenção, mas queremos fazer a diferença no lugar on<strong>de</strong><br />
estamos, vivendo o i<strong>de</strong>al escolhido livremente. Fazendo a diferença<br />
estamos resgatando a dignida<strong>de</strong> feminina.<br />
45
Nós queremos ser diferentes! Será<br />
que somos livres quando somos<br />
diferentes?<br />
<strong>Jufem</strong> seja ousada em suas<br />
escolhas!!!<br />
Reflexão pessoal: “Minha vida...?”<br />
Dirigente: a seguir, para essa reflexão po<strong>de</strong>rá utilizar <strong>um</strong> outro<br />
ambiente, como por exemplo <strong>um</strong>a Capela, ou se não for possível e tiver<br />
que usar a própria sala <strong>de</strong> reuniões, po<strong>de</strong>rá arr<strong>um</strong>ar <strong>um</strong> altarzinho com a<br />
imagem da MTA e <strong>um</strong>a foto do Pai e Fundador. Também po<strong>de</strong> recorrer<br />
ao auxílio <strong>de</strong> <strong>um</strong> fundo musical.<br />
Se achar conveniente conversar em grupo para trocar experiências,<br />
sobre a reflexão feita, tem liberda<strong>de</strong>.<br />
Às vezes parece que minha vida escapa das mãos.<br />
No dia-a-dia tudo precisa ser feito mais rápido,<br />
Isto e aquilo já <strong>de</strong>veria ter sido ontem.<br />
Cada dia é igual ao anterior: sempre a mesma pressa!<br />
Meu casaco que comprei há dois meses,já está “velho” e<br />
Passado da moda. Parece que nada existe a longo prazo,<br />
Só vale o próximo instante <strong>de</strong> alegria...<br />
Será que minha vida não vale mais que isso?<br />
Será que é somente isso?<br />
Eu busco mais!<br />
Procuro o sentido da vida, procuro <strong>um</strong>a felicida<strong>de</strong><br />
Que não termina após uns minutos, mas que se torna cada vez maior.<br />
46
Sim, busco a Deus, em minha vida.<br />
Será que às vezes tu sentes o mesmo?<br />
Pensas em configurar tua vida <strong>de</strong> tal forma que te sintas feliz?<br />
Buscas <strong>um</strong> caminho a tomar, alguém que te acompanha<br />
E te mostra a direção?<br />
Então estás no lugar certo com a pessoa certa.<br />
Nosso Pai e Fundador nos ensina a ver a vida com outros olhos.<br />
Ele nos empresta seus óculos, para que, por sua vida, possamos também<br />
compreen<strong>de</strong>r<br />
e interpretar melhor nossa própria vida.<br />
47<br />
“Estou interiormente e, apesar<br />
disso, prisioneira!”<br />
Assim escreveu <strong>um</strong>a jovem. Não<br />
nos suce<strong>de</strong> às vezes o mesmo?<br />
Exteriormente, talvez, sejamos<br />
Óculos do Pe. Kentenich livres, mas interiormente?<br />
Queria fazer tanto, mas não<br />
consigo, fico n<strong>um</strong>a aflição: que vão pensar <strong>de</strong> mim, se lhes disser<br />
realmente a minha opinião?<br />
Na verda<strong>de</strong>, gostaria <strong>de</strong> fazer as coisas <strong>de</strong> outra maneira, sem me<br />
<strong>de</strong>ixar influenciar pela massa. Não quero imitar tudo. Porém os outros<br />
me pressionam e meu verda<strong>de</strong>iro “eu” não po<strong>de</strong> esse <strong>de</strong>senvolver.<br />
Em 1941 o Pe. Kentenich, nosso Fundador, foi encarcerado, preso n<strong>um</strong><br />
escuro calabouço, por ter <strong>um</strong>a opinião diferente dos <strong>de</strong>mais. Ele creu em<br />
Deus e na imagem cristã do homem, e assim o <strong>de</strong>clarou. Seis meses mais<br />
tar<strong>de</strong> foi levado ao campo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> Dachau, a “cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
loucos, escravos e mortos”.<br />
Em Dachau, nosso Pai e Fundador não se escon<strong>de</strong>u. Ele permaneceu fiel<br />
aos seus princípios, arriscando a própria vida.
Falou <strong>de</strong> Deus aos seus companheiros, <strong>de</strong>u palestras e retiros, aten<strong>de</strong>u<br />
confissões.<br />
N<strong>um</strong>a “cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mortos” criou nova vida: duas novas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Schoenstatt. (Instituto dos Irmãos <strong>de</strong> Maria e Instituto das Famílias)<br />
Ensinou os seus companheiros <strong>de</strong> prisão a serem interiormente livres,<br />
livres na <strong>de</strong>cisão para Deus e para o bem, contra o <strong>de</strong>mônio.<br />
Com os óculos <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador, contemplo minha própria vida:<br />
Em que me sinto presa?<br />
Quais são minhas algemas e as gra<strong>de</strong>s que me bloqueiam interiormente?<br />
Será que Deus me dará forças para superá-las?<br />
Sou chamada a tornar-me <strong>um</strong>a sagrada primavera, a dar exemplo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />
nova forma <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.<br />
“Pai e Fundador, peço que me aju<strong>de</strong>, como outrora ajudou os prisioneiros<br />
a fim <strong>de</strong> que “meu verda<strong>de</strong>iro eu” possa realizar-se e me torne sempre<br />
mais livre para Deus, para Schoenstatt e o próximo.<br />
Conclusão:<br />
Após vermos a gran<strong>de</strong>za e a importância sobre a liberda<strong>de</strong>, nós também<br />
queremos nos esforçar para tomarmos nossas <strong>de</strong>cisões com maior<br />
consciência, e lutarmos pela liberda<strong>de</strong> interna a exemplo do Pai e<br />
Fundador que nos <strong>de</strong>u <strong>um</strong> exemplo sobre a verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong> interna.<br />
Queremos ser livres para escolher o “bem”, queremos ser diferentes em<br />
nossas opções, queremos escolher e c<strong>um</strong>prir nossa missão, que pela<br />
vivência <strong>de</strong> nossa liberda<strong>de</strong> interna possamos resgatar a dignida<strong>de</strong><br />
feminina. A sagrada primavera que queremos formar nos exige essa<br />
<strong>de</strong>cisão livre pelo sacrifício, pois para resgatarmos a dignida<strong>de</strong> da jovem<br />
atual, assim como exige nosso i<strong>de</strong>al precisamos nos <strong>de</strong>cidir livremente<br />
para o sacrifício que inclui a opção pelo Ver sacr<strong>um</strong>.<br />
<strong>Jufem</strong>, mãos à obra! Lírio do Pai, ass<strong>um</strong>e a missão, seja luz que não se<br />
apaga!<br />
Propósito:<br />
Quero pedir a Deus Pai, no dia <strong>de</strong> hoje que me liberte das algemas<br />
interiores (comodismo, egoísmo, impaciência, reclamar a toa, prazer<br />
<strong>de</strong>senfreado...) para que eu possa c<strong>um</strong>prir melhor a minha missão pessoal<br />
como Sagrada Primavera. Entreguemos o cetro espiritualmente à Mãe<br />
48
<strong>de</strong> Deus, para que Ela vença em nós as prisões internas que possuímos e<br />
nos presenteie a liberda<strong>de</strong> interna. Então <strong>Jufem</strong>, qual o nosso ponto<br />
prático? Qual é nossa escolha, continuamos ou não a cultivar nossa<br />
semente?<br />
Oração final - Oração <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador:<br />
“O mais precioso que o homem possui é a liberda<strong>de</strong>. Com amor sincero e<br />
ar<strong>de</strong>nte, ofereço essa liberda<strong>de</strong> para que o bom Deus conceda à Família<br />
<strong>de</strong> Schoenstatt, por todos os tempos o espírito da liberda<strong>de</strong> dos filhos<br />
<strong>de</strong> Deus que anseio com tanto ardor.<br />
Antes <strong>de</strong> iniciar a sua paixão Jesus rezou: „Ninguém me tira a vida [...]<br />
Eu a dou porque quero!‟<br />
Eu também faço assim: Ninguém me tira a liberda<strong>de</strong>; eu a entrego<br />
livremente [...] Entrego-a porque Deus o <strong>de</strong>seja [..] e meu alimento,<br />
minha tarefa predileta é fazer a vonta<strong>de</strong> d‟Aquele que me enviou a<br />
c<strong>um</strong>prir a sua Obra.” (Livre em Algemas).<br />
49
6º <strong>Reunião</strong>: “Cons<strong>um</strong>ismo! Moda! - Eu uso ou sou usada?”<br />
Objetivo: Levar as meninas a ver que o cons<strong>um</strong>ismo e a moda, senão<br />
dominados levam ao homem massa.<br />
Desenvolvimento:<br />
A dirigente antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o tema po<strong>de</strong>rá ler os exemplos abaixo<br />
ou citar outros que conheça.<br />
Priscila, filha <strong>de</strong> <strong>um</strong> médico e <strong>de</strong> <strong>um</strong>a psicóloga está na droga há alguns<br />
anos. Acabou na ca<strong>de</strong>ia por causa <strong>de</strong> roubo. Sua mãe a visitou e lhe<br />
disse: “Porque fizestes isso? Não te <strong>de</strong>mos sempre tudo o que<br />
quiseste?” Ela respon<strong>de</strong>u: “Sim, vocês sempre me <strong>de</strong>ram coisas, mas eu,<br />
no entanto, queria vocês.”<br />
Hoje é muito com<strong>um</strong> em nossa socieda<strong>de</strong> “a cultura do ter”, on<strong>de</strong> a<br />
pessoa não vale pelo que é, mas pelo que tem. As pessoas nessa cultura<br />
são consi<strong>de</strong>radas bens <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o. A tendência a ter está se tornando<br />
<strong>um</strong>a verda<strong>de</strong>ira modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, que se opõem à modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
fundada sobre o ser. Tal tendência se infiltrou nas famílias e nas<br />
escolas trazendo conseqüências às novas gerações. Os pais dão aos<br />
filhos muitas coisas, mas não dão a si mesmo.<br />
Uma jovem com pobres i<strong>de</strong>ais, influenciada pela moda, tinha o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
possuir <strong>um</strong> tênis da marca Nike e <strong>um</strong>a calça da Zoomp. Porém sua<br />
situação financeira não permitia, mas isso não a convenceu. E então,<br />
para suprir o vazio que sentia em seu coração <strong>de</strong>cidiu sacrificar seus<br />
lazeres (como cinema, sorvetes, passeios), e até mesmo seu lanche e o<br />
passe-escolar, chegando a ir a pé para escola. Certo dia em <strong>um</strong> passeio<br />
da escola fez com que todos fossem a pé, só para não pagar a passagem.<br />
Diante <strong>de</strong>sta situação perguntaram-lhe: “Estes produtos <strong>de</strong> marca vão<br />
lhe trazer felicida<strong>de</strong>?” E com toda convicção respon<strong>de</strong>u: “SIM, isso vai<br />
me trazer felicida<strong>de</strong>!” (História verídica)<br />
50
Debate: a jovem que queria o seu tênis e calça <strong>de</strong> marca, para sentir-se<br />
feliz, pois achava que isso traria felicida<strong>de</strong>. Alcançou felicida<strong>de</strong> ao<br />
adquiri-los? O que você acha?<br />
Quantos jovens sofrem <strong>um</strong> profundo complexo <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> porque<br />
seus pais não po<strong>de</strong>m comprar-lhes aquelas roupas que seus amigos ou<br />
colegas vestem. Com o tempo tornam-se <strong>de</strong>siludidos e frustrados. Isto<br />
acontece porque nossa geração é educada a agir conforme as<br />
aparências, a serem pessoas <strong>de</strong> aparência. O homem vale por aquilo que<br />
possui, por ter <strong>um</strong>a bela casa, <strong>um</strong> belo carro, belas roupas, etc. Vale<br />
tanto quanto aparenta. Muitas vezes não percebe o quanto sua alegria é<br />
vazia, momentânea.<br />
Nossa juventu<strong>de</strong> está à mercê <strong>de</strong> situações como estas. O homem <strong>de</strong><br />
hoje já não é livre e per<strong>de</strong>u o sentido <strong>de</strong> ser pessoa h<strong>um</strong>ana, tornou-se<br />
<strong>de</strong>spersonalizado e facilmente comandado pela moda, pela novida<strong>de</strong> e<br />
pelas ofertas da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o. “É <strong>um</strong> homem solitário, porque<br />
per<strong>de</strong>u os vínculos que o prendiam a Deus, às pessoas e às idéias.”<br />
(Reuniões <strong>de</strong> introdução a Schoenstatt)<br />
Um coração carente <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais é alvo fácil para o domínio da moda e do<br />
cons<strong>um</strong>ismo, e nós, temos bem claros nossos i<strong>de</strong>ais? Sabemos aon<strong>de</strong><br />
queremos chegar? (Dirigente: fazer essas perguntas às jovens e<br />
questioná-las, procurar com elas as respostas)<br />
Com a proteção da Mãe <strong>de</strong> Deus precisamos cultivar nobres i<strong>de</strong>ais, para<br />
nos preservar <strong>de</strong>sses perigos.<br />
É hora <strong>de</strong> perguntarmos a nós mesmas: “Eu uso ou sou usada?” O que<br />
isto quer dizer? Sabemos colocar para nós mesmas o limite quando a<br />
ânsia <strong>de</strong> ter procura agir em nós com toda a sua força ou, sem perceber,<br />
sou usada, isto é, <strong>de</strong>ixo que a moda dita as regras na minha vida, nas<br />
coisas que uso, nos lugares que freqüento e até mesmo nas pequenas<br />
coisas, tão insignificantes, como por exemplo <strong>um</strong> chocolate. O que você<br />
faz: você acabou <strong>de</strong> ganhar seu chocolate preferido, você consegue<br />
<strong>de</strong>ixá-lo em sua frente, por longos minutos ou... imediatamente <strong>de</strong>sfruta<br />
<strong>de</strong> seu <strong>de</strong>licioso sabor. Quem manda? Você ou o chocolate? Nessa<br />
mesma situação você po<strong>de</strong> colocar aquilo que você mais aprecia, ou o seu<br />
ponto fraco. Cons<strong>um</strong>ismo é adquirir é algo sem refletir, isto é, como no<br />
51
exemplo acima, vejo, gosto, compro. Nesse processo faltou a reflexão,<br />
será que isso que estou “comprando” combina com meu ser? Aqui<br />
referimos no ato <strong>de</strong> comprar alg<strong>um</strong>a coisa, mas necessariamente a chaga<br />
do cons<strong>um</strong>ismo não precisa ser <strong>um</strong>a compra, como o dissemos se<br />
manifesta em coisas insignificantes, o exemplo do chocolate.<br />
Conhecemos nosso valor, somos filhas do Pai celestial. Somos filhas Lírio<br />
do Pai, Tabor para o mundo. Nosso i<strong>de</strong>al não preenche apenas nossa vida,<br />
mas por nossa missão, po<strong>de</strong>mos ajudar a muitas pessoas a encontrarem a<br />
verda<strong>de</strong>ira felicida<strong>de</strong>. Todo o ser h<strong>um</strong>ano busca a felicida<strong>de</strong>, uns<br />
encontram muito rápido, encontram o Deus da Vida, pois Deus é a eterna<br />
fonte <strong>de</strong> nossa felicida<strong>de</strong> e àqueles que não aceitam Deus como fonte <strong>de</strong><br />
sua felicida<strong>de</strong> buscam preencher o vazio do coração em fontes<br />
momentâneas, felicida<strong>de</strong> terrena. E nunca estará satisfeito, as fontes<br />
da qual bebem é passageira, logo passa e o „buraco‟ fica, talvez maior.<br />
Como é curto o prazo da felicida<strong>de</strong> terrena, logo se precisa buscar <strong>de</strong><br />
novo.<br />
Conclusão:<br />
Ser lírio do Pai, Tabor para o mundo é atacar o mal em sua raiz, ou seja,<br />
formar a personalida<strong>de</strong> com a mentalida<strong>de</strong> livre e que sabe <strong>de</strong>cidir-se<br />
pelo mais belo, nobre. Como Juventu<strong>de</strong> Feminina queremos pré-viver o<br />
i<strong>de</strong>al da mulher livre <strong>de</strong> todas essas correntes da moda, do cons<strong>um</strong>ismo,<br />
porque a exemplo da Mãe <strong>de</strong> Deus, buscamos o mais alto, à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Deus. O que po<strong>de</strong>ríamos fazer bem concretamente para conquistarmos<br />
esta liberda<strong>de</strong> interna, livre do que prega o modismo? Queremos tornarnos<br />
Sagrada Primavera, mas sabemos que sem o sacrifício não<br />
conseguiremos. Às vezes o combate contra o cons<strong>um</strong>ismo nos trará<br />
renúncias, sacrifícios, mas po<strong>de</strong>mos ter a certeza <strong>de</strong> que o sacrifício<br />
fortalece e enobrece nosso ser. Por causa dos puros que se sacrificam,<br />
Deus salva todo <strong>um</strong> povo. Se a semente não cair por terra e morrer, não<br />
dará fruto. Para que surja em nossa juventu<strong>de</strong> essa sagrada primavera é<br />
preciso que nós nos <strong>de</strong>cidamos pelo estilo <strong>de</strong> vida ao contrário do que<br />
prega a socieda<strong>de</strong> atual. O que po<strong>de</strong>mos fazer? Existem alguns limites<br />
do cons<strong>um</strong>o e da moda, os quais po<strong>de</strong>ríamos impor-nos. Po<strong>de</strong>ríamos<br />
economizar, selecionar os nossos gostos e necessida<strong>de</strong>s, não sair<br />
52
comprando tudo que vemos e gostamos, ou que percebemos que todo<br />
mundo gosta.<br />
Contentar-nos com aquilo que somos e temos, com o nosso corpo, com as<br />
nossas capacida<strong>de</strong>s e colocá-lo a serviço do reino <strong>de</strong> Deus.<br />
Peçamos a nossa Rainha Lirial que nos il<strong>um</strong>ine mostrando-nos como<br />
<strong>de</strong>vemos agir em cada situação para que floresça <strong>um</strong>a Sagrada<br />
Primavera <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s verda<strong>de</strong>iras em nossa juventu<strong>de</strong>. “Rainha<br />
empunha o cetro e forma o Reino da liberda<strong>de</strong> autêntica.”<br />
Propósito: Como queremos continuar cultivando nossa semente? O que<br />
escolheremos como propósito?<br />
Oração final:<br />
“Pai do céu, o Pai e Fundador percorreu sem temor o seu<br />
caminho, no seguimento do teu Filho Jesus Cristo. Tudo, toda a sua vida<br />
foi <strong>um</strong>a carta que ele redigiu para ti. Ajuda-me a ser conseqüente no<br />
meu caminho, sem me importar do que os outros dizem <strong>de</strong> mim. Conce<strong>de</strong>me<br />
a força interior e, se necessário, a coragem para o risco, mesmo<br />
quando doer. Faz com que eu concretize o que é próprio do ser h<strong>um</strong>ano<br />
autêntico: viver a minha liberda<strong>de</strong>! Eu quero voltar hoje a arriscar,<br />
novamente, contigo. Porque isso me faz feliz. Amém.” (Anseio <strong>de</strong> viver – novena<br />
para jovens – pág. 45)<br />
53
7ª REUNIÃO: autoeducação@meulema.com.br<br />
Objetivo: Despertar <strong>um</strong>a consciência crítica a respeito do mo<strong>de</strong>rnizar<br />
sem mecanizar.<br />
Dinâmica: A dirigente prepara <strong>um</strong>a simulação <strong>de</strong> <strong>um</strong> Chat. Nele 2<br />
pessoas conversam <strong>de</strong> acordo com trechos do doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> Pré-<br />
Fundação. A dirigente po<strong>de</strong> fazer com papelão (por exemplo) <strong>um</strong>a tela<br />
<strong>de</strong> computador e escrever a conversa (no formato <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> bate-papo)<br />
e passar o seguinte diálogo:<br />
* Chat do Fundador:<br />
#FEM# entra na sala.<br />
#FEM# diz para *JU*: Oie, td bem?<br />
*JU* diz para #FEM#: Oiiii td jóia e c/ vc?<br />
#FEM# diz para *JU*: Td indo....<br />
*JU* diz para #FEM#: ms pq soh indo? Q q tah pegando?<br />
#FEM# diz para *JU*: Nda no mundo mo<strong>de</strong>rno presta... <strong>de</strong>cidi mudar<br />
<strong>de</strong> vida....<br />
*JU* diz para #FEM#: Noooosssaa...ms pq?<br />
#FEM# diz para *JU*: Ai na<strong>um</strong> agüento +, hj eh a ultima vez q uso a<br />
net.<br />
*JU* diz para #FEM#: Credo , pra q tanto radicalismo.. net ajuda<br />
tanto....<br />
#FEM# diz para *JU*: Ajuda? Internet eh <strong>um</strong> poço <strong>de</strong> perdiça<strong>um</strong>....<br />
54
*JU* diz para #FEM#: Ai que dramática....na<strong>um</strong> eh td q tah perdido...<br />
#FEM# diz para *JU*: Como na<strong>um</strong>? A gente <strong>de</strong>via eh jogar td fora..<br />
assm corta o mal pela raiz!!!<br />
*JU* diz para #FEM#: Larga mão <strong>de</strong> ser sem noção.....vc como <strong>Jufem</strong><br />
<strong>de</strong>via abrir <strong>um</strong> poko a kbça....<br />
#FEM# diz para *JU*: Aé? Kero ver vc me dar 1 motivo pra eu na<strong>um</strong><br />
pensar assim!<br />
*JU* diz para #FEM#: Um soh? Vixi tem <strong>um</strong>a pá! O próprio Pai<br />
Fundador jah disse: Retrocedamos? Não, jamais consentiremos tal<br />
atitu<strong>de</strong>!<br />
#FEM# diz para *JU*: Uhuuuuu....<br />
*JU* diz para #FEM#: iiiii.. n<strong>um</strong> <strong>de</strong>boxa na<strong>um</strong> hein.... eh serio... tava no<br />
doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> pré-fundação. Ms o q foi q fez vc pensar assim?<br />
#FEM# diz para *JU*: Ahhh ... se vc for ver na net soh rola fofoca, da<br />
tv daki a poko espirra sangue e no radio soh dah abobrinha....<br />
*JU* diz para #FEM#: Ms vc na<strong>um</strong> p<strong>de</strong> ficar pensando <strong>de</strong>sse jeito...<br />
#FEM# diz irritada para *JU*: E o q vc acha q eu <strong>de</strong>vo pensar?<br />
*JU* diz para #FEM#: Se a gente ouber os limites pra cda coisa da pra<br />
viver bem mo<strong>de</strong>rninho...<strong>de</strong> boa...<br />
#FEM# diz que não liga para *JU*: ....hmmmmm....<br />
*JU* diz com paciência para #FEM#: Q nem agora.. a gente nem tah<br />
fofocando....soh conversando... não se pira ô!<br />
55
#FEM# diz para *JU*: bom.. pd ser q eu esteja viajando mesmo......<br />
enta<strong>um</strong>.... foi mal..<br />
*JU* diz para #FEM#: Da nda.. o segredo mesmo eh auto-educação!<br />
Desenvolvimento:<br />
Como vimos no Chat, nosso Pai Fundador já tinha <strong>um</strong>a visão crítica a<br />
respeito do uso dos meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> antes da época da<br />
fundação.<br />
Em vez <strong>de</strong> nos afastarmos <strong>de</strong> todos os meios <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a<br />
dominá-los e não <strong>de</strong>ixar a máquina nos dominar. Para conseguirmos<br />
colocar os limites <strong>de</strong>vidos no uso <strong>de</strong> qualquer meio <strong>de</strong> comunicação<br />
<strong>de</strong>vemos criar <strong>um</strong>a visão crítica a respeito da influência das mensagens<br />
que chegam até nós.<br />
Na socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna , os meios <strong>de</strong> comunicação social exercem <strong>um</strong><br />
papel primordial na informação, na promoção cultural e na formação.<br />
Este papel torna-se cada vez maior e mais difundido pois a quantida<strong>de</strong> e<br />
a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> notícias, as influências exercidas sobre a opinião<br />
pública e os avanços técnicos crescem cada dia mais e nós nos tornamos<br />
mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das informações transmitidas por emissoras,<br />
provedores, etc.... (adaptado Catecismo da Igreja Católica- 2493)<br />
Se lançarmos <strong>um</strong> olhar mais aprofundado sobre a nossa socieda<strong>de</strong>,<br />
veremos que muito do que no ro<strong>de</strong>ia é influenciado pela mídia, <strong>de</strong> modo<br />
especial pela Tv. A opinião pública, a moda e as tendências culturais são<br />
diretamente atingidas pelo que se passa na Tv. Por exemplo: a cada nova<br />
novela surgem novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> roupas, casas, novos sotaques e<br />
cost<strong>um</strong>es, que, pouco tempo <strong>de</strong>pois, já estão nas ruas e até <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
nossas casas.<br />
Devemos ter os olhos bem abertos, pois muito do que os programas<br />
oferecem é <strong>um</strong> mundo paralelo, representado <strong>de</strong> forma ilusória, no qual<br />
a pregação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a vida fácil e <strong>de</strong>scompromissada revela a fuga das<br />
renúncias e sacrifícios e a busca <strong>de</strong>senfreada por <strong>um</strong> prazer vazio e<br />
momentâneo.<br />
Ou seja, a capacida<strong>de</strong> persuasiva dos meios <strong>de</strong> comunicação infelizmente<br />
é usada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sonesta, gerando a alienação em massa. Daí a<br />
56
necessida<strong>de</strong> do senso crítico, pois esses meios nos influenciam mesmo<br />
<strong>de</strong> forma inconsciente. Por exemplo: Uma pessoa po<strong>de</strong> dizer que este<br />
problema é relativo: Que po<strong>de</strong> assistir qualquer programa <strong>de</strong> Tv, que<br />
isto não lhe fará mal alg<strong>um</strong>. Mas, na verda<strong>de</strong> nenh<strong>um</strong> <strong>de</strong> nós é forte<br />
suficiente para livrar-se da influência negativa que certos meios <strong>de</strong><br />
comunicação exercem. Isto acontece sem que percebamos.<br />
O próprio Catecismo da Igreja Católica esclarece:<br />
“Os meios <strong>de</strong> comunicação social (especialmente mídia) po<strong>de</strong>m gerar<br />
<strong>um</strong>a certa passivida<strong>de</strong> entre os usuários, tornando-os cons<strong>um</strong>idores<br />
pouco criteriosos a respeito das mensagens e dos espetáculos. Os<br />
usuários <strong>de</strong>vem se impor mo<strong>de</strong>ração e disciplina quanto à mídia. Devem<br />
formar em si <strong>um</strong>a consciência esclarecida e correta para resistirem<br />
mais facilmente às influências menos honestas.” (2496)<br />
Como já vimos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos dos meios <strong>de</strong> comunicação, isso é inevitável.<br />
Mas também temos muitos problemas que são conseqüência da<br />
exploração <strong>de</strong>sses meios.<br />
Qual atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemos ter ante essa situação?<br />
É evi<strong>de</strong>nte que não po<strong>de</strong>mos simplesmente abandonar tudo. O que<br />
<strong>de</strong>vemos fazer é cultivar a nossa auto-educação. Utilizar os meios <strong>de</strong><br />
comunicação (especialmente a Tv e a Internet) <strong>de</strong> acordo com nossa<br />
necessida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong> acordo com a impulsivida<strong>de</strong>, e além disso, utilizálos<br />
com <strong>um</strong> fim honesto e moralmente correto. “Mo<strong>de</strong>rnizar sem<br />
mecanizar!” Não po<strong>de</strong>mos nos tornar escravas d algo que foi feito para<br />
nos servir.<br />
É <strong>de</strong> fundamental importância que tenhamos <strong>de</strong> forma clara a finalida<strong>de</strong><br />
pessoal pela qual usamos a Internet.<br />
Devemos observar quais são os tipos <strong>de</strong> relacionamentos que mantemos<br />
e também o que falamos <strong>de</strong> nós para os outros:<br />
Conto ou escrevo em sites tudo <strong>de</strong> minha vida para pessoas que<br />
nem conheço?<br />
(ou sei quais assuntos <strong>de</strong>vo reservar a mim mesma)<br />
Falo e ajo da mesma forma como sou ou tenho <strong>um</strong>a dupla<br />
personalida<strong>de</strong>, só porque estou por traz <strong>de</strong> <strong>um</strong>a máquina posso<br />
fazer fofocas e dizer mentiras até sobre mim mesma?<br />
57
As pessoas que mentem até sobre suas próprias características não têm<br />
<strong>um</strong>a personalida<strong>de</strong> autêntica. I<strong>de</strong>alizam, <strong>de</strong> forma errada, a imagem que<br />
gostariam <strong>de</strong> ser. Esse tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> é que permite a massificação<br />
<strong>de</strong>ssas pessoas <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> fraca, tornando-as apenas mais <strong>um</strong><br />
rosto anônimo na multidão (não faz a diferença).<br />
Conclusão:<br />
Mencionamos a auto-educação como <strong>um</strong> meio no qual po<strong>de</strong>mos também<br />
apren<strong>de</strong>r a usar os meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> forma sadia. Como <strong>Jufem</strong><br />
queremos apren<strong>de</strong>r a dominar este campo, à luz do nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> “Lírio<br />
do Pai, tabor para o Mundo!” Nosso objetivo é formar <strong>um</strong> novo estilo <strong>de</strong><br />
vida em nossa Juventu<strong>de</strong> como resposta a essa situação <strong>de</strong> perigo: da<br />
massificação e do “vício” pelos meios <strong>de</strong> comunicação. Também queremos<br />
dar continuida<strong>de</strong> a nossa missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina da<br />
Pequena Maria, ass<strong>um</strong>indo: Eis-me: aqui sou Tua Primavera Sagrada!<br />
Propósito: O que po<strong>de</strong>ríamos fazer a fim <strong>de</strong> que a Mãe <strong>de</strong> Deus empunhe<br />
o cetro e vença este <strong>de</strong>safio conosco em nossa Juventu<strong>de</strong>? Que<br />
propósito po<strong>de</strong>mos escolher neste sentido?<br />
Oração Final:<br />
ORAÇÃO DO COMUNICADOR<br />
Ó Deus,que para comunicar vosso amor aos homens, enviastes seu Filho,<br />
Jesus Cristo,e o constituístes Mestre, Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida da<br />
h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>, conce<strong>de</strong>i-nos a graça <strong>de</strong> utilizar os meios <strong>de</strong> comunicação<br />
social – imprensa, cinema, rádio, audiovisuais... – para a manifestação <strong>de</strong><br />
vossa glória e a promoção das pessoas. Suscitai vocações para essa<br />
multiforme missão. Inspirai aos homens <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> a colaborarem<br />
com a oração, a ação e o auxílio material, para que a Igreja anuncie o<br />
Evangelho a todos os homens,através <strong>de</strong>sses instr<strong>um</strong>entos. Amém. (BV<br />
Tiago Alberione)<br />
58
8ª reunião: A flor raríssima: a pureza!<br />
Objetivo: Mostrar que o i<strong>de</strong>al da pureza respon<strong>de</strong> à situação agravante<br />
da sexualida<strong>de</strong> em nossa juventu<strong>de</strong>.<br />
Desenvolvimento: A dirigente no início da reunião questiona as meninas<br />
com as seguintes questões:<br />
O que enten<strong>de</strong>mos sobre a palavra sexualida<strong>de</strong>?<br />
O que a mídia apresenta sobre este assunto?<br />
Vocês concordam com que a mídia apresenta sobre sexualida<strong>de</strong>?<br />
Sexualismo e sexualida<strong>de</strong> é a mesma coisa?(<strong>de</strong>ixar que falem)<br />
Não. Apesar <strong>de</strong> tratarem, em certo sentido do mesmo conteúdo, tem<br />
concepções diferentes da mesma realida<strong>de</strong>.<br />
SEXUALISMO- tudo que leva ao prazer, ao ato sexual. Nada tem haver<br />
com o espiritual, mas somente com o corpo.<br />
SEXUALIDADE- é <strong>um</strong> componente fundamental da personalida<strong>de</strong>, <strong>um</strong><br />
modo <strong>de</strong> ser, <strong>de</strong> se manifestar, <strong>de</strong> comunicar com os outros, <strong>de</strong> sentir,<br />
expressar e viver o amor h<strong>um</strong>ano.<br />
Como Deus imaginou a sexualida<strong>de</strong>?<br />
Deus em seu infinito amor criou o homem e a mulher a sua imagem e<br />
semelhança, portanto nos fez capazes <strong>de</strong> amar. João Paulo II nos diz<br />
que “Deus chamou o homem à existência por amor e o chamou ao mesmo<br />
tempo ao amor.” Decorre disto nosso anseio e busca do verda<strong>de</strong>iro<br />
amor, <strong>de</strong> amar e ser amado.<br />
Quando nos criou, Deus <strong>de</strong>u ao homem e a mulher <strong>um</strong>a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sexual<br />
particulares (masculinida<strong>de</strong> e feminilida<strong>de</strong>) por isso cabe a ambos<br />
reconhecer e aceitar esta sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> individual. Embora com<br />
características e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s diferentes o homem e a mulher se<br />
complementam entre si, física, moral e espiritualmente.<br />
59
A sexualida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana em sua essência é expressa através do amor que<br />
se doa! A sexualida<strong>de</strong>, portanto consiste n<strong>um</strong>a doação <strong>de</strong> si mesmo, é<br />
“<strong>um</strong> bem”, criado por Deus. No matrimônio a sexualida<strong>de</strong> atinge seu<br />
ápice na entrega do esposo à sua esposa através do ato conjugal, este é<br />
por sua vez, algo querido por Deus e belo. Foi o próprio Deus que<br />
permitiu que houvesse alegria neste encontro dos esposos.<br />
Na vida virginal po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong>?<br />
Enten<strong>de</strong>ndo a sexualida<strong>de</strong> como “componente fundamental da<br />
personalida<strong>de</strong>, <strong>um</strong> modo se ser, <strong>de</strong> se manifestar, <strong>de</strong> comunicar com os<br />
outros, <strong>de</strong> sentir, <strong>de</strong> expressar e <strong>de</strong> viver o amor h<strong>um</strong>ano” 1 po<strong>de</strong>-se<br />
dizer que ela está muito presente na vida do consagrado, visto que, ela é<br />
expressa na doação a Deus e por Ele ao próximo. A pessoa consagrada<br />
virginalmente se doa inteiramente ao serviço <strong>de</strong> Deus e nesta<br />
exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu amor, ela partilha <strong>de</strong>ssa comunhão <strong>de</strong> amor com os<br />
<strong>de</strong>mais <strong>de</strong> maneira maternal ou paternal. Maternal, pois <strong>um</strong>a mãe se doa<br />
sem esperar recompensas, sua doação é <strong>de</strong>sprendida e sacrifical, pensa<br />
no bem dos filhos e não me<strong>de</strong> esforços para os servir. Da mesma forma,<br />
a pessoa consagrada <strong>de</strong>ve direcionar a riqueza <strong>de</strong> seu amor na doação <strong>de</strong><br />
si mesma.<br />
O certo é que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> procriar é <strong>um</strong> dom maravilhoso com que Deus<br />
dotou a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>. Deus não era obrigado a dividi-la em homens e<br />
mulheres. Podia tê-la formado como seres assexuados, dando origem a<br />
cada corpo (como faz com a alma) por <strong>um</strong> ato direto da sua vonta<strong>de</strong>. Em<br />
vez disto, na sua bonda<strong>de</strong>, dignou-se fazer com que a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong><br />
participasse do seu po<strong>de</strong>r criador, para que pu<strong>de</strong>ssem existir as belas<br />
instituições do matrimônio e da paternida<strong>de</strong>; para que através da<br />
paternida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana pudéssemos compreen<strong>de</strong>r melhor a paternida<strong>de</strong><br />
divina, sua justiça e sua providência, e através da maternida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana<br />
compreendêssemos melhor a ternura maternal <strong>de</strong> Deus, sua misericórdia<br />
e compaixão; <strong>de</strong>sse modo preparava também o caminho para a santa<br />
1 Apud Sexualida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana: verda<strong>de</strong> e significado. Doc<strong>um</strong>entos pontifícios. 1996.<br />
p. 12<br />
60
maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maria e para que no futuro entendêssemos melhor a<br />
união entre Cristo e sua Esposa, a Igreja.<br />
Para que tudo isso se torne realida<strong>de</strong> “A sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />
orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la<br />
verda<strong>de</strong>iramente h<strong>um</strong>ana.” (João Paulo II) Neste sentido, cabe a nós, <strong>Jufem</strong>,<br />
conscientizar-nos <strong>de</strong> que o ato conjugal está reservado para o<br />
Matrimônio, por causa <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong>za e finalida<strong>de</strong>; já que o ato<br />
conjugal é mais do que a simples união dos corpos, mas ele engloba a<br />
doação da pessoa por inteiro, <strong>de</strong> sua alma, <strong>de</strong> suas faculda<strong>de</strong>s afetivas,<br />
mas também das faculda<strong>de</strong>s espirituais.<br />
Dinâmica do copo <strong>de</strong> leite ou lírio:<br />
Com <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas flores, pedir que cada jovem tire <strong>um</strong> pedacinho da flor.<br />
Depois <strong>de</strong>ixar passar <strong>um</strong> pouco <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong>ixando a flor <strong>de</strong> lado. A flor<br />
ficará escura.<br />
Assim, como esta flor somos nós, lírios do Pai. Cada coisa tem seu<br />
tempo.<br />
Por isso, <strong>Jufem</strong> aguar<strong>de</strong> esse momento sagrado, para que traga bênçãos<br />
para si mesma.<br />
Quando falta o sentido e o significado do dom da sexualida<strong>de</strong>, acontece<br />
<strong>um</strong>a civilização das “coisas” e das “pessoas”; <strong>um</strong>a civilização on<strong>de</strong> as<br />
pessoas se usam como se usam as coisas.<br />
Por isso é importante conhecer e respeitar nosso próprio corpo. Ele é<br />
<strong>um</strong>a obra <strong>de</strong> arte e <strong>um</strong> presente <strong>de</strong> Deus, mas também é templo da<br />
Santíssima Trinda<strong>de</strong>, consagrado pela habitação <strong>de</strong> Deus em nós.<br />
Queremos agora conhecer alg<strong>um</strong>as ofensas contra a sexualida<strong>de</strong>:<br />
FORNICAÇÃO: Relação sexual fora do matrimônio utilizada entre<br />
solteiros.<br />
61
“O ato sexual <strong>de</strong>ve ocorrer exclusivamente no casamento, fora <strong>de</strong>le é<br />
sempre <strong>um</strong> pecado grave e exclui da comunhão sacramental”. (Novo<br />
Catecismo n. 2390)<br />
ADULTÉRIO: Relação sexual fora do matrimônio, sendo casado pelo<br />
menos <strong>um</strong> dos parceiros.<br />
“O adultério é <strong>um</strong>a injustiça. Quem comete falta com seus<br />
compromissos, fere o sinal da Aliança que é o vínculo matrimonial...”<br />
MASTURBAÇÃO: É o prazer provocado pela própria excitação dos<br />
órgãos sexuais, sem que exista contato com outra pessoa. Geralmente é<br />
acompanhado por estímulos visuais, táteis e imaginativos.<br />
A masturbação <strong>de</strong>grada quem a pratica. Rebaixa a conduta e além disso,<br />
contraria <strong>de</strong> certo modo a dignida<strong>de</strong> do homem/mulher.<br />
HOMOSSEXUALISMO: Atração entre indivíduos do mesmo sexo.<br />
Quais as causas e motivos da homossexualida<strong>de</strong>?<br />
As teorias oscilam entre 2 pólos:<br />
- Deriva <strong>de</strong> <strong>um</strong>a causa congênita (a pessoa já nasce<br />
com essa tendência);<br />
- E a que se origina <strong>de</strong> <strong>um</strong> hábito adquirido.<br />
Fatores Genéticos: Po<strong>de</strong> existir <strong>um</strong>a certa predisposição genética, ainda<br />
que a maioria dos homossexuais tenha <strong>um</strong> quadro cromossômico normal.<br />
Fatores Endócrinos: Po<strong>de</strong>m dar-se <strong>de</strong>sarranjos hormonais.<br />
Fatores Psicológicos: Excessiva influência materna ou paterna no caso<br />
do homem <strong>um</strong>a excessiva fixação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância na figura da mãe e<br />
dificulda<strong>de</strong>s em relação ao pai, e, no caso das mulheres <strong>um</strong>a<br />
i<strong>de</strong>ntificação exclusiva com o pai e comunicação difícil com a mãe. A<br />
ausência <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los masculinos e femininos claramente <strong>de</strong>finidos po<strong>de</strong><br />
influir na moda, no vestir, no pentear-se, etc...<br />
62
Fatores Ambientais: Os ambientes exclusivamente femininos em que se<br />
<strong>de</strong>senvolve <strong>um</strong> rapaz, por exemplo, por ausência habitual do pai no<br />
âmbito familiar ou, em sentido contrário, o ambiente masculino on<strong>de</strong><br />
cresce <strong>um</strong>a menina ro<strong>de</strong>ada, por exemplo, só <strong>de</strong> irmãos; o clima criado<br />
por <strong>um</strong>a mãe hiper-possessiva a respeito dos filhos, ou <strong>de</strong> <strong>um</strong> pai hiperprotetor<br />
das filhas; ambientes sócio-familiares on<strong>de</strong> os papéis<br />
masculinos e femininos não estejam bem <strong>de</strong>limitados; confinamentos <strong>de</strong><br />
pessoas do mesmo sexo em lugares <strong>de</strong>terminados, como internatos,<br />
presídios, navio, etc. Estes ambientes proporcionam <strong>de</strong>senvolvimentos<br />
<strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> homossexuais.<br />
Não são os homossexuais que escolhem sua condição para a maioria,<br />
pois, esta constitui <strong>um</strong>a provação. Devem ser acolhidos com respeito,<br />
compaixão e <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za. Evitar para com eles todo sinal <strong>de</strong><br />
discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a realizar a vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do<br />
Senhor as dificulda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m encontrar por causa <strong>de</strong> sua condição.<br />
As pessoas homossexuais são chamadas à castida<strong>de</strong>. Pelas virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
autodomínio, educadoras da liberda<strong>de</strong> interior, às vezes pelo apoio <strong>de</strong><br />
<strong>um</strong>a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinteressada, pela oração e pela graça sacramental.<br />
Po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem se aproximar, gradual e absolutamente, da perfeição<br />
cristã.<br />
Também <strong>de</strong>vemos lembrar <strong>de</strong> que, quanto maior for à tentação, maior<br />
será a graça que Deus nos dará. Se a pedirmos e aceitarmos, se<br />
lutarmos por todos os meios ao nosso alcance. Deus nunca permite que<br />
sejamos tentados acima da nossa força <strong>de</strong> resistência (com a sua graça).<br />
Ninguém po<strong>de</strong> dizer “Pequei porque não pu<strong>de</strong> resistir.” O que está ao<br />
nosso alcance é evitar os perigos <strong>de</strong>snecessários, sermos constantes na<br />
oração, especialmente nos momentos <strong>de</strong> fraqueza, freqüentar a missa e<br />
a sagrada comunhão, ter <strong>um</strong>a profunda e sincera <strong>de</strong>voção por Maria,<br />
Mãe Puríssima.<br />
PORNOGRAFIA: o conceito <strong>de</strong> pornografia (do grego “pornographos”<br />
escritos sobre prostitutas”) abrange qualquer obra literária ou artística<br />
63
cujo o conteúdo faz referência a atitu<strong>de</strong>s, acontecimentos, imagens,<br />
fatos ou relatos <strong>de</strong> caráter obsceno, impudico ou licencioso que procura<br />
fomentar a excitação, servindo-se para tanto, <strong>de</strong> todo tipo <strong>de</strong><br />
estímulos, especialmente o visual e o auditivo, que tenham <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r<br />
evocador do erótico e do sensual.<br />
<strong>Jufem</strong>,você é resposta para esses <strong>de</strong>safios do tempo!<br />
Querida Jovem, temos diante <strong>de</strong> nossos olhos, <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> e belo i<strong>de</strong>al<br />
“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”. Queremos à luz <strong>de</strong>ste nosso i<strong>de</strong>al<br />
irradiar a nova mulher transfigurada, pré-vivendo a dignida<strong>de</strong> feminina<br />
i<strong>de</strong>ada por Deus e vivida por Maria e assim, darmos <strong>um</strong>a resposta para<br />
estas situações <strong>de</strong> perigo com as quais convivemos diariamente.<br />
O mundo, como vemos nos mostra a mulher muito masculinizada, tanto<br />
nas atitu<strong>de</strong>s, como no vestir e no falar, levando a <strong>um</strong>a perda da própria<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> feminina. Como também o oposto da masculinização é a<br />
exploração da feminilida<strong>de</strong>, isto é, da beleza do corpo da mulher, que se<br />
<strong>de</strong>ixa usar como objeto propaganda.<br />
Acabamos por viver aquilo que não somos e a sufocar aquilo que <strong>de</strong>vemos<br />
ser e para o qual fomos criadas.<br />
Diante <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> queremos nos <strong>de</strong>cidir pelo Ver sacr<strong>um</strong>, pois<br />
temos a certeza <strong>de</strong> que por causa dos puros que se sacrificam Deus<br />
salvará a mulher atual.<br />
Mas afinal, qual é então nossa própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>?<br />
Estamos conscientes <strong>de</strong> nosso próprio valor e dignida<strong>de</strong> como mulher?<br />
Fomos criadas com <strong>um</strong>a natureza organizada em vista <strong>de</strong> nossa vocação<br />
original: ser esposa e mãe. Por isso nosso corpo é formado <strong>de</strong> acordo a<br />
aten<strong>de</strong>r e c<strong>um</strong>prir esta vocação. Neste sentido nosso ser é mais<br />
propenso para a interiorida<strong>de</strong>, para o doar-se, para o sacrifício, para<br />
sentir com os outros, mais do que o ser masculino.<br />
Já na história da Criação do mundo, po<strong>de</strong>mos encontrar qual a posição e<br />
missão da mulher na história dos povos, segundo o plano <strong>de</strong> Deus. Em Gn<br />
2, 18 lemos: “Façamos-lhe <strong>um</strong>a companheira e auxiliar que lhe seja em<br />
tudo semelhante!”<br />
64
Vemos que Deus mesmo já <strong>de</strong>terminou qual <strong>de</strong>ve ser a posição da mulher<br />
no âmbito da h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>: ser auxiliar e companheira do homem. Santo<br />
Agostinho nos diz a este respeito: “A mulher não foi tirada da cabeça<br />
do homem, porque não foi feita para mandar; nem foi tirada dos pés,<br />
porque não foi feita para ser escrava; mas foi tirada do lado do coração.<br />
Portanto, foi feita para amar.”<br />
É tão forte a influência da mulher na história que os gregos diziam:<br />
“Quem salva <strong>um</strong>a mulher, salva <strong>um</strong> povo inteiro!” e outra diz: “Um homem<br />
po<strong>de</strong> forjar gran<strong>de</strong>s tempos, mas <strong>um</strong> povo se levanta ou <strong>de</strong>cai com suas<br />
mulheres!”<br />
Como queremos viver isto na prática? Se queremos ser lírios no mundo<br />
<strong>de</strong>vemos evitar toda e qualquer ocasião que possa nos impedir <strong>de</strong><br />
vivermos nosso i<strong>de</strong>al para que surja <strong>um</strong>a Primavera Sagrada.<br />
O i<strong>de</strong>al nos impulsiona e obriga a <strong>um</strong>a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiva para a<br />
reconquista das genuínas maneiras femininas e da verda<strong>de</strong>ira<br />
mentalida<strong>de</strong> singela e serviçal em prol do soerguimento <strong>de</strong> nosso sexo.<br />
Em 2000, nossa Juventu<strong>de</strong> Feminina já se questionou <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ríamos<br />
trabalhar com nossa dignida<strong>de</strong> feminina e <strong>de</strong>ste questionamento surgiu:<br />
Dez pontos da <strong>Jufem</strong><br />
1. Não ficar.<br />
2. Refletir o interior no exterior.<br />
3. Diálogo e respeito no namoro.<br />
4. Cultivar o Santuário-coração, vivendo o i<strong>de</strong>al da JUFEM.<br />
5. Selecionar programas <strong>de</strong> TV, filmes, revistas...<br />
6. Na Família: diálogo, obediência, amor, filialida<strong>de</strong>, oração.<br />
7. Nas celebrações eucarísticas: respeito, amor, entusiasmo,<br />
concentração, alegria.<br />
8. Pensar antes <strong>de</strong> falar, diminuir o uso <strong>de</strong> gírias.<br />
9. Internet: selecionar, “mo<strong>de</strong>rnizar sem mecanizar”.<br />
10. Compromisso com a Aliança <strong>de</strong> Amor, ser pequena Maria, autoeducação,<br />
seguir o exemplo dos heróis.<br />
Esses pontos são meios para po<strong>de</strong>rmos proteger a nossa dignida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
resgatar a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras jovens.<br />
65
Como a <strong>Jufem</strong> respon<strong>de</strong> a situação <strong>de</strong><br />
perigo que coloca em risco a flor rara<br />
da pureza?<br />
A luta cristã contra a impureza exige que se fuja <strong>de</strong><br />
toda ocasião <strong>de</strong> pecado. Sabemos que “a ocasião faz o<br />
ladrão”, e aquele que brinca com o perigo nele perece. Se você, jovem,<br />
quer se manter puro e casto antes do casamento, terá que fugir <strong>de</strong> toda<br />
ocasião que possa excitar a paixão: livros, revistas, filmes eróticos, más<br />
companhias que já provaram <strong>de</strong>sse pecado e querem induzir outros ao<br />
erro, bem como, no namoro, toda ocasião que possa propiciar <strong>um</strong>a<br />
vivência sexual precoce. O namoro não é o tempo <strong>de</strong> viver as carícias<br />
matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, que, assim como<br />
Deus i<strong>de</strong>ou não é realizado no namoro. O que precisa haver entre os<br />
namorados é carinho, não as carícias íntimas. Além disso será preciso,<br />
para todos, solteiros e casados, o auxílio da graça <strong>de</strong> Deus; para os<br />
solteiros, a fim <strong>de</strong> que não vivam o sexo antes do casamento; para os<br />
casados, a fim <strong>de</strong> serem fiéis <strong>um</strong> ao outro. É gran<strong>de</strong> a recompensa<br />
daquele que luta bravamente para manter a própria pureza. Jesus disse<br />
que esses são bem-aventurados (felizes) porque verão a Deus. (Mt 5,8)<br />
A jovem casta é <strong>um</strong>a jovem forte, cheia <strong>de</strong> energias para sua vida<br />
profissional e moral. É na luta para manter a castida<strong>de</strong> que você se<br />
prepara para ser fiel ao seu esposo amanhã.<br />
A gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> <strong>um</strong> homem não se me<strong>de</strong> pelo po<strong>de</strong>r que possui <strong>de</strong><br />
dominar os outros, mas pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dominar a si mesmo.<br />
Esta sempre foi a coluna que manteve <strong>de</strong> pé as civilizações e os gran<strong>de</strong>s<br />
homens, e hoje, também, precisa ser resgatada e preservada, sob pena<br />
<strong>de</strong> vermos perecer a nossa civilização. Nossa h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong> hedonista 2 ,<br />
amante do prazer, a qualquer custo, ri da castida<strong>de</strong> e da virginda<strong>de</strong>, e<br />
por isso paga <strong>um</strong> preço caro pela <strong>de</strong>vassidão dos cost<strong>um</strong>es. Para<br />
reerguer esta socieda<strong>de</strong> será preciso resgatar esses valores que nunca<br />
2 Hedonista: palavra vinda do hedonismo, que quer dizer: doutrina que consi<strong>de</strong>ra<br />
que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida<br />
moral. Hedonismo, ou a filosofia, em que toda a h<strong>um</strong>ana bem-aventurança se<br />
resolve no prazer.<br />
66
envelhecem. Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo <strong>um</strong><br />
povo.<br />
A castida<strong>de</strong> é <strong>um</strong>a das maiores disciplinas, sem a qual a mente não po<strong>de</strong><br />
alcançar a firmeza necessária”. A mente daquele que segue as paixões<br />
baixas é incapaz <strong>de</strong> qualquer gran<strong>de</strong> esforço”. A castida<strong>de</strong> longe <strong>de</strong> ser<br />
<strong>um</strong>a prisão, ao contrário, abre cada vez mais as portas da verda<strong>de</strong>ira<br />
liberda<strong>de</strong>, só compreen<strong>de</strong> isto quem a vive.<br />
Só é livre quem se possui. Para haver a castida<strong>de</strong> nos nossos atos, é<br />
preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais<br />
será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos,<br />
vagueiem pelo mundo do erotismo.<br />
É por não observar esta regra que a maioria pensa ser impossível viver a<br />
castida<strong>de</strong>. Querida jovem, se você quiser no futuro formar <strong>um</strong>a família<br />
feliz, então comece agora, por você mesma; e, contra tudo e contra<br />
todos que lhe oferecem o sexo vazio e fácil, antes do casamento, viva a<br />
castida<strong>de</strong>, garanto-lhe que vale a pena. O jovem e a jovem cristãos<br />
terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os<br />
envolva e abafe o namoro. Alguns querem se permitir <strong>um</strong> grau <strong>de</strong><br />
intimida<strong>de</strong> “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está<br />
<strong>um</strong> grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultra<strong>passado</strong>, e<br />
muitas vezes acontece a gravi<strong>de</strong>z e outras coisas. Um namoro puro só<br />
será possível com a graça <strong>de</strong> Deus, com a oração, com a vigilância e,<br />
sobretudo quando os dois querem se preservar <strong>um</strong> para o outro. Será<br />
preciso então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar <strong>um</strong><br />
relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “a ocasião faz o<br />
ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”. É você quem<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> o que quer. Se você sabe que naquele lugar, naquele carro,<br />
naquela casa, etc., a tentação será maior do que as suas forças, então<br />
fuja <strong>de</strong>stes lugares; esta é <strong>um</strong>a fuga justa e necessária. É preciso<br />
lembrar as jovens, que o homem se excita principalmente pelos olhos.<br />
Então, cuidado com a roupa que você usa; com os <strong>de</strong>cotes, com o<br />
comprimento das saias, transparências...<br />
1. “Não ponha pólvora no sangue do seu namorado se você não quer<br />
vê-lo explodir”<br />
67
Muitas vezes as namoradas não se dão conta disto. Para a mulher a<br />
excitação se dá muito mais por palavras, gestos, fantasias, romances;<br />
mas para o homem, basta <strong>um</strong>a roupa curta, <strong>um</strong> <strong>de</strong>cote, <strong>um</strong> cruzar <strong>de</strong><br />
pernas aparentes, e muita adrenalina será injetada no seu sangue... Não<br />
provoque seu namorado. Além <strong>de</strong> tudo isso, se somos cristãos, temos que<br />
obe<strong>de</strong>cer e viver o mandamento <strong>de</strong> Deus que manda “não pecar contra a<br />
castida<strong>de</strong>”; isto é, não viver a vida sexual nem antes do casamento<br />
(fornicação) e nem fora <strong>de</strong>le (adultério).<br />
<strong>Jufem</strong>, vamos pensar como está<br />
nosso namoro? Será que <strong>de</strong>ixamos<br />
que toquem nosso corpo? Pensemos<br />
que tais carícias antece<strong>de</strong>m e<br />
po<strong>de</strong>m levar ao ato conjugal! Por<br />
isso, Stop!!! Quando a coisa está<br />
adiantada! Não sejamos<br />
<strong>de</strong>scartáveis!!!<br />
Após o pecado <strong>de</strong> Adão não nos resta outro remédio, vigiar os nossos<br />
sentidos, pensamentos, olhares, gestos, palavras, atitu<strong>de</strong>s,<br />
comportamentos, etc., e buscar na oração e nos sacramentos, o remédio<br />
e o alimento para vencer a nossa fraqueza. Nunca, como em nossos dias,<br />
foi tão gran<strong>de</strong> o pecado <strong>de</strong> impureza. De forma acintosa ele aparece nas<br />
músicas, nas TV‟s, nas revistas, jornais, filmes, cinemas, teatros,<br />
telefone, internet, etc. Estamos sendo invadidos por <strong>um</strong> verda<strong>de</strong>iro mar<br />
<strong>de</strong> lama que traz a imoralida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>ntro dos nossos lares, sem<br />
respeitar nem mesmo crianças e velhos. Os piores exemplos <strong>de</strong><br />
imoralida<strong>de</strong> estão sendo ensinados às nossas crianças e jovens; e, o que<br />
é pior, por artistas famosas, atraentes e bonitas. Uma <strong>de</strong>las ensina às<br />
jovens que para ser mãe, não é preciso mais ter <strong>um</strong> lar e <strong>um</strong> marido;<br />
basta arranjar <strong>um</strong> “namorado”, por alguns dias, e gerar <strong>um</strong>a criança.<br />
Mais do que <strong>um</strong> namorado, buscou-se <strong>um</strong> reprodutor, belo, rico, famoso,<br />
68
em dotado, etc.. Ora, <strong>um</strong>a criança não se faz como se fosse <strong>um</strong><br />
parafuso, <strong>um</strong>a torneira, ou <strong>um</strong> alicate. O filho precisa <strong>de</strong> <strong>um</strong> pai, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />
mãe, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a família... para que amanhã não seja <strong>um</strong> <strong>de</strong>sajustado. Outra<br />
“artista”, se torna famosa porque sabe rebolar as ná<strong>de</strong>gas acintosa e<br />
vergonhosamente, expondo-as nas telas da TV e se torna famosa por<br />
causa <strong>de</strong>sta bestialida<strong>de</strong>. O seu sucesso faz as jovens que a assistem<br />
querer repetir o seu exemplo, como se o corpo da mulher fosse dado por<br />
Deus para ser objeto <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o, como carne nos açougues. Ainda <strong>um</strong>a<br />
outra “artista”, torna-se famosa e “exemplo” para as <strong>de</strong>mais jovens,<br />
usando <strong>um</strong>a roupa preta, s<strong>um</strong>ária, <strong>de</strong>ixando todo o corpo <strong>de</strong> fora, e<br />
explorando o sexo da maneira mais triste. Não é fácil escapar <strong>de</strong>ssa<br />
enxurrada, especialmente nós que somos jovens. Não é fácil a luta<br />
contra as misérias da carne.<br />
2. A beleza e gran<strong>de</strong>za da castida<strong>de</strong><br />
Ela é a virtu<strong>de</strong> que mais forma homens e mulheres <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
acordo com o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Deus, e os prepara para constituir famílias<br />
sólidas, indissolúveis e férteis. O homem não é apenas <strong>um</strong> corpo; tem<br />
<strong>um</strong>a alma imortal, criada para viver para sempre na glória <strong>de</strong> Deus. Isto<br />
dá <strong>um</strong> novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos<br />
apenas com o prazer sexual passageiro, sem limites, arriscando a<br />
própria saú<strong>de</strong>, expondo a vida como bijouteria barata. Deus projetou o<br />
amor duradouro, com <strong>um</strong> só parceiro (a), para que cada <strong>um</strong><br />
amadurecesse com o outro como pessoa h<strong>um</strong>ana. Todos somos jóias<br />
raras, pérolas preciosas e o papel do cônjuge exatamente é proteger<br />
este dom, preservar sua pureza e polir o seu brilho.<br />
Conclusão:<br />
Se quisermos realmente viver o I<strong>de</strong>al da Juventu<strong>de</strong> schoenstattiana e<br />
ser <strong>um</strong>a católica praticante, é preciso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a vez por todas ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong>a<br />
posição. Se eu não sou capaz para viver a pureza nessas condições,<br />
então estou sendo mentirosa quando digo, canto ou rezo que sou Lírio do<br />
Pai Tabor para o mundo.<br />
69
O Lírio é para nós símbolo <strong>de</strong> nossa pureza virginal, <strong>de</strong> nossa virginda<strong>de</strong>.<br />
Assim como o lírio é <strong>um</strong>a flor sem mancha, também nós, aspiramos a<br />
pureza do corpo e da alma.<br />
E através <strong>de</strong> nosso exemplo e esforço na conservação <strong>de</strong> nossa pureza,<br />
queremos conquistar mais lírios para o Jardim da Mãe <strong>de</strong> Deus. Po<strong>de</strong>mos<br />
pensar em quantas jovens, hoje, acha <strong>um</strong>a caretice a preservação da<br />
pureza. Dizem que virginda<strong>de</strong> é algo do milênio <strong>passado</strong> e tacham muitas<br />
vezes <strong>de</strong> „quadradas‟ aquelas jovens que pensam e agem diferentes. E<br />
apesar disso, nós temos <strong>um</strong>a missão também em relação a essas jovens,<br />
pois através <strong>de</strong> nosso testemunho po<strong>de</strong>mos fazer com que mu<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
opinião e comecem a aspirar a pureza do corpo e da alma, mesmo se já<br />
tenha perdido a virginda<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem começar <strong>um</strong>a vida nova, a<br />
castida<strong>de</strong> é sua mais po<strong>de</strong>rosa arma nesta luta.<br />
Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo <strong>um</strong> povo.<br />
Somente assim resgataremos a dignida<strong>de</strong> feminina.<br />
Propósito: sabemos que nossos i<strong>de</strong>ais são belos e sabemos mais ainda<br />
que para cultivar a flor da pureza precisamos nos <strong>de</strong>cidir a prontidão ao<br />
sacrifício. Então, <strong>Jufem</strong>, qual o nosso ponto prático?<br />
Oração:<br />
“Ave Maria por tua pureza, conserva<br />
puro o meu corpo e minha alma.<br />
Abre-me largamente o teu coração<br />
e o coração <strong>de</strong> teu Filho.<br />
Obtém-me <strong>um</strong> profundo conhecimento<br />
<strong>de</strong> mim mesma e a graça<br />
da perseverança e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> até a morte.<br />
Dá-me almas e tudo o mais, toma-o para ti.”<br />
Pe. José Kentenich<br />
Nota: Querida Dirigente se você <strong>de</strong>seja com seu grupo aprofundar mais<br />
nesse tema, você po<strong>de</strong> usar o livro: “Dignida<strong>de</strong> feminina à luz do i<strong>de</strong>al” ,<br />
da série Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt. Lá você encontrará muita<br />
informação importante.<br />
70
Anexo da 8ª reunião (para complementação, é opcional)<br />
Dirigente: encontramos essas manchetes que po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong><br />
aprofundamento ao tema. Seja criativa ao trabalhar com suas jovens.<br />
1ª Manchete:<br />
Em síntese: Vai, a seguir, apresentado o projeto <strong>de</strong> lei que reconhece<br />
direitos profissionais aos “trabalhadores da sexo”, ativos na área da<br />
prostituição. Relega a pessoa h<strong>um</strong>ana à condição <strong>de</strong> material alugado ou<br />
negociado, sendo da autorida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>putado Eduardo Valver<strong>de</strong>, que o<br />
propôs ao congresso Nacional.<br />
Eis o texto que vai sendo divulgado na internet:<br />
PROJETO DA LEI N 4244/2004<br />
(Do Sr. Eduardo Valver<strong>de</strong>)<br />
O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:<br />
Art. 1º Consi<strong>de</strong>ram-se trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> toda pessoa<br />
adulta que, com habilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> forma livre, submete o próprio corpo<br />
para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente<br />
ajustada, po<strong>de</strong>ndo ou não laborar em favor <strong>de</strong> outrem.<br />
Parágrafo Único. Para fins <strong>de</strong>ssa lei, equiparam-se aos trabalhadores da<br />
sexualida<strong>de</strong> aqueles que expõem o corpo, em caráter profissional, em<br />
locais ou em condições <strong>de</strong> provocar apelos eróticos, com estímulo <strong>de</strong><br />
estimular a sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros.<br />
Art. 2º São trabalhadores da sexualida<strong>de</strong>, entre outros:<br />
1 – A prostituta e o prostituto;<br />
2 - A dançarina e o dançarino que prestem serviços nus, seminus ou em<br />
trajes s<strong>um</strong>ários em boates, dancing‟s, cabarés, casa <strong>de</strong> “strip-tease”,<br />
prostíbulos e outros estabelecimentos similares on<strong>de</strong> o apelo explícito à<br />
sexualida<strong>de</strong> é prepon<strong>de</strong>rante para chamamento <strong>de</strong> clientela;<br />
71
3 – A garçonete e o garçom ou outro profissional que presta serviço em<br />
boates, dancing‟s, cabarés, prostíbulos e outros estabelecimentos<br />
similares que tenham como ativida<strong>de</strong> secundária ou predominante o<br />
apelo à sexualida<strong>de</strong>, como forma <strong>de</strong> atrair clientela;<br />
4 – A atriz ou ator <strong>de</strong> filmes ou peças pornográficas exibidas em<br />
estabelecimentos específicos;<br />
5 – A acompanhante ou o acompanhante <strong>de</strong> serviços especiais <strong>de</strong><br />
acompanhante íntimo e pessoal <strong>de</strong> clientes;<br />
6 – Massagista <strong>de</strong> estabelecimentos que tenham como finalida<strong>de</strong><br />
principal o erotismo e o sexo;<br />
7 – Gerente <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> prostituição.<br />
Art. 3º Os trabalhadores <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m prestar serviço <strong>de</strong><br />
forma subordinada em proveito <strong>de</strong> terceiros, mediante remuneração,<br />
<strong>de</strong>vendo as condições <strong>de</strong> trabalho.<br />
Art. 4º São direitos dos trabalhadores da sexualida<strong>de</strong>, entre outros:<br />
a) Po<strong>de</strong>r expor o corpo, em local público aberto, <strong>de</strong>finido pela<br />
autorida<strong>de</strong> pública competente;<br />
b) Ter acesso gratuito aos programas e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />
preventiva <strong>de</strong> combate às doenças sexualmente transmissíveis;<br />
c) Ter acesso gratuito aos estabelecimentos das autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> pública sobre medidas preventivas <strong>de</strong> evitar as doenças<br />
socialmente previsíveis;<br />
Art. 5º Para o exercício da profissão <strong>de</strong> trabalhador da sexualida<strong>de</strong> é<br />
obrigatório registro profissional expedido pela Delegacia Regional do<br />
Trabalho.<br />
1º. O registro profissional <strong>de</strong>verá ser reavaliado a cada 12<br />
meses.<br />
72
2º. Os trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> que trabalham por conta<br />
própria <strong>de</strong>verão apresentar a inscrição como segurado<br />
obrigatório junto ao INSS, no ato <strong>de</strong> requerimento do registro<br />
profissional.<br />
3º. Para a revalidação do registro profissional será obrigatória a<br />
apresentação da inscrição como assegurado do INSS e do<br />
atestado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sexual, emitido <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />
Art. 6º É vedado o labor <strong>de</strong> trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> em<br />
estabelecimentos que não tenham a autorização das autorida<strong>de</strong>s<br />
públicas em matéria da vigilância sanitária e <strong>de</strong> segurança pública.<br />
Art. 7º Os trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão organizar-se em<br />
cooperativas <strong>de</strong> trabalho ou em empresas, em nome coletivo, para<br />
explorar economicamente prostíbulos, casas <strong>de</strong> massagem, agências <strong>de</strong><br />
acompanhantes e cabarés, como forma <strong>de</strong> melhor aten<strong>de</strong>r os objetivos<br />
econômicos e <strong>de</strong> segurança da profissão.<br />
Art. 8º O trabalho na prostituição é consi<strong>de</strong>rado, para fins<br />
previ<strong>de</strong>nciários, trabalho sujeito às condições especiais.<br />
JUSTIFICAÇÃO<br />
As opiniões acerca da prostituição são diversas, tanto na socieda<strong>de</strong><br />
brasileira como em outros países,do mesmo modo como são variadas as<br />
concepções políticas em relação ao tema. Na Holanda por exemplo, a<br />
prostituta é legalizada e or<strong>de</strong>nada juridicamente afim <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quá-la à<br />
realida<strong>de</strong> atual e <strong>de</strong> melhor controlá-la, impondo regras para sua prática<br />
e penas aos abusos e transgressões.<br />
Ass<strong>um</strong>indo a premissa <strong>de</strong> que milhares <strong>de</strong> pessoas exercem a<br />
prostituição no <strong>Brasil</strong>, propondo este projeto com o intuito <strong>de</strong><br />
regulamentar a ativida<strong>de</strong>, estabelecer e garantir os direitos <strong>de</strong>stes<br />
trabalhadores, inclusive os previ<strong>de</strong>nciários. Fica estabelecido ainda o<br />
acesso gratuito aos programas e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública preventiva <strong>de</strong><br />
combater às doenças sexualmente transmissíveis, bem como à<br />
informação sobre medidas preventivas para evitá-las.<br />
73
A prática da prostituição em território brasileiro passará a ter, entre<br />
outras exigências, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> registro profissional, a ser emitido<br />
pela Delegacia Regional do Trabalho e renovado anualmente. Estas e<br />
outras medidas previstas neste projeto <strong>de</strong> lei visam a dotar os órgãos<br />
competentes <strong>de</strong> melhores condições para controlar o setor e, assim,<br />
conter os abusos.<br />
Sala das Sessões em EDUARDO VALVERDE<br />
Deputado Fe<strong>de</strong>ral<br />
2ª Manchete:<br />
A polêmica do homossexualismo continua...<br />
A Igreja católica, preocupada com o crescimento das uniões entre<br />
pessoas do mesmo sexo, divulgou <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento, pedindo a políticos do<br />
mundo inteiro para irem contra leis que garantam a casais homossexuais<br />
os mesmos direitos <strong>de</strong> casais heterossexuais.<br />
“O matrimônio é muito claro: entre o homem e a mulher, <strong>de</strong>stinado a<br />
perpetuação da espécie”, afirma o Arcebispo Primaz do <strong>Brasil</strong>, car<strong>de</strong>al<br />
Dom Geraldo Magela.<br />
Na Suécia, já são mais <strong>de</strong> 3 mil gays casados. Com direito a herança e<br />
<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda conjunta. Só não po<strong>de</strong>m adotar <strong>um</strong><br />
filho, nem fazer inseminação artificial.<br />
A Holanda avançou ainda mais, permitindo inclusive a adoção <strong>de</strong> crianças<br />
pelo casal.<br />
Na América Latina, a iniciativa surgiu na Argentina. Em Buenos Aires, já<br />
está legalizada a união civil entre pessoas do mesmo sexo.<br />
César Cigliutti e Marcelo Suntheim celebraram a primeira união civil <strong>de</strong><br />
seu país em clima <strong>de</strong> festa. A notícia animou casais homossexuais<br />
brasileiros.<br />
74
“Já existem vários homossexuais querendo ir para a Argentina para se<br />
casar, enten<strong>de</strong>ndo que isso é possível. Mas, por lei, não é, porque por lei<br />
precisa que <strong>um</strong> dos parceiros seja argentino”, esclarece o coor<strong>de</strong>nador<br />
do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento.<br />
No <strong>Brasil</strong>, há oito anos, <strong>um</strong> projeto prevendo a equiparação <strong>de</strong> direitos<br />
entre casais homossexuais e heterossexuais, com exceção do direito à<br />
adoção <strong>de</strong> filhos, espera pela votação no Congresso Nacional.<br />
75
9º <strong>Reunião</strong>: Construtoras <strong>de</strong> História<br />
Objetivo: Mostrar que po<strong>de</strong>mos formar em nossa juventu<strong>de</strong> <strong>um</strong> reino<br />
livre e vitorioso sobre todas as situações <strong>de</strong> perigo que tratamos até<br />
agora.<br />
Dinâmica: A dirigente po<strong>de</strong> fazer tijolinhos (<strong>um</strong> para cada menina do<br />
grupo que po<strong>de</strong>m ser feitos <strong>de</strong> isopor pintado ou <strong>de</strong> caixinhas<br />
encapadas). Cada menina escreve em seu tijolo qual fundamento <strong>de</strong>seja<br />
<strong>de</strong>ixar para as gerações futuras. Depois se unem os tijolinhos: a<br />
“argamassa” que une <strong>um</strong> tijolo ao outro é a aliança <strong>de</strong> amor, é essa a<br />
união que usamos para construir o edifício da <strong>Jufem</strong>.<br />
No <strong>de</strong>senvolvimento da dinâmica encontramos o material para construir<br />
o edifício.<br />
Desenvolvimento: Que edifício é esse? Como <strong>de</strong>ve ser esse edifício?<br />
(<strong>de</strong>ixar que as meninas falem)<br />
Nós somos os tijolos na construção <strong>de</strong>ssa história.<br />
Como Michelangelo ao olhar <strong>um</strong>a pedra via a obra pronta, <strong>de</strong>vemos<br />
também olhar para o futuro como <strong>um</strong>a pedra a ser lapidada, nós somos<br />
os tijolos, e a partir <strong>de</strong> nossa doação po<strong>de</strong>mos dar a forma que<br />
quisermos para a <strong>Jufem</strong>. Toda a nossa aspiração po<strong>de</strong> se tornar<br />
realida<strong>de</strong> quando ass<strong>um</strong>irmos a missão com ardor. Na busca do Novo<br />
Reino, situações <strong>de</strong> perigo sempre se precipitarão sobre nós. Como<br />
vencê-las? Na história <strong>de</strong> Schoenstatt temos a resposta, traduzidas nas<br />
palavras do fundador:<br />
“...dia por dia nos brilha o sol, todos os dias o Deus da vida nos fala; o<br />
Deus da vida e da história nos comunica sua palavra <strong>de</strong> guia: ora mais<br />
baixo, ora mais alto..., nunca, porém, tão alto que não possa ser<br />
<strong>de</strong>spercebida ou mal-entendida a sua palavra. ASSIM FOI DESDE O<br />
COMEÇO.(...)<br />
Quem conhece o mundo atual, quem enxerga <strong>um</strong> futuro obscuro e vê as<br />
situações <strong>de</strong> perigo <strong>de</strong>ve admitir que o maior enigma do universo que<br />
temos que <strong>de</strong>cifrar é o enigma incompreensível da vida atual. Se<br />
acreditamos em <strong>um</strong> Deus Vivo,<strong>um</strong> Deus Amor e olhamos para a vida<br />
atual,vemos que este Deus se manifesta <strong>de</strong> forma misteriosa e<br />
76
enigmática, <strong>de</strong> <strong>um</strong> jeito que não o compreen<strong>de</strong>mos. Quantas injustiças,<br />
imoralida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>samor vivenciamos, e ainda temos que acreditar que por<br />
<strong>de</strong>trás <strong>de</strong> tudo isso está a proteção e bonda<strong>de</strong> paternal <strong>de</strong>ste Deus.<br />
Estes problemas preocupam os homens há milhões <strong>de</strong> anos atrás, e até<br />
hoje ninguém encontrou <strong>um</strong>a resposta ou explicação, mas somente a Fé<br />
Prática na Divina Providência nos dá a resposta. E nós, se confiarmos<br />
nela, po<strong>de</strong>remos juntas trabalhar na construção das gerações futuras<br />
garantindo assim fecundas sementes.<br />
Assim surgiu Schoenstatt, assim Schoenstatt cresceu, assim ele se<br />
prepara todos os anos para novos trabalhos, para novas lutas e novas<br />
vitórias: o filho da guerra é <strong>um</strong> filho da providência e quer permanecê-lo<br />
eternamente”.<br />
Como os tijolos integrantes <strong>de</strong>sse edifício, como queremos passar pela<br />
história?<br />
Como...<br />
Uma ativista?<br />
É aquela jovem que não vê nenh<strong>um</strong>a conexão entre <strong>um</strong> acontecimento e<br />
outro, nem faz ligação dos acontecimentos com <strong>um</strong> plano <strong>de</strong> Deus. Ela vê<br />
o mundo somente aqui e agora e procura aproveitar ao máximo o que “é<br />
do momento”, sem pensar nas conseqüências que suas idéias, atitu<strong>de</strong>s e<br />
atos po<strong>de</strong>rão trazer para o futuro.<br />
Uma passivista?<br />
É aquele tipo <strong>de</strong> jovem que vive <strong>de</strong>scomprometida com a história do<br />
mundo. Sem resistência, se <strong>de</strong>ixa impulsionar por suas ondas, mas não<br />
possui nem coragem, nem força para influenciar a sua caminhada. Vive<br />
sempre conforme as circunstancias. Para elas tudo é relativo. Não<br />
conseguem ass<strong>um</strong>ir até as ultimas conseqüências <strong>um</strong>a responsabilida<strong>de</strong>.<br />
De que forma as jovens Schoenstattianas <strong>de</strong>vem passar pela história?<br />
Como Criadoras <strong>de</strong> História!<br />
77
A jovem Schoenstattiana vê a história e o tempo como <strong>um</strong>a corrente,<br />
cuja fonte se encontra no coração <strong>de</strong> Deus; cujo fluxo e refluxo, cujo<br />
leito, direção e fim são or<strong>de</strong>nados e dirigidos por Deus, segundo <strong>um</strong><br />
plano <strong>de</strong> sabedoria e amor. Para esta jovem os acontecimentos estão<br />
interligados entre si e formam <strong>um</strong> maravilhoso conjunto on<strong>de</strong> se<br />
visl<strong>um</strong>bra o atuar <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong>sta forma se po<strong>de</strong> dar <strong>um</strong>a resposta a<br />
ele: Eis-me aqui! Sou tua Primavera Sagrada!<br />
Para sermos assim, <strong>de</strong>vemos ser mulheres <strong>de</strong>sprendidas <strong>de</strong> nossas<br />
paixões e <strong>de</strong>sejos, entregando inteiramente na confiança em Deus e na<br />
ousadia da Aliança <strong>de</strong> Amor. É necessário que nos coloquemos como<br />
autênticas filhas confiantes no po<strong>de</strong>r da Mãe e <strong>de</strong>ixar que Ela atue em<br />
nossa educação.<br />
Precisamos compreen<strong>de</strong>r que o que fazemos hoje vai repercutir no<br />
futuro da jufem. Devemos ter a visão <strong>de</strong> <strong>um</strong> reino futuro, corporificar<br />
em nós <strong>um</strong> homem novo. De nossa doação nascerá o novo reino.<br />
Queremos ser <strong>um</strong>a antecipação <strong>de</strong>ssa nova comunida<strong>de</strong>, por isso, nos<br />
lançamos como sementes, para que as futuras gerações também se<br />
sintam chamadas a ar<strong>de</strong>rem pela missão: <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong><br />
feminina.<br />
Devemos nos <strong>de</strong>ixar lapidar pela Mãe <strong>de</strong> Deus em prol <strong>de</strong> nosso i<strong>de</strong>al e<br />
missão.<br />
“Somos her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>, portadoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong><br />
presente e construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> futuro grandioso”. Pe. José<br />
Kentenich<br />
Propósito: Estamos chegando ao fim <strong>de</strong> nosso livro. O cetro já foi<br />
entregue à Rainha dos Lírios, mas queremos continuar cultivando nosso<br />
belo i<strong>de</strong>al empenhando-nos pela realização <strong>de</strong> nossa missão. Cremos que<br />
assim surgirá <strong>um</strong> reino i<strong>de</strong>al, para isso, precisamos educar-nos a fim <strong>de</strong><br />
que nossa geração se torne sagrada primavera. Para que isso aconteça,<br />
qual o ponto prático?<br />
Oração Final:<br />
Querida MTA, com Júlio Steinkaul, herói da primeira geração Ver<br />
Sacr<strong>um</strong>, rezamos:<br />
78
“Somente o sacrifício dos heróis <strong>de</strong>terminou os primeiros (...) anos <strong>de</strong><br />
Schoenstatt. E como Schoenstatt po<strong>de</strong>rá crescer, nos anos vindouros,<br />
senão colocarmos (...) o mesmo espírito heróico? Queremos ser dignas<br />
dos primeiros heróis”. (23/10/1939)<br />
“On<strong>de</strong> vive <strong>um</strong> schoenstattiano há <strong>de</strong> surgir <strong>um</strong> novo Schoenstatt.”<br />
(09/11/1939)<br />
“Precisamos <strong>de</strong> heróis! Da morte surge nova vida. Devem conhecer-nos<br />
pelo sacrifício. O sacrifício é nossa luz e nosso fogo. Nós mesmos<br />
queremos ser fogo, para incendiar o mundo escuro, para que arda, por<br />
nossa Rainha. Maria é o sinal da primavera!” (17/02/1940)<br />
Schoenstatt continua precisando <strong>de</strong> heróis. Mãe, empunha o cetro, para<br />
que tornemos heroínas <strong>de</strong>ssa geração jubilar, para que tornemos Ver<br />
Sacr<strong>um</strong>. Eis-me aqui, sou tua primavera sagrada! Amém.<br />
79
<strong>Reunião</strong> anexa: “O que herdastes <strong>de</strong> vossos pais,<br />
conquistai-o para possuir<strong>de</strong>s.”<br />
Objetivo: Conhecer a história da Coroa Lirial e também da Rainha da<br />
Promessa, que estarão peregrinando juntas pelas nossas cida<strong>de</strong>s. Deve<br />
ser dada essa reunião quando a peregrina e a coroa estiver chegando na<br />
sua cida<strong>de</strong>.<br />
Desenvolvimento:<br />
Nossa querida MTA como Rainha da Promessa<br />
O congresso jubilar na Argentina teve como caráter particular<br />
conscientizar as jovens latino americanas da missão que nosso Fundador,<br />
Pe. Kentenich, presenteou a América latina através <strong>de</strong> suas visita aos<br />
nossos países nos anos <strong>de</strong> 1947 a 1952.<br />
Com suas visitas, o Fundador trouxe a presença <strong>de</strong> Maria e ela penetrou<br />
nos corações <strong>de</strong> seus filhos através da Aliança <strong>de</strong> Amor.‟‟Vim contemplar<br />
e anunciar aqui as magnificências da Mãe e Rainha <strong>de</strong> Schoenstatt !”<br />
(<strong>Brasil</strong> 1947)<br />
Sinal concreto <strong>de</strong>ste ass<strong>um</strong>ir a missão que foi a proclamação da Mãe <strong>de</strong><br />
Deus como Rainha da Promessa que nosso Fundador fez a América<br />
Latina.<br />
“Maria é a única mulher que realizou plenamente a promessa <strong>de</strong><br />
Deus”.(...)Se cada mulher é <strong>um</strong>a essência <strong>um</strong>a promessa <strong>de</strong> Deus à<br />
h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>,então que encarna especialmente esta promessa e a revela<br />
ao mundo e a mulher pura e autêntica.(...)(Uruguai 1947)<br />
“Coroa por Coroa” foi essa e expressão que as jovens da América Latina<br />
reunidas na Argentina, renovaram sua aliança diante da Mãe <strong>de</strong> Deus ,e<br />
com ela finalizaram a primeiro congresso da Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong><br />
Schoenstatt Latino América.<br />
Representantes <strong>de</strong> cada nação se comprometeram em levar e<br />
compartilhar todas as experiências e fazer brotar esta corrente <strong>de</strong><br />
vida nos países latinos, a fim <strong>de</strong> que realmente se c<strong>um</strong>prisse tal<br />
promessa. Para dar continuida<strong>de</strong> a essa corrente iniciada na<br />
Argentina,foi sugerido que se coroasse a Mãe <strong>de</strong> Deus como Rainha da<br />
Promessa também no <strong>Brasil</strong>.<br />
80
A Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Londrina possuía <strong>um</strong>a imagem peregrina que<br />
peregrinou pelos locais on<strong>de</strong> aconteceu o jubileu do 20 <strong>de</strong> janeiro. Ela<br />
nos acompanhou durante toda a viagem e agora também <strong>de</strong>veria viajar<br />
pelo <strong>Brasil</strong>, a partir do 6º Encontro Nacional <strong>de</strong> Dirigentes, coroada<br />
como Rainha da Promessa.<br />
No dia do encontro nacional <strong>de</strong> dirigentes em Londrina, po<strong>de</strong>mos ler:<br />
“A Peregrina tem <strong>um</strong> significado especial. Primeiro por ser <strong>um</strong>a<br />
característica nossa, já que foi o Sr. João Luiz Pozzobon que <strong>de</strong>u início<br />
a esta forma <strong>de</strong> evangelização. E segundo porque a imagem peregrina<br />
tem se mostrado <strong>um</strong>a das mais eficazes formas <strong>de</strong> apostolado.”<br />
Em 1994 viu-se que já era hora <strong>de</strong> dar vida a peregrinação a Rainha da<br />
Promessa que se tornou a imagem peregrina nacional da jufem.<br />
“Des<strong>de</strong> a América latina Pai c<strong>um</strong>priremos tua promessa!<br />
Salve Rainha! As que estão prontas a morrer por ti, te saúdam!”<br />
Coroa Lirial<br />
Neste ano <strong>de</strong> 2006, estamos comemorando o jubileu <strong>de</strong> 25 anos da<br />
coroação da nossa rainha da juventu<strong>de</strong> brasileira. E, por ser <strong>um</strong>a data<br />
tão especial, queremos coroá-la novamente. Para isso, gostaríamos <strong>de</strong><br />
contar a todas, a sua história.<br />
Tudo começou no ano <strong>de</strong> 1938, quando <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> irmãs <strong>de</strong> Maria, na<br />
Alemanha, coroaram pela primeira vez a imagem da Mãe, sob o título <strong>de</strong><br />
“Regina ter Admirabilis”, Rainha Três Vezes Admirável (RTA).<br />
No dia 18 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1941, no Santuário Original, as irmãs<br />
presentearam nosso Fundador, n<strong>um</strong> gesto <strong>de</strong> gratidão por seu<br />
acompanhamento e <strong>de</strong>dicação, com a coroação do quadro da Mãe que<br />
pertencia ao Pe. Kentenich, a coroa era <strong>de</strong> material simples, constituída<br />
das letras RTA.<br />
Mais tar<strong>de</strong> no ano <strong>de</strong> 1945, quando nosso Fundador regressou do Campo<br />
<strong>de</strong> Concentração <strong>de</strong> Dachau, estava muito feliz, comovido com a<br />
fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a família <strong>de</strong> Schoenstatt, mas especialmente com a<br />
juventu<strong>de</strong>, que o havia acompanhado com tanto carinho e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />
durante o tempo <strong>de</strong> prisão. E, assim como fizeram as irmãs para o<br />
Fundador, ele fez com a juventu<strong>de</strong>: em sinal <strong>de</strong> gratidão, presenteou-<br />
81
nos com a coroa RTA, a mesma que ele havia recebido <strong>de</strong> presente das<br />
irmãs.<br />
Ao entregá-la ele nos disse:<br />
“Trouxe-lhes a minha coroa e as presenteio. O coração sangra ao<br />
entregá-la. Todos esses anos esta coroa esteve sobre a fronte da Mãe<br />
<strong>de</strong> Deus em cima da minha cama, também quando estive no Campo <strong>de</strong><br />
Concentração <strong>de</strong> Dachau. Uma pequena oferta também custa...” “...<br />
Sejam dignas <strong>de</strong>sta coroa até o fim <strong>de</strong> suas vidas e então a Mãe diz a<br />
vocês: vou fazer vocês participarem da minha glória.”<br />
Neste momento, dia 18 <strong>de</strong> agosto, a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Münster ass<strong>um</strong>iu a<br />
corrente <strong>de</strong> coroação e <strong>de</strong>cidiu, com a coroa RTA, Coroar a nossa Mãe.<br />
Mais tar<strong>de</strong>, as jovens <strong>de</strong> Münster reconheceram o quanto o fundador<br />
queria presentear tal coroa a toda a juventu<strong>de</strong> feminina, e, em 1956, no<br />
jubileu <strong>de</strong> 50 anos da juventu<strong>de</strong>, entregar a todo o reino da jufem.<br />
Em 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981, no jubileu <strong>de</strong> ouro da fundação da jufem,<br />
todas as representantes coroaram novamente a MTA com essa mesma<br />
coroa RTA, e <strong>de</strong>ram a ela, o título <strong>de</strong> “Rainha da Juventu<strong>de</strong> do Mundo<br />
inteiro”.<br />
Nossa rainha teria renovada a sua coroação no ano <strong>de</strong> 2000, sua coroa<br />
RTA peregrinava pelos países, quando foi roubada. Não sabemos ao<br />
certo o porquê ficamos sem essa coroa, mas po<strong>de</strong>mos tirar <strong>um</strong>a<br />
mensagem concreta: que nós sejamos a coroa viva para a nossa rainha.<br />
Linda história, não?! Mas, qual é a relação da coroa RTA, com a coroa da<br />
Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira? É a mesma coroa?<br />
Não, a coroa não é a mesma. O que faz <strong>um</strong> paralelo entre as duas coroas<br />
é que, na ocasião dos 50 anos da jufem, foi coroada a “Rainha da<br />
Juventu<strong>de</strong> do Mundo inteiro” e a “Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira”, com<br />
as coroas RTA e Lirial.<br />
No dia 07 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981, a juventu<strong>de</strong> feminina estava reunida em<br />
Atibaia, e coroou a Mãe <strong>de</strong> Deus, como a Rainha da Juventu<strong>de</strong><br />
<strong>Brasil</strong>eira.<br />
A Coroa Lirial tem <strong>um</strong> simbolismo muito bonito, tem <strong>um</strong> significado todo<br />
especial. Ela é constituída <strong>de</strong> 5 elementos, que a tornam ainda mais<br />
preciosa. São eles:<br />
82
- Santuário: lar da Mãe <strong>de</strong> Deus, nosso lugar <strong>de</strong> abrigo<br />
espiritual, transformação interior e crescimento do empenho<br />
apostólico.<br />
- Olho do pai: representando a presença <strong>de</strong> Deus Pai em<br />
nossa vida, e também toda a vida e espiritualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso<br />
Fundador.<br />
- Pedra preciosa: simbolizando a primeira heroína brasileira,<br />
Regininha, heroína da Juventu<strong>de</strong> Feminina.<br />
- Cruz: vem para simbolizar o Cristo e os Congregados Heróis.<br />
- 50 lírios: representando os 50 anos <strong>de</strong> história da nossa<br />
juventu<strong>de</strong> e também a vida <strong>de</strong> cada jovem que fizeram parte<br />
da nossa história.<br />
Neste ano nossa coroa irá peregrinar pelas cida<strong>de</strong>s, assim como a coroa<br />
RTA, levando graças a todos os lugares que passar. A coroa Lirial já<br />
peregrinou à Argentina, Chile, Roma, Alemanha (Schoenstatt, Colônia).<br />
Agora é hora <strong>de</strong> ela peregrinar em nossa casa, na sua terra natal.<br />
Po<strong>de</strong>mos ver através <strong>de</strong>ssa peregrinação da coroa lirial e da Peregrina –<br />
Rainha da Promessa, nossa MTA indo ao encontro <strong>de</strong> cada jovem da<br />
<strong>Jufem</strong> para convidá-la pessoalmente para a gran<strong>de</strong> festa jubilar, que<br />
acontecerá na jornada <strong>de</strong> setembro. <strong>Jufem</strong>, você é convidada especial.<br />
<strong>Jufem</strong>, você está preparada para recebê-las?<br />
Oração:<br />
Senhor recorda na tua bonda<strong>de</strong> a todas as famílias do mundo.<br />
Especialmente os pobres que sofrem necessida<strong>de</strong>s. Que tua providência<br />
nos acompanhe nos fazendo generosos com nossos dons.<br />
Que teu Espírito Santo nos faça fiéis discípulos <strong>de</strong> teu amor e possamos<br />
permanecer sempre em ti. Amém.<br />
83