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Reunião de abertura: “Herdeiras de um grande passado - Jufem Brasil

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Publicação:<br />

Centro Schoenstatt – Tabor<br />

Rodovia D. Pedro I, Km 78<br />

Caixa Postal 159 – CEP 12940-970<br />

Fone: (0XX) 11 4414 4212<br />

Atibaia – SP<br />

Ano 2006.<br />

2


Índice:<br />

Introdução pág. 04<br />

<strong>Reunião</strong> <strong>de</strong> Abertura: “Her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>.<br />

Portadoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> presente.<br />

Construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> futuro”. Pe. J. K pág. 07<br />

Primeira reunião: “Guardamos a herança!” pág. 21<br />

Segunda reunião: “Vais comigo?” pág. 29<br />

Terceira reunião: “Sacrifício ou prazer?<br />

O tempo pe<strong>de</strong> <strong>um</strong>a <strong>de</strong>cisão!!!” pág. 36<br />

Quarta reunião: “ Vivemos n<strong>um</strong>a ditadura!<br />

A juventu<strong>de</strong> é a gran<strong>de</strong> vítima!” pág. 43<br />

Quinta reunião: “Estou livre, e apesar disso, prisioneira!” pág. 52<br />

Sexta reunião: “Cons<strong>um</strong>ismo! Moda! – Eu uso ou sou usada?” pág. 59<br />

Sétima reunião: “Autoeducação@meulema.com.br pág. 63<br />

Oitava reunião: “A flor raríssima: a pureza!” pág. 68<br />

Nona reunião: “Construtoras <strong>de</strong> História” pág. 85<br />

<strong>Reunião</strong> anexa: “O que herdastes <strong>de</strong> vossos pais,<br />

Conquistai para o possuir<strong>de</strong>s!”<br />

(sobre a peregrinação da coroa e Peregrina) pág. 89<br />

3


Queridas dirigentes,<br />

Nos c<strong>um</strong> prole pia! Benedicat Virgo Maria!<br />

Finalmente temos em mãos o livro <strong>de</strong> reuniões para o trabalho com<br />

nossos grupos neste ano <strong>de</strong> 2006, que foi elaborado durante a semana<br />

<strong>de</strong> trabalho da <strong>Jufem</strong> em fevereiro <strong>de</strong>sse ano.<br />

O presente livro, <strong>de</strong> caráter histórico e rico em conteúdo, tem por<br />

objetivo esclarecer-nos e aprofundar o contexto dos quatro Jubileus<br />

que celebraremos neste ano, citados e explicados na reunião <strong>de</strong><br />

<strong>abertura</strong>, como também o lema por nós escolhido na última Jornada da<br />

<strong>Jufem</strong> (Jornada <strong>de</strong> Novembro da <strong>Jufem</strong> 2005): “Eis-me aqui, sou tua<br />

Primavera Sagrada”.<br />

A importância que a História da Juventu<strong>de</strong> e os outros fatos históricos<br />

narrados no livro, têm para nós, ficará bem clara à medida que nos<br />

aprofundarmos nas reuniões, nos temas e questões práticas que elas<br />

abordam. A história tem influência <strong>de</strong>cisiva em nossa vida, ela sempre<br />

nos <strong>de</strong>ixa <strong>um</strong>a herança e <strong>um</strong>a tarefa para o futuro. Estudando esta<br />

história queremos tornar-nos conscientes <strong>de</strong>sta herança que recebemos<br />

das primeiras gerações da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt, e ass<strong>um</strong>i-la a<br />

exemplo <strong>de</strong> nossos heróis: “Por causa dos puros que se sacrificam,<br />

Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro.”<br />

No que diz respeito aos temas tão atuais na vida da jovem mo<strong>de</strong>rna, não<br />

nos interessou simplesmente falar sobre os mesmos assuntos aos quais<br />

sempre voltamos, mas fundamentá-los para melhor entendê-los e chegar<br />

a soluções práticas para nossa vida. Por esse motivo, nossas reuniões<br />

estão mais textuais, pois tínhamos a preocupação <strong>de</strong> passar-lhes<br />

conceitos e fundamentos, que também para nós foram gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>scobertas durante essa semana <strong>de</strong> trabalho. Por isso, a preparação<br />

das reuniões irá exigir <strong>de</strong> você muito estudo e esforço, assim como<br />

aconteceu conosco nessa elaboração.<br />

Refletirmos sobre as situações <strong>de</strong> perigo do tempo <strong>de</strong> hoje nos ajudará<br />

a encontrarmos a forma concreta <strong>de</strong> realizarmos nossa missão como<br />

Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, a concretizarmos nosso estilo <strong>de</strong><br />

vida.<br />

4


Aconselhamos que vocês estu<strong>de</strong>m estas reuniões com muita serieda<strong>de</strong>,<br />

pois assim como estão fundamentadas, tratam-se da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />

quanto ao estilo <strong>de</strong> vida da jovem schoenstatiana. De nós exigirá o<br />

sacrifício e a <strong>de</strong>cisão em aspirar o EXCELSIOR.<br />

Po<strong>de</strong>m perguntar-se: Como estamos diante da situação do mundo atual?<br />

Estamos contentes com a nossa forma <strong>de</strong> vida, com a forma <strong>de</strong> vida do<br />

mundo <strong>de</strong> hoje? Estamos contentes com a nossa aspiração, com os<br />

nossos sonhos em relação ao futuro? O que Deus quer <strong>de</strong> nós?<br />

Nosso Pai e Fundador nos ensina que a “fonte do radicalismo juvenil é o<br />

<strong>de</strong>scontentamento com a situação atual e o anseio <strong>de</strong> <strong>um</strong> novo estado<br />

das coisas.” Sobretudo, é fonte <strong>de</strong> nosso radicalismo o amor a Deus e o<br />

amor a Maria.<br />

“Portanto, quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver, não se subtrai<br />

à convicção <strong>de</strong> que nossa época, com suas necessida<strong>de</strong>s e aflições, exige<br />

a santida<strong>de</strong> como <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> meio <strong>de</strong> salvação frente às confusões do<br />

tempo.” (livro Santida<strong>de</strong> da vida diária, pág.29)<br />

As situações <strong>de</strong> perigo são vozes do tempo a clamar por <strong>um</strong>a nova<br />

Primavera consagrada a Deus. Esta Primavera somos nós!<br />

O Ver Sacr<strong>um</strong> é a concretização com<strong>um</strong> do nosso i<strong>de</strong>al: “Lírio do Pai,<br />

Tabor para o mundo.” Quando formos Ver Sacr<strong>um</strong>, sagrada primavera<br />

<strong>de</strong> lírios puros que se sacrificam pela juventu<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>remos<br />

resgatar a dignida<strong>de</strong> Feminina no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />

Nesse ano jubilar <strong>de</strong> nossa <strong>Jufem</strong> temos alegria <strong>de</strong> ofertar à Rainha dos Lírios,<br />

nossa Rainha Jubilar esse nosso trabalho. Sentimos o „peso‟ da responsabilida<strong>de</strong>,<br />

mas, principalmente a gran<strong>de</strong> alegria <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos contribuir diretamente com o<br />

reino <strong>de</strong> nossa amada Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

“Assim como os heróis fundaram Schoenstatt com o sacrifício <strong>de</strong> sua<br />

vida, nós queremos continuar a obra com nosso sacrifício <strong>de</strong> vida.<br />

Mãe, aceita todas as minhas capacida<strong>de</strong>s do corpo e da alma.<br />

Schoenstatt é a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> minha vida.”<br />

Júlio Steinkaul – Herói da 1ª Geração Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />

Sua, Equipe da Semana <strong>de</strong> Trabalho 2006:<br />

5


Ana Clara – Jacarezinho/ PR<br />

Bruna – Poços/ MG<br />

Cássia – Londrina/ PR<br />

Luciene – Niterói/ RJ<br />

Márcia – Jacarezinho/ PR<br />

Raquel – São Sebastião do Paraíso/ MG<br />

Sarah – Jaraguá/ SP<br />

Tatiane – Jaraguá/ SP<br />

Thaisa – Curitiba/ PR<br />

Participação especial das Candidatas ao Postulado:<br />

Camila – Poços/ MG<br />

Credilei<strong>de</strong> – São Bernardo do Campo/ SP<br />

Eliza/ São Sebastião do Paraíso/ MG<br />

Jeane – Rio <strong>de</strong> Janeiro/ RJ<br />

S<strong>um</strong>aya – Ibiporã/ PR<br />

6


<strong>Reunião</strong> <strong>de</strong> <strong>abertura</strong>: “Her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>. Portadoras<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> presente. Construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> futuro”. Pe. J. K<br />

Objetivo: Conhecer as correntes <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ste ano jubilar, e introduzilas<br />

nas conquistas que faremos.<br />

Dinâmica: Ao fim da reunião será plantada a semente que elas <strong>de</strong>verão<br />

cultivar.<br />

Desenvolvimento: “Anos jubilares são para nós sempre anos especiais <strong>de</strong><br />

luta, pois Schoenstatt é e permanece <strong>um</strong> filho da guerra”. Pe. JK<br />

Este ano para nós é <strong>um</strong> ano quatro vezes jubilar:<br />

Jubileu dos 75 anos <strong>de</strong> Fundação do Ramo - 15 <strong>de</strong> agosto.<br />

Jubileu dos 25 anos <strong>de</strong> coroação da Rainha da Juventu<strong>de</strong><br />

brasileira – 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981<br />

10 anos da <strong>de</strong>scoberta do I<strong>de</strong>al Nacional – 20 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong><br />

1996<br />

centenário da primeira dirigente nacional da <strong>Jufem</strong> na<br />

Alemanha, nomeada pelo Pai e Fundador.<br />

“Nossas Primeiras” – 75 anos <strong>de</strong> Fundação da Juventu<strong>de</strong> Feminina.<br />

As mulheres já faziam parte <strong>de</strong> Schoenstatt <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1920.<br />

Em agosto <strong>de</strong> 1930, sentia-se <strong>um</strong>a forte tendência para autonomia e<br />

ativida<strong>de</strong> própria da juventu<strong>de</strong>. Ela não <strong>de</strong>veria ser simplesmente<br />

incorporada à União ou à Liga, mas formar <strong>um</strong>a comunida<strong>de</strong> juvenil<br />

própria – Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

Após <strong>um</strong> ano elas se reuniram, no sul (134 jovens) e no norte (210<br />

jovens) da Alemanha. Mas <strong>um</strong>a questão surgiu: “O que vamos elaborar?<br />

Não po<strong>de</strong>mos somente ser entusiasmadas e olhar a imagem dos<br />

Congregados Heróis, não, seu exemplo nos conclama a imitação. Mas<br />

como? Eles eram estudantes seminaristas e convocados para a guerra, e<br />

nós, trabalhamos nos escritórios, nas oficinas, nas escolas públicas.<br />

Imitar, portanto, não po<strong>de</strong> ser <strong>um</strong> simples copiar, mas queremos<br />

conquistar o seu espírito, com o qual realizaram tudo. Esse espírito<br />

<strong>de</strong>verá <strong>de</strong>pois ser adaptado às nossas circunstâncias...”.<br />

7


Ninguém havia encontrado <strong>um</strong>a outra expressão mais acertada para o<br />

nosso objetivo do que aquela que existia. Por isso nós todas<br />

concordamos com a frase:<br />

GERAÇÃO FUNDADORA DA JUVENTUDE DE SCHOENSTATT.<br />

Ao final do encontro surgiu a pergunta: Quando iniciaremos com o nosso<br />

objetivo? Uma achava: 08 <strong>de</strong> setembro, dia do nascimento da Mãe <strong>de</strong><br />

Deus. Mas unanimemente respon<strong>de</strong>mos: “Tanto tempo não queremos<br />

esperar!”. “Bem, então começaremos amanhã!”. “Não, HOJE!”. Somente<br />

então nos lembramos que estávamos festejando a Assunção <strong>de</strong> Maria.<br />

Na história <strong>de</strong> Schoenstatt e em nossos corações foi gravado firme e<br />

profundamente: “Assunção 1931” como dia do nascimento da Geração<br />

Fundadora da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

“... nós da Juventu<strong>de</strong> Feminina, somos fundamento e pedra <strong>de</strong><br />

construção dos próximos anos. Somos <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes imediatas dos<br />

Congregados Heróis. Aceitamos sua herança e queremos agora<br />

novamente selar nossa Aliança <strong>de</strong> Amor contigo, Mãe <strong>de</strong> Schoenstatt.”<br />

Elas foram levadas pela fé que o pobre mundo encontraria salvação<br />

somente por causa dos puros. “Queremos unidas a vós em amor e<br />

sempre, ser a Primavera do Reino que tudo il<strong>um</strong>ina, e sejamos!”<br />

“Vós sois a minha Coroa Viva” – Jubileu <strong>de</strong> 25 anos da<br />

coroação da Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira<br />

Para o ano <strong>de</strong> 1981, ano em que celebraríamos os 50 anos da Juventu<strong>de</strong><br />

Feminina, a <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong> quis presentear à Mãe <strong>de</strong> Deus <strong>um</strong>a dádiva<br />

especial, bem nossa, que expressasse a nossa vida e aspiração, nossas<br />

lutas e conquistas, enfim, tudo aquilo que se passa em nosso coração.<br />

Foi então que n<strong>um</strong> encontro entre representantes <strong>de</strong> vários locais,<br />

<strong>de</strong>cidimos entregar <strong>um</strong>a coroa que nos representasse, <strong>um</strong>a coroa “bem<br />

brasileira”, <strong>um</strong>a coroa na qual nossa vida e realida<strong>de</strong> estivessem<br />

gravadas e permanecessem para sempre.<br />

Porque <strong>um</strong>a coroa? Para ren<strong>de</strong>r graças por todos os prodígios que Ela<br />

operou e opera na nossa juventu<strong>de</strong>, como nossa Rainha. A coroa é o<br />

símbolo da realeza.<br />

8


Foi em 07 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981 que, após muita aspiração para a<br />

conquista da Coroa Lirial, a juventu<strong>de</strong> pô<strong>de</strong> coroar a MTA como Rainha<br />

da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira.<br />

“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”<br />

Jubileu <strong>de</strong> 10 anos da <strong>de</strong>scoberta do I<strong>de</strong>al Nacional.<br />

O que implica ter <strong>um</strong> i<strong>de</strong>al?<br />

Ter <strong>um</strong> i<strong>de</strong>al implica <strong>um</strong>a constante busca e luta para vivê-lo da melhor<br />

maneira possível, é <strong>um</strong> objetivo que queremos alcançar, é algo que<br />

queremos atingir. Fazer <strong>de</strong> cada momento especial e sublime para o seu<br />

crescimento pessoal.<br />

O i<strong>de</strong>al da Juventu<strong>de</strong> Feminina Mundial é “Ser lírio no meio do mundo”,<br />

queremos como <strong>Jufem</strong> internacional garantir o espírito da pureza no<br />

mundo atual e resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina, para que realizemos a<br />

missão que nos foi confiada por Deus.<br />

A <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong> quis encontrar <strong>um</strong>a forma característica <strong>de</strong> viver<br />

este i<strong>de</strong>al, e o sintetizaram na frase: Lírio do Pai, Tabor para o mundo!<br />

Mas, isso não foi <strong>um</strong>a <strong>de</strong>scoberta qualquer, simples. A <strong>de</strong>scoberta do<br />

nosso i<strong>de</strong>al nacional se <strong>de</strong>u após muitas orações, contribuições ao Capital<br />

<strong>de</strong> Graças, estudos, sugestões...<br />

A busca por <strong>um</strong> I<strong>de</strong>al Nacional iniciou em 1992, n<strong>um</strong> Congresso da<br />

Juventu<strong>de</strong> Feminina que aconteceu na Argentina. Neste congresso,<br />

nasceu <strong>um</strong> anseio por <strong>um</strong> “rosto nacional”, sendo que até então nossa<br />

juventu<strong>de</strong> brasileira era dividida em <strong>Brasil</strong> Norte e <strong>Brasil</strong> Sul. Isto não<br />

agradava em nada as nossas jovens.<br />

Ainda neste encontro ass<strong>um</strong>iram <strong>um</strong> novo tempo para a <strong>Jufem</strong> do <strong>Brasil</strong>.<br />

“<strong>Brasil</strong>, jovens unidas portadoras do Tabor!<br />

Ass<strong>um</strong>imos Pai, a missão e sua promessa <strong>de</strong> formarmos <strong>um</strong> único<br />

canteiro <strong>de</strong> lírios. Norte e Sul, coroa viva para ti! Amém”.<br />

Quando retornaram ao <strong>Brasil</strong>, quiseram manter aceso o fogo que ardia<br />

pela missão. Logo que chegaram, já começaram a se mobilizar no sentido<br />

<strong>de</strong> concretizar o compromisso da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional.<br />

Foi em 20/02/1996, após <strong>um</strong>a longa caminhada, muitos <strong>de</strong>bates entre as<br />

jovens que representavam a nossa jufem, no 8º Encontro Nacional <strong>de</strong><br />

9


Dirigentes, que tiveram a clareza do nosso i<strong>de</strong>al. Um breve relato da<br />

crônica nos mostra:<br />

“Após o café nos reunimos na sala Tabor, on<strong>de</strong> o Pe. Antônio Bracht<br />

procurou res<strong>um</strong>ir as palestras e propostas assimiladas nos dias<br />

anteriores. Eram 9h30min, quando a Patrícia (Londrina) apresentou a<br />

proposta do i<strong>de</strong>al. A frase agradou a todas nós.”<br />

E, aprofundando melhor no contexto que a frase trazia, elas<br />

perceberam que seria indispensável: Lírio, Filialida<strong>de</strong> e o Tabor para<br />

expressar a vida da <strong>Jufem</strong> brasileira.<br />

“Uma incomensurável emoção contagiou os rostos <strong>de</strong> todas nós, aquele<br />

era o auge do nosso encontro, on<strong>de</strong> nossos corações se uniram em <strong>um</strong>a<br />

única expressão: LÍRIO DO PAI, TABOR PARA O MUNDO! Não<br />

tínhamos mais incertezas. Sim! A Mãe tinha se clarificado naquele<br />

momento e esta era a missão que Ela nos havia confiado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

dos tempos.”<br />

Qual o significado do nosso lema?<br />

LÍRIO DO PAI: filha amada, heróica e que está r<strong>um</strong>o a ser a filha<br />

transfigurada do Pai. Somos filhas diante <strong>de</strong> Deus e esta é <strong>um</strong>a<br />

resposta e o <strong>de</strong>safio do tempo atual.<br />

No lírio temos expresso muito claramente a pureza, singeleza, firmeza e<br />

contraste, assim como nossa Mãe. O lírio é <strong>um</strong>a flor nobre, e assim<br />

também <strong>de</strong>vemos ser, <strong>de</strong>vemos ser diferentes, <strong>de</strong>staques.<br />

TABOR PARA O MUNDO: o i<strong>de</strong>al Tabor é <strong>um</strong>a herança e inc<strong>um</strong>bência <strong>de</strong><br />

nosso Pai e Fundador ao <strong>Brasil</strong>.<br />

No doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> Fundação, o Pe. Kentenich nos revela que a idéia do<br />

Tabor é a idéia predileta do seu coração:<br />

“Se, porém, quiser<strong>de</strong>s saber o autor <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sejo, posso revelarvos<br />

a idéia predileta que acalento em meu interior. Ao contemplar<br />

as magnificências divinas no monte Tabor, Pedro exclamou<br />

encantado: „Aqui é bom estar! Façamos três tendas.‟ (Mc. 9,5).<br />

Estas palavras sempre me voltam à memória e freqüentes vezes me<br />

perguntei: Não seria possível que a capelinha <strong>de</strong> nossa Congregação<br />

se tornasse nosso Tabor, no qual se manifestam as magnificências<br />

<strong>de</strong> Maria? Sem dúvida, maior ação apostólica não po<strong>de</strong>mos realizar,<br />

herança mais preciosa não po<strong>de</strong>mos legar aos nossos sucessores do<br />

10


que mover nossa Senhora e Rainha a estabelecer aqui, <strong>de</strong> modo<br />

especial, o seu trono, distribuir seus tesouros e realizar milagres da<br />

graça”.<br />

Na expressão Tabor para o mundo, encontramos a nossa forma <strong>de</strong><br />

apostolado. Queremos irradiar ao mundo as características da nova<br />

mulher transfigurada. Nossa vida <strong>de</strong>ve ser <strong>um</strong> reflexo da vida <strong>de</strong> Maria:<br />

revestidas do sol da graça <strong>de</strong> Cristo, com a lua sob os pés, isto é, todos<br />

os falsos valores e a vida instintiva; e a coroa <strong>de</strong> 12 estrelas na fronte a<br />

coroa da dignida<strong>de</strong> feminina, <strong>de</strong> ser toda alma, toda pureza, toda<br />

<strong>de</strong>dicação.<br />

Resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina, lembrar-nos do que somos, quanto<br />

valemos e a quem pertencemos, é a nossa missão atual e urgente, o<br />

Tabor para o mundo.<br />

“O tempo atual exige da mulher que ela seja simplesmente mulher, que<br />

corporifique o ser <strong>de</strong> Maria e enalteça o ambiente familiar, <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong> estudo, resgatando-lhe sua dignida<strong>de</strong>! Isso só compete à mulher!<br />

Estamos dispostas a empreen<strong>de</strong>r esta batalha pela dignida<strong>de</strong> da mulher,<br />

mesmo que isto exija heroísmo.” O nosso i<strong>de</strong>al já <strong>de</strong>scobrimos, agora<br />

está nas nossas mãos, colocá-lo em prática.<br />

Centenário da primeira dirigente nacional da <strong>Jufem</strong> na Alemanha,<br />

Maria Eugênia Mahringer<br />

"Sei em quem pus minha confiança" (2 Tim 1,12)<br />

Esta frase, dita pelo Pai Fundador, Pe. José Kentenich, em 1931, no<br />

Santuário Original, quando ela ass<strong>um</strong>iu a tarefa como dirigente da<br />

Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, caracterizou profundamente a vida<br />

<strong>de</strong> Eugênia.<br />

Nasceu no dia 18 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1906, em Schwäbish Gmünd, na<br />

Alemanha.<br />

Entre 1925 e 1928,Terminando o colégio, freqüenta, freqüentou o<br />

Seminário <strong>de</strong> Economia Doméstica no Monastério <strong>de</strong> Siessen, on<strong>de</strong><br />

conheceu Schoenstatt, por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> sacerdote schoenstattiano, o Pe.<br />

Franz Grim. Em 21 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1928, foi recebida na União Apostólica.<br />

Depois <strong>de</strong> seus estudos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1929, passou por diversos colégios como<br />

professora .<br />

11


Em 1931, o Fundador lhe pe<strong>de</strong> para ass<strong>um</strong>ir como tarefa principal a<br />

direção <strong>de</strong> toda a Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt, na Alemanha.<br />

Já em 1929, ela havia visitado Schoenstatt, na ocasião da gran<strong>de</strong><br />

jornada feminina do sul. Em 1930, chegou a ser dirigente juvenil em<br />

Schwaben e organizou, em agosto <strong>de</strong>sse ano, a primeira jornada da<br />

juventu<strong>de</strong>, do sul da Alemanha, em Schoenstatt.<br />

Ao final <strong>de</strong>sta, o Fundador lhe convida para fazer <strong>um</strong> retiro, em<br />

Schoenenberg, perto <strong>de</strong> Ellwangen, on<strong>de</strong> ambos mantém <strong>um</strong> longo<br />

diálogo sobre o trabalho com a Juventu<strong>de</strong> e o Fundador lhe mostra sua<br />

vocação como guia da Juventu<strong>de</strong> Feminina schoenstattiana.<br />

Entre 1931 e 1933, trabalha, em estreita colaboração com o Fundador,<br />

em Schoenstatt. Foi muito educada pelo Pe. José Kentenich, ele<br />

<strong>de</strong>positava nela a sua confiança, sabia também que podia exigir-lhe<br />

gran<strong>de</strong>s sacrifícios, para que crescesse na santida<strong>de</strong><br />

Em 1933, as autorida<strong>de</strong>s educacionais do nacional-socialismo a obrigam a<br />

reass<strong>um</strong>ir imediatamente o seu posto no colégio, a fim <strong>de</strong> afastá-la <strong>de</strong><br />

Schoenstatt. Entre 1934 e 1941, trabalha como professora <strong>de</strong> economia<br />

doméstica, ginástica e esportes em Ochsenhausen (Biberach). Mas,<br />

continua com o seu trabalho na Juventu<strong>de</strong> feminina.<br />

Durante a época do Nacional Socialismo, trabalhou nas assim chamadas<br />

"comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> urgência", que <strong>de</strong>veriam garantir, apesar dos gran<strong>de</strong>s<br />

riscos externos, a vida schoenstattiana, da Região <strong>de</strong> Schwaben. A<br />

partir <strong>de</strong> 1945 até 1976, Eugênia pertence à direção da juventu<strong>de</strong>, da<br />

Região <strong>de</strong> Schwaben.<br />

Durante este período, se construiu o Santuário do Retorno Vitorioso<br />

(Stuttgart), a casa regional e o lar <strong>de</strong> estudantes, além da fundação no<br />

Chile. Foi também ela, que com fé na Divina Providência, reconheceu o<br />

imenso significado da Missão do 31 <strong>de</strong> Maio e a fez penetrar<br />

espiritualmente na Região.<br />

A fundação do Instituto Nossa Senhora <strong>de</strong> Schoenstatt se <strong>de</strong>ve, <strong>de</strong><br />

modo substancial, à participação <strong>de</strong> Eugênia, durante a época do nacional<br />

socialismo. Por <strong>de</strong>sejo do Pai Fundador, fez parte dos primeiros diálogos<br />

sobre as Constituições em 1935, 1936 e 1938.<br />

Suas palavras: "... as maiores da geração fundadora seguiram seu<br />

caminho. Mas levaram consigo seu i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> fundação e suas tarefas, para<br />

realizá-los em sua profissão, nos ramos, no estrangeiro. À cabeça <strong>de</strong><br />

12


ambos os Institutos Seculares chegaram duas personalida<strong>de</strong>s da<br />

geração fundadora como Superiora Geral das Irmãs <strong>de</strong> Maria e das<br />

Senhoras <strong>de</strong> Schoenstatt. Outras jovens foram crescendo e ass<strong>um</strong>iram<br />

as tarefas <strong>de</strong> dirigentes entre a juventu<strong>de</strong> feminina... as gerações vão e<br />

vêm. Sempre insistia nosso Pai fundador dizendo: 'Cada geração <strong>de</strong>ve<br />

novamente conquistar Schoenstatt' Ele confiou plenamente nas<br />

gerações futuras e em 1935, agra<strong>de</strong>cendo-lhes por todos os tempos<br />

disse, confiando em sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à Schoenstatt e em seu espírito <strong>de</strong><br />

entrega: 'À estas gerações futuras quero agra<strong>de</strong>cer também <strong>de</strong>ste<br />

lugar'. Isto vale também para a juventu<strong>de</strong> feminina <strong>de</strong> nossos dias."<br />

(Maria Eugênia Mahringer, 11 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981 no jubileu dos 50 anos<br />

<strong>de</strong> fundação da juventu<strong>de</strong> feminina, celebrado em Schoenstatt <strong>de</strong> 10 à<br />

13 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981)<br />

“Nossa vida à nossa Rainha”<br />

Em 1940, a juventu<strong>de</strong> feminina da Alemanha vivenciava a corrente <strong>de</strong><br />

Carta branca que encontrou sua expressão no sinal da coroa. A <strong>Jufem</strong><br />

tomou iniciativa <strong>de</strong> invocar a Mãe Três vezes Admirável como Rainha.<br />

Em 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>1941 fizeram seu juramento à ban<strong>de</strong>ira e entregaramna<br />

à Mãe no Santuário como símbolo <strong>de</strong> coroação.<br />

Em 1981, celebrando os 50 anos <strong>de</strong> fundação da Juventu<strong>de</strong> Feminina, a<br />

juventu<strong>de</strong> coroou a RTA em Schoenstatt como Rainha da Juventu<strong>de</strong> do<br />

mundo. Acompanhando esta corrente <strong>de</strong> vida , no <strong>Brasil</strong> a juventu<strong>de</strong><br />

elaborou a coroa <strong>de</strong> 50 lírios e coroou a Mãe <strong>de</strong> Deus como Rainha da<br />

Juventu<strong>de</strong> brasileira.<br />

E nós, neste ano jubilar, queremos também, juntamente com a coroação<br />

presentear a nossa Rainha com o Cetro. Mas, porque o Cetro? Qual o seu<br />

significado?<br />

A Coroa Real é símbolo <strong>de</strong> soberania e dignida<strong>de</strong>. O Cetro Real é símbolo<br />

da força e do po<strong>de</strong>r governamental. Tanto na Bíblia, como na história <strong>de</strong><br />

Schoenstatt, o Cetro ocupa <strong>um</strong> lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque.<br />

Encontramos no Livro <strong>de</strong> Ester nos capítulos 4, 5, 6 e 7 a intervenção da<br />

rainha Éster em favor do seu povo, no qual o rei esten<strong>de</strong> o cetro para<br />

recebê-la.<br />

“O povo ju<strong>de</strong>u foi acusado injustamente perante o Rei Assuero; então<br />

Mardoqueu, ju<strong>de</strong>u, tutor <strong>de</strong> Ester e funcionário da corte, solicitou a<br />

13


Ester, que também era judia, que fosse ter com o rei, para pedir graça e<br />

suplicar em favor <strong>de</strong> seu povo.<br />

No terceiro dia, terminando sua prece, Ester revestiu-se com todo o<br />

seu esplendor. Assim adornada, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter invocado o Senhor Deus,<br />

juiz e salvador, tomou consigo duas servas... estava formosa, <strong>de</strong> rosto<br />

alegre, mas seu coração estava angustiado pelo temor.<br />

Ultrapassando todas as portas, ela se apresenta diante do Rei.<br />

O rei Assuero estava sentado em seu trono real, revestido <strong>de</strong> todos os<br />

ornamentos <strong>de</strong> sua majesta<strong>de</strong>, coberto <strong>de</strong> ouro e <strong>de</strong> pedras preciosas,<br />

seu aspecto era imponente. (...)<br />

Todos os servos do rei e todo o povo sabem que há <strong>um</strong>a lei real<br />

con<strong>de</strong>nando à morte todo aquele que penetrar no interior do palácio<br />

real, sem ser convocado pelo rei, não há senão <strong>um</strong>a sentença: <strong>de</strong>ve<br />

morrer, a menos que o rei lhe estenda o cetro <strong>de</strong> ouro, para que viva. (...)<br />

Logo que o rei <strong>de</strong> seu trono ergueu a cabeça radiante <strong>de</strong> esplendor e<br />

dirigiu o seu olhar à rainha Ester, ela <strong>de</strong>smaiou.<br />

O rei a reconforta e pergunta: “Que tens rainha Ester? Sou teu irmão!<br />

Ânimo, não morrerás! Nossa or<strong>de</strong>m só vale para os súditos.”<br />

O rei ergueu o seu cetro <strong>de</strong> ouro e aproximou-se da rainha Ester,<br />

dizendo: “Dize-me o que <strong>de</strong>seja e, ainda que seja a meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> meu reino,<br />

te darei.” Ao que a rainha respon<strong>de</strong>u: ”Se achei graça a teus olhos, ó rei,<br />

e se ao rei lhe parecer bem, conce<strong>de</strong>-me a vida, eis o meu pedido; salva<br />

o meu povo, eis o meu <strong>de</strong>sejo!”<br />

Pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ste cetro real, a Rainha Ester encontrou graça diante do<br />

rei quando lhe apresenta o seu pedido, salvando o seu povo da ruína.<br />

Não só na história do povo <strong>de</strong> Deus, mas também em Schoenstatt o<br />

Cetro <strong>de</strong>sempenha importante papel.<br />

Em Schoenstatt a Coroa e Cetro são insígnias reais da Mãe <strong>de</strong> Deus. Ela<br />

é a nova Ester que empunha o Cetro em favor do seu povo.<br />

No sinal da coroa e do cetro, a obra da Mãe <strong>de</strong> Deus floresce, apesar<br />

das lutas e batalhas. Ela é sempre vitoriosa.<br />

Des<strong>de</strong> as épocas mais remotas do antigo Schoenstatt, do ano <strong>de</strong> 1143, o<br />

cetro já é o centro das aspirações.<br />

Uma história nos <strong>de</strong>svenda como bênção do cetro, já pairava sobre o<br />

antigo convento das agostinianas.<br />

14


A Aba<strong>de</strong>ssa do Claustro das monjas agostinianas em Schoenstatt ,<br />

queria mandar fazer <strong>um</strong> selo com a imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora, para<br />

colocá-lo nos doc<strong>um</strong>entos do claustro. Esse selo <strong>de</strong>via expressar<br />

claramente que Maria é Soberana e Proprietária do claustro e que,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início todos os seus bens foram consagrados a Ela.<br />

Pensativa a aba<strong>de</strong>ssa então andava pensativa pelo jardim, procurando<br />

<strong>um</strong>a solução.<br />

“Precisamos mandar fazer <strong>um</strong> selo que doc<strong>um</strong>ente tudo isso e que seja a<br />

rubrica do nosso convento.<br />

Acho que este selo <strong>de</strong>veria apresentar a imagem <strong>de</strong> Maria com o filho<br />

nos braços, <strong>um</strong>a coroa ornando sua fronte e <strong>um</strong> cetro poente em sua<br />

mão direita! Mas, como po<strong>de</strong>ria ser este cetro?”<br />

De repente a aba<strong>de</strong>ssa parou diante <strong>de</strong> <strong>um</strong> canteiro <strong>de</strong> lírios. Seu<br />

coração jubilou!<br />

“O lírio <strong>de</strong>verá ser a forma do cetro da Rainha do convento <strong>de</strong><br />

Schoenstatt! Coroa e Cetro Lirial serão as insígnias reais <strong>de</strong> nossa<br />

gran<strong>de</strong> Rainha!”<br />

E assim foi concretizado.<br />

Foi <strong>um</strong> dia <strong>de</strong> festa quando o artista entregou a obra pronta à aba<strong>de</strong>ssa,<br />

o selo sagrado da Senhora <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

A imagem da Mãe <strong>de</strong> Deus sentada n<strong>um</strong> trono, com o Menino Jesus nos<br />

braços; na cabeça <strong>um</strong>a bela coroa, e, na mão direita, o cetro lirial.<br />

Em diversas ocasiões, nosso Pai e Fundador também entregou o cetro<br />

nas mãos <strong>de</strong> nossa Mãe e Rainha. “Ao lado e com Cristo, o Rei, Ela, a<br />

Mãe, como Rainha do céu e da terra, <strong>de</strong>ve ter o cetro nas mãos, e reger<br />

os povos.” Pe. JK<br />

O cetro foi sempre a expressão, o símbolo <strong>de</strong> sua inabalável confiança<br />

no po<strong>de</strong>r, no amor e na sabedoria da Rainha <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

Por isso queremos entregar à nossa Mãe, a sua coroa lirial que foi<br />

entregue há 25 anos, e, para reforçar ainda mais que ela é a nossa<br />

Rainha, que rege a nossa vida, queremos entregar também o CETRO<br />

LIRIAL.<br />

Gran<strong>de</strong> parte dos nossos doc<strong>um</strong>entos e juventu<strong>de</strong>, são registros <strong>de</strong><br />

fundação, conquistas, celebrações... atos que marcaram a nossa história<br />

e inspiraram a juventu<strong>de</strong> a querer sempre mais, conquistar mais. A<br />

geração que celebrava os 50 anos da jufem <strong>de</strong>cidiu coroar a MTA, elas<br />

15


<strong>de</strong>senharam, <strong>de</strong>ram <strong>um</strong> simbolismo e a conquistaram. E nós, o que<br />

queremos que falem <strong>de</strong> nós as gerações futuras? O que <strong>de</strong>ixaremos<br />

como marca <strong>de</strong>sse jubileu?<br />

Neste ano jubilar queremos presentear a nossa Mãe e Rainha, dando a<br />

Ela o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> reger a nossa vida. A coroa é o sinal <strong>de</strong> nobreza, o cetro<br />

é sinal <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Uma rainha só po<strong>de</strong> reger <strong>um</strong> reino, se tiver em suas<br />

mãos <strong>um</strong> Cetro.<br />

Por isso damos à nossa MTA <strong>um</strong> cetro, para que ela, como nossa Mãe e<br />

RAINHA, possa reger toda a nossa vida, orientar-nos nas situações <strong>de</strong><br />

perigo do nosso tempo. No sinal da Coroa e do Cetro a obra da Mãe <strong>de</strong><br />

Deus floresce, apesar das lutas e batalhas.<br />

O Cetro que entregaremos à Mãe, será<br />

constituído <strong>de</strong> duas partes:<br />

- A LÂMPADA SAGRADA, que<br />

simbolizando as gerações Ver Sacr<strong>um</strong> e<br />

toda a herança que eles nos <strong>de</strong>ixaram.<br />

- LÍRIO – que representa toda a<br />

juventu<strong>de</strong> feminina, o nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> ser<br />

Lírio do Pai, Tabor para o mundo, e a nossa missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong><br />

feminina.<br />

Como proposta, para a conquista do Cetro, lançamos o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />

cultivarmos <strong>um</strong>a semente. Você <strong>de</strong>ve plantar <strong>um</strong>a semente <strong>de</strong> flor e<br />

cuidar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agora, até a Jornada Jubilar da Juventu<strong>de</strong> (JJJ) em<br />

setembro.<br />

Lenda: A flor da honestida<strong>de</strong><br />

Conta-se que, na China antiga, <strong>um</strong> príncipe da região norte do país<br />

estava às vésperas <strong>de</strong> ser coroado imperador. Antes, porém, ele <strong>de</strong>veria<br />

se casar. Conhecendo as exigências das leis e os cost<strong>um</strong>es locais, ele<br />

resolveu promover <strong>um</strong>a disputa entre as moças da China, da nobreza ou<br />

não. Qualquer <strong>um</strong>a que se achasse digna <strong>de</strong> sua proposta, podia<br />

participar da disputa. Feito o anúncio oficial, o príncipe marcou o dia em<br />

16


que receberia todas as preten<strong>de</strong>ntes e lançaria <strong>um</strong> <strong>de</strong>safio. A vencedora<br />

seria a sua esposa e imperatriz. Uma velha senhora, serva do palácio há<br />

muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu <strong>um</strong>a<br />

leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha tinha profundo amor pelo<br />

príncipe, mas, sendo plebéia, nem podia sonhar em participar. Ao chegar<br />

em casa e contar sobre a cerimônia marcada para breve, a velha serva<br />

espantou-se, ao saber que a filha pretendia ir à celebração. Indagou,<br />

incrédula: “Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais<br />

belas e ricas moças da corte. Tire essa idéia insensata da cabeça, eu sei<br />

que você <strong>de</strong>ve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento <strong>um</strong>a loucura.”<br />

A filha respon<strong>de</strong>u:<br />

“Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca. Sei que<br />

jamais po<strong>de</strong>rei ser a escolhida, mas é minha oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar pelo<br />

menos alguns momentos perto do príncipe. Basta isto para eu ser feliz.”<br />

Chegado o dia do lançamento do <strong>de</strong>safio, a jovem plebéia chegou ao<br />

palácio. Lá estavam, <strong>de</strong> fato, as mais belas moças da nobreza chinesa,<br />

com as mais belas roupas, com as jóias mais finas, todas elas com a<br />

firme intenção <strong>de</strong> ser a nova imperatriz. Após nervosa espera, o príncipe<br />

finalmente anunciou o <strong>de</strong>safio:<br />

Darei <strong>um</strong>a semente a cada <strong>um</strong>a <strong>de</strong> vocês. Aquela que, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seis<br />

meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e<br />

imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas<br />

tradições daquele povo, que valorizava o hábito <strong>de</strong> cultivar algo. Na casa<br />

da velha serva, sua resignada filha se esforçava para produzir <strong>um</strong>a flor<br />

a partir da semente recebida. Mesmo não tendo habilida<strong>de</strong> nas artes da<br />

jardinagem, ela cuidava com paciência e ternura <strong>de</strong> sua semente, na<br />

esperança <strong>de</strong> conseguir <strong>um</strong>a flor tão bela quanto o tamanho <strong>de</strong> seu amor<br />

pelo príncipe.<br />

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara <strong>de</strong><br />

todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia,<br />

semana após semana, o tempo foi se esgotando até que se completaram<br />

os seis meses do <strong>de</strong>safio e nada havia brotado no vaso que ela com tanto<br />

carinho cultivava. Consciente do seu esforço e <strong>de</strong>dicação, a moça<br />

comunicou a sua mãe que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das circunstâncias,<br />

retornaria ao palácio na data e hora combinadas, pois não pretendia<br />

nada além <strong>de</strong> mais alguns momentos na companhia do príncipe.<br />

17


Na hora marcada ela estava lá, com seu vaso vazio. Entre as <strong>de</strong>mais<br />

preten<strong>de</strong>ntes, pelo contrário, cada <strong>um</strong>a chegava com <strong>um</strong>a flor mais bela<br />

que a outra, das mais variadas formas e cores. A jovem plebéia estava<br />

admirada, nunca havia presenciado cena tão linda.<br />

Chega, por fim, o momento esperado e o príncipe entra no salão. Uma<br />

por <strong>um</strong>a, observa todas as preten<strong>de</strong>ntes, todas as flores, inclusive a<br />

plebéia e seu vaso vazio. Após <strong>um</strong>a curta reflexão, o príncipe indica a<br />

jovem plebéia como sua futura esposa. O salão ecoou a surpresa geral.<br />

Ninguém entendia a escolha justamente daquela que nada havia<br />

cultivado. Calmamente o príncipe esclareceu:<br />

Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna <strong>de</strong> se tornar<br />

<strong>um</strong>a imperatriz: a flor da honestida<strong>de</strong>. Pois todas as sementes que<br />

entreguei eram estéreis.<br />

A flor da gratidão<br />

fato verídico – aconteceu em outubro <strong>de</strong> 2005.<br />

Uma jovem da juventu<strong>de</strong> feminina <strong>de</strong> Schoenstatt que se preparava<br />

para o seu casamento, queria que o seu buquê fosse feito <strong>de</strong> lírios,<br />

porém, não queria ir a <strong>um</strong>a floricultura simplesmente e comprá-los, ela<br />

queria, ela mesma cultivar as flores, para que florescesse a tempo <strong>de</strong><br />

seu casamento. Ela <strong>de</strong>u <strong>um</strong> choque térmico nas batatas dos lírios antes<br />

<strong>de</strong> plantá-los, porque a época do seu casamento, não era época <strong>de</strong>les<br />

florescerem.<br />

A cada dia ela contemplava o seu canteiro <strong>de</strong> lírios, porém eles pareciam<br />

que não iriam florescer, mas ela não <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> cultivá-los, permaneceu<br />

firme em seu ato.<br />

A Mãe <strong>de</strong> Deus aceitou a oferta da jovem, e presenteou que as flores<br />

pu<strong>de</strong>ssem <strong>de</strong>sabrochar, na véspera do seu casamento, nem antes e nem<br />

<strong>de</strong>pois, mas no momento certo.<br />

Patrícia Shima presenteou a Mãe <strong>de</strong> Deus, e a Mãe também a<br />

presenteou.<br />

Agora, nós vamos cultivar as nossas sementes, vamos nos <strong>de</strong>dicar a elas.<br />

A cada dia, e, a cada momento em que formos cuidar das nossas flores,<br />

<strong>de</strong>vemos pensar que temos <strong>um</strong> propósito a c<strong>um</strong>prir para a conquista do<br />

18


Cetro Lirial. Ao fim <strong>de</strong> cada reunião do livrinho, nós <strong>de</strong>cidimos <strong>um</strong><br />

Capital <strong>de</strong> Graças, e que <strong>de</strong>vemos agora colocá-lo na nossa vida.<br />

Po<strong>de</strong> ser que chegado o momento da jornada, o nosso vaso não esteja<br />

como esperamos, mas, é importante a sua <strong>de</strong>dicação, saber que n<strong>um</strong><br />

momento você lembrou que tinha <strong>um</strong> compromisso com a MTA, e não o<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> lado. Nos exemplos acima, as jovens foram fiéis ao seu<br />

compromisso. A Mãe espera isso <strong>de</strong> você também.<br />

E nós nos lançamos como sementes para florescer a 1 a Geração<br />

Primavera Sagrada do <strong>Brasil</strong>.<br />

A semente <strong>de</strong>ve morrer para então surgir <strong>um</strong>a nova vida. Nós <strong>de</strong>vemos<br />

por Schoenstatt morrer, para que então se faça a Primavera Sagrada.<br />

Oração para Conquista do Cetro<br />

Mãe, em nossa pequenez e limitação, te proclamamos novamente nossa<br />

Rainha Lirial. Empunha o Cetro e manifesta teu po<strong>de</strong>r em noite escura<br />

<strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong> . Forma-nos no teu amor, como sementes que se lançam<br />

na terra <strong>de</strong> Schoenstatt. Age em nós, para que ass<strong>um</strong>indo o teu Reino,<br />

com verda<strong>de</strong>iro ardor apostólico, tenhamos coragem <strong>de</strong> lutar contra<br />

a massificação que envolve o mundo.<br />

Schoenstatt nosso guia que conduz à luta, fonte <strong>de</strong> santida<strong>de</strong> na vida<br />

diária, seja o berço <strong>de</strong>ssa Nova Primavera Sagrada, <strong>um</strong>a geração que<br />

quer entregar-se sem reservas, por meio <strong>de</strong> sacrifícios e gran<strong>de</strong>s<br />

aspirações.<br />

A Primavera Sagrada não <strong>de</strong>seja a renúncia por causa da renúncia, não<br />

<strong>de</strong>seja <strong>um</strong>a morte por resignação, esta Primavera Sagrada conhece<br />

somente o sacrifício para gerar vida, quer per<strong>de</strong>r tudo para conquistar<br />

tudo. Depositamos em tuas mãos nossa boa vonta<strong>de</strong> e nossos fracassos,<br />

frente à missão que nos <strong>de</strong>ste: em tudo atua em nós e por nós.<br />

Cuida que cresçamos no reino da verda<strong>de</strong> e da justiça para construirmos<br />

<strong>um</strong> mundo como agrada o Pai. Amém.<br />

Dirigente: No final da reunião todas as que querem comprometer-se em<br />

empenhar-se pela conquista do cetro e para que surja a sagrada<br />

primavera em nossa juventu<strong>de</strong> são convidadas a plantar a semente. O<br />

cultivo <strong>de</strong>ssa semente é como o contrato do ano <strong>de</strong> 2005.<br />

19


Propósito: Escolher com as meninas o primeiro ponto prático nessa<br />

preparação da jornada e do cultivo da semente.<br />

Oração Final: Oração da conquista do cetro<br />

Nota:<br />

Pequenez e limitação = semente<br />

Noite escura = situações <strong>de</strong> perigos.<br />

20


1ª <strong>Reunião</strong>: “Guardamos a Herança”<br />

Objetivo: É tempo <strong>de</strong> nos lançarmos como semente, gerando vida nova.<br />

Dinâmica: Lenda da geração Ver Sacr<strong>um</strong> – po<strong>de</strong>ria fazer <strong>um</strong>a encenação<br />

da lenda:<br />

Ver sacr<strong>um</strong> – a palavra vem da Roma antiga e indica <strong>um</strong> cost<strong>um</strong>e do povo<br />

em tempos <strong>de</strong> aflição e guerra; <strong>de</strong>scrito por Tito Lívio, historiador<br />

romano, em seu 22ºlivro.<br />

Pe.Hermes (palotino) escreveu sobre esse tema <strong>um</strong>a peça <strong>de</strong> teatro para<br />

o Jubileu <strong>de</strong> 100 anos da fundação da Socieda<strong>de</strong> dos palotinos, em 1935<br />

e lhe <strong>de</strong>u <strong>um</strong> sentido cristão.<br />

VER SACRUM- Conhecemos a lenda em que <strong>um</strong> rei estava preocupado<br />

com seu povo porque se encontra em gran<strong>de</strong>s dificulda<strong>de</strong>s.. Sua cida<strong>de</strong><br />

durante a guerra, tinha sido impregnada pela peste negra, muitos<br />

morriam, os que sobreviviam se tornavam mesquinhos, ambiciosos,<br />

ninguém podia confiar em ninguém. Tratava-se <strong>de</strong> <strong>um</strong> povo impuro, cheio<br />

<strong>de</strong> ódio e inveja no coração. O rei preocupado com o futuro <strong>de</strong> seus<br />

súditos convoca <strong>um</strong>a reunião com os sábios do reino para tentar achar<br />

<strong>um</strong>a saída, a salvação <strong>de</strong> seu povo.<br />

A solução encontrada foi a sabedoria dos ante<strong>passado</strong>s: oferecer <strong>um</strong><br />

sacrifício, <strong>um</strong>a expiação a Deus; consagrar a Deus os frutos, assim como<br />

as crianças nascidas durante 1 ano e separá-las <strong>de</strong>ste povo. Elas seriam<br />

educadas até a maturida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>viam apren<strong>de</strong>r dos sacerdotes a servirem<br />

a Deus, a possuírem princípios, a respeitarem ao próximo. Deviam ser<br />

<strong>um</strong>a juventu<strong>de</strong> pura, intocada pelo pecado <strong>de</strong> seus antecessores.<br />

Essa geração recebeu o nome <strong>de</strong> Primavera Sagrada, porque foi<br />

escolhida, consagrada e retirada do meio da corrupção do mundo;<br />

enviada para construir <strong>um</strong> novo povo, a cida<strong>de</strong> que não conhecia a<br />

corrupção e a malícia.<br />

(...) Alguns anos mais tar<strong>de</strong> – estando o povo à beira da total <strong>de</strong>struição<br />

- aquela juventu<strong>de</strong> consagrada se pôs a caminho. Durante a caminhada<br />

ao c<strong>um</strong>e da montanha sagrada, os jovens enfrentaram muitas<br />

dificulda<strong>de</strong>s. Dentre eles poucos perseveraram. Quanto mais ru<strong>de</strong> e<br />

inabitável a região se tornava, mais jovens <strong>de</strong>sistiam. Poucos chegaram<br />

21


ao c<strong>um</strong>e por causa disso, passaram dias <strong>de</strong> fome e se<strong>de</strong>. Não é <strong>de</strong> se<br />

admirar que nessa situação <strong>um</strong> jovem se revolte contra o guia do grupo e<br />

conquiste alguns que a<strong>de</strong>rem a ele. Um amigo do jovem guia convence os<br />

revoltosos a esperarem e a suportarem mais <strong>um</strong>a noite. Durante essa<br />

noite os jovens sofreram tentações <strong>de</strong> <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r maligno (representado<br />

por <strong>um</strong> gnomo), que queria fazer com que eles <strong>de</strong>sviassem <strong>de</strong> sua<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. O gnomo lhes mostrava <strong>um</strong> futuro tenebroso que os<br />

conduziria à morte; que não há salvação para os homens: o ódio vence o<br />

amor e vem a guerra. Por fim o maligno prometeu ao jovem guia todos os<br />

reinos do mundo se ele <strong>de</strong>sistisse <strong>de</strong>ssa missão. Mas o guia não <strong>de</strong>ixou<br />

se confundir, então o gnomo dirigiu-se aos seguidores e diante <strong>de</strong> seus<br />

olhos transformou as pedras em pão. Fez surgir <strong>um</strong>a paisagem mágica.<br />

Os que estavam <strong>de</strong>scontentes se aproximaram. Nesse momento <strong>de</strong><br />

aflição Deus interveio por meio <strong>de</strong> <strong>um</strong> anjo, anunciando o c<strong>um</strong>primento<br />

<strong>de</strong> seus sacrifícios, salvando-os da ameaça do adversário, conduzindo-os<br />

à Primavera prometida.<br />

(...) Noutro lugar não muito distante, a guerra se estendia, havendo<br />

muita matança. Refugiou-se na floresta <strong>um</strong> dos antigos sábios do reino<br />

com seu filho morto, este jovem fazia parte da Sagrada Primavera mas<br />

seu pai não permitiu que partisse com os outros, então ele acabou<br />

morrendo na guerra. As tropas inimigas se aproximam daquela região.<br />

Logo também ele morreria... N<strong>um</strong> momento crucial, em meio à escuridão,<br />

surge <strong>um</strong>a luz <strong>de</strong>licada e fascinante, no meio da qual se entoa <strong>um</strong> canto:<br />

“L<strong>um</strong>en Christi”. O matagal se abre e os consagrados que há anos haviam<br />

<strong>de</strong>ixado o povo se aproximaram.<br />

À sua frente carregavam a imagem da Virgem com o Filho. Neles<br />

brotava a Primavera como <strong>um</strong> sinal <strong>de</strong> que ela realmente chegou, o jovem<br />

guia chama à vida ao amigo morto. Este se levanta e saúda o Filho e Mãe.<br />

Em seguida ele se dirige aos outros e diz:<br />

“Vin<strong>de</strong>, vamos adiante!<br />

Levemos esta imagem por toda a terra,<br />

Levemos este gran<strong>de</strong> sinal<br />

Aos que se queixam,<br />

Aos <strong>de</strong>sesperados e moribundos<br />

Para que os mortos ressuscitem<br />

Para que se faça o novo homem<br />

22


Para que todos experimentem e anunciem<br />

A sagrada Primavera do Senhor!”<br />

Desenvolvimento:<br />

VER SACRUM na geração dos meninos<br />

Sobre o fundamento <strong>de</strong>ste Ver Sacr<strong>um</strong> antigo surgiu o i<strong>de</strong>al da segunda<br />

geração <strong>de</strong> heróis da juventu<strong>de</strong> schoenstatiana, nos anos <strong>de</strong> 1939/1940.<br />

Esse episódio foi <strong>um</strong> chamado <strong>de</strong> Deus para eles, tornou-se meta e<br />

caminho da aspiração. A gran<strong>de</strong> situação <strong>de</strong> perigo daquela época era o<br />

contexto da segunda guerra mundial.<br />

O caminho até o Ver Sacr<strong>um</strong> - tempo <strong>de</strong> Aflição<br />

Em outubro <strong>de</strong> 1938 os jovens seminaristas receberam <strong>um</strong> mandato do<br />

governo nazista para abandonar Schoenstatt, o seminário se tornaria<br />

<strong>um</strong>a escola para a juventu<strong>de</strong> nazista.<br />

Antes <strong>de</strong> abandonar Schoenstatt os jovens se dirigiram aos túmulos dos<br />

heróis on<strong>de</strong> fizeram <strong>um</strong> juramento <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à herança da geração<br />

fundadora <strong>de</strong> Schoenstatt “guardamos vossa herança”-outubro <strong>de</strong> 1938.<br />

Em agosto <strong>de</strong> 1939 eles retornaram a Schoenstatt para <strong>um</strong>a jornada na<br />

qual o padre Bezler, seu guia espiritual <strong>de</strong>spertou neles a consciência <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> pelo tempo atual e pelo futuro <strong>de</strong> tal comunida<strong>de</strong>. “Pelo<br />

puro que se oferece como sacrifício, Deus salvará <strong>um</strong> povo”.<br />

Ao término <strong>de</strong>ssa jornada os jovens que aspiravam com mais radicalismo<br />

ao i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> Schoenstatt <strong>de</strong>cidiram comprometer-se totalmente com a<br />

MTA para ser Pars Motrix (parte central, motor) do reino da juventu<strong>de</strong>.<br />

Para não chamar atenção dos nazistas reuniram-se no celeiro da antiga<br />

casa juntamente com o padre Bezler, eram 8 jovens entre eles o herói<br />

Henrique Schefer, como dirigente.<br />

Expressaram seus i<strong>de</strong>ais n<strong>um</strong>a oração <strong>de</strong> consagração que <strong>de</strong>pois cada<br />

<strong>um</strong> rezou no santuário a partir da oferenda feita naquele momento <strong>de</strong>via<br />

surgir <strong>um</strong>a Primavera Sagrada. Este ato realizado em 09 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong><br />

1939 ficou conhecido como Conspiração do celeiro.<br />

Em novembro <strong>de</strong> 1939 os seminaristas que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>um</strong> curto período<br />

<strong>de</strong> serviço militar foram licenciados, se encontraram em Ehrenbreistein<br />

(antiga casa do internato dos palotinos) e fizeram <strong>um</strong>a reunião para<br />

23


tratar do trabalho futuro e imediatamente enviaram <strong>um</strong>a carta circular<br />

a todos os dirigentes responsáveis que estavam dispersos.<br />

Então se usou pela primeira vez a expressão Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />

Irrupção da Primavera Sagrada<br />

Após o natal <strong>de</strong> 1939 os jovens se reuniram novamente em Schoenstatt<br />

para <strong>um</strong>a jornada na qual o Pe. Bezler pregou a conferência que se<br />

tornou a ata <strong>de</strong> fundação da Primavera Sagrada, era o dia 03 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 1940.<br />

Este se tornou o ano da Primavera Sagrada. Com o Ver Sacr<strong>um</strong> ficou<br />

claro que também <strong>um</strong> grupo pequeno po<strong>de</strong> realizar gran<strong>de</strong>s coisas. “Não<br />

importa quantos crêem, tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> com quanta intensida<strong>de</strong> se<br />

crê”. Eles tornaram o corpo <strong>de</strong> voluntários para o reino <strong>de</strong> Cristo. Os<br />

jovens novamente <strong>de</strong>ixaram Schoenstatt e voltaram à guerra on<strong>de</strong><br />

selaram sua vida. “Se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se<br />

apague, no mesmo instante, a nossa luz no santuário”.<br />

A Mãe <strong>de</strong> Deus levou a sério este <strong>de</strong>sejo e exigiu <strong>de</strong>ssa geração não<br />

apenas <strong>um</strong>a vida <strong>de</strong> sacrifícios, mas o sacrifício da vida <strong>de</strong> 28 jovens.<br />

Assim <strong>um</strong> <strong>de</strong>les escreveu:”Queremos oferecer-nos à nossa MTA para<br />

ser o Ver Sacr<strong>um</strong> do nosso povo, para a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>, nesta situação<br />

sem saída.Queremos oferecer-nos como sacrifício <strong>de</strong> expiação,<br />

dispostos a partir, a renunciar a tudo o que possuímos até agora., a<br />

oferecer nossa vida para salvar Schoenstatt, a juventu<strong>de</strong> e a fé <strong>de</strong><br />

nosso povo” (Pe Alfonso Boess –padre <strong>de</strong> Schoenstatt que pertence<br />

àquela geração)<br />

Estes jovens que a Mãe <strong>de</strong> Deus enterrou como semente durante a 2ª<br />

guerra mundial para seu reino foram porta-estandartes do Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />

VER SACRUM na Juventu<strong>de</strong> Feminina<br />

Também entre o círculo da juventu<strong>de</strong> feminina floresceu e expandiu a<br />

Sagrada Primavera. Em 16 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1935 nosso Pai e Fundador<br />

dirige as seguintes palavras:<br />

“(...) Vós minhas queridas princesas lírios, ten<strong>de</strong>s agora à missão<br />

<strong>de</strong> partir daqui como Ver Sacr<strong>um</strong>. De agora em diante caminharemos à<br />

sombra do santuário. O que precisamos fazer? Elevar ao alto o mundo<br />

que nos cerca e que está afundando. Sentis o quero dizer com isto?<br />

24


Quem po<strong>de</strong> acreditar ter sido chamada para essa tarefa tão grandiosa?<br />

Somente aquelas que querem se distinguir no combate para Cristo, e nas<br />

lutas pelo reino da querida Mãe <strong>de</strong> Deus”.<br />

Em 1951 o fundador foi separado <strong>de</strong> sua obra e em 1952 foi exilado na<br />

América do Norte. Depois Pe. Bezler foi <strong>de</strong>mitido <strong>de</strong> sua tarefa na<br />

juventu<strong>de</strong> feminina. A realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que Schoenstatt estava em perigo<br />

se mostrava sempre mais claramente. Começaram as discussões em<br />

torno <strong>de</strong> sua obra. Visto h<strong>um</strong>anamente, <strong>um</strong>a aflição sem saída, <strong>um</strong>a<br />

pronunciada situação <strong>de</strong> Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />

Escolha e seleção:<br />

A Mãe <strong>de</strong> Deus convoca alg<strong>um</strong>as jovens, entre elas, Elisabeth Schalück,<br />

para <strong>um</strong>a responsabilida<strong>de</strong> especial por sua obra. Neste tempo <strong>de</strong><br />

aflição, por seu ser, elas <strong>de</strong>viam anunciar Schoenstatt <strong>de</strong> modo integral.<br />

Um “punhado” <strong>de</strong> jovens foram chamadas para Freckenhorst, para ser o<br />

primeiro Ver Sacr<strong>um</strong> da Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

Em <strong>um</strong> protocolo do grupo <strong>de</strong> Elisabeth po<strong>de</strong>mos ler: “ ... posso fazer<br />

isto? Como Jose Engling po<strong>de</strong>mos fazer a oferta da nossa vida a Mãe <strong>de</strong><br />

Deus? Devemos fazê-la! Se queremos levar a sério nossa missão, não<br />

po<strong>de</strong>mos negar nada a Mãe <strong>de</strong> Deus. Julio Steinkaul diz: “Não me <strong>de</strong>ixo<br />

abater, pois a tarefa não é <strong>um</strong>a coisa da minha ambição pessoal, mas<br />

minha vocação!”. Esta atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve dar também a nós <strong>um</strong>a resposta.<br />

Fomos chamadas a ser Ver Sacr<strong>um</strong>. Em cada século o mundo viveu do<br />

sacrifício da vida <strong>de</strong> <strong>um</strong>a sagrada primavera. Nossa tarefa é ser sagrada<br />

primavera para o tempo <strong>de</strong> hoje. Nossa vonta<strong>de</strong> ainda <strong>de</strong>ve ser provada<br />

por muitos sacrifícios. Devemos educar-nos para atingir <strong>um</strong> espírito<br />

sacrifical sério e genuíno e <strong>de</strong>ixar que nossa Mãe Rainha nos eduque<br />

para este fim. Pertencem à sagrada primavera todas as que estão<br />

prontas a educar-se para a gran<strong>de</strong> hora fazendo hoje o que este hoje<br />

espera <strong>de</strong>las”.<br />

A nova forma <strong>de</strong> vida dos que são convocados é “novo homem na nova<br />

comunida<strong>de</strong>”. O “homem velho” <strong>de</strong>ve ser posto <strong>de</strong> lado, tudo o que<br />

impe<strong>de</strong> a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à missão <strong>de</strong>ve ser abandonado: po<strong>de</strong>m ser pessoas<br />

que impe<strong>de</strong>m o caminho da missão, as coisas queridas, os cost<strong>um</strong>es, os<br />

anseios, as exigências. Elas sentem que será <strong>um</strong>a partida cheia <strong>de</strong><br />

25


sacrifícios. As jovens encontraram nessas palavras a resposta para a<br />

aflição do tempo atual e a transição para o tempo futuro.<br />

Nota: A própria Elisabeth confessa: “Minha vida é <strong>um</strong>a única graça <strong>de</strong><br />

Deus. E quando se quer louvar algo, então é a sua misericórdia. Todas<br />

po<strong>de</strong>riam fazer como eu, se caminharem com a graça. Eu agra<strong>de</strong>ço à Mãe<br />

<strong>de</strong> Deus pela minha vocação para Schoenstatt e para o Ver Sacr<strong>um</strong>.”<br />

Elisabeth se esforçou para se tornar esse “novo homem”. Ela estava<br />

convicta <strong>de</strong> que o novo homem é livre <strong>de</strong> tudo o que arrasta para baixo,<br />

<strong>de</strong> <strong>um</strong> modo <strong>de</strong> vida inferior, é livre <strong>de</strong> respeito h<strong>um</strong>ano e <strong>de</strong> todo tipo<br />

<strong>de</strong> obstáculo. Novos homens seguem com segurança o seu caminho, quer<br />

sejam reconhecidos, compreendidos ou recusados. Somente homens<br />

livres conforme a imagem <strong>de</strong> nossa Mãe e Rainha vencem o tempo <strong>de</strong><br />

hoje e edificam o futuro.<br />

Como primeira da região, Elisabeth pronuncia as palavras: “Se a<br />

Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pa<strong>de</strong>rborn romper sua fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, na mesma hora se apaga<br />

a luz no Santuário.”<br />

Elisabeth queria completar por seu sacrifício aquilo que, apesar <strong>de</strong> todo<br />

o esforço e aspiração, não tinha conseguido realizar, principalmente no<br />

seu trabalho na juventu<strong>de</strong>. “Consigo mais facilmente suportar algo do<br />

que fazer alg<strong>um</strong>a coisa”. Ela diz isso e n<strong>um</strong> livro com a via-sacra <strong>de</strong><br />

Guardini, sublinha o trecho: “Senhor, se eu pu<strong>de</strong>sse compreen<strong>de</strong>r como<br />

é grandioso sofrer pelos outros!”<br />

E nós, que dádiva e tarefa recebemos <strong>de</strong>ssas gerações?<br />

“Queremos conquistar <strong>um</strong> reino para a Mãe <strong>de</strong> Deus no mundo da<br />

juventu<strong>de</strong>”, nosso Pai e Fundador nos diz: “o que herdaste <strong>de</strong> vossos<br />

pais conquistai para possuir<strong>de</strong>s”.<br />

O entusiasmo e o sacrifício <strong>de</strong> vida daquela juventu<strong>de</strong> tornaram-se<br />

penhor pelo florescimento do Ver Sacr<strong>um</strong> também em nosso tempo.<br />

Hoje a Mãe <strong>de</strong> Deus nos convida a ass<strong>um</strong>ir este i<strong>de</strong>al para com Ela, a<br />

partir do Santuário, configurarmos <strong>um</strong>a Juventu<strong>de</strong> nova.<br />

Como o Ver Sacr<strong>um</strong> irrompeu na nossa Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong><br />

Schoenstatt brasileira?<br />

Ao sermos introduzidas no contexto dos quatro jubileus da <strong>Jufem</strong> que<br />

celebraremos neste ano <strong>de</strong> 2006, começamos a lançar <strong>um</strong> olhar mais<br />

26


profundo à História <strong>de</strong> nossa Juventu<strong>de</strong>. Assim observamos as marcas<br />

que as outras gerações <strong>de</strong>ixaram em seu tempo, na história <strong>de</strong><br />

Schoenstatt e no mundo.<br />

Na Jornada <strong>de</strong> novembro da <strong>Jufem</strong> – JNJ- realizada em 2005, em<br />

Atibaia, recordamos também toda a corrente <strong>de</strong> vida da juventu<strong>de</strong><br />

mundial que se reuniu em Colônia e sentimos o imperativo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova<br />

juventu<strong>de</strong>. Especialmente neste tempo marcado por tantas situações <strong>de</strong><br />

perigo. Assim reconhecemos a herança que a Geração Ver Sacr<strong>um</strong> da<br />

Juventu<strong>de</strong> feminina nos <strong>de</strong>ixou. Elas contribuíram para que florescesse<br />

<strong>um</strong>a nova juventu<strong>de</strong> em seu tempo. Descobrimos que tempos especiais<br />

<strong>de</strong> aflição requerem <strong>um</strong>a Primavera consagrada.<br />

Nós como juventu<strong>de</strong> jubilar, <strong>de</strong>spertamo-nos para o anseio <strong>de</strong> nos<br />

tornar esta primavera Sagrada para o nosso tempo e tal anseio<br />

expressamos no lema: “Eis-me aqui, sou tua Primavera Sagrada!”. Cerca<br />

<strong>de</strong> 210 meninas ali se encontravam, sendo divididas em 5 grupos com<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir o lema do ano.<br />

Juntamente com o lema, haviam surgido as seguintes propostas:<br />

Ita Pater! Eis-me aqui por <strong>um</strong>a nova Primavera Sagrada.<br />

Ads<strong>um</strong> ! Princesas para <strong>um</strong>a nova Primavera Sagrada.<br />

Geração jubilar r<strong>um</strong>o ao novo Ver Sacr<strong>um</strong>.<br />

Confiante cresço como Lírio Sagrado.<br />

Primavera Sagrada: Floresça para <strong>um</strong>a nova geração heróica.<br />

O grupo <strong>de</strong> dirigentes se reuniu e então foi <strong>de</strong>cidido o lema para o ano<br />

<strong>de</strong> 2006, ano jubilar da jufem. O lema quer dizer que estamos ao inteiro<br />

dispor da Mãe, prontas para ass<strong>um</strong>ir a missão <strong>de</strong> florescer para <strong>um</strong>a<br />

nova juventu<strong>de</strong>. Uma nova geração, <strong>um</strong>a total entrega a Mãe. Po<strong>de</strong>mos<br />

encontrar muitos obstáculos em nossas vidas. Se tivermos Deus e nossa<br />

Mãe ao nosso lado, teremos força para trilhar nosso i<strong>de</strong>al e chegarmos a<br />

ser essa Primavera Sagrada.<br />

Po<strong>de</strong>mos refletir também a unida<strong>de</strong> que existe entre nosso<br />

i<strong>de</strong>al e missão nacional com este lema. Nosso lema veio a<br />

serviço <strong>de</strong> nosso i<strong>de</strong>al, veio esclarecer nossa missão:<br />

Se me sacrifico, purifico meu ser diante das situações <strong>de</strong><br />

perigo, estou c<strong>um</strong>prindo a missão da <strong>Jufem</strong>.<br />

27


O Ver Sacr<strong>um</strong> é a concretização com<strong>um</strong> do nosso i<strong>de</strong>al:<br />

“Lírio do Pai, Tabor para o mundo.” Quando formos Ver<br />

Sacr<strong>um</strong>, sagrada primavera <strong>de</strong> lírios puros que se<br />

sacrificam pela juventu<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>remos resgatar a<br />

dignida<strong>de</strong> Feminina no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />

Propósito: Nossa semente está crescendo. Logo surgirá como a<br />

primavera. Que ponto prático queremos escolher nesse mês, como<br />

grupo?<br />

Oração final:<br />

Querida Rainha dos Lírios, queremos esforçar-nos, nesse ano jubilar,<br />

para tornar-nos para toda a juventu<strong>de</strong> brasileira <strong>um</strong>a sagrada<br />

primavera. Que nossa geração jubilar possa tornar-se fecunda na obra<br />

<strong>de</strong> Schoenstatt. Conce<strong>de</strong>-nos a graça da fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Querida Mãe e<br />

Rainha dos Lírios, “se nossa Primavera Sagrada ficar infiel a Ti que se<br />

apague, no mesmo instante, a nossa luz no Santuário”.<br />

28


2ª <strong>Reunião</strong>: VAIS COMIGO?<br />

Objetivo: Reconhecer que o chamado a ser Primavera Sagrada foi feito<br />

por Deus.<br />

Observação: Trazer bíblia para esta reunião<br />

Desenvolvimento:<br />

Para iniciarmos esta reunião vamos saborear duas passagens bíblicas:<br />

1º- 1Samuel 3, 1-10<br />

2º- Lucas 1, 26-38<br />

Dirigente: Comentar estas passagens relacionando com o “Eis-me aqui”.<br />

Como heroína da JUFEM, Bárbara Kast viveu o “Eis-me aqui”<br />

gradativamente em sua vida, ou seja, ela foi <strong>de</strong>ixando-se formar pela<br />

Mãe <strong>de</strong> Deus, assim comentou Ir. M. Aleja (assistente das Irmãs das<br />

Províncias da América do Sul) que nos visitou na Jornada <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 2005. Ir. M. Aleja, como colega <strong>de</strong> grupo e irmã <strong>de</strong> aliança <strong>de</strong><br />

Bárbara, contou <strong>um</strong> pouco <strong>de</strong> sua vivência com nossa heroína. Veremos<br />

abaixo sua palestra na íntegra.<br />

“ Vou res<strong>um</strong>ir minha experiência com ela porque quando a juventu<strong>de</strong><br />

festeja 75 anos da sua fundação, assim como falou a Ir. M. Ane da<br />

Regininha, tem muitas outras jovens que tem sido pedrinhas na<br />

construção da JUFEM no mundo.<br />

Uma <strong>de</strong>las é a Bárbara Kast, não sei se vocês sabem, mas ela faleceu no<br />

dia 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1968, o mesmo ano em que o Pai-Fundador<br />

faleceu, só que alguns meses <strong>de</strong>pois. Eu conheci ela só no último ano, eu<br />

não conhecia Schoenstatt eu cheguei em março <strong>de</strong> 1968 na JUFEM só<br />

para... (pausa) olhar e espionar como que era aquilo, e daí ver... se eu<br />

queria entrar e pertencer a essa juventu<strong>de</strong> ou não.<br />

Eu cheguei por <strong>um</strong> amiga minha, que estava neste grupo on<strong>de</strong> estava<br />

Bárbara Kast, era dirigente, eram seis ou sete meninas naquela altura.<br />

Eu queria entrar nesse grupo, mas eu achava que eram muito novas, a<br />

Bárbara estava no último ano da escola. Ela estava no colégio da Irmãs<br />

29


<strong>de</strong> Maria, lá em Santiago, no último ano, no ano número 12, último ano<br />

antes do vestibular. E eu já estava no segundo ano da universida<strong>de</strong>, eu<br />

achava que meninas do colégio ainda... (Risos) muito pequenas.<br />

A única que já estava na universida<strong>de</strong> era minha amiga, da escola, e todo<br />

resto eram do colégio das Irmãs <strong>de</strong> Maria, eram quatro do colégio, nos<br />

duas e mais <strong>um</strong>a. Mas elas quatro já se conheciam, eram colegas <strong>de</strong><br />

turma, e ainda todas no grupo da juventu<strong>de</strong>. Eu não queria, mas ela me<br />

convidou e eu achei algo nela, assim que (pausa) daí eu não dizia nada <strong>de</strong><br />

nada.<br />

Santuário, porque Santuário? Se todas as igrejas são iguais, se estando<br />

o Santíssimo <strong>de</strong>ntro, pra que vai ser <strong>um</strong> Santuário? E ainda tão pequeno<br />

que nem cabe toda gente <strong>de</strong>ntro. (Risos)<br />

Eu estava <strong>um</strong> pouco distante do grupo <strong>de</strong> Schoenstatt, e pobre Irmã,<br />

não estava conosco para enten<strong>de</strong>rmos algo <strong>de</strong> Schoenstatt. Quando<br />

começou a amiza<strong>de</strong> com a Bárbara, amiza<strong>de</strong> mais próxima, mais<br />

concreta, ela morava mais ou menos perto <strong>de</strong> mim, quando começamos a<br />

sair para dançar sábado <strong>de</strong> noite. (Risos)<br />

Ela era muito bonita, ela ia na minha casa primeiro, para arr<strong>um</strong>armos o<br />

cabelo. Daí começou a amiza<strong>de</strong>, e comecei a gostar mais <strong>de</strong> Schoenstatt<br />

por causa <strong>de</strong>la, e daquelas preparações para sair dias <strong>de</strong> sábado (Risos).<br />

Que bonito! Eu comecei a conhecer ela e me <strong>de</strong>i conta que ela como <strong>um</strong>a<br />

jovem <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito, ainda tinha <strong>de</strong>zessete naquela altura, ela carregava<br />

muita peso, porque ela era a maior <strong>de</strong> oito irmãos, e ela era a primeira<br />

menina, tinha irmãos mais velhos, mas era a primeira menina.<br />

E os pais <strong>de</strong>la eram alemães, e ela também nasceu na Alemanha, tinham<br />

<strong>um</strong> fábrica <strong>de</strong> frios, <strong>de</strong> presunto, essas coisas. Eles moravam mais ou<br />

menos <strong>um</strong>a hora e meia da cida<strong>de</strong>, no campo, on<strong>de</strong> tinha todos aqueles<br />

porquinhos e a fábrica <strong>de</strong> frios.<br />

Todos os irmãos moravam, em Santiago, na casa <strong>de</strong> <strong>um</strong>a senhora alemã,<br />

que cuidava <strong>de</strong>sses oito meninos. Eles iam para casa dos pais <strong>de</strong> sextafeira<br />

<strong>de</strong> tar<strong>de</strong> até domingo <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, tinham que voltar porque todo<br />

mundo estava na escola.<br />

E eram muitas ligações para os pais, que <strong>um</strong> irmãozinho ficou doente,<br />

que a outra tinha más notas na escola, que as tarefas eram muitas, que a<br />

comida... e a senhora que cuidava <strong>de</strong>les era velhinha, então Bárbara era<br />

praticamente a mãe nessa casa, e ela só tinha, quando eu conheci<br />

30


<strong>de</strong>zessete anos, mas ela fazia tudo isso com alegria, sempre tinha tempo<br />

para brinca<strong>de</strong>iras, sair para dançar, estudar, e estando no último ano da<br />

escola ela tinha muita boas notas, e ia muito bem nos estudos porque era<br />

muito inteligente.<br />

Daí começou a caminhar este grupo, começamos buscar nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong><br />

grupo e não encontramos, não encontramos... Daí a Irmã achou que era<br />

melhor nos prepararmos para Aliança <strong>de</strong> Amor, começamos, mas ainda<br />

não dava pé.<br />

Então, minha experiência pessoal foi que eu vi na Bárbara <strong>de</strong>s<strong>de</strong> março,<br />

que a conheci, com todas aquelas brinca<strong>de</strong>iras, <strong>um</strong>a mudança não do<br />

exterior, mas do interior. Ela continuou a ser igual como era, mas <strong>um</strong>a<br />

coisa interior que se via no seu exterior ás vezes, <strong>um</strong>a profundida<strong>de</strong><br />

maior. E <strong>um</strong> dia eu perguntei para ela, íamos no Santuário, caminhando<br />

rápido, porque queríamos chegar e conversar <strong>um</strong> pouco, e eu perguntei:<br />

- “Bárbara, tu tens alg<strong>um</strong> problema? Ou tens alg<strong>um</strong>a dor na alma? Que<br />

aconteces que estás mais séria?” Ela falou:<br />

- “Sabes eu vou te falar <strong>um</strong>a só coisa, eu tenho muita sauda<strong>de</strong> do céu,<br />

sauda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.”<br />

E eu achei aquela frase muito profunda para <strong>um</strong>a menina <strong>de</strong>ssa ida<strong>de</strong>, e<br />

eu fiquei pensando porque ela tinha sauda<strong>de</strong> se ela tinha tudo, tinha<br />

casa, tinha tudo. Eu perguntei:<br />

- “Será que você vai ser Irmã <strong>de</strong> Maria?” Fiquei assustada! (Risos) “Esta<br />

pensando?” E ela:<br />

- “Ah, não!”<br />

Mas eu percebi que esse “não” era <strong>um</strong> “estou pensando, mas não vou te<br />

contar”, e eu continuei observando aquela mudança interna nela. Um fato<br />

que me gravou na memória foi que no dia primeiro <strong>de</strong> novembro, nós<br />

fizemos em encontro no Santuário <strong>de</strong> Bella Vista, <strong>um</strong> encontro <strong>de</strong> grupo,<br />

ficamos dormindo lá, sexta-feira, sábado, até domingo <strong>de</strong> manhã; e como<br />

estávamos buscando nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> grupo, <strong>um</strong>a das perguntas <strong>de</strong>sse<br />

trabalho era: Que fato <strong>de</strong>ste ano mais te impressionou? Uma falou a<br />

chegado do homem a Lua, os experimentos científicos, outra falou a<br />

morte do meu pai, outra falou outra coisa e essa última falou, muito<br />

convencida, muito singela, “O que mais me impressionou este ano foi o<br />

falecimento do Pe. Kentenich.” A Irmã foi a única que achou isso<br />

importante e perguntou para ela: “E porque Bárbara? E então ela falou<br />

31


assim: “Porque com a morte do Fundador, nós Juventu<strong>de</strong> Feminina temos<br />

que lutar para que Schoenstatt não comece a ser <strong>um</strong>a idéia abstrata,<br />

para que ele seja vivo.” Mas nos nossos tempos aquilo era muito teórico<br />

não tínhamos consciência da importância daquele momento. E só <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> muito tempo, já noviça, Irmã, que fui perceber que era<br />

impressionante que <strong>um</strong>a menina <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos, estando na Juventu<strong>de</strong>,<br />

tenha compreendido <strong>um</strong>a coisa tão essencial e tão importante, que o<br />

fato do falecimento do Pe. Kentenich tenha sido para ela algo tão<br />

importante. No final do ano dia 8 <strong>de</strong> Dezembro fizemos juntas nossa<br />

Aliança <strong>de</strong> Amor, e <strong>de</strong>pois fiquei sabendo que nesse dia ela fez também<br />

Carta Branca, sua consagração <strong>de</strong> vida á Mãe Três vezes Admirável no<br />

Santuário. Depois daquela consagração, a nossa Aliança <strong>de</strong> Amor, eu vi<br />

ela só <strong>um</strong>a vez, que foi no domingo seguinte, dia 15 <strong>de</strong> Dezembro. E daí,<br />

eu perguntei para ela, no momento que estivemos sozinhas:<br />

- “E então, Bárbara, o que vai ser com tua vida agora que terminou a<br />

escola? Vais estudar?” – “Sim, vou estudar. Vou para a universida<strong>de</strong>.”<br />

- “E <strong>de</strong>pois?” Eu sempre estava querendo saber se ela queria ser Irmã<br />

<strong>de</strong> Maria ou não.<br />

- “Depois ainda não sei, Deus vai falar na minha vida.”<br />

Dois domingos <strong>de</strong>pois ela faleceu. Ah! Esqueci o mais importante, quando<br />

eu perguntei se ela ia ser Irmã <strong>de</strong> Maria, e ela respon<strong>de</strong>u que não<br />

porque ia para a universida<strong>de</strong>, e sabe o que ela falou:<br />

- “Eu fiz <strong>um</strong>a Aliança <strong>de</strong> Amor, eu fiz <strong>um</strong>a opção por Schoenstatt,<br />

porque eu acho importante na minha vida é Schoenstatt, aquela é minha<br />

espiritualida<strong>de</strong>, aquela é minha forma <strong>de</strong> viver, eu vou viver sempre na<br />

Aliança <strong>de</strong> Amor com a Mãe <strong>de</strong> Deus, se eu casar, se eu ficar solteira,<br />

ou se eu for Irmã <strong>de</strong> Maria, tanto faz o mais importante na vida é que<br />

com a Aliança <strong>de</strong> Amor eu fico filha <strong>de</strong> Schoenstatt, e filha da Mãe<br />

Três Vezes Admirável e vinculada para sempre no Santuário, que não é<br />

tão importante ainda.”<br />

E essa opção <strong>de</strong> vida foi para ela, até os últimos dias, muito importante.<br />

Quando os pais <strong>de</strong>la perguntaram no Natal que presente ela queria<br />

ganhar, como tinha acabado a escola, ela pediu <strong>um</strong> carro. E ganhou <strong>um</strong><br />

carrão, on<strong>de</strong> morreu. Porque ela queria <strong>um</strong> carro? Para ter mais tempo<br />

<strong>de</strong> andar pela cida<strong>de</strong>, em coisas <strong>de</strong> Schoenstatt, ajudando a Juventu<strong>de</strong><br />

32


Feminina. Ela ia ser seguramente a próxima dirigente <strong>de</strong> ramo, e não foi,<br />

não <strong>de</strong>u tempo.<br />

A última palavra, como esta escrito no livro, que ela falou foi: “Mãe.” É<br />

normal que seja sua mãe natural, mas também é... nós pensamos que é<br />

também a Mãe <strong>de</strong> Deus.<br />

Um fato que me impressionou bastante, foi minha conversa com os pais<br />

<strong>de</strong>la. Por que se vocês vão casar alg<strong>um</strong> dia, vocês <strong>de</strong>vem saber o que <strong>um</strong>a<br />

mãe po<strong>de</strong> fazer. Naquele 29 <strong>de</strong> Dezembro, pela manhã Bárbara faleceu<br />

e no mesmo dia por volta das <strong>de</strong>zoito horas ela já estava sendo velada<br />

no Santuário <strong>de</strong> Bella Vista. Estavam seus pais e os irmãos, os menores<br />

não, a mãe estava tranqüila era o segundo filho que essa mãe perdia, ela<br />

tinha perdido <strong>um</strong> menino <strong>de</strong> quatro anos, e agora Bárbara.<br />

Lembro-me como se fosse hoje, tivemos <strong>um</strong>a missa, com a Bárbara lá, e<br />

<strong>de</strong>pois <strong>um</strong>a Irmã se aproximou da mãe <strong>de</strong>la e falou:<br />

-“A senhora não quer ficar essa noite em nossa casa, e ficar perto do<br />

Santuário e da Bárbara? Se quiser se levantar e rezar nós<br />

acompanhamos a senhora até o Santuário.” E a mãe tranqüila falou<br />

assim:<br />

- “Irmã, a Bárbara está no céu e eu tenho mais sete filhos e o marido<br />

para cuidar, estão todos sofrendo, eu vou em casa, muito obrigado.”<br />

Nunca esquecerei não só a Bárbara, mas também essa mãe, cheia <strong>de</strong><br />

Deus, que aceitando aquele fato, <strong>de</strong> sua filha ter ido para o céu, quando<br />

tinha tantas esperanças nela.<br />

Bom, é isso que eu tenho para falar sobre Bárbara, mas o que quero<br />

repetir agora como res<strong>um</strong>o, é a opção <strong>de</strong>la por Schoenstatt. Ela não<br />

estava procurando outras espiritualida<strong>de</strong>s, outras coisas, era<br />

Schoenstatt aliança com a Mãe <strong>de</strong> Deus. E <strong>de</strong>pois eu fiquei sabendo que<br />

ela, sim pensava em ser Irmã <strong>de</strong> Maria, só que não queria que nós<br />

soubéssemos porque ela queria ir a universida<strong>de</strong>, ou completar <strong>um</strong><br />

estudo, não sei como ela pensava, mas a mãe <strong>de</strong>la nos falou, <strong>de</strong>pois no<br />

nosso grupo, só a nós, que ela já tinha falado com os pais que ela pensava<br />

ser Irmã <strong>de</strong> Maria alg<strong>um</strong> dia. E a mãe e o pai como pessoas religiosas<br />

falaram que ela era livre, mas era melhor não ser imediatamente <strong>de</strong>pois<br />

da escola, era melhor esperar <strong>um</strong> pouco. Assim pensava ela, e assim<br />

seria se Deus não tivesse á levado.<br />

33


Então eu <strong>de</strong>sejo a vocês todas que cada <strong>um</strong>a possa ter <strong>um</strong> opção gran<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>finitiva na sua vida por Schoenstatt, como ela teve, seja casada,<br />

seja mãe <strong>de</strong> família, seja solteira, seja profissional, como seja, mas<br />

aquela fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a Schoenstatt e a Mãe Três Vezes Admirável<br />

permaneça gravado em seus corações.”<br />

Refletir e comentar:<br />

E nós? Será que teremos atos heróicos, para contar futuramente? Será<br />

que nossa irmã <strong>de</strong> grupo terá algo <strong>de</strong> heróico a contar <strong>de</strong> mim?<br />

A Geração Fundadora e nós:<br />

Nossa geração fundadora quando se <strong>de</strong>cidia por pertencer a esta<br />

juventu<strong>de</strong>, excluía <strong>de</strong> sua vida qualquer mediocrida<strong>de</strong>. Surgiu então <strong>um</strong>a<br />

forte <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> lutar pela conquista <strong>de</strong> <strong>um</strong>a entrega sem reservas, sem<br />

restrições à Mãe <strong>de</strong> Deus e a sua Obra <strong>de</strong> Schoenstatt.<br />

Viveram as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> quem se lança n<strong>um</strong> projeto <strong>de</strong> Deus,<br />

mostrando para as gerações vindouras que o que eles propunham<br />

primeiro viveriam.<br />

“A juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt mais tar<strong>de</strong> terá mais facilida<strong>de</strong> na<br />

aspiração, pois nós seremos então seus mo<strong>de</strong>los, quando alcançar nosso<br />

i<strong>de</strong>al pessoal, quando corporificarmos inteiramente o i<strong>de</strong>al da juventu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Schoenstatt na nossa vida, quando lhes previvermos este i<strong>de</strong>al.”<br />

(Livro <strong>de</strong> 25 anos da JUFEM, página 7)<br />

Assim viveram como sementes lançadas a terra: “Por causa dos puros<br />

que se sacrificam, Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro”.<br />

Nós assim como elas queremos respon<strong>de</strong>r ao chamado a Schoenstatt<br />

como nova Primavera Sagrada ass<strong>um</strong>indo a nossa missão.<br />

“... somente aquele que não procura e não se ocupa só consigo mesmo,<br />

mas cujo amor abençoa e se consome por aquilo que ar<strong>de</strong>, que seu<br />

coração – a missão do reino – tem o direito <strong>de</strong> existência em<br />

Schoenstatt.” (Livro <strong>de</strong> 25anos da JUFEM, página 116)<br />

Debate:<br />

Como queremos realizar essa missão, respon<strong>de</strong>ndo a situação <strong>de</strong> perigo<br />

<strong>de</strong> hoje do nosso tempo?<br />

34


Bárbara Kast fez <strong>um</strong>a opção <strong>de</strong> vida: SCHOENSTATT. E você: vais<br />

comigo? Tudo por Schoenstatt?<br />

Conclusão:<br />

Também vamos escrever nossa história e mostrar gran<strong>de</strong> aspiração,<br />

concretizando em testemunhos formados na escola <strong>de</strong> educação do amor<br />

maternal: o Santuário. Queremos que as gerações futuras falem <strong>de</strong> nós:<br />

Uma geração heróica, que se sacrificou até o último pelo reino da Mãe<br />

<strong>de</strong> Deus, em prontidão pura e sagrada.<br />

Propósito: O que queremos escolher como ponto prático para que seja<br />

expressão <strong>de</strong> nossa opção: SCHOENSTATT?<br />

Oração Final: Ó minha Senhora...<br />

35


3ª <strong>Reunião</strong>: “Sacrifício ou prazer? O TEMPO PEDE UMA DECISÃO!!!”<br />

Objetivo: A missão <strong>de</strong> reconquistar a dignida<strong>de</strong> feminina requer que<br />

vençamos as situações <strong>de</strong> perigo do tempo atual que nos são<br />

apresentados como forma <strong>de</strong> prazer.<br />

Fundamentação:<br />

Como Juventu<strong>de</strong> Feminina temos a missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong> da<br />

mulher que foi perdida.<br />

“... <strong>de</strong>vemos possuir <strong>um</strong>a extraordinária consciência <strong>de</strong> nossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

feminina, isto é <strong>um</strong>a extraordinária consciência da dignida<strong>de</strong> e missão da<br />

mulher.” Pe. José Kentenich<br />

Como queremos resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina? Já está na hora <strong>de</strong><br />

encontrarmos <strong>um</strong>a forma bem concreta <strong>de</strong> realizar nossa missão.<br />

Faremos isso dando resposta às situações <strong>de</strong> perigo na qual nos<br />

encontramos, situações que ameaçam a dignida<strong>de</strong> e a missão dada por<br />

Deus à mulher.<br />

Nas reuniões passadas vimos que o Ver Sacr<strong>um</strong> surgiu diante <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

séria situação <strong>de</strong> perigo, algo estava em risco.<br />

Normalmente as situações <strong>de</strong> perigo, conforme estudamos, se<br />

manifestavam por meio <strong>de</strong> dor e sofrimento, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a forma<br />

expressamente má, por meio <strong>de</strong> guerras, a peste, a fome etc..<br />

Nosso tempo atual está envolvido por <strong>um</strong>a séria e perigosa situação.<br />

Ainda em nosso tempo, existem sim, muitos perigos que são claros para<br />

nós, quando falamos, por exemplo da violência, das doenças, do<br />

<strong>de</strong>semprego e da miséria crescente no mundo <strong>de</strong> hoje.<br />

Mas existe <strong>um</strong>a situação <strong>de</strong> perigo astuciosa, “camuflada”, da qual<br />

muitas vezes não temos consciência e que é <strong>um</strong>a das mais <strong>de</strong>struidoras<br />

<strong>de</strong> nossa vida. Hoje somos envolvidos pela propaganda do bem estar, do<br />

prazer. Um gran<strong>de</strong> exemplo <strong>de</strong>ssas situações é a perda do sentido da<br />

nobreza e do amor h<strong>um</strong>ano pela busca <strong>de</strong> prazer <strong>de</strong>senfreado.<br />

Para fundamentar melhor este assunto, vamos abordar o mais<br />

importante aspecto da vida h<strong>um</strong>ana, especialmente à luz da dignida<strong>de</strong><br />

feminina, que é muito distorcido no tempo <strong>de</strong> hoje: o amor. Vamos<br />

<strong>de</strong>scobrir como o amor e suas manifestações, algo que é tão belo, que é<br />

36


divino, se tornou hoje para nós <strong>um</strong>a verda<strong>de</strong>ira situação <strong>de</strong> perigo,<br />

porque o mundo <strong>de</strong> hoje distorceu seu verda<strong>de</strong>iro sentido.<br />

Para isso lancemos <strong>um</strong> olhar às palavras do Papa Bento XVI na primeira<br />

parte <strong>de</strong> sua primeira Encíclica: ”Deus Caritas est” (Deus é Amor).<br />

1. “O amor <strong>de</strong> Deus por nós é questão fundamental para a vida e coloca<br />

questões <strong>de</strong>cisivas sobre quem é Deus e quem somos nós. A tal<br />

propósito, o primeiro obstáculo que encontramos é <strong>um</strong> problema <strong>de</strong><br />

linguagem. O termo amor tornou-se hoje <strong>um</strong>a das palavras mais usadas e<br />

mesmo abusadas, à qual associamos significados completamente<br />

diferentes.<br />

(...)em toda esta gama <strong>de</strong> significados, porém, o amor entre o homem e a<br />

mulher, no qual concorrem indivisivelmente corpo e alma e se abre ao<br />

ser h<strong>um</strong>ano <strong>um</strong>a promessa <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> que parece irresistível,<br />

sobressai como arquétipo <strong>de</strong> amor por excelência(...)<br />

Eros e ágape – diferença e unida<strong>de</strong><br />

Ao amor entre homem e mulher (...) a Grécia antiga <strong>de</strong>u o nome <strong>de</strong> eros.<br />

Diga-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já que o Antigo Testamento grego usa só duas vezes a<br />

palavra eros, philia (amor <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>) e ágape – os escritos neo<br />

testamentários privilegiam a última, que, na linguagem grega, era quase<br />

posta <strong>de</strong> lado.<br />

(...) A marginalização da palavra eros, justamente com a nova visão do<br />

amor que se exprime através da palavra ágape, <strong>de</strong>nota sem dúvida, na<br />

novida<strong>de</strong> do cristianismo, algo <strong>de</strong> essencial e próprio relativamente à<br />

compreensão do amor. Na crítica ao cristianismo que foi se<br />

<strong>de</strong>senvolvendo com radicalismo crescente a partir do il<strong>um</strong>inismo esta<br />

novida<strong>de</strong> foi avaliada <strong>de</strong> forma absolutamente negativa.<br />

O papa segue dizendo que Nietzsche, filósofo alemão, culpou o<br />

cristianismo <strong>de</strong> ter dado impulso à <strong>de</strong>generação do eros. “Assim ele<br />

exprimia <strong>um</strong>a sensação muito generalizada: com os seus mandamentos e<br />

proibições, a Igreja não nos torna por ventura amarga a coisa mais bela<br />

da vida?”<br />

4. Mas será mesmo assim? O cristianismo <strong>de</strong>struiu verda<strong>de</strong>iramente o<br />

eros?<br />

37


(Os próprios gregos perverteram o eros, abusando <strong>de</strong> suas<br />

características, elevando-o acima <strong>de</strong> Deus e tornando todas as outras<br />

forças que vem do céu secundárias.) Nas religiões, esta posição<br />

traduziu-se nos cultos da fertilida<strong>de</strong>, aos quais preten<strong>de</strong> a prostituição<br />

“sagrada” que prosperava em muitos templos. O eros foi pois celebrado<br />

como força divina...<br />

A esta forma <strong>de</strong> religião que contrasta como <strong>um</strong>a fortíssima tentação<br />

com a fé no único Deus, o Antigo testamento opôs-se com a maior<br />

firmeza. Ao fazê-lo, porém, não rejeitou <strong>de</strong> modo alg<strong>um</strong> o eros enquanto<br />

tal, mas <strong>de</strong>clarou guerra à sua subversão <strong>de</strong>vastadora, porque a falsa<br />

divinização do eros, como aí se verifica, priva-o da sua dignida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>s<strong>um</strong>aniza-o. (...) Fica assim claro que o eros necessita <strong>de</strong> disciplina, <strong>de</strong><br />

purificação para dar ao homem, não o prazer <strong>de</strong> <strong>um</strong> instante, mas <strong>um</strong>a<br />

certa amostra daquela beatitu<strong>de</strong> (bem-aventurança) para a que ten<strong>de</strong><br />

todo o nosso ser.<br />

5. (...)Hoje não é raro ouvir censurar o cristianismo do <strong>passado</strong> por ter<br />

sido adversário da corporeida<strong>de</strong>; a realida<strong>de</strong> é que sempre houve<br />

tendências neste sentido. Mas o modo <strong>de</strong> exaltar o corpo a que<br />

assistimos hoje é enganador. (... o homem) agora consi<strong>de</strong>ra o corpo e a<br />

sexualida<strong>de</strong> como a parte meramente material <strong>de</strong> si mesmo a usar e<br />

explorar com proveito. Uma parte, aliás, que ele não vê como <strong>um</strong> âmbito<br />

da sua liberda<strong>de</strong>, mas antes como algo que, ao seu modo, procura tornar<br />

simultaneamente agradável e inócuo (inocente).<br />

6. Concretamente, como se <strong>de</strong>ve configurar esse caminho <strong>de</strong> ascese e<br />

purificação (do amor)? Em contraposição ao amor in<strong>de</strong>terminado e ainda<br />

em fase <strong>de</strong> procura, este vocábulo (ágape) exprime a experiência do<br />

amor que agora se torna verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>scoberta do outro,<br />

superando assim o caráter egoísta que antes prevalecia. Agora o amor<br />

torna-se cuidado do outro e pelo outro. Já não se busca a si próprio, não<br />

busca a imersão no inebriamento da felicida<strong>de</strong>; procura, ao invés, o bem<br />

do amado: torna-se renúncia, está disposto ao sacrifício, antes procurao.<br />

(...)e isto n<strong>um</strong> duplo sentido: no sentido da exclusivida<strong>de</strong> (apenas esta<br />

única pessoa) e no sentido <strong>de</strong> ser para sempre.<br />

7. (...) Na realida<strong>de</strong>, eros e agape nunca se <strong>de</strong>ixam separar<br />

completamente <strong>um</strong> do outro. Quanto mais os dois encontrarem a justa<br />

38


unida<strong>de</strong>, embora em distintas dimensões, na única realida<strong>de</strong> do amor,<br />

tanto mais se realiza a verda<strong>de</strong>ira natureza do amor em geral.<br />

8. (...) no fundo o amor é <strong>um</strong>a única realida<strong>de</strong>, embora com distintas<br />

dimensões; caso a caso, po<strong>de</strong> <strong>um</strong>a ou outra sobressair mais. Mas quando<br />

as duas dimensões se separam completamente <strong>um</strong>a da outra, surge <strong>um</strong>a<br />

caricatura ou, <strong>de</strong> qualquer modo, <strong>um</strong>a forma redutiva do amor.” (até aqui<br />

trecho da Encíclica)<br />

Desenvolvimento:<br />

Ao estudarmos as situações <strong>de</strong> perigo que envolvem nossa juventu<strong>de</strong>,<br />

percebemos que todos os outros temas que iremos tratar em nosso livro<br />

são apenas <strong>um</strong>a conseqüência do prazer <strong>de</strong>senfreado.<br />

Este prazer <strong>de</strong>senfreado está bem explícito na forma como se enten<strong>de</strong><br />

e como se usa o amor e as suas manifestações em nosso tempo. Também<br />

nós agimos mal neste sentido. Um exemplo é o assunto tão falado do<br />

“ficar”, o qual não queremos colocar em questão <strong>de</strong> novo, mas já<br />

sabemos que posição <strong>de</strong>vemos tomar em relação a isso.<br />

Mais a fundo ainda está o tema da virginda<strong>de</strong> que para o mundo <strong>de</strong> hoje<br />

não é mais virtu<strong>de</strong>, mas sim coisa do <strong>passado</strong>, idéia antiquada.<br />

Mas também fora do assunto sobre sexualida<strong>de</strong>, corremos o risco <strong>de</strong><br />

buscar preencher o vazio do nosso coração – que é conseqüência da<br />

carência ou distorção do amor - em fontes momentâneas <strong>de</strong> prazer: na<br />

moda, nos meios <strong>de</strong> comunicação, no conforto, nas falsas amiza<strong>de</strong>s, no<br />

próprio amor (carência afetiva).<br />

Mais <strong>um</strong>a vez queremos martelar no mesmo ponto até que isto forme o<br />

nosso agir: O que <strong>de</strong>vemos fazer? Como <strong>de</strong>vemos agir no mundo <strong>de</strong> hoje?<br />

Qual é o estilo <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> <strong>um</strong>a jovem schoenstattiana que quer resgatar<br />

a dignida<strong>de</strong> feminina e fazer florescer <strong>um</strong>a Sagrada Primavera na<br />

Juventu<strong>de</strong>?<br />

Dentro da nossa missão nós nos espelhamos na Mãe <strong>de</strong> Deus, ela que foi<br />

a AVE que nos resgatou do pecado e nos <strong>de</strong>volveu a dignida<strong>de</strong> perdida<br />

por Eva.<br />

Em primeiro lugar aprofundar no seu exemplo <strong>de</strong> pureza.<br />

39


Não queremos viver em busca <strong>de</strong> prazer. Nosso vestir não <strong>de</strong>ve estar a<br />

serviço do prazer, nem do nosso prazer nem do prazer alheio.<br />

Também quanto aos meios <strong>de</strong> comunicação, não queremos ser escravas<br />

da mídia. Aquilo que fere a nossa dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong>veríamos manter longe <strong>de</strong><br />

nós, seja <strong>um</strong> programa <strong>de</strong> televisão ou contatos da internet, seja <strong>um</strong>a<br />

revista, sejam fotos, sejam músicas.<br />

Somos inteligentes o suficiente para saber o que não convém com <strong>um</strong>a<br />

jovem “Lírio do Pai Tabor para o mundo” e é maravilhoso saber que<br />

po<strong>de</strong>mos ser diferentes, <strong>um</strong>a juventu<strong>de</strong> diferente, sadia, realmente<br />

feliz.<br />

Tomar conhecimento <strong>de</strong>ste i<strong>de</strong>al e do que ele exige <strong>de</strong> nós não <strong>de</strong>veria<br />

afastar-nos da Juventu<strong>de</strong>, mas ajudar-nos a amar ainda mais<br />

Schoenstatt e a nossa Rainha dos lírios.<br />

Deus nos chama a esta nobreza <strong>de</strong> estado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>de</strong> nosso<br />

Batismo. Depen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nós a salvação <strong>de</strong> pelo menos <strong>um</strong>a parcela do nosso<br />

mundo. “Por causa dos puros que se sacrificam, Deus salva <strong>um</strong> povo<br />

inteiro”<br />

Nós somos capazes para isso! Nosso Pai dizia: Po<strong>de</strong>mos exigir tudo<br />

<strong>de</strong>ssa juventu<strong>de</strong>!<br />

Quando nos for difícil renunciar à moda, à mídia, às coisas que exercem<br />

tanta influência em nosso modo <strong>de</strong> ser, queremos agir como Maria: dizer<br />

sim à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus a partir das pequenas coisas, <strong>um</strong> sim consciente e<br />

livre, <strong>de</strong>sprendido da própria vonta<strong>de</strong>, disposto a sacrificar-se. Em nós<br />

também <strong>de</strong>ve existir essa disposição em sacrificar os nossos <strong>de</strong>sejos<br />

mais valiosos se assim Deus o pedir, tanto mais os <strong>de</strong>sejos que são<br />

expressão da busca do prazer meramente h<strong>um</strong>ano.<br />

O amor a Deus e a esperança <strong>de</strong> <strong>um</strong> mundo melhor, o qual po<strong>de</strong>mos<br />

construir, <strong>de</strong>ve impulsionar-nos:<br />

- à pureza no doar-se, ou seja, manter-se em constante união com Deus.<br />

“A dignida<strong>de</strong> da mulher está intimamente ligada com o amor que ela<br />

recebe pelo próprio fato da sua feminilida<strong>de</strong> e também com o amor que<br />

ela, por sua vez doa.” (A dignida<strong>de</strong> e a vocação da mulher, nº 30)<br />

- à pureza no preservar-se, querer ser pura virginalmente.<br />

40


“A virginda<strong>de</strong> é expressão <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> amor a Deus e ao sacrifício e é<br />

excelente meio para a<strong>um</strong>entar e provar esse amor.” Pe. José Kentenich<br />

Desta forma nós po<strong>de</strong>mos imaginar que tudo na Mãe <strong>de</strong> Deus refletia<br />

pureza: o seu olhar, a sua maneira <strong>de</strong> falar, a sua maneira <strong>de</strong> andar, a<br />

sua maneira <strong>de</strong> vestir-se.<br />

“Quem quiser reconquistar ou conservar sua pureza, sem procurar<br />

constante contato com Deus, na oração e nos sacramentos, assemelhase<br />

ao pássaro que tenta voar com as asas quebradas.” Pe. José<br />

Kentenich<br />

Com isso concluímos que Deus é a gran<strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> e prazer, a<br />

única que po<strong>de</strong> satisfazer o nosso coração. Sabemos que muitas pessoas<br />

com as quais convivemos na escola, na faculda<strong>de</strong>, no trabalho ou mesmo<br />

em casa não bebem <strong>de</strong>sta fonte. Especialmente a mídia tem o interesse<br />

em formar <strong>um</strong>a socieda<strong>de</strong> alienada que cons<strong>um</strong>a todo tipo <strong>de</strong> “produto”<br />

por ela transmitido e comercializado. Para estas pessoas <strong>de</strong>vemos levar<br />

<strong>um</strong>a resposta, o sinal <strong>de</strong> Deus.<br />

Nós falamos tanto que queremos nos distinguir da massa e ser aquilo<br />

que realmente <strong>de</strong>vemos ser! Mas, sempre <strong>de</strong> novo, nos <strong>de</strong>paramos com<br />

dificulda<strong>de</strong>s ao nosso redor, em nós mesmas, que nos impe<strong>de</strong>m ou<br />

“atrasam” na conquista do i<strong>de</strong>al da verda<strong>de</strong>ira jovem schoenstattiana!<br />

Já é hora <strong>de</strong> nos ajudarmos mutuamente a ass<strong>um</strong>irmos com maior<br />

convicção e vigor esta missão urgente <strong>de</strong> regatar a dignida<strong>de</strong><br />

feminina.<br />

Faz-se necessário e urgente dar testemunho <strong>de</strong> <strong>um</strong>a nova forma <strong>de</strong> vida,<br />

testemunhando nosso i<strong>de</strong>al e mostrando às pessoas que é possível ser e<br />

permanecer pura, íntegra e forte diante <strong>de</strong> todos os perigos que<br />

envolvem a juventu<strong>de</strong> e a levam para longe <strong>de</strong> Deus.<br />

O mundo e as pessoas do mundo gritam por todos os lados que o seu<br />

Deus é o próprio eu e os valores terrenos. Mas eles buscam mesmo que<br />

inconscientemente o Deus, o amor e a pureza que nós <strong>de</strong>vemos mostrar!<br />

E nós? Temos medo? Temos vergonha <strong>de</strong> proclamar quem é nosso Deus e<br />

qual é o nosso i<strong>de</strong>al? Que as gerações futuras nos julguem!<br />

Conclusão<br />

A JUFEM foi chamada à existência pela Mãe Três Vezes Admirável com<br />

esta missão específica: RESGATAR A DIGNIDADE FEMININA! Se a<br />

41


juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Schoenstatt não estiver convicta <strong>de</strong>sta importantíssima<br />

tarefa para os nossos dias e para o futuro, quem levará esta herança<br />

para os novos tempos? Que geração queremos formar? Se a JUFEM não<br />

consegue vencer os perigos do prazer que tem suas raízes na negação da<br />

pureza, quem vencerá?<br />

Pois esta é justamente nossa missão, por causa <strong>de</strong>la é que existimos.<br />

“Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva <strong>um</strong> povo inteiro”<br />

Aprofundamento<br />

filme: Maria Gorette - Uma história emocionante <strong>de</strong> Giulio Base<br />

(Edições Paulinas) - Livrarias Paulinas: livirtual@paulinas.org.br<br />

Indicação para Leitura<br />

A Riqueza do ser Puro - Pe. José Kentenich<br />

Propósito: Nossa semente já é <strong>um</strong>a pequenina flor que ainda precisa<br />

muito <strong>de</strong> nosso cuidado. Então, querida <strong>Jufem</strong>, “queremos nos distinguir<br />

e pertencer à or<strong>de</strong>m da Rainha”J.K. Que ponto prático queremos<br />

escolher nesse mês para nosso grupo?<br />

Oração final:<br />

“Ó Mãe, quão formosa tu és,<br />

quisera silenciosamente estar sempre a teus pés,<br />

a minha imagem trabalhar, até completamente<br />

semelhante a ti ficar.<br />

E o Pai volva os olhos feliz, <strong>de</strong> ti a mim com prazer,<br />

vendo a imagem que fiz.<br />

E ao findar, com alegria, me possa teu nome dizer: Maria!”<br />

(autor <strong>de</strong>sconhecido – retiro do livro Nasci para algo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> – vol. 1 – pág. 98)<br />

42


5ª reunião: “Estou livre e, apesar disso, prisioneira!”<br />

Objetivo: Levar as meninas a refletirem que elas po<strong>de</strong>m fazer tudo,<br />

mas que nem sempre tudo convém fazer, e perceber que a vida do Pe.<br />

Kentenich é <strong>um</strong>a resposta para a liberda<strong>de</strong> interna, por elas almejada!<br />

Dinâmica: Apresentar figuras <strong>de</strong> carcerários, colocar correntes, figuras<br />

históricas do tempo da escravidão e promover <strong>um</strong> <strong>de</strong>bate sobre o que<br />

elas pensam sobre prisão, escravidão e o “ser livre”.<br />

Dirigente: Cuidar que não fixem tanto as figuras negativas, mas<br />

somente que ilustrem o que vem a ser “estar em correntes”<br />

Desenvolvimento:<br />

Após discutirem o que vem a ser alguém que esteja “sob correntes”,<br />

escravo <strong>de</strong> <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r, ou pagando por causa <strong>de</strong> <strong>um</strong> erro cometido em <strong>um</strong>a<br />

prisão; levar as jovens a se questionarem se existe somente esse tipo <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong>, estar livre <strong>de</strong> algemas externas. Contar o fato verídico do Pe.<br />

José Kentenich quando chegara ao Campo <strong>de</strong> Concentração, para ilustrar<br />

o que vem a ser a liberda<strong>de</strong> interna.<br />

“O chefe da Polícia Secreta, achando oportuno „abrandar‟ o recém<br />

chegado ao Campo <strong>de</strong> concentração, <strong>de</strong>monstrava muita tranqüilida<strong>de</strong> e<br />

firmeza e começou a gritar-lhe grosseiramente, fazendo-lhe todo tipo<br />

<strong>de</strong> perguntas. Não recebendo respostas. Pe Kentenich olhava-o com<br />

tranqüilida<strong>de</strong> e sorria-lhe cordialmente, então este soldado enfureceuse<br />

mais ainda, fazendo <strong>um</strong> gesto <strong>de</strong> bater-lhe. Mas não chegou a fazê-lo.<br />

Dias mais tar<strong>de</strong>, ambos tornaram a se encontrar no escritório no qual se<br />

<strong>de</strong>punham os dados pessoais. O chefe reconheceu-o imediatamente.<br />

- Eh! Que o prisioneiro me limpe a bicicleta – lhe disse.<br />

- Sim, vou fazê-lo. – respon<strong>de</strong>u o Padre Kentenich, mas não porque <strong>de</strong>va<br />

fazê-lo, mas sim, porque, como Homem livre, quero brindar-lhe este<br />

serviço!<br />

- [...] Não, você não necessita fazer isso! – respon<strong>de</strong>u finalmente o<br />

chefe da Polícia secreta. (Livre em Algemas .p. 21)”<br />

43


Que tipo <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> o Pai Fundador quer nos mostrar? (<strong>de</strong>ixar que<br />

falem)<br />

Acaso a “liberda<strong>de</strong>” <strong>de</strong> fazer o que queremos muitas vezes não nos<br />

escraviza? Pe. Kentenich estava preso, algemado exteriormente, porém<br />

interiormente livre. Percebemos que o guarda nem conseguiu exigir o<br />

favor solicitado, tal era a influência <strong>de</strong> sua liberda<strong>de</strong> interior, manifesta<br />

em sua personalida<strong>de</strong>.<br />

Muitas vezes enten<strong>de</strong>mos liberda<strong>de</strong> como fazer o que queremos, sem<br />

barreira, sem compromisso, sem impedimentos. Esse é <strong>um</strong> conceito<br />

errado. Como vimos, o exemplo <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador no campo <strong>de</strong><br />

concentração, mostra-nos outra visão <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Por estar no campo<br />

<strong>de</strong> concentração, nosso Pai e Fundador era “obrigado” a c<strong>um</strong>prir as<br />

or<strong>de</strong>ns e leis do campo, mas isso não o algemou interiormente. Sua<br />

atitu<strong>de</strong> em dizer que iria fazer, “porque, como homem livre” queria<br />

presentear esse serviço ao soldado, não era <strong>um</strong>a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>safiadora, ao<br />

contrário, nosso Pai e Fundador fazia o „ordinário extraordinariamente‟<br />

bem feito e isso porque era <strong>um</strong> homem livre. A vida nos impõe muitas<br />

obrigações, como por exemplo, o estudo, o trabalho... às vezes sentimos<br />

acorrentadas ao trabalho ou a faculda<strong>de</strong> que nos suga sábados,<br />

domingos e feriados..., mas se o fazemos com alegria interior, liberda<strong>de</strong>,<br />

estaremos tornando-nos pessoas felizes.<br />

Também precisamos estar atentas se nós somos livres ou escravas do<br />

prazer, da moda, dos meios <strong>de</strong> comunicação ou da opinião alheia, se nos<br />

tornamos escravas estamos como <strong>um</strong> “peixe fora d‟água”.<br />

Po<strong>de</strong>mos ver que isso po<strong>de</strong> se comparar ao Criador com a Criatura. Pois,<br />

nosso Deus manifesta seu amor e nos mostra o bem, e nós criaturas<br />

h<strong>um</strong>anas, sempre <strong>de</strong>vemos seguir por esse caminho do amor e do bem,<br />

que seria o “habitat” natural que Deus criou para nós. Quando não<br />

estamos no verda<strong>de</strong>iro “habitat” querido e planejado por Deus, nos<br />

escravizamos às coisas e a nós mesmas, <strong>de</strong> forma que não nos sentimos<br />

livres. Estaríamos vivendo a libertinagem, fazemos o que queremos, mas,<br />

não estamos “em casa” conosco mesmas.<br />

Nosso Pai e Fundador ainda nos ensina: “Verda<strong>de</strong>iros homens<br />

interiormente livres... (...) ser livre <strong>de</strong> para ser livre para. Livre <strong>de</strong>!<br />

Aqui está tudo contido, o que se sabe dizer <strong>de</strong> mortificação, <strong>de</strong> solução<br />

e coisa semelhante, ser interiormente livre <strong>de</strong> tudo o que não é divino e<br />

44


contradivino para tornar-se livre para tudo o que é divino... o que<br />

significa aqui ser livre? Animado <strong>de</strong> amor!”<br />

Como po<strong>de</strong>mos aplicar essas palavras <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador em nossa<br />

vida? O que seria o ser livre <strong>de</strong>? (<strong>de</strong>ixar que falem)<br />

Dirigente: você <strong>de</strong>ve conduzir o diálogo <strong>de</strong> forma que atinjam as<br />

repostas da pergunta. Para <strong>um</strong> Lírio do Pai, Tabor para o mundo, ser<br />

livre <strong>de</strong> significa:<br />

é fácil falar da moda, mas na prática: o que é ser livre da moda?<br />

Isto não significa que eu não posso usar nada que esteja na moda, mas<br />

escolher aquilo que enobrece o meu ser feminino = estilo da jovem<br />

schoenstattiana.<br />

Meios <strong>de</strong> comunicação: queremos usar a técnica para o bem, para o<br />

apostolado. Mas não queremos nos escravizar, isto é, tornar-nos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>um</strong>a máquina. Da mesma maneira que a droga é <strong>um</strong> vício ,<br />

também o computador po<strong>de</strong> se tornar <strong>um</strong> vício.<br />

Livres da opinião alheia, quer dizer: hoje a maioria das pessoas tem<br />

<strong>um</strong>a opinião massificada. O que seria isso? Deus, a religião, os princípios<br />

hoje já estão, como dizem “ultra<strong>passado</strong>s”, então o que a maioria das<br />

pessoas tem como conceito (que não precisamos <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> religião,<br />

tudo o que a Igreja prega como imoral hoje é visto como normal e<br />

permitido, etc), é a maneira como vou pensar e viver. Queremos estar<br />

livres <strong>de</strong>ssa opinião massificada, para viver e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os princípios<br />

cristãos.<br />

Queremos estar livres <strong>de</strong>, para estarmos livres para nosso i<strong>de</strong>al Lírio<br />

do Pai, Tabor para o mundo! Não queremos ser diferentes para<br />

chamarmos atenção, mas queremos fazer a diferença no lugar on<strong>de</strong><br />

estamos, vivendo o i<strong>de</strong>al escolhido livremente. Fazendo a diferença<br />

estamos resgatando a dignida<strong>de</strong> feminina.<br />

45


Nós queremos ser diferentes! Será<br />

que somos livres quando somos<br />

diferentes?<br />

<strong>Jufem</strong> seja ousada em suas<br />

escolhas!!!<br />

Reflexão pessoal: “Minha vida...?”<br />

Dirigente: a seguir, para essa reflexão po<strong>de</strong>rá utilizar <strong>um</strong> outro<br />

ambiente, como por exemplo <strong>um</strong>a Capela, ou se não for possível e tiver<br />

que usar a própria sala <strong>de</strong> reuniões, po<strong>de</strong>rá arr<strong>um</strong>ar <strong>um</strong> altarzinho com a<br />

imagem da MTA e <strong>um</strong>a foto do Pai e Fundador. Também po<strong>de</strong> recorrer<br />

ao auxílio <strong>de</strong> <strong>um</strong> fundo musical.<br />

Se achar conveniente conversar em grupo para trocar experiências,<br />

sobre a reflexão feita, tem liberda<strong>de</strong>.<br />

Às vezes parece que minha vida escapa das mãos.<br />

No dia-a-dia tudo precisa ser feito mais rápido,<br />

Isto e aquilo já <strong>de</strong>veria ter sido ontem.<br />

Cada dia é igual ao anterior: sempre a mesma pressa!<br />

Meu casaco que comprei há dois meses,já está “velho” e<br />

Passado da moda. Parece que nada existe a longo prazo,<br />

Só vale o próximo instante <strong>de</strong> alegria...<br />

Será que minha vida não vale mais que isso?<br />

Será que é somente isso?<br />

Eu busco mais!<br />

Procuro o sentido da vida, procuro <strong>um</strong>a felicida<strong>de</strong><br />

Que não termina após uns minutos, mas que se torna cada vez maior.<br />

46


Sim, busco a Deus, em minha vida.<br />

Será que às vezes tu sentes o mesmo?<br />

Pensas em configurar tua vida <strong>de</strong> tal forma que te sintas feliz?<br />

Buscas <strong>um</strong> caminho a tomar, alguém que te acompanha<br />

E te mostra a direção?<br />

Então estás no lugar certo com a pessoa certa.<br />

Nosso Pai e Fundador nos ensina a ver a vida com outros olhos.<br />

Ele nos empresta seus óculos, para que, por sua vida, possamos também<br />

compreen<strong>de</strong>r<br />

e interpretar melhor nossa própria vida.<br />

47<br />

“Estou interiormente e, apesar<br />

disso, prisioneira!”<br />

Assim escreveu <strong>um</strong>a jovem. Não<br />

nos suce<strong>de</strong> às vezes o mesmo?<br />

Exteriormente, talvez, sejamos<br />

Óculos do Pe. Kentenich livres, mas interiormente?<br />

Queria fazer tanto, mas não<br />

consigo, fico n<strong>um</strong>a aflição: que vão pensar <strong>de</strong> mim, se lhes disser<br />

realmente a minha opinião?<br />

Na verda<strong>de</strong>, gostaria <strong>de</strong> fazer as coisas <strong>de</strong> outra maneira, sem me<br />

<strong>de</strong>ixar influenciar pela massa. Não quero imitar tudo. Porém os outros<br />

me pressionam e meu verda<strong>de</strong>iro “eu” não po<strong>de</strong> esse <strong>de</strong>senvolver.<br />

Em 1941 o Pe. Kentenich, nosso Fundador, foi encarcerado, preso n<strong>um</strong><br />

escuro calabouço, por ter <strong>um</strong>a opinião diferente dos <strong>de</strong>mais. Ele creu em<br />

Deus e na imagem cristã do homem, e assim o <strong>de</strong>clarou. Seis meses mais<br />

tar<strong>de</strong> foi levado ao campo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> Dachau, a “cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

loucos, escravos e mortos”.<br />

Em Dachau, nosso Pai e Fundador não se escon<strong>de</strong>u. Ele permaneceu fiel<br />

aos seus princípios, arriscando a própria vida.


Falou <strong>de</strong> Deus aos seus companheiros, <strong>de</strong>u palestras e retiros, aten<strong>de</strong>u<br />

confissões.<br />

N<strong>um</strong>a “cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mortos” criou nova vida: duas novas comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Schoenstatt. (Instituto dos Irmãos <strong>de</strong> Maria e Instituto das Famílias)<br />

Ensinou os seus companheiros <strong>de</strong> prisão a serem interiormente livres,<br />

livres na <strong>de</strong>cisão para Deus e para o bem, contra o <strong>de</strong>mônio.<br />

Com os óculos <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador, contemplo minha própria vida:<br />

Em que me sinto presa?<br />

Quais são minhas algemas e as gra<strong>de</strong>s que me bloqueiam interiormente?<br />

Será que Deus me dará forças para superá-las?<br />

Sou chamada a tornar-me <strong>um</strong>a sagrada primavera, a dar exemplo <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

nova forma <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.<br />

“Pai e Fundador, peço que me aju<strong>de</strong>, como outrora ajudou os prisioneiros<br />

a fim <strong>de</strong> que “meu verda<strong>de</strong>iro eu” possa realizar-se e me torne sempre<br />

mais livre para Deus, para Schoenstatt e o próximo.<br />

Conclusão:<br />

Após vermos a gran<strong>de</strong>za e a importância sobre a liberda<strong>de</strong>, nós também<br />

queremos nos esforçar para tomarmos nossas <strong>de</strong>cisões com maior<br />

consciência, e lutarmos pela liberda<strong>de</strong> interna a exemplo do Pai e<br />

Fundador que nos <strong>de</strong>u <strong>um</strong> exemplo sobre a verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong> interna.<br />

Queremos ser livres para escolher o “bem”, queremos ser diferentes em<br />

nossas opções, queremos escolher e c<strong>um</strong>prir nossa missão, que pela<br />

vivência <strong>de</strong> nossa liberda<strong>de</strong> interna possamos resgatar a dignida<strong>de</strong><br />

feminina. A sagrada primavera que queremos formar nos exige essa<br />

<strong>de</strong>cisão livre pelo sacrifício, pois para resgatarmos a dignida<strong>de</strong> da jovem<br />

atual, assim como exige nosso i<strong>de</strong>al precisamos nos <strong>de</strong>cidir livremente<br />

para o sacrifício que inclui a opção pelo Ver sacr<strong>um</strong>.<br />

<strong>Jufem</strong>, mãos à obra! Lírio do Pai, ass<strong>um</strong>e a missão, seja luz que não se<br />

apaga!<br />

Propósito:<br />

Quero pedir a Deus Pai, no dia <strong>de</strong> hoje que me liberte das algemas<br />

interiores (comodismo, egoísmo, impaciência, reclamar a toa, prazer<br />

<strong>de</strong>senfreado...) para que eu possa c<strong>um</strong>prir melhor a minha missão pessoal<br />

como Sagrada Primavera. Entreguemos o cetro espiritualmente à Mãe<br />

48


<strong>de</strong> Deus, para que Ela vença em nós as prisões internas que possuímos e<br />

nos presenteie a liberda<strong>de</strong> interna. Então <strong>Jufem</strong>, qual o nosso ponto<br />

prático? Qual é nossa escolha, continuamos ou não a cultivar nossa<br />

semente?<br />

Oração final - Oração <strong>de</strong> nosso Pai e Fundador:<br />

“O mais precioso que o homem possui é a liberda<strong>de</strong>. Com amor sincero e<br />

ar<strong>de</strong>nte, ofereço essa liberda<strong>de</strong> para que o bom Deus conceda à Família<br />

<strong>de</strong> Schoenstatt, por todos os tempos o espírito da liberda<strong>de</strong> dos filhos<br />

<strong>de</strong> Deus que anseio com tanto ardor.<br />

Antes <strong>de</strong> iniciar a sua paixão Jesus rezou: „Ninguém me tira a vida [...]<br />

Eu a dou porque quero!‟<br />

Eu também faço assim: Ninguém me tira a liberda<strong>de</strong>; eu a entrego<br />

livremente [...] Entrego-a porque Deus o <strong>de</strong>seja [..] e meu alimento,<br />

minha tarefa predileta é fazer a vonta<strong>de</strong> d‟Aquele que me enviou a<br />

c<strong>um</strong>prir a sua Obra.” (Livre em Algemas).<br />

49


6º <strong>Reunião</strong>: “Cons<strong>um</strong>ismo! Moda! - Eu uso ou sou usada?”<br />

Objetivo: Levar as meninas a ver que o cons<strong>um</strong>ismo e a moda, senão<br />

dominados levam ao homem massa.<br />

Desenvolvimento:<br />

A dirigente antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver o tema po<strong>de</strong>rá ler os exemplos abaixo<br />

ou citar outros que conheça.<br />

Priscila, filha <strong>de</strong> <strong>um</strong> médico e <strong>de</strong> <strong>um</strong>a psicóloga está na droga há alguns<br />

anos. Acabou na ca<strong>de</strong>ia por causa <strong>de</strong> roubo. Sua mãe a visitou e lhe<br />

disse: “Porque fizestes isso? Não te <strong>de</strong>mos sempre tudo o que<br />

quiseste?” Ela respon<strong>de</strong>u: “Sim, vocês sempre me <strong>de</strong>ram coisas, mas eu,<br />

no entanto, queria vocês.”<br />

Hoje é muito com<strong>um</strong> em nossa socieda<strong>de</strong> “a cultura do ter”, on<strong>de</strong> a<br />

pessoa não vale pelo que é, mas pelo que tem. As pessoas nessa cultura<br />

são consi<strong>de</strong>radas bens <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o. A tendência a ter está se tornando<br />

<strong>um</strong>a verda<strong>de</strong>ira modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, que se opõem à modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

fundada sobre o ser. Tal tendência se infiltrou nas famílias e nas<br />

escolas trazendo conseqüências às novas gerações. Os pais dão aos<br />

filhos muitas coisas, mas não dão a si mesmo.<br />

Uma jovem com pobres i<strong>de</strong>ais, influenciada pela moda, tinha o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

possuir <strong>um</strong> tênis da marca Nike e <strong>um</strong>a calça da Zoomp. Porém sua<br />

situação financeira não permitia, mas isso não a convenceu. E então,<br />

para suprir o vazio que sentia em seu coração <strong>de</strong>cidiu sacrificar seus<br />

lazeres (como cinema, sorvetes, passeios), e até mesmo seu lanche e o<br />

passe-escolar, chegando a ir a pé para escola. Certo dia em <strong>um</strong> passeio<br />

da escola fez com que todos fossem a pé, só para não pagar a passagem.<br />

Diante <strong>de</strong>sta situação perguntaram-lhe: “Estes produtos <strong>de</strong> marca vão<br />

lhe trazer felicida<strong>de</strong>?” E com toda convicção respon<strong>de</strong>u: “SIM, isso vai<br />

me trazer felicida<strong>de</strong>!” (História verídica)<br />

50


Debate: a jovem que queria o seu tênis e calça <strong>de</strong> marca, para sentir-se<br />

feliz, pois achava que isso traria felicida<strong>de</strong>. Alcançou felicida<strong>de</strong> ao<br />

adquiri-los? O que você acha?<br />

Quantos jovens sofrem <strong>um</strong> profundo complexo <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> porque<br />

seus pais não po<strong>de</strong>m comprar-lhes aquelas roupas que seus amigos ou<br />

colegas vestem. Com o tempo tornam-se <strong>de</strong>siludidos e frustrados. Isto<br />

acontece porque nossa geração é educada a agir conforme as<br />

aparências, a serem pessoas <strong>de</strong> aparência. O homem vale por aquilo que<br />

possui, por ter <strong>um</strong>a bela casa, <strong>um</strong> belo carro, belas roupas, etc. Vale<br />

tanto quanto aparenta. Muitas vezes não percebe o quanto sua alegria é<br />

vazia, momentânea.<br />

Nossa juventu<strong>de</strong> está à mercê <strong>de</strong> situações como estas. O homem <strong>de</strong><br />

hoje já não é livre e per<strong>de</strong>u o sentido <strong>de</strong> ser pessoa h<strong>um</strong>ana, tornou-se<br />

<strong>de</strong>spersonalizado e facilmente comandado pela moda, pela novida<strong>de</strong> e<br />

pelas ofertas da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o. “É <strong>um</strong> homem solitário, porque<br />

per<strong>de</strong>u os vínculos que o prendiam a Deus, às pessoas e às idéias.”<br />

(Reuniões <strong>de</strong> introdução a Schoenstatt)<br />

Um coração carente <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais é alvo fácil para o domínio da moda e do<br />

cons<strong>um</strong>ismo, e nós, temos bem claros nossos i<strong>de</strong>ais? Sabemos aon<strong>de</strong><br />

queremos chegar? (Dirigente: fazer essas perguntas às jovens e<br />

questioná-las, procurar com elas as respostas)<br />

Com a proteção da Mãe <strong>de</strong> Deus precisamos cultivar nobres i<strong>de</strong>ais, para<br />

nos preservar <strong>de</strong>sses perigos.<br />

É hora <strong>de</strong> perguntarmos a nós mesmas: “Eu uso ou sou usada?” O que<br />

isto quer dizer? Sabemos colocar para nós mesmas o limite quando a<br />

ânsia <strong>de</strong> ter procura agir em nós com toda a sua força ou, sem perceber,<br />

sou usada, isto é, <strong>de</strong>ixo que a moda dita as regras na minha vida, nas<br />

coisas que uso, nos lugares que freqüento e até mesmo nas pequenas<br />

coisas, tão insignificantes, como por exemplo <strong>um</strong> chocolate. O que você<br />

faz: você acabou <strong>de</strong> ganhar seu chocolate preferido, você consegue<br />

<strong>de</strong>ixá-lo em sua frente, por longos minutos ou... imediatamente <strong>de</strong>sfruta<br />

<strong>de</strong> seu <strong>de</strong>licioso sabor. Quem manda? Você ou o chocolate? Nessa<br />

mesma situação você po<strong>de</strong> colocar aquilo que você mais aprecia, ou o seu<br />

ponto fraco. Cons<strong>um</strong>ismo é adquirir é algo sem refletir, isto é, como no<br />

51


exemplo acima, vejo, gosto, compro. Nesse processo faltou a reflexão,<br />

será que isso que estou “comprando” combina com meu ser? Aqui<br />

referimos no ato <strong>de</strong> comprar alg<strong>um</strong>a coisa, mas necessariamente a chaga<br />

do cons<strong>um</strong>ismo não precisa ser <strong>um</strong>a compra, como o dissemos se<br />

manifesta em coisas insignificantes, o exemplo do chocolate.<br />

Conhecemos nosso valor, somos filhas do Pai celestial. Somos filhas Lírio<br />

do Pai, Tabor para o mundo. Nosso i<strong>de</strong>al não preenche apenas nossa vida,<br />

mas por nossa missão, po<strong>de</strong>mos ajudar a muitas pessoas a encontrarem a<br />

verda<strong>de</strong>ira felicida<strong>de</strong>. Todo o ser h<strong>um</strong>ano busca a felicida<strong>de</strong>, uns<br />

encontram muito rápido, encontram o Deus da Vida, pois Deus é a eterna<br />

fonte <strong>de</strong> nossa felicida<strong>de</strong> e àqueles que não aceitam Deus como fonte <strong>de</strong><br />

sua felicida<strong>de</strong> buscam preencher o vazio do coração em fontes<br />

momentâneas, felicida<strong>de</strong> terrena. E nunca estará satisfeito, as fontes<br />

da qual bebem é passageira, logo passa e o „buraco‟ fica, talvez maior.<br />

Como é curto o prazo da felicida<strong>de</strong> terrena, logo se precisa buscar <strong>de</strong><br />

novo.<br />

Conclusão:<br />

Ser lírio do Pai, Tabor para o mundo é atacar o mal em sua raiz, ou seja,<br />

formar a personalida<strong>de</strong> com a mentalida<strong>de</strong> livre e que sabe <strong>de</strong>cidir-se<br />

pelo mais belo, nobre. Como Juventu<strong>de</strong> Feminina queremos pré-viver o<br />

i<strong>de</strong>al da mulher livre <strong>de</strong> todas essas correntes da moda, do cons<strong>um</strong>ismo,<br />

porque a exemplo da Mãe <strong>de</strong> Deus, buscamos o mais alto, à vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Deus. O que po<strong>de</strong>ríamos fazer bem concretamente para conquistarmos<br />

esta liberda<strong>de</strong> interna, livre do que prega o modismo? Queremos tornarnos<br />

Sagrada Primavera, mas sabemos que sem o sacrifício não<br />

conseguiremos. Às vezes o combate contra o cons<strong>um</strong>ismo nos trará<br />

renúncias, sacrifícios, mas po<strong>de</strong>mos ter a certeza <strong>de</strong> que o sacrifício<br />

fortalece e enobrece nosso ser. Por causa dos puros que se sacrificam,<br />

Deus salva todo <strong>um</strong> povo. Se a semente não cair por terra e morrer, não<br />

dará fruto. Para que surja em nossa juventu<strong>de</strong> essa sagrada primavera é<br />

preciso que nós nos <strong>de</strong>cidamos pelo estilo <strong>de</strong> vida ao contrário do que<br />

prega a socieda<strong>de</strong> atual. O que po<strong>de</strong>mos fazer? Existem alguns limites<br />

do cons<strong>um</strong>o e da moda, os quais po<strong>de</strong>ríamos impor-nos. Po<strong>de</strong>ríamos<br />

economizar, selecionar os nossos gostos e necessida<strong>de</strong>s, não sair<br />

52


comprando tudo que vemos e gostamos, ou que percebemos que todo<br />

mundo gosta.<br />

Contentar-nos com aquilo que somos e temos, com o nosso corpo, com as<br />

nossas capacida<strong>de</strong>s e colocá-lo a serviço do reino <strong>de</strong> Deus.<br />

Peçamos a nossa Rainha Lirial que nos il<strong>um</strong>ine mostrando-nos como<br />

<strong>de</strong>vemos agir em cada situação para que floresça <strong>um</strong>a Sagrada<br />

Primavera <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s verda<strong>de</strong>iras em nossa juventu<strong>de</strong>. “Rainha<br />

empunha o cetro e forma o Reino da liberda<strong>de</strong> autêntica.”<br />

Propósito: Como queremos continuar cultivando nossa semente? O que<br />

escolheremos como propósito?<br />

Oração final:<br />

“Pai do céu, o Pai e Fundador percorreu sem temor o seu<br />

caminho, no seguimento do teu Filho Jesus Cristo. Tudo, toda a sua vida<br />

foi <strong>um</strong>a carta que ele redigiu para ti. Ajuda-me a ser conseqüente no<br />

meu caminho, sem me importar do que os outros dizem <strong>de</strong> mim. Conce<strong>de</strong>me<br />

a força interior e, se necessário, a coragem para o risco, mesmo<br />

quando doer. Faz com que eu concretize o que é próprio do ser h<strong>um</strong>ano<br />

autêntico: viver a minha liberda<strong>de</strong>! Eu quero voltar hoje a arriscar,<br />

novamente, contigo. Porque isso me faz feliz. Amém.” (Anseio <strong>de</strong> viver – novena<br />

para jovens – pág. 45)<br />

53


7ª REUNIÃO: autoeducação@meulema.com.br<br />

Objetivo: Despertar <strong>um</strong>a consciência crítica a respeito do mo<strong>de</strong>rnizar<br />

sem mecanizar.<br />

Dinâmica: A dirigente prepara <strong>um</strong>a simulação <strong>de</strong> <strong>um</strong> Chat. Nele 2<br />

pessoas conversam <strong>de</strong> acordo com trechos do doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> Pré-<br />

Fundação. A dirigente po<strong>de</strong> fazer com papelão (por exemplo) <strong>um</strong>a tela<br />

<strong>de</strong> computador e escrever a conversa (no formato <strong>de</strong> sala <strong>de</strong> bate-papo)<br />

e passar o seguinte diálogo:<br />

* Chat do Fundador:<br />

#FEM# entra na sala.<br />

#FEM# diz para *JU*: Oie, td bem?<br />

*JU* diz para #FEM#: Oiiii td jóia e c/ vc?<br />

#FEM# diz para *JU*: Td indo....<br />

*JU* diz para #FEM#: ms pq soh indo? Q q tah pegando?<br />

#FEM# diz para *JU*: Nda no mundo mo<strong>de</strong>rno presta... <strong>de</strong>cidi mudar<br />

<strong>de</strong> vida....<br />

*JU* diz para #FEM#: Noooosssaa...ms pq?<br />

#FEM# diz para *JU*: Ai na<strong>um</strong> agüento +, hj eh a ultima vez q uso a<br />

net.<br />

*JU* diz para #FEM#: Credo , pra q tanto radicalismo.. net ajuda<br />

tanto....<br />

#FEM# diz para *JU*: Ajuda? Internet eh <strong>um</strong> poço <strong>de</strong> perdiça<strong>um</strong>....<br />

54


*JU* diz para #FEM#: Ai que dramática....na<strong>um</strong> eh td q tah perdido...<br />

#FEM# diz para *JU*: Como na<strong>um</strong>? A gente <strong>de</strong>via eh jogar td fora..<br />

assm corta o mal pela raiz!!!<br />

*JU* diz para #FEM#: Larga mão <strong>de</strong> ser sem noção.....vc como <strong>Jufem</strong><br />

<strong>de</strong>via abrir <strong>um</strong> poko a kbça....<br />

#FEM# diz para *JU*: Aé? Kero ver vc me dar 1 motivo pra eu na<strong>um</strong><br />

pensar assim!<br />

*JU* diz para #FEM#: Um soh? Vixi tem <strong>um</strong>a pá! O próprio Pai<br />

Fundador jah disse: Retrocedamos? Não, jamais consentiremos tal<br />

atitu<strong>de</strong>!<br />

#FEM# diz para *JU*: Uhuuuuu....<br />

*JU* diz para #FEM#: iiiii.. n<strong>um</strong> <strong>de</strong>boxa na<strong>um</strong> hein.... eh serio... tava no<br />

doc<strong>um</strong>ento <strong>de</strong> pré-fundação. Ms o q foi q fez vc pensar assim?<br />

#FEM# diz para *JU*: Ahhh ... se vc for ver na net soh rola fofoca, da<br />

tv daki a poko espirra sangue e no radio soh dah abobrinha....<br />

*JU* diz para #FEM#: Ms vc na<strong>um</strong> p<strong>de</strong> ficar pensando <strong>de</strong>sse jeito...<br />

#FEM# diz irritada para *JU*: E o q vc acha q eu <strong>de</strong>vo pensar?<br />

*JU* diz para #FEM#: Se a gente ouber os limites pra cda coisa da pra<br />

viver bem mo<strong>de</strong>rninho...<strong>de</strong> boa...<br />

#FEM# diz que não liga para *JU*: ....hmmmmm....<br />

*JU* diz com paciência para #FEM#: Q nem agora.. a gente nem tah<br />

fofocando....soh conversando... não se pira ô!<br />

55


#FEM# diz para *JU*: bom.. pd ser q eu esteja viajando mesmo......<br />

enta<strong>um</strong>.... foi mal..<br />

*JU* diz para #FEM#: Da nda.. o segredo mesmo eh auto-educação!<br />

Desenvolvimento:<br />

Como vimos no Chat, nosso Pai Fundador já tinha <strong>um</strong>a visão crítica a<br />

respeito do uso dos meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> antes da época da<br />

fundação.<br />

Em vez <strong>de</strong> nos afastarmos <strong>de</strong> todos os meios <strong>de</strong>vemos apren<strong>de</strong>r a<br />

dominá-los e não <strong>de</strong>ixar a máquina nos dominar. Para conseguirmos<br />

colocar os limites <strong>de</strong>vidos no uso <strong>de</strong> qualquer meio <strong>de</strong> comunicação<br />

<strong>de</strong>vemos criar <strong>um</strong>a visão crítica a respeito da influência das mensagens<br />

que chegam até nós.<br />

Na socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna , os meios <strong>de</strong> comunicação social exercem <strong>um</strong><br />

papel primordial na informação, na promoção cultural e na formação.<br />

Este papel torna-se cada vez maior e mais difundido pois a quantida<strong>de</strong> e<br />

a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> notícias, as influências exercidas sobre a opinião<br />

pública e os avanços técnicos crescem cada dia mais e nós nos tornamos<br />

mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das informações transmitidas por emissoras,<br />

provedores, etc.... (adaptado Catecismo da Igreja Católica- 2493)<br />

Se lançarmos <strong>um</strong> olhar mais aprofundado sobre a nossa socieda<strong>de</strong>,<br />

veremos que muito do que no ro<strong>de</strong>ia é influenciado pela mídia, <strong>de</strong> modo<br />

especial pela Tv. A opinião pública, a moda e as tendências culturais são<br />

diretamente atingidas pelo que se passa na Tv. Por exemplo: a cada nova<br />

novela surgem novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> roupas, casas, novos sotaques e<br />

cost<strong>um</strong>es, que, pouco tempo <strong>de</strong>pois, já estão nas ruas e até <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

nossas casas.<br />

Devemos ter os olhos bem abertos, pois muito do que os programas<br />

oferecem é <strong>um</strong> mundo paralelo, representado <strong>de</strong> forma ilusória, no qual<br />

a pregação <strong>de</strong> <strong>um</strong>a vida fácil e <strong>de</strong>scompromissada revela a fuga das<br />

renúncias e sacrifícios e a busca <strong>de</strong>senfreada por <strong>um</strong> prazer vazio e<br />

momentâneo.<br />

Ou seja, a capacida<strong>de</strong> persuasiva dos meios <strong>de</strong> comunicação infelizmente<br />

é usada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sonesta, gerando a alienação em massa. Daí a<br />

56


necessida<strong>de</strong> do senso crítico, pois esses meios nos influenciam mesmo<br />

<strong>de</strong> forma inconsciente. Por exemplo: Uma pessoa po<strong>de</strong> dizer que este<br />

problema é relativo: Que po<strong>de</strong> assistir qualquer programa <strong>de</strong> Tv, que<br />

isto não lhe fará mal alg<strong>um</strong>. Mas, na verda<strong>de</strong> nenh<strong>um</strong> <strong>de</strong> nós é forte<br />

suficiente para livrar-se da influência negativa que certos meios <strong>de</strong><br />

comunicação exercem. Isto acontece sem que percebamos.<br />

O próprio Catecismo da Igreja Católica esclarece:<br />

“Os meios <strong>de</strong> comunicação social (especialmente mídia) po<strong>de</strong>m gerar<br />

<strong>um</strong>a certa passivida<strong>de</strong> entre os usuários, tornando-os cons<strong>um</strong>idores<br />

pouco criteriosos a respeito das mensagens e dos espetáculos. Os<br />

usuários <strong>de</strong>vem se impor mo<strong>de</strong>ração e disciplina quanto à mídia. Devem<br />

formar em si <strong>um</strong>a consciência esclarecida e correta para resistirem<br />

mais facilmente às influências menos honestas.” (2496)<br />

Como já vimos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mos dos meios <strong>de</strong> comunicação, isso é inevitável.<br />

Mas também temos muitos problemas que são conseqüência da<br />

exploração <strong>de</strong>sses meios.<br />

Qual atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemos ter ante essa situação?<br />

É evi<strong>de</strong>nte que não po<strong>de</strong>mos simplesmente abandonar tudo. O que<br />

<strong>de</strong>vemos fazer é cultivar a nossa auto-educação. Utilizar os meios <strong>de</strong><br />

comunicação (especialmente a Tv e a Internet) <strong>de</strong> acordo com nossa<br />

necessida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong> acordo com a impulsivida<strong>de</strong>, e além disso, utilizálos<br />

com <strong>um</strong> fim honesto e moralmente correto. “Mo<strong>de</strong>rnizar sem<br />

mecanizar!” Não po<strong>de</strong>mos nos tornar escravas d algo que foi feito para<br />

nos servir.<br />

É <strong>de</strong> fundamental importância que tenhamos <strong>de</strong> forma clara a finalida<strong>de</strong><br />

pessoal pela qual usamos a Internet.<br />

Devemos observar quais são os tipos <strong>de</strong> relacionamentos que mantemos<br />

e também o que falamos <strong>de</strong> nós para os outros:<br />

Conto ou escrevo em sites tudo <strong>de</strong> minha vida para pessoas que<br />

nem conheço?<br />

(ou sei quais assuntos <strong>de</strong>vo reservar a mim mesma)<br />

Falo e ajo da mesma forma como sou ou tenho <strong>um</strong>a dupla<br />

personalida<strong>de</strong>, só porque estou por traz <strong>de</strong> <strong>um</strong>a máquina posso<br />

fazer fofocas e dizer mentiras até sobre mim mesma?<br />

57


As pessoas que mentem até sobre suas próprias características não têm<br />

<strong>um</strong>a personalida<strong>de</strong> autêntica. I<strong>de</strong>alizam, <strong>de</strong> forma errada, a imagem que<br />

gostariam <strong>de</strong> ser. Esse tipo <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> é que permite a massificação<br />

<strong>de</strong>ssas pessoas <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong> fraca, tornando-as apenas mais <strong>um</strong><br />

rosto anônimo na multidão (não faz a diferença).<br />

Conclusão:<br />

Mencionamos a auto-educação como <strong>um</strong> meio no qual po<strong>de</strong>mos também<br />

apren<strong>de</strong>r a usar os meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> forma sadia. Como <strong>Jufem</strong><br />

queremos apren<strong>de</strong>r a dominar este campo, à luz do nosso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> “Lírio<br />

do Pai, tabor para o Mundo!” Nosso objetivo é formar <strong>um</strong> novo estilo <strong>de</strong><br />

vida em nossa Juventu<strong>de</strong> como resposta a essa situação <strong>de</strong> perigo: da<br />

massificação e do “vício” pelos meios <strong>de</strong> comunicação. Também queremos<br />

dar continuida<strong>de</strong> a nossa missão <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong> feminina da<br />

Pequena Maria, ass<strong>um</strong>indo: Eis-me: aqui sou Tua Primavera Sagrada!<br />

Propósito: O que po<strong>de</strong>ríamos fazer a fim <strong>de</strong> que a Mãe <strong>de</strong> Deus empunhe<br />

o cetro e vença este <strong>de</strong>safio conosco em nossa Juventu<strong>de</strong>? Que<br />

propósito po<strong>de</strong>mos escolher neste sentido?<br />

Oração Final:<br />

ORAÇÃO DO COMUNICADOR<br />

Ó Deus,que para comunicar vosso amor aos homens, enviastes seu Filho,<br />

Jesus Cristo,e o constituístes Mestre, Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida da<br />

h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>, conce<strong>de</strong>i-nos a graça <strong>de</strong> utilizar os meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social – imprensa, cinema, rádio, audiovisuais... – para a manifestação <strong>de</strong><br />

vossa glória e a promoção das pessoas. Suscitai vocações para essa<br />

multiforme missão. Inspirai aos homens <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> a colaborarem<br />

com a oração, a ação e o auxílio material, para que a Igreja anuncie o<br />

Evangelho a todos os homens,através <strong>de</strong>sses instr<strong>um</strong>entos. Amém. (BV<br />

Tiago Alberione)<br />

58


8ª reunião: A flor raríssima: a pureza!<br />

Objetivo: Mostrar que o i<strong>de</strong>al da pureza respon<strong>de</strong> à situação agravante<br />

da sexualida<strong>de</strong> em nossa juventu<strong>de</strong>.<br />

Desenvolvimento: A dirigente no início da reunião questiona as meninas<br />

com as seguintes questões:<br />

O que enten<strong>de</strong>mos sobre a palavra sexualida<strong>de</strong>?<br />

O que a mídia apresenta sobre este assunto?<br />

Vocês concordam com que a mídia apresenta sobre sexualida<strong>de</strong>?<br />

Sexualismo e sexualida<strong>de</strong> é a mesma coisa?(<strong>de</strong>ixar que falem)<br />

Não. Apesar <strong>de</strong> tratarem, em certo sentido do mesmo conteúdo, tem<br />

concepções diferentes da mesma realida<strong>de</strong>.<br />

SEXUALISMO- tudo que leva ao prazer, ao ato sexual. Nada tem haver<br />

com o espiritual, mas somente com o corpo.<br />

SEXUALIDADE- é <strong>um</strong> componente fundamental da personalida<strong>de</strong>, <strong>um</strong><br />

modo <strong>de</strong> ser, <strong>de</strong> se manifestar, <strong>de</strong> comunicar com os outros, <strong>de</strong> sentir,<br />

expressar e viver o amor h<strong>um</strong>ano.<br />

Como Deus imaginou a sexualida<strong>de</strong>?<br />

Deus em seu infinito amor criou o homem e a mulher a sua imagem e<br />

semelhança, portanto nos fez capazes <strong>de</strong> amar. João Paulo II nos diz<br />

que “Deus chamou o homem à existência por amor e o chamou ao mesmo<br />

tempo ao amor.” Decorre disto nosso anseio e busca do verda<strong>de</strong>iro<br />

amor, <strong>de</strong> amar e ser amado.<br />

Quando nos criou, Deus <strong>de</strong>u ao homem e a mulher <strong>um</strong>a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> sexual<br />

particulares (masculinida<strong>de</strong> e feminilida<strong>de</strong>) por isso cabe a ambos<br />

reconhecer e aceitar esta sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> individual. Embora com<br />

características e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s diferentes o homem e a mulher se<br />

complementam entre si, física, moral e espiritualmente.<br />

59


A sexualida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana em sua essência é expressa através do amor que<br />

se doa! A sexualida<strong>de</strong>, portanto consiste n<strong>um</strong>a doação <strong>de</strong> si mesmo, é<br />

“<strong>um</strong> bem”, criado por Deus. No matrimônio a sexualida<strong>de</strong> atinge seu<br />

ápice na entrega do esposo à sua esposa através do ato conjugal, este é<br />

por sua vez, algo querido por Deus e belo. Foi o próprio Deus que<br />

permitiu que houvesse alegria neste encontro dos esposos.<br />

Na vida virginal po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong>?<br />

Enten<strong>de</strong>ndo a sexualida<strong>de</strong> como “componente fundamental da<br />

personalida<strong>de</strong>, <strong>um</strong> modo se ser, <strong>de</strong> se manifestar, <strong>de</strong> comunicar com os<br />

outros, <strong>de</strong> sentir, <strong>de</strong> expressar e <strong>de</strong> viver o amor h<strong>um</strong>ano” 1 po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que ela está muito presente na vida do consagrado, visto que, ela é<br />

expressa na doação a Deus e por Ele ao próximo. A pessoa consagrada<br />

virginalmente se doa inteiramente ao serviço <strong>de</strong> Deus e nesta<br />

exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu amor, ela partilha <strong>de</strong>ssa comunhão <strong>de</strong> amor com os<br />

<strong>de</strong>mais <strong>de</strong> maneira maternal ou paternal. Maternal, pois <strong>um</strong>a mãe se doa<br />

sem esperar recompensas, sua doação é <strong>de</strong>sprendida e sacrifical, pensa<br />

no bem dos filhos e não me<strong>de</strong> esforços para os servir. Da mesma forma,<br />

a pessoa consagrada <strong>de</strong>ve direcionar a riqueza <strong>de</strong> seu amor na doação <strong>de</strong><br />

si mesma.<br />

O certo é que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> procriar é <strong>um</strong> dom maravilhoso com que Deus<br />

dotou a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>. Deus não era obrigado a dividi-la em homens e<br />

mulheres. Podia tê-la formado como seres assexuados, dando origem a<br />

cada corpo (como faz com a alma) por <strong>um</strong> ato direto da sua vonta<strong>de</strong>. Em<br />

vez disto, na sua bonda<strong>de</strong>, dignou-se fazer com que a h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong><br />

participasse do seu po<strong>de</strong>r criador, para que pu<strong>de</strong>ssem existir as belas<br />

instituições do matrimônio e da paternida<strong>de</strong>; para que através da<br />

paternida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana pudéssemos compreen<strong>de</strong>r melhor a paternida<strong>de</strong><br />

divina, sua justiça e sua providência, e através da maternida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana<br />

compreendêssemos melhor a ternura maternal <strong>de</strong> Deus, sua misericórdia<br />

e compaixão; <strong>de</strong>sse modo preparava também o caminho para a santa<br />

1 Apud Sexualida<strong>de</strong> h<strong>um</strong>ana: verda<strong>de</strong> e significado. Doc<strong>um</strong>entos pontifícios. 1996.<br />

p. 12<br />

60


maternida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maria e para que no futuro entendêssemos melhor a<br />

união entre Cristo e sua Esposa, a Igreja.<br />

Para que tudo isso se torne realida<strong>de</strong> “A sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser<br />

orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la<br />

verda<strong>de</strong>iramente h<strong>um</strong>ana.” (João Paulo II) Neste sentido, cabe a nós, <strong>Jufem</strong>,<br />

conscientizar-nos <strong>de</strong> que o ato conjugal está reservado para o<br />

Matrimônio, por causa <strong>de</strong> sua gran<strong>de</strong>za e finalida<strong>de</strong>; já que o ato<br />

conjugal é mais do que a simples união dos corpos, mas ele engloba a<br />

doação da pessoa por inteiro, <strong>de</strong> sua alma, <strong>de</strong> suas faculda<strong>de</strong>s afetivas,<br />

mas também das faculda<strong>de</strong>s espirituais.<br />

Dinâmica do copo <strong>de</strong> leite ou lírio:<br />

Com <strong>um</strong>a <strong>de</strong>ssas flores, pedir que cada jovem tire <strong>um</strong> pedacinho da flor.<br />

Depois <strong>de</strong>ixar passar <strong>um</strong> pouco <strong>de</strong> tempo, <strong>de</strong>ixando a flor <strong>de</strong> lado. A flor<br />

ficará escura.<br />

Assim, como esta flor somos nós, lírios do Pai. Cada coisa tem seu<br />

tempo.<br />

Por isso, <strong>Jufem</strong> aguar<strong>de</strong> esse momento sagrado, para que traga bênçãos<br />

para si mesma.<br />

Quando falta o sentido e o significado do dom da sexualida<strong>de</strong>, acontece<br />

<strong>um</strong>a civilização das “coisas” e das “pessoas”; <strong>um</strong>a civilização on<strong>de</strong> as<br />

pessoas se usam como se usam as coisas.<br />

Por isso é importante conhecer e respeitar nosso próprio corpo. Ele é<br />

<strong>um</strong>a obra <strong>de</strong> arte e <strong>um</strong> presente <strong>de</strong> Deus, mas também é templo da<br />

Santíssima Trinda<strong>de</strong>, consagrado pela habitação <strong>de</strong> Deus em nós.<br />

Queremos agora conhecer alg<strong>um</strong>as ofensas contra a sexualida<strong>de</strong>:<br />

FORNICAÇÃO: Relação sexual fora do matrimônio utilizada entre<br />

solteiros.<br />

61


“O ato sexual <strong>de</strong>ve ocorrer exclusivamente no casamento, fora <strong>de</strong>le é<br />

sempre <strong>um</strong> pecado grave e exclui da comunhão sacramental”. (Novo<br />

Catecismo n. 2390)<br />

ADULTÉRIO: Relação sexual fora do matrimônio, sendo casado pelo<br />

menos <strong>um</strong> dos parceiros.<br />

“O adultério é <strong>um</strong>a injustiça. Quem comete falta com seus<br />

compromissos, fere o sinal da Aliança que é o vínculo matrimonial...”<br />

MASTURBAÇÃO: É o prazer provocado pela própria excitação dos<br />

órgãos sexuais, sem que exista contato com outra pessoa. Geralmente é<br />

acompanhado por estímulos visuais, táteis e imaginativos.<br />

A masturbação <strong>de</strong>grada quem a pratica. Rebaixa a conduta e além disso,<br />

contraria <strong>de</strong> certo modo a dignida<strong>de</strong> do homem/mulher.<br />

HOMOSSEXUALISMO: Atração entre indivíduos do mesmo sexo.<br />

Quais as causas e motivos da homossexualida<strong>de</strong>?<br />

As teorias oscilam entre 2 pólos:<br />

- Deriva <strong>de</strong> <strong>um</strong>a causa congênita (a pessoa já nasce<br />

com essa tendência);<br />

- E a que se origina <strong>de</strong> <strong>um</strong> hábito adquirido.<br />

Fatores Genéticos: Po<strong>de</strong> existir <strong>um</strong>a certa predisposição genética, ainda<br />

que a maioria dos homossexuais tenha <strong>um</strong> quadro cromossômico normal.<br />

Fatores Endócrinos: Po<strong>de</strong>m dar-se <strong>de</strong>sarranjos hormonais.<br />

Fatores Psicológicos: Excessiva influência materna ou paterna no caso<br />

do homem <strong>um</strong>a excessiva fixação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância na figura da mãe e<br />

dificulda<strong>de</strong>s em relação ao pai, e, no caso das mulheres <strong>um</strong>a<br />

i<strong>de</strong>ntificação exclusiva com o pai e comunicação difícil com a mãe. A<br />

ausência <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los masculinos e femininos claramente <strong>de</strong>finidos po<strong>de</strong><br />

influir na moda, no vestir, no pentear-se, etc...<br />

62


Fatores Ambientais: Os ambientes exclusivamente femininos em que se<br />

<strong>de</strong>senvolve <strong>um</strong> rapaz, por exemplo, por ausência habitual do pai no<br />

âmbito familiar ou, em sentido contrário, o ambiente masculino on<strong>de</strong><br />

cresce <strong>um</strong>a menina ro<strong>de</strong>ada, por exemplo, só <strong>de</strong> irmãos; o clima criado<br />

por <strong>um</strong>a mãe hiper-possessiva a respeito dos filhos, ou <strong>de</strong> <strong>um</strong> pai hiperprotetor<br />

das filhas; ambientes sócio-familiares on<strong>de</strong> os papéis<br />

masculinos e femininos não estejam bem <strong>de</strong>limitados; confinamentos <strong>de</strong><br />

pessoas do mesmo sexo em lugares <strong>de</strong>terminados, como internatos,<br />

presídios, navio, etc. Estes ambientes proporcionam <strong>de</strong>senvolvimentos<br />

<strong>de</strong> tendências <strong>de</strong> homossexuais.<br />

Não são os homossexuais que escolhem sua condição para a maioria,<br />

pois, esta constitui <strong>um</strong>a provação. Devem ser acolhidos com respeito,<br />

compaixão e <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za. Evitar para com eles todo sinal <strong>de</strong><br />

discriminação injusta. Essas pessoas são chamadas a realizar a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do<br />

Senhor as dificulda<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>m encontrar por causa <strong>de</strong> sua condição.<br />

As pessoas homossexuais são chamadas à castida<strong>de</strong>. Pelas virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

autodomínio, educadoras da liberda<strong>de</strong> interior, às vezes pelo apoio <strong>de</strong><br />

<strong>um</strong>a amiza<strong>de</strong> <strong>de</strong>sinteressada, pela oração e pela graça sacramental.<br />

Po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem se aproximar, gradual e absolutamente, da perfeição<br />

cristã.<br />

Também <strong>de</strong>vemos lembrar <strong>de</strong> que, quanto maior for à tentação, maior<br />

será a graça que Deus nos dará. Se a pedirmos e aceitarmos, se<br />

lutarmos por todos os meios ao nosso alcance. Deus nunca permite que<br />

sejamos tentados acima da nossa força <strong>de</strong> resistência (com a sua graça).<br />

Ninguém po<strong>de</strong> dizer “Pequei porque não pu<strong>de</strong> resistir.” O que está ao<br />

nosso alcance é evitar os perigos <strong>de</strong>snecessários, sermos constantes na<br />

oração, especialmente nos momentos <strong>de</strong> fraqueza, freqüentar a missa e<br />

a sagrada comunhão, ter <strong>um</strong>a profunda e sincera <strong>de</strong>voção por Maria,<br />

Mãe Puríssima.<br />

PORNOGRAFIA: o conceito <strong>de</strong> pornografia (do grego “pornographos”<br />

escritos sobre prostitutas”) abrange qualquer obra literária ou artística<br />

63


cujo o conteúdo faz referência a atitu<strong>de</strong>s, acontecimentos, imagens,<br />

fatos ou relatos <strong>de</strong> caráter obsceno, impudico ou licencioso que procura<br />

fomentar a excitação, servindo-se para tanto, <strong>de</strong> todo tipo <strong>de</strong><br />

estímulos, especialmente o visual e o auditivo, que tenham <strong>um</strong> po<strong>de</strong>r<br />

evocador do erótico e do sensual.<br />

<strong>Jufem</strong>,você é resposta para esses <strong>de</strong>safios do tempo!<br />

Querida Jovem, temos diante <strong>de</strong> nossos olhos, <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> e belo i<strong>de</strong>al<br />

“Lírio do Pai, Tabor para o mundo”. Queremos à luz <strong>de</strong>ste nosso i<strong>de</strong>al<br />

irradiar a nova mulher transfigurada, pré-vivendo a dignida<strong>de</strong> feminina<br />

i<strong>de</strong>ada por Deus e vivida por Maria e assim, darmos <strong>um</strong>a resposta para<br />

estas situações <strong>de</strong> perigo com as quais convivemos diariamente.<br />

O mundo, como vemos nos mostra a mulher muito masculinizada, tanto<br />

nas atitu<strong>de</strong>s, como no vestir e no falar, levando a <strong>um</strong>a perda da própria<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> feminina. Como também o oposto da masculinização é a<br />

exploração da feminilida<strong>de</strong>, isto é, da beleza do corpo da mulher, que se<br />

<strong>de</strong>ixa usar como objeto propaganda.<br />

Acabamos por viver aquilo que não somos e a sufocar aquilo que <strong>de</strong>vemos<br />

ser e para o qual fomos criadas.<br />

Diante <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> queremos nos <strong>de</strong>cidir pelo Ver sacr<strong>um</strong>, pois<br />

temos a certeza <strong>de</strong> que por causa dos puros que se sacrificam Deus<br />

salvará a mulher atual.<br />

Mas afinal, qual é então nossa própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>?<br />

Estamos conscientes <strong>de</strong> nosso próprio valor e dignida<strong>de</strong> como mulher?<br />

Fomos criadas com <strong>um</strong>a natureza organizada em vista <strong>de</strong> nossa vocação<br />

original: ser esposa e mãe. Por isso nosso corpo é formado <strong>de</strong> acordo a<br />

aten<strong>de</strong>r e c<strong>um</strong>prir esta vocação. Neste sentido nosso ser é mais<br />

propenso para a interiorida<strong>de</strong>, para o doar-se, para o sacrifício, para<br />

sentir com os outros, mais do que o ser masculino.<br />

Já na história da Criação do mundo, po<strong>de</strong>mos encontrar qual a posição e<br />

missão da mulher na história dos povos, segundo o plano <strong>de</strong> Deus. Em Gn<br />

2, 18 lemos: “Façamos-lhe <strong>um</strong>a companheira e auxiliar que lhe seja em<br />

tudo semelhante!”<br />

64


Vemos que Deus mesmo já <strong>de</strong>terminou qual <strong>de</strong>ve ser a posição da mulher<br />

no âmbito da h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>: ser auxiliar e companheira do homem. Santo<br />

Agostinho nos diz a este respeito: “A mulher não foi tirada da cabeça<br />

do homem, porque não foi feita para mandar; nem foi tirada dos pés,<br />

porque não foi feita para ser escrava; mas foi tirada do lado do coração.<br />

Portanto, foi feita para amar.”<br />

É tão forte a influência da mulher na história que os gregos diziam:<br />

“Quem salva <strong>um</strong>a mulher, salva <strong>um</strong> povo inteiro!” e outra diz: “Um homem<br />

po<strong>de</strong> forjar gran<strong>de</strong>s tempos, mas <strong>um</strong> povo se levanta ou <strong>de</strong>cai com suas<br />

mulheres!”<br />

Como queremos viver isto na prática? Se queremos ser lírios no mundo<br />

<strong>de</strong>vemos evitar toda e qualquer ocasião que possa nos impedir <strong>de</strong><br />

vivermos nosso i<strong>de</strong>al para que surja <strong>um</strong>a Primavera Sagrada.<br />

O i<strong>de</strong>al nos impulsiona e obriga a <strong>um</strong>a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisiva para a<br />

reconquista das genuínas maneiras femininas e da verda<strong>de</strong>ira<br />

mentalida<strong>de</strong> singela e serviçal em prol do soerguimento <strong>de</strong> nosso sexo.<br />

Em 2000, nossa Juventu<strong>de</strong> Feminina já se questionou <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ríamos<br />

trabalhar com nossa dignida<strong>de</strong> feminina e <strong>de</strong>ste questionamento surgiu:<br />

Dez pontos da <strong>Jufem</strong><br />

1. Não ficar.<br />

2. Refletir o interior no exterior.<br />

3. Diálogo e respeito no namoro.<br />

4. Cultivar o Santuário-coração, vivendo o i<strong>de</strong>al da JUFEM.<br />

5. Selecionar programas <strong>de</strong> TV, filmes, revistas...<br />

6. Na Família: diálogo, obediência, amor, filialida<strong>de</strong>, oração.<br />

7. Nas celebrações eucarísticas: respeito, amor, entusiasmo,<br />

concentração, alegria.<br />

8. Pensar antes <strong>de</strong> falar, diminuir o uso <strong>de</strong> gírias.<br />

9. Internet: selecionar, “mo<strong>de</strong>rnizar sem mecanizar”.<br />

10. Compromisso com a Aliança <strong>de</strong> Amor, ser pequena Maria, autoeducação,<br />

seguir o exemplo dos heróis.<br />

Esses pontos são meios para po<strong>de</strong>rmos proteger a nossa dignida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />

resgatar a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras jovens.<br />

65


Como a <strong>Jufem</strong> respon<strong>de</strong> a situação <strong>de</strong><br />

perigo que coloca em risco a flor rara<br />

da pureza?<br />

A luta cristã contra a impureza exige que se fuja <strong>de</strong><br />

toda ocasião <strong>de</strong> pecado. Sabemos que “a ocasião faz o<br />

ladrão”, e aquele que brinca com o perigo nele perece. Se você, jovem,<br />

quer se manter puro e casto antes do casamento, terá que fugir <strong>de</strong> toda<br />

ocasião que possa excitar a paixão: livros, revistas, filmes eróticos, más<br />

companhias que já provaram <strong>de</strong>sse pecado e querem induzir outros ao<br />

erro, bem como, no namoro, toda ocasião que possa propiciar <strong>um</strong>a<br />

vivência sexual precoce. O namoro não é o tempo <strong>de</strong> viver as carícias<br />

matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, que, assim como<br />

Deus i<strong>de</strong>ou não é realizado no namoro. O que precisa haver entre os<br />

namorados é carinho, não as carícias íntimas. Além disso será preciso,<br />

para todos, solteiros e casados, o auxílio da graça <strong>de</strong> Deus; para os<br />

solteiros, a fim <strong>de</strong> que não vivam o sexo antes do casamento; para os<br />

casados, a fim <strong>de</strong> serem fiéis <strong>um</strong> ao outro. É gran<strong>de</strong> a recompensa<br />

daquele que luta bravamente para manter a própria pureza. Jesus disse<br />

que esses são bem-aventurados (felizes) porque verão a Deus. (Mt 5,8)<br />

A jovem casta é <strong>um</strong>a jovem forte, cheia <strong>de</strong> energias para sua vida<br />

profissional e moral. É na luta para manter a castida<strong>de</strong> que você se<br />

prepara para ser fiel ao seu esposo amanhã.<br />

A gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> <strong>um</strong> homem não se me<strong>de</strong> pelo po<strong>de</strong>r que possui <strong>de</strong><br />

dominar os outros, mas pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dominar a si mesmo.<br />

Esta sempre foi a coluna que manteve <strong>de</strong> pé as civilizações e os gran<strong>de</strong>s<br />

homens, e hoje, também, precisa ser resgatada e preservada, sob pena<br />

<strong>de</strong> vermos perecer a nossa civilização. Nossa h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong> hedonista 2 ,<br />

amante do prazer, a qualquer custo, ri da castida<strong>de</strong> e da virginda<strong>de</strong>, e<br />

por isso paga <strong>um</strong> preço caro pela <strong>de</strong>vassidão dos cost<strong>um</strong>es. Para<br />

reerguer esta socieda<strong>de</strong> será preciso resgatar esses valores que nunca<br />

2 Hedonista: palavra vinda do hedonismo, que quer dizer: doutrina que consi<strong>de</strong>ra<br />

que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida<br />

moral. Hedonismo, ou a filosofia, em que toda a h<strong>um</strong>ana bem-aventurança se<br />

resolve no prazer.<br />

66


envelhecem. Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo <strong>um</strong><br />

povo.<br />

A castida<strong>de</strong> é <strong>um</strong>a das maiores disciplinas, sem a qual a mente não po<strong>de</strong><br />

alcançar a firmeza necessária”. A mente daquele que segue as paixões<br />

baixas é incapaz <strong>de</strong> qualquer gran<strong>de</strong> esforço”. A castida<strong>de</strong> longe <strong>de</strong> ser<br />

<strong>um</strong>a prisão, ao contrário, abre cada vez mais as portas da verda<strong>de</strong>ira<br />

liberda<strong>de</strong>, só compreen<strong>de</strong> isto quem a vive.<br />

Só é livre quem se possui. Para haver a castida<strong>de</strong> nos nossos atos, é<br />

preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais<br />

será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos,<br />

vagueiem pelo mundo do erotismo.<br />

É por não observar esta regra que a maioria pensa ser impossível viver a<br />

castida<strong>de</strong>. Querida jovem, se você quiser no futuro formar <strong>um</strong>a família<br />

feliz, então comece agora, por você mesma; e, contra tudo e contra<br />

todos que lhe oferecem o sexo vazio e fácil, antes do casamento, viva a<br />

castida<strong>de</strong>, garanto-lhe que vale a pena. O jovem e a jovem cristãos<br />

terão que lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os<br />

envolva e abafe o namoro. Alguns querem se permitir <strong>um</strong> grau <strong>de</strong><br />

intimida<strong>de</strong> “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está<br />

<strong>um</strong> grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultra<strong>passado</strong>, e<br />

muitas vezes acontece a gravi<strong>de</strong>z e outras coisas. Um namoro puro só<br />

será possível com a graça <strong>de</strong> Deus, com a oração, com a vigilância e,<br />

sobretudo quando os dois querem se preservar <strong>um</strong> para o outro. Será<br />

preciso então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar <strong>um</strong><br />

relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “a ocasião faz o<br />

ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”. É você quem<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> o que quer. Se você sabe que naquele lugar, naquele carro,<br />

naquela casa, etc., a tentação será maior do que as suas forças, então<br />

fuja <strong>de</strong>stes lugares; esta é <strong>um</strong>a fuga justa e necessária. É preciso<br />

lembrar as jovens, que o homem se excita principalmente pelos olhos.<br />

Então, cuidado com a roupa que você usa; com os <strong>de</strong>cotes, com o<br />

comprimento das saias, transparências...<br />

1. “Não ponha pólvora no sangue do seu namorado se você não quer<br />

vê-lo explodir”<br />

67


Muitas vezes as namoradas não se dão conta disto. Para a mulher a<br />

excitação se dá muito mais por palavras, gestos, fantasias, romances;<br />

mas para o homem, basta <strong>um</strong>a roupa curta, <strong>um</strong> <strong>de</strong>cote, <strong>um</strong> cruzar <strong>de</strong><br />

pernas aparentes, e muita adrenalina será injetada no seu sangue... Não<br />

provoque seu namorado. Além <strong>de</strong> tudo isso, se somos cristãos, temos que<br />

obe<strong>de</strong>cer e viver o mandamento <strong>de</strong> Deus que manda “não pecar contra a<br />

castida<strong>de</strong>”; isto é, não viver a vida sexual nem antes do casamento<br />

(fornicação) e nem fora <strong>de</strong>le (adultério).<br />

<strong>Jufem</strong>, vamos pensar como está<br />

nosso namoro? Será que <strong>de</strong>ixamos<br />

que toquem nosso corpo? Pensemos<br />

que tais carícias antece<strong>de</strong>m e<br />

po<strong>de</strong>m levar ao ato conjugal! Por<br />

isso, Stop!!! Quando a coisa está<br />

adiantada! Não sejamos<br />

<strong>de</strong>scartáveis!!!<br />

Após o pecado <strong>de</strong> Adão não nos resta outro remédio, vigiar os nossos<br />

sentidos, pensamentos, olhares, gestos, palavras, atitu<strong>de</strong>s,<br />

comportamentos, etc., e buscar na oração e nos sacramentos, o remédio<br />

e o alimento para vencer a nossa fraqueza. Nunca, como em nossos dias,<br />

foi tão gran<strong>de</strong> o pecado <strong>de</strong> impureza. De forma acintosa ele aparece nas<br />

músicas, nas TV‟s, nas revistas, jornais, filmes, cinemas, teatros,<br />

telefone, internet, etc. Estamos sendo invadidos por <strong>um</strong> verda<strong>de</strong>iro mar<br />

<strong>de</strong> lama que traz a imoralida<strong>de</strong> para <strong>de</strong>ntro dos nossos lares, sem<br />

respeitar nem mesmo crianças e velhos. Os piores exemplos <strong>de</strong><br />

imoralida<strong>de</strong> estão sendo ensinados às nossas crianças e jovens; e, o que<br />

é pior, por artistas famosas, atraentes e bonitas. Uma <strong>de</strong>las ensina às<br />

jovens que para ser mãe, não é preciso mais ter <strong>um</strong> lar e <strong>um</strong> marido;<br />

basta arranjar <strong>um</strong> “namorado”, por alguns dias, e gerar <strong>um</strong>a criança.<br />

Mais do que <strong>um</strong> namorado, buscou-se <strong>um</strong> reprodutor, belo, rico, famoso,<br />

68


em dotado, etc.. Ora, <strong>um</strong>a criança não se faz como se fosse <strong>um</strong><br />

parafuso, <strong>um</strong>a torneira, ou <strong>um</strong> alicate. O filho precisa <strong>de</strong> <strong>um</strong> pai, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a<br />

mãe, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a família... para que amanhã não seja <strong>um</strong> <strong>de</strong>sajustado. Outra<br />

“artista”, se torna famosa porque sabe rebolar as ná<strong>de</strong>gas acintosa e<br />

vergonhosamente, expondo-as nas telas da TV e se torna famosa por<br />

causa <strong>de</strong>sta bestialida<strong>de</strong>. O seu sucesso faz as jovens que a assistem<br />

querer repetir o seu exemplo, como se o corpo da mulher fosse dado por<br />

Deus para ser objeto <strong>de</strong> cons<strong>um</strong>o, como carne nos açougues. Ainda <strong>um</strong>a<br />

outra “artista”, torna-se famosa e “exemplo” para as <strong>de</strong>mais jovens,<br />

usando <strong>um</strong>a roupa preta, s<strong>um</strong>ária, <strong>de</strong>ixando todo o corpo <strong>de</strong> fora, e<br />

explorando o sexo da maneira mais triste. Não é fácil escapar <strong>de</strong>ssa<br />

enxurrada, especialmente nós que somos jovens. Não é fácil a luta<br />

contra as misérias da carne.<br />

2. A beleza e gran<strong>de</strong>za da castida<strong>de</strong><br />

Ela é a virtu<strong>de</strong> que mais forma homens e mulheres <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

acordo com o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> Deus, e os prepara para constituir famílias<br />

sólidas, indissolúveis e férteis. O homem não é apenas <strong>um</strong> corpo; tem<br />

<strong>um</strong>a alma imortal, criada para viver para sempre na glória <strong>de</strong> Deus. Isto<br />

dá <strong>um</strong> novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos<br />

apenas com o prazer sexual passageiro, sem limites, arriscando a<br />

própria saú<strong>de</strong>, expondo a vida como bijouteria barata. Deus projetou o<br />

amor duradouro, com <strong>um</strong> só parceiro (a), para que cada <strong>um</strong><br />

amadurecesse com o outro como pessoa h<strong>um</strong>ana. Todos somos jóias<br />

raras, pérolas preciosas e o papel do cônjuge exatamente é proteger<br />

este dom, preservar sua pureza e polir o seu brilho.<br />

Conclusão:<br />

Se quisermos realmente viver o I<strong>de</strong>al da Juventu<strong>de</strong> schoenstattiana e<br />

ser <strong>um</strong>a católica praticante, é preciso <strong>de</strong> <strong>um</strong>a vez por todas ass<strong>um</strong>ir <strong>um</strong>a<br />

posição. Se eu não sou capaz para viver a pureza nessas condições,<br />

então estou sendo mentirosa quando digo, canto ou rezo que sou Lírio do<br />

Pai Tabor para o mundo.<br />

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O Lírio é para nós símbolo <strong>de</strong> nossa pureza virginal, <strong>de</strong> nossa virginda<strong>de</strong>.<br />

Assim como o lírio é <strong>um</strong>a flor sem mancha, também nós, aspiramos a<br />

pureza do corpo e da alma.<br />

E através <strong>de</strong> nosso exemplo e esforço na conservação <strong>de</strong> nossa pureza,<br />

queremos conquistar mais lírios para o Jardim da Mãe <strong>de</strong> Deus. Po<strong>de</strong>mos<br />

pensar em quantas jovens, hoje, acha <strong>um</strong>a caretice a preservação da<br />

pureza. Dizem que virginda<strong>de</strong> é algo do milênio <strong>passado</strong> e tacham muitas<br />

vezes <strong>de</strong> „quadradas‟ aquelas jovens que pensam e agem diferentes. E<br />

apesar disso, nós temos <strong>um</strong>a missão também em relação a essas jovens,<br />

pois através <strong>de</strong> nosso testemunho po<strong>de</strong>mos fazer com que mu<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

opinião e comecem a aspirar a pureza do corpo e da alma, mesmo se já<br />

tenha perdido a virginda<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem começar <strong>um</strong>a vida nova, a<br />

castida<strong>de</strong> é sua mais po<strong>de</strong>rosa arma nesta luta.<br />

Por causa dos puros que se sacrificam Deus salva todo <strong>um</strong> povo.<br />

Somente assim resgataremos a dignida<strong>de</strong> feminina.<br />

Propósito: sabemos que nossos i<strong>de</strong>ais são belos e sabemos mais ainda<br />

que para cultivar a flor da pureza precisamos nos <strong>de</strong>cidir a prontidão ao<br />

sacrifício. Então, <strong>Jufem</strong>, qual o nosso ponto prático?<br />

Oração:<br />

“Ave Maria por tua pureza, conserva<br />

puro o meu corpo e minha alma.<br />

Abre-me largamente o teu coração<br />

e o coração <strong>de</strong> teu Filho.<br />

Obtém-me <strong>um</strong> profundo conhecimento<br />

<strong>de</strong> mim mesma e a graça<br />

da perseverança e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> até a morte.<br />

Dá-me almas e tudo o mais, toma-o para ti.”<br />

Pe. José Kentenich<br />

Nota: Querida Dirigente se você <strong>de</strong>seja com seu grupo aprofundar mais<br />

nesse tema, você po<strong>de</strong> usar o livro: “Dignida<strong>de</strong> feminina à luz do i<strong>de</strong>al” ,<br />

da série Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Schoenstatt. Lá você encontrará muita<br />

informação importante.<br />

70


Anexo da 8ª reunião (para complementação, é opcional)<br />

Dirigente: encontramos essas manchetes que po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong><br />

aprofundamento ao tema. Seja criativa ao trabalhar com suas jovens.<br />

1ª Manchete:<br />

Em síntese: Vai, a seguir, apresentado o projeto <strong>de</strong> lei que reconhece<br />

direitos profissionais aos “trabalhadores da sexo”, ativos na área da<br />

prostituição. Relega a pessoa h<strong>um</strong>ana à condição <strong>de</strong> material alugado ou<br />

negociado, sendo da autorida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>putado Eduardo Valver<strong>de</strong>, que o<br />

propôs ao congresso Nacional.<br />

Eis o texto que vai sendo divulgado na internet:<br />

PROJETO DA LEI N 4244/2004<br />

(Do Sr. Eduardo Valver<strong>de</strong>)<br />

O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:<br />

Art. 1º Consi<strong>de</strong>ram-se trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> toda pessoa<br />

adulta que, com habilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> forma livre, submete o próprio corpo<br />

para o sexo com terceiros, mediante remuneração previamente<br />

ajustada, po<strong>de</strong>ndo ou não laborar em favor <strong>de</strong> outrem.<br />

Parágrafo Único. Para fins <strong>de</strong>ssa lei, equiparam-se aos trabalhadores da<br />

sexualida<strong>de</strong> aqueles que expõem o corpo, em caráter profissional, em<br />

locais ou em condições <strong>de</strong> provocar apelos eróticos, com estímulo <strong>de</strong><br />

estimular a sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiros.<br />

Art. 2º São trabalhadores da sexualida<strong>de</strong>, entre outros:<br />

1 – A prostituta e o prostituto;<br />

2 - A dançarina e o dançarino que prestem serviços nus, seminus ou em<br />

trajes s<strong>um</strong>ários em boates, dancing‟s, cabarés, casa <strong>de</strong> “strip-tease”,<br />

prostíbulos e outros estabelecimentos similares on<strong>de</strong> o apelo explícito à<br />

sexualida<strong>de</strong> é prepon<strong>de</strong>rante para chamamento <strong>de</strong> clientela;<br />

71


3 – A garçonete e o garçom ou outro profissional que presta serviço em<br />

boates, dancing‟s, cabarés, prostíbulos e outros estabelecimentos<br />

similares que tenham como ativida<strong>de</strong> secundária ou predominante o<br />

apelo à sexualida<strong>de</strong>, como forma <strong>de</strong> atrair clientela;<br />

4 – A atriz ou ator <strong>de</strong> filmes ou peças pornográficas exibidas em<br />

estabelecimentos específicos;<br />

5 – A acompanhante ou o acompanhante <strong>de</strong> serviços especiais <strong>de</strong><br />

acompanhante íntimo e pessoal <strong>de</strong> clientes;<br />

6 – Massagista <strong>de</strong> estabelecimentos que tenham como finalida<strong>de</strong><br />

principal o erotismo e o sexo;<br />

7 – Gerente <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> prostituição.<br />

Art. 3º Os trabalhadores <strong>de</strong> sexualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m prestar serviço <strong>de</strong><br />

forma subordinada em proveito <strong>de</strong> terceiros, mediante remuneração,<br />

<strong>de</strong>vendo as condições <strong>de</strong> trabalho.<br />

Art. 4º São direitos dos trabalhadores da sexualida<strong>de</strong>, entre outros:<br />

a) Po<strong>de</strong>r expor o corpo, em local público aberto, <strong>de</strong>finido pela<br />

autorida<strong>de</strong> pública competente;<br />

b) Ter acesso gratuito aos programas e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública<br />

preventiva <strong>de</strong> combate às doenças sexualmente transmissíveis;<br />

c) Ter acesso gratuito aos estabelecimentos das autorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> pública sobre medidas preventivas <strong>de</strong> evitar as doenças<br />

socialmente previsíveis;<br />

Art. 5º Para o exercício da profissão <strong>de</strong> trabalhador da sexualida<strong>de</strong> é<br />

obrigatório registro profissional expedido pela Delegacia Regional do<br />

Trabalho.<br />

1º. O registro profissional <strong>de</strong>verá ser reavaliado a cada 12<br />

meses.<br />

72


2º. Os trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> que trabalham por conta<br />

própria <strong>de</strong>verão apresentar a inscrição como segurado<br />

obrigatório junto ao INSS, no ato <strong>de</strong> requerimento do registro<br />

profissional.<br />

3º. Para a revalidação do registro profissional será obrigatória a<br />

apresentação da inscrição como assegurado do INSS e do<br />

atestado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> sexual, emitido <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.<br />

Art. 6º É vedado o labor <strong>de</strong> trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> em<br />

estabelecimentos que não tenham a autorização das autorida<strong>de</strong>s<br />

públicas em matéria da vigilância sanitária e <strong>de</strong> segurança pública.<br />

Art. 7º Os trabalhadores da sexualida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão organizar-se em<br />

cooperativas <strong>de</strong> trabalho ou em empresas, em nome coletivo, para<br />

explorar economicamente prostíbulos, casas <strong>de</strong> massagem, agências <strong>de</strong><br />

acompanhantes e cabarés, como forma <strong>de</strong> melhor aten<strong>de</strong>r os objetivos<br />

econômicos e <strong>de</strong> segurança da profissão.<br />

Art. 8º O trabalho na prostituição é consi<strong>de</strong>rado, para fins<br />

previ<strong>de</strong>nciários, trabalho sujeito às condições especiais.<br />

JUSTIFICAÇÃO<br />

As opiniões acerca da prostituição são diversas, tanto na socieda<strong>de</strong><br />

brasileira como em outros países,do mesmo modo como são variadas as<br />

concepções políticas em relação ao tema. Na Holanda por exemplo, a<br />

prostituta é legalizada e or<strong>de</strong>nada juridicamente afim <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quá-la à<br />

realida<strong>de</strong> atual e <strong>de</strong> melhor controlá-la, impondo regras para sua prática<br />

e penas aos abusos e transgressões.<br />

Ass<strong>um</strong>indo a premissa <strong>de</strong> que milhares <strong>de</strong> pessoas exercem a<br />

prostituição no <strong>Brasil</strong>, propondo este projeto com o intuito <strong>de</strong><br />

regulamentar a ativida<strong>de</strong>, estabelecer e garantir os direitos <strong>de</strong>stes<br />

trabalhadores, inclusive os previ<strong>de</strong>nciários. Fica estabelecido ainda o<br />

acesso gratuito aos programas e ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública preventiva <strong>de</strong><br />

combater às doenças sexualmente transmissíveis, bem como à<br />

informação sobre medidas preventivas para evitá-las.<br />

73


A prática da prostituição em território brasileiro passará a ter, entre<br />

outras exigências, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> registro profissional, a ser emitido<br />

pela Delegacia Regional do Trabalho e renovado anualmente. Estas e<br />

outras medidas previstas neste projeto <strong>de</strong> lei visam a dotar os órgãos<br />

competentes <strong>de</strong> melhores condições para controlar o setor e, assim,<br />

conter os abusos.<br />

Sala das Sessões em EDUARDO VALVERDE<br />

Deputado Fe<strong>de</strong>ral<br />

2ª Manchete:<br />

A polêmica do homossexualismo continua...<br />

A Igreja católica, preocupada com o crescimento das uniões entre<br />

pessoas do mesmo sexo, divulgou <strong>um</strong> doc<strong>um</strong>ento, pedindo a políticos do<br />

mundo inteiro para irem contra leis que garantam a casais homossexuais<br />

os mesmos direitos <strong>de</strong> casais heterossexuais.<br />

“O matrimônio é muito claro: entre o homem e a mulher, <strong>de</strong>stinado a<br />

perpetuação da espécie”, afirma o Arcebispo Primaz do <strong>Brasil</strong>, car<strong>de</strong>al<br />

Dom Geraldo Magela.<br />

Na Suécia, já são mais <strong>de</strong> 3 mil gays casados. Com direito a herança e<br />

<strong>de</strong>claração <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda conjunta. Só não po<strong>de</strong>m adotar <strong>um</strong><br />

filho, nem fazer inseminação artificial.<br />

A Holanda avançou ainda mais, permitindo inclusive a adoção <strong>de</strong> crianças<br />

pelo casal.<br />

Na América Latina, a iniciativa surgiu na Argentina. Em Buenos Aires, já<br />

está legalizada a união civil entre pessoas do mesmo sexo.<br />

César Cigliutti e Marcelo Suntheim celebraram a primeira união civil <strong>de</strong><br />

seu país em clima <strong>de</strong> festa. A notícia animou casais homossexuais<br />

brasileiros.<br />

74


“Já existem vários homossexuais querendo ir para a Argentina para se<br />

casar, enten<strong>de</strong>ndo que isso é possível. Mas, por lei, não é, porque por lei<br />

precisa que <strong>um</strong> dos parceiros seja argentino”, esclarece o coor<strong>de</strong>nador<br />

do Grupo Arco-Íris, Cláudio Nascimento.<br />

No <strong>Brasil</strong>, há oito anos, <strong>um</strong> projeto prevendo a equiparação <strong>de</strong> direitos<br />

entre casais homossexuais e heterossexuais, com exceção do direito à<br />

adoção <strong>de</strong> filhos, espera pela votação no Congresso Nacional.<br />

75


9º <strong>Reunião</strong>: Construtoras <strong>de</strong> História<br />

Objetivo: Mostrar que po<strong>de</strong>mos formar em nossa juventu<strong>de</strong> <strong>um</strong> reino<br />

livre e vitorioso sobre todas as situações <strong>de</strong> perigo que tratamos até<br />

agora.<br />

Dinâmica: A dirigente po<strong>de</strong> fazer tijolinhos (<strong>um</strong> para cada menina do<br />

grupo que po<strong>de</strong>m ser feitos <strong>de</strong> isopor pintado ou <strong>de</strong> caixinhas<br />

encapadas). Cada menina escreve em seu tijolo qual fundamento <strong>de</strong>seja<br />

<strong>de</strong>ixar para as gerações futuras. Depois se unem os tijolinhos: a<br />

“argamassa” que une <strong>um</strong> tijolo ao outro é a aliança <strong>de</strong> amor, é essa a<br />

união que usamos para construir o edifício da <strong>Jufem</strong>.<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento da dinâmica encontramos o material para construir<br />

o edifício.<br />

Desenvolvimento: Que edifício é esse? Como <strong>de</strong>ve ser esse edifício?<br />

(<strong>de</strong>ixar que as meninas falem)<br />

Nós somos os tijolos na construção <strong>de</strong>ssa história.<br />

Como Michelangelo ao olhar <strong>um</strong>a pedra via a obra pronta, <strong>de</strong>vemos<br />

também olhar para o futuro como <strong>um</strong>a pedra a ser lapidada, nós somos<br />

os tijolos, e a partir <strong>de</strong> nossa doação po<strong>de</strong>mos dar a forma que<br />

quisermos para a <strong>Jufem</strong>. Toda a nossa aspiração po<strong>de</strong> se tornar<br />

realida<strong>de</strong> quando ass<strong>um</strong>irmos a missão com ardor. Na busca do Novo<br />

Reino, situações <strong>de</strong> perigo sempre se precipitarão sobre nós. Como<br />

vencê-las? Na história <strong>de</strong> Schoenstatt temos a resposta, traduzidas nas<br />

palavras do fundador:<br />

“...dia por dia nos brilha o sol, todos os dias o Deus da vida nos fala; o<br />

Deus da vida e da história nos comunica sua palavra <strong>de</strong> guia: ora mais<br />

baixo, ora mais alto..., nunca, porém, tão alto que não possa ser<br />

<strong>de</strong>spercebida ou mal-entendida a sua palavra. ASSIM FOI DESDE O<br />

COMEÇO.(...)<br />

Quem conhece o mundo atual, quem enxerga <strong>um</strong> futuro obscuro e vê as<br />

situações <strong>de</strong> perigo <strong>de</strong>ve admitir que o maior enigma do universo que<br />

temos que <strong>de</strong>cifrar é o enigma incompreensível da vida atual. Se<br />

acreditamos em <strong>um</strong> Deus Vivo,<strong>um</strong> Deus Amor e olhamos para a vida<br />

atual,vemos que este Deus se manifesta <strong>de</strong> forma misteriosa e<br />

76


enigmática, <strong>de</strong> <strong>um</strong> jeito que não o compreen<strong>de</strong>mos. Quantas injustiças,<br />

imoralida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>samor vivenciamos, e ainda temos que acreditar que por<br />

<strong>de</strong>trás <strong>de</strong> tudo isso está a proteção e bonda<strong>de</strong> paternal <strong>de</strong>ste Deus.<br />

Estes problemas preocupam os homens há milhões <strong>de</strong> anos atrás, e até<br />

hoje ninguém encontrou <strong>um</strong>a resposta ou explicação, mas somente a Fé<br />

Prática na Divina Providência nos dá a resposta. E nós, se confiarmos<br />

nela, po<strong>de</strong>remos juntas trabalhar na construção das gerações futuras<br />

garantindo assim fecundas sementes.<br />

Assim surgiu Schoenstatt, assim Schoenstatt cresceu, assim ele se<br />

prepara todos os anos para novos trabalhos, para novas lutas e novas<br />

vitórias: o filho da guerra é <strong>um</strong> filho da providência e quer permanecê-lo<br />

eternamente”.<br />

Como os tijolos integrantes <strong>de</strong>sse edifício, como queremos passar pela<br />

história?<br />

Como...<br />

Uma ativista?<br />

É aquela jovem que não vê nenh<strong>um</strong>a conexão entre <strong>um</strong> acontecimento e<br />

outro, nem faz ligação dos acontecimentos com <strong>um</strong> plano <strong>de</strong> Deus. Ela vê<br />

o mundo somente aqui e agora e procura aproveitar ao máximo o que “é<br />

do momento”, sem pensar nas conseqüências que suas idéias, atitu<strong>de</strong>s e<br />

atos po<strong>de</strong>rão trazer para o futuro.<br />

Uma passivista?<br />

É aquele tipo <strong>de</strong> jovem que vive <strong>de</strong>scomprometida com a história do<br />

mundo. Sem resistência, se <strong>de</strong>ixa impulsionar por suas ondas, mas não<br />

possui nem coragem, nem força para influenciar a sua caminhada. Vive<br />

sempre conforme as circunstancias. Para elas tudo é relativo. Não<br />

conseguem ass<strong>um</strong>ir até as ultimas conseqüências <strong>um</strong>a responsabilida<strong>de</strong>.<br />

De que forma as jovens Schoenstattianas <strong>de</strong>vem passar pela história?<br />

Como Criadoras <strong>de</strong> História!<br />

77


A jovem Schoenstattiana vê a história e o tempo como <strong>um</strong>a corrente,<br />

cuja fonte se encontra no coração <strong>de</strong> Deus; cujo fluxo e refluxo, cujo<br />

leito, direção e fim são or<strong>de</strong>nados e dirigidos por Deus, segundo <strong>um</strong><br />

plano <strong>de</strong> sabedoria e amor. Para esta jovem os acontecimentos estão<br />

interligados entre si e formam <strong>um</strong> maravilhoso conjunto on<strong>de</strong> se<br />

visl<strong>um</strong>bra o atuar <strong>de</strong> Deus e <strong>de</strong>sta forma se po<strong>de</strong> dar <strong>um</strong>a resposta a<br />

ele: Eis-me aqui! Sou tua Primavera Sagrada!<br />

Para sermos assim, <strong>de</strong>vemos ser mulheres <strong>de</strong>sprendidas <strong>de</strong> nossas<br />

paixões e <strong>de</strong>sejos, entregando inteiramente na confiança em Deus e na<br />

ousadia da Aliança <strong>de</strong> Amor. É necessário que nos coloquemos como<br />

autênticas filhas confiantes no po<strong>de</strong>r da Mãe e <strong>de</strong>ixar que Ela atue em<br />

nossa educação.<br />

Precisamos compreen<strong>de</strong>r que o que fazemos hoje vai repercutir no<br />

futuro da jufem. Devemos ter a visão <strong>de</strong> <strong>um</strong> reino futuro, corporificar<br />

em nós <strong>um</strong> homem novo. De nossa doação nascerá o novo reino.<br />

Queremos ser <strong>um</strong>a antecipação <strong>de</strong>ssa nova comunida<strong>de</strong>, por isso, nos<br />

lançamos como sementes, para que as futuras gerações também se<br />

sintam chamadas a ar<strong>de</strong>rem pela missão: <strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong><br />

feminina.<br />

Devemos nos <strong>de</strong>ixar lapidar pela Mãe <strong>de</strong> Deus em prol <strong>de</strong> nosso i<strong>de</strong>al e<br />

missão.<br />

“Somos her<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong> <strong>passado</strong>, portadoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> gran<strong>de</strong><br />

presente e construtoras <strong>de</strong> <strong>um</strong> futuro grandioso”. Pe. José<br />

Kentenich<br />

Propósito: Estamos chegando ao fim <strong>de</strong> nosso livro. O cetro já foi<br />

entregue à Rainha dos Lírios, mas queremos continuar cultivando nosso<br />

belo i<strong>de</strong>al empenhando-nos pela realização <strong>de</strong> nossa missão. Cremos que<br />

assim surgirá <strong>um</strong> reino i<strong>de</strong>al, para isso, precisamos educar-nos a fim <strong>de</strong><br />

que nossa geração se torne sagrada primavera. Para que isso aconteça,<br />

qual o ponto prático?<br />

Oração Final:<br />

Querida MTA, com Júlio Steinkaul, herói da primeira geração Ver<br />

Sacr<strong>um</strong>, rezamos:<br />

78


“Somente o sacrifício dos heróis <strong>de</strong>terminou os primeiros (...) anos <strong>de</strong><br />

Schoenstatt. E como Schoenstatt po<strong>de</strong>rá crescer, nos anos vindouros,<br />

senão colocarmos (...) o mesmo espírito heróico? Queremos ser dignas<br />

dos primeiros heróis”. (23/10/1939)<br />

“On<strong>de</strong> vive <strong>um</strong> schoenstattiano há <strong>de</strong> surgir <strong>um</strong> novo Schoenstatt.”<br />

(09/11/1939)<br />

“Precisamos <strong>de</strong> heróis! Da morte surge nova vida. Devem conhecer-nos<br />

pelo sacrifício. O sacrifício é nossa luz e nosso fogo. Nós mesmos<br />

queremos ser fogo, para incendiar o mundo escuro, para que arda, por<br />

nossa Rainha. Maria é o sinal da primavera!” (17/02/1940)<br />

Schoenstatt continua precisando <strong>de</strong> heróis. Mãe, empunha o cetro, para<br />

que tornemos heroínas <strong>de</strong>ssa geração jubilar, para que tornemos Ver<br />

Sacr<strong>um</strong>. Eis-me aqui, sou tua primavera sagrada! Amém.<br />

79


<strong>Reunião</strong> anexa: “O que herdastes <strong>de</strong> vossos pais,<br />

conquistai-o para possuir<strong>de</strong>s.”<br />

Objetivo: Conhecer a história da Coroa Lirial e também da Rainha da<br />

Promessa, que estarão peregrinando juntas pelas nossas cida<strong>de</strong>s. Deve<br />

ser dada essa reunião quando a peregrina e a coroa estiver chegando na<br />

sua cida<strong>de</strong>.<br />

Desenvolvimento:<br />

Nossa querida MTA como Rainha da Promessa<br />

O congresso jubilar na Argentina teve como caráter particular<br />

conscientizar as jovens latino americanas da missão que nosso Fundador,<br />

Pe. Kentenich, presenteou a América latina através <strong>de</strong> suas visita aos<br />

nossos países nos anos <strong>de</strong> 1947 a 1952.<br />

Com suas visitas, o Fundador trouxe a presença <strong>de</strong> Maria e ela penetrou<br />

nos corações <strong>de</strong> seus filhos através da Aliança <strong>de</strong> Amor.‟‟Vim contemplar<br />

e anunciar aqui as magnificências da Mãe e Rainha <strong>de</strong> Schoenstatt !”<br />

(<strong>Brasil</strong> 1947)<br />

Sinal concreto <strong>de</strong>ste ass<strong>um</strong>ir a missão que foi a proclamação da Mãe <strong>de</strong><br />

Deus como Rainha da Promessa que nosso Fundador fez a América<br />

Latina.<br />

“Maria é a única mulher que realizou plenamente a promessa <strong>de</strong><br />

Deus”.(...)Se cada mulher é <strong>um</strong>a essência <strong>um</strong>a promessa <strong>de</strong> Deus à<br />

h<strong>um</strong>anida<strong>de</strong>,então que encarna especialmente esta promessa e a revela<br />

ao mundo e a mulher pura e autêntica.(...)(Uruguai 1947)<br />

“Coroa por Coroa” foi essa e expressão que as jovens da América Latina<br />

reunidas na Argentina, renovaram sua aliança diante da Mãe <strong>de</strong> Deus ,e<br />

com ela finalizaram a primeiro congresso da Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong><br />

Schoenstatt Latino América.<br />

Representantes <strong>de</strong> cada nação se comprometeram em levar e<br />

compartilhar todas as experiências e fazer brotar esta corrente <strong>de</strong><br />

vida nos países latinos, a fim <strong>de</strong> que realmente se c<strong>um</strong>prisse tal<br />

promessa. Para dar continuida<strong>de</strong> a essa corrente iniciada na<br />

Argentina,foi sugerido que se coroasse a Mãe <strong>de</strong> Deus como Rainha da<br />

Promessa também no <strong>Brasil</strong>.<br />

80


A Juventu<strong>de</strong> Feminina <strong>de</strong> Londrina possuía <strong>um</strong>a imagem peregrina que<br />

peregrinou pelos locais on<strong>de</strong> aconteceu o jubileu do 20 <strong>de</strong> janeiro. Ela<br />

nos acompanhou durante toda a viagem e agora também <strong>de</strong>veria viajar<br />

pelo <strong>Brasil</strong>, a partir do 6º Encontro Nacional <strong>de</strong> Dirigentes, coroada<br />

como Rainha da Promessa.<br />

No dia do encontro nacional <strong>de</strong> dirigentes em Londrina, po<strong>de</strong>mos ler:<br />

“A Peregrina tem <strong>um</strong> significado especial. Primeiro por ser <strong>um</strong>a<br />

característica nossa, já que foi o Sr. João Luiz Pozzobon que <strong>de</strong>u início<br />

a esta forma <strong>de</strong> evangelização. E segundo porque a imagem peregrina<br />

tem se mostrado <strong>um</strong>a das mais eficazes formas <strong>de</strong> apostolado.”<br />

Em 1994 viu-se que já era hora <strong>de</strong> dar vida a peregrinação a Rainha da<br />

Promessa que se tornou a imagem peregrina nacional da jufem.<br />

“Des<strong>de</strong> a América latina Pai c<strong>um</strong>priremos tua promessa!<br />

Salve Rainha! As que estão prontas a morrer por ti, te saúdam!”<br />

Coroa Lirial<br />

Neste ano <strong>de</strong> 2006, estamos comemorando o jubileu <strong>de</strong> 25 anos da<br />

coroação da nossa rainha da juventu<strong>de</strong> brasileira. E, por ser <strong>um</strong>a data<br />

tão especial, queremos coroá-la novamente. Para isso, gostaríamos <strong>de</strong><br />

contar a todas, a sua história.<br />

Tudo começou no ano <strong>de</strong> 1938, quando <strong>um</strong> grupo <strong>de</strong> irmãs <strong>de</strong> Maria, na<br />

Alemanha, coroaram pela primeira vez a imagem da Mãe, sob o título <strong>de</strong><br />

“Regina ter Admirabilis”, Rainha Três Vezes Admirável (RTA).<br />

No dia 18 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1941, no Santuário Original, as irmãs<br />

presentearam nosso Fundador, n<strong>um</strong> gesto <strong>de</strong> gratidão por seu<br />

acompanhamento e <strong>de</strong>dicação, com a coroação do quadro da Mãe que<br />

pertencia ao Pe. Kentenich, a coroa era <strong>de</strong> material simples, constituída<br />

das letras RTA.<br />

Mais tar<strong>de</strong> no ano <strong>de</strong> 1945, quando nosso Fundador regressou do Campo<br />

<strong>de</strong> Concentração <strong>de</strong> Dachau, estava muito feliz, comovido com a<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a família <strong>de</strong> Schoenstatt, mas especialmente com a<br />

juventu<strong>de</strong>, que o havia acompanhado com tanto carinho e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

durante o tempo <strong>de</strong> prisão. E, assim como fizeram as irmãs para o<br />

Fundador, ele fez com a juventu<strong>de</strong>: em sinal <strong>de</strong> gratidão, presenteou-<br />

81


nos com a coroa RTA, a mesma que ele havia recebido <strong>de</strong> presente das<br />

irmãs.<br />

Ao entregá-la ele nos disse:<br />

“Trouxe-lhes a minha coroa e as presenteio. O coração sangra ao<br />

entregá-la. Todos esses anos esta coroa esteve sobre a fronte da Mãe<br />

<strong>de</strong> Deus em cima da minha cama, também quando estive no Campo <strong>de</strong><br />

Concentração <strong>de</strong> Dachau. Uma pequena oferta também custa...” “...<br />

Sejam dignas <strong>de</strong>sta coroa até o fim <strong>de</strong> suas vidas e então a Mãe diz a<br />

vocês: vou fazer vocês participarem da minha glória.”<br />

Neste momento, dia 18 <strong>de</strong> agosto, a juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Münster ass<strong>um</strong>iu a<br />

corrente <strong>de</strong> coroação e <strong>de</strong>cidiu, com a coroa RTA, Coroar a nossa Mãe.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, as jovens <strong>de</strong> Münster reconheceram o quanto o fundador<br />

queria presentear tal coroa a toda a juventu<strong>de</strong> feminina, e, em 1956, no<br />

jubileu <strong>de</strong> 50 anos da juventu<strong>de</strong>, entregar a todo o reino da jufem.<br />

Em 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1981, no jubileu <strong>de</strong> ouro da fundação da jufem,<br />

todas as representantes coroaram novamente a MTA com essa mesma<br />

coroa RTA, e <strong>de</strong>ram a ela, o título <strong>de</strong> “Rainha da Juventu<strong>de</strong> do Mundo<br />

inteiro”.<br />

Nossa rainha teria renovada a sua coroação no ano <strong>de</strong> 2000, sua coroa<br />

RTA peregrinava pelos países, quando foi roubada. Não sabemos ao<br />

certo o porquê ficamos sem essa coroa, mas po<strong>de</strong>mos tirar <strong>um</strong>a<br />

mensagem concreta: que nós sejamos a coroa viva para a nossa rainha.<br />

Linda história, não?! Mas, qual é a relação da coroa RTA, com a coroa da<br />

Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira? É a mesma coroa?<br />

Não, a coroa não é a mesma. O que faz <strong>um</strong> paralelo entre as duas coroas<br />

é que, na ocasião dos 50 anos da jufem, foi coroada a “Rainha da<br />

Juventu<strong>de</strong> do Mundo inteiro” e a “Rainha da Juventu<strong>de</strong> <strong>Brasil</strong>eira”, com<br />

as coroas RTA e Lirial.<br />

No dia 07 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1981, a juventu<strong>de</strong> feminina estava reunida em<br />

Atibaia, e coroou a Mãe <strong>de</strong> Deus, como a Rainha da Juventu<strong>de</strong><br />

<strong>Brasil</strong>eira.<br />

A Coroa Lirial tem <strong>um</strong> simbolismo muito bonito, tem <strong>um</strong> significado todo<br />

especial. Ela é constituída <strong>de</strong> 5 elementos, que a tornam ainda mais<br />

preciosa. São eles:<br />

82


- Santuário: lar da Mãe <strong>de</strong> Deus, nosso lugar <strong>de</strong> abrigo<br />

espiritual, transformação interior e crescimento do empenho<br />

apostólico.<br />

- Olho do pai: representando a presença <strong>de</strong> Deus Pai em<br />

nossa vida, e também toda a vida e espiritualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso<br />

Fundador.<br />

- Pedra preciosa: simbolizando a primeira heroína brasileira,<br />

Regininha, heroína da Juventu<strong>de</strong> Feminina.<br />

- Cruz: vem para simbolizar o Cristo e os Congregados Heróis.<br />

- 50 lírios: representando os 50 anos <strong>de</strong> história da nossa<br />

juventu<strong>de</strong> e também a vida <strong>de</strong> cada jovem que fizeram parte<br />

da nossa história.<br />

Neste ano nossa coroa irá peregrinar pelas cida<strong>de</strong>s, assim como a coroa<br />

RTA, levando graças a todos os lugares que passar. A coroa Lirial já<br />

peregrinou à Argentina, Chile, Roma, Alemanha (Schoenstatt, Colônia).<br />

Agora é hora <strong>de</strong> ela peregrinar em nossa casa, na sua terra natal.<br />

Po<strong>de</strong>mos ver através <strong>de</strong>ssa peregrinação da coroa lirial e da Peregrina –<br />

Rainha da Promessa, nossa MTA indo ao encontro <strong>de</strong> cada jovem da<br />

<strong>Jufem</strong> para convidá-la pessoalmente para a gran<strong>de</strong> festa jubilar, que<br />

acontecerá na jornada <strong>de</strong> setembro. <strong>Jufem</strong>, você é convidada especial.<br />

<strong>Jufem</strong>, você está preparada para recebê-las?<br />

Oração:<br />

Senhor recorda na tua bonda<strong>de</strong> a todas as famílias do mundo.<br />

Especialmente os pobres que sofrem necessida<strong>de</strong>s. Que tua providência<br />

nos acompanhe nos fazendo generosos com nossos dons.<br />

Que teu Espírito Santo nos faça fiéis discípulos <strong>de</strong> teu amor e possamos<br />

permanecer sempre em ti. Amém.<br />

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