Bret Easton Ellis - Fonoteca Municipal de Lisboa
Bret Easton Ellis - Fonoteca Municipal de Lisboa
Bret Easton Ellis - Fonoteca Municipal de Lisboa
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Flash<br />
Sumário<br />
<strong>Bret</strong> <strong>Easton</strong> <strong>Ellis</strong> 6<br />
Faz o obituário da geração<br />
<strong>de</strong> 80 em “Quartos Imperiais”<br />
Salazar 12<br />
Finalmente uma biografi a<br />
Alain Cavalier 18<br />
Ressurreição <strong>de</strong> um cineasta<br />
Museus 21<br />
Fazemos muitos, e bons<br />
Miles Davis 26<br />
Há 40 anos, mudou<br />
o mundo com “Bitches Brew”<br />
Interpol 29<br />
O disco que eles sempre<br />
quiseram<br />
Ficha Técnica<br />
Directora Bárbara Reis<br />
Editor Vasco Câmara,<br />
Inês Nadais (adjunta)<br />
Conselho editorial Isabel<br />
Coutinho, Óscar Faria, Cristina<br />
Fernan<strong>de</strong>s, Vítor Belanciano<br />
Design Mark Porter, Simon<br />
Esterson, Kuchar Swara<br />
Directora <strong>de</strong> arte Sónia Matos<br />
Designers Ana Carvalho,<br />
Carla Noronha, Mariana Soares<br />
Editor <strong>de</strong> fotografi a<br />
Miguel Ma<strong>de</strong>ira<br />
E-mail: ipsilon@publico.pt<br />
Miguel Gomes em<br />
retrospectiva nos EUA<br />
“Aquele Querido Mês <strong>de</strong><br />
Agosto”, segunda longametragem<br />
<strong>de</strong> Miguel<br />
Gomes (n. 1972), esteve no<br />
Festival <strong>de</strong> Cannes<br />
(Quinzena dos<br />
Realizadores) em 2008 e<br />
ganhou vários prémios em<br />
festivais internacionais,<br />
alguns <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> ficção,<br />
outros <strong>de</strong> documentário.<br />
Agora vai estar na<br />
programação do Anthology<br />
Film Archives, <strong>de</strong> Nova<br />
Iorque, integrando uma<br />
retrospectiva do cineasta. A<br />
sua mistura <strong>de</strong> ficção e<br />
realida<strong>de</strong>, numa incursão<br />
pela Beira Interior,<br />
encantou e ao mesmo<br />
tempo intrigou em todo o<br />
mundo, e agora também<br />
O cineasta português, escreve o “New York Times”,<br />
quebra as barreiras entre a fi cção e o documentário<br />
“ao serviço <strong>de</strong> uma experiência caleidoscópica”<br />
encanta e intriga em Nova<br />
Iorque.<br />
A imprensa americana já<br />
viu e já se pronunciou sobre<br />
“Aquele Querido Mês <strong>de</strong><br />
Agosto”. Para Dennis Lim,<br />
do “New York Times”, é um<br />
filme “inclassificável: um<br />
documentário sobre a<br />
criação <strong>de</strong> uma ficção”. cção”.<br />
“Aquele Querido Mês <strong>de</strong><br />
Agosto”, continua o<br />
crítico, é “ao<br />
mesmo tempo um<br />
musical, o relato <strong>de</strong><br />
uma viagem, um<br />
melodrama<br />
familiar que<br />
aflora o incesto,<br />
um retrato<br />
etnográfico das<br />
tradições musicais s<br />
PEDRO VILELA<br />
portuguesas e um registo<br />
da caótica produção [do<br />
próprio filme]”. Mais um<br />
elogio: Miguel Gomes<br />
“quebra as barreiras entre<br />
categorias, ao serviço <strong>de</strong><br />
uma experiência expansiva<br />
e caleidoscópica”. Conclui<br />
Lim: “Ao inventarem<br />
formas impuras <strong>de</strong><br />
conciliar conteúdos<br />
impuros, este como outros<br />
filmes híbridos [<strong>de</strong><br />
realizadores como<br />
Apichatpong<br />
Weerasethakul, Jia Zhangke,<br />
Ulrich Seidl e o<br />
português Pedro Costa]<br />
revelam novas formas<br />
subtis <strong>de</strong> ver e pensar sobre<br />
o cinema”.<br />
Entretanto, num artigo<br />
da revista online “Rouge”<br />
retomado no “site” do<br />
Anthology Film Archives, o<br />
crítico Adrian Martin<br />
escreveu que “Aquele<br />
Querido Mês <strong>de</strong> Agosto” “é,<br />
na verda<strong>de</strong>, uma<br />
revelação”: “O que é<br />
brilhante é o seu estatuto<br />
escorregadio e como<br />
<strong>de</strong>sliza, sem avisar, entre<br />
um pólo (o documentário)<br />
e o outro (a ficção) (...). O<br />
filme <strong>de</strong> Miguel Gomes<br />
oferece a sua própria,<br />
notável visão <strong>de</strong> um<br />
‘cinema expandido’, um<br />
cinema <strong>de</strong> níveis múltiplos<br />
interagindo no espaço e no<br />
tempo – libertando a mente<br />
dos espectadores e<br />
<strong>de</strong>ixando fluir as suas<br />
emoções.”<br />
A retrospectiva <strong>de</strong> Miguel<br />
Gomes, que começa já no<br />
dia 4, inclui também a<br />
primeira longa-metragem<br />
do realizador, “A Cara Que<br />
Mereces” (2004), e várias<br />
cu curtas. Depois <strong>de</strong><br />
Nova Iorque, os<br />
filmes <strong>de</strong><br />
Miguel Gomes<br />
ppassarão<br />
por<br />
WWashington,<br />
CChicago,<br />
Los<br />
“Aquele Querido<br />
Mês <strong>de</strong> Agosto”<br />
Angeles e<br />
Portland, entre<br />
outras cida<strong>de</strong>s<br />
norte-<br />
aamericanas.<br />
An Ana Dias Cor<strong>de</strong>iro<br />
Jim<br />
Jarmusch ressuscita<br />
os Stooges<br />
Quem pensava que os Stooges<br />
tinham <strong>de</strong>saparecido estava<br />
enganado. E não só porque a<br />
banda punk criada em 1967 por<br />
Iggy Pop, sob o efeito inspirado<br />
<strong>de</strong> um concerto dos The Doors<br />
em Chicago, voltou a reunir-se<br />
em 2003 e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então,<br />
continuou a gravar álbuns em<br />
estúdio e ao vivo, mas também<br />
porque está em preparação um<br />
documentário <strong>de</strong> Jim Jarmusch<br />
sobre o grupo que juntou, além<br />
<strong>de</strong> Iggy Pop, nomes como Ron<br />
(guitarra) e Scott Asheton<br />
(bateria), Dave Alexan<strong>de</strong>r<br />
(baixo) e James Williamson<br />
(guitarra) e, mais recentemente,<br />
Steve MacKay (saxofone) e Mike<br />
Watt (baixo). O realizador ainda<br />
não revelou muito sobre o<br />
projecto. Numa entrevista à<br />
“Pitchfork”, disse que este é um<br />
filme para ir fazendo. “Vai<br />
<strong>de</strong>morar alguns anos. Não há<br />
pressa. Foi uma coisa que o Iggy<br />
[Pop] me pediu para fazer.”<br />
Na mesma entrevista, a<br />
propósito do convite que lhe foi<br />
feito para programar o Festival<br />
All Tomorrow’s Parties, em<br />
Nova Iorque, Jarmusch conta<br />
também que é co-autor <strong>de</strong> uma<br />
ópera “não tradicional” sobre o<br />
inventor <strong>de</strong> origem sérvia<br />
Nikola Tesla. Além disso, e a par<br />
da música que continua a fazer<br />
com os seus Sqürl, tenciona<br />
rodar um filme “da maior<br />
importância”, mas para o qual<br />
ainda não garantiu todo o<br />
financiamento. Se o tiver, e o<br />
plano é esse, começa as<br />
filmagens no início do próximo<br />
ano. E, no “plateau”, o seu<br />
sonho é juntar Tilda Swinton,<br />
Michael Fassben<strong>de</strong>r e<br />
Mia Wasikowska, a<br />
actriz que<br />
encarnou a Alice<br />
no País das<br />
Maravilhas do<br />
filme <strong>de</strong><br />
Tim<br />
Burton.<br />
Os Stooges,<br />
uma ópera e um<br />
fi lme “da maior<br />
importância”:<br />
são estes os planos<br />
<strong>de</strong> Jim Jarmusch<br />
O documentário<br />
sobre os Stooges<br />
é um pedido<br />
<strong>de</strong> Iggy Pop<br />
Ípsilon • Sexta-feira 27 Agosto 2010 • 3<br />
RAFA RIVAS / AFP