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Flash Parada de estrelas no Festival d’Automne, em Paris Elencar os nomes que vão fazer a programação da 39ª edição do Festival d’Automne, que decorre em Paris de 9 de Setembro a 31 de Dezembro, é atirar à cara de todos a ambição de um evento que há muito perdeu o carácter de festival e só pode ser visto como uma temporada, ocupando mais de 30 trinta espaços na região parisiense e dispondo de um orçamento de quatro milhões de euros. Na música, destaque este ano para o recital do pianista Frederic Rzewski, que tocará as suas “Nanosonatas”, encomenda do Festival; no cinema há retrospectivas dos cineastas Werner Schroeter e Alexandre Sokurov; e, nas exposições, destaque para o libanês Walid Raad, que há uns anos Tennessee Williams e o povo na Cinemateca Com Setembro à porta, a Cinemateca Portuguesa reabre as salas da Barata Salgueiro, e Tennessee Williams é um dos primeiros a entrar. Antecipando a estreia dia 9, no Teatro Nacional D. Maria II, de nova montagem de “Um Eléctrico Chamado Desejo”, a Cinemateca programa um ciclo dedicado ao dramaturgo e argumentista, com início já na próxima quarta-feira. Filmes a exibir (infelizmente, “Um Eléctrico...” não consta): “Bruscamente no Verão Passado”, “A Noite da Iguana”, “Algemas de Cristal”, e “Corações na Penumbra”. Também em Setembro, a Cinemateca junta-se à Fundação EDP, que organizou a exposição “POVOpeople” actualmente no Museu da Electricidade, e mostra, em 29 filmes, como o povo foi sendo representado no cinema, essa grande arte popular, de “As Vinhas da Ira”, de Ford, a “Douro, Faina Fluvial”, de Oliveira, passando pelos “Ladrões de Bicicletas”, de De Sica e “We Are the Lambeth Boys”, de Karel Reisz. A programação da “rentrée” na Cinemateca retoma ainda o ciclo anos 80 e homenageia Patricia Neal. “As Vinhas da Ira” 4 • Sexta-feira 27 Agosto 2010 • Ípsilon Nikolaï Koliada despedaça Hamlet... teve uma retrospectiva na Culturgest, e que também assina a imagem do festival. Na dança há “3Abschied”, a batalha campal entre Jérôme Bel e Anne Teresa de Keersmaeker, uma noite dedicada a Merce Cunningham (que chegou à Europa Mais e mais livros para a “rentrée” Na semana passada, o Ípsilon desenrolou a “rentrée”, mas há livros que continuam “enroladinhos” à espera da data certa para sair até ao final do ano. Na poesia, Armando Silva Carvalho publicará, na Assírio & Alvim, “Anthero, areia & água” (poemas inéditos escritos após o Grande Prémio de Poesia APE em 2008) e Adília Lopes, também na Assírio, regressa aos inéditos com “Apanhar ar”. De um dos maiores poetas italianos do século XX, Umberto Saba, a Assírio & Alvim publica “Poesia – uma antologia de Il Canzoniere”, com selecção, tradução, introdução e notas de José Manuel de Vasconcelos. Pela mão da Caminho chega também toda a poesia de Sophia de Mello Breyner reunida num só volume, organizado pela professora e ensaísta Maria pela primeira vez, no início dos anos 80, pelas mãos do Festival), e as novas peças de Mathilde Monnier, Robyn Orlin e Boris Charmatz (a mostrar porque é a bomba-relógio da dança francesa em contagem decrescente para o próximo Festival d’Avignon, onde é Sousa Tavares, filha da poeta, e o professor da Universidade do Minho Carlos Mendes de Sousa. O segundo volume dos cadernos inéditos de Maria Gabriela Llansol, “Um arco singular – Livro de horas – II volume” (Assírio & Alvim), deverá sair por altura das segundas Jornadas Llansolianas, que decorrem a 25 e 26 de Setembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Com “O casamento, fragmentos e cenas”, traduzido por Nina Guerra e Filipe Guerra, a obra de Gógol fica agora completa na Assírio. A Cotovia publicará “O dever da memória”, de Primo Levi, do autor de “Se isto é um Homem”, “Quanta, Quanta Guerra”, o único ... e Mathilde Monnier estreia “Soapopéra” artista associado). E ainda: Mette Ingvartsen (com uma das peças que vimos no Alkantara, “Giant City”) e o grande Raimund Hoghe com “Si je meurs laissez le balcon ouvert”, verso-título de homenagem ao coreógrafo Dominique Bagouet, nos 20 anos do seu desaparecimento, espectáculo que vamos ver em Fevereiro na Culturgest. O teatro abre com “Notre Terreur”, que esteve há meses também na Culturgest, e faz gala de incluir todos os nomes possíveis A Caminho vai reunir toda a poesia de Sophia num só volume ERIC DIDIM relato (apocalíptico) da guerra pela maior escritora catalã, Mercé Rodoreda, e o “caderno” mais famoso de Josep Pla, “O Caderno Cinzento”. Um dos mais importantes historiadores contemporâneos, Orlando Figes, investiga a vida privada dos milhões de soviéticos que, durante o estalinismo, se viram obrigados a sussurrar, em “Sussurros – Vidas Privadas na Rússia de Estaline” (Alêtheia). Maria Filomena Mónica continua a investigar os Açores e vai publicar “Os Cantos – A Tragédia de uma Família Açoriana”, também na Alêtheia. Na mesma editora, Vasco Graça Moura publica “O Mestre de Música”, uma novela que dá DANIEL ROCHA MARC COUDRAIS como se uma catástrofe estivesse para acontecer e fosse preciso juntá-los a todos: Patrice Chéreau, Peter Stein, Claude Régy, Luc Bondy, Peter Brook, Krystian Lupa (com “Factory 2”, peça-manifesto sobre Warhol), Toshiki Okada (com “Hot Pepper...”, igualmente apresentado no último Alkantara), o praticamente desconhecido entre nós Amir Reza Koohestani, iraniano que há uns anos esteve no Centro Cultural de Belém, os Forced Entertainment (com uma peça que gelou a audiência do último Kunsten Festival, em Maio, por parecer um passo atrás dos eternos “enfant terribles” da cena britânica), o brasileiro Enrique Diaz e ainda o argentino Rodrigo García, e os colectivos Berlin e TgStan (que em Dezembro vem ao Maria Matos com o mesmo “The Tangible”). Destaque ainda para Nikolaï Kolyada, pária russo que despedaça “Hamlet” e promete incendiar Paris. Tiago Bartolomeu Costa seguimento ao “O Pequeno- Almoço do Sargento Beauchamp”, de 2008. A Ulisseia, a chancela mais literária do grupo Babel, vai publicar primeiras traduções para português: “Tapeçaria do Sinai”, do escritor americano Edward Whittemore; “A Traição de Rita Hayworth”, de Manuel Puig, autor de “O Beijo da Mulher-Aranha”, originalmente publicado em 1968. Ainda na Ulissei, há contemporâneos por estrear em Portugal: Manuel Manzano, com “O Capitão das Sardinhas” (romance que a “Vanity Fair” definiu como uma mistura de Stieg Larsson com Roberto Bolaño); Andrey Bely (escritor russo considerado por Nabokov um dos maiores da transição do século XIX para o XX), com “Petersburgo”; e Steve Toltz, com “Uma Parte do Todo”. E muitos regressos de “autores de culto que pouco ou nada têm sido divulgados” em Portugal: Onetti, Conrad, Guimarães Rosa, Joseph Roth, Pavese, Max Aub, Stefano Benni, Henrich Böll, Bukowski... Raquel Ribeiro
12 AGO / 12 SET LISBOA NA RUA COM’OUT LISBON ENTRADA LIVRE ESTA SEMANA 27 AGO SEXTA 19H / ESPLA LL AA NNN AAA DDD A PA PP AA RQUE EDUUU AAA RDO VII OUT UU JAZZ X ACTO TT 22H H / CCC ASTEL TT LL O DE SÃO JORGE VII II II I FESTIVAL AA IN II NN TTT ERNNN ACIO CC NA NN AA L DE MÁSCA CC AA RRR AS S S E EE COMEDIA DD AA NNN TTT ES CIE II E LES TÊ TT TES DE E BOIII S FRA RR NÇA ÇÇ “ISA II BELL EE E, E TROI TT II S CA CC RA RR VE VV EE LLES ET T UN CHHH ARLATA LL N” 28 AGO SÁB SS BB ADO 19H / JARD AA DD III M DDD A ESTREL TT LL A SOLO LL S COM CONVI NN CÇÃ ÇÇ O VE VV EE LED EE DD A JOA OO NA NN VON MA MM YE YY EE R TRIND TT DD ADE 22H H / CCC ASTEL TT LL O DE SÃO JORGE VIII VV I FESTIVAL AA IN II NN TTT ERNNN ACIO CC NA NN AA L DE MÁSCA CC AA RRR AS E COMEDIA DD AA NNN TTT ES SCE CC EE NIC CC A FRA RR MME MM EE NTI TT ITÁLI TT II A “R & G LL LACRIMOSA STORI TT RI A DI ROME MM O E GIULIETTA II AA ” 22H / JARD AA DD III M PPP AIVA COUCEI EE II RO FITA FF S NA NN RUA UU EE TONY TT BRUNO LOURENÇO BUE UU EE NNN A VISTA VI SOCIA CI L CLUB WIM WE WW EE NDER EE S 29 AGO DOMINGO 19H 99 H / JARD AA DD III NS MÓVE VV EE III S / CAIS II DO SODRÉ CLÁSSSS ICOS NA NN RUA UU QUINTETO TT DEE MMM ETAIS II DA DD MM METTT ROPOLITANA NN 22H H / CCC ASTEL TT LL O DE SÃO JORGE VIII VV I FESTIVAL AA IN II NN TTT ERNNN ACIO CC NA NN AA L DE MÁSCA CC AA RRR AS E COMEDIA DD AA NNN TTT ES TEATRO TT PIC CC ARO ITÁLI TT II A “FA FF BULA LL BUFFA FF AA ” 22H / JARD AA DD III M DO TOREL FITA FF S NA NN RUA UU ORGANIZAÇÃO CC JOÃO NICOLA II LUÍS RA RR PA PP CE BEL EE LL A DEE DIA LL U ÍÍ BUÑUE UU EE L PARCEIROS PATROCINADORES PARCEIROS MEDIA APOIOS INVESFER TODA A PROGRAMAÇÃO EM WWW.EGEAC.PT silva!designers www.casadamusica.com | www.casadamusica.tv | T 220 120 220 €15 MECENAS CASA DA MÚSICA Filipa Pais, Janita Salomé e Ritinha Lobo voz Yami voz e baixo Manuel d’Oliveira guitarras Joaquim Teles (Quiné) percussões Mário Marques bateria Filipe Raposo piano e teclas Uma viagem aos sons e às cores matriciais de diferentes culturas, é o que propõe esta original homenagem ao célebre Duo Ouro Negro. Algumas vozes fundamentais da música lusófona juntam- -se neste projecto criado por Manuel d’Oliveira e David Benasulin, dando novos contornos às criações de Raúl Indipwo e Milo MacMahon. Jantar + Concerto | € 30 APOIO INSTITUCIONAL MECENAS PRINCIPAL CASA DA MÚSICA SEJA UM DOS PRIMEIROS A APRESENTAR HOJE ESTE JORNAL COMPLETO NA CASA DA MÚSICA E GANHE UM CONVITE DUPLO PARA ESTE CONCERTO. OFERTA LIMITADA AOS PRIMEIROS 10 LEITORES.
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