Simulado 4 - Uol

45. "A linha adotada por D. Pedro, que se irradia desde a dissolução da
Constituinte, desgastara o carisma da independência. As concessões e as
transações, timidamente propostas e subitamente revogadas, não afastam
o imperador de seu curso: governo para o povo e não pelo povo. A
preservação da cidadela monárquica estendia-se aos instrumentos de
poder, assentada sobre a realidade, reformada na aparência mas não na
substância, da tradição bragantina. Fora do credo realista, absolutista no
fundo e ornamentado de liberalismo, não percebia o imperador nenhum
meio de sustentar o trono. (...) D. Pedro só podia contar com a força nua,
entregue ao exército e aos mercenários recrutados na Europa. (...) A D.
Pedro, diante do país sublevado, só restava o caminho do despotismo ou
a abdicação, esta com o aceno do retorno, para cingir a coroa usurpada."
FAORO, Raimundo. Os donos do poder. Formação do patronato brasileiro. 7.a ed. Rio de
Janeiro, Editora Globo, 1987. p. 297.
O trecho citado acima refere-se:
a. às dificuldades econômicas que comprometeram o governo de D.
Pedro I.
b. à popularidade crescente de D. Pedro I, herói da independência, ao
longo do Segundo Reinado.
c. à capacidade de negociação demonstrada por D. Pedro I para
contornar crises políticas e sociais.
d. às dificuldades políticas do Primeiro Reinado para a construção e
consolidação do Estado Nacional.
e. à preocupação de D. Pedro I em governar beneficiando o povo, movido
por ideais liberais.
46. (PUCRS-02) A Revolução Farroupilha (1835-1845) no Rio Grande do Sul,
inscrita no quadro nacional de revoltas provinciais, apresenta um conjunto
complexo de condicionamentos específicos. Do ponto de vista econômico,
é correto apontar como um desses condicionamentos
a. o incentivo do governo central à economia colonial alemã e italiana,
em prejuízo da pecuária.
b. as restrições legais do governo central ao ingresso de escravos nas
charqueadas gaúchas.
c. a proibição da livre exportação de trigo e gado sul-rio-grandenses para
o Uruguai e a Argentina.
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