ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem
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Quadro 3 – Padrões qualitativos industriais do calcário calcítico.<br />
Teor Máximo (%) Teor Mínimo (%)<br />
Produto MgO SiO2 Al2O3 Fe2O3 P2O5 SO3 K2O+<br />
Na2O<br />
CaO P.F. Observações<br />
Cimento Portland 4.5 13.0 7.0 0.37 1.7 0.45 42.0 Nd Padrões muito variáveis<br />
Cimento branco 4.5 13.0 Nd 0.001 0.37 Nd 0.45 42.0 Nd<br />
Brita Si<strong>de</strong>rúrgica 2.5 6.0 2.5 0.01-1.5 1.25 0.03 50.0 43.0 Variação conforme o<br />
(Metalúrgica Fe)<br />
processo si<strong>de</strong>rúrgico<br />
Brita Si<strong>de</strong>rúrgica 1.0 2.5-5.0 3.0 2.2 Nd 0.12 50.0 43.0 Variações conforme o<br />
Ligas FeMn/FeCr<br />
processo si<strong>de</strong>rúrgico<br />
Cal calcítica 1.4 1.0-2.0 1.0 0.5 Nd Nd Nd 53.0 42.0 Padrão standard (USA)<br />
Cal calcítica<br />
1.4 1.0 0.5 0.15 Nd Nd Nd 54.0 43.0 Padrão médio para<br />
(Qualida<strong>de</strong> superior)<br />
utilizações nobres<br />
Carbureto <strong>de</strong> cálcio 1.2 1.2 1.0 0.5 0.04-0.23 0.25-0.50 Nd 54.0 43.0 Al2O3+Fe2O3S1.0%<br />
CaCO3 ppt médio (pcc) 2.4 1.3 Nd 0.05 Nd Nd Nd 50.0 Nd 99.5% < 250 mesh<br />
CaCO2 ppt sup (pcc) 2.0 1.0 Nd 0.02 Nd Nd Nd 53.0 Nd 100% < 325 mesh<br />
Cerâmica branca 1.5 2.0 Nd 0.3 Nd 0.1 Nd 53.0 42.0 ASTM (USA)<br />
Cerâmica branca 4.0 5.0 Nd 0.3 Nd Nd Nd 45.0 35.0 IASA (Recife-PE)<br />
Refino <strong>de</strong> açúcar 1.7 1.7 0. 5 Nd Nd Nd 48.0-<br />
50.0<br />
Nd Padrões muito variáveis<br />
Indústria <strong>de</strong> papel 1.5 Nd 1. 7 Nd Nd Nd 51.8 Nd USBS (USA)<br />
Vidros comuns 1.5 5.0 2.8 0.5 0. 6 Nd 51.0 40 CaO+MgO;USBS(USA)<br />
Vidros especiais 0.8 1.5-2.0 0.25 0.02 Nd Nd Nd 53.0 42.0 Sta. Marina – SP<br />
Vidros comuns 3.0 3.0-6.0 2.0 0.5 Nd Nd Nd 50.0 36.0 CIV (Recife-PE)<br />
Vidros especiais 1.0 2.2 1.7 0.02 0. 6 Nd 53.0 42.0 USBS (USA)<br />
Barrilha 1.3 3.0 1. 5 Nd Nd Nd 52.0 42.0 ALCANORTE (RN)<br />
Indústria têxtil 1.7-3.0 1.4 1. 4 Nd Nd Nd 52.0 42.0 Sob a forma <strong>de</strong> cal;<br />
Se RI < 2,5%<br />
Ração animal 1.5 Nd Nd Nd Nd Nd Nd 50.0 41.0 80% < 325 mesh<br />
Nota: Nd = dados não <strong>de</strong>terminados<br />
Fonte: SEDEC/Governo do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte<br />
Estudos realizados pela Associação<br />
Brasileira dos Produtores <strong>de</strong> Cal<br />
(ABRACAL) mostram que 24% da produção<br />
interna da cal é cativa (a empresa produz<br />
para consumo próprio), 68% é <strong>de</strong> produtores<br />
integrados (produzem cal a partir <strong>de</strong><br />
calcário <strong>de</strong> minas próprias), 3% adquirem o<br />
calcário <strong>de</strong> terceiros e 5% compram a cal<br />
para beneficiar (moer e/ou hidratar). Os<br />
principais segmentos consumidores <strong>de</strong> cal<br />
são: construção civil (46%), si<strong>de</strong>rurgia<br />
(17%), pelotização (6%), açúcar e celulose<br />
(8%). Estão apresentados no Quadro 4 os<br />
principais usos da cal.<br />
No caso do mercado <strong>de</strong> magnesita<br />
suas aplicações são quase que exclusivamente<br />
sob a forma <strong>de</strong> magnésia obtida a partir <strong>de</strong><br />
sua calcinação, on<strong>de</strong>, comercialmente, são<br />
gerados três tipos <strong>de</strong> produtos calcinados<br />
que possuem características próprias para<br />
aten<strong>de</strong>r usos específicos: magnésia calcinada<br />
cáustica, magnésia calcinada, magnésia<br />
calcinada à morte e magnésia fundida (eletrofundida).<br />
Estão apresentados, no Quadro<br />
5, os produtos e as especificações comerciais<br />
da magnesita com suas aplicações.<br />
TECNOLOGIA<br />
A tecnologia <strong>de</strong> processo para a<br />
industrialização das rochas carbonáticas<br />
inicia-se na fase <strong>de</strong> lavra, on<strong>de</strong> as técnicas<br />
utilizadas são as mais diversas, seguindose<br />
as fases <strong>de</strong> seleção, <strong>de</strong>smonte,<br />
Transporte, britagem, moagem, queima e<br />
hidratação. As primeiras instalações da indústria<br />
<strong>de</strong> cal no País, inclusive no Estado do<br />
Ceará, utilizavam fornos tipo “meda“ e “poço<br />
ou <strong>de</strong> encosta”. No fim do século XIX esses<br />
processos começaram a ser substituídos<br />
por fornos <strong>de</strong> alvenaria, encostados em<br />
barrancos e operados com características<br />
mais artesanais do que industriais, sempre<br />
tendo a lenha como combustível. Somente<br />
a partir dos anos 60 é que os fornos<br />
metálicos (horizontais e verticais) começaram<br />
a ser utilizados. A Figura 4 apresenta um<br />
fluxograma esquemático da industrialização<br />
da cal, com as etapas <strong>de</strong> operações e<br />
refinamento da tecnologia