12.05.2013 Views

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

54<br />

Figura 1 – Principais Áreas Potenciais <strong>de</strong> Rochas Carbonáticas do Estado do Ceará.<br />

Estudos realizados por Pettijohn<br />

(1957) e Bigarella (1956) subdividiram os<br />

calcários em função do conteúdo <strong>de</strong> MgO<br />

(em %) em cinco gran<strong>de</strong>s classes, como<br />

mostra o Quadro 1.<br />

Quadro 1 – Classificação das rochas carbonáticas em função do teor <strong>de</strong> MgO.<br />

DENOMINAÇÃO DOS CALCÁRIOS PETTIJOHN BIGARELLA<br />

% MgO<br />

% MgO<br />

Calcário calcítico 0,0 a 1,1 0,0 a 1,1<br />

Calcário magnesiano 1,1 a 2,1 1,1 a 4,3.<br />

Calcário dolomítico 2,1 a 10,8 4,3 a 10,5<br />

Dolomito calcítico 10,8 a 19,5 10,5 a 19,1<br />

Dolomito 19,5 a 21,7 19,1 a 22,0<br />

Fonte: Pettijohn (1957) e Bigarella (1956)<br />

Os calcários calcíticos e dolomíticos<br />

têm composição química bastante variada,<br />

nas proporções <strong>de</strong> CaCO3, MgCO3 e<br />

resíduo insolúvel, indo dos muito puros a<br />

impuros, como mostra a Tabela 1.<br />

Tabela 1 – Composição química <strong>de</strong> rochas carbonáticas do Ceará<br />

PROCEDÊNCIA CaCO3 (%) MgCO3 (%) R2O3 (%) Insolúvel em HCl (%)<br />

Chapada do Apodi 98,0 0,8 0,4 0,6<br />

Formação Frecheirinha 69,1 1,8 9,2 19,8<br />

Dolomito <strong>de</strong> Quixeramobim 74,2 19,4 0,7 5,6<br />

Fonte: Carbomil S/A e Cia Cearense <strong>de</strong> Cimento Portland.<br />

As proprieda<strong>de</strong>s físicas dos minerais<br />

carbonáticos são <strong>de</strong> difícil distinção entre si,<br />

por serem bastante semelhantes. No<br />

campo, um bom critério para diferenciar os<br />

calcários calcíticos dos dolomíticos, em<br />

nível <strong>de</strong> afloramentos, é pela reação da<br />

rocha com o ácido hidroclorídrico. Os<br />

calcários calcíticos reagem ao ácido,<br />

enquanto os dolomíticos só vão reagir se<br />

forem moídos antes da adição do ácido.<br />

A cor da rocha é uma importante<br />

proprieda<strong>de</strong> e po<strong>de</strong> ser um bom guia para<br />

avaliar a sua pureza. Entretanto, esta<br />

proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser utilizada com cautela,<br />

pois apenas pequenas porcentagens <strong>de</strong><br />

impurezas po<strong>de</strong>m produzir alterações<br />

significativas nas tonalida<strong>de</strong>s.<br />

As impurezas existentes nos<br />

calcários calcíticos ou dolomíticos adquirem<br />

importância quando estes são <strong>de</strong>stinados a<br />

certas aplicações industriais, por interferirem<br />

nas características físicas e químicas dos<br />

produtos fabricados. Estas rochas po<strong>de</strong>m<br />

ter colorações variadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> branca até<br />

preta, po<strong>de</strong>ndo apresentar tonalida<strong>de</strong>s<br />

cinza, ver<strong>de</strong>, amarela e azulada.<br />

RESERVAS<br />

As reservas brasileiras <strong>de</strong> rochas<br />

carbonáticas, calcíticas e dolomíticas, disponíveis,<br />

ocorrem nos estados <strong>de</strong> Minas Gerais, Mato<br />

Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro além do litoral da região nor<strong>de</strong>ste,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!