ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem
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on<strong>de</strong> merecem <strong>de</strong>staque os estados da<br />
Bahia, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte e Ceará.<br />
As jazidas cearenses mais significativas<br />
estão localizadas, principalmente, nos<br />
municípios <strong>de</strong> Quixeré, Limoeiro do Norte,<br />
Re<strong>de</strong>nção, Acarape, Sobral, Coreaú,<br />
Frecheirinha, Canindé, Farias Brito, Itataia,<br />
Boa Viagem, Iguatu, Jucás, Icó, Barbalha,<br />
Nova Olinda e Santana do Cariri, <strong>de</strong>ntre<br />
outros.<br />
Os principais <strong>de</strong>pósitos/jazimentos<br />
ocorrem tanto em bacias sedimentares<br />
mesozóicas como em terrenos <strong>de</strong> rochas<br />
metamórficas (segmentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>rivação<br />
sedimentar), tais como:<br />
Os calcários da Bacia Potiguar (extremo<br />
nor<strong>de</strong>ste do Ceará), relacionados à<br />
Formação Jandaíra <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> cretácica e<br />
com afloramentos nos municípios <strong>de</strong><br />
Aracati (lagoa do Gurgel), Jaguaruana<br />
(Lajeiro e Fazenda Tocas), Quixeré<br />
(Lajedo do Mel), Limoeiro do Norte (km<br />
60 da BR-404, Sucupira e Fazenda<br />
Santa Berna<strong>de</strong>te). Na região, os calcários<br />
apresentam-se em camadas praticamente<br />
horizontais contínuas com mergulho<br />
suave <strong>de</strong> 23º para oeste, coloração<br />
variando <strong>de</strong> branca à amarelada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo<br />
da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> argila no<br />
calcário, granulometria fina a média, com<br />
grãos <strong>de</strong> calcita recristalizada, e conteúdo<br />
<strong>de</strong> fósseis <strong>de</strong> lamelibrânquios,<br />
gastrópo<strong>de</strong>s e eqüinói<strong>de</strong>s. Atualmente, além<br />
das microempresas que lavram esses<br />
calcários e produzem a cal e a pedra <strong>de</strong><br />
revestimento <strong>de</strong>staca-se a Carbomil Química<br />
S/A (Figura 2A), que produz matériasprimas<br />
para as indústrias <strong>de</strong> tintas,<br />
corretivos agrícolas e cargas industriais<br />
bem como a Mont Granito S/A, que explora<br />
o calcário como rocha ornamental e <strong>de</strong><br />
revestimento.<br />
Os calcários da Bacia do Araripe (sul do<br />
Ceará), materializados na Formação<br />
Santana, <strong>de</strong> cronologia cretácea, têm<br />
ocorrências exibindo intercalações <strong>de</strong><br />
folhelhos, siltitos, margas e calcarenitos.<br />
Enquanto isto, a fácie argilo-sílticaevaporítica<br />
é composto <strong>de</strong> siltitos, folhelhos<br />
com concreções calcárias, com ou sem<br />
fósseis, margas e gipsitas. No município<br />
<strong>de</strong> Barbalha são conhecidos vários<br />
<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> calcários utilizados na<br />
fabricação <strong>de</strong> cimento Portland pela<br />
IBACIP – Indústria Barbalhense <strong>de</strong> Cimento<br />
Portland, do Grupo João Santos.<br />
A rocha explotada ocorre em camadas<br />
<strong>de</strong> espessuras variáveis, intercaladas por<br />
sedimentos argilosos e calcíferos, coloração<br />
cinza-clara e creme, sendo consistente<br />
e laminada. Já nos municípios<br />
<strong>de</strong> Nova Olinda e Santana do Cariri, os<br />
jazimentos carbonático são realçados<br />
por um relevo cárstico, formado por<br />
zonas escarpadas e pequenos vales.<br />
Nessa região, o calcário ocorre em<br />
pacotes espessos, com coloração creme,<br />
finamente laminado, granulação fina e<br />
fossilífero. Apresentam-se em camadas<br />
subhorizontais, com mergulhos <strong>de</strong> valores<br />
baixos no sentido norte e mostrando<br />
continuida<strong>de</strong> lateral em cotas que oscilam<br />
entre 510 a 560 metros. São<br />
cortados por um pequeno vale que forma<br />
a bacia hidrográfica do rio Cariús na área<br />
do jazimento. A rocha é lavrada, por<br />
microempresas, na forma <strong>de</strong> lajes <strong>de</strong><br />
calcário para a produção <strong>de</strong> ladrilhos <strong>de</strong><br />
nome comercial Pedra Cariri, usados<br />
como revestimentos <strong>de</strong> pisos e pare<strong>de</strong>s,<br />
bancadas, mesas e artesanato mineral.<br />
Atualmente, os rejeitos da lavra do<br />
calcário da Pedra Cariri são usados pela<br />
IBACIP para fabricação <strong>de</strong> cimento<br />
(Figura 2B)<br />
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