texto completo - Projeto Aves Marinhas
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Ecologia Trófica de Macroinvertebrados e Peixes Demersais na Armação do Itapocoroy, Penha, SC. (LUNARDON-BRANCO, 2000)<br />
1,3296, respectivamente. Entretanto os recursos foram utilizados de maneira<br />
uniforme, o que pode ser constatado pelos valores de equitabilidade dessas<br />
estações (Tab. XXXV). Embora com os valores de maior diversidade que os<br />
do outono, a estação de inverno apresentou a menor equitabilidade (66,53%).<br />
Isso pode ser atribuído as baixas frequências de ocorrências das categorias<br />
Polychaeta e Mollusca (Fig. 35a, b).<br />
SOARES (1992) analisou a dieta de jovens desta espécie, no inverno,<br />
em Ubatuba (SP) e constatou que Acetes americanus foi o principal<br />
componente da alimentação; outros Crustacea como Gammaridae e Cumacea<br />
também fizeram parte da dieta, entretanto, não foram tão significativos. Na<br />
Armação do Itapocoroy, Peracarida foi o principal grupo explorado, sendo que<br />
Acetes americanus representou importância secundária.<br />
Como já registrado para outras espécies, também para I. parvipinnis o<br />
espectro alimentar é muito semelhante àqueles encontrados no litoral sudeste<br />
(MENEZES & FIGUEIREDO, 1980), ocorrendo apenas uma inversão na<br />
importância dos itens consumidos, que pode estar relacionado à<br />
disponibilidade das presas no ambiente.<br />
De acordo com SOARES (1992) as características morfológicas de I.<br />
parvipinnis, sugerem que a captura de Peracarida e de outros Crustacea<br />
ocorra durante o deslocamento da espécie na coluna d’água; segundo essa<br />
autora, a espécie apresenta atividade alimentar diurna e noturna, sendo a<br />
maior diversificação na captura de presas no período noturno.<br />
Na Armação no Itapocoroy, as coletas foram realizadas no período<br />
diurno. Observou-se ampla diversidade de presas no seu espectro alimentar,<br />
semelhante ao obtido por SOARES (1992).<br />
Paralonchurus brasiliensis (Steindachner, 1875)<br />
A espécie de peixe Paralonchurus brasiliensis pertence a família<br />
Sciaenidae. Habita águas costeiras sob fundo de areia e/ou lama em<br />
profundidades inferiores a 100 m. Distribui-se do Panamá à Argentina,<br />
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