Catecismo da Igreja Católica - CIRCAPE
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O direito ao exercício <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de é próprio de ca<strong>da</strong> homem enquanto é inseparável <strong>da</strong><br />
1738<br />
1747<br />
sua digni<strong>da</strong>de de pessoa humana. Portanto, tal direito deve ser sempre respeitado,<br />
principalmente em matéria moral e religiosa, e deve ser reconhecido civilmente, e<br />
tutelado nos termos do bem comum e <strong>da</strong> justa ordem pública.<br />
366. Qual é o lugar <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de humana na ordem <strong>da</strong> salvação?<br />
1739-1742<br />
1748<br />
O primeiro pecado enfraqueceu a liber<strong>da</strong>de humana. Os pecados sucessivos vieram<br />
acentuar esta debili<strong>da</strong>de. Mas «foi para a liber<strong>da</strong>de que Cristo nos libertou» (Gal 5,1).<br />
Com a sua graça, o Espírito Santo conduz-nos para a liber<strong>da</strong>de espiritual, para fazer de<br />
nós colaboradores livres <strong>da</strong> sua obra na <strong>Igreja</strong> e no mundo.<br />
367. Quais são as fontes <strong>da</strong> morali<strong>da</strong>de dos actos humanos?<br />
1749-1754<br />
1757-1758<br />
A morali<strong>da</strong>de dos actos humanos depende de três fontes: do objecto escolhido, ou seja,<br />
dum bem ver<strong>da</strong>deiro ou aparente; <strong>da</strong> intenção do sujeito que age, isto é, do fim que ele<br />
tem em vista ao fazer a acção; <strong>da</strong>s circunstâncias <strong>da</strong> acção, onde se incluem as suas<br />
consequências.<br />
368. Quando é que o acto é moralmente bom?<br />
1755-1756<br />
1759-1760<br />
O acto é moralmente bom quando supõe, ao mesmo tempo, a bon<strong>da</strong>de do objecto, do<br />
[N63]fim em vista e <strong>da</strong>s circunstâncias. O objecto escolhido pode, por si só, viciar to<strong>da</strong><br />
a acção, mesmo se a sua intenção for boa. Não é lícito fazer o mal para que dele derive<br />
um bem. Um fim mau pode corromper a acção, mesmo que, em si, o seu objecto seja<br />
bom. Pelo contrário, um fim bom não torna bom um comportamento que for mau pelo<br />
seu objecto, uma vez que o fim não justifica os meios. As circunstâncias podem atenuar<br />
ou aumentar a responsabili<strong>da</strong>de de quem age, mas não podem modificar a quali<strong>da</strong>de<br />
moral dos próprios actos, não tornam nunca boa uma acção que, em si, é má.<br />
369. Há actos que são sempre ilícitos?<br />
1756<br />
1761<br />
Há actos, cuja escolha é sempre ilícita, por causa do seu objecto (por exemplo, a<br />
blasfémia, o homicídio, o adultério). A sua escolha comporta uma desordem <strong>da</strong> vontade,<br />
isto é, um mal moral, que não pode ser justificado com os bens que eventualmente <strong>da</strong>í<br />
pudessem derivar.