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Eliane Aparecida Justino - Universidade Federal de Uberlândia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA<br />

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Engenharia Civil<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

ESTUDO DO CONTROLE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL COM<br />

O USO DE RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO NA BACIA DO<br />

CÓRREGO LAGOINHA, MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA-MG<br />

Dissertação apresentada à Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia<br />

Civil da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, como<br />

parte dos requisitos para a obtenção do título <strong>de</strong><br />

Mestre em Engenharia Civil.<br />

Área <strong>de</strong> Concentração: Engenharia Urbana.<br />

Orientador: Profª. Dra. Ana Luiza Ferreira Campos Maragno<br />

Co-orientador: Profº. Dr. Laerte Bernar<strong>de</strong>s Arruda<br />

UBERLÂNDIA, 13 DE AGOSTO DE 2004


FICHA CATALOGRÁFICA:<br />

S728e <strong>Justino</strong>, <strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong>, 2004 -<br />

Estudo do controle do escoamento superficial com o uso <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

na bacia do Córrego Lagoinha, município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> -MG, 2004.<br />

185p. :il.<br />

Orientador: Ana Luiza Ferreira Campos Maragno.<br />

Co-Orientador: Laerte Bernar<strong>de</strong>s Arruda.<br />

Dissertação (Mestrado) - <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>,<br />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Engenharia Civil.<br />

Inclui bibliografia.<br />

1. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado – Teses. 2. Redação e mo<strong>de</strong>lo – Teses. I. <strong>Justino</strong>, <strong>Eliane</strong><br />

<strong>Aparecida</strong>. II. <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>. Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />

Engenharia Civil. II. Estudo do controle do escoamento superficial com o uso <strong>de</strong><br />

reservatório <strong>de</strong> retenção na Bacia do Córrego Lagoinha, município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>-<br />

MG.<br />

CDU: 624.011.2 (043.4)


DEDICATÓRIA<br />

Aos meus amados pais pelo amor,<br />

vida e educação; e acima <strong>de</strong> tudo a<br />

Deus.


AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço primeiramente a Deus, pois ele é a base da minha vida.<br />

Agra<strong>de</strong>ço aos meus pais, pela vida, amor, educação, e por po<strong>de</strong>r contar com eles sempre<br />

que preciso.<br />

Agra<strong>de</strong>ço os meus irmãos, Luciana, Cristiane e Juninho, e também a minha sobrinha<br />

Bruna, pela recarga <strong>de</strong> energia que eles me oferecem sempre que volto pra casa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

longos períodos longe da família.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao Professor Laerte Bernar<strong>de</strong>s pela paciência que teve lendo e corrigindo o meu<br />

trabalho, e pelo aconselhamento que viabilizaram a execução <strong>de</strong>ste.<br />

A minha orientadora Professora Ana Luiza pelo gran<strong>de</strong> auxílio.<br />

Agra<strong>de</strong>ço as minhas amigas Cristiane, Meire, Renata e Tatianna pela gran<strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>, que<br />

mesmo distantes estão sempre me incentivando e torcendo por mim.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao meu namorado Clayton que está sempre ao meu lado, mesmo quando não<br />

posso lhe dar a atenção merecida. Agra<strong>de</strong>ço-lhe pelo carinho, companheirismo e<br />

<strong>de</strong>dicação.<br />

Agra<strong>de</strong>ço as minhas amigas, Aline, Ludmylla, Maria <strong>Aparecida</strong> e Thaís, por ter sido a<br />

minha família durante esse período <strong>de</strong> trabalho.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao funcionário Wan<strong>de</strong>rlei, pelo auxílio dado no trabalho <strong>de</strong> levantamentos <strong>de</strong><br />

campo, etapa fundamental do meu trabalho.<br />

Agra<strong>de</strong>ço à secretária Sueli por po<strong>de</strong>r contar com ela sempre que precisei.


Agra<strong>de</strong>ço às funcionárias da Biblioteca do Campus Santa Mônica Val<strong>de</strong>nice e Ana Paula<br />

pelo auxílio inestimável no levantamento da minha revisão bibliográfica.<br />

A todos os colegas e amigos <strong>de</strong> Pós-Graduação, principalmente aos amigos Eduardo,<br />

An<strong>de</strong>rson, Wemerton, Daniela, Kleber, Caroline, Ricardo, Antônio Henrique.<br />

A todos da Estação Climatológica da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, pelos dados<br />

cedidos, em especial ao coor<strong>de</strong>nador Washington.<br />

A Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> pela disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados necessários ao meu<br />

trabalho, em especial a Secretarias <strong>de</strong> Planejamento Urbano e Secretaria <strong>de</strong> Obras.<br />

Agra<strong>de</strong>ço a CAPES pelo suporte financeiro que permitiu a minha estadia em <strong>Uberlândia</strong>.<br />

A todos aqui expresso a minha mais profunda gratidão.


<strong>Justino</strong>, E.A. Estudo do controle do escoamento superficial com o uso <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong><br />

retenção na bacia do Córrego Lagoinha, município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>-MG. Dissertação <strong>de</strong><br />

Mestrado, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Civil, <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, 2004.<br />

183p.<br />

RESUMO<br />

O aumento da freqüência <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> enchentes nas cida<strong>de</strong>s brasileiras nos últimos<br />

anos motivou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho, no qual é avaliada a eficiência <strong>de</strong> um<br />

reservatório <strong>de</strong> retenção, para controlar o aumento do escoamento superficial, efeito direto<br />

do crescimento <strong>de</strong>scontrolado da malha urbana. Para simular os avanços da urbanização foi<br />

escolhida uma bacia hidrográfica na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, sobre a qual foram construídos<br />

e analisados quatro cenários <strong>de</strong> ocupação distintos: pré-urbanização, atual, futuro I e futuro<br />

II. O reservatório <strong>de</strong> retenção adotado é do tipo centralizado e foi implantado na área<br />

central da bacia do Córrego Lagoinha. Para dimensionamento da estrutura <strong>de</strong> controle, foi<br />

consi<strong>de</strong>rado como referência o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização. Os resultados obtidos na<br />

simulação mostraram que para um aumento <strong>de</strong> 54% <strong>de</strong> área impermeável, a vazão <strong>de</strong> pico<br />

po<strong>de</strong> sofrer um aumento <strong>de</strong> 59,40% sobre a vazão <strong>de</strong> pico do cenário <strong>de</strong> pré-urbanização.<br />

O que torna necessário o uso <strong>de</strong> medidas alternativas para o controle das cheias, uma vez<br />

que, os sistemas <strong>de</strong> drenagem da bacia não comportam tal acréscimo. A estrutura <strong>de</strong><br />

controle utilizada se mostrou eficiente na redução do pico dos hidrogramas <strong>de</strong> cheia para a<br />

bacia, em até 45,13%, e também permitiu um retardo <strong>de</strong> 30 minutos no tempo <strong>de</strong> pico da<br />

vazão.<br />

Palavras chaves: reservatório <strong>de</strong> retenção, controle <strong>de</strong> escoamento superficial, drenagem<br />

urbana, atenuação <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> pico, controle centralizado.


<strong>Justino</strong>, E.A. Study of runoff control with the use of retetion reservoir in the Córrego<br />

Lagoinha watershed, <strong>Uberlândia</strong>-MG city. Msc Dissertation, College of Civil<br />

Engineering, <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> University of <strong>Uberlândia</strong>, 2004. 183p.<br />

ABSTRACT<br />

The increase of the frequency of inundations occurrence in the brazilian cities in the last<br />

years motivated the <strong>de</strong>velopment of this work, in which the efficiency of a retention<br />

reservoir is evaluated, to control the runoff increase, direct effect of the uncontrolled<br />

growth of the urban mesh. To simulate urbanization a watershed was chosen in <strong>Uberlândia</strong><br />

city, then four different occupation sceneries were analyzed: pre-urbanization, current,<br />

future I and future II. The retention reservoir adopted is of the centralized type and it was<br />

implanted in the central area of the Córrego Lagoinha watershed. The pre-urbanization<br />

scenery was the reference to dimensioning the control structure. The sceneries simulation<br />

showed that for an increase of 54% in the in<strong>de</strong>x of impermeable area, the peak discharge<br />

can suffer an increase of 59,40% on the peak discharge of the pre-urbanization scenery. In<br />

the face of those increments, the net pluvial drainage installed showed insufficient to drain<br />

the new coming discharge, affirming the need to use alternative measures for the flood<br />

control. The control structure adopted in this case showed a reliable reduction of the<br />

hydrograph peak to the watershed, in up to 45,13%, and it also allowed a retard of 30<br />

minutes in the discharge peak time.<br />

Keywords: retention reservoir, runoff control, urban drainage, reduction of discharge peak,<br />

centralized control.


SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS<br />

SÍMBOLOS<br />

A – área <strong>de</strong> seção <strong>de</strong> escoamento<br />

C – coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

h – horas<br />

hc – altura crítica<br />

i – intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva<br />

I – vazão <strong>de</strong> entrada no reservatório<br />

I – <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do álveo e da bacia<br />

I% – porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização<br />

P – altura pluviométrica<br />

P – perímetro hidráulico<br />

Q – vazão <strong>de</strong> saída do reservatório<br />

Qa – vazão antes da urbanização<br />

Qd – vazão <strong>de</strong>pois da urbanização<br />

QH – vazão hidráulica


Qin – vazão <strong>de</strong> entrada<br />

Qp – vazão <strong>de</strong> pico do hidrograma <strong>de</strong> cheia<br />

Qpu – vazão <strong>de</strong> pico do hidrograma unitário sintético<br />

Qout – vazão <strong>de</strong> saída<br />

RH – raio hidráulico<br />

s – segundo<br />

S – volume do reservatório<br />

t – tempo<br />

tc – tempo <strong>de</strong> concentração<br />

td – tempo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong>pois da urbanização<br />

tp – tempo <strong>de</strong> retardamento<br />

ts – tempo <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

Va – volume antes da urbanização<br />

Vd – volume <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong>pois da urbanização<br />

Vesd – volume <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

Vs – volume do reservatório<br />

ΔQ – atenuação da vazão <strong>de</strong> pico<br />

Δt – variação do tempo<br />

ABREVIATURAS<br />

c/ - com


cen. - cenário<br />

Dimen – dimensão<br />

D/R – <strong>de</strong>tenção/ retenção<br />

h - horas<br />

ha - hectares<br />

hab – habitantes<br />

jus. - jusante<br />

min. – minutos<br />

mont. - montante<br />

nº - número<br />

pré – pré-urbanização<br />

s/ - sem<br />

SIGLAS<br />

ABRH – Associação Brasileira <strong>de</strong> Recursos Hídricos<br />

CETESB- Companhia <strong>de</strong> Tecnologia <strong>de</strong> Saneamento Ambiental<br />

CN – número <strong>de</strong> curvas<br />

DAEE – Departamento <strong>de</strong> Água e Energia Elétrica<br />

NRCS – Natural Resources Conservation Service<br />

PDU – Plano Diretor <strong>de</strong> Urbanização<br />

PDDU – Plano Diretor <strong>de</strong> Drenagem Urbana


SCS – Soil Conservation Service<br />

SDU – Sistema <strong>de</strong> drenagem urbana<br />

TR-55 – Technical Realease 55<br />

UTR – Unida<strong>de</strong>s Territoriais Resi<strong>de</strong>nciais


SUMÁRIO<br />

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO............................................................................................1<br />

1.1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................................1<br />

1.2. OBJETIVO ..................................................................................................................2<br />

1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................3<br />

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................5<br />

2.1. IMPACTO HIDROLÓGICO DA URBANIZAÇÃO ..................................................5<br />

2.1.1. CRESCIMENTO POPULACIONAL E A URBANIZAÇÃO .............................5<br />

2.1.2. IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NO ESCOAMENTO SUPERFICIAL..........6<br />

2.1.3. MÉTODOS PARA QUANTIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO EM ÁREAS<br />

URBANAS ...................................................................................................................10<br />

2.2. O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – SDU....................................................18<br />

2.3. PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA............................21<br />

2.3.1. AÇÕES POLÍTICAS ..........................................................................................23<br />

2.3.2. PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA - PDDU...............................26<br />

2.4. CONTROLE DE ENCHENTES ................................................................................28<br />

2.5. SISTEMA DE DETENÇÃO/RETENÇÃO................................................................37<br />

2.5.1. CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DOS RESERVATÓRIOS.......................39<br />

2.5.2. LOCALIZAÇÃO ................................................................................................40<br />

2.5.3. DETERMINAÇÃO DO VOLUME...................................................................42<br />

2.5.4. ELEMENTOS HIDRÁULICOS DE SAÍDA.....................................................47<br />

CAPÍTULO 3 – DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO ....................................................50<br />

3.1. ESTRUTURA DO ESTUDO .....................................................................................50


3.2. CARACTERÍSTICAS DA BACIA CONTRIBUINTE.............................................52<br />

3.2.1. ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS ..............................................53<br />

3.2.1.1. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS .....................................................53<br />

3.2.1.2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA BACIA CONTRIBUINTE............55<br />

3.2.1.3. COBERTURA DA BACIA CONTRIBUINTE E USO DA TERRA ...............55<br />

3.2.1.4. CLIMA .........................................................................................................56<br />

3.2.2. PARÂMETROS HIDROLÓGICOS DA BACIA..............................................57<br />

3.2.2.1. COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL.................................57<br />

3.2.2.2. PERÍODO DE RETORNO...........................................................................61<br />

3.2.2.3. INTENSIDADE DE CHUVA .......................................................................62<br />

3.2.2.4. NÚMERO DE CURVA DE RUNOFF CN DO SCS.....................................66<br />

3.2.2.5. TEMPO DE CONCENTRAÇÃO..................................................................70<br />

CAPÍTULO 4 – ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS E IMPLANTAÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO ................................................................................................................87<br />

4.1. DESCRIÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE IMPANTAÇÃO .........................87<br />

4.1.1. DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO...................................................................88<br />

4.1.2. CAPACIDADE DE INTERFERIR NO AMORTECIMENTO .........................88<br />

4.1.3. TRANSPORTE DE POLUENTES ....................................................................89<br />

4.1.4. POSSÍVEIS LOCAlizações DO rESERVATÓRIO ...........................................89<br />

4.2. ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS...........................................................................90<br />

4.2.1. CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO .............................................................90<br />

4.2.2. CENÁRIO ATUAL ............................................................................................90<br />

4.2.3. CENÁRIO FUTURO..........................................................................................92<br />

CAPÍTULO 5 – DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO<br />

RESERVATÓRIO ..............................................................................................................102<br />

5.1. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DE ENTRADA E PROPAGAÇÃO NO<br />

RESERVATÓRIO ..........................................................................................................102<br />

5.1.1. HIDROGRAMAS DE eNTRADA DO RESERVATÓRIO.............................102<br />

5.1.1.1. Hidrograma para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização ......................................103<br />

5.1.1.2. Hidrograma para o cenário atual .............................................................105<br />

5.1.1.3. Hidrogramas para os cenários futuros......................................................106<br />

5.1.2. PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO .........................................................109


5.1.2.1. Propagação no reservatório para o cenário atual....................................109<br />

5.1.2.2. Propagação no reservatório para o cenário futuro I................................117<br />

5.1.2.3. Propagação no reservatório para o cenário futuro II...............................117<br />

5.2. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO..............................................................................118<br />

5.3. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DA BACIA COM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO ..........................................................................................................120<br />

5.4. ESTIMATIVA DE CUSTO DA OBRA DE CONTROLE ......................................124<br />

CAPÍTULO 6 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................125<br />

6.1. EFEITO DA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE CONTROLE SOBRE O<br />

ESCOAMENTO .............................................................................................................127<br />

CAPÍTULO 7 – CONCLUSÕES E SUGESTÕES ............................................................131<br />

7.1. CONCLUSÕES .......................................................................................................131<br />

7.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS....................................................132<br />

CAPÍTULO 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................133<br />

APÊNDICE A – CÁLCULO DO TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ................................140<br />

APÊNDICE B – DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS E PROPAGAÇÃO NO<br />

RESERVATÓRIO ..............................................................................................................153<br />

APÊNDICE C – PARÂMETROS HIDROLÓGICOS DA BACIA...................................173<br />

APÊNDICE D - FIGURAS ................................................................................................184


CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 1<br />

1.1. APRESENTAÇÃO<br />

CAPÍTULO 1<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, localizada no Triângulo Mineiro, no Estado <strong>de</strong> Minas Gerais,<br />

encontra-se hoje em processo acelerado <strong>de</strong> urbanização, cujo controle ainda tem-se<br />

mostrado ineficaz, o que afeta gran<strong>de</strong>mente o processo <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> água pluvial. A<br />

falta <strong>de</strong> um planejamento a<strong>de</strong>quado do uso e ocupação do solo pela malha urbana faz com<br />

que se tornem preocupantes os problemas relacionados com o escoamento superficial das<br />

águas <strong>de</strong> chuva, pois estes vêm provocando <strong>de</strong>gradação ambiental, prejuízos sociais e<br />

econômicos, afetando conseqüentemente, a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das comunida<strong>de</strong>s do<br />

município.<br />

Para que a urbanização se processe <strong>de</strong> forma sustentável, o planejamento se faz<br />

imprescindível, pois, uma vez conhecida as características da área, é possível prever os<br />

impactos e, com isso, promover uma ocupação mais or<strong>de</strong>nada e menos danosa.<br />

O planejamento da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem em conjunto com o planejamento urbano é o<br />

primeiro passo para a adoção <strong>de</strong> soluções que realmente possam minimizar os problemas<br />

relativos às enchentes urbanas. É necessário planejar o uso do solo e projetar o sistema<br />

viário urbano, <strong>de</strong> forma coerente com a drenagem urbana. Entre as soluções que po<strong>de</strong>m ser<br />

adotadas está a implantação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> retenção que substituam a retenção natural das<br />

águas pluviais. Existem ainda sistemas <strong>de</strong> retenção que <strong>de</strong>têm o escoamento por tempo


CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 2<br />

suficiente para que parte dos poluentes carreados pelas águas pluviais seja sedimentada no<br />

fundo do reservatório; sistemas <strong>de</strong> infiltração que infiltram no solo parte do escoamento; e<br />

canais <strong>de</strong> drenagem abertos com cobertura em grama, que oferecem maior resistência ao<br />

escoamento.<br />

Este trabalho traz como proposta o uso <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> retenção na bacia do Córrego<br />

Lagoinha, situada no Município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, para promover o controle do escoamento<br />

superficial, pois este tipo <strong>de</strong> dispositivo permite a retenção temporária da vazão exce<strong>de</strong>nte,<br />

provocada pelo aumento da porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização do solo <strong>de</strong>vido ao<br />

crescimento da urbanização, além <strong>de</strong> proporcionar o escoamento gradativo após o evento<br />

chuvoso, o que evita o problema <strong>de</strong> transferência das cheias para os locais a jusante do<br />

local <strong>de</strong> implantação do reservatório.<br />

1.2. OBJETIVO<br />

Estudar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> controle centralizado, reservatório<br />

<strong>de</strong> retenção, na bacia do Córrego Lagoinha, analisando a influência <strong>de</strong>ste instrumento <strong>de</strong><br />

controle hidráulico na amenização do aumento <strong>de</strong> escoamento superficial.<br />

O reservatório proposto terá como finalida<strong>de</strong> principal reter temporariamente o volume<br />

exce<strong>de</strong>nte do escoamento superficial, permitindo que este seja transmitido <strong>de</strong> forma<br />

gradativa as áreas <strong>de</strong> jusante, após o evento da precipitação.<br />

Com este trabalho espera-se verificar a relação entre os valores dos índices urbanísticos e a<br />

geração do escoamento superficial para algumas situações <strong>de</strong> ocupação urbana.<br />

O resultados <strong>de</strong>ste trabalho em conjunto com outros já <strong>de</strong>senvolvidos e em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, oferecerão bases para o Plano Diretor <strong>de</strong> Drenagem Urbana da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Uberlândia</strong>-MG, permitindo um maior controle da ocorrência <strong>de</strong> enchentes.


CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 3<br />

1.3. JUSTIFICATIVA<br />

Nas últimas décadas o Brasil apresentou um crescimento expressivo, surgindo assim as<br />

chamadas regiões metropolitanas. O crescimento urbano acelerado ocorreu após a década<br />

<strong>de</strong> 60, <strong>de</strong>senvolvendo uma população urbana praticamente sem infraestrutura,<br />

conseqüência da redução <strong>de</strong> investimento neste setor, ocorrido principalmente na década<br />

<strong>de</strong> 80. Os efeitos <strong>de</strong>sse processo atingiram todo o setor urbano relativo a recurso hídrico:<br />

abastecimento <strong>de</strong> água, transporte, tratamento <strong>de</strong> esgoto sanitário e drenagem pluvial<br />

(TUCCI, 1993).<br />

As enchentes urbanas são um problema crônico <strong>de</strong>vido principalmente à gerência<br />

ina<strong>de</strong>quada ou a não existência <strong>de</strong> Planejamento <strong>de</strong> Drenagem, e à concepção equivocada<br />

dos projetos <strong>de</strong> engenharia. A gestão <strong>de</strong>ficiente é resultado da falta <strong>de</strong> mecanismos legais e<br />

administrativos <strong>de</strong> controle da ampliação das cheias <strong>de</strong>vido à urbanização. A concepção<br />

equivocada se reflete na idéia preconcebida dos engenheiros <strong>de</strong> que a boa drenagem é<br />

aquela que permite escoar rapidamente a água precipitada sobre a área <strong>de</strong> seu estudo. No<br />

entanto, a melhor drenagem é aquela que drena o escoamento sem produzir impactos nem<br />

no local, nem a jusante. As conseqüências <strong>de</strong>sses erros têm produzido custos extremamente<br />

elevados para a socieda<strong>de</strong> como um todo.<br />

No passado, para combater inundações, os projetos <strong>de</strong> drenagem urbana costumavam se<br />

limitar às chamadas obras <strong>de</strong> melhoria hidráulica dos canais. Quase sempre, visavam o<br />

aumento da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga, às custas <strong>de</strong> aumentos <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, seja por<br />

incrementos <strong>de</strong> <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, ou por adoção <strong>de</strong> um revestimento mais liso. Como quase<br />

nunca foi possível, provavelmente por falta <strong>de</strong> recursos financeiros, implantar projetos <strong>de</strong><br />

canalização ao longo <strong>de</strong> todos os talvegues integrantes <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada bacia<br />

hidrográfica, tais projetos sempre acabaram por beneficiar uma parcela da população <strong>de</strong><br />

montante, porém transferindo e agravando problemas <strong>de</strong> inundações para a população<br />

situada à jusante. Dentro <strong>de</strong>sse contexto, é evi<strong>de</strong>nte que, com o passar dos anos, os<br />

problemas <strong>de</strong> inundação tiveram a tendência <strong>de</strong> se tornarem cada vez mais graves, pois, se<br />

não bastassem os aspectos altamente catastróficos <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> urbanização não<br />

controlado e sem planejamento, provocando a diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração e<br />

retenção das águas <strong>de</strong> chuva, os mencionados projetos <strong>de</strong> canalização ainda contribuíram<br />

para elevar as vazões <strong>de</strong> pico e reduzir os tempos <strong>de</strong> percurso <strong>de</strong>ssas vazões.


CAPITULO 1 INTRODUÇÃO 4<br />

Diante da ineficiência dos métodos tradicionais <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> enchentes, os profissionais<br />

da área <strong>de</strong> Drenagem Urbana têm se interessado bastante nos reservatórios <strong>de</strong> retenção<br />

como medida mitigadora, por se tratar <strong>de</strong> uma solução que permite o escoamento pluvial<br />

<strong>de</strong> forma gradativa, controlando o escoamento superficial local e à jusante, e em geral<br />

apresentam custos inferiores quando comparado com outras medidas utilizadas.<br />

Nos últimos anos, o sucesso da implantação dos reservatórios <strong>de</strong> retenção nos gran<strong>de</strong>s<br />

centros, os ditos “piscinões”, têm aumentado as perspectivas em relação a esta forma <strong>de</strong><br />

controle, visto que estes solucionaram problemas que afligiam durante anos tais<br />

localida<strong>de</strong>s.<br />

Conceitualmente, os reservatórios <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> cheias atuam no sentido <strong>de</strong> compensar os<br />

citados aspectos negativos da urbanização, com o objetivo <strong>de</strong> resgatar ou <strong>de</strong>volver, mesmo<br />

que parcialmente, as condições naturais equivalentes <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada bacia<br />

hidrográfica.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5<br />

CAPÍTULO 2<br />

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />

2.1. IMPACTO HIDROLÓGICO DA URBANIZAÇÃO<br />

2.1.1.CRESCIMENTO POPULACIONAL E A URBANIZAÇÃO<br />

Segundo Popclock (2000) a população mundial <strong>de</strong> nossos tempos já é <strong>de</strong> quase 6 bilhões<br />

<strong>de</strong> habitantes e <strong>de</strong>verá dobrar até o ano <strong>de</strong> 2100 (ONU apud CRUZ, 1998). Este<br />

crescimento populacional é altamente preocupante, principalmente se analisarmos a<br />

população urbana separadamente.<br />

Em 1800, apenas 1% da população habitava em cida<strong>de</strong>s. Em 1820, Londres era o único<br />

centro urbano com mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> habitantes, mas em 1985 já havia mais <strong>de</strong> 270<br />

(GLADWELL apud AGRA, 2001). A Figura 2.1 mostra a evolução e a estimativa do<br />

número <strong>de</strong> centros urbanos com mais <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> habitantes. No início do século<br />

passado a população urbana apresentava um percentual <strong>de</strong> 15%, chegando a mais <strong>de</strong> 50%<br />

em nossos dias (TUCCI, 1995).<br />

Na Figura 2.1 po<strong>de</strong>-se constatar também que o aumento da população urbana é maior nas<br />

regiões menos <strong>de</strong>senvolvidas. No período <strong>de</strong> 1970 até agora, estima-se que a população<br />

urbana <strong>de</strong> regiões <strong>de</strong>senvolvidas cresceu 64%, enquanto que a <strong>de</strong> regiões menos<br />

<strong>de</strong>senvolvidas cresceu 239% (GLADWELL apud AGRA, 2001). Segundo Tucci (1995) na


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6<br />

América Latina e no Caribe, a população urbana cresce a taxa <strong>de</strong> 3 a 5% ao ano, enquanto<br />

que nos países <strong>de</strong>senvolvidos, esse processo já está estável.<br />

número <strong>de</strong> aglomerados urbanos<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

1940 1960 1980 2000 2020<br />

anos<br />

Região <strong>de</strong>senvolvida Região sub-<strong>de</strong>senvolvida Total<br />

Figura 2.1 – Aumento do número <strong>de</strong> centros urbanos com mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong><br />

habitantes.<br />

Fonte: Agra(2001)<br />

No Brasil o processo <strong>de</strong> urbanização acelerada ocorreu após a década <strong>de</strong> 60, gerando uma<br />

população urbana com infraestrutura ina<strong>de</strong>quada. Atualmente o Brasil apresenta uma taxa<br />

<strong>de</strong> população urbana <strong>de</strong> 80%, próxima à saturação (TUCCI, 1995). Segundo Milograna<br />

(2001) o Brasil <strong>de</strong>ve contar com pelo menos duas cida<strong>de</strong>s com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong><br />

habitantes, sendo que em 1997, pelo menos doze já possuíam mais <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong><br />

habitantes.<br />

Segundo Tucci (2000), cada habitante que participa do êxodo rural, aumentando a<br />

população urbana, é responsável pela transformação <strong>de</strong> 0,005 ha (50 m 2 ) <strong>de</strong> área rural em<br />

urbana.<br />

2.1.2.IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NO ESCOAMENTO SUPERFICIAL<br />

As condições <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> uma bacia hidrográfica sofrem gran<strong>de</strong>s alterações, quando<br />

se transforma um solo outrora permeável numa superfície impermeabilizada, por meio da<br />

construção <strong>de</strong> edificações, da execução <strong>de</strong> pavimento, ou pela realização <strong>de</strong> outras obras. O<br />

que se observa nesta nova situação, é que precipitações, mesmo <strong>de</strong> pequeno ou médio


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 7<br />

portes, têm provocado problemas <strong>de</strong> enchentes, principalmente nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s<br />

(MOTTA, 1997).<br />

Segundo Tucci (1997), à medida que a cida<strong>de</strong> se urbaniza, em geral ocorre:<br />

• Aumento das vazões máximas <strong>de</strong>vido ao aumento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento<br />

através <strong>de</strong> condutos e canais e impermeabilização das superfícies;<br />

• Redução da infiltração no solo <strong>de</strong>vido à impermeabilização das superfícies e como<br />

conseqüência, diminuição do nível do lençol freático;<br />

• Aumento da produção <strong>de</strong> sedimentos <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>sproteção das superfícies e à produção<br />

<strong>de</strong> resíduos sólidos (lixo);<br />

• A <strong>de</strong>terioração da qualida<strong>de</strong> da água <strong>de</strong>vido à lavagem das ruas, transporte <strong>de</strong> material<br />

sólido e às ligações clan<strong>de</strong>stinas <strong>de</strong> esgoto sanitário ao sistema <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> água<br />

pluvial.<br />

A perda <strong>de</strong> vidas humanas, diferentemente dos danos materiais, não po<strong>de</strong> ser<br />

monetariamente mensurada, constituindo-se, assim, no maior problema <strong>de</strong>corrente das<br />

enchentes. Os jornais televisionados mostraram que as enchentes ocorridas no período <strong>de</strong><br />

chuva <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003 a março <strong>de</strong> 2004 foram as piores dos últimos anos, atingindo<br />

até mesmo regiões do Brasil que até meses antes se encontravam castigadas pela seca, tais<br />

enchentes mataram <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas, e <strong>de</strong>ixou outras milhares <strong>de</strong>sabrigadas.<br />

Pedrosa (1996) cita outro fato comumente verificado nas enchentes urbanas que são<br />

epi<strong>de</strong>mias <strong>de</strong> algumas moléstias <strong>de</strong> veiculação hídrica, logo após a ocorrência <strong>de</strong><br />

enchentes. A leptospirose, doença transmitida pela urina do rato, que durante as cheias tem<br />

uma maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência, é a mais comum <strong>de</strong>las.<br />

De acordo com Heller apud Bernar<strong>de</strong>s e Soares (2003), a maioria dos estudos realizados<br />

sobre saneamento e saú<strong>de</strong> não aborda a drenagem urbana, privilegiando os sistemas <strong>de</strong><br />

abastecimento <strong>de</strong> água, esgotos sanitários e limpeza pública. No intuito <strong>de</strong> suprir essa<br />

lacuna, Souza (2001) <strong>de</strong>senvolveu um mo<strong>de</strong>lo causal para explicar <strong>de</strong> que forma a carência


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8<br />

ou precarieda<strong>de</strong> dos sistemas <strong>de</strong> drenagem urbana favorece a ocorrência <strong>de</strong> doenças. Neste<br />

mo<strong>de</strong>lo foram <strong>de</strong>tectados 12 tipos <strong>de</strong> doenças: febre amarela urbana, <strong>de</strong>ngue,<br />

esquistossomose, filariose, leptospirose, malária, febre tifói<strong>de</strong>, hepatite A, cólera,<br />

ancilostomíase, tricuríase e ascaridíase.<br />

As inundações urbanas, segundo Tucci (1995), são <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> dois processos: as<br />

inundações em áreas ribeirinhas e as inundações <strong>de</strong>vido à urbanização. Estes dois<br />

processos po<strong>de</strong>m ocorrer <strong>de</strong> forma isolada ou integrada.<br />

As inundações em áreas ribeirinhas acontecem quando os rios, durante períodos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

precipitações, escoam no seu leito maior, atingindo a população que ocupa in<strong>de</strong>vidamente<br />

este local. A ocupação <strong>de</strong>sta área <strong>de</strong> risco <strong>de</strong>ve-se:<br />

• A loteamento <strong>de</strong> área <strong>de</strong> risco após uma seqüência <strong>de</strong> anos sem enchente, em virtu<strong>de</strong> da<br />

ausência na quase totalida<strong>de</strong> das cida<strong>de</strong>s brasileiras, <strong>de</strong> restrições sobre a ocupação<br />

<strong>de</strong>ssas áreas previstas em seu Plano Diretor <strong>de</strong> Urbanização (PDU);<br />

• A invasão <strong>de</strong> áreas ribeirinhas que pertencem ao po<strong>de</strong>r público pela população <strong>de</strong> baixa<br />

renda;<br />

• A ocupação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> médio risco que são atingidas, eventualmente, com prejuízos<br />

significativos.<br />

As enchentes <strong>de</strong>vido à urbanização se <strong>de</strong>vem às diversas modificações na bacia que<br />

ocorrem durante o processo <strong>de</strong> urbanização. Po<strong>de</strong>m ainda haver inundações localizadas,<br />

provocadas por estrangulamentos das seções <strong>de</strong> rios, por remanso ou por erros <strong>de</strong> execução<br />

em projetos <strong>de</strong> drenagem (TUCCI, 1995).<br />

A impermeabilização do solo é efeito direto da urbanização, o que gera impacto<br />

significativo sobre o escoamento das águas pluviais na bacia. Vários autores relacionam os<br />

índices <strong>de</strong> impermeabilização com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> habitacional, por ser esta uma informação<br />

disponível através dos censos, e também, para que se possa caracterizar cenários futuros <strong>de</strong><br />

impermeabilização, através das estimativas <strong>de</strong> crescimento populacional.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9<br />

Motta Jr e Tucci (1984) ajustaram uma equação <strong>de</strong> regressão múltipla entre a área<br />

impermeável e parcelas da bacia com diferentes tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, com base em<br />

aerofotos, para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Porto Alegre, na bacia do Arroio Dilúvio. Tucci et al. (1989)<br />

utilizaram os dados <strong>de</strong> 11 bacias urbanas na região metropolitana <strong>de</strong> São Paulo e<br />

construíram curvas semelhantes. Com base nestes resultados, os autores compararam São<br />

Paulo e Porto alegre, concluíram que o comportamento é muito semelhante, e ajustaram<br />

uma curva média para as duas cida<strong>de</strong>s.<br />

Campana e Tucci (1994), com base em dados das regiões metropolitanas <strong>de</strong> São Paulo,<br />

Curitiba e Porto Alegre, analisaram a tendência da relação entre <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> habitacional e<br />

área impermeável. Os autores chegaram a conclusão <strong>de</strong> que, para <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s menores que<br />

120 hab/ha, o comportamento é uniforme e dão por: AI = 0,00489 DH, on<strong>de</strong> AI é o<br />

percentual <strong>de</strong> área impermeável e DH é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> habitacional, em habitante por hectare.<br />

Para valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superiores a este, a tendência é uma estabilização num valor <strong>de</strong><br />

área impermeável por volta <strong>de</strong> 65%.<br />

Segundo Genz (1994) os impactos da urbanização sobre as cheias nas cida<strong>de</strong>s se mostram,<br />

principalmente, para os casos das precipitações mais freqüentes, ou seja, as menos<br />

intensas. Isso porque as gran<strong>de</strong>s precipitações também provocam enchentes nas bacias<br />

rurais, uma vez que nestes casos o solo logo é saturado e passa a gerar escoamento<br />

superficial.<br />

Embora os impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico serem perceptíveis, sua<br />

quantificação é bastante difícil. Packman apud Genz (1994) comenta que há trabalhos que<br />

afirmam que o escoamento médio anual po<strong>de</strong> não variar com a impermeabilização,<br />

enquanto outros afirmam que esse po<strong>de</strong> ser ampliado em 1000%. Para o tempo <strong>de</strong> resposta<br />

da bacia os resultados variam entre não haver impacto da urbanização até a redução<br />

também da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1000%. Para o percentual <strong>de</strong> escoamento os trabalhos indicam casos<br />

<strong>de</strong> não haver variação até aumentos <strong>de</strong> 600%. O autor atribui a isso a gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

parâmetros que po<strong>de</strong>m influenciar na análise <strong>de</strong>stes impactos: a situação original da bacia,<br />

a caracterização das chuvas, a localização das áreas impermeáveis, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, as<br />

obras <strong>de</strong> terra que foram executadas na bacia, a interação da bacia com o aqüífero, entre<br />

outras.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10<br />

Brás e Perkins (1975) afirmam que os impactos <strong>de</strong>correntes da urbanização também<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das características das chuvas e não só da Bacia. Os autores fizeram um estudo,<br />

utilizando um mo<strong>de</strong>lo hidrológico para simular a urbanização com residências, com<br />

diferentes tipos <strong>de</strong> precipitação. Os resultados mostraram um aumento na vazão <strong>de</strong> pico<br />

entre 7% e 200% e uma redução no tempo <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> 8% a 40%.<br />

Segundo Agra (2001) a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quantificar estes impactos tem impulsionado<br />

muitos estudos e trabalhos no Brasil e no exterior. E essa tendência já vem <strong>de</strong> muito tempo.<br />

Genz (1994) e Silveira (2000) apresentam revisões da literatura que mostram vários<br />

pesquisadores, em várias cida<strong>de</strong>s do país preocupados com esta tarefa. Estes trabalhos<br />

trataram da criação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e metodologias para simular as bacias urbanas, e mostram<br />

a tendência do fim dos anos 70 e toda a década <strong>de</strong> 80.<br />

Tempos atrás se associava a poluição dos corpos d’águas à urbanização, <strong>de</strong>vido aos<br />

esgotos domésticos não tratados e <strong>de</strong>spejos industriais, porém, hoje se percebe que parte<br />

<strong>de</strong>ssa poluição gerada em áreas urbanas tem origem no escoamento superficial sobre áreas<br />

impermeáveis, áreas em fase <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> lixo e outros. Segundo Tucci<br />

(1995) a impermeabilização leva ao aumento dos números <strong>de</strong> vezes em que a bacia produz<br />

escoamento superficial e ao aumento, também, das velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escoamento, gerando<br />

maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arraste, portanto maiores cargas poluidoras.<br />

2.1.3.MÉTODOS PARA QUANTIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO EM ÁREAS<br />

URBANAS<br />

A <strong>de</strong>terminação da quantida<strong>de</strong> do escoamento pluvial nas áreas urbanas po<strong>de</strong> ser feita por<br />

métodos empíricos, como o método racional e o método do SCS TR-55; métodos<br />

estatísticos, que fazem ajuste <strong>de</strong> séries históricas, como <strong>de</strong>terminação do hidrograma<br />

unitário; e mo<strong>de</strong>los matemáticos, que simulam o comportamento da bacia <strong>de</strong> drenagem.<br />

O método escolhido <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da finalida<strong>de</strong> dos estudos, das características da bacia e da<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados. Alguns <strong>de</strong>sses métodos serão <strong>de</strong>scritos a seguir:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11<br />

Método Racional<br />

Este método é provavelmente o mais divulgado e simples <strong>de</strong> ser utilizado, ganhou esse<br />

nome <strong>de</strong>vido a ser o primeiro <strong>de</strong>rivado da equação racional. O método racional é um<br />

método indireto, foi apresentado pela primeira vez por Mulvaney, em 1851, e usado por<br />

Emil Kwiching, em 1889.<br />

O método é usado para calcular a vazão <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada bacia, consi<strong>de</strong>rando<br />

sua seção (TOMAZ, 2002). Este método presume como conceito básico que o máximo<br />

caudal para uma pequena bacia contribuinte, até 500 hectares, ocorre quando toda a bacia<br />

está contribuindo, e que este caudal é igual a uma fração da precipitação média.<br />

Em forma analítica, é expresso por:<br />

Q = K . C . i . A (2.1)<br />

On<strong>de</strong>: K é um coeficiente <strong>de</strong> ajuste <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, sendo 0,278 no Sistema Internacional (SI));<br />

C é o coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial, que é a relação entre o pico <strong>de</strong> vazão e a<br />

chuva média sobre a área receptora; i é intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> precipitação em mm.h -1 ; A é área da<br />

bacia em km 2 , Q é o caudal que <strong>de</strong>flui sobre a superfície do solo, em m 3 .s -1 .<br />

O coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial é um parâmetro da permeabilida<strong>de</strong> da bacia <strong>de</strong><br />

drenagem, sensível às características da bacia, tais como: tipo <strong>de</strong> solo; tipo <strong>de</strong> utilização do<br />

solo, vegetação, condições climáticas e período <strong>de</strong> recorrência (Barbosa, 1996).<br />

Método SCS TR-55<br />

Foi apresentado em 1986 pelo Departamento <strong>de</strong> Agricultura dos Estados Unidos, através<br />

do Natural Resources Conservations Services (NRCS). Este método é empregado em<br />

bacias urbanas (até 250 km 2 ) (TOMAZ, 2002).<br />

O método SCS TR-55 <strong>de</strong>termina o pico <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga através <strong>de</strong> método gráfico <strong>de</strong>stinado às<br />

áreas urbanas e rurais, como o método do hidrograma unitário.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 12<br />

Em 2000, Chin apud Tomaz (2002) elaborou equações matemáticas que substituíram os<br />

gráficos usados no TR-55, tais equações se apresentam em unida<strong>de</strong>s do Sistema<br />

Internacional (SI), uma vez que o mesmo transformou o método gráfico que estava nas<br />

unida<strong>de</strong>s inglesas, para as unida<strong>de</strong>s do SI. O método do SCS TR-55 é apresentado<br />

analiticamente pela expressão:<br />

Qp = Qu . A . Q. Fp<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Qp – vazão <strong>de</strong> pico (m 3 /s);<br />

Qu – pico <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga unitária (m 3 /s/cm/km 2 );<br />

A – área da bacia (km 2 );<br />

Q – runoff, ou seja, o escoamento superficial <strong>de</strong> uma chuva <strong>de</strong> 24 horas (cm);<br />

Fp – fator adimensional <strong>de</strong> ajustamento <strong>de</strong>vido as poças d’águas fornecido pela Tabela 2.1.<br />

Tabela 2.1 – Fator <strong>de</strong> ajustamento em função da porcentagem <strong>de</strong> água <strong>de</strong> chuva<br />

retida em poças d’águas ou brejos<br />

Porcentagem da água <strong>de</strong> chuva que fica em<br />

poças d'águas ou em brejos<br />

Fp<br />

(%)<br />

0,0 1,00<br />

0,2 0,97<br />

1,0 0,87<br />

3,0 0,75<br />

5,0* 0,72<br />

Fonte: TR-TR-55 junho <strong>de</strong> 1996 apud Tomaz (2002)<br />

(*) Se a porcentagem <strong>de</strong> água <strong>de</strong> chuva retida em poças e brejos for maior que 5%,<br />

consi<strong>de</strong>rações especiais <strong>de</strong>vem ser tomadas para se achar a chuva exce<strong>de</strong>nte (Chin apud<br />

Tomaz (2002))<br />

O pico <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga unitária Qu é fornecido pela equação abaixo:<br />

(2.2)<br />

log (Qu) = C0 + C1 . log tc + C2 ( log tc) 2 – 2,366 (2.3)<br />

Sendo:<br />

C0, C1 , C2 obtidos da Tabela 2.2.<br />

tc – tempo <strong>de</strong> concentração (h), sendo que: 0,1 = tc = 10 h.<br />

Tabela 2.2 – Valores <strong>de</strong> C0, C1 e C2, obtidos em função do tipo <strong>de</strong>


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13<br />

chuva e da relação Ia/P<br />

Tipo <strong>de</strong> chuva<br />

conforme SCS<br />

(Estados Unidos)<br />

I<br />

I A<br />

II<br />

III<br />

Fonte: Chin apud Tomaz (2002)<br />

Ia/P C 0 C 1<br />

C 2<br />

0,10 2,30550 -0,51429 -0,11750<br />

0,20 2,23537 -0,50387 -0,08929<br />

0,25 2,18219 -0,48488 -0,06589<br />

0,30 2,10624 -0,45695 -0,02835<br />

0,35 2,00303 -0,40769 0,01983<br />

0,40 1,87733 -0,32274 0,05754<br />

0,45 1,76312 -0,15644 0,00453<br />

0,50 1,67889 -0,0693 0,0<br />

0,10 2,03250 -0,31583 -0,13748<br />

0,20 1,91978 -0,28215 -0,07020<br />

0,25 1,83842 -0,25543 -0,02597<br />

0,30 1,72657 -0,198266 0,02633<br />

0,50 1,63417 -0,09100 0,0<br />

0,10 2,55323 -0,61512 -0,16403<br />

0,30 2,46532 -0,62257 -0,11657<br />

0,35 2,41896 -0,61594 -0,08820<br />

0,40 2,36409 -0,59857 -0,05621<br />

0,45 2,29238 -0,57005 -0,02281<br />

0,50 2,20282 -0,51599 -0,01259<br />

0,10 2,47317 -0,51848 -0,17083<br />

0,30 2,39628 -0,51202 -0,13245<br />

0,35 2,35477 -0,49735 -0,11985<br />

0,40 2,30726 -0,46541 -0,11094<br />

0,45 2,24876 -0,41314 -0,11508<br />

0,50 2,17772 -0,36803 -0,09525<br />

Os tipos <strong>de</strong> chuvas I, IA, II e III são os tipos <strong>de</strong> chuvas das quatro regiões que foi dividido<br />

os Estados Unidos. Para o Brasil adota-se o tipo <strong>de</strong> chuva II.<br />

A relação Ia/P encontrada na Tabela 2.2 é a relação entre a abstração inicial em milímetros,<br />

que representa todas as perdas antes que comece runoff, e o valor <strong>de</strong> precipitação para<br />

chuva <strong>de</strong> 24 horas.<br />

O valor <strong>de</strong> Ia = 0,2 S, sendo S o potencial máximo <strong>de</strong> retenção em milímetros após<br />

começar runoff. O Valor <strong>de</strong> S é função do número da curva CN.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14<br />

25400<br />

S = − 254<br />

(2.4)<br />

CN<br />

O valor da chuva exce<strong>de</strong>nte ou runoff ou escoamento superficial é:<br />

2<br />

( P −0,<br />

2S)<br />

Q = (2.5)<br />

( P + 0,<br />

8S)<br />

Segundo Tomaz (2002) para valores <strong>de</strong> Ia/P < 0,10 <strong>de</strong>verá se usado o valor Ia/P = 0,10 e<br />

para valores Ia/P > 0,50 <strong>de</strong>verá ser usado Ia/P = 0,50.<br />

O método do SCS <strong>de</strong>termina o hidrograma <strong>de</strong> cheia das bacias <strong>de</strong> drenagem. Este método<br />

basea-se no conceito <strong>de</strong> hidrograma unitário, apresentado por Tomaz (2002). O hidrograma<br />

<strong>de</strong> cheia <strong>de</strong> uma bacia é <strong>de</strong>terminado pela iteração do hidrograma unitário com a chuva<br />

exce<strong>de</strong>nte.<br />

Para obtenção do hidrograma unitário é preciso <strong>de</strong>terminar cada variável envolvida no<br />

processo, apresentadas na Figura 2.2.<br />

Vazão<br />

D<br />

ta<br />

tp<br />

tc<br />

Vesd<br />

ponto <strong>de</strong><br />

inflexão<br />

tb<br />

tempo<br />

Figura 2.2 – Característica do hidrograma<br />

Fonte: Tomaz (2002)<br />

A seguir será <strong>de</strong>finida cada variável do hidrograma unitário sintético do SCS:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15<br />

Tempo <strong>de</strong> retardamento (tp) – tempo que vai do centro <strong>de</strong> massa do hietograma da chuva<br />

exce<strong>de</strong>nte até o pico do hidrograma. Segundo Vem Te Chow apud Tomaz (2002), o valor<br />

do tempo <strong>de</strong> retardamento é dado aproximadamente pela relação:<br />

t = 0,6.t<br />

(2.6)<br />

p<br />

c<br />

On<strong>de</strong> tc é o tempo <strong>de</strong> concentração da bacia.<br />

Tempo <strong>de</strong> ascensão (ta) – tempo que vai do início da chuva até atingir o valor <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong><br />

pico do hidrograma, este valor po<strong>de</strong> ser encontrado pela seguinte relação:<br />

D<br />

= t +<br />

(2.7)<br />

2<br />

t a p<br />

On<strong>de</strong> D é a duração da chuva unitária, obtida por D = 0,133 tc.<br />

Vazão <strong>de</strong> pico (Qp) – vazão <strong>de</strong> pico do hidrograma. A vazão <strong>de</strong> pico é <strong>de</strong>finida pelo SCS<br />

como sendo:<br />

A<br />

Q p = 2,<br />

08.<br />

(2.8)<br />

t<br />

a<br />

On<strong>de</strong> Qp é a vazão <strong>de</strong> pico em m 3 /s; A é área da bacia em km 2 ; ta é o tempo <strong>de</strong> ascensão em<br />

horas.<br />

Volume <strong>de</strong> escoamento superficial (Vesd) – o volume do escoamento superficial é dada<br />

pela área do triangulo da Figura 2.2, composto pela base tb e pela vazão Qp. O tempo <strong>de</strong><br />

base tb é igual a 2,67 ta.<br />

V<br />

t b<br />

Qp.<br />

2<br />

p = (2.9)<br />

Depois <strong>de</strong> <strong>de</strong>finidas as variáveis que compõem o hidrograma unitário da bacia em estudo,<br />

este é montado a partir da relação com o hidrograma unitário sintético curvilíneo do SCS,<br />

que segundo Tomaz (2002) é apresentado na Tabela 2.3.<br />

Como o hidrograma unitário apresenta a vazão por unida<strong>de</strong> altura (cm), é preciso<br />

<strong>de</strong>terminar o valor do escoamento superficial ou chuva exce<strong>de</strong>nte. Para isto, é utilizado o<br />

método do número <strong>de</strong> curva (CN), já apresentado no item anterior.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16<br />

E finalmente o hidrograma <strong>de</strong> cheia é <strong>de</strong>terminado pelo processo chamado <strong>de</strong> convolução,<br />

processo segundo o qual a chuva <strong>de</strong> projeto é combinada com a função <strong>de</strong> transferência,<br />

para produzir o hidrograma do escoamento superficial. Neste processo o hidrograma<br />

unitário é multiplicado pela chuva exce<strong>de</strong>nte, no tempo específico.<br />

Tabela 2.3 – Hidrograma unitário curvilíneo adimensional do SCS<br />

t/tp Q/Qp<br />

0 0,000<br />

0,1 0,030<br />

0,2 0,100<br />

0,3 0,190<br />

0,4 0,310<br />

0,5 0,470<br />

0,6 0,660<br />

0,7 0,820<br />

0,8 0,930<br />

0,9 0,990<br />

1 1,000<br />

1,1 0,990<br />

1,2 0,930<br />

1,3 0,860<br />

1,4 0,780<br />

1,5 0,680<br />

1,6 0,560<br />

1,7 0,460<br />

1,8 0,390<br />

1,9 0,330<br />

2 0,280<br />

2,2 0,207<br />

2,4 0,147<br />

2,6 0,107<br />

2,8 0,077<br />

3 0,055<br />

3,2 0,040<br />

3,4 0,029<br />

3,6 0,021<br />

3,8 0,015<br />

4 0,011<br />

4,5 0,005<br />

5 0,000<br />

Fonte: Tomaz (2002)<br />

Hidrograma Unitário<br />

O método do hidrograma unitário foi proposto pela primeira vez por Sherman, em 1932.<br />

Este método utiliza dados históricos <strong>de</strong> precipitação e vazão <strong>de</strong> uma bacia <strong>de</strong><br />

características físicas <strong>de</strong>finidas (BARBOSA, 1986).<br />

O hidrograma unitário é <strong>de</strong>finido como o hidrograma do escoamento direto, resultante <strong>de</strong><br />

uma precipitação efetiva <strong>de</strong> altura unitária distribuída uniformemente sobre a bacia<br />

hidrográfica, em um espaço <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>finido.<br />

MCcuen apud Tomaz (2002) apresenta as hipóteses básicas do método:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 17<br />

• A intensida<strong>de</strong> da chuva efetiva é constante durante a tormenta que produz o hidrograma<br />

unitário;<br />

• Distribuição uniforme da chuva efetiva em toda a área <strong>de</strong> drenagem da bacia;<br />

• O tempo <strong>de</strong> duração do hidrograma do <strong>de</strong>flúvio superficial direto <strong>de</strong>vido a uma chuva<br />

efetiva <strong>de</strong> duração <strong>de</strong> unitária é constante.<br />

A forma do hidrograma unitário da bacia sofre alterações quando há mudanças na suas<br />

características, incluindo forma, <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>tenção, infiltração, e re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem.<br />

Mo<strong>de</strong>los onda cinemática<br />

A onda cinemática é uma aproximação <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m à onda dinâmica completa<br />

<strong>de</strong>scrita pelas equações <strong>de</strong> Saint-Venant (BARBOSA, 1996).<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> onda cinemática foi usada no Brasil por Motta Jr. e Tucci (1982). O mo<strong>de</strong>lo<br />

foi utilizado para propagar ondas <strong>de</strong> cheia em rios longos, se tornando, posteriormente<br />

mais popular na mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> escoamento superficial. Nesse trabalho apresentado por<br />

Motta Jr. e Tucci, on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>screvia a aplicação da onda cinemática e dinâmica, nota-se a<br />

relação entre o comportamento <strong>de</strong>stas ondas e a variação do número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>,<br />

observando-se que a onda cinemática predomina para um número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> menor que<br />

1,5, quando a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da linha d’água é <strong>de</strong>scrita pela equação <strong>de</strong> Manning.<br />

Para a resolução numérica das equações da onda cinemática, Brakensiek, em 1967,<br />

apresentou um estudo sobre métodos <strong>de</strong> resolução por diferenças finitas, que levaram a<br />

consi<strong>de</strong>rar o esquema implícito o mais estável. No mesmo ano Woolhiser e Liggett<br />

apresentaram uma solução numérica para onda cinemática baseada nas diferenças finita, e<br />

apresentou um parâmetro K a<strong>de</strong>quado como critério <strong>de</strong> utilização da aproximação<br />

cinemática (BARBOSA, 1986).


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 18<br />

2.2. O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA – SDU<br />

A função da drenagem urbana é possibilitar o escoamento a<strong>de</strong>quado das águas pluviais<br />

excessivas, evitando as inundações, o acúmulo <strong>de</strong> água parada e o escoamento com<br />

velocida<strong>de</strong> excessiva, reduzindo, assim, os prejuízos sociais, econômicos e sanitários<br />

causados pelas inundações.<br />

O planejamento da ocupação urbana evita ou diminui os efeitos das inundações. Para um<br />

bom planejamento é necessário o conhecimento <strong>de</strong> técnicas, que proporcionam benefícios<br />

à população com o menor custo possível. Geralmente, as medidas adotadas para resolver<br />

os problemas <strong>de</strong> drenagem são onerosas e não representam solução eficaz e sustentável dos<br />

seus problemas mais complexos. Soluções eficientes e sustentáveis para esses problemas<br />

são aquelas que atuam sobre as causas, abrangendo todas as relações entre os diversos<br />

processos. Botelho (1998) menciona que a concepção do sistema <strong>de</strong> drenagem pluvial é<br />

baseada na máxima: “pegar e largar rápido!”. Cruz et al. (1998) criticam a prática atual <strong>de</strong><br />

projetos <strong>de</strong> drenagem pluvial, que é <strong>de</strong> transportar para jusante todo o excesso <strong>de</strong> água<br />

gerado pela impermeabilização.<br />

Para Teixeira et al. (1998), a eficácia da drenagem urbana, bem como dos outros sistemas,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seguintes fatores:<br />

• Existência <strong>de</strong> uma política para o setor que <strong>de</strong>fina os objetivos a serem alcançados e os<br />

meios para atingi-los;<br />

• Existência <strong>de</strong> uma política para ocupação do solo urbano, com uma preocupação maior<br />

com a ocupação das várzeas <strong>de</strong> inundação;<br />

• Processo <strong>de</strong> planejamento que contemple medidas <strong>de</strong> curto, médio e longo prazo em<br />

toda bacia;<br />

• Entida<strong>de</strong> eficiente que exerça a li<strong>de</strong>rança do setor;<br />

• Domínio da tecnologia para planejamento, projeto, construção e operação da obra;<br />

• Campanhas <strong>de</strong> educação e esclarecimento da opinião pública.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 19<br />

Os fatores que mais influem na vazão <strong>de</strong> escoamento superficial, segundo Botelho (1998),<br />

Fendrich et al. (1997) e Spirn (1995), são a porcentagem <strong>de</strong> área impermeabilizada e o<br />

tempo <strong>de</strong> concentração da bacia, fatores esses, atingidos diretamente pela ocupação e uso<br />

do solo. Portanto, o planejamento <strong>de</strong>veria levar em consi<strong>de</strong>ração, <strong>de</strong> modo mais<br />

abrangente, as características do escoamento <strong>de</strong> água pluviais. O sistema <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong>ve<br />

estar integrado com a urbanização e com as <strong>de</strong>mais obras <strong>de</strong> infraestrutura, já que ele<br />

interfere, diretamente, nos <strong>de</strong>mais serviços subterrâneos.<br />

Quando bem projetado, o sistema <strong>de</strong> drenagem proporcionará vários benefícios indiretos,<br />

tais como os citados por Teixeira et al. (1998):<br />

• Redução dos custos <strong>de</strong> construção e manutenção das ruas;<br />

• Benefícios à saú<strong>de</strong> e segurança pública;<br />

• Recuperação <strong>de</strong> terras inaproveitadas;<br />

• Menor custo <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> núcleos habitacionais.<br />

Um planejamento <strong>de</strong> drenagem proporciona maior potencial do uso do solo urbano,<br />

baseando-se em fatores ambientais, econômicos e sociais. Tal sistema, se elaborado <strong>de</strong><br />

forma abrangente, traz melhores resultado em relação aos projetos isolados e fragmentados<br />

sobre diferentes critérios.<br />

De acordo com Fendrich et al. (1997), a drenagem urbana é dividida principalmente em<br />

microdrenagem e macrodrenagem. As obras, tanto <strong>de</strong> macrodrenagem como <strong>de</strong><br />

microdrenagem <strong>de</strong>vem ser analisadas e projetadas conjuntamente no estudo <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>terminada área, já que o sistema <strong>de</strong> macrodrenagem correspon<strong>de</strong> aos cursos d’águas<br />

naturais ou artificiais, nos quais afluem os sistemas <strong>de</strong> galerias pluviais (microdrenagem).<br />

A microdrenagem é praticamente <strong>de</strong>finida pelo traçado das ruas, consi<strong>de</strong>rando a<br />

topografia, quadras, sarjetas, bueiros e os condutores. De acordo com Botelho (1998), as<br />

partes constituintes da microdrenagem são as seguintes:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 20<br />

• Transporte: rua, guias e sarjetas;<br />

• Captação: feita pelas bocas <strong>de</strong> lobo, recolhendo as águas excessivas (vazão <strong>de</strong> água<br />

superior à capacida<strong>de</strong> da sarjeta);<br />

• Tubulações ou galerias: transporta a água até aos fundos <strong>de</strong> vale (macrodrenagem);<br />

• Poços <strong>de</strong> visita: local para operação e manutenção das tubulações.<br />

Os elementos componentes da microdrenagem são:<br />

• Trecho carroçável / leito das ruas;<br />

• Guias e sarjetas;<br />

• Boca <strong>de</strong> lobo;<br />

• Condutos <strong>de</strong> ligação;<br />

• Galerias pluviais;<br />

• Poços <strong>de</strong> visitas;<br />

• Órgãos especiais: sifões invertidos, estações elevatórias, estruturas <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong><br />

energia e estruturas <strong>de</strong> junção <strong>de</strong> galeria.<br />

O traçado das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong>ve seguir um caminho que contenha as seguintes<br />

características:<br />

• Percurso <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>, minimizando as escavações;<br />

• Declivida<strong>de</strong> que proporcione uma velocida<strong>de</strong> na tubulação, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma faixa<br />

a<strong>de</strong>quada;<br />

• Passar por ruas nas quais a execução seja menos onerosa.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 21<br />

O sistema <strong>de</strong> macrodrenagem é constituído pelos cursos d’águas naturais ou artificiais,<br />

para os quais afluem os sistemas <strong>de</strong> galerias pluviais (microdrenagem). In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

da execução das obras específicas <strong>de</strong> drenagem e da localização da área urbana, a re<strong>de</strong><br />

física da macrodrenagem sempre existe, uma vez que esta é o escoadouro natural das águas<br />

pluviais. O sistema <strong>de</strong> macrodrenagem também coleta as águas provenientes <strong>de</strong> regiões em<br />

que não há o sistema <strong>de</strong> microdrenagem (FRENDRICH et al., 1997).<br />

As obras <strong>de</strong> macrodrenagem objetivam melhorar as condições <strong>de</strong> escoamento para atenuar<br />

os problemas <strong>de</strong> erosão, assoreamento e inundações ao longo dos principais canais. As<br />

partes constituintes da macrodrenagem são:<br />

• Canais naturais ou artificiais;<br />

• Galerias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte;<br />

• Estruturas artificiais;<br />

• Obras <strong>de</strong> proteção contra erosão;<br />

• Outros componentes (vias marginais, faixa <strong>de</strong> servidão).<br />

Além dos dispositivos <strong>de</strong>stinados a recolher e conduzir as águas pluviais, outros<br />

equipamentos <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong>stinam-se a armazenar as mesmas. O objetivo do<br />

armazenamento é reduzir ou retardar o <strong>de</strong>flúvio direto em uma <strong>de</strong>terminada área. O<br />

armazenamento, em certas condições, po<strong>de</strong> reduzir, sensivelmente, o custo total das obras<br />

<strong>de</strong> drenagem.<br />

2.3. PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA<br />

Segundo Milograna (2001) o planejamento dos sistemas que aten<strong>de</strong>m à população urbana<br />

passa por dois campos do conhecimento, tendo ênfase nas políticas públicas e nos planos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22<br />

A política <strong>de</strong> controle da drenagem urbana envolve dois ambientes: externo à cida<strong>de</strong> e o<br />

interno à cida<strong>de</strong>. Na Figura 2.3 po<strong>de</strong>-se observar, <strong>de</strong> forma esquemática, a caracterização<br />

institucional dos elementos que po<strong>de</strong>m permitir o gerenciamento dos controles da<br />

drenagem urbana (TUCCI, 2002).<br />

Figura 2.3 – Políca <strong>de</strong> controle da Drenagem urbana<br />

Fonte: Tucci (2002)<br />

Segundo Fontes (1999), o termo drenagem urbana é entendido, no seu sentido mais amplo,<br />

“como o conjunto <strong>de</strong> medidas que têm por objetivo a minimização dos riscos a que a<br />

população estão sujeitas, diminuição dos prejuízos causados por inundações e<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano <strong>de</strong> forma harmônica, articulada e sustentável.”<br />

Dessa forma, a drenagem urbana passa a ser parte integrante do planejamento ambiental<br />

urbano, on<strong>de</strong> a cida<strong>de</strong> é vista como sistema e todos os fatores ambientais relevantes <strong>de</strong>vem<br />

ser consi<strong>de</strong>rados em uma análise, sejam eles físicos, econômicos ou sociais (SOUZA<br />

FILHO e QUEIROZ, 1998).


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 23<br />

Os cursos d’águas em bacias hidrográficas médias e pequenas são basicamente os cenários<br />

<strong>de</strong> estudos e elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> drenagem urbana, geralmente estes são <strong>de</strong>sprovidos<br />

<strong>de</strong> registros fluviométricos, nos quais a estimativa <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> projetos é feita com base<br />

nas séries históricas dos dados <strong>de</strong> chuvas <strong>de</strong> pequena duração e intensida<strong>de</strong> alta, que<br />

ocorrem nas respectivas bacias (FRENDRICH, 1999).<br />

Riordan et al. Milograna (2001) comentam que, a estimativa dos efeitos da urbanização na<br />

característica do hidrograma <strong>de</strong> escoamento superficial não é obtida <strong>de</strong> uma fórmula<br />

universal na qual se obtenha uma resposta hidrológica. Há apenas uma noção do<br />

incremento da vazão <strong>de</strong> pico em relação ao aumento da urbanização baseada em trabalhos<br />

existentes.<br />

Além do levantamento dos dados a serem utilizados na simulação dos efeitos da<br />

urbanização no acréscimo do escoamento superficial, o planejamento da drenagem urbana<br />

<strong>de</strong>ve abranger as obras a serem executadas e a manutenção do sistema, que envolve as<br />

seguintes situações: a realização <strong>de</strong> intervenções do tipo: <strong>de</strong>sobstrução, pequenos reparos,<br />

dragagem, correção das margens e outros, tanto na micro quando na macrodrenagem.<br />

Com raras exceções, os sistemas <strong>de</strong> macrodrenagem das cida<strong>de</strong>s brasileiras se caracterizam<br />

pela incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> permitirem, durante eventos chuvosos intensos, que os <strong>de</strong>flúvios<br />

superficiais escoem livremente sem ocorrência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> inundação. Infelizmente, nota-<br />

se a existência <strong>de</strong> acentuado <strong>de</strong>scompasso entre o planejamento/ocupação da área urbana e<br />

as estruturas <strong>de</strong> drenagem (RIGHETTO e MATOS, 1999).<br />

2.3.1.AÇÕES POLÍTICAS<br />

Na conjuntura atual, merece <strong>de</strong>staque o aspecto político da concepção e controle das cheias<br />

urbanas concernentes ao planejamento e fiscalização das normas relativas às medidas <strong>de</strong><br />

disciplinamento do solo urbano, que visam a minimização dos impactos da urbanização no<br />

sistema <strong>de</strong> drenagem pluvial.<br />

A consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> que o ambiente urbano funciona como um todo, vem buscar respaldo na<br />

legislação pertinente e nos esforços para a manutenção do controle das cheias urbanas. Em<br />

um contexto <strong>de</strong> restrições financeiras e <strong>de</strong> baixa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos dos


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 24<br />

governos, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos que resultem em sistemas que atendam suas<br />

finalida<strong>de</strong>s precípuas a menores custos, passa a ter importância <strong>de</strong> serem executados pelos<br />

bons governantes (BARBOSA e CAMPOS, 1998). Diante disso, verifica-se que é<br />

apropriada a utilização <strong>de</strong> medidas preventivas <strong>de</strong> drenagem urbana que se encontram<br />

sustentadas pela legislação e principalmente pelo zoneamento <strong>de</strong> uso do solo.<br />

Dentre as leis <strong>de</strong> disciplinamento do uso do solo, po<strong>de</strong>-se citar a Lei <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> nº 6766 <strong>de</strong> 19<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1979, que dispõe sobre o parcelamento do uso do solo urbano e atribui aos<br />

municípios maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> disciplinamento do mesmo (SOUZA FILHO e QUEIROZ,<br />

1998).<br />

Tem-se ainda o Código Florestal (Lei <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> nº 4771/65, alterado pelas Leis 7803/89 e<br />

7875/89), que no seu artigo 2º, <strong>de</strong>termina as áreas <strong>de</strong> preservação permanente e suas<br />

respectivas larguras ao longo dos cursos d’água, e, para áreas urbanas, a observância do<br />

disposto nos respectivos planos diretores e leis <strong>de</strong> uso dos solos municipais.<br />

A Constituição <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> Brasileira <strong>de</strong> 1988, no seu artigo 21 inciso XVIII, dispõe que<br />

compete à união planejar e promover a <strong>de</strong>fesa permanente contra as calamida<strong>de</strong>s públicas,<br />

especialmente as secas e inundações. Compete aos municípios fiscalizar e executar o<br />

serviço, quando houver predominância <strong>de</strong> seu interesse em relação às outras entida<strong>de</strong>s<br />

estatais, em face das circunstâncias, lugar, natureza e finalida<strong>de</strong> do serviço (artigo 30). O<br />

artigo 30, inciso VIII, coloca que o serviço <strong>de</strong> drenagem urbana será <strong>de</strong> competência<br />

privativa dos municípios. O artigo 23, inciso IX estabelece que é competência comum da<br />

União, dos Estados, do Distrito <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> e do Município, promover programas <strong>de</strong><br />

saneamento básico, sendo necessária a criação <strong>de</strong> lei complementar para fixar normas para<br />

a cooperação entre as entida<strong>de</strong>s, buscando o equilíbrio do <strong>de</strong>senvolvimento e do bem estar<br />

em âmbito nacional.<br />

No contexto da legislação ambiental, verifica-se, a vigência das seguintes leis:<br />

• Lei nº 5318 <strong>de</strong> 26/09/67 - institui a Política Nacional <strong>de</strong> Saneamento, em seu artigo 2º<br />

letra “b”, abrange os esgotos pluviais e drenagem;


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 25<br />

• Lei nº 6766 <strong>de</strong> 19/12/79 – dispõe sobre o parcelamento do solo urbano. Em seu artigo<br />

3º menciona que não será permitido o parcelamento <strong>de</strong> terrenos alagadiços e sujeitos a<br />

inundações, antes que se tornem providências para assegurar o escoamento da água;<br />

• Lei nº 9433/97 – institui a Política Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos, cria o Sistema<br />

Nacional <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos, e regulamenta o inciso XIX do<br />

artigo 21 da Constituição <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong>. Define os fundamentos do Plano Nacional <strong>de</strong><br />

Recursos Hídricos, dispondo que a água é um bem <strong>de</strong> domínio público, constituindo-se<br />

num recurso natural limitado, dotado <strong>de</strong> valor econômico e fornece bases para o<br />

gerenciamento dos recursos hídricos através da visão sistêmica do seu uso, bem como<br />

as intervenções necessárias para o seu <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Na implementação do Plano Nacional, os Po<strong>de</strong>res Executivos dos Estados, Distrito <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong><br />

e Municípios, promoverão a integração das políticas locais <strong>de</strong> saneamento básico, <strong>de</strong> uso,<br />

ocupação e conservação do solo, com as políticas fe<strong>de</strong>rais e estaduais <strong>de</strong> recursos hídricos<br />

(artigo 31).<br />

O Sistema Nacional <strong>de</strong> Gerenciamento <strong>de</strong> Recursos Hídricos é integrado pelos seguintes<br />

componentes: Conselho Nacional <strong>de</strong> Recursos Hídricos, Conselhos <strong>de</strong> Recursos Hídricos<br />

dos Estados e do Distrito <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong>, Comitês <strong>de</strong> Bacia Hidrográfica, órgão dos po<strong>de</strong>res<br />

públicos fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal relacionados com a gestão das águas e as agências<br />

das águas (MARIN et al. 1999).<br />

No que tange às legislações municipais, a drenagem urbana é abordada pelas Leis <strong>de</strong> Uso e<br />

Ocupação do Solo, não contando com legislação especifica que aponte norma para<br />

previsão, controle e instalação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem pluvial e <strong>de</strong> dispositivos para o<br />

controle <strong>de</strong> cheias.<br />

O presente estudo <strong>de</strong> caso se baseará, principalmente, na legislação pertinente ao<br />

zoneamento e uso do solo urbano, abordada no plano diretor <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano,<br />

que será, por sua vez, o sustentáculo do plano diretor <strong>de</strong> drenagem urbana.<br />

Para maior compreensão, serão abordados os aspectos levantados para a elaboração do<br />

Plano Diretor <strong>de</strong> Urbanização, mais precisamente aqueles relacionados ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano ligado ao funcionamento a<strong>de</strong>quado do sistema <strong>de</strong> drenagem.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 26<br />

2.3.2.PLANO DIRETOR DE DRENAGEM URBANA - PDDU<br />

O planejamento do sistema <strong>de</strong> drenagem está intimamente ligado ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

urbano previsto para uma <strong>de</strong>terminada região, com objetivo <strong>de</strong> diminuir os riscos e<br />

combater e mitigar os problemas causados por inundações, possibilitando o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano <strong>de</strong> forma articulada e harmônica.<br />

Segundo Tucci (2002), a estrutura básica do plano é baseada nos fundamentos do plano:<br />

nos elementos do seu <strong>de</strong>senvolvimento; nos produtos que serão gerados; e nos programas a<br />

curto e médio prazo.<br />

O planejamento urbano é implementado pelo plano diretor da cida<strong>de</strong>, que por sua vez<br />

consi<strong>de</strong>ra a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> habitacional como parâmetro para o planejamento <strong>de</strong> cada uma das<br />

subdivisões (TUCCI, 1997).<br />

Os Planos Diretores têm como objetivo principal à interferência no processo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento local, permitindo uma compreensão geral dos fatores políticos,<br />

econômicos, financeiros e territoriais que condicionam a situação do município.<br />

Segundo Milograna (2001) <strong>de</strong>ntre as diretrizes do Plano Diretor <strong>de</strong> Urbanização (PDU),<br />

que visam o <strong>de</strong>senvolvimento urbano e a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong>stacam-se aquelas referentes<br />

ao or<strong>de</strong>namento do território municipal e, sobretudo, urbano, à preservação do meio<br />

ambiente e da cultura; à urbanização, regularização e titulação das áreas <strong>de</strong>teriorada,<br />

preferencialmente sem remoção dos moradores; a participação da população no<br />

planejamento e controle da execução dos programas a elas pertinentes; às políticas <strong>de</strong><br />

orientação da formulação <strong>de</strong> planos setoriais para provimento e prestação <strong>de</strong> serviços<br />

públicos; à reserva ambiental <strong>de</strong> áreas urbanas para implantação <strong>de</strong> projetos especiais <strong>de</strong><br />

cunho social.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento urbano planejado para o município está diretamente ligado às normas<br />

<strong>de</strong> controle e ocupação do solo que, articulado com as diretrizes do plano diretor, é o<br />

elemento <strong>de</strong> referência para a elaboração da legislação urbanística, cujo conteúdo <strong>de</strong>verá<br />

<strong>de</strong>finir: os limites das áreas urbanas do município, as formas <strong>de</strong> parcelamento do solo<br />

nessas áreas; as formas <strong>de</strong> ocupação e utilização do solo; os padrões construtivos<br />

compatíveis com a salubrida<strong>de</strong> e a segurança das edificações, a regulação das relações


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 27<br />

entre os cidadãos e a cida<strong>de</strong>, e o cidadão e seus iguais; e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> área on<strong>de</strong><br />

estejam ocorrendo ações que prejudiquem o meio ambiente urbano e rural (MILOGRANA,<br />

2001).<br />

Na tentativa <strong>de</strong> contemplar os aspectos relativos à drenagem urbana, as Leis <strong>de</strong><br />

Zoneamento e Uso do Solo colocam a limitação da taxa mínima <strong>de</strong> áreas permeáveis a<br />

serem reservadas em cada lote. No entanto, os pontos obscuros existentes nessa legislação<br />

e a dificulda<strong>de</strong> na fiscalização das mesmas, permitem que esse índice seja <strong>de</strong>srespeitado. A<br />

Lei <strong>de</strong> Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo <strong>de</strong> 1996 para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte<br />

(Lei municipal 7166/96) consi<strong>de</strong>ra uma taxa <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> mínima em suas diferentes<br />

característica <strong>de</strong> zoneamento, com valores entre 20 e 95% sendo esta <strong>de</strong>finida com áreas<br />

<strong>de</strong>scoberta e permeável do terreno, dotada <strong>de</strong> vegetação que contribua para o equilíbrio<br />

climático e propicie alívio para o sistema público <strong>de</strong> drenagem urbana. Essa Lei prevê a<br />

impermeabilização <strong>de</strong> 100% do terreno <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que exista, nas edificações, áreas <strong>de</strong>scoberta<br />

equivalente à taxa mínima <strong>de</strong> área permeáveis, que seja ocupada por floreiras, etc, ou<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seja construída caixa <strong>de</strong> captação e drenagem, que retar<strong>de</strong> o lançamento das<br />

águas pluviais (RAMOS , 1998).<br />

É importante que o Plano Diretor <strong>de</strong> Drenagem Urbana (PDDU) esteja integrado com os<br />

gran<strong>de</strong>s sistemas urbanos que interagem com a drenagem, tais como: o sistema viário, o<br />

controle <strong>de</strong> erosão do solo e dos riscos geológicos, a coleta e <strong>de</strong>stinação final dos resíduos<br />

sólidos, o saneamento básico, o controle da poluição dos ambientes aquáticos, a saú<strong>de</strong><br />

pública e o uso e ocupação do solo (TUCCI et al., 1995).<br />

O PDDU <strong>de</strong>verá contemplar a totalida<strong>de</strong> do município, efetuando uma abordagem<br />

integrada, por bacias hidrográficas, abrangendo não apenas os aspectos hidráulicos do<br />

problema da drenagem como, também, os aspectos ambientais, jurídico-institucionais,<br />

urbanísticos, sociais e paisagísticos, cuja análise global contemple os aspectos relacionados<br />

às inundações e à poluição veiculada pelo sistema <strong>de</strong> drenagem (CHAMPS apud<br />

MILOGRANA, 2001).


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 28<br />

2.4. CONTROLE DE ENCHENTES<br />

Segundo Tucci et al. (1995) o controle das enchentes urbanas é um processo permanente,<br />

que <strong>de</strong>ve ser mantido pelas comunida<strong>de</strong>s, visando a redução do custo social e econômico<br />

dos impactos da urbanização. O controle não <strong>de</strong>ve ser visto como uma ação isolada, seja<br />

no tempo ou no espaço, mas como uma ativida<strong>de</strong> que a socieda<strong>de</strong>, com um todo , <strong>de</strong>ve<br />

participar <strong>de</strong> forma contínua.<br />

Para se ter um bom controle das enchentes é preciso que suas causas sejam combatidas nas<br />

fontes e não somente nas suas conseqüências.<br />

De acordo com a CETESB (1986), há várias maneiras <strong>de</strong> controlar as inundações, po<strong>de</strong>ndo<br />

dividi-las em medidas estruturais e não estruturais. As estruturais são as medidas que<br />

alteram o sistema fluvial para evitar os prejuízos causados pelas enchentes; são medidas <strong>de</strong><br />

caráter corretivo. Já as não estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos pela<br />

melhor convivência da população com as enchentes; apresentam um caráter mais<br />

preventivo. Com a utilização do conjunto <strong>de</strong>ssas medidas, po<strong>de</strong>-se obter um controle sobre<br />

as inundações.<br />

De acordo com Figueiredo (2000), medidas não-estruturais <strong>de</strong> inundação po<strong>de</strong>m ser<br />

agrupadas em:<br />

• Regulamentação do uso da terra ou zoneamento <strong>de</strong> áreas inundáveis, isto é, promover o<br />

zoneamento <strong>de</strong> áreas inundáveis, com restrições a usos incompatíveis nas áreas mais<br />

sujeitas a inundações freqüentes; adotar medidas <strong>de</strong>stinadas a prever, evitar ou<br />

minimizar as situações <strong>de</strong> risco à vida, saú<strong>de</strong> ou ao meio ambiente, bem como mitigar<br />

seus efeitos negativos.<br />

• Construção à prova <strong>de</strong> enchente, compostas <strong>de</strong> materiais menos suscetíveis aos danos<br />

das cheias;<br />

• Sistema <strong>de</strong> alerta ligado a <strong>de</strong>fesa civil, o qual tem a função <strong>de</strong> prevenir com<br />

antecedência <strong>de</strong> curto prazo, reduzindo os prejuízos, pela remoção, <strong>de</strong>ntro da<br />

antecipação permitida;


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 29<br />

• Seguro contra cheias, o qual apresenta a vantagem <strong>de</strong> ter custos menores em relação à<br />

utilização <strong>de</strong> medidas estruturais, diminui os gastos do governo ocasionados pela<br />

in<strong>de</strong>nização das perdas pela cheia e cria vantagem ambiental pela não interferência na<br />

natureza.<br />

As medidas <strong>de</strong> controle do escoamento po<strong>de</strong>m ser classificadas <strong>de</strong> acordo com sua ação na<br />

bacia hidrográfica (TUCCI, 1995), em:<br />

• Distribuída ou na fonte: é o tipo <strong>de</strong> controle que atua sobre o lote, praças e passeios;<br />

• Na microdrenagem: é o controle que age sobre o hidrograma resultante <strong>de</strong> um ou<br />

mais loteamento.<br />

• Na macrodrenagem: é o controle sobre os principais cursos d’água, receptor final da<br />

água <strong>de</strong> drenagem.<br />

As medidas <strong>de</strong> controle po<strong>de</strong>m ser organizadas, <strong>de</strong> acordo com a sua ação sobre o<br />

hidrograma em cada uma das partes das bacias mencionadas acima (TUCCI, 1995), em:<br />

• Infiltração e percolação: normalmente, cria espaço para que a água tenha maior<br />

infiltração e percolação no solo, utilizando o armazenamento e o fluxo subterrâneo para<br />

retardar o escoamento superficial;<br />

• Armazenamento: através <strong>de</strong> reservatórios, que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> tamanho a<strong>de</strong>quado para<br />

uso numa residência (1-3 m 3 ) até terem porte para a macrodrenagem urbana (alguns<br />

milhares <strong>de</strong> m 3 ). O efeito do reservatório urbano é o <strong>de</strong> reter parte do volume do<br />

escoamento superficial, reduzindo o seu pico e distribuindo a vazão no tempo;<br />

• Aumento da eficiência do escoamento: através <strong>de</strong> condutos e canais, drenando áreas<br />

inundadas. Esse tipo <strong>de</strong> solução ten<strong>de</strong> a transferir enchentes <strong>de</strong> uma área para outra,<br />

mas po<strong>de</strong> ser benéfico quando utilizado em conjunto com reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção;


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 30<br />

• Diques e estações <strong>de</strong> bombeamento: solução tradicional <strong>de</strong> controle localizado <strong>de</strong><br />

enchentes em áreas urbanas que não possuam espaço para amortecimento da<br />

inundação.<br />

Segundo Agra (2001) po<strong>de</strong>m, ainda haver estruturas mistas, que trabalham com<br />

armazenamento e infiltração ao mesmo tempo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da concepção da obra ou<br />

dispositivo. Por fim, as medidas <strong>de</strong> controle, po<strong>de</strong>m ser dividas em medidas<br />

compensatórias, que compensam o efeito da impermeabilização, como por exemplo, uma<br />

estrutura que <strong>de</strong>volva à bacia a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> infiltração, reduzida pelo aumento da área<br />

impermeável; e alternativas, medidas <strong>de</strong> substituição das soluções tradicionais.<br />

Os dispositivos mais utilizados para controlar as águas pluviais <strong>de</strong> lotes individuais sãos os<br />

dispositivos <strong>de</strong> infiltração e percolação. Segundo Urbonas e Stahre (1993) essa<br />

metodologia apresenta as seguintes vantagens:<br />

• Recarga do lençol freático;<br />

• Preservação e intensificação da vegetação natural;<br />

• Redução da poluição transportada para corpos receptores;<br />

• Redução <strong>de</strong> picos a jusante;<br />

• Redução das dimensões dos condutos e dos custos.<br />

Ainda por Urbonas e Stahre (1993) as <strong>de</strong>svantagens apresentadas pela metodologia são:<br />

• Os solos po<strong>de</strong>m se tornar impermeáveis com o tempo;<br />

• A confiança na sua operação po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar as comunida<strong>de</strong>s frente a enormes custos no<br />

futuro, quando da ocorrência <strong>de</strong> uma tormenta, esse sistemas começarem a falhar,<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> exercerem a função para a qual foram <strong>de</strong>stinados;<br />

• O nível do lençol freático po<strong>de</strong> aumentar e causar danos ao subsolo e fundações das<br />

construções.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 31<br />

Segundo Tucci et al. (1995), os principais dispositivos <strong>de</strong> infiltração e percolação adotados<br />

para controle do escoamento superficial são:<br />

a) Planos <strong>de</strong> infiltração - São formados por áreas gramadas laterais para receberem a<br />

precipitação <strong>de</strong> uma área impermeável, e geralmente estão associadas a uma vala <strong>de</strong><br />

infiltração conforme mostra a Figura 2.4 .<br />

b) Valos <strong>de</strong> infiltração – São dispositivos <strong>de</strong> drenagem lateral que concentram o fluxo das<br />

áreas adjacentes e criam condições para infiltração ao longo do seu comprimento,<br />

Figura 2.5, são muitas vezes implantados paralelos às ruas, estradas, estacionamento e<br />

conjuntos habitacionais. Se a precipitação é superior a capacida<strong>de</strong> do valo, ele funciona<br />

como um reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção.<br />

Figura 2.4 – Plano <strong>de</strong> infiltração<br />

Fonte: Urbonas e Stahre (1993)


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 32<br />

Figura 2.5 – Vala <strong>de</strong> infiltração<br />

Fonte: Urbonas e Stahre (1993)<br />

c) Bacias <strong>de</strong> infiltração – são reservatórios <strong>de</strong> retenção/<strong>de</strong>tenção localizados em solos<br />

permeáveis, que po<strong>de</strong>m, também, ser usados como bacia <strong>de</strong> infiltração. Sua concepção<br />

é mostrada na Figura 2.6.<br />

Figura 2.6 – Bacia <strong>de</strong> infiltração<br />

Fonte Urbonas e Stahre (1993)<br />

d) Bacias <strong>de</strong> percolação – São dispositivos criados para receber águas <strong>de</strong> telhados e criar<br />

condições <strong>de</strong> escoamento através do solo. O armazenamento é realizado na camada<br />

superior do solo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da porosida<strong>de</strong> e da taxa <strong>de</strong> percolação, para tanto, o lençol<br />

freático <strong>de</strong>ve ser baixo, para criar espaço para o armazenamento. A Figura 2.7 mostra o<br />

esquema <strong>de</strong> uma bacia <strong>de</strong> percolação.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 33<br />

Figura 2.7 – Bacia <strong>de</strong> percolação<br />

Fonte: Urbonas e Stahre (1993)<br />

e) Pavimentos permeáveis – esses dispositivos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritos, basicamente, por três<br />

tipos <strong>de</strong> superfícies pavimentadas <strong>de</strong>signadas para minimizar o escoamento superficial.<br />

Pavimentos <strong>de</strong> asfalto e concreto poroso são construídos similarmente ao convencional,<br />

tendo como diferença básica, a retirada da fração fina do agregado na mistura. Outro<br />

tipo <strong>de</strong> pavimento permeável é construído da intercomunicação modular <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong><br />

concreto, com células abertas. Os pavimentos não são recomendáveis para ruas com<br />

gran<strong>de</strong> tráfego <strong>de</strong>vido à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, o que levaria a entupimento,<br />

tornando-o impermeável. A Figura 2.8 e a Figura 2.9 mostram esquemas <strong>de</strong><br />

pavimentos permeáveis.<br />

Figura 2.8 – Pavimento poroso e celular poroso<br />

Fonte: Urbonas e Stahre (1993)


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 34<br />

Figura 2.9 – Pavimento permeável<br />

Fonte: Hogland e Niemczunowicz apud Tucci (1995)<br />

Há vários processos <strong>de</strong> armazenamento, <strong>de</strong> redução ou <strong>de</strong> retardamento do escoamento<br />

superficial da água pluvial. Alguns tipos estão apresentados no Quadro 2.1, sendo o<br />

reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção/retenção (D/R) melhor <strong>de</strong>talhado no próximo item.<br />

Quadro 2.1 – Medidas para redução <strong>de</strong> <strong>de</strong>flúvio superficial direto urbano<br />

ÁREA REDUÇÃO DE DEFLÚVIO<br />

DIRETO<br />

RETARDAMENTO DE<br />

DEFLÚVIO DIRETO<br />

Telhado plano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s 1 - Armazenamento em cisternas. 1 - Armazenamento no telhado,<br />

dimensões<br />

2 - Jardim suspenso.<br />

empregando tubos condutores<br />

3 - Armazenamento em tanques ou verticais estreitos.<br />

chafariz<br />

2 - Aumentando a rugosida<strong>de</strong> do<br />

telhado.<br />

Estacionamento 1 - Pavimento permeável. 1 - Faixas gramadas no<br />

2 – Reservatório <strong>de</strong> concreto ou estacionamento.<br />

cisterna sob o estacionamento. 2 - Canal gramado drenado o<br />

3 - Áreas <strong>de</strong> armazenamento estacionamento.<br />

gramadas em<br />

estacionamento.<br />

redor do 3 - Armazenamento e <strong>de</strong>tenção<br />

para áreas impermeáveis.<br />

4 - Valas com cascalho (brita)<br />

Resi<strong>de</strong>ncial 1 - Cisternas para casas 1-Reservatório <strong>de</strong><br />

individuais, ou grupos <strong>de</strong> casas. <strong>de</strong>tenção/retenção.<br />

2 - Passeio com cascalho. 2 - Utilizando gramas espessas.<br />

3 - Áreas ajardinadas em redor. 3 - Passeios com cascalho.<br />

4 - Recarga do lençol subterrâneo. 4 - Sarjetas ou canais gramados.<br />

5 - Depressões gramadas. 5 - Aumentando o percurso da<br />

água através <strong>de</strong> sarjetas, <strong>de</strong>svios,<br />

etc.<br />

Gerais 1 - Vielas com cascalho.<br />

2 - Calçadas permeáveis.<br />

3 - Canteiros cobertos com palhas<br />

ou folhas.<br />

1 – Vielas com cascalho<br />

Fonte : Figueiredo (2000)<br />

O objetivo dos reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção ou retenção é minimizar o impacto hidrológico da<br />

redução da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenamento natural da bacia hidrográfica, <strong>de</strong>vido à<br />

impermeabilização <strong>de</strong>corrente da urbanização. Nesse sentido, é feito o controle da vazão


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 35<br />

máxima e o amortecimento do pico a jusante, o que permite reduzir a seção hidráulica dos<br />

condutos e manter as condições <strong>de</strong> vazão preexistentes na área <strong>de</strong>senvolvida. Esses<br />

elementos po<strong>de</strong>m ser dimensionados para uma lâmina permanente <strong>de</strong> água (retenção) ou<br />

secarem após seu uso (<strong>de</strong>tenção). A Figura 2.10 mostra um reservatório <strong>de</strong> usos múltiplos e<br />

a Figura 2.11 um reservatório <strong>de</strong> retenção.<br />

Figura 2.10 – Reservatório com usos variados<br />

Fonte: Fujita apud Tucci (1995)<br />

Figura 2.11 – Reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

Fonte: Tucci (1995)<br />

O controle do impacto do aumento do escoamento <strong>de</strong>vido à urbanização, na<br />

macrodrenagem tem sido realizado na realida<strong>de</strong> brasileira, através dos seguintes<br />

dispositivos:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 36<br />

a) Canalização – Tem como objetivo ampliar a capacida<strong>de</strong> do rio em transportar uma<br />

<strong>de</strong>terminada vazão, pelo aumento da seção, diminuição da rugosida<strong>de</strong> ou aumento da<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da linha <strong>de</strong> água como mostrado na Figura 2.12. Segundo Tucci et al.<br />

(1995), quando o canal é aprofundado, a linha d’água é rebaixada, evitando a<br />

inundação. A ampliação da seção <strong>de</strong> escoamento produz redução da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da<br />

linha d’água e redução <strong>de</strong> níveis para montante.<br />

Figura 2.12 –Ampliação do canal<br />

Fonte: Tucci et al.(1995)<br />

b) Diques <strong>de</strong> proteção – permitem a proteção localizada, para uma região ribeirinha,<br />

através da redução da seção <strong>de</strong> escoamento, po<strong>de</strong>ndo provocar o aumento da<br />

velocida<strong>de</strong> e dos níveis <strong>de</strong> inundação. A Figura 2.13 representa o esquema <strong>de</strong> um dique<br />

<strong>de</strong> proteção.<br />

Figura 2.13 – Diques <strong>de</strong> proteção<br />

Fonte: Tucci et al. (1995)<br />

c) Reservatórios ou parques urbanos – têm o mesmo processo <strong>de</strong> funcionamento dos<br />

reservatórios <strong>de</strong>tenção/retenção <strong>de</strong>scritos anteriormente, porém apresentam dimensões


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 37<br />

superiores a estes. As gran<strong>de</strong>s vantagens <strong>de</strong>sses parques são <strong>de</strong> acomodar as diferentes<br />

ampliações <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> cheia, <strong>de</strong>ntro da parte da bacia que o parque ou reservatório<br />

drena, criar um espaço ambiental bom, reduzir o material sólido e melhorar a qualida<strong>de</strong><br />

da água.<br />

2.5. SISTEMA DE DETENÇÃO/RETENÇÃO<br />

A idéia <strong>de</strong> construir reservatório <strong>de</strong>tenção não é nova. No Brasil, em 1925 o engenheiro<br />

sanitarista Saturnino <strong>de</strong> Brito projetou dois enormes reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção com um<br />

milhão <strong>de</strong> metros cúbicos cada, sendo um junto ao rio Tietê na região do Tatuapé e outro<br />

no rio Tamanduatei na capital <strong>de</strong> São Paulo. Serviriam ainda para embelezamento e para<br />

passeios náuticos. Os projetos não foram executados (TOMAZ, 2002).<br />

No Brasil, o estado que mais utiliza os reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção/retenção, como forma <strong>de</strong><br />

controle do escoamento superficial, é o Estado <strong>de</strong> São Paulo. O governo do estado, através<br />

do Departamento <strong>de</strong> Águas e Energia Elétrica (DAEE), está construindo no vale do<br />

Tamanduateí, na capital, seis reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção. No total estão previstos na capital<br />

<strong>de</strong> São Paulo 26 reservatórios. Segundo <strong>de</strong>claração do ex-prefeito Celso Pita ao jornal<br />

“Estado <strong>de</strong> São Paulo” <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2000, investiu-se no seu governo US$ 350 milhões em<br />

obras contra enchentes, principalmente na construção <strong>de</strong> piscinões, nome popular dado aos<br />

reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção/retenção (TOMAZ, 2002).<br />

Segundo Barbosa (1996) o efeito da urbanização sobre a resposta hidrológica <strong>de</strong> bacias<br />

hidrográficas foi extensivamente estudado na década <strong>de</strong> 1970. A urbanização à montante<br />

<strong>de</strong> uma área já <strong>de</strong>senvolvida po<strong>de</strong> aumentar a área da planície <strong>de</strong> inundação. Como<br />

resultado do aumento da área impermeável e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, os canais urbanos<br />

recebem maiores vazões <strong>de</strong> pico em menor tempo, que os córregos naturais.<br />

O aumento do escoamento pluvial, conseqüência da perda da retenção natural e do<br />

aumento da velocida<strong>de</strong> do escoamento promovido pelos elementos <strong>de</strong> drenagem,<br />

trouxeram prejuízos consi<strong>de</strong>ráveis às cida<strong>de</strong>s. Tornou-se então necessário o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> métodos que incluíssem uma retenção artificial às áreas<br />

<strong>de</strong>senvolvidas. Atualmente, o uso <strong>de</strong> reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção é uma das alternativas<br />

consi<strong>de</strong>radas para o controle <strong>de</strong> cheias urbanas. Áreas on<strong>de</strong> ocorrem precipitações muitas


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 38<br />

intensas, com relevo topográfico baixo e <strong>de</strong>senvolvimento urbano acelerado, são<br />

potencialmente sujeitas à enchentes, nestas áreas a implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tenção/retenção po<strong>de</strong> minorar bastante os transtornos causados por estas precipitações.<br />

Segundo Tucci et al. (1995) os reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção e retenção agem no sentido <strong>de</strong><br />

regular a vazão <strong>de</strong> saída num valor <strong>de</strong>sejado, <strong>de</strong> maneira a atenuar os efeitos à jusante da<br />

vazão <strong>de</strong> entrada. A diferença entre eles, é que, o reservatório <strong>de</strong> retenção mantém uma<br />

lâmina d’água permanente, geralmente utilizada para embelezamento <strong>de</strong> Parques<br />

Municipais e recreação aquática.<br />

O tempo <strong>de</strong> retenção da água pluvial no reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção/retenção é o tempo<br />

necessário para se atenuar os picos <strong>de</strong> enchentes, sendo a água armazenada transferida<br />

gradativamente aos condutos <strong>de</strong> drenagem após o evento chuvoso, o que possibilita<br />

também aos reservatórios melhorar a qualida<strong>de</strong> das águas pluviais recolhidas, diminuir a<br />

erosão dos canais e controlar o transporte <strong>de</strong> sedimentos.<br />

Embora usados há muito tempo por países como Estados Unidos, Canadá, Suécia e<br />

Austrália, os reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção só começaram a serem reconhecidos como uma<br />

forma eficiente <strong>de</strong> gerenciar água <strong>de</strong> chuva em 1970, e a partir daí têm sido usados<br />

amplamente. Até então, os sistemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção eram implantados aleatoriamente em<br />

relação ao conjunto da bacia, sem que houvesse um planejamento integrado, que levasse<br />

em conta o seu posicionamento em relação à bacia <strong>de</strong> drenagem (ROESNER e<br />

URBONAS, 1993).<br />

Segundo Jones e Jones (1983) reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção localizados aleatoriamente po<strong>de</strong>m<br />

causar coincidências <strong>de</strong> vazões <strong>de</strong> pico à jusante, agravando condições que <strong>de</strong>veria<br />

melhorar. A coincidência <strong>de</strong> picos à jusante é uma ameaça on<strong>de</strong> o comportamento<br />

hidrológico não é otimizado por cuidadoso planejamento. Para assegurar resultados do uso<br />

<strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção é necessário o planejamento global da bacia.<br />

Philips (1995) apresenta um método genérico para integrar o comportamento do<br />

reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção com o projeto da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem, <strong>de</strong> maneira a proteger todo o<br />

sistema <strong>de</strong> jusante.<br />

Segundo Urbonas e Stahre apud Tucci et al. (1995), o controle <strong>de</strong> cheias através do uso <strong>de</strong><br />

reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção tem as seguintes vantagens:


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 39<br />

• custos reduzidos, se comparados a um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> controles distribuídos;<br />

• custo menor <strong>de</strong> operação e manutenção;<br />

• facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> administrar a construção.<br />

E pelos mesmos autores o uso <strong>de</strong> reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção apresentam como <strong>de</strong>svantagens:<br />

• dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> achar locais a<strong>de</strong>quados;<br />

• custo <strong>de</strong> aquisição da área;<br />

• reservatórios maiores têm oposição por parte da população.<br />

2.5.1.CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DOS RESERVATÓRIOS<br />

Segundo Tucci et al. (1995) a utilização dos reservatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção é <strong>de</strong>finida <strong>de</strong> acordo<br />

com o objetivo do controle <strong>de</strong>sejado, sendo classificado em três categorias, apresentadas a<br />

seguir:<br />

Controle da vazão máxima: Os reservatórios <strong>de</strong>sta categoria são utilizados no sentido <strong>de</strong><br />

amortecer o pico à jusante, o que permite a redução da seção hidráulica dos condutos e<br />

matem as condições <strong>de</strong> vazão preexistente ou até mesmo menor que esta. Este tipo <strong>de</strong><br />

dispositivo é o tema <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Controle do volume: Os reservatórios <strong>de</strong>sta categoria são utilizados em integração com os<br />

condutos que transportam escoamento cloacal e pluvial juntamente, ou quando recebem a<br />

água <strong>de</strong> áreas com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminação. Este tipo <strong>de</strong> controle normalmente são<br />

utilizado para armazenar o excesso <strong>de</strong> volume da água que chega para ser tratada em uma<br />

Estação <strong>de</strong> Tratamento <strong>de</strong> Esgoto, pois esta geralmente tem capacida<strong>de</strong> limitada. Os<br />

Reservatórios <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> volume também são utilizados para <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> sedimentos<br />

e <strong>de</strong>puração da qualida<strong>de</strong> da água, e para isto, mantém seu volume por mais tempo <strong>de</strong>ntro<br />

do reservatório. Segundo Tucci et al. (1995) o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção, que é a diferença entre o


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 40<br />

centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> do hidrograma <strong>de</strong> entrada e o <strong>de</strong> saída, é um dos parâmetros utilizados<br />

para avaliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>puração do reservatório.<br />

Controle <strong>de</strong> material sólido: Tipo <strong>de</strong> reservatório utilizado quando a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

sedimentos produzida é significativa, retendo parte <strong>de</strong>stes para que sejam retirados do<br />

sistema <strong>de</strong> drenagem.<br />

2.5.2.LOCALIZAÇÃO<br />

A condição do Reservatório <strong>de</strong> Detenção ser fechado ou aberto muitas vezes <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

diretamente das condições <strong>de</strong> localização. Em locais on<strong>de</strong> o espaço seja reduzido ou que<br />

seja necessário manter-se uma superfície superior integrada com outros usos, po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizados reservatórios subterrâneos, no entanto, o custo <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> solução é superior<br />

ao dos reservatórios abertos.<br />

Quando a drenagem utiliza a folga <strong>de</strong> volume do sistema para amortecimento, ele é<br />

chamado <strong>de</strong> on-line. No caso em que o escoamento é transferido para a área <strong>de</strong><br />

amortecimento, após atingir uma certa vazão, o sistema é <strong>de</strong>nominado off-line (TUCCI et<br />

al., 1995).<br />

Segundo Tucci et al. (1995), a localização do reservatório <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong>ve levar em<br />

consi<strong>de</strong>ração os seguintes termos:<br />

• Em áreas muito urbanizadas, a localização <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço e da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interferir no amortecimento. Se existe espaço somente a montante, que<br />

drena pouco volume, o efeito será reduzido;<br />

• Em áreas a serem <strong>de</strong>senvolvidas, <strong>de</strong>ve-se procurar localizar o reservatório nas partes <strong>de</strong><br />

pouco valor, aproveitando as <strong>de</strong>pressões naturais ou parques existentes. Bons<br />

indicadores <strong>de</strong> localização são as áreas naturais que formam pequenos lagos, antes do<br />

seu <strong>de</strong>senvolvimento.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 41<br />

Segundo Ramos et al. (1999) na escolha do local <strong>de</strong> implantação do reservatório <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>tenção/retenção, <strong>de</strong>ve-se levar em consi<strong>de</strong>ração os fatores citados abaixo:<br />

• Uma primeira consi<strong>de</strong>ração relativa à obra <strong>de</strong> D/R é que ela esteja localizada à<br />

montante, e tão próximo quanto possível da área que requer proteção. Quanto mais<br />

próximo o local <strong>de</strong> armazenamento esteja da área sujeita à inundação, maior será a<br />

porção da área <strong>de</strong> drenagem controlada pela obra cogitada.<br />

• Um local potencialmente utilizável <strong>de</strong>ve revelar, mesmo numa avaliação aproximada,<br />

um porte a<strong>de</strong>quado em termos <strong>de</strong> área, bem como <strong>de</strong> volume que possa conter<br />

armazenamento temporário.<br />

• Obviamente é sempre preferível que uma obra <strong>de</strong> D/R possa operar exclusivamente por<br />

gravida<strong>de</strong>, tanto em termos <strong>de</strong> captação das águas a serem armazenadas como <strong>de</strong><br />

restituição das mesmas para o sistema local <strong>de</strong> drenagem. Constitui condição<br />

necessária para que tal possibilida<strong>de</strong> exista que se trate <strong>de</strong> local <strong>de</strong> armazenamento<br />

situado em área com <strong>de</strong>clive relativamente acentuado.<br />

• Em certos casos a área favorável para implantação <strong>de</strong> uma obra <strong>de</strong> D/R po<strong>de</strong> estar<br />

situada no próprio vale do curso local a ser controlado, po<strong>de</strong>ndo haver ou não a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escavação adicional, para obter o volume <strong>de</strong> armazenamento<br />

necessário. Em tais casos as condições <strong>de</strong> entrada serão simplificadas, restringindo-se<br />

as estruturas <strong>de</strong> controle apenas ao ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga.<br />

• Há situações em que as áreas favoráveis po<strong>de</strong>m estar situadas fora do vale do curso<br />

local, havendo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> transposição, <strong>de</strong>vendo-se prever então obras<br />

<strong>de</strong> captação e <strong>de</strong>svio para o local <strong>de</strong> armazenamento. Po<strong>de</strong>rá haver ou não a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escavações adicionais para a obtenção do volume necessário <strong>de</strong><br />

armazenamento.<br />

• É imprescindível um conhecimento <strong>de</strong>talhado dos sistemas <strong>de</strong> drenagem locais<br />

existentes em termos <strong>de</strong> suas características hidráulicas, hidrológicas e limitações<br />

principais.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 42<br />

2.5.3.DETERMINAÇÃO DO VOLUME<br />

Um reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção funciona como amortecedor do hidrograma <strong>de</strong> entrada através<br />

do volume disponível, <strong>de</strong>vendo reduzir o pico do hidrograma <strong>de</strong> saída ao valor igual ou<br />

menor que o existente antes da urbanização, quando este reservatório é implantado em uma<br />

área pré-urbanizada, ou até um valor a<strong>de</strong>quado ao sistema <strong>de</strong> drenagem à jusante do local<br />

<strong>de</strong> implantação do reservatório, quando implantado em áreas já urbanizadas. A Figura 2.14<br />

<strong>de</strong>monstra tal funcionamento (TUCCI et al., 1995).<br />

Vazão (m³/h)<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

11 12 13 14 15<br />

Tempo (h)<br />

Depois da urbanização com<br />

controle da vazão <strong>de</strong> pico<br />

Antes do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

Depois da urbanização<br />

Figura 2.14 – Efeito do reservatório sobre os hidrogramas<br />

Fonte: MacCuen apud Tucci et al.(1995)<br />

Roesner e Urbonas (1993) apresentam o método para cálculo do volume do reservatório,<br />

que utiliza a diferença entre os hidrogramas da bacia após a urbanização e o hidrograma<br />

<strong>de</strong>sejado ou hidrograma da bacia anterior à urbanização. O volume a ser adotado para o<br />

reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção é a integral no tempo da diferença entre os hidrogramas <strong>de</strong><br />

entrada e <strong>de</strong> saída, apresentado na Equação (2.10).<br />

t<br />

V = ∫ ( Q Q )dt<br />

in − out<br />

0<br />

(2.10)<br />

On<strong>de</strong>: V é o volume máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção; t é o tempo entre o início do escoamento e o<br />

ponto on<strong>de</strong> inicia a recessão do hidrograma (Qin = Qout); Qin e Qout são respectivamente as<br />

vazões <strong>de</strong> entrada e saída do hidrograma.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 43<br />

Bedient e Huber (1988) apresentaram um método para calcular o volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção a<br />

partir da análise <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> precipitação e vazão, on<strong>de</strong> estes são ajustados a uma<br />

regressão linear, obtendo-se a Equação (2.11).<br />

( P DS )<br />

R = CR −<br />

(2.11)<br />

On<strong>de</strong> R é a altura da lâmina escoada em milímetro; P é altura precipitada em milímetro;<br />

CR é a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da curva ajustada (aproximadamente o coeficiente <strong>de</strong> escoamento); DS<br />

é o armazenamento superficial em milímetro. O volume do reservatório é obtido<br />

multiplicando-se a altura da lâmina escoada pela área da bacia.<br />

Tomaz (2002) apresenta o Método SCS do TR-55 para o pré-dimensionamento <strong>de</strong><br />

reservatório <strong>de</strong> retenção, on<strong>de</strong> se tem:<br />

Volume<br />

do reservatório<br />

volume <strong>de</strong> runoff<br />

Sendo:<br />

2<br />

3<br />

= C 0 + C1.a<br />

+ C2.a<br />

+ C3.a<br />

(2.12)<br />

Volume <strong>de</strong> runoff = volume da chuva exce<strong>de</strong>nte (m 3 ). É a altura da chuva exce<strong>de</strong>nte,<br />

<strong>de</strong>terminada pelo método SCS TR55, multiplicada pela área da bacia nas unida<strong>de</strong>s<br />

compatíveis;<br />

α = Qantes/Q<strong>de</strong>pois<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Q<strong>de</strong>pois – vazão <strong>de</strong> pico (m 3 /s) <strong>de</strong>pois do <strong>de</strong>senvolvimento, para os cenários atual e futuros;<br />

Qantes – vazão <strong>de</strong> pico (m 3 /s) antes do <strong>de</strong>senvolvimento, para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização;<br />

C0, C1, C2 e C3 – coeficiente <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> regressão da Tabela 2.4.<br />

Tabela 2.4 – Valores dos coeficientes C0, C1, C2 e C3 em função do tipo <strong>de</strong> chuva dos<br />

Estados Unidos padronizada pelo SCS.<br />

Tipo <strong>de</strong> chuva nos<br />

Estados Unidos<br />

I, IA<br />

II, III<br />

Fonte: McCuen apud Tomaz (2002)<br />

C0 C1 C2<br />

0,660 -1,760 1,960 -0,730<br />

0,682 -1,430 1,640 -0,804<br />

C3


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 44<br />

Segundo Tucci et al. (1995) o cálculo do volume do reservatório po<strong>de</strong> ser obtido por:<br />

• Método simplificado, quando a área é muito pequena ou a nível <strong>de</strong> planejamento;<br />

• Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> amortecimento em reservatório, para caso <strong>de</strong> projeto.<br />

Método Simplificado: neste método são utilizadas algumas informações do hidrograma <strong>de</strong><br />

entrada, como o valor do pico, tempo <strong>de</strong> pico e/ou tempo <strong>de</strong> concentração. E através<br />

<strong>de</strong>stes, estima-se qual <strong>de</strong>ve ser o volume do reservatório necessário para amortecer a vazão<br />

criada pelo <strong>de</strong>senvolvimento urbano, para um valor igual ou menor à vazão <strong>de</strong> pré-<br />

urbanização para o mesmo risco. Para tanto é utilizado um hidrograma triangular, Figura<br />

2.15, tanto para entrada como para a saída do reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção, e através <strong>de</strong>stes é<br />

encontrado o volume do reservatório (Vs), apresentado pela Equação (2.13).<br />

V<br />

V<br />

s<br />

d<br />

on<strong>de</strong>:<br />

=1−<br />

α<br />

Vs – volume do reservatório <strong>de</strong> retenção;<br />

Vd – volume <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong>pois da urbanização;<br />

α = Qa/Qd;<br />

Vd = Qd . td;<br />

Qa e Qd – Vazão <strong>de</strong> pico antes e <strong>de</strong>pois da urbanização, respectivamente;<br />

td – tempo <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong>pois da urbanização.<br />

(2.13)<br />

Esse mo<strong>de</strong>lo é <strong>de</strong>senvolvido com base em hidrogramas triangulares <strong>de</strong> entrada e saída,<br />

sendo Vs o volume entre o hidrograma <strong>de</strong> entrada e o <strong>de</strong> saída, enquanto a vazão <strong>de</strong> saída é<br />

menor que a vazão <strong>de</strong> entrada. O pico do hidrograma <strong>de</strong> saída, que correspon<strong>de</strong> à vazão <strong>de</strong><br />

pré-<strong>de</strong>senvolvimento, ocorre na recessão do hidrograma <strong>de</strong> entrada, como é esperado no<br />

amortecimento em reservatório.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 45<br />

Figura 2.15 – Mo<strong>de</strong>lo para estimativa do volume armazenado<br />

Fonte : MacCuen apud Tucci et al. (1995)<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> amortecimento em reservatório: Durante o processo <strong>de</strong> armazenamento em<br />

reservatório, o escoamento neste se apresenta com uma velocida<strong>de</strong> baixa, o que garante a<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> da linha <strong>de</strong> água pequena, o que permite admitir a linha <strong>de</strong> água horizontal. O<br />

método <strong>de</strong> amortecimento em reservatório relaciona as funções <strong>de</strong> cota x volume e cota x<br />

vazão, e com estes obtém a relação entre armazenamento e volume. Segundo Linsley et al.<br />

(1978), Tucci (1995) e Tomaz (2002), um dos métodos mais utilizados para amortecimento<br />

em reservatório, é o método modificado <strong>de</strong> Pulz elaborado em 1928, que consi<strong>de</strong>ra a linha<br />

<strong>de</strong> água horizontal, e a equação da continuida<strong>de</strong>.<br />

O método modificado <strong>de</strong> Pulz ou método <strong>de</strong> armazenamento é indicado para <strong>de</strong>terminação<br />

do propagação no reservatório, que é o processo que <strong>de</strong>termina, espacialmente e no tempo,<br />

as variações <strong>de</strong> vazões no reservatório.<br />

Segundo Akan apud Tucci et al. (1995) e Tomaz (2002), o método modificado <strong>de</strong> Pulz<br />

consi<strong>de</strong>ra a equação da continuida<strong>de</strong>, pela seguinte forma:<br />

I − Q = dS/dt<br />

(2.14)<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Vazão<br />

Qd<br />

Qa<br />

I – vazão <strong>de</strong> entrada;<br />

Q – vazão <strong>de</strong> saída;<br />

Hidrograma após o <strong>de</strong>senvovimento<br />

(hidrograma <strong>de</strong> entrada)<br />

td ta<br />

Hidrograma antes do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

Tempo


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 46<br />

S – volume armazenado;<br />

t – tempo.<br />

Discretizando a Equação (2.14) para um intervalo <strong>de</strong> tempo, resulta:<br />

( t + ?t)<br />

− S(<br />

t)<br />

[ I(<br />

t)<br />

+ I(<br />

t + ?t)<br />

] [ Q(<br />

t + ?t)<br />

Q(<br />

t)<br />

]<br />

S +<br />

=<br />

−<br />

?t<br />

2<br />

2<br />

(2.15)<br />

On<strong>de</strong> os índices t e t + Δt representam os tempos das variáveis, se esses forem substituídos<br />

pelos subscritos 1 e 2 respectivamente, então tem-se:<br />

( I + I ) ( Q − Q )<br />

1<br />

2<br />

2<br />

( + I )<br />

2<br />

?t−<br />

1<br />

2<br />

2<br />

?t=<br />

S<br />

2<br />

−S<br />

I1 2<br />

2<br />

Q1<br />

Q<br />

?t+<br />

S 1 − ?t = S2<br />

+<br />

2 2<br />

Multiplicando os dois membros da equação por x 2 temos:<br />

( + I ) ?t+<br />

2S - Q ?t = 2S + Q ?t<br />

I1 2<br />

1 1<br />

2 2<br />

Dividindo por Δt tem-se:<br />

1<br />

?t<br />

( I I ) + ( 2S / ?t-<br />

Q ) = ( 2S / ?t+<br />

Q )<br />

1<br />

On<strong>de</strong>:<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

(2.16)<br />

+ (2.17)<br />

I1 – vazão no início do período <strong>de</strong> tempo;<br />

I2 – vazão no fim do período <strong>de</strong> tempo;<br />

Q1 – vazão <strong>de</strong> saída no início do período <strong>de</strong> tempo;<br />

Q2 – vazão <strong>de</strong> saída no fim do período <strong>de</strong> tempo;<br />

Δt –duração do período <strong>de</strong> tempo;<br />

S1 – volume no início do período <strong>de</strong> tempo;<br />

S2 – volume no fim do período <strong>de</strong> tempo.


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 47<br />

Na prática, os valores <strong>de</strong> I1, I2, bem como os valores iniciais da vazão <strong>de</strong> saída Q1 e do<br />

volume armazenado S1, são conhecidos, restando ainda duas incógnitas, Q2 e S2, torna-se,<br />

portanto, necessário uma segunda equação, aquela que fornece o armazenamento S2, em<br />

função da <strong>de</strong>scarga.<br />

Segundo Linsley et al. (1978), a segunda relação necessária para uma solução é o gráfico<br />

dos valores (2S/Δt) ± Q em função <strong>de</strong> Q, Figura 2.16. No início <strong>de</strong> um período <strong>de</strong><br />

propagação (tempo 1), todos os termos à esquerda da Equação (2.14), são conhecidos e<br />

po<strong>de</strong>-se calcular o valor do segundo membro da equação. E entrando no gráfico da Figura<br />

2.16 com esse valor, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar o valor <strong>de</strong> Q2 e o valor correspon<strong>de</strong>nte (2S/Δt) –<br />

Q. O procedimento é repetido até que o método <strong>de</strong> routing esteja completo.<br />

Q (m³/s)<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

Figura 2.16: Cálculo do amortecimento em reservatório<br />

2.5.4.ELEMENTOS HIDRÁULICOS DE SAÍDA<br />

As saídas <strong>de</strong> fluxo das bacias <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção são reguladas por dispositivos hidráulicos fixos,<br />

tais como vertedores, orifícios, condutos <strong>de</strong> fundo e reguladores móveis, automáticos ou <strong>de</strong><br />

controle remoto. A manutenção dos dispositivos <strong>de</strong> saída é <strong>de</strong>vido principalmente ao<br />

entupimento <strong>de</strong>vido ao material sólido e ao vandalismo sobre os equipamentos hidráulicos<br />

(TUCCI et al., 1995).<br />

2S<br />

−<br />

Q<br />

?t<br />

2S<br />

+ Q<br />

?t<br />

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 48<br />

O esquema geral <strong>de</strong> um conduto <strong>de</strong> elevação, que é um tipo <strong>de</strong> dispositivo <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> uma<br />

bacia <strong>de</strong> retenção normalmente utilizado é apresentado na Figura 2.17.<br />

Nível <strong>de</strong> enchente máxima<br />

Nível <strong>de</strong> enchente <strong>de</strong> 10 a 100 anos<br />

Nível <strong>de</strong> enchente <strong>de</strong> 2 anos<br />

Nível permanente<br />

Tela<br />

Orifício<br />

Figura 2.17 – Exemplo <strong>de</strong> dispositivo <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> uma bacia <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção<br />

Fonte: Urbonas e Stahre apud Tucci et al.(1995)<br />

Os tipos mais freqüentes <strong>de</strong> dispositivos hidráulicos <strong>de</strong> saída são:<br />

a) Vertedor na saída pelo conduto <strong>de</strong> elevação (Figura 2.18a): Os vertedores <strong>de</strong>sse tipo<br />

se assemelham ao <strong>de</strong> pare<strong>de</strong> <strong>de</strong>lgada.<br />

Poço e Orifício<br />

b) Orifício: O funcionamento do orifício <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da carga acima <strong>de</strong>le e do seu<br />

afogamento à jusante. O dimensionamento <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> saída da barragem <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção<br />

po<strong>de</strong> ser realizado como bueiro, Figura (18b).<br />

Fundação <strong>de</strong> Concreto<br />

c) Vertedor <strong>de</strong> emergência: Os vertedores <strong>de</strong> emergência são, geralmente, <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />

espessa, com borda livre <strong>de</strong> 30 a 60 cm acima da cota máxima <strong>de</strong> projeto.<br />

d) Reguladores <strong>de</strong> controle: os dispositivos utilizados po<strong>de</strong>m ser mecânicos, auto-<br />

reguláveis, ou até mesmo <strong>de</strong> controle remoto, seus funcionamentos são baseados no<br />

monitoramento do nível do sistema. Devido a problemas <strong>de</strong> entupimento e falhas <strong>de</strong><br />

alguns dispositivos, é recomendável que um sensor monitore à jusante do dispositivo<br />

<strong>de</strong> saída (URBONAS E STAHRE apud TUCCI et al., 1995).<br />

Barragem<br />

Vertedor


CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 49<br />

D<br />

L<br />

2 W<br />

( a )<br />

Alguns sistemas utilizados são:<br />

Figura 2.18 – Vertedores na saída do conduto <strong>de</strong> elevação<br />

Fonte : MacCuen apud Tucci,(1995)<br />

• comporta móvel com controle <strong>de</strong> nível: bacia <strong>de</strong> dissipação com um flutuador<br />

controlado por válvula flap;<br />

• válvulas controladas por flutuadores;<br />

• escoamento regulado por bombas;<br />

• controle remoto, com sensores <strong>de</strong> níveis e controle <strong>de</strong> comporta.<br />

E 1<br />

E 0<br />

E c<br />

E i<br />

H 0<br />

W 0<br />

E 0<br />

1 E<br />

D E i<br />

c E<br />

( b )


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

CAPÍTULO 3<br />

DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

O processo <strong>de</strong> urbanização ocorrido em uma bacia hidrográfica altera seu comportamento<br />

hidrológico, sobretudo, na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento superficial. Os Planos Diretores <strong>de</strong><br />

Urbanização e as Leis <strong>de</strong> Zoneamento e Uso do Solo elaborados pelos municípios buscam<br />

evitar que o efeito da urbanização extrapole os limites aceitáveis, para tanto, fixam os<br />

limites máximos <strong>de</strong> ocupação para cada região.<br />

Como a fiscalização do cumprimento <strong>de</strong>ssas normas é <strong>de</strong>ficiente, uma alternativa, com<br />

uma abordagem um pouco mais recente, é <strong>de</strong> não controlar a ocupação, mas exigir que o<br />

hidrograma <strong>de</strong> saída da bacia não seja diferente da condição <strong>de</strong> pré-urbanização. Desse<br />

ponto <strong>de</strong> vista, é que se <strong>de</strong>senvolveu este estudo, cuja estrutura e ativida<strong>de</strong>s executadas<br />

para atingir os objetivos propostos, são apresentados neste capítulo e nos dois próximos.<br />

3.1. ESTRUTURA DO ESTUDO<br />

O objetivo do trabalho, como foi apresentado anteriormente, é analisar a implantação <strong>de</strong><br />

sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção para controle do escoamento superficial, a nível <strong>de</strong> bacia hidrográfica.<br />

Foi proposto um sistema <strong>de</strong> retenção único para a bacia hidrográfica em estudo. O motivo<br />

<strong>de</strong> ter sido escolhido este sistema foi: a possibilida<strong>de</strong> da obra proposta ser implantado na<br />

bacia em estudo; o efeito benéfico <strong>de</strong>sta estrutura na bacia <strong>de</strong> jusante que se encontra em<br />

processo <strong>de</strong> urbanização avançado; evitar a canalização do restante do córrego que drena a<br />

bacia.<br />

50


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

A avaliação do sistema proposto foi realizada nas seguintes etapas:<br />

1. Definição dos cenários em que será simulado o escoamento e será avaliado o sistema<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção proposto, para isto foram levantadas todas as características atuais da<br />

bacia, apresentadas neste capítulo, e foi feita uma previsão futura para a bacia, esta<br />

apresentada no capítulo seguinte,<br />

2. Simulação do escoamento nos cenários propostos, através dos hidrogramas resultantes<br />

<strong>de</strong> cada situação,<br />

3. Definição do volume <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção,<br />

4. Simulação do funcionamento do reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção,<br />

5. Análise do efeito do reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção no escoamento superficial.<br />

As <strong>de</strong>terminações dos hidrogramas correspon<strong>de</strong>ntes a cada cenário <strong>de</strong> análise ocorreram<br />

em dois momentos distintos: o primeiro sem inserção <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> controle para os<br />

cenários <strong>de</strong> pré-urbanização, atual e futuros; e o segundo, com as estruturas <strong>de</strong> controle nos<br />

cenários atual e futuros.<br />

A construção <strong>de</strong> cenários consistiu no mapeamento da área <strong>de</strong> estudo para situações que se<br />

pretendia analisar. Para este estudo, o objetivo foi o <strong>de</strong> analisar a área <strong>de</strong> testes em três<br />

situações: pré-urbanização, atual e futura, nas quais o <strong>de</strong>senvolvimento urbano foi<br />

caracterizado pela quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas impermeáveis da bacia. Os <strong>de</strong>talhes referentes à<br />

elaboração <strong>de</strong>sses cenários são apresentados no item 4.2.<br />

De posse das frações <strong>de</strong> áreas impermeáveis da Bacia, foi utilizado o Método SCS TR-55<br />

para <strong>de</strong>terminação do hidrograma <strong>de</strong> saída da bacia nos quatro cenários <strong>de</strong> análise. O<br />

objetivo da simulação do escoamento na bacia foi o <strong>de</strong> quantificar as vazões escoadas para<br />

o evento selecionado, <strong>de</strong> modo que fosse possível estimar a influência do avanço da<br />

urbanização sobre o escoamento superficial.<br />

Num segundo momento foi incorporada, nos cenários, atual e futuros, a estrutura <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong>finida. Os hidrogramas correspon<strong>de</strong>ntes obtidos em cada caso serviram como<br />

51


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

dados <strong>de</strong> entrada do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> propagação em reservatório, usado para o seu<br />

dimensionamento. O reservatório foi dimensionado buscando vazões <strong>de</strong> saída próximas às<br />

da pré-urbanização.<br />

A comparação entre os hidrogramas resultantes da utilização da estrutura <strong>de</strong> controle, com<br />

o hidrograma do cenário <strong>de</strong> pré-urbanização foi o parâmetro para avaliar a eficiência da<br />

estrutura incorporada, na redução das vazões <strong>de</strong> pico após a urbanização.<br />

As informações, que compuseram a base <strong>de</strong> dados que possibilitou a execução das<br />

ativida<strong>de</strong>s citadas anteriormente, foram obtidas por coleta <strong>de</strong> campo, técnica <strong>de</strong><br />

estereoscopia e pesquisas bibliográficas.<br />

A seguir serão analisadas as características da bacia contribuinte, pois estas são utilizadas<br />

no método proposto para <strong>de</strong>terminação dos hidrogramas.<br />

3.2. CARACTERÍSTICAS DA BACIA CONTRIBUINTE<br />

A bacia escolhida para testar a metodologia proposta foi a Bacia do Córrego Lagoinha, que<br />

apresenta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> áreas quase sem urbanização até áreas <strong>de</strong> urbanização intensa na cida<strong>de</strong><br />

<strong>Uberlândia</strong>-MG. Essa bacia, uma sub-bacia da bacia hidrográfica do Córrego São Pedro<br />

(Figura D.1, Apêndice D), é seu único afluente que não se encontra totalmente canalizado<br />

<strong>de</strong>ntro do perímetro urbano.<br />

A <strong>de</strong>limitação da bacia hidrográfica foi obtida do mapa da cida<strong>de</strong>, disponibilizado pela<br />

Prefeitura <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, em meio digital. Essa bacia compreen<strong>de</strong> parte dos seguintes<br />

bairros: Santa Mõnica, Segismundo Pereira, Morada da Colina, Vigilato Pereira, Saraiva,<br />

Jardim Ozanan, Loteamento Lagoinha, Leão XIII, Resi<strong>de</strong>ncial Carajás, Jardim Sangrilá,<br />

Pampulha I, loteamento Pampulha, Jardim Karaíba, Santa Luzia, Granada, São Jorge e<br />

Laranjeiras. Nesta bacia encontra-se, ainda, o Parque Santa Luzia com um agradável<br />

projeto paisagístico que oferece lazer à população, e o Parque <strong>de</strong> Exposição Agropecuária<br />

Camaru.<br />

A Bacia do Córrego Lagoinha possui uma área <strong>de</strong> 20,91 km 2 , e o estudo <strong>de</strong> suas<br />

características serão apresentados a seguir.<br />

52


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

3.2.1.ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS<br />

Serão estudadas a seguir as características físicas da Bacia do Córrego Lagoinha, relativas<br />

à topografia, geologia, cobertura vegetal, uso da terra e clima.<br />

3.2.1.1. CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS<br />

Individualização da bacia contribuinte<br />

A individualização da bacia contribuinte foi feita pelo traçado, em planta topográfica da<br />

linha do divisor <strong>de</strong> água, obtida através das ligações da maior cota até a cota do corpo<br />

receptor final <strong>de</strong> drenagem, Córrego Lagoinha. Para isto foi utilizada planta topográfica<br />

com escala <strong>de</strong> 1/8.000 (curva <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> 10 em 10 metros).<br />

Depois <strong>de</strong> traçados, na planta topográfica, os espigões e <strong>de</strong>limitada a bacia, a área pô<strong>de</strong> ser<br />

obtida pelo dispositivo <strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> área do programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho Auto-Cad. A área<br />

obtida para a Bacia do Córrego Lagoinha foi <strong>de</strong> 20,91 km 2 .<br />

Declivida<strong>de</strong> média do álveo<br />

A <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média do álveo (I) da Bacia do Córrego Lagoinha, foi <strong>de</strong>terminada mediante<br />

planta com curvas <strong>de</strong> nível, on<strong>de</strong> foi obtida pelo quociente entre a diferença <strong>de</strong> cota <strong>de</strong><br />

entrada e saída, H, <strong>de</strong> 160m, e a extensão, L, <strong>de</strong> 9240,30 m. Portanto a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média<br />

do álveo da Bacia do Córrego Lagoinha é <strong>de</strong>:<br />

H 160<br />

I = = ≅ 0,<br />

017m/m<br />

(3.1)<br />

L 9240,30<br />

53


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Declivida<strong>de</strong> média da bacia<br />

Na <strong>de</strong>terminação da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média da bacia do Córrego Lagoinha foi utilizado o<br />

método <strong>de</strong> Horton, apresentado por Wilken (1978). A <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média é obtida pela<br />

seguinte relação:<br />

D<br />

DL<br />

= ( c1<br />

+ c2<br />

+ ....... + c ) =<br />

(3.2)<br />

A<br />

A<br />

I n<br />

On<strong>de</strong>:<br />

D – eqüidistância entre as curvas <strong>de</strong> nível (= 10 metros);<br />

A – área da bacia contribuinte;<br />

c1, c2, ,cn – comprimentos da curvas <strong>de</strong> nível incluídas <strong>de</strong>ntro da área da bacia;<br />

L – comprimento total das curvas <strong>de</strong> nível.<br />

A <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média obtida está representada na Tabela 3.1 abaixo.<br />

Tabela 3.1 – Determinação da <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média da bacia do Córrego<br />

Lagoinha<br />

Cotas (m) Comprimento (m)<br />

950 444,7<br />

940 5344,2<br />

930 3774,4<br />

920 6097,1<br />

910 6888,9<br />

900 7511,5<br />

890 7856,4<br />

880 7824,3<br />

870 8969,0<br />

860 9897,5<br />

850 8596,3<br />

840 6088,8<br />

830 4855,1<br />

820 3783,8<br />

810 3135,2<br />

800 1962,8<br />

790 1271,3<br />

Total 94301,2<br />

Equidistância entre as curvas <strong>de</strong> nível 10<br />

Área da bacia (m²) 20910000<br />

Declivida<strong>de</strong> média da Bacia (m/m) 0,0451<br />

54


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Como a bacia do Córrego Lagoinha apresenta <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> média pequena, durante o<br />

período <strong>de</strong> chuva o local sofre intensamente com o escoamento superficial concentrado, o<br />

que leva à formação <strong>de</strong> alagamento, em alguns trechos da Bacia.<br />

3.2.1.2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA BACIA CONTRIBUINTE<br />

Com base nos estudos <strong>de</strong> Nishiyama (1989), nota-se que a Bacia do Córrego Lagoinha está<br />

no nível do basalto da Formação Serra Geral, o que po<strong>de</strong> ser verificado pelos afloramentos<br />

no seu leito.<br />

Segundo Nishiyama (1989) quase a totalida<strong>de</strong> do Triângulo Mineiro esta inserida na Bacia<br />

Sedimentar do Paraná, que é representada pelas litologias <strong>de</strong> Ida<strong>de</strong> Mesozóica, ou seja,<br />

arenito <strong>de</strong> Formação Botocatu, basalto da Formação Serra Geral, recobertos em gran<strong>de</strong><br />

extensão pelas rochas mais recentes do Grupo Bauru (Formação Marília e Formação<br />

Adamantina) ou por sedimentos da ida<strong>de</strong> Cenozóica. Os basaltos da Formação Serra Geral,<br />

da mesma maneira que os arenitos da Formação Botocatu, assentam-se discordamente<br />

sobre o embasamento Pré-Cambriano ou recobrem os arenitos da Formação Botucatu.<br />

Costa (1986) salienta que na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> predominam os solos argilosos<br />

(Latossolo Roxo), sendo que, em caracterizações granulométricas para solos pertencentes à<br />

Bacia do Córrego Lagoinha encontrou-se teores <strong>de</strong> argila maiores que 30%, em faixa que<br />

variou <strong>de</strong> 37 a 82%.<br />

3.2.1.3. COBERTURA DA BACIA CONTRIBUINTE E USO DA TERRA<br />

Cobertura vegetal<br />

Em todas as suas porções, verifica-se que a vegetação predominante do município <strong>de</strong><br />

<strong>Uberlândia</strong> é o cerrado.<br />

Os principais tipos fisionômicos da região do cerrado são: vereda, campo limpo, campo<br />

sujo ou cerradinho, cerradão, mata <strong>de</strong> várzea, mata galeria ou ciliar e mata mesofítica.<br />

55


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Segundo Barbosa (2003), os canais fluviais rasos da Bacia do Córrego Lagoinha são<br />

compostos por solos hidromórficos, revestidos por gramíneas e ciperáceas, geralmente com<br />

a presença <strong>de</strong> Mauritia Flexuosa (palmeira buriti). Na faixa marginal do córrego, os solos<br />

são hidromórficos, com a cobertura vegetal <strong>de</strong> gramíneas e um horizonte superficial rico<br />

em matéria orgânica. Esta condição natural garante ao solo elevada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos, ao formar uma barreira filtrante das águas das encostas, o que impe<strong>de</strong> o avanço<br />

das partículas sólidas para o canal fluvial, dificultando o processo <strong>de</strong> assoreamento do<br />

Córrego Lagoinha.<br />

Nos dias atuais houve uma gran<strong>de</strong> transformação no ambiente das margens do Córrego<br />

Lagoinha. A retirada da vegetação natural <strong>de</strong> seu entorno provocou gran<strong>de</strong>s erosões, o que<br />

po<strong>de</strong> ser percebido pelas inclinação que se apresentam as palmeiras buritis. A situação do<br />

córrego é lastimável, uma vez que, há lançamento <strong>de</strong> esgoto sem nenhum tratamento ou<br />

cuidado em alguns trechos do córrego, <strong>de</strong>posição em suas margens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> lixo doméstico, entulho <strong>de</strong> construção e animais mortos.<br />

Compactação <strong>de</strong>vida ao homem: impermeabilização<br />

A Bacia do Córrego Lagoinha é uma bacia que apresenta coeficiente <strong>de</strong> impermeabilização<br />

do solo muito variável, uma vez que é uma bacia urbana que ainda se encontra em<br />

processo <strong>de</strong> urbanização. A presença do Parque Santa Luzia, que trata <strong>de</strong> uma zona <strong>de</strong><br />

preservação ambiental, felizmente aumenta a porcentagem <strong>de</strong> área permeável da bacia.<br />

Neste capítulo, no item (3.2.2.1) encontra o estudo <strong>de</strong>talhado do aspecto <strong>de</strong><br />

impermeabilização do solo da Bacia.<br />

3.2.1.4. CLIMA<br />

Quanto ao clima da área, a dinâmica das massas <strong>de</strong> ar se constitui no fator mais <strong>de</strong>cisivo<br />

das condições meteorológicas. Segundo Del Grossi (1993), a dinâmica atmosférica em<br />

<strong>Uberlândia</strong> está sob controle principalmente dos sistemas intertropicais, os quais<br />

ocasionam um clima tropical alternadamente seco e úmido. As massas <strong>de</strong> ar Equatorial<br />

Continental (Ec), Tropical Continental (Tc) e Tropical Atlântica (Ta) são dominantes sobre<br />

56


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

a região su<strong>de</strong>ste do Brasil. A massa Equatorial Continental é úmida, extremamente instável<br />

e convectiva, provocando chuvas ambundantes no período <strong>de</strong> novembro a abril, período<br />

em que <strong>Uberlândia</strong> sofre com os problemas relativos à drenagem. A massa <strong>de</strong> ar Tropical<br />

Atlântica se caracteriza por ser estável e produzir bom tempo, no inverno é responsável<br />

pela escassez das chuvas no período <strong>de</strong> maio a outubro.<br />

O clima tem um papel <strong>de</strong>cisivo na formação do relevo. Na estação das chuvas o<br />

escoamento superficial é intenso, pois no início <strong>de</strong>ssa estação os solos estão <strong>de</strong>sprotegidos<br />

da cobertura vegetal <strong>de</strong> gramíneas, <strong>de</strong>vido ao longo período <strong>de</strong> estação seca.<br />

3.2.2.PARÂMETROS HIDROLÓGICOS DA BACIA<br />

3.2.2.1. COEFICIENTE DE ESCOAMENTO SUPERFICIAL<br />

Os valores dos coeficientes <strong>de</strong> escoamento superficial para a Bacia do Córrego Lagoinha<br />

foram encontrados através da porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização do solo, seguindo o<br />

trabalho do professor Dr. Carlos E. M. Tucci publicado na revista Brasileira <strong>de</strong> Recursos<br />

Hídricos <strong>de</strong> janeiro/março <strong>de</strong> 2000, resumido por Tomaz (2002), on<strong>de</strong> o coeficiente <strong>de</strong><br />

escoamento superficial é encontrado pela relação com a fração da área impermeável, que é<br />

a porcentagem <strong>de</strong> área impermeável. Tal relação é apresentada na Tabela 3.2 abaixo:<br />

Tabela 3.2 – Coeficiente “C” em função da fração impermeável<br />

Fração da área impermeável Coeficiente C <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

Fonte: Tomaz (2002)<br />

0,1 0,14<br />

0,2 0,23<br />

0,3 0,32<br />

0,4 0,41<br />

0,5 0,50<br />

0,6 0,59<br />

0,7 0,68<br />

0,8 0,77<br />

Para as áreas da Bacia do Córrego Lagoinha que apresentavam fração <strong>de</strong><br />

impermeabilização menor que 10%, e maiores que 80%, os coeficientes <strong>de</strong> escoamento<br />

superficial adotados foram os sugeridos por Wilken (1978), apresentados na Tabela 3.3.<br />

57


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tabela 3.3 – Coeficiente “C”da Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo<br />

Zonas Valor <strong>de</strong> C<br />

Edificação muito <strong>de</strong>nsa:<br />

partes centrais <strong>de</strong>nsamente construídas <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>, com ruas e calçadas pavimentadas 0,70 a 0,95<br />

Edificação não muito <strong>de</strong>nsa:<br />

partes adjacentes ao centro, <strong>de</strong> menor <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> habitações, mas com ruas e calçadas<br />

pavimentadas 0,60 a 0,70<br />

Edificação com poucas superficies livres:<br />

parte resi<strong>de</strong>nciais com construções cerradas, ruas pavimentadas 0,50 a 0,60<br />

Edificações com muitas superfícies livres:<br />

partes resi<strong>de</strong>nciais com ruas macadamizadas ou pavimentadas. 0,25 a 0,50<br />

Suburbios com alguma habitação:<br />

partes <strong>de</strong> arrabal<strong>de</strong>s e suburbanos com pequena <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção 0,10 a 0,25<br />

Matas, parques e campos <strong>de</strong> esportes:<br />

partes rurais, áreas ver<strong>de</strong>s, superfícies arborizadas, parques ajardinados, campos <strong>de</strong> esportes sem<br />

pavimentação<br />

Fonte: Wilken (1978)<br />

0,05 a 0,20<br />

Consi<strong>de</strong>rou-se que as áreas com impermeabilizações menores que 10 %, classificavam-se<br />

como matas, parques ou campo <strong>de</strong> esportes, adotando o valor <strong>de</strong> 0,10 para o coeficiente <strong>de</strong><br />

escoamento superficial, e as áreas com impermeabilizações maiores que 80% foram<br />

classificadas como áreas <strong>de</strong> edificação muito <strong>de</strong>nsa, adotando como coeficiente o valor <strong>de</strong><br />

0,80.<br />

A porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização do solo da bacia do Córrego Lagoinha foi <strong>de</strong>finida<br />

por meio <strong>de</strong> estereoscopia, aplicadas as fotografias aéreas da bacia.Tais fotografias são do<br />

ano <strong>de</strong> 1997, e apresentam-se na escala <strong>de</strong> 1/8000. Foram i<strong>de</strong>ntificadas 74 áreas, Figura<br />

3.1, e suas porcentagens <strong>de</strong> impermeabilizações estão apresentadas na Tabela 3.4.<br />

Definidas as porcentagens <strong>de</strong> impermeabilização das áreas foram possíveis obter os<br />

coeficientes <strong>de</strong> escoamento pela relação encontrada na Tabela 3.2 e 3.3. Os valores do<br />

coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial para o cenário atual se encontram na Tabela 3.4.<br />

58


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Figura 3.1 – Coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

59


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tabela 3.4– Coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial da Bacia do Córrego Lagoinha<br />

nº Área (km²)<br />

1 3,72<br />

2 0,25<br />

3 0,45<br />

4 0,12<br />

5 0,07<br />

6 0,21<br />

7 0,37<br />

8 0,29<br />

9 0,08<br />

10 0,08<br />

11 0,22<br />

12 0,18<br />

13 0,06<br />

14 0,14<br />

15 0,25<br />

16 0,45<br />

17 0,20<br />

18 0,11<br />

19 0,21<br />

20 0,17<br />

21 0,22<br />

22 0,24<br />

23 0,28<br />

24 0,19<br />

25 0,11<br />

26 0,10<br />

27 0,21<br />

28 0,14<br />

29 0,21<br />

30 0,36<br />

31 0,29<br />

32 0,28<br />

33 0,15<br />

34 0,08<br />

35 0,04<br />

36 0,33<br />

37 0,31<br />

38 0,51<br />

39 0,07<br />

40 0,06<br />

41 0,26<br />

42 0,11<br />

43 0,13<br />

44 0,13<br />

45 0,07<br />

46 0,67<br />

47 3,69<br />

48 0,49<br />

49 0,04<br />

Fração da Área Impermeável Coeficiente <strong>de</strong> escoamento ( C )<br />

0,08 0,10<br />

0,25 0,28<br />

0,38 0,39<br />

0,82 0,10<br />

0,28 0,30<br />

0,87 0,85<br />

0,60 0,59<br />

0,44 0,45<br />

0,53 0,53<br />

0,48 0,48<br />

0,71 0,69<br />

0,82 0,85<br />

0,61 0,60<br />

0,63 0,62<br />

0,88 0,85<br />

0,72 0,70<br />

0,71 0,69<br />

0,48 0,48<br />

0,20 0,23<br />

0,16<br />

0,19<br />

0,24 0,27<br />

0,55 0,55<br />

0,09 0,10<br />

0,36 0,37<br />

0,63 0,62<br />

0,66 0,64<br />

0,63 0,62<br />

0,25 0,28<br />

0,49 0,49<br />

0,3 0,32<br />

0,5 0,50<br />

0,23 0,26<br />

0,34 0,36<br />

0,46 0,46<br />

0,84 0,85<br />

0,22 0,25<br />

0,82 0,85<br />

0,36 0,37<br />

0,58 0,57<br />

0,11 0,15<br />

0,34 0,36<br />

0,34 0,36<br />

0,24 0,27<br />

0,38 0,39<br />

0,21 0,24<br />

0,72 0,70<br />

0,09 0,10<br />

0,34 0,36<br />

0,48 0,48<br />

Tabela 3.4 (continuação) – Coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial da Bacia do<br />

Córrego Lagoinha<br />

60


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

nº Área (km²) Fração da Área Impermeável Coeficiente <strong>de</strong> escoamento ( C )<br />

50 0,02<br />

0,63 0,62<br />

51 0,04<br />

0,34 0,36<br />

52 0,02<br />

0,34 0,36<br />

53 0,05<br />

0,49 0,49<br />

54 0,01<br />

0,35 0,37<br />

55 0,02<br />

0,90 0,10<br />

56 0,01<br />

0,36 0,37<br />

57 0,01<br />

0,72 0,70<br />

58 0,01<br />

0,77 0,74<br />

59 0,02<br />

0,88 0,85<br />

60 0,04<br />

0,88 0,85<br />

61 0.08<br />

0,57 0,56<br />

62 0,08<br />

0,16 0,19<br />

63 0,44<br />

0,10 0,14<br />

64 0,26<br />

0,60 0,59<br />

65 0,04<br />

0,22 0,25<br />

66 0,09<br />

0,32 0,34<br />

67 0,11<br />

0,1 0,14<br />

68 0,07<br />

0,16 0,19<br />

69 0,53<br />

0,10<br />

0,14<br />

70 0,19<br />

0,59 0,58<br />

71 0,15<br />

0,30 0,32<br />

72 0,20<br />

0,40 0,41<br />

73 0,65<br />

0,05 0,85<br />

74 0,17<br />

0,21 0,24<br />

coeficiente <strong>de</strong> escoamento superficial médio 0,33<br />

3.2.2.2. PERÍODO DE RETORNO<br />

A obra <strong>de</strong> contenção proposta para a Bacia do Córrego Lagoinha terá período <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong><br />

100 anos, aten<strong>de</strong>ndo à sugestão <strong>de</strong> Porto (1995), Tabela 3.5, pois se trata <strong>de</strong> uma obra <strong>de</strong><br />

macro-drenagem em área comercial e resi<strong>de</strong>ncial. E por Chin apud Tomaz (2002), Tabela<br />

3.6, o período <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 100 anos se mostra a<strong>de</strong>quado, pois a obra é <strong>de</strong>stinada ao<br />

controle urbano <strong>de</strong> inundação.<br />

Tabela 3.5– Período <strong>de</strong> retorno da área para diferentes ocupações<br />

Tipo <strong>de</strong> Obras Ocupação do solo<br />

Período<strong>de</strong> retorno<br />

(anos)<br />

Micro-drenagem Resi<strong>de</strong>ncial 2<br />

Micro-drenagem Comercial 5<br />

Micro-drenagem Edificios Públicos 5<br />

Micro-drenagem Aeroportos<br />

Micro-drenagem Comercial, artéria <strong>de</strong> tráfego 5 a 100<br />

Macro-drenagem Área comerciais e resi<strong>de</strong>nciais 50 - 100<br />

Macro-drenagem Áreas <strong>de</strong> importância especifica 500<br />

Fonte: Porto e Rubens: Escoamento Superficial Direto in Drenagem Urbana, 1995- ABRH<br />

Tabela 3.6 – Períodos <strong>de</strong> retorno usuais<br />

2 - 5<br />

61


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tipo <strong>de</strong> Obras Potencial danos <strong>de</strong> inundação<br />

Coletor <strong>de</strong> água pluvial em<br />

estradas<br />

Coletor urbano nas ruas<br />

Controle rural <strong>de</strong> inundação<br />

Controle urbano <strong>de</strong> inundação<br />

Fonte: Chin apud Tomaz (2002)<br />

Impe<strong>de</strong> o tráfego<br />

Custo <strong>de</strong> atrasos nos veículos <strong>de</strong>vido à<br />

inundação<br />

Impe<strong>de</strong> acesso <strong>de</strong> emergência<br />

Custos <strong>de</strong> contorno <strong>de</strong>vido a inundação<br />

Custos <strong>de</strong> atrasos nos veículos <strong>de</strong>vido à<br />

inundação<br />

Danos às estradas <strong>de</strong> rodagem<br />

Danos às plantações<br />

Danos às proprieda<strong>de</strong>s<br />

Danos à infraestrutura<br />

Freqüência <strong>de</strong> inundação<br />

(período <strong>de</strong> retorno em anos)<br />

2 a 5<br />

10 a 25<br />

25 a 50<br />

Consi<strong>de</strong>rando que a obra terá uma vida útil <strong>de</strong> 50 anos, o risco hidrológico <strong>de</strong> falha,<br />

segundo Righetto apud Tomaz (2002) é dado pela expressão:<br />

n<br />

50<br />

( 1 −1/T)<br />

= 1 − ( 1 −1/<br />

100)<br />

= 39,<br />

50%<br />

R = 1 −<br />

(3.3)<br />

On<strong>de</strong> R é o risco da obra vir a falhar, T é o período <strong>de</strong> retorno adotado, e n é a vida útil da<br />

obra em anos.<br />

Percebe-se que o risco <strong>de</strong> falha da estrutura é significativo.<br />

3.2.2.3. INTENSIDADE DE CHUVA<br />

A <strong>de</strong>terminação da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva para a Bacia do Córrego Lagoinha foi feita<br />

através <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> freqüência, empregando as séries anuais, utilizando o método das<br />

relações <strong>de</strong> durações pela Distribuição <strong>de</strong> Gumbel.<br />

Para esta análise foram examinados os valores médios das precipitações intensas <strong>de</strong><br />

<strong>Uberlândia</strong>, consi<strong>de</strong>rando o Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá, localizado na bacia<br />

do Córrego do Jataí, sub-bacia do Córrego São Pedro, com informações pluviométricas do<br />

ano <strong>de</strong> 1981 a 1983, e 1988 a 1995, os dados do ano <strong>de</strong> 1984 a 1987 não foram coletados<br />

diariamente, sendo <strong>de</strong>scartados da análise. As informações pluviométricas do ano <strong>de</strong> 1996<br />

a 2003 foram obtidas da Estação <strong>de</strong> Climatologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>,<br />

localizada na mesma Bacia do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá. Obteve-se,<br />

portanto 19 anos <strong>de</strong> dados.<br />

100<br />

62


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Na Tabela 3.7 estão apresentados os dados <strong>de</strong> precipitação máxima diárias anuais do Posto<br />

Pluviométrico do Parque do Sabiá e da Estação <strong>de</strong> Climatologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, a média e o <strong>de</strong>svio padrão entre elas.<br />

Tabela 3.7 – Precipitações máximas diárias anuais do Posto Pluviométrico do Parque do<br />

Sabiá e Estação <strong>de</strong> Climatologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong><br />

Ano Precipitação máxima diaria anual (mm)<br />

1981 79,4<br />

1982 94,4<br />

1983 126,8<br />

1988 111,4<br />

1989 74,2<br />

1990 52,3<br />

1991 69<br />

1992 83,6<br />

1993 66,4<br />

1994 76,4<br />

1995 88,2<br />

1996 66,5<br />

1997 100,7<br />

1998 68,1<br />

1999 114,6<br />

2000<br />

98,2<br />

2001 88<br />

2002 147<br />

2003 92,5<br />

média 89,35<br />

<strong>de</strong>svio padrão 23,47<br />

Os dados obtidos foram colocados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente da precipitação máxima diária<br />

anual, calculando-se a probabilida<strong>de</strong> acumulada e o seu período <strong>de</strong> retorno, posteriormente<br />

foi utilizado a Distribuição <strong>de</strong> Gumbel para <strong>de</strong>terminação das precipitações máxima <strong>de</strong> 1<br />

(um) dia, para os períodos <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, e 100 anos. E admitindo<br />

que exista relação <strong>de</strong> qualquer chuva com a chuva <strong>de</strong> 1 (um) dia, pô<strong>de</strong>-se encontrar a altura<br />

pluviométrica para outros valores <strong>de</strong> duração, Tabela 3.8. A seqüência <strong>de</strong> cálculo para<br />

<strong>de</strong>terminação da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva, seguindo o trabalho <strong>de</strong> Tomaz (2002), se encontra<br />

no Apêndice C.<br />

63


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tabela 3.8 – Alturas pluviométricas médias do Posto do Parque do Sabiá e da Estação <strong>de</strong><br />

Climatológia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong><br />

ESTAÇÃO METEORÓGICA DO PARQUE DO SABIÁ<br />

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA ESTAÇÃO<br />

Relação<br />

Duração<br />

UBERÂNDIA - Nº 83,527 Lat.: 18º55´S - Long.: 48º17´W -<br />

entre<br />

da chuva<br />

Altura puviométrica média <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> (mm)<br />

chuvas<br />

Período <strong>de</strong> retorno (anos)<br />

2 5 10 15 20 25 50 100<br />

5 minutos 0,34 14,05 17,46 19,72 20,99 21,88 22,57 24,68 26,78<br />

10 minutos 0,532 21,99 27,32 30,85 32,84 34,24 35,31 38,62 41,91<br />

15 minutos 0,693 28,64 35,59 40,19 42,78 44,60 46,00 50,31 54,59<br />

20 minutos 0,817 33,77 41,96 47,38 50,44 52,58 54,23 59,31 64,36<br />

25 minutos 0,918 37,94 47,14 53,24 56,67 59,08 60,93 66,65 72,31<br />

30 minutos 0,74 41,33 51,35 57,99 61,74 64,36 66,38 72,60 78,77<br />

1 hora 0,573 55,85 69,40 78,37 83,43 86,97 89,70 98,11 106,45<br />

2 horas 1,119 62,50 77,66 87,69 93,35 97,32 100,37 109,78 119,12<br />

6 horas 0,78 76,03 94,47 106,68 113,57 118,39 122,10 133,55 144,91<br />

8 horas 0,821 80,02 99,43 112,28 119,53 124,61 128,52 140,57 152,52<br />

10 horas 0,855 83,34 103,55 116,93 124,48 129,77 133,84 146,39 158,84<br />

12 horas 0,883 86,07 106,94 120,76 128,56 134,02 138,23 151,18 164,04<br />

24 horas<br />

1 dia *<br />

1,14 97,47 121,11 136,77 145,60 151,78 156,54 171,21 185,78<br />

1 85,50 106,24 119,97 127,72 133,14 137,32 150,19 162,96<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> Tomaz (2002)<br />

* Chuva <strong>de</strong> um dia obtida da Distribuição <strong>de</strong> Gumbel<br />

A intensida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> precipitação foi obtida do quociente entre a altura pluviométrica e<br />

a duração da chuva, os valores encontrados estão representado na Tabela 3.9.<br />

Tabela 3.9 – Intensida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong> precipitação do Posto do Parque do Sabiá e da<br />

Estação <strong>de</strong> Climatologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong><br />

64


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Duração<br />

da chuva<br />

5 minutos<br />

10 minutos<br />

15 minutos<br />

20 minutos<br />

25 minutos<br />

30 minutos<br />

1 hora<br />

2 horas<br />

6 horas<br />

8 horas<br />

10 horas<br />

12 horas<br />

24 horas<br />

1 dia *<br />

Relação<br />

entre<br />

chuvas<br />

ESTAÇÃO METEORÓGICA DO PARQUE DO SABIÁ<br />

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA ESTAÇÃO<br />

UBERÂNDIA - Nº 83,527 Lat.: 18º55´S - Long.: 48º17´W -<br />

Intensida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> precipitação <strong>Uberlândia</strong> (mm/minutos)<br />

Período <strong>de</strong> retorno (anos)<br />

2 5 10 15 20 25 50 100<br />

0,34 2,81 3,49 3,94 4,20 4,38 4,51 4,94 5,36<br />

0,532 2,20 2,73 3,09 3,28 3,42 3,53 3,86 4,19<br />

0,693 1,91 2,37 2,68 2,85 2,97 3,07 3,35 3,64<br />

0,817 1,69 2,10 2,37 2,52 2,63 2,71 2,97 3,22<br />

0,918 1,52 1,89 2,13 2,27 2,36 2,44 2,67 2,89<br />

0,74 1,38 1,71 1,93 2,06 2,15 2,21 2,42 2,63<br />

0,573 0,93 1,16 1,31 1,39 1,45 1,49 1,64 1,77<br />

1,119 0,52 0,65 0,73 0,78 0,81 0,84 0,91 0,99<br />

0,78 0,21 0,26 0,30 0,32 0,33 0,34 0,37 0,40<br />

0,821 0,17 0,21 0,23 0,25 0,26 0,27 0,29 0,32<br />

0,855 0,14 0,17 0,19 0,21 0,22 0,22 0,24 0,26<br />

0,883 0,12 0,15 0,17 0,18 0,19 0,19 0,21 0,23<br />

1,14 0,07 0,08 0,09 0,10 0,11 0,11 0,12 0,13<br />

1 0,06 0,07 0,08 0,09 0,09 0,10 0,10 0,11<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> Tomaz (2002)<br />

* Chuva <strong>de</strong> um dia obtida da Distribuição <strong>de</strong> Gumbel.<br />

Das relações entre intensida<strong>de</strong>, duração e freqüência das chuvas intensas foi <strong>de</strong>terminada a<br />

equação da chuva para o município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, através <strong>de</strong> métodos gráficos, os cálculos<br />

estão apresentados no Apêndice C. A equação é aplicada a durações <strong>de</strong> chuva menores ou<br />

iguais a 120 minutos, tendo como expressão:<br />

0,159<br />

28,97TR<br />

i = (3.4)<br />

( ) 0,825<br />

t + 14<br />

On<strong>de</strong> i é a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva em mm/minutos, TR é o tempo <strong>de</strong> retorno em anos e t é a<br />

duração da chuva.<br />

A distribuição temporal da chuva <strong>de</strong> 24 hora, observada entre 15/02/2002 (9h) e<br />

16/02/2002 (9h), sendo a maior tormenta verificada na bacia <strong>de</strong>ntro do intervalo existente,<br />

se assemelha muito à distribuição com 50% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, no 1º quartil <strong>de</strong> duração,<br />

proposta por Huff em 1978, conforme Tucci (1995). A Tabela 3.10 e a Figura 3.2<br />

apresentam a semelhança. A distribuição com 50% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, no 1º quartil <strong>de</strong><br />

duração proposta por Huff será utilizada par <strong>de</strong>terminação dos hidrograma <strong>de</strong> cheia da<br />

bacia.<br />

Tabela 3.10 – Distribuição temporal da chuva <strong>de</strong> 24 horas<br />

65


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

% <strong>de</strong> precipitação acumulada<br />

Intervalo<br />

Observada em 2002 (%)<br />

(1 hora)<br />

HUFF 1º Quartil (%)<br />

1 4,70 6,00<br />

2 8,60 7,20<br />

3 11,85 12,20<br />

4 12,90 15,20<br />

5 10,15 10,40<br />

6 9,70 10,40<br />

7 5,30 6,20<br />

8 4,20 4,80<br />

9 4,10 4,30<br />

10 3,30 2,80<br />

11 3,80 2,80<br />

12 2,20 2,50<br />

13 3,00<br />

2,40<br />

14 3,40 2,20<br />

15 1,80 1,60<br />

16 2,90 1,20<br />

17 1,10 1,20<br />

18 1,10 1,20<br />

19 1,50 1,20<br />

20 1,20 1,20<br />

21 1,20 0,80<br />

22 1,10 0,80<br />

23 0,45 0,70<br />

24 0,45 0,70<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100<br />

% <strong>de</strong> duração da chuva<br />

2002<br />

HUFF<br />

Figura 3.2 - Comparação da curva acumulada do evento <strong>de</strong> 2002 comparada com a curva<br />

<strong>de</strong> Huff (1º Quartil, 50% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>)<br />

3.2.2.4. NÚMERO DE CURVA DE RUNOFF CN DO SCS<br />

O número <strong>de</strong> curva <strong>de</strong> run-off CN do SCS, é também chamado <strong>de</strong> coeficiente superficial<br />

ou número <strong>de</strong> <strong>de</strong>flúvio CN. Há três maneiras para se <strong>de</strong>terminar CN: características<br />

geológicas do solo; pesquisas feitas no país, nos estados ou cida<strong>de</strong>s; capacida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong><br />

infiltração.<br />

66


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Na <strong>de</strong>terminação do CN, para a Bacia do Córrego Lagoinha, foram consi<strong>de</strong>radas as<br />

características geológicas do solo, segundo a classificação apresentada por Porto (1993 e<br />

1995) e Tucci (1993) apresentada no Apêndice C, Tabela C.5.<br />

Como apresentado no item referente às características geológica da bacia contribuinte, em<br />

caracterização granulométrica, o solo da Bacia do Córrego Lagoinha apresenta teores <strong>de</strong><br />

argila maiores que 30%. Portanto segundo classificação <strong>de</strong> Porto (1995) para <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong> CN, a Bacia do Córrego Lagoinha encontra-se no grupo D.<br />

Determinado o grupo do solo em que pertence a Bacia do Córrego Lagoinha, proce<strong>de</strong>u-se a<br />

<strong>de</strong>terminação do CN, levando-se em consi<strong>de</strong>ração a utilização ou cobertura do solo,<br />

segundo Tabela C.7.<br />

A Bacia do Córrego Lagoinha foi dividida em cinco sub-bacias, Figura 3.3, a fim <strong>de</strong><br />

facilitar a <strong>de</strong>terminação do seu tempo <strong>de</strong> concentração. E para cada uma <strong>de</strong>ssas sub-bacias<br />

foram <strong>de</strong>terminados o seu grau <strong>de</strong> impermeabilização, segundo a porcentagem <strong>de</strong><br />

impermeabilização das áreas que as compõem, Tabela 3.4. A Tabela 3.11 apresenta os<br />

valores <strong>de</strong> CN encontrados para cada sub-bacia.<br />

As sub-bacias 1 e 5 são parte da Bacia do Córrego Lagoinha, ainda em processo <strong>de</strong><br />

urbanização, representado em sua gran<strong>de</strong> parte por prado em boas condições, e <strong>de</strong> acordo<br />

com a Tabela C.7, para o solo tipo D, tem-se CN igual a 78.<br />

As sub-bacias 2 e 3 que apresentam porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização maior que 30% da<br />

área total, o valor <strong>de</strong> CN é dado pela soma composta do coeficiente da área permeável e da<br />

área impermeável, com o peso correspon<strong>de</strong>nte da fração da área impermeável, este<br />

coeficiente é chamado <strong>de</strong> CNw composto. Na área impermeável, o número CN do solo é<br />

CN = 98, e a área permeável das sub-bacias são formadas por terrenos baldios, que<br />

apresentam segundo Tabela C.7, CN igual a 80. A expressão para obtenção <strong>de</strong> CNw. É<br />

dada por:<br />

CNw p<br />

Sendo:<br />

( 1 − f ) + . ( 98)<br />

= CN . f<br />

(3.5)<br />

CNP – número CN da área permeável da bacia em estudo;<br />

67


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

f = fração da área impermeável da bacia em estudo.<br />

E para a sub-bacia 4, com porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização <strong>de</strong> 23%, valor menor que<br />

30%, o número <strong>de</strong> CN foi <strong>de</strong>terminado diretamente pela Tabela C.7. Como se trata <strong>de</strong><br />

Zona resi<strong>de</strong>ncial, tem-se para 23% <strong>de</strong> impermeabilização, o valor interpolado <strong>de</strong> 84,6, que<br />

arredondando dá um valor <strong>de</strong> CN igual 85.<br />

Tabela 3.11 – Valores <strong>de</strong> CN para as Sub-Bacias<br />

Nome<br />

Sub-Bacia 1<br />

Área<br />

Área<br />

Impermeável<br />

(km²)<br />

(km²)<br />

3,36 0,34<br />

Fração Impermeável<br />

da Sub-Bacia CN<br />

(%)<br />

10<br />

78<br />

Sub-Bacia 2 5,42 2,49 46<br />

88<br />

Sub-Bacia 3 5,13 1,74 34<br />

86<br />

Sub-Bacia 4 5,90 1,36 23<br />

85<br />

Sub-Bacia 5 1,10 0,15 14<br />

78<br />

Total 20,91 6,08 29<br />

85<br />

68


CAPITULO3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Córrego dos Bicudos<br />

Córrego Mogi<br />

SANTA MÔNICA<br />

Córrego Lagoinha<br />

- Delimitação das Sub-bacias - Delimitação da Bacia do Córrego Lagoinha<br />

Figura 3.3 – Definição das sub-bacias da Bacia do Córrego Lagoinha<br />

68


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

3.2.2.5. TEMPO DE CONCENTRAÇÃO<br />

O tempo <strong>de</strong> concentração da Bacia do Córrego Lagoinha foi obtido pela soma dos tempos<br />

<strong>de</strong> escoamento superficial, escoamento pluvial e escoamento em tubulações nos trechos<br />

canalizados do córrego durante o período chuvoso.<br />

A seguir serão utilizadas algumas das fórmulas empíricas mais usuais para o cálculo do<br />

tempo <strong>de</strong> escoamento superficial da Bacia do Córrego Lagoinha, e esta somada com o<br />

tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial e tempo <strong>de</strong> escoamento em tubulações durante o período<br />

chuvoso, fornecerá o tempo <strong>de</strong> concentração da Bacia do Córrego Lagoinha.<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento superficial<br />

O trecho em que se processa o escoamento superficial na Bacia do Córrego Lagoinha<br />

possui um talvegue <strong>de</strong> 1,945 km, e uma diferença <strong>de</strong> cota <strong>de</strong> 25 m. Freitas (1984),<br />

apresenta alguns métodos <strong>de</strong> calculo do tempo <strong>de</strong> escoamento superficial, três <strong>de</strong>les foram<br />

utilizados para <strong>de</strong>terminar esse tempo para a Bacia do Córrego Lagoinha.<br />

O tempo <strong>de</strong> escoamento superficial, utilizando a Formula Califórnia Culverts Practice, é<br />

dado pela expressão:<br />

1,<br />

155 −0,<br />

385<br />

1,<br />

155 −0,<br />

385<br />

t = 57.<br />

L . H → t = 57.<br />

1,<br />

945 . 25 → t = 35,<br />

60 min .<br />

(3.6)<br />

s<br />

s<br />

Pela fórmula <strong>de</strong> Ven Te Chow, que utiliza <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> em m/km, é dado por:<br />

0,<br />

64<br />

0,<br />

64<br />

⎛ L ⎞<br />

⎛1,<br />

945 ⎞<br />

t s = 52,<br />

64.<br />

⎜ ⎟ → ts<br />

= 52,<br />

64.<br />

⎜ ⎟ → t = 35,<br />

60min<br />

.<br />

(3.7)<br />

s<br />

⎝ I ⎠<br />

⎝12,<br />

85⎠<br />

E segundo a fórmula <strong>de</strong> Picking tem-se para o tempo <strong>de</strong> escoamento superficial:<br />

1<br />

3<br />

1<br />

t s<br />

s<br />

2<br />

⎛ L ⎞<br />

⎛1,<br />

945 ⎞ 3<br />

= 51,<br />

79.<br />

⎜ → t s = 51,<br />

79⎜<br />

⎟ → t = 34,<br />

75min<br />

.<br />

I ⎟<br />

(3.8)<br />

⎝ ⎠<br />

⎝12,<br />

85 ⎠<br />

O valor adotado para o escoamento superficial foi o <strong>de</strong> 35,60 minutos, por ter sido<br />

encontrado em duas fórmulas empíricas.<br />

s<br />

70


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial e escoamento em tubulações<br />

Para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração da Bacia do Córrego Lagoinha foi preciso,<br />

primeiramente, obter os tempos <strong>de</strong> escoamento fluvial, e o tempo <strong>de</strong> escoamento em<br />

tubulações no período <strong>de</strong> estiagem, pois estes serviram <strong>de</strong> base no processo interativo,<br />

usado na <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>ste tempo <strong>de</strong> concentração.<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial durante a estiagem<br />

A <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial do Córrego Lagoinha, no período <strong>de</strong><br />

estiagem, foi realizada através do Método do Flutuador, e quando possível tal método era<br />

comparado com os valores obtidos <strong>de</strong> vertedores existentes ao longo do curso do córrego.<br />

O Método do Flutuador consiste em objetos flutuantes que adquirem a velocida<strong>de</strong> das<br />

águas que os circundam, permitindo assim a <strong>de</strong>terminação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento<br />

<strong>de</strong>stas.<br />

O tipo utilizado foi o Simples ou <strong>de</strong> Superfície, que são aqueles que ficam na superfície<br />

das águas e me<strong>de</strong>m a velocida<strong>de</strong> superficial da corrente (Figura 3.4). Para <strong>de</strong>terminação da<br />

velocida<strong>de</strong> média da corrente foi utilizada a relação 0,90 <strong>de</strong> vsup indicada por Azevedo<br />

Netto et al.. (1998):<br />

H<br />

Figura 3.4 – Flutuador Simples ou <strong>de</strong> Superfície<br />

V<br />

71


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

A realização <strong>de</strong>sse método só foi possível pelo fato <strong>de</strong> inconvenientes como interferência<br />

<strong>de</strong> ventos, correntes secundárias e ondas não serem significativos nos locais medidos.<br />

Os locais para <strong>de</strong>terminação do método foram escolhidos <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do<br />

Córrego Lagoinha. A <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> foi encontrada através da <strong>de</strong>terminação do perfil<br />

longitudinal do córrego,não sendo consi<strong>de</strong>rados os três lagos existentes no percurso do<br />

córrego.<br />

Por meio do programa Auto-Cad foi <strong>de</strong>terminada o comprimento do curso do rio <strong>de</strong> cota a<br />

cota (10 em 10 metros), Tabela 3.12, o que permitiu a <strong>de</strong>terminação do perfil longitudinal<br />

do Córrego Lagoinha (Figura 3.5).<br />

Tabela 3.12 – Perfil longitudinal do Córrego Lagoinha<br />

Perfil Longitudinal<br />

Cota Montante (m) Cota Jusante (m) Distância (m) Distância Acumulada (m)<br />

780 790 872,1 6506,6<br />

790 800 354,9 5634,6<br />

800 810 667,3 5279,7<br />

810 820 73,2 4612,4<br />

820 830 543,9 4539,3<br />

830 840 612,6 3995,4<br />

840 850 410,1 3382,8<br />

848 850 165,8 3138,5<br />

850 860 904,5 2972,7<br />

860 870 898,3 2068,2<br />

870 880 363,4 1169,8<br />

880 890 362,7 806,5<br />

890 900 286,1 443,7<br />

900 910 114,3 157,7<br />

910 915 43,3 43,3<br />

915 915 0,0 0,0<br />

72


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Cotas (m)<br />

930<br />

920<br />

910<br />

900<br />

890<br />

880<br />

870<br />

860<br />

850<br />

840<br />

830<br />

820<br />

810<br />

800<br />

790<br />

780<br />

Figura 3.5 –Perfil Longitudinal da Bacia do Córrego Lagoinha<br />

Conhecido o perfil longitudinal do córrego, foram <strong>de</strong>finidos 4 trechos para aplicação do<br />

Método do Flutuador, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do perfil, os trechos escolhidos são os<br />

trechos 1, 2 , 4 e 5, sendo que o trecho 3 é um trecho canalizado do córrego, tais trechos<br />

são os apresentados na Figura 3.5.<br />

PERFIL LONGITUDINAL SEM OS LAGOS<br />

Trecho 1<br />

Trecho 2<br />

Trecho 3<br />

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000<br />

Distância (m)<br />

Trecho 4<br />

Trecho 5<br />

Dentro <strong>de</strong>sses trechos naturais foram escolhidas porções retilíneas do córrego. Com o local<br />

<strong>de</strong>terminado, esten<strong>de</strong>u-se duas cordas <strong>de</strong> uma margem a outra, numa distância que variou<br />

<strong>de</strong> 17,76 a 27,91 metros, o que está <strong>de</strong>ntro do recomendado por Azevedo Netto (1998), que<br />

indica uma distância <strong>de</strong> 15 a 50 m (Figura 3.6). Transversalmente dividiu-se o curso<br />

d’água em 4 ou 5 seções. O flutuador foi solto a uma distância <strong>de</strong> 5 metros a montante da<br />

primeira corda, medindo o tempo gasto no percurso. Através do quociente entre distância e<br />

tempo <strong>de</strong> percurso obteve-se a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento <strong>de</strong> cada seção (Vn).<br />

73


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

A<br />

Contagem<br />

<strong>de</strong> tempo<br />

(início)<br />

B<br />

Contagem<br />

<strong>de</strong> tempo<br />

(fim)<br />

Percurso<br />

(A)<br />

(B)<br />

15 a 50 m Ponto <strong>de</strong> lancamento 5 a 15 m<br />

V1 V 2 V 3 V 4<br />

A1 A2 A 3 A4<br />

Figura 3.6 - Esquema <strong>de</strong> montagem do Método do Flutuador<br />

A seção do leito do curso d’água foi <strong>de</strong>terminada por meio <strong>de</strong> medidas com régua<br />

graduada. A vazão no trecho medido foi dada pela relação:<br />

Q = A1 . V1 + A2 . V2 + ....... + An . Vn<br />

74<br />

(3.9)<br />

Conhecidas as distâncias reais <strong>de</strong> cada trecho (Tabela 3.11), e <strong>de</strong>terminada à velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escoamento fluvial <strong>de</strong>ste, encontrou-se o valor <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> escoamento em cada um.<br />

As planilhas utilizadas para calcular o tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial, em cada trecho<br />

escolhido, se encontram no Apêndice A. E o resultados finais se encontram sintetizados na<br />

Tabela 3.13 abaixo:<br />

Tabela 3.13 – Tabela <strong>de</strong> escoamento fluvial<br />

Trecho nº<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial<br />

Comprimento Velocida<strong>de</strong> média Tempo <strong>de</strong> escoamento<br />

(m)<br />

(m/s)<br />

(minutos)<br />

01<br />

723,16 0,34 35,75<br />

02<br />

1991,52 0,40 82,98<br />

04<br />

1180,24 0,50 39,34<br />

05<br />

1967,36 0,38 85,85<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial (horas) 4,07


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento em tubulações, durante o período <strong>de</strong> estiagem<br />

Há dois trechos do Córrego Lagoinha que se encontram canalizados, o primeiro está<br />

localizado <strong>de</strong>ntro do Parque <strong>de</strong> Exposição Agropecuária Camaru, trecho 3 da Figura 3.5, e<br />

o segundo é trecho final do Córrego Lagoinha, que se encontra canalizado até seu encontro<br />

com o Córrego São Pedro na Avenida Rondon Pacheco, que será chamado <strong>de</strong> trecho 6.<br />

Portanto os tempos <strong>de</strong> escoamento foram encontrados por método <strong>de</strong> dimensionamento <strong>de</strong><br />

canais circulares, através <strong>de</strong> relações baseadas na equação <strong>de</strong> Manning, apresentado por<br />

Azevedo Neto et al. (1998).<br />

Através da relação entre Q/Qp pô<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar a relação entre v/vp, encontrado na<br />

tabela <strong>de</strong> dimensionamento <strong>de</strong> condutos circulares parcialmente cheios, apresentado por<br />

Azevedo Netto et al. (1998, p.551).<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Q – vazão <strong>de</strong> entrada;<br />

Qp- vazão do conduto à seção plena;<br />

v- velocida<strong>de</strong> do conduto parcialmente cheio;<br />

vp – velocida<strong>de</strong> do conduto à plena seção.<br />

As vazões <strong>de</strong> entrada foram encontradas utilizando-se o ábaco <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da altura<br />

crítica para canais circulares, apresentado por Lencastre (1972), sendo consi<strong>de</strong>rado como<br />

altura crítica (hc), a altura <strong>de</strong> lâmina d’água na entrada do conduto (y), medida no campo.<br />

No ábaco <strong>de</strong> Lencastre tem-se a relação hc/D na or<strong>de</strong>nada, on<strong>de</strong> D é o diâmetro da<br />

tubulação, como essa relação é conhecida, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar o valor correspon<strong>de</strong>nte da<br />

abscissa<br />

1<br />

5/2<br />

D<br />

Q<br />

, e <strong>de</strong>ssa última o valor da vazão proucurada.<br />

g<br />

Para consi<strong>de</strong>rar a altura <strong>de</strong> lâmina d’água na entrada do conduto como sendo a altura<br />

crítica, foi preciso verificar os tipos <strong>de</strong> movimento no trecho anterior à canalização, e na<br />

canalização.<br />

75


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Para a <strong>de</strong>terminação do tipo <strong>de</strong> movimento foi utilizado o adimensional número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>,<br />

Fr, que é <strong>de</strong>finido como a raiz quadrada da relação entre a força <strong>de</strong> inércia e a força <strong>de</strong><br />

gravida<strong>de</strong>, e expresso por:<br />

F<br />

r<br />

=<br />

on<strong>de</strong>:<br />

V<br />

gH<br />

m<br />

=<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

A – área da seção <strong>de</strong> escoamento;<br />

B – largura da superfície livre d’água.<br />

Por meio do número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>, o escoamento é classificado em três tipos:<br />

a) Escoamento subcrítico ou fluvial, Fr < 1;<br />

b) Escoamento supercrítico ou torrencial, Fr > 1;<br />

c) Escoamento crítico, Fr = 1.<br />

76<br />

(3.10)<br />

Primeiramente foi analisado o tipo <strong>de</strong> escoamento do trecho anterior à canalização, pois se<br />

este apresentasse subcrítico, e o escoamento <strong>de</strong>ntro do canal supercrítico, podia-se concluir<br />

que a altura medida na entrada do tubo representava a altura crítica.<br />

Conforme planilha <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> vazão constante no Apêndice A, para o trecho 2, anterior<br />

ao trecho canalizado do Parque <strong>de</strong> Exposição, tem-se velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,40 m/s, área <strong>de</strong> 0,26<br />

m 2 e largura da superfície livre <strong>de</strong> 1,80 m, portanto o número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> é dado pela<br />

relação:<br />

F<br />

r<br />

=<br />

V<br />

gH<br />

m<br />

=<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

=<br />

0,<br />

40<br />

9,<br />

81<br />

0,<br />

26<br />

1<br />

, 80<br />

=<br />

0,<br />

34<br />

< 1, portanto o escoamento é subcrítico.<br />

Ainda pela planilha <strong>de</strong> medição <strong>de</strong> vazão constante no Apêndice A, para o trecho 5,<br />

anterior ao trecho canalizado no final do Córrego Lagoinha, tem-se velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,53 m/s,<br />

área <strong>de</strong> 0,50 m 2 e largura da superfície livre <strong>de</strong> 4,8 m, portanto o número <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> é dado<br />

pela relação:


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

F<br />

r<br />

=<br />

V<br />

gH<br />

m<br />

=<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

=<br />

0,<br />

53<br />

9,<br />

81<br />

0,<br />

50<br />

4<br />

, 80<br />

= 0,<br />

52 < 1, portanto o escoamento é subcrítico.<br />

Utilizando-se o ábaco <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação da altura crítica para canais circulares, apresentado<br />

por Lencastre (1972), <strong>de</strong>terminou-se as vazões <strong>de</strong> entrada nos condutos. Os valores obtidos<br />

encontram-se na Tabela 3.14.<br />

Tabela 3.14 – Determinação das vazões nos trechos canalizados<br />

Manilhas <strong>de</strong> concreto do trecho do Camaru<br />

Manilha única<br />

D 1 (m) 2,00<br />

y 1 = h c1 (m) 0,20<br />

y 1 /D 0,10<br />

Q (m 3 /s)<br />

0,01<br />

0,20<br />

Manilhas <strong>de</strong> concreto do trecho final do Córrego Lagoinha<br />

Manilha 1 Manilha 2 Manilha 3<br />

D 1 (m) 2,00 D 2 (m) 1,50 D 3(m) 2,00<br />

y 1 = hc1 (m) 0,20 y 2 = hc2(m) 0,30 y 3 = hc3(m) 0,20<br />

y1/D 0,11 y2/D 0,20 y3/D 0,11<br />

1<br />

D 2 / 5<br />

Q<br />

g<br />

D 2 / 5<br />

1<br />

Q<br />

g<br />

1<br />

Q<br />

0,02 0,04 0,02<br />

D 2 / 5<br />

Q (m 0,35 0,35 0,35<br />

3 /s) Q (m 3 /s) Q (m 3 /s)<br />

g<br />

1<br />

D 2 / 5<br />

Encontrada a vazão <strong>de</strong> entrada, calculou-se a vazão e a velocida<strong>de</strong> do conduto à plena<br />

seção, através da relação baseada na equação <strong>de</strong> Manning, e tendo então a relação Q/Qp,<br />

pô<strong>de</strong>-se encontrar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento no conduto pela expressão v/vp, e conhecido<br />

o comprimento do conduto, <strong>de</strong>terminou-se o tempo <strong>de</strong> escoamento, pelo quociente do<br />

comprimento pela velocida<strong>de</strong>. As manilhas são <strong>de</strong> concreto, portanto o coeficiente <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong> é igual a 0,013. Os valores encontrados são apresentados na Tabela 3.15.<br />

Q<br />

g<br />

77


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Tabela 3.15 – Determinação do tempo <strong>de</strong> escoamento nos trechos canalizados<br />

78


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Manilhas <strong>de</strong> concreto do trecho do Camaru (n = 0,013)<br />

D 1 (m) 2,00<br />

I (m/m) 0,01<br />

RH = 0,25 D(m) 0,50.<br />

A p (m 2 ) 3,14<br />

Q (m<br />

vp = Qp/Ap (m/s) 3,42<br />

3 /s)<br />

0,20<br />

Q/Q p<br />

B (m) 1,43<br />

A (m<br />

1,35<br />

2 v/vp 0,40<br />

v (m/s) 1,35<br />

comprimento (m) 165,80<br />

tempo <strong>de</strong> escoamento (minutos) 2,04<br />

)<br />

0,15<br />

Fr =<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

Manilhas <strong>de</strong> concreto do trecho final do Córrego Lagoinha (n = 0,013)<br />

Manilha 1 Manilha 2 Manilha 3<br />

D 1 (m) 2,00 D 2 (m) 1,50 D 3(m) 2<br />

I (m/m) 0,005 I (m/m) 0,005 I (m/m) 0,005<br />

RH = 0,25 D(m) 0,500 RH = 0,25 D(m) 0,375 RH = 0,25 D(m) 0,500<br />

Q =<br />

p<br />

Ap (m 3,14 1,77 3,14<br />

2 ) Ap (m 2 ) Ap (m 2 )<br />

I<br />

n<br />

A<br />

p<br />

Q =<br />

R<br />

p<br />

2 / 3<br />

H<br />

I<br />

n<br />

A<br />

p<br />

R<br />

2 / 3<br />

H<br />

Q =<br />

10,76 5,00<br />

p<br />

I<br />

ApR<br />

n<br />

10,76<br />

Q (m 0,35 0,35 0,35<br />

vp = Qp/Ap (m/s) 3,42 vp = Qp/Ap (m/s) 2,82 vp = Qp/Ap (m/s) 3,42<br />

3 /s) Q (m 3 /s) Q (m 3 /s)<br />

Q/Qp 0,03 Q/Qp 0,07 Q/Qp 0,03<br />

v/vp 0,458 v/vp 0,575 v/vp 0,458<br />

v (m/s) 1,57 v (m/s) 1,62 v (m/s)<br />

875,00 875,00 875,00<br />

1,20 1,20 1,20<br />

A (m 0,22 0,22 0,22<br />

1,16<br />

2 ) A (m 2 ) A (m 2 comprimento (m) comprimento (m) comprimento (m)<br />

tempo <strong>de</strong><br />

tempo <strong>de</strong><br />

tempo <strong>de</strong><br />

escoamento 9,29 escoamento 9,00 escoamento 9,29<br />

(minutos)<br />

(minutos)<br />

(minutos)<br />

B (m) B (m) B (m)<br />

)<br />

Fr =<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

1,16<br />

Fr =<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

1,22<br />

Fr =<br />

V<br />

A<br />

g<br />

B<br />

2/<br />

3<br />

H<br />

Q =<br />

p<br />

0,02<br />

I<br />

n<br />

A<br />

p<br />

R<br />

2 / 3<br />

H<br />

79<br />

10,76<br />

1,57


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Os números <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> encontrados para os trechos canalizados revelam que o escoamento<br />

é supercrítico. Portanto a altura medida na entrada da canalização é realmente a altura<br />

crítica.<br />

O tempo <strong>de</strong> escoamento para o trecho canalizado do Camaru é <strong>de</strong> 2,04 minutos, já para o<br />

trecho final do Córrego Lagoinha, que tem diâmetros diferentes, o tempo <strong>de</strong> escoamento<br />

foi obtido da média dos tempos <strong>de</strong> cada manilha, encontrando-se o valor <strong>de</strong> 9,19 minutos.<br />

A Tabela 3.16 apresenta o valor total <strong>de</strong> escoamento em canalizações para o Córrego<br />

Lagoinha.<br />

Tabela 3.16 – Escoamento total em tubulações<br />

Trecho nº Comprimento (m) Tempo <strong>de</strong> escoamento (minutos)<br />

03<br />

165,80 2,04<br />

06<br />

875,00 9,19<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento em tubulações (horas) 0,19<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração<br />

O tempo <strong>de</strong> concentração, que é <strong>de</strong>finido como o tempo que leva para que toda a bacia<br />

consi<strong>de</strong>rada contribua para o escoamento superficial, aqui ficará <strong>de</strong>finido como sendo a<br />

soma do tempo <strong>de</strong> escoamento superficial, do tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial e do tempo <strong>de</strong><br />

escoamento em tubulações, durante o período chuvoso.<br />

Para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração da bacia foi preciso encontrar o tempo <strong>de</strong><br />

escoamento fluvial e em tubulações durante o período chuvoso, já que estes, calculados<br />

anteriormente, referem-se a períodos <strong>de</strong> seca. Para tanto, foram <strong>de</strong>terminadas vazões <strong>de</strong><br />

pico para o período chuvoso, utilizando-se os tempos encontrados durante o período <strong>de</strong><br />

seca, e com estas foram <strong>de</strong>terminadas as novas condições do Córrego e das tubulações, que<br />

permitirá encontrar o tempo <strong>de</strong> escoamento no período chuvoso, por processo iterativo.<br />

Como a topografia do leito do córrego é <strong>de</strong>sconhecida, foi consi<strong>de</strong>rado que o leito dos<br />

trechos 1 e 2 é composto por gabião com uma <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2:3, ou seja, ângulo <strong>de</strong><br />

56,31º, Figura 3.7, e nos trechos 4 e 5 o ângulo é <strong>de</strong> 75,96º, sendo mantido o leito do rio,<br />

consi<strong>de</strong>rado durante a estação <strong>de</strong> seca. E novas tubulações nos trechos canalizados, se<br />

necessário, serão consi<strong>de</strong>radas para aten<strong>de</strong>r à vazão <strong>de</strong> pico.<br />

80


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Figura 3.7 – Perfil transversal do Córrego Lagoinha<br />

A Bacia do Córrego Lagoinha foi divida em 5 sub-bacias, com seus pontos <strong>de</strong> saída<br />

coinci<strong>de</strong>ntes com os finais dos trechos <strong>de</strong>finidos para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong><br />

escoamento no período <strong>de</strong> estiagem, com o intuito <strong>de</strong> facilitar os cálculos do tempo <strong>de</strong><br />

concentração, conforme anteriormente apresentada na Figura 3.3.<br />

A seguir são <strong>de</strong>monstrados os passos seguidos para obtenção do tempo <strong>de</strong> concentração, na<br />

Bacia do Córrego Lagoinha, sendo estes aplicados em cada sub-bacia pré-<strong>de</strong>finida. Os<br />

valores encontrados em cada passo estão apresentados nas planilhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do<br />

tempo <strong>de</strong> concentração no Apêndice A.<br />

Primeiro passo - Determinação da vazão <strong>de</strong> pico através do Método SCS TR-55<br />

A vazão <strong>de</strong> pico (Qp) obtida para cada sub-bacia é a vazão do Córrego durante o período<br />

chuvoso, <strong>de</strong>terminada através do método SCS TR-55, apresentado no capítulo 2 <strong>de</strong>ste<br />

trabalho.<br />

O fator adimensional <strong>de</strong> ajustamento <strong>de</strong>vido às poças d’águas, apresentado na Tabela 2.1,<br />

especificado no Método SCS TR-55 adotado para a Bacia do Córrego Lagoinha é <strong>de</strong> 0,72,<br />

pois consi<strong>de</strong>rou-se que 5% da precipitação fica retida em poças d’água ou brejo, pois é<br />

uma bacia que apresenta <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> suave, e algumas regiões <strong>de</strong> brejo, em sua área <strong>de</strong><br />

Preservação Ambiental.<br />

O tipo <strong>de</strong> chuva consi<strong>de</strong>rada para ao Brasil e o adotado para aplicação do Método SCS TR-<br />

55 na Bacia do Córrego Lagoinha foi a do tipo II.<br />

L b h<br />

56,31°<br />

A vazão <strong>de</strong> pico para cada trecho é a média entre a vazão <strong>de</strong> entrada e saída <strong>de</strong>ste, portanto<br />

a vazão <strong>de</strong> jusante <strong>de</strong> um trecho é a vazão <strong>de</strong> montante do trecho subseqüente.<br />

81


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

Segundo passo – Determinação da altura do leito <strong>de</strong> gabião e dos novos condutos para o<br />

trecho canalizado.<br />

Na <strong>de</strong>terminação da altura do leito <strong>de</strong> gabião igualou-se a vazão hidráulica do canal (QH) a<br />

soma da vazão <strong>de</strong>vido à chuva (Qp), calculada no primeiro passo, e da vazão <strong>de</strong> base (Qb),<br />

correspon<strong>de</strong>nte à vazão do córrego em período <strong>de</strong> estiagem.<br />

A vazão hidráulica foi obtida pela Equação <strong>de</strong> Chézy com coeficiente <strong>de</strong> Manning:<br />

I 2<br />

3<br />

Q H = A.<br />

R<br />

(3.11)<br />

H<br />

n<br />

On<strong>de</strong>:<br />

I – <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do canal (m/m);<br />

n – rugosida<strong>de</strong> do canal;<br />

A – área da seção transversal do canal;<br />

RH – raio hidráulico.<br />

Como o canal foi consi<strong>de</strong>rado revestido por gabião no leito ocupado pelo extravasamento<br />

da vazão <strong>de</strong> pico, a rugosida<strong>de</strong> foi encontrada pela expressão, <strong>de</strong> acordo com Forchheimer<br />

apud Linsley et al. (1978):<br />

n =<br />

n<br />

Sendo:<br />

2<br />

n<br />

* P + n<br />

n<br />

n<br />

2<br />

G<br />

P + P<br />

G<br />

* P<br />

G<br />

82<br />

(3.12)<br />

nn – coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> do curso natural do Córrego do Lagoinha, encontrado no<br />

Apêndice A;<br />

Pn – perímetro molhado do curso natural do Córrego Lagoinha;<br />

nG – coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> do leito <strong>de</strong> gabião, mostrado na Tabela 3.17, (adotado o<br />

valor <strong>de</strong> 0,0285);


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

PG – perímetro molhado do leito <strong>de</strong> gabião, dado pela expressão:<br />

P G<br />

2h<br />

= (3.13)<br />

senφ<br />

Como será mantida uma <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> para o trecho do Córrego tem-se:<br />

P G<br />

P G<br />

2h<br />

2h<br />

= = = 2,<br />

40h<br />

- para os trechos 1 e 2 e;<br />

senφ<br />

sen56,<br />

31º<br />

2h<br />

2h<br />

= = = 2,06h - para os trechos 4 e 5<br />

senφ<br />

sen75,<br />

96º<br />

Tabela 3.17 – Coeficiente <strong>de</strong> Rugosida<strong>de</strong> do Gabião<br />

Tipo Natureza da superfície n<br />

Canais revestidos com<br />

gabiões enchidos com<br />

1<br />

material bem selecionado e<br />

colocados<br />

cuidado.<br />

na obra com<br />

Canais revestidos com<br />

gabiões enchidos com<br />

2<br />

material bem selecionado e<br />

colocados<br />

cuidado.<br />

na obra sem<br />

Fonte: Catálogo MACCAFERRI – Gabiões/Gabions/Gaviones<br />

0,0260<br />

0,0285<br />

A área da seção transversal foi obtida pela soma da área da seção transversal do curso<br />

natural do Córrego (An), e área trapezoidal formada pelo extravasamento da vazão <strong>de</strong> pico,<br />

até uma certa altura h, sendo a base menor do trapézio coinci<strong>de</strong>nte com a largura natural do<br />

Córrego (Lb). Portanto a área do trapézio é dada por:<br />

• Para o trecho 1 e 2:<br />

⎛ ⎛ h ⎞ ⎞<br />

⎜ ⎜L<br />

+ 2 ⎟ + L ⎟<br />

tanf<br />

A +<br />

2<br />

⎜<br />

2<br />

⎟<br />

⎝ ⎠ ⎜<br />

⎟<br />

tan56,31º<br />

⎜<br />

⎟<br />

⎝<br />

⎠<br />

b<br />

b<br />

2<br />

⎛ B+<br />

b ⎞ ⎜<br />

⎟<br />

h<br />

2<br />

G = * h<br />

⎝ ⎠<br />

⎜ ⎟ =<br />

* h = Lb<br />

* h + = Lb<br />

* h 0,67h (3.14)<br />

• Para o trecho 4 e 5:<br />

A +<br />

2<br />

G = Lb<br />

* h 0,25h<br />

(3.15)<br />

Sendo, portanto a área total da seção transversal expressa por:<br />

83


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

n<br />

2<br />

( L * h 0,67h )<br />

A = A + + para os trechos 1 e 2 (3.16)<br />

n<br />

b<br />

2<br />

( L * h 0,25h )<br />

A = A + + para os trechos 4 e 5 (3.17)<br />

b<br />

O raio hidráulico foi obtido dos raios hidráulicos da parte natural do Córrego, e o raio<br />

hidráulico da seção formada pelo gabião expresso por:<br />

R<br />

R<br />

H<br />

H<br />

2<br />

A An<br />

+ (L b * h + 0,67h )<br />

= =<br />

para o trecho 1 e 2 (3.18)<br />

P + P P + 2,40h<br />

n<br />

G<br />

n<br />

2<br />

A An<br />

+ (L b * h + 0,25h )<br />

= =<br />

para o trecho 4 e 5 (3.19)<br />

P + P P + 2,06h<br />

n<br />

G<br />

n<br />

A <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do canal será a mesma encontrada para o Córrego durante o levantamento do<br />

tempo <strong>de</strong> escoamento durante a estiagem.<br />

Substituindo os valores encontrados na expressão que <strong>de</strong>fine vazão hidráulica tem-se:<br />

• Para o trecho 1 e 2:<br />

Q<br />

H<br />

= Q<br />

p<br />

+ Q<br />

b<br />

=<br />

n<br />

2<br />

( A + ( L * h + 0,<br />

67h<br />

)<br />

+ ( L<br />

* h +<br />

n B<br />

n b<br />

2 2<br />

⎜<br />

P + 2,<br />

40 * n * h<br />

⎝ Pn<br />

+ 2,<br />

40<br />

n n<br />

G<br />

P<br />

• Para o trecho 4 e 5:<br />

Q<br />

H<br />

= Q<br />

p<br />

+ Q<br />

b<br />

=<br />

n<br />

n<br />

+<br />

I<br />

2,<br />

40 *<br />

h<br />

2<br />

( A + ( L *h + 0,<br />

25h<br />

)<br />

⎛ A<br />

⎜<br />

n B<br />

n b<br />

2 2<br />

⎜<br />

2 06<br />

n 2 06<br />

n P<br />

P ,<br />

n + , *nG*h<br />

⎝ +<br />

P + 2,<br />

06*h<br />

n<br />

I<br />

⎛ A<br />

⎜<br />

0,<br />

67<br />

h<br />

+ (L *h + 0,<br />

25h<br />

h<br />

2<br />

h ) ⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

2<br />

) ⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

2/<br />

3<br />

2/<br />

3<br />

84<br />

(3.20)<br />

(3.21)<br />

Como os valores <strong>de</strong> Qp e Qb são conhecidos, foi <strong>de</strong>terminada a altura do leito <strong>de</strong> gabião por<br />

tentativa, em planilha do programa Excel, apresentadas no Apêndice A.<br />

As manilhas existentes nos trechos canalizados do Córrego Lagoinha não suportam a vazão<br />

<strong>de</strong> pico somada à vazão <strong>de</strong> base, consi<strong>de</strong>rando o tempo <strong>de</strong> escoamento fluvial e o<br />

escoamento na tubulação na época <strong>de</strong> estiagem, portanto, foi necessário admitir novos<br />

condutos. Consi<strong>de</strong>rando que a nova manilha teria forma retangular, o mesmo material,<br />

concreto, coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,013, e teria uma <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada para a nova


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

situação, utilizando a formula <strong>de</strong> Chézy com o coeficiente <strong>de</strong> Manning para<br />

dimensionamento do conduto, obteve-se a seguintes relações:<br />

• Para o trecho 3 canalizado, o conduto é retangular e tem relação <strong>de</strong> largura igual a 4<br />

h<br />

8<br />

3<br />

vezes a altura, obtendo a expressão:<br />

n.<br />

QH<br />

= (3.22)<br />

2,<br />

17.<br />

I<br />

• Para o trecho 6 canalizado, o conduto é retangular e tem relação entre largura e altura<br />

h<br />

8<br />

3<br />

<strong>de</strong> 5 vezes, o que fornece:<br />

n.<br />

QH<br />

= (3.23)<br />

2,<br />

79.<br />

I<br />

Os resultados encontrados estão apresentados no Apêndice A.<br />

Terceiro passo – Determinação da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento<br />

Determinada a altura do leito do gabião foi possível <strong>de</strong>terminar a área da seção transversal<br />

do canal, pela soma da seção do curso natural do Córrego com a seção do leito do gabião, e<br />

também <strong>de</strong>terminou a nova área das tubulações nos trechos canalizados. E pela equação da<br />

continuida<strong>de</strong> tem-se:<br />

Q<br />

V = (3.24)<br />

A<br />

Quarto passo - Determinação do tempo <strong>de</strong> escoamento no trecho em estudo<br />

Determinada a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escoamento no trecho, e conhecida a sua extensão, pô<strong>de</strong>-se<br />

<strong>de</strong>terminar o tempo <strong>de</strong> escoamento, pelo quociente entre a extensão e a velocida<strong>de</strong>.<br />

As planilhas utilizadas para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração estão apresentadas no<br />

Apêndice A, lembrando-se que a <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração foi feito por<br />

processo iterativo, on<strong>de</strong> na primeira iteração utilizou-se o tempo <strong>de</strong> escoamento em cada<br />

85


CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />

trecho encontrado no campo na época <strong>de</strong> estiagem, já na segunda iteração o tempo<br />

utilizado para <strong>de</strong>terminação da vazão <strong>de</strong> chuva são os tempos encontrados na primeira<br />

iteração, e assim sucessivamente.<br />

O tempo <strong>de</strong> concentração encontrado para o cenário <strong>de</strong> 1997, consi<strong>de</strong>rado o cenário atual<br />

foi <strong>de</strong> 1,77 horas e para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização foi <strong>de</strong> 1,87 horas. O tempo <strong>de</strong><br />

concentração para os cenários futuros também é obtido pelo mesmo processo, mas<br />

primeiramente serão <strong>de</strong>terminadas suas características, no próximo capítulo.<br />

86


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

CAPÍTULO 4<br />

ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E<br />

IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Para a montagem dos cenários, primeiramente foi preciso <strong>de</strong>finir o local <strong>de</strong> implantação do<br />

reservatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção, pois assim, teve-se condição <strong>de</strong> conhecer suas áreas <strong>de</strong><br />

contribuição, já que estas são as bases para sua elaboração.<br />

4.1. DESCRIÇÃO E DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE IMPANTAÇÃO<br />

Na escolha do local <strong>de</strong> implantação do Reservatório <strong>de</strong> Retenção levaram-se em<br />

consi<strong>de</strong>ração os seguintes termos:<br />

• Como se trata <strong>de</strong> uma Bacia já urbanizada, a escolha do local <strong>de</strong> implantação do<br />

Reservatório <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço, uma vez que se pretendia evitar<br />

altos gastos com <strong>de</strong>sapropriações <strong>de</strong> benfeitorias;<br />

• Capacida<strong>de</strong> da obra <strong>de</strong> interferir no amortecimento, procurou-se evitar espaço muito a<br />

montante, que drena pouco área, tendo um efeito reduzido;<br />

87


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

• Como o Reservatório <strong>de</strong> Retenção proposto manterá uma lamina d’água permanente<br />

que será utilizada para embelezamento e/ou recreação, foi preciso escolher os locais<br />

para sua implantação, on<strong>de</strong> não houvesse o carregamento <strong>de</strong> resíduos sólidos, ou<br />

qualquer outro tipo <strong>de</strong> poluente durante o período chuvoso, o que po<strong>de</strong>ria causar maus<br />

odores, e assoreamento do Reservatório;<br />

A seguir será mostrada a análise <strong>de</strong> cada termo consi<strong>de</strong>rado na localização do reservatório<br />

<strong>de</strong> retenção proposto para o Córrego Lagoinha.<br />

4.1.1.DISPONIBILIDADE DE ESPAÇO<br />

Analisando o mapa <strong>de</strong> apresentação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> para o ano <strong>de</strong> 2003, na Bacia<br />

do Córrego Lagoinha po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar algumas áreas possíveis para implantação da obra<br />

<strong>de</strong> Retenção, quando leva-se em consi<strong>de</strong>ração a questão <strong>de</strong> área não construída.<br />

A figura (4.1) apresenta as áreas com disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaços i<strong>de</strong>ntificadas.<br />

4.1.2.CAPACIDADE DE INTERFERIR NO AMORTECIMENTO<br />

Procurou-se evitar a instalação do reservatório <strong>de</strong> retenção em espaços da bacia, on<strong>de</strong> a<br />

área <strong>de</strong> contribuição fosse pequena, o que reduziria a capacida<strong>de</strong> do reservatório <strong>de</strong><br />

interferir no amortecimento da vazão <strong>de</strong> pico.<br />

Sendo a proposta <strong>de</strong>ste trabalho, estudar os problemas <strong>de</strong> enchente ocorridos na Bacia do<br />

Córrego São Pedro, procurou-se <strong>de</strong>terminar as áreas <strong>de</strong>ntro da Bacia do Córrego Lagoinha,<br />

que pu<strong>de</strong>ssem interferir no amortecimento, caso a área <strong>de</strong> contribuição pu<strong>de</strong>sse<br />

futuramente sofrer com tais problemas, neste caso, os profissionais da área <strong>de</strong> drenagem<br />

recomendam localizar os reservatórios <strong>de</strong> retenção mais ou menos na meta<strong>de</strong> da bacia <strong>de</strong><br />

drenagem. Foi consi<strong>de</strong>rada também, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação do reservatório no<br />

curso final do Córrego Lagoinha, pois tal alternativa possibilitaria o controle na Bacia do<br />

Córrego São Pedro.<br />

88


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Dentre as áreas escolhidas, levando-se em consi<strong>de</strong>ração disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas sem<br />

construção <strong>de</strong> benfeitorias, foram i<strong>de</strong>ntificadas as áreas que favoreceriam a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

amortecimento do reservatório <strong>de</strong> retenção. As áreas i<strong>de</strong>ntificadas estão representadas na<br />

Erro! Auto-referência <strong>de</strong> indicador não válida..<br />

4.1.3.TRANSPORTE DE POLUENTES<br />

Consi<strong>de</strong>rando o transporte <strong>de</strong> resíduos sólidos e poluentes industriais na bacia do Córrego<br />

Lagoinha, Barbosa (2003), salienta que há gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> construção e<br />

lixo doméstico nas margens do médio e baixo curso do córrego, e ainda o problema<br />

contaminação da água por óleos e graxas oriundos das ativida<strong>de</strong>s da empresa <strong>de</strong> ônibus<br />

urbanos Viação Triângulo Ltda. A localização <strong>de</strong> tal empresa consta na Erro! Auto-<br />

referência <strong>de</strong> indicador não válida..<br />

O problema da contaminação do Córrego Lagoinha por resíduos sólidos e pelos<br />

contaminantes industriais provenientes da empresa Viação Triângulo Ltda po<strong>de</strong>m ser<br />

contornados por fiscalização do órgão competente da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>,<br />

sendo, portanto uma situação que não <strong>de</strong>limita a área <strong>de</strong> implantação da obra <strong>de</strong> retenção.<br />

4.1.4.POSSÍVEIS LOCALIZAÇÕES DO RESERVATÓRIO<br />

Em se tratando <strong>de</strong> locais com disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço foram encontrados diversos<br />

lugares, uma vez que a Bacia do Córrego Lagoinha possui um parque municipal, o Parque<br />

Santa Luzia. Portanto, o termo <strong>de</strong>cisivo foi a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amortecimento do reservatório,<br />

visto que, o problema <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> poluente é uma situação contornável, que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da localização do reservatório.<br />

Os locais selecionados são capazes <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r todas as condições para o bom<br />

aproveitamento da obra <strong>de</strong> retenção. Consi<strong>de</strong>rando o controle do escoamento superficial na<br />

sub-bacia do Córrego Lagoinha e bacia do Córrego São Pedro, foram i<strong>de</strong>ntificadas três<br />

locais, sendo que o local 1 foi <strong>de</strong>finido como a área da lagoa do Parque <strong>de</strong> Exposição<br />

Camaru, já existente, mas que não funciona como obra <strong>de</strong> retenção, tem apenas finalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> embelezamento, o local 2 é um espaço à jusante do local 1 que também aten<strong>de</strong> as<br />

89


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

condições exigidas, sendo que o reservatório <strong>de</strong> retenção po<strong>de</strong> ser implantado em qualquer<br />

espaço <strong>de</strong>le pertencente. A implantação do reservatório nos locais 1 e 2 trata o problema <strong>de</strong><br />

escoamento superficial da sub-bacia do Córrego Lagoinha e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da sua<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amortecimento reflete também no problema na Bacia do São Pedro. Já para<br />

o controle do escoamento superficial mais efetivo do eflúvio lançado da sub-bacia do<br />

Córrego Lagoinha para a bacia do Córrego São Pedro foi i<strong>de</strong>ntificado o local 3, on<strong>de</strong> a<br />

implantação do reservatório evitará o problema <strong>de</strong> escoamento concentrado na avenida<br />

Rondon Pacheco.<br />

Inicialmente será implantado um reservatório na área 2, se o amortecimento provocado por<br />

ele não for suficiente para controlar o escoamento na Bacia do São Pedro, outra estrutura<br />

<strong>de</strong> retenção será implantada na área 3.<br />

4.2. ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

4.2.1.CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO<br />

O cenário <strong>de</strong> pré-urbanização foi elaborado para servir <strong>de</strong> referência na avaliação da<br />

eficiência hidráulica das estruturas <strong>de</strong> controle adotada. Nesse cenário, a Bacia do Córrego<br />

Lagoinha foi consi<strong>de</strong>rada sem ocupação e com cobertura vegetal típica da região. Ou seja,<br />

100 % <strong>de</strong> sua área permeável. O tempo <strong>de</strong> concentração encontrado para este cenário é <strong>de</strong><br />

1,87 horas, <strong>de</strong>terminado no item (3.2.2.5). E o número <strong>de</strong> curva é <strong>de</strong> 78, encontrado no<br />

item (3.2.2.4).<br />

4.2.2.CENÁRIO ATUAL<br />

O cenário atual foi elaborado com intuito <strong>de</strong> retratar a ocupação atual da área <strong>de</strong> estudo.<br />

Para sua execução seria necessário utilizar ferramentas recentes, que por sua vez<br />

oferecessem uma precisão satisfatória. Assim sendo, o mais indicado foi a utilização <strong>de</strong><br />

fotografias aéreas da área em estudo, as fotos aéreas mais recentes disponíveis encontradas<br />

foram do ano <strong>de</strong> 1997.<br />

90


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Córrego dos Bicudos<br />

CENTRO<br />

LÍDICE<br />

VIGILATO<br />

PEREIRA<br />

3<br />

SARAIVA<br />

JARDIM KARAÍBA<br />

Córrego Mogi<br />

SANTA MÔNICA<br />

Córrego Lagoinha<br />

2<br />

LOTEAMENTO III<br />

1<br />

SEGISMUNDO<br />

SANTA LUZIA<br />

PEREIRA<br />

Viação<br />

Triângulo<br />

LOTEAMENTO II<br />

LOTEAMENTO I<br />

Áreas com disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço Área com boa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> amortecimento<br />

Figura 4.1 – Definição da área <strong>de</strong> implantação do reservatório<br />

89


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

O valor <strong>de</strong> CN para o cenário atual é o calculado no capítulo anterior, sendo o resultado<br />

obtido sintetizado na Tabela 3.9.<br />

O tempo <strong>de</strong> concentração da Bacia do Córrego Lagoinha para o Cenário atual é o<br />

encontrado no item (3.2.2.5), sendo <strong>de</strong> 1,77 horas.<br />

4.2.3.CENÁRIO FUTURO<br />

O cenário futuro foi elaborado com intuito <strong>de</strong> retratar a ocupação prevista para a região a<br />

partir da Lei Complementar Nº 245 <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2000, que dispõe sobre o<br />

parcelamento e zoneamento do uso e ocupação do solo do Município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong> e<br />

revoga a Lei Complementar Nº 224 <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999 e suas alterações<br />

posteriores.<br />

Deve-se, no entanto, salientar que no cenário atual há situações em que a ocupação<br />

existente já ultrapassou os limites estabelecidos pelas legislações vigentes, utilizadas para a<br />

elaboração <strong>de</strong>sse cenário. Esse fato é <strong>de</strong>corrência entre outras coisas, <strong>de</strong> que a maior parte<br />

da obras já executadas teve seus projetos aprovados na legislação anterior, que possuía<br />

índices urbanísticos diferenciados e falhas que possibilitavam burlar as porcentagens <strong>de</strong><br />

impermeabilização previstas. A fiscalização <strong>de</strong>ficitária e o não cumprimento das normas só<br />

contribuem para ocupação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada do espaço urbano.<br />

Na elaboração do cenário futuro manteve-se a situação do cenário atual para as áreas já<br />

loteadas, e nas áreas <strong>de</strong>socupadas da bacia foram criados novos loteamentos. Estes<br />

loteamentos terão lotes <strong>de</strong> 12 metros <strong>de</strong> largura por 30 metros <strong>de</strong> comprimento, que é a<br />

dimensão padrão dos lotes nesta região da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>, e também será simulada a<br />

inserção <strong>de</strong> supermercados, escolas, e outros edifícios exigidos por lei, que ocupam áreas<br />

maiores.<br />

Os loteamentos propostos estão apresentados no Apêndice D, Figura D.2. E para que o<br />

escoamento fosse simulado em fases diferenciadas <strong>de</strong> ocupação dos novos loteamentos,<br />

foram <strong>de</strong>finidos dois cenários, com características apresentadas a seguir:<br />

92


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

• O Cenário Futuro I, as ruas estarão pavimentadas, as edificações erguidas em uma taxa<br />

<strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> 60% do lote, e a porcentagem <strong>de</strong> impermeabilização do recuo e<br />

afastamento lateral será <strong>de</strong> 20% do total, o que dará um total <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong><br />

impermeabilização da área do lote.<br />

• No Cenário Futuro II, as ruas já estarão pavimentadas, as edificações erguidas em uma<br />

taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> 60% do lote, e as áreas laterais e os recuos se apresentarão<br />

impermeabilizada, <strong>de</strong>finindo como taxa correspon<strong>de</strong>nte à pavimentação da área livre a<br />

taxa <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> impermeabilização, o que leva a um total <strong>de</strong> 92% <strong>de</strong><br />

impermeabilização da área do lote.<br />

De acordo com artigo 13 da Lei Complementar Nº 245 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2000, os<br />

loteamentos propostos tiveram que <strong>de</strong>stinar ao município áreas mínimas, calculadas sobre<br />

a área total loteável, que foram as seguintes:<br />

i. 20 % para o sistema viário;<br />

ii. 10 % para área <strong>de</strong> uso institucional;<br />

iii. 7 % para área <strong>de</strong> recreação pública.<br />

O loteamento I ficou com uma área <strong>de</strong> 1.804.921 m 2 , das quais 360.984m 2 são ocupados<br />

pelas ruas, 232.838 m 2 são praças, 71.789 m 2 são ferrovias e 1.139.310 m 2 são lotes, o local<br />

<strong>de</strong> implantação do loteamento I está representado na Figura D.2.<br />

O loteamento II ficou com uma área <strong>de</strong> 908.607 m 2 , das quais 181.721 m 2 são ocupados<br />

pelas ruas, 87.435 m 2 são praças, 639.450 m 2 são lotes, o local <strong>de</strong> implantação do<br />

loteamento II e está representado na Figura D.2.<br />

Já o loteamento III é formado por dois condomínios fechados recentemente implantados na<br />

bacia do Córrego Lagoinha, o Royal Park e o Vila Real, e mais o restante das áreas<br />

adjacentes a estes, evi<strong>de</strong>ntemente respeitando o recuo <strong>de</strong>stinado a área <strong>de</strong> preservação<br />

ambiental. Neste caso foi consi<strong>de</strong>rado que os condomínios fechados, também, teriam o tipo<br />

93


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

<strong>de</strong> ocupação proposto para o cenário I e II, sendo assim, o loteamento III ficou assim<br />

<strong>de</strong>finido.<br />

• Condomínio fechado Royal Park com uma área <strong>de</strong> 179.373,74 m 2 , das quais 64721,36<br />

m 2 são ocupados pelas ruas, 10.858,94 m 2 são praças, 26183,74m 2 são áreas<br />

institucionais, e 77.609,70 m 2 são lotes. Cabe <strong>de</strong>stacar que, o condomínio Royal Park<br />

apresenta uma área <strong>de</strong>stinada ao sistema viário 80,41 % maior do que o exigido pela lei<br />

municipal, uma área 13,52% menor que o exigido para área <strong>de</strong> recreação e apresenta<br />

uma área <strong>de</strong> 14,60% <strong>de</strong> área institucional, apesar <strong>de</strong> esta não ser exigida por lei.<br />

• Condomínio fechado Vila Real com uma área <strong>de</strong> 78.041,94 m 2 , das quais 21.429,77 m 2<br />

são ocupados pelas ruas, 6.381,07 m 2 são praças, 3.001,08 m 2 são áreas institucionais, e<br />

47.230,04 m 2 são lotes.<br />

• O restante da área adjacente aos condomínios fechados Royal Park e Vila Real, que<br />

será chamado <strong>de</strong> Loteamento IIIa, foi loteado adquirindo uma área total <strong>de</strong> 2.757.444<br />

m 2 , das quais 697.845,14 são ruas, 279.000 m 2 são áreas institucionais, 157.719,19 m 2<br />

são praças, e 1.901.880 m 2 são lotes.<br />

Em cada loteamento foram i<strong>de</strong>ntificados diferentes tipos <strong>de</strong> lotes, no que se refere às<br />

dimensões e tipo <strong>de</strong> ocupação. Os lotes tiveram uma taxa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> 60% para todos<br />

os loteamentos. A Tabela 4.1, 4.2, 4.3, 4.4 e 4.5 a seguir apresentam as dimensões dos<br />

lotes e suas áreas.<br />

Tabela 4.1 – Tipos <strong>de</strong> lotes do Loteamento I<br />

Tipo <strong>de</strong> Lote<br />

Dimensões<br />

número <strong>de</strong> área total<br />

largura comprimento área<br />

lote (m²)<br />

(m) (m) (m²)<br />

1 12 30 360 2531 911160<br />

2 (Escola I) 120 150 18000 3 54000<br />

3 (Escola II) 120 180 21600 3 64800<br />

4 (Creche) 105 105 11025 2 22050<br />

5 (Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) 105 105 11025 2 22050<br />

6 (Posto Policial) 105 105 11025 2 22050<br />

7 (Supermecardo I) 60 120 7200 1 7200<br />

8 (Supermercado II) 120 150 18000 1 18000<br />

9 (Ginásio Poliesportivo) 120 150 18000 1 18000<br />

10 (Praças ) - - -<br />

- 232838<br />

Totais<br />

2546 1139310<br />

Tabela 4.2 – Tipos <strong>de</strong> lotes do Loteamento II<br />

94


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Tipo <strong>de</strong> Lote<br />

Dimensões<br />

número <strong>de</strong> área total<br />

largura comprimento área<br />

lote (m²)<br />

(m) (m) (m²)<br />

1 12<br />

30 360 1461 525960<br />

3 (Escola I) 90 120 10800 3 32400<br />

2 (Escola II) 90 90 8100 2 16200<br />

3 (Creche) 90 90 8100 2 16200<br />

4 (Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) 90<br />

90 8100 2 16200<br />

5 (Posto Policial) 60 90 5400 2 10800<br />

6 (Supermecardo I) 60 120 7200 1 7200<br />

7 (Supermercado II) 90 120 10800 1 10800<br />

8 (Ginásio Poliesportivo) 60<br />

60 3600 1 3600<br />

9 (Praças ) - - - - 87526<br />

Totais<br />

Tabela 4.3 – Tipos <strong>de</strong> lotes do Condomínio Fechado Royal Parque<br />

Tipo <strong>de</strong> Lote<br />

Dimensões<br />

número <strong>de</strong> área total<br />

largura comprimento área<br />

lote (m²)<br />

(m) (m) (m²)<br />

1 12,00 27,70 332 126 41882<br />

2 12,00 25,18 302 33 9971<br />

3 14,19 27,70 393<br />

1 393<br />

4 14,38 25,18 362<br />

1 362<br />

5 11,91 25,18 300<br />

1 300<br />

6 12,19 27,70 338<br />

4 1351<br />

7 12,00 28,90 347<br />

26 9017<br />

8 12,20 28,90 353<br />

2 705<br />

9 12,81 28,90 370<br />

4 1481<br />

10 11,81 28,90 341<br />

1 341<br />

11 12,00 26,45 317<br />

24 7618<br />

12 11,80 26,45 312<br />

1 312<br />

13 12,50 26,50 331<br />

1 331<br />

14 11,50 26,50 305<br />

1 305<br />

15 12,00 30,00 360<br />

9 3240<br />

16 (Área Institucional) - - 26184 - 26184<br />

17 (Praças ) -<br />

- 10859 - 10859<br />

Totais<br />

Tabela 4.4 – Tipos <strong>de</strong> lotes do Condomínio Fechado Vila Real<br />

Tipo <strong>de</strong> Lote<br />

Dimensões<br />

largura comprimento área<br />

(m) (m) (m²)<br />

1 15,60 28,60 446<br />

2 15,40 28,60 440<br />

3 (Área Institucional) -<br />

- 3001<br />

Área <strong>de</strong> Recreação<br />

Totais<br />

- - 6381<br />

235 77610<br />

número <strong>de</strong><br />

lote<br />

95<br />

1475 639360<br />

área total<br />

(m²)<br />

18 8031<br />

89 39199<br />

- 3001<br />

- 6381<br />

107 47230


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 4.5 – Tipos <strong>de</strong> lotes do Loteamento IIIa<br />

Tipo <strong>de</strong> Lote<br />

Dimensões<br />

número <strong>de</strong> área total<br />

largura comprimento área<br />

lote (m²)<br />

(m) (m) (m²)<br />

1 12<br />

30 360 4268 1536480<br />

2 (Escola I) 150 180 27000 3 81000<br />

3 (Escola II) 180 180 32400 3 97200<br />

4 (Creche) 120 120 14400 3 43200<br />

5 (Posto <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) 120 120 14400 2 28800<br />

6 (Posto Policial) 120 120 14400 2 28800<br />

7 (Supermecardo I) 60 120 7200 2 14400<br />

8 (Supermercado II) 120 150 18000 2 36000<br />

9 (Ginásio Poliesportivo) 120 150 18000 2 36000<br />

10 (Praças ) - - 157719 - 157719<br />

Totais<br />

4287 1901880<br />

Partindo do critério do plano Diretor <strong>de</strong> Desenvolvimento e Urbanização (PDDU), que<br />

estabelece para as Unida<strong>de</strong>s Territorial Resi<strong>de</strong>nciais (UTR) da Zona Resi<strong>de</strong>ncial tipo 2<br />

(ZR2) uma taxa <strong>de</strong> ocupação máxima <strong>de</strong> 60 %, e, <strong>de</strong>fine em 3 m e 1,5 m o recuo e<br />

afastamento lateral mínimos respectivamente, consi<strong>de</strong>rando-se <strong>de</strong> residências térreas até as<br />

<strong>de</strong> 4 pavimentos. Em 96,7% e 97,5% da UTR do Loteamento I e II respectivamente<br />

ficaram <strong>de</strong>finido 4 m <strong>de</strong> recuo mínimo, e 1,85 m <strong>de</strong> afastamento mínimo, obtendo-se a<br />

seguinte configuração básica para ocupação do lotes, Figura 4.2.<br />

Figura 4.2 – Configuração básica do lote<br />

A partir <strong>de</strong>ssa configuração, foram obtidos as taxas <strong>de</strong> impermeabilização, os recuos e os<br />

afastamentos laterais por tipo <strong>de</strong> lote, usadas em cada cenário, apresentadas nas Tabelas<br />

4.6, 4.7, 4.8, 4.9 e 4.10 a seguir:<br />

a<br />

b<br />

a<br />

telhado<br />

a - laterais<br />

b - recuo<br />

96


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 4.6 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento I<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

lote<br />

1 360<br />

2, 8 e 9 18000<br />

3 21600<br />

4, 5 e 6 11025<br />

7 7200<br />

Área<br />

(m²) Cenário<br />

Edificação Recuo Laterais<br />

A (m²) I (%) A (m²) Dimen.<br />

I (%) A (m²)<br />

(m)<br />

Dimen.<br />

I (%)<br />

(m)<br />

Total<br />

I (%)<br />

1 216 60 48 4 10 96 1,85 10 80<br />

2 216 60 48 4 11 96 1,85 21 92<br />

1 10800 60 4800 40 10 2398 10,90 10 80<br />

2 10800 60 4800 40 21 2398 10,90 11 92<br />

1 12960 60 5400 45 10 3240 12,00 10 80<br />

2 12960 60 5400 45 20 3240 12,00 12 92<br />

1 6615 60 3150 30 10 1260 8,40 10 80<br />

2 6615 60 3150 30 23 1260 8,40 9 92<br />

1 4320 60 900 15 0 1978 8,40 0 60<br />

2 4320 60 900 15 10 1978 8,40 22 92<br />

Tabela 4.7 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento II<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

lote<br />

1 360<br />

2 e 8 10800<br />

3, 4e 5 8100<br />

6 5400<br />

7 7200<br />

9 3600<br />

A (m²) I (%) A (m²) Dimen.<br />

I (%) A (m²)<br />

(m)<br />

Dimen.<br />

Área<br />

(m²) I (%)<br />

(m)<br />

Cenário<br />

Edificação Recuo Laterais<br />

Total<br />

I (%)<br />

1 216 60 48 4 10 96 1,85 10 80<br />

2 216 60 48 4 11 96 1,85 21 92<br />

3 6480 60 2700 30 10 1620 9,00 10 80<br />

6 6480 60 2700 30 20 1620 9,00 12 92<br />

3 4900 60 1800 30 0 1400 10,00 0 60<br />

6 4900 60 1800 30 18 1400 10,00 14 92<br />

3 3240 60 1080 30 10 1080 10,00 10 80<br />

6 3240 60 1080 30 16 1080 10,00 16 92<br />

3 4320 60 900 30 10 1980 9,43 10 80<br />

6 4320 60 900 30 10 1980 9,43 22 92<br />

3 2160 60 900 30 0 540 6,00 0 60<br />

6 2160 60 900 30 20 540 6,00 12 92<br />

Tabela 4.8 – Impermeabilização dos lotes do Condomínio Fechado Royal Parque<br />

97


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

lote<br />

1 332,40<br />

2 302,16<br />

3 393,06<br />

4 362,19<br />

5 299,93<br />

6 337,65<br />

7 346,80<br />

8 352,51<br />

9 370,34<br />

10 341,43<br />

11 317,40<br />

12 312,03<br />

13 331,25<br />

14 304,75<br />

15 360,00<br />

A (m²)<br />

Dimen.<br />

I (%)<br />

(m)<br />

1 199,44 60 48,00 4 10 85 1,79 10<br />

2 199,44 60 48,00 4 12 85 1,79 20<br />

1 181,30 60 48,00 4 10 73 1,72 10<br />

2 181,30 60 48,00 4 13 73 1,72 19<br />

1 235,84 60 70,95 5 10 86 1,90 10<br />

2 235,84 60 70,95 5 14 86 1,90 18<br />

1 215,50 60 71,92 5 10 75 1,85 10<br />

2 215,50 60 71,92 5 16 75 1,85 17<br />

1 179,96 60 47,65 4 10 72 1,71 10<br />

2 179,96 60 47,65 4 13 72 1,71 19<br />

1 202,59 60 48,76 4 10 86 1,82 10<br />

2 202,59 60 48,76 4 12 86 1,82 20<br />

1 208,08 60 48,00 4 10 91 1,82 10<br />

2 208,08 60 48,00 4 11 91 1,82 21<br />

1 211,51 60 60,99 5 10 80 1,67 10<br />

2 211,51 60 60,99 5 14 80 1,67 18<br />

3 222,20 60 64,07 5 10 84 1,76 10<br />

4 222,20 60 64,07 5 14 84 1,76 18<br />

5 204,86 60 47,26 4 10 89 1,79 10<br />

6 204,86 60 47,26 4 11 89 1,79 21<br />

7 190,44 60 48,00 4 10 79 1,76 10<br />

8 190,44 60 48,00 4 12 79 1,76 20<br />

9 187,22 60 47,19 4 10 78 1,73 10<br />

10 187,22 60 47,19 4 12 78 1,73 20<br />

11 198,75 60 50,00 4 10 83 1,83 10<br />

12 198,75 60 50,00 4 12 83 1,83 20<br />

13 182,85 60 46,00 4 10 76 1,69 10<br />

14 182,85 60 46,00 4 12 76 1,69 20<br />

15 216,00 60 60,00 5 10 84 1,68 10<br />

16 216,00 60 60,00 5 13 84 1,68 19<br />

Dimen.<br />

Área<br />

(m²) I (%) A (m²)<br />

(m)<br />

Cenário<br />

Edificação<br />

A (m²) I (%)<br />

Recuo Laterais<br />

Tabela 4.9 – Impermeabilização dos lotes do Condomínio Fechado Vila Real<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

lote<br />

Área<br />

(m²)<br />

1<br />

2<br />

267,7<br />

267,7<br />

60<br />

60<br />

62,4<br />

62,4<br />

4<br />

4<br />

10<br />

11<br />

116,06<br />

116,06<br />

2,36<br />

2,36<br />

10<br />

21<br />

1<br />

2<br />

264,3<br />

264,3<br />

60<br />

60<br />

61,6<br />

61,6<br />

4<br />

4<br />

10<br />

11<br />

115<br />

115<br />

2,33<br />

2,33<br />

10<br />

21<br />

Cenário<br />

Edificação<br />

A (m²) I (%) A (m²)<br />

Recuo Laterais<br />

Dimen.<br />

I (%) A (m²)<br />

(m)<br />

Dimen.<br />

I (%)<br />

(m)<br />

1 446,16<br />

2 440,44<br />

98<br />

Total<br />

I (%)<br />

Total<br />

I (%)


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 4.10 – Impermeabilização dos lotes do Loteamento IIIa<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

lote<br />

1 360<br />

2 27000<br />

3 32400<br />

4, 5, 6 14400<br />

7 7200<br />

8, 9 18000<br />

Área<br />

(m²) Cenário<br />

A (m²) I (%) A (m²) Dimen.<br />

I (%) A (m²)<br />

(m)<br />

Dimen.<br />

Edificação Recuo Laterais<br />

I (%)<br />

(m)<br />

Total<br />

I (%)<br />

1 216 60 48 4 10 96 1,85 10 80<br />

2 216 60 48 4 11 96 1,85 21 92<br />

1 16200 60 6750 45 10 4050 15,00 10 80<br />

2 16200 60 6750 45 20 4050 15,00 12 92<br />

1 19440 60 8100 45 10 4860 18,00 10 80<br />

2 19440 60 8100 45 20 4860 18,00 12 92<br />

1 8568 60 3600 30 10 2232 12,40 10 80<br />

2 8568 60 3600 30 20 2232 12,40 12 92<br />

1 4320 60 1200 20 10 1680 8,40 10 80<br />

2 4320 60 1200 20 13 1680 8,40 19 92<br />

1 10800 60 3000 25 10 4200 16,80 10 80<br />

2 10800 60 3000 25 13 4200 16,80 19 92<br />

Definidas as áreas edificáveis, as áreas laterais e <strong>de</strong> recuo impermeabilizadas, e admitindo<br />

uma taxa <strong>de</strong> impermeabilização <strong>de</strong> 10% para áreas <strong>de</strong> praças, obteve-se a taxa <strong>de</strong><br />

impermeabilização por cenário, resultados que estão sintetizados nas Tabelas 4.11 e 4.12,<br />

4.13, 4.14, 4.15.<br />

Tabela 4.11 – Taxa <strong>de</strong> impermeabilização do loteamento I<br />

Cenário<br />

Rua<br />

Áreas impermeabilizadas (ha)<br />

Edificações Laterais Recuos Praça Total<br />

Imperm.<br />

%<br />

1 36,10 68,36 2,75 1,81 2,33 111,35 0,62<br />

2 36,10 68,36 21,98 14,52 2,33 143,28 0,79<br />

Tabela 4.12 – Taxa <strong>de</strong> impermeabilização do loteamento II<br />

Cenário<br />

Rua<br />

Áreas impermeabilizadas (ha)<br />

Edificações Laterais Recuos Praças Total<br />

Imperm.<br />

%<br />

1 18,17 38,39 1,60 0,96 0,88 60,00 0,66<br />

2 18,17 38,39 12,81 7,66 0,88 77,90 0,86<br />

Tabela 4.13 – Taxa <strong>de</strong> impermeabilização do Condomínio Fechado Royal Parque<br />

Cenário<br />

Áreas impermeabilizadas (ha)<br />

Rua Edificações Laterais Recuos Praças<br />

Área<br />

Institucional Total<br />

Imperm.<br />

%<br />

1 6,47 4,66 0,20 0,12 0,11 2,09 11,55 0,64<br />

2 6,47 4,66 1,56 0,92 0,11 2,41 13,72 0,76<br />

Tabela 4.14 – Taxa <strong>de</strong> impermeabilização do Condomínio Fechado Vila Real<br />

99


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Aárea<br />

Laterais Recuos Praça<br />

Institucional Total<br />

Cenário<br />

Rua<br />

Áreas impermeabilizadas (ha)<br />

Edificações<br />

Imperm.<br />

%<br />

1 2,14 2,83 0,12 0,07 0,06 0,008 5,24 0,67<br />

2 2,14 2,83 0,98 0,53 0,06 0,031 6,58 0,84<br />

Tabela 4.15 – Taxa <strong>de</strong> impermeabilização do loteamento IIIa<br />

Cenário<br />

Rua<br />

Áreas impermeabilizadas (ha)<br />

Edificações Laterais Recuos Praça Total<br />

Imperm.<br />

%<br />

1 69,78 114,06 4,72 2,89 1,58 193,04 0,70<br />

2 69,78 114,06 37,78 23,12 1,58 246,32 0,89<br />

Como o Loteamento III é formado pelo Loteamento IIIa, e os condomínios fechados Royal<br />

Park e Vila Real, a impermeabilização para cada cenário é obtida da média pon<strong>de</strong>rada dos<br />

valores encontrados nas Tabelas 4.13, 4.14 e 4.15. Os resultados encontrados estão<br />

apresentados na Tabela 4.16.<br />

Tabela 4.16 – Taxa média <strong>de</strong> impermeabilização do loteamento III<br />

Área<br />

Imperm.<br />

(ha)<br />

Imperm.<br />

média %<br />

1 17,94 0,64 7,80 0,67 275,74 0,70 0,70<br />

2 17,94 0,76 7,80 0,84 275,74 0,89 0,88<br />

Área<br />

Imperm.<br />

(ha)<br />

Área<br />

Cenários<br />

Condomínio Royal Condomínio Vila Loteamento IIIa<br />

Imperm.<br />

(ha) %<br />

Estabelecidas as porcentagens <strong>de</strong> impermeabilização dos novos loteamentos implantados<br />

na bacia do Córrego Lagoinha, e substituindo nas suas respectivas áreas <strong>de</strong> ocupação,<br />

foram achados novos valores para a taxa <strong>de</strong> impermeabilização das áreas 1 e 47, Figura<br />

3.1, o que levou a obtenção <strong>de</strong> novos CN para os cenários futuros propostos. Os valores<br />

encontrados para os dois cenários estão apresentados nas Tabelas 4.17 e 4,18 abaixo:<br />

Tabela 4.17 – Valores <strong>de</strong> CN para o Cenário Futuro I<br />

Nome<br />

Área<br />

Área<br />

Impermeável<br />

(km²)<br />

(km²)<br />

Fração Impermeável<br />

CN<br />

da Sub-Bacia<br />

Permeável<br />

(%)<br />

CN<br />

Impermeável<br />

CN W<br />

Sub-Bacia 1 3,36 1,60 48<br />

80 98 89<br />

Sub-Bacia 2 5,42 2,94 54<br />

80 98 90<br />

Sub-Bacia 3 5,13 2,50 49<br />

80 98 89<br />

Sub-Bacia 4 5,90 2,84 48<br />

80 98 89<br />

Sub-Bacia 5 1,10 0,15 14<br />

- - 78<br />

Total 20,91 10,03 48<br />

- 89 -<br />

Tabela 4.18 – Valores <strong>de</strong> CN para o Cenário Futuro II<br />

Nome<br />

Área<br />

Área<br />

Impermeável<br />

(km²)<br />

(km²)<br />

Fração Impermeável<br />

CN<br />

da Sub-Bacia<br />

Permeável<br />

(%)<br />

CN<br />

Impermeável<br />

CN W<br />

Sub-Bacia 1 3,36 2,01 60<br />

80 98 91<br />

Sub-Bacia 2 5,42 3,09 57<br />

80 98 90<br />

Sub-Bacia 3 5,13 2,72 53<br />

80 98 90<br />

Sub-Bacia 4 5,90 3,29 56<br />

80 98 90<br />

Sub-Bacia 5 1,10 0,15 14<br />

- - 78<br />

Total 20,91 11,27 54<br />

- 90 -<br />

100


CAPITULO 4 ELABORAÇÃO DOS CENÁRIOS<br />

E IMPLANTAÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

Para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração dos cenários futuros foi simulado um sistema<br />

<strong>de</strong> drenagem na área <strong>de</strong> implantação do Loteamento I, sendo <strong>de</strong>terminado por meio do<br />

Método Racional, o tempo <strong>de</strong> escoamento em sarjetas e galeria, tempos estes que<br />

substituíram o tempo <strong>de</strong> escoamento superficial dos cenários <strong>de</strong> pré-urbanização e atual, os<br />

cálculos executados estão apresentado no Apêndice A, e o traçado das galerias encontra-se<br />

no Apêndice D, Figura D.3. O valor encontrado foi <strong>de</strong> 28,10 minutos. Este tempo somado<br />

ao tempo <strong>de</strong> escoamento pluvial no córrego durante o período <strong>de</strong> chuva forneceu o valor<br />

do tempo <strong>de</strong> concentração para os cenários futuros, que é <strong>de</strong> 1,67 horas.<br />

101


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

CAPÍTULO 5<br />

DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E<br />

PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.1. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DE ENTRADA E<br />

PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

A simulação do escoamento nos cenários propostos foi realizada através dos hidrogramas<br />

resultantes das duas situações: sem inserção do reservatório <strong>de</strong> retenção; e com inserção<br />

<strong>de</strong>sta estrutura.<br />

5.1.1.HIDROGRAMAS DE ENTRADA DO RESERVATÓRIO<br />

O reservatório a ser implantado na área central da bacia do Córrego Lagoinha recebe a<br />

contribuição <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> 10,20 km 2 , o tempo <strong>de</strong> concentração e o número<br />

<strong>de</strong> curva (CN) nesse trecho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da situação imposta para cada cenário.<br />

102


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.1.1.1. Hidrograma para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização<br />

Para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização o tempo <strong>de</strong> concentração para a área <strong>de</strong> contribuição do<br />

reservatório é <strong>de</strong> 0,98 horas, e a partir <strong>de</strong>ste foram <strong>de</strong>terminadas as variáveis para<br />

<strong>de</strong>terminação do hidrograma unitário sintético.<br />

Usando a Tabela 2.3, on<strong>de</strong> tem-se os valores t/tp e Q/Qp, obteve-se os valores da variação<br />

da vazão com o tempo, e com estes, foi montado o hidrograma unitário sintético, mostrado<br />

na Figura 5.1.<br />

Vazão em m³/s/cm<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

HIDROGRAMA UNITÁRIO SINTÉTICO PARA O CENÁRIO DE PRÉ-<br />

URBANIZAÇÃO<br />

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180<br />

Tempo em minutos<br />

tc = 0,98 horas<br />

tp = 0,59 horas<br />

Qpu = 31,60 m³/s/cm<br />

D = 10 min.<br />

A = 10,20 km²<br />

Figura 5.1 – Hidrograma unitário sintético do SCS para a área <strong>de</strong> contribuição do<br />

reservatório consi<strong>de</strong>rando o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização<br />

Para <strong>de</strong>terminação da chuva exce<strong>de</strong>nte obtida pelo número da curva CN = 78, foi usado o<br />

hietograma conforme Huff 1º quartil com 50 % <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, já que a distribuição<br />

temporal da chuva <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>-MG aproxima muito <strong>de</strong>sse, como mostra o item<br />

(3.2.2.3). Consi<strong>de</strong>rando a precipitação <strong>de</strong> 2 horas <strong>de</strong> duração, que é a que mais tem efeito<br />

no município, para o período <strong>de</strong> retorno adotado, 100 anos, a altura <strong>de</strong> chuva segundo<br />

Tabela 3.8, é <strong>de</strong> 119,12 mm.<br />

A chuva exce<strong>de</strong>nte foi <strong>de</strong>terminada por meio da Equação (2.5), para a bacia pré-<br />

urbanizada, que apresenta CN igual a 78, tem-se potencial máximo <strong>de</strong> retenção (S),<br />

segundo a Equação (2.4), <strong>de</strong> 71,64 milímetros. Os valores da chuva exce<strong>de</strong>nte acumulada<br />

para cada período <strong>de</strong> tempo são dados pela Equação (2.5), para valores <strong>de</strong> precipitação<br />

103


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

acumulada maiores que 0,2S, pois para valores inferiores a esses a chuva exce<strong>de</strong>nte é igual<br />

a zero. A Tabela 5.1 apresenta o processo para <strong>de</strong>terminação da chuva exce<strong>de</strong>nte para cada<br />

período <strong>de</strong> tempo.<br />

Tabela 5.1 – Determinação da chuva exce<strong>de</strong>nte<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

HUFF 1º Q<br />

50% P (%)<br />

Precipitação Total Chuva exce<strong>de</strong>nte<br />

Por faixa (mm) Acumulada<br />

Acumulada<br />

(mm)<br />

Por faixa (mm)<br />

10 0,132 15,72 15,72 0,03 0,03<br />

20 0,274 32,64 48,36 10,96 10,93<br />

30 0,208 24,78 73,14 26,51 15,55<br />

40 0,116 13,82 86,96 36,56 10,05<br />

50 0,071 8,46 95,42 43,05 6,49<br />

60 0,053 6,31 101,73 48,03 4,98<br />

70 0,046 5,48 107,21 52,44 4,40<br />

80 0,028 3,34 110,54 55,15 2,72<br />

90 0,024 2,86 113,40 57,50 2,35<br />

100 0,024 2,86 116,26 59,86 2,36<br />

110 0,016 1,91 118,17 61,45 1,58<br />

120 0,008 0,95 119,12 62,24 0,79<br />

E para <strong>de</strong>terminação do hidrograma <strong>de</strong> cheia da bacia foi aplicado o método <strong>de</strong><br />

convolução, que trata <strong>de</strong> multiplicação, translação e soma, apresentado na Tabela 5.2.<br />

Para se obter a coluna 4 a começar do tempo <strong>de</strong> 10 minutos, por exemplo, tem-se o valor<br />

<strong>de</strong> 0,007 m 3 /s e abaixo 0,021 m 3 /s e mais abaixo 0,044 m 3 /s.<br />

5,53 m 3 /s x 0,003 = 0,015 m 3 /s<br />

18,86 m 3 /s x 0,003 = 0,050 m 3 /s<br />

30,35 m 3 /s x 0,003 = 0,081 m 3 /s<br />

Proce<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sta maneira e sempre pulando <strong>de</strong> 10 em 10 minutos, completou-se todas as<br />

multiplicações.<br />

Depois, fez se a soma das linhas das colunas 3 às da coluna 14 e obteve os valores do<br />

hidrograma <strong>de</strong>vido ao escoamento superficial. Mas como existe um escoamento base <strong>de</strong><br />

0,22 m 3 /s, o hidrograma final será a soma <strong>de</strong>stas vazões, o resultado está apresentado na<br />

coluna 17, Tabela 5.2. A vazão <strong>de</strong> base foi consi<strong>de</strong>rada constante durante a chuva <strong>de</strong>vido a<br />

duração da mesma ser pequena.<br />

O hidrograma <strong>de</strong> cheia do cenário <strong>de</strong> pré-urbanização está representado na Figura 5.2.<br />

104


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Vazão em m³/s<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO<br />

0 50 100 150 200 250<br />

Tempo em minutos<br />

105<br />

tc = 0,98 horas<br />

tp = 0,59 horas<br />

Qpu = 31,60<br />

m³/s/cm<br />

D = 10 min.<br />

A = 10,20 km²<br />

Qp = 119,77 m³/s<br />

Figura 5.2 – Hidrograma <strong>de</strong> cheia para área <strong>de</strong> contribuição do reservatório consi<strong>de</strong>rando o<br />

cenário <strong>de</strong> pré-urbanização<br />

A seguir serão apresentados os hidrogramas resultantes para o cenário atual e para os<br />

cenários futuros, as planilhas <strong>de</strong> cálculo para suas <strong>de</strong>terminações constam no Apêndice B.<br />

5.1.1.2. Hidrograma para o cenário atual<br />

Vazão em m³/s<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL<br />

0 50 100 150 200 250<br />

Tempo em minutos<br />

tc = 0,82 horas<br />

tp = 0,49 horas<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 36,88 m³/s/cm<br />

A = 10,20 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 85<br />

Qp = 166,22 m³/s<br />

Figura 5.3 – Hidrograma <strong>de</strong> cheia para a área <strong>de</strong> contribuição do reservatório consi<strong>de</strong>rando


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

o cenário atual<br />

5.1.1.3. Hidrogramas para os cenários futuros<br />

Vazão em m³/s<br />

250,00<br />

200,00<br />

150,00<br />

100,00<br />

50,00<br />

0,00<br />

HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I<br />

0 50 100 150 200<br />

Tempo em minutos<br />

106<br />

tc = 0,80 horas<br />

tp = 0,48 horas<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 37,66 m³/s/cm<br />

A = 10,20 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 89<br />

Qp = 194,87 m³/s<br />

Figura 5.4 – Hidrograma <strong>de</strong> cheia para área <strong>de</strong> contribuição do reservatório consi<strong>de</strong>rando o<br />

cenário futuro I<br />

Vazão em m³/s<br />

250,00<br />

200,00<br />

150,00<br />

100,00<br />

50,00<br />

0,00<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II<br />

0 50 100 150 200 250<br />

Tempo em minutos<br />

tc = 0,80 horas<br />

tp = 0,48 horas<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 37,66 m³/s/cm<br />

A = 10,20 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 90<br />

Qp = 201,50 m³/s<br />

Figura 5.5 – Hidrograma <strong>de</strong> cheia para área <strong>de</strong> contribuição do reservatório consi<strong>de</strong>rando o<br />

cenário futuro II


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

107


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 5.2 – Hidrograma <strong>de</strong> cheia da área <strong>de</strong> contribuição do reservatório retenção para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,003<br />

20<br />

1,093<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 78<br />

1,555 1,005 0,649 0,498 0,440 0,272 0,235 0,236 0,158<br />

120<br />

0,079<br />

Soma<br />

6,224<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

0 0,00 0,22 0,22<br />

10 5,53 0,015 0,01 0,22 0,23<br />

20 18,86 0,050 6,047 6,10 0,22 6,32<br />

30 30,35 0,081 20,623 8,600 29,30 0,22 29,52<br />

40 30,65 0,082 33,187 29,332 5,557 68,16 0,22 68,38<br />

50 24,10 0,064 33,515 47,202 18,954 3,588 103,32 0,22 103,54<br />

60 14,53 0,039 26,353 47,668 30,501 12,235 2,754 119,55 0,22 119,77<br />

70 9,10 0,024 15,888 37,481 30,802 19,690 9,391 2,436 115,71 0,22 115,93<br />

80 5,90 0,016 9,951 22,598 24,220 19,884 15,112 8,307 1,502 101,59 0,22 101,81<br />

90 3,69 0,010 6,451 14,153 14,602 15,635 15,262 13,368 5,121 1,298 85,90 0,22 86,12<br />

100 2,31 0,006 4,035 9,176 9,145 9,426 12,000 13,500 8,241 4,426 1,307 71,26 0,22 71,48<br />

110 1,46 0,004 2,526 5,739 5,929 5,904 7,235 10,615 8,323 7,123 4,458 0,876 58,73 0,22 58,95<br />

120 0,92 0,002 1,596 3,593 3,708 3,828 4,531 6,400 6,544 7,193 7,174 2,989 0,440 48,00 0,22 48,22<br />

130 0,58 0,002 1,006 2,271 2,321 2,394 2,938 4,008 3,946 5,656 7,245 4,810 1,499 38,09 0,22 38,31<br />

140 0,37 0,001 0,634 1,431 1,467 1,499 1,837 2,599 2,471 3,410 5,697 4,857 2,413 28,32 0,22 28,54<br />

150 0,25 0,001 0,405 0,902 0,925 0,947 1,150 1,625 1,602 2,136 3,434 3,819 2,437 19,38 0,22 19,60<br />

160 0,15 0,000 0,273 0,575 0,583 0,597 0,727 1,017 1,002 1,385 2,151 2,303 1,916 12,53 0,22 12,75<br />

170 0,06 0,000 0,164 0,389 0,372 0,376 0,458 0,643 0,627 0,866 1,395 1,442 1,155 7,89 0,22 8,11<br />

180 0,00 0,000 0,066 0,233 0,251 0,240 0,289 0,405 0,396 0,542 0,872 0,935 0,723 4,95 0,22 5,17<br />

190 0,00 0,000 0,000 0,093 0,151 0,162 0,184 0,255 0,250 0,343 0,546 0,585 0,469 3,04 0,22 3,26<br />

200 0,00 0,000 0,000 0,000 0,060 0,097 0,124 0,163 0,157 0,216 0,345 0,366 0,293 1,82 0,22 2,04<br />

210 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039 0,075 0,110 0,100 0,136 0,217 0,231 0,184 1,09 0,22 1,31<br />

220 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030 0,066 0,068 0,087 0,137 0,146 0,116 0,65 0,22 0,87<br />

230 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026 0,041 0,059 0,087 0,092 0,073 0,38 0,22 0,60<br />

240 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016 0,035 0,059 0,059 0,046 0,22 0,22 0,44<br />

250 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,035 0,040 0,029 0,12 0,22 0,34<br />

260 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,024 0,020 0,06 0,22 0,28<br />

270 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,010 0,012 0,02 0,22 0,24<br />

280 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,00 0,22 0,22<br />

105


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.1.2.PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Para <strong>de</strong>terminação da vazão <strong>de</strong> saída do reservatório foi utilizado o método <strong>de</strong><br />

armazenamento, ou seja, o método modificado <strong>de</strong> Pulz, elaborado em 1928, segundo<br />

Tomaz (2002), Tucci (1995) e Linsley et al. (1978). Tal método está apresentado no<br />

capítulo 2 <strong>de</strong>ste trabalho.<br />

Preliminarmente, foi feito um pré-dimensionamento do reservatório <strong>de</strong> retenção, pelo<br />

método SCS do TR-55, segundo Equação (2.12).<br />

A chuva exce<strong>de</strong>nte para o cenário atual, que possui CN igual a 85, <strong>de</strong>terminada por meio<br />

da Equação (2.5) é <strong>de</strong> 14,11 cm, e como a área <strong>de</strong> contribuição do reservatório é <strong>de</strong> 10,20<br />

km 2 , o volume <strong>de</strong> runoff é dado por:<br />

-2<br />

6<br />

Volume <strong>de</strong> runoff = 14,11 x 10 x 10,20 x 10 =<br />

1.<br />

439.<br />

220m<br />

As vazões <strong>de</strong> pico para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização e para o cenário atual, <strong>de</strong>terminadas<br />

no item anterior, são <strong>de</strong> 119,77 m 3 /s e 166,22 m 3 /s respectivamente. Portanto o valor <strong>de</strong> α,<br />

da Equação (2.12), é <strong>de</strong> 0,72.<br />

O tipo <strong>de</strong> chuva adotada é do tipo II, e substituindo os valores encontrados na Equação<br />

(2.12), obteve um volume para o reservatório <strong>de</strong> 291.419,9 m 3 .<br />

Segundo Tomaz (2002) o método do TR-55, superdimensiona o reservatório <strong>de</strong> retenção,<br />

com erros <strong>de</strong> estimativas da até 25%. Portanto, foi adotado o valor <strong>de</strong> 250.000 m 3 , e este<br />

volume também é o usado na propagação no reservatório para os cenários futuros.<br />

5.1.2.1. Propagação no reservatório para o cenário atual<br />

Inicialmente foi <strong>de</strong>terminada a altura do reservatório, <strong>de</strong> acordo com a topografia do<br />

terreno, a altura que melhor se adapta a situação, já que é interessante evitar gran<strong>de</strong>s áreas<br />

é 8 metros. Como o volume natural do terreno é menor que o volume necessário para o<br />

amortecimento, foi adotado o reservatório em forma <strong>de</strong> tronco <strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> se<br />

manteve a área da cota <strong>de</strong> 8 metros e <strong>de</strong>terminou a área no fundo do reservatório, cota 0, e<br />

3<br />

109


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

as áreas das <strong>de</strong>mais cotas foram encontradas por interpolação. E assim, pô<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar<br />

a relação cota volume, apresentada na Tabela 5.4. Na execução do reservatório proposto<br />

terá que se fazer um <strong>de</strong>saterro <strong>de</strong> 52.420 m 3 . Observa-se que usando interpolação para<br />

<strong>de</strong>terminação das áreas das cotas entre as cotas 0 e 8 metros, obteve-se um volume <strong>de</strong><br />

282.783,4 m 3 , superior aos 250.000 m 3 propostos anteriormente.<br />

O tipo <strong>de</strong> dispositivo <strong>de</strong> saída adotado são dois condutos <strong>de</strong> elevação, conforme Figuras<br />

5.6 e 5.7, on<strong>de</strong> em um <strong>de</strong>les tem-se dois orifícios em faces opostas, em uma altura <strong>de</strong> 0,80<br />

m, com dimensões <strong>de</strong> 3 x 1,5 m, pois se <strong>de</strong>seja manter uma lâmina d’água, o outro conduto<br />

<strong>de</strong> elevação tem mais dois orifícios em faces opostas a uma altura <strong>de</strong> 3,80 metros, com as<br />

mesmas dimensões dos anteriores. E em ambos os condutos <strong>de</strong> elevação tem-se 2<br />

vertedores, um em cada face oposta do conduto <strong>de</strong> elevação, instalados a uma altura <strong>de</strong> 6,8<br />

metros, os vertedores possuem largura <strong>de</strong> 3 metros e altura <strong>de</strong> 1,20 metros. As dimensões<br />

dos dispositivos <strong>de</strong> saídas foram <strong>de</strong>finidas <strong>de</strong> acordo com a vazão <strong>de</strong> pré-<br />

dimensionamento.<br />

Como as vazões nos orifícios e vertedores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m somente da altura do reservatório,<br />

foram calculadas as relações altura-vazão, apresentadas na Tabela 5.3.<br />

O coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga dos orifícios foi mantido constante, 0,62, afim <strong>de</strong> facilitar os<br />

cálculos, a vazão <strong>de</strong> saída dos orifícios foram calculadas <strong>de</strong> acordo com a altura da lâmina<br />

d’água. Segundo Porto (1999), a vazão <strong>de</strong> saída do orifício, <strong>de</strong> acordo, com a altura da<br />

lâmina d’água é dada por:<br />

• O orifício funciona como um vertedor até atingir sua altura<br />

1,<br />

5<br />

Q = CW<br />

. L.<br />

H<br />

(5.1)<br />

On<strong>de</strong>:<br />

Cw – coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga do vertedor, igual 1,838;<br />

L – largura do orifício;<br />

H – carga sobre o fundo do orifício.<br />

• Para o caso em que a altura do orifício é maior ou igual a um terço da carga sobre o<br />

orifício, tem –se:<br />

110


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

1,5 1,5<br />

2 h1<br />

− h 2<br />

Q = Cd<br />

.A. 2.g.<br />

(5.2)<br />

3<br />

h − h<br />

Sendo:<br />

1<br />

2<br />

Cd – coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga do orifício, adotado o valor <strong>de</strong> 0,62;<br />

A – área do orifício<br />

g– aceleração da gravida<strong>de</strong>;<br />

h1 – altura que vai do fundo do reservatório a cota do nível d’água no reservatório;<br />

h2 – altura que vai do topo do reservatório a cota do nível d’água no reservatório.<br />

• Para o caso em que a altura do orifício é menor que um terço da carga sobre o orifício,<br />

tem-se:<br />

Q = Cd<br />

. A.<br />

2.<br />

gH<br />

(5.3)<br />

Sendo H a carga sobre o orifício.<br />

A vazão dos vertedores foi dada pela Equação (5.2).<br />

No dimensionamento dos tubos <strong>de</strong> saídas dos condutos <strong>de</strong> elevação foi utilizada a Equação<br />

(5.3), pois esses são consi<strong>de</strong>rados tubos muito curtos.<br />

Para o conduto <strong>de</strong> elevação que tem o orifício instalado a uma altura <strong>de</strong> 0,80 metros, foi<br />

consi<strong>de</strong>rado que este terá uma lâmina d’água <strong>de</strong> 2,20 metros acima do tubo <strong>de</strong> saída, sendo<br />

que esse terá que escoar uma vazão <strong>de</strong> 81,21 m 3 /s, que é a soma da vazão do orifício mais<br />

a meta<strong>de</strong> da vazão do vertedor para a altura <strong>de</strong> 8,20 metros, conforme Tabela 5.3.<br />

Consi<strong>de</strong>rando que será utilizado três tubos <strong>de</strong> saída, tem se pela Equação (5.3):<br />

Q = C<br />

d<br />

.A.<br />

2.gH<br />

2<br />

81,21 pd<br />

→ = 0,60x x<br />

3 4<br />

2.g.2,2 → d = 2,96m<br />

Serão adotados três tubos <strong>de</strong> saída com diâmetro <strong>de</strong> 3,00 metros.<br />

Para o conduto <strong>de</strong> elevação que tem o orifício instalado a uma altura <strong>de</strong> 3,80 metros, que<br />

escoa uma vazão <strong>de</strong> 66,02 m 3 /s, serão admitidos a utilização <strong>de</strong> dois tubos <strong>de</strong> saída com<br />

diâmetro <strong>de</strong> 3 metros, a altura d’água acima do tubo dada pela Equação (5.3) é:<br />

111


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Q = C<br />

d<br />

.A.<br />

2.gH<br />

2<br />

66,02 p3<br />

→ = 0,60x x<br />

2<br />

4<br />

2.g.H → H = 3,09m<br />

Determinada a vazão <strong>de</strong> saída para cada intervalo <strong>de</strong> altura adotado, pô<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar as<br />

relações altura-volume armazenamento-vazão <strong>de</strong> saída, tais relações estão apresentadas na<br />

Tabela 5.4.<br />

A propagação no reservatório foi realizada pela equação da continuida<strong>de</strong>, conforme Akan<br />

apud Tomaz (2002), Equação (2.14), e esse encontra <strong>de</strong>talhado na Tabela 5.5. On<strong>de</strong> na<br />

coluna 1 esta a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> 1 a 27. Na coluna 2 esta o inicio do tempo (t1) em<br />

horas, com intervalo <strong>de</strong> 0,1666 horas. O tempo vai acumulando até 4,33 horas. Na coluna 3<br />

está o final do tempo t2 em horas, começando por 0,17 horas com intervalo <strong>de</strong> 0,166 horas.<br />

Na coluna 4 está a vazão da hidrógrafa obtida pelo método SCS TR-55 e no início I1 = 0,22<br />

m 3 /s, correspon<strong>de</strong>nte a vazão <strong>de</strong> base da bacia. Na coluna 5 está a vazão da hidrógrafa no<br />

final do tempo I2 = 1,01 m 3 /s. Na coluna 6 está a soma das vazões <strong>de</strong> entrada I1 + I2 em<br />

m 3 /s. A coluna 7 (2S1/Δt – Q1) na primeira linha é 58,92, pois no início Q1 = 0,18 m 3 /s e S1<br />

= 17728,71 m 3 .<br />

A segunda linha da coluna 7, é a repetição da primeira linha da coluna 10. A coluna 8<br />

(2S2/Δt + Q2) é a soma da coluna 6 (I1 + I2) com a cluna 7 (2S1/Δt – Q1), <strong>de</strong>vido a Equação<br />

(2.17).<br />

A coluna 9 (Q2) é achada usando a interpolação, para a relação (2S2/Δt + Q2) com Q2 como<br />

vazão, conforme Tabela 5.7.<br />

A coluna 10 (2S2/Δt + Q2) é igual a coluna 8 ((2S2/Δt + Q2) menos 2 vezes a coluna 9 (Q2).<br />

Destas maneira foi obtida a hidrógrafa <strong>de</strong> saída que está na coluna 9 (Q2).<br />

A hidrógrafa <strong>de</strong> saída para o cenário atual está representado na Figura 5.8. E as hidrógrafas<br />

<strong>de</strong> saída para os cenários futuros estão representadas nas Figuras 5.8 e 5.9, e as planilhas<br />

<strong>de</strong> cálculos para suas obtenções estão apresentadas no Apêndice B.<br />

A altura adotada para o reservatório é <strong>de</strong> 8 metros, porém é necessário adotar uma altura<br />

adicional <strong>de</strong> borda livre, acima do nível máximo das águas, para que as ondas provocadas<br />

pelos ventos não transponham a crista da barragem. Segundo Linley (1972), a altura <strong>de</strong><br />

borda livre é dada pela expressão:<br />

112


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

1,06 0,47<br />

Z w = 0,005.Vw<br />

.F<br />

(5.4)<br />

On<strong>de</strong> Zw é a altura da borda livre em metros; Vw é a velocida<strong>de</strong> do vento em km/h; e F é o<br />

fletch ou extensão da superfície da água sobre o qual sopra o vento em km.<br />

O mês em que se tem os maiores ventos em <strong>Uberlândia</strong>-MG, é agosto, com uma média <strong>de</strong><br />

velocida<strong>de</strong> eólica <strong>de</strong> 25,20 km/h. A maior extensão encontrada no reservatório é <strong>de</strong> 0,463<br />

km. Substituindo esses valores na Equação (5.4) tem-se uma altura <strong>de</strong> 0,11 <strong>de</strong> borda livre.<br />

Por segurança a crista da barragem ficará a uma altura <strong>de</strong> 8,60 metros.<br />

Figura 5.6 – Perspectiva dos dispositivos <strong>de</strong> saída<br />

Orifício<br />

Tela<br />

Orifício<br />

Vertedor<br />

Fundação <strong>de</strong> concreto<br />

Barragem<br />

Vertedor<br />

Figura 5.7 – Dispositivo <strong>de</strong> saída do reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

113


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 5.3 – Descarga final resultante do orifício e do vertedor em função da elevação<br />

Carga Altura<br />

total do<br />

reservatório =<br />

8,0 m<br />

H<br />

(m)<br />

Oriffício<br />

largura = 3 m<br />

altura = 1,5 m<br />

Coeficiente<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

Cd<br />

Vazões<br />

(m³/s)<br />

Oriffício<br />

largura = 3 m<br />

altura =1,5 m<br />

Coeficiente<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

Cd<br />

Vazões<br />

(m³/s)<br />

Vertedor <strong>de</strong> pare<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>lgada<br />

largura = 3 m<br />

Coeficiente<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

Cw<br />

Vazão<br />

(m³/s)<br />

114<br />

Soma das<br />

vazões (m³/s)<br />

0,0 0,00<br />

0,2 0,00<br />

0,4 0,00<br />

0,6 0,00<br />

0,8 0,00<br />

0,877 1,838 0,22 (1) 0,22<br />

1,0 1,838 0,92 0,92<br />

1,2 1,838 2,60 2,60<br />

1,4 1,838 4,78 4,78<br />

1,6 1,838 7,36 7,36<br />

1,8 1,838 10,29 10,29<br />

2,0 1,838 13,53 13,53<br />

2,2 1,838 17,05 17,05<br />

2,4 0,62 20,43 20,43<br />

2,6 0,62 23,08 23,08<br />

2,8 0,62 25,37 25,37<br />

3,0 0,62 27,45 27,45<br />

3,2 0,62 29,37 29,37<br />

3,4 0,62 31,15 31,15<br />

3,6 0,62 32,84 32,84<br />

3,8 0,62 34,44 34,44<br />

4,0 0,62 35,96 1,838 0,92 (2) 36,89<br />

4,2 0,62 37,43 1,838 2,60 40,03<br />

4,4 0,62 38,83 1,838 4,78 43,61<br />

4,6 0,62 40,18 1,838 7,36 47,55<br />

4,8 0,62 41,49 1,838 10,29 51,79<br />

5,0 0,62 42,76 1,838 13,53 56,29<br />

5,2 0,62 43,99 1,838 17,05 61,04<br />

5,4 0,62 45,19 0,62 20,43 65,62<br />

5,6 0,62 46,36 0,62 23,08 69,43<br />

5,8 0,62 47,49 0,62 25,37 72,87<br />

6,0 0,62 48,61 0,62 27,45 76,06<br />

6,2 0,62 49,74 0,62 29,37 79,11<br />

6,4 0,62 50,80 0,62 31,15 81,96<br />

6,6 0,62 51,84 0,62 32,84 84,68<br />

6,8 0,62 52,86 0,62 34,44 87,30<br />

7,0 0,62 53,85 0,62 35,96 1,839 1,84 (3) 91,66<br />

7,2 0,62 54,83 0,62 37,43 1,838 5,21 97,47<br />

7,4 0,62 55,80 0,62 38,83 1,838 9,57 104,19<br />

7,6 0,62 56,74 0,62 40,18 1,838 14,73 111,66<br />

7,8 0,62 57,67 0,62 41,49 1,838 20,59 119,75<br />

8,0 0,62 58,59 0,62 42,76 1,838 27,06 128,41<br />

8,2 0,62 59,49 0,62 43,99 1,838 34,10 137,58<br />

8,4 0,62 60,38 0,62 45,19 1,838 41,66 147,23<br />

8,6 0,62 61,25 0,62 46,36 1,838 49,71 157,32<br />

(1) - Orifícios do 1º conduto <strong>de</strong> elevação funcionando como vertedores<br />

(2) - Orifícios do 2º conduto <strong>de</strong> elevação funcionando como vertedores


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

(3) - Vertedores localizados no topo do condutos <strong>de</strong> elevação<br />

Tabela 5.4 – Relações altura-volume armazenamento-vazão<br />

Altura<br />

(m)<br />

0,0<br />

Orifício +<br />

Vertedor (m³/s)<br />

0,00<br />

Volume<br />

Área Volume Parcial<br />

Acumulado<br />

(m²) (S) (m³)<br />

(S) (m³)<br />

13463,5 0,0 0,0<br />

(2S/ Dt + Q) (2S/ Dt -Q)<br />

Dt = 600 s Dt = 600 s<br />

0,00 0,00<br />

0,2 0,00 15218,3 2868,2 2868,2 9,56 9,56<br />

0,4 0,00 16973,2 3219,2 6087,3 20,29 20,29<br />

0,6 0,00 18728,1 3570,1 9657,5 32,19 32,19<br />

0,8 0,00 20483,0 3921,1 13578,6 45,26 45,26<br />

0,877 0,22 21158,6 4164,2 17742,7 59,36 58,92<br />

1,0 0,92 26543,8 4770,2 22513,0 75,96 74,12<br />

1,2 2,60 27150,6 5369,4 27882,4 95,55 90,34<br />

1,4 4,78 27757,5 5490,8 33373,2 116,03 106,46<br />

1,6 7,36 28364,3 5612,2 38985,4 137,32 122,59<br />

1,8 10,29 28971,2 5733,5 44718,9 159,36 138,77<br />

2,0 13,53 29578,0 5854,9 50573,9 182,11 155,05<br />

2,2 17,05 30184,9 5976,3 56550,2 205,55 171,45<br />

2,4 20,43 30791,7 6097,7 62647,8 229,25 188,40<br />

2,6 23,08 31398,5 6219,0 68866,8 252,63 206,48<br />

2,8 25,37 32005,4 6340,4 75207,2 276,06 225,32<br />

3,0 27,45 32612,2 6461,8 81669,0 299,68 244,78<br />

3,2 29,37 33219,1 6583,1 88252,1 323,54 264,81<br />

3,4 31,15 33825,9 6704,5 94956,6 347,68 285,37<br />

3,6 32,84 34432,8 6825,9 101782,5 372,12 306,43<br />

3,8 34,44 35039,6 6947,2 108729,7 396,87 327,99<br />

4,0 36,89 35646,5 7068,6 115798,3 422,88 349,11<br />

4,2 40,03 36253,3 7190,0 122988,3 449,99 369,93<br />

4,4 43,61 36860,2 7311,3 130299,7 477,95 390,72<br />

4,6 47,55 37467,0 7432,7 137732,4 506,66 411,56<br />

4,8 51,79 38073,9 7554,1 145286,5 536,08 432,50<br />

5,0 56,29 38680,7 7675,5 152961,9 566,17 453,58<br />

5,2 61,04 39287,5 7796,8 160758,8 596,91 474,82<br />

5,4 65,62 39894,4 7918,2 168677,0 627,87 496,64<br />

5,6 69,43 40501,2 8039,6 176716,5 658,49 519,62<br />

5,8 72,87 41108,1 8160,9 184877,4 689,13 543,39<br />

6,0 76,06 41714,9 8282,3 193159,7 719,92 567,81<br />

6,2 79,11 42321,8 8403,7 201563,4 750,99 592,77<br />

6,4 81,96 42928,6 8525,0 210088,5 782,25 618,34<br />

6,6 84,68 43535,5 8646,4 218734,9 813,80 644,44<br />

6,8 87,30 44142,3 8767,8 227502,6 845,64 671,05<br />

7,0 91,66 44749,2 8889,1 236391,8 879,63 696,31<br />

7,2 97,47 45356,0 9010,5 245402,3 915,47 720,54<br />

7,4 104,19 45962,8 9131,9 254534,2 952,64 744,25<br />

7,6 111,66 46569,7 9253,3 263787,4 990,95 767,64<br />

7,8 119,75 47176,5 9374,6 273162,1 1030,29 790,79<br />

8,0 128,41 49036,5 9621,3 282783,4 1071,02 814,20<br />

8,2 137,58 51603,7 10064,0 292847,4 1113,74 838,58<br />

8,4 147,23 54170,8 10577,4 303424,8 1158,65<br />

864,19<br />

8,6 157,32 56738,0 11090,9 314515,7 1205,71 891,06<br />

115


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Tabela 5.5 – Propagação no reservatório para o cenário atual<br />

Vazão (m³/s)<br />

Tempo<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

1 0,00 0,17 0,22 0,99 1,21 58,92 60,13 0,29 59,55<br />

2 0,17 0,33 0,99 18,08 19,07 59,55 78,62 1,15 76,32<br />

3 0,33 0,50 18,08 71,10 89,18 76,32 165,50 11,18 143,14<br />

4 0,50 0,67 71,10 133,70 204,79 143,14 347,93 31,17 285,59<br />

5 0,67 0,83 133,70 166,22 299,91 285,59 585,51 59,29 466,93<br />

6 0,83 1,00 166,22 159,04 325,25 466,93 792,18 82,82 626,54<br />

7 1,00 1,17 159,04 134,47 293,50 626,54 920,04 98,31 723,42<br />

8 1,17 1,33 134,47 109,71 244,18 723,42 967,60 107,12 753,36<br />

9 1,33 1,50 109,71 87,68 197,40 753,36 950,75 103,86 743,03<br />

10 1,50 1,67 87,68 69,51 157,20 743,03 900,23 95,01 710,21<br />

11 1,67 1,83 69,51 55,75 125,26 710,21 835,47 86,47 662,53<br />

12 1,83 2,00 55,75 44,67 100,42 662,53 762,95 80,21 602,53<br />

13 2,00 2,17 44,67 33,75 78,42 602,53 680,95 71,96 537,03<br />

14 2,17 2,33 33,75 22,85 56,60 537,03 593,62 60,54 472,54<br />

15 2,33 2,50 22,85 13,96 36,81 472,54 509,35 47,95 413,45<br />

16 2,50 2,67 13,96 7,99 21,95 413,45 435,41 38,35 358,71<br />

17 2,67 2,83 7,99 4,57 12,56 358,71 371,26 32,79 305,68<br />

18 2,83 3,00 4,57 2,65 7,22 305,68 312,91 28,52 255,87<br />

19 3,00 3,17 2,65 1,57 4,22 255,87 260,08 23,82 212,44<br />

20 3,17 3,33 1,57 0,95 2,52 212,44 214,96 18,40 178,16<br />

21 3,33 3,50 0,95 0,61 1,56 178,16 179,72 13,20 153,32<br />

22 3,50 3,67 0,61 0,42 1,03 153,32 154,35 9,63 135,09<br />

23 3,67 3,83 0,42 0,31 0,74 135,09 135,83 7,19 121,45<br />

24 3,83 4,00 0,31 0,25 0,57 121,45 122,02 5,51 111,00<br />

25 4,00 4,17 0,25 0,23 0,48 111,00 111,48 4,30 102,88<br />

26 4,17 4,33 0,23 0,22 0,45 102,88 103,33 3,44 96,45<br />

27 4,33 4,50 0,22 0,22 0,44 96,45 96,89 2,73 91,43<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO ATUAL<br />

0<br />

0 1 2 3 4 5<br />

Tempo (h)<br />

Hidrógrafa Afluente<br />

Hidrógrafa Efluennte<br />

Atenuação da vazão<br />

(ΔQ) = 59,10 m³/s<br />

Atenuação no<br />

tempo <strong>de</strong> pico (Δt) =<br />

30 min.<br />

Figura 5.8 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário atual<br />

116


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.1.2.2. Propagação no reservatório para o cenário futuro I<br />

Vazão (m³/s)<br />

220<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO FUTURO I<br />

0<br />

0 1 2 3 4 5<br />

Tempo (h)<br />

Hidrógrafa Afluente<br />

117<br />

Hidrógrafa Efluennte<br />

ΔQ = 66,16 m³/s<br />

Δt = 30 min.<br />

Figura 5.9 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário futuro I<br />

5.1.2.3. Propagação no reservatório para o cenário futuro II<br />

Vazão (m³/s)<br />

220<br />

200<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

HIDRÓGRAFA AFLUENTE E EFLUENTE PARA O CENÁRIO FUTURO II<br />

0<br />

0 1 2 3 4 5<br />

Tempo (h)<br />

Hidrógrafa Afluente<br />

Hidrógrafa Efluennte<br />

ΔQ = 67,92 m³/s<br />

Δt = 30 min.<br />

Figura 5.10 – Hidrógrafa afluente e efluente do reservatório para o cenário futuro II


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.2. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO DE RETENÇÃO<br />

Para a área <strong>de</strong> 20,91 km 2 do Córrego Lagoinha tem-se os tempos <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> 1,87,<br />

1,77 e 1,67 para os cenários <strong>de</strong> pré-urbanização, atual e futuros respectivamente, utilizando<br />

se o Método SCS, apresentado no item 5.1, foram <strong>de</strong>terminados os hidrogramas,<br />

apresentados na Figuras 5.11, 5.12, 5,13, 5,14. As planilhas <strong>de</strong> cálculo para <strong>de</strong>terminação<br />

dos hidrogramas estão apresentadas no Apêndice B.<br />

Vazão em m³/s<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO DE PRÉ-URBANIZAÇÃO SEM A<br />

INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400<br />

Tempo em minutos<br />

118<br />

tc = 1,87 horas<br />

tp = 1,12 horas<br />

D = 10 minutos<br />

Qpu = 36,08m³/s/cm<br />

A = 20,91 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 78<br />

Qp = 177,44 m³/s<br />

Figura 5.11 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário <strong>de</strong> préurbanização.


Vazão em m³/s<br />

Vazão em m³/s<br />

CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL SEM A INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

119<br />

tc = 1,77 horas<br />

tp = 1,06 horas<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 37,97 m³/s/cm<br />

A = 20,91 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN =85<br />

Qp = 232,00 m³/s<br />

Figura 5.12– Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário atual<br />

HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I SEM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

tc = 1,67 horas<br />

tp = 1 hora<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 40,07 m³/s/cm<br />

A = 20,91 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 89<br />

Qp = 273,69 m³/s<br />

Figura 5.13 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro I


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Vazão em m³/s<br />

300,00<br />

250,00<br />

200,00<br />

150,00<br />

100,00<br />

50,00<br />

0,00<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II SEM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

tc = 1,67 horas<br />

tp = 1 hora<br />

D = 10 min.<br />

Qpu = 40,07 m³/s<br />

A = 20,91 km²<br />

P = 119,12 mm<br />

CN = 90<br />

Qp = 282,08 m³/s<br />

0 50 100 150 200 250 300 350<br />

Tempo em minutos<br />

Figura 5.14 – Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro II<br />

5.3. DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS DA BACIA COM<br />

INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

As vazões <strong>de</strong> saída o reservatório foram propagadas juntamente com as vazões do restante<br />

da área da bacia até sua seção <strong>de</strong> saída. O método utilizado para <strong>de</strong>terminação da<br />

propagação das vazões foi o mesmo utilizado para <strong>de</strong>terminação da propagação no<br />

reservatório, conforme Equação (2.17). Embora esse método não seja o mais indicado para<br />

essa situação, a falta <strong>de</strong> dados não permitiram utilização do Método Muskingum.<br />

A relações cota-volume foi <strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> acordo com o incremento <strong>de</strong> altura do nível<br />

d’água no trecho do córrego, as características do canal natural são as mesmas adotada<br />

para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração da bacia, já no trecho canalizado foi adotado<br />

uma seção retangular com largura igual a 2 vezes a altura. E as relações cota-vazão foram<br />

<strong>de</strong>terminadas pela equação <strong>de</strong> Maning, conforme Equação (3.11). Os resultados se<br />

encontram no Apêndice B.<br />

As vazões <strong>de</strong> saída do reservatório, adotadas para <strong>de</strong>terminação da propagação das vazões<br />

até o trecho final, foram as calculadas para o tempo <strong>de</strong> concentração total da bacia para<br />

cada cenário.<br />

120


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

As vazões <strong>de</strong> saída do reservatório foram propagadas até o final do trecho natural do<br />

córrego, nesse ponto as vazões resultantes <strong>de</strong>ssa propagação foram somadas as vazões<br />

<strong>de</strong>vido a contribuição da área correspon<strong>de</strong>nte. Deste ponto em diante as vazões foram<br />

propagadas no trecho canalizado do córrego até a confluência com o Córrego São Pedro e<br />

foram somadas às vazões da área <strong>de</strong> contribuição do trecho canalizado, resultando no<br />

hidrograma da bacia com o efeito da implantação da estrutura <strong>de</strong> retenção. Os resultados<br />

estão sintetizados na Tabela 5.6. E as planilhas <strong>de</strong> cálculos encontram no Apêndice B.<br />

Tabela 5.6 – Determinação dos hidrograma com inserção do Reservatório<br />

121


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Vazão na área <strong>de</strong> 17,25 km² com inserção do Reservatório (m³/s)<br />

Cenário Atual Cenário Futuro I Cenário Futuro II<br />

0 1,05 1,05 1,05<br />

10 2,30 2,37 2,39<br />

20 3,21 3,81 3,96<br />

30 6,51 8,77 9,25<br />

40 14,20 19,74 20,83<br />

50 27,76 38,30 40,25<br />

60 45,76 62,92 65,80<br />

70 65,91 89,30 92,98<br />

80 86,56 113,13 117,38<br />

90 104,90 131,76 136,33<br />

100 118,78 144,12 148,79<br />

110 127,38 149,97 154,56<br />

120 130,93 150,38 154,78<br />

130 130,56 147,17 151,33<br />

140 127,51 141,81 145,71<br />

150 122,71 135,02 138,65<br />

160 116,59 127,19 130,55<br />

170 109,90 118,80 121,88<br />

180 102,94 110,24 113,06<br />

190 95,85 101,88 104,45<br />

200 88,91 93,99 96,34<br />

210 82,35 86,73 88,87<br />

220 76,35 80,18 82,15<br />

230 70,85 74,27 76,09<br />

240 65,80 68,87 70,54<br />

250 61,13 63,79 65,33<br />

260 56,78 59,01 60,44<br />

270 52,68 54,62 55,94<br />

280 48,79 50,53 51,76<br />

290 45,12 46,67 47,80<br />

300 41,63 42,98 44,03<br />

310 38,31 39,48 40,44<br />

320 35,17 36,17 37,06<br />

330 32,18 33,06 33,87<br />

340 29,39 30,17 30,91<br />

350 26,80 27,49 28,17<br />

360 24,41 25,02 25,64<br />

370 22,21 22,75 23,32<br />

380 20,20 20,67 21,19<br />

390 18,36 18,78 19,24<br />

400 16,70 17,05 17,47<br />

410 15,18<br />

420 13,81<br />

Com os resultados da Tabela 5.6 foram traçados os hidrogramas da bacia do Córrego<br />

Lagoinha com a inserção do reservatório <strong>de</strong> retenção para cada cenário, apresentados nas<br />

Figuras 5.15, 5.16 e 5.16.<br />

122


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

Vazão em m³/s<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO ATUAL COM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

0<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

Figura 5.15 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário atual<br />

Vazão em m³/s<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

HIDROGRAMAS DE CHEIAS DO CENÁRIO FUTURO I COM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400<br />

Tempo em minutos<br />

Figura 5.16 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro I<br />

Vazão em m³/s<br />

HIDROGRAMA DE CHEIA DO CENÁRIO FUTURO II COM INSERÇÃO DO<br />

RESERVATÓRIO<br />

180<br />

160<br />

140<br />

120<br />

100<br />

80<br />

60<br />

40<br />

20<br />

0<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400<br />

Tempo em minutos<br />

Figura 5.17 – Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro II<br />

123


CAPITULO 5 DETERMINAÇÃO DOS HIDROGRAMAS<br />

E PROPAGAÇÃO NO RESERVATÓRIO<br />

5.4. ESTIMATIVA DE CUSTO DA OBRA DE CONTROLE<br />

No levantamento do custo foi levado em consi<strong>de</strong>ração aquisição do terreno,<br />

<strong>de</strong>sapropriação, limpeza do local, implantação do canteiro <strong>de</strong> obra, <strong>de</strong>saterro, construção<br />

da barragem e instalações dos dispositivos <strong>de</strong> saída. Foram tidas como referências as<br />

informações apresentadas na revista Construção Mercado, edição 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2004.<br />

Não foram consi<strong>de</strong>rados os custos com projetos paisagísticos e custo <strong>de</strong> manutenção da<br />

oba. O custo preliminar <strong>de</strong> implantação do reservatório <strong>de</strong> retenção é estimado em R$<br />

2.871.422,00.<br />

124


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

CAPÍTULO 6<br />

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS<br />

RESULTADOS<br />

Nesse capítulo serão analisados os resultados encontrados na simulação do escoamento na<br />

bacia em estudo antes e após a inserção das estruturas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>scritas anteriormente.<br />

Consi<strong>de</strong>rando a bacia do Córrego Lagoinha, que é <strong>de</strong> 20,91 km 2 , antes da inserção do<br />

reservatório, houve um aumento significativo da vazão <strong>de</strong> pico nos hidrogramas dos<br />

cenários atual e futuros em comparação com o hidrograma do cenário <strong>de</strong> pré-urbanização.<br />

A Tabela 6.1 mostra o resumo dos resultados obtidos nessa etapa da simulação, na qual<br />

foram encontrados aumentos <strong>de</strong> 31,10% sobre a vazão <strong>de</strong> pico do cenário <strong>de</strong> pré-<br />

urbanização para o cenário atual, 54,66% para o cenário futuro I e 59,40% para o cenário<br />

futuro II. A Figura 6.1 apresenta os hidrogramas resultantes da simulação nos quatros<br />

cenários <strong>de</strong> análise, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se notar uma antecipação no pico <strong>de</strong> vazão para o cenário<br />

atual e os cenários futuros, o que tem como conseqüência principal a mudanças ocorridas<br />

na área da bacia do Córrego Lagoinha com o processo <strong>de</strong> urbanização, tais como aumento<br />

<strong>de</strong> áreas impermeáveis, surgimento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> microdrenagem e a canalização <strong>de</strong><br />

alguns trechos do córrego.<br />

125


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

Tabela 6.1 – Resultado das simulações dos cenários sem a estrutura <strong>de</strong> controle<br />

Cenário Vazão <strong>de</strong> Pico (m³/s) % Acrescimo<br />

Pré-urbanicação 176,96 -<br />

Atual 232,00 31,10<br />

Futuro I<br />

Futuro II<br />

273,69<br />

282,08<br />

54,66<br />

59,40<br />

Há uma pequena diferença entre as vazões <strong>de</strong> pico nos cenários futuros, conseqüência<br />

também da pequena diferença entre o valor do número <strong>de</strong> curvas, CN, e o fato <strong>de</strong> terem o<br />

mesmo tempo <strong>de</strong> concentração.<br />

Vazão em m³/s<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

HIDROGRAMAS SEM A INSERÇÃO DO RESERVATÓRIO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

Figura 6.1 – Efeito da impermeabilização sobre a vazão <strong>de</strong> pico<br />

Cen. pré<br />

Cen. atual<br />

Cen. futuro I<br />

Cen.futuro II<br />

O aumento nas vazões po<strong>de</strong> ser percebido ao se realizar a propagação do escoamento pela<br />

parte canalizada do córrego. Para o cenário atual e futuro foi necessário redimensionar<br />

essas tubulações, já que as vazões geradas ultrapassaram a suas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

escoamento. O que indica que as tubulações da parte canalizada do córrego são sub-<br />

dimensionadas, isto po<strong>de</strong> ser constatado por relatos <strong>de</strong> funcionários do Parque <strong>de</strong><br />

Exposição Municipal Camaru, que afirmam que há uma gran<strong>de</strong> elevação do nível do<br />

córrego no trecho anterior a canalização.<br />

126


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

6.1. EFEITO DA UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE CONTROLE<br />

SOBRE O ESCOAMENTO<br />

As simulações dos escoamentos consi<strong>de</strong>rando a inserção do reservatório na bacia do<br />

Córrego Lagoinha apresentaram um resultado satisfatório no que diz respeito á redução e<br />

retardo dos picos do hidrogramas nos cenários atual e futuros.<br />

O reservatório foi dimensionado consi<strong>de</strong>rando uma área superior <strong>de</strong> 56738 m 2 , on<strong>de</strong> hoje a<br />

maior parte se encontra na área <strong>de</strong> preservação ambiental, sendo a outra parte restante já<br />

loteada, sendo, portanto, necessário a <strong>de</strong>sapropriação <strong>de</strong>stes lotes. A altura <strong>de</strong>finida para o<br />

reservatório é <strong>de</strong> 8 metros, uma vez que se procura aproveitar a <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> do terreno e<br />

evitar gran<strong>de</strong>s áreas.<br />

As características do reservatório constam na Tabela 6.2 e os hidrogramas resultantes<br />

constam nas Figuras 6.2, 6.3, 6.4.<br />

Tabela 6.2 – Característica do Reservatório<br />

Área (m²) Descarregador Cenário Profundida<strong>de</strong> Vazão <strong>de</strong><br />

máxima (m³/s) saída (m³/s)<br />

Topo Fundo<br />

56738 13463<br />

2 Conduto <strong>de</strong><br />

elevação com:<br />

- 2 orifícios<br />

- 2 vertedires<br />

Atual<br />

Futuro I<br />

Futuro II<br />

Volume <strong>de</strong><br />

armazenamento<br />

(m³)<br />

7,48 107,12 245425,75<br />

8 128,75<br />

8,12 133,62<br />

265040,64<br />

270913,67<br />

A Tabela 6.4 e 6.4 apresenta o resultado da simulação consi<strong>de</strong>rando a inserção do<br />

reservatório <strong>de</strong> retenção nos cenários.<br />

Tabela 6.3 – Comparação entres as vazões <strong>de</strong> pico dos cenários antes e<br />

<strong>de</strong>pois da inserção da estrutura <strong>de</strong> retenção<br />

Cenários<br />

Atual<br />

Futuro I<br />

Futuro II<br />

Situação<br />

%<br />

Sem inserção da estrutura Com inserção da estrutura<br />

Redução<br />

<strong>de</strong> retenção<br />

<strong>de</strong> retenção<br />

na vazão<br />

Vazão Tempo <strong>de</strong> pico Vazão Tempo <strong>de</strong> pico<br />

Retardo no<br />

tempo <strong>de</strong><br />

pico<br />

(min.)<br />

(m³/s) (min) (m³/s) (min)<br />

232,00 100 130,92 130 43,57 30<br />

273,69 90 150,38 120 45,05 30<br />

282,08 90 154,78 120 45,13 30<br />

Tabela 6.4 – Comparação entre a vazão <strong>de</strong> pico do cenário pré-urbanização<br />

e as vazões <strong>de</strong> pico nos cenários atual e futuros com inserção do reservatório<br />

127


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

<strong>de</strong> retenção.<br />

Vazão em m³/s<br />

Cenário<br />

Vazão <strong>de</strong> Pico<br />

(m³/s)<br />

Pré- urbanização 177,44<br />

Atual 130,92<br />

Futuro I<br />

Futuro II<br />

150,38<br />

154,78<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

% <strong>de</strong> redução na vazão em relação a<br />

vazão <strong>de</strong> pico<br />

-<br />

26,22<br />

15,25<br />

12,77<br />

HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO ATUAL E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

Cen. pré<br />

Cen.atual s/<br />

reservatório<br />

Cen. atual c/<br />

reservatório<br />

Figura 6.2 – Efeito da utilização do reservatório <strong>de</strong> retenção para o cenário atual<br />

Analisando a Figura 6.2 que representa os resultados das simulações no cenário atual,<br />

po<strong>de</strong>-se observar que houve uma gran<strong>de</strong> redução da vazão <strong>de</strong> pico, quando consi<strong>de</strong>rado o<br />

cenário com a inserção da estrutura <strong>de</strong> controle, o valor é <strong>de</strong> 43,57%, e há um retardo <strong>de</strong> 30<br />

minutos no tempo <strong>de</strong> pico. A vazão <strong>de</strong> pico para o cenário com inserção do reservatório é<br />

26,22% menor do que a vazão <strong>de</strong> pico para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização, o que garante a<br />

eficiência da estrutura <strong>de</strong> controle para esse cenário.<br />

128


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

Vazão em m³/s<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO FUTURO I E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

Cen. pré<br />

Cen.futuro I s/<br />

reservatório<br />

Cen. futuro I c/<br />

reservatório<br />

Figura 6.3 – Efeito da utilização do reservatório <strong>de</strong> retenção para o cenário futuro I<br />

Os hidrogramas resultante da simulação no cenário futuro I, Figura 6.3, mostra que houve<br />

uma redução significativa da vazão <strong>de</strong> pico quando se consi<strong>de</strong>ra o cenário com inserção da<br />

estrutura <strong>de</strong> controle proposta por este trabalho, a redução é <strong>de</strong> 45,05%, e um retardo <strong>de</strong> 30<br />

minutos no tempo <strong>de</strong> pico para o cenário com inserção do reservatório em relação ao<br />

cenário sem a obra. A vazão <strong>de</strong> pico no cenário futuro I com inserção do reservatório é<br />

15,25 % inferior a vazão <strong>de</strong> pré urbanização, o que garante a eficiência da obra.<br />

Vazão em m³/s<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

HIDROGRAMAS PARA O CENÁRIO FUTURO II E DE PRÉ-URBANIZAÇÃO<br />

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450<br />

Tempo em minutos<br />

Cen. pré<br />

Cen.futuro II s/<br />

reservatório<br />

Cen. futuro II<br />

c/ reservatório<br />

Figura 6.4 – Efeito da utilização do reservatório <strong>de</strong> retenção para cenário futuro II..<br />

A vazão <strong>de</strong> pico para o cenário futuro II com inserção do reservatório também sofre gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>clínio, 45,13% inferior a vazão <strong>de</strong> pico quando o cenário é consi<strong>de</strong>rado sem inserção da<br />

129


CAPITULO 6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS<br />

estrutura <strong>de</strong> controle, e retardo <strong>de</strong> 30 minutos no tempo <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> vazão. A vazão no<br />

cenário futuro II com inserção do reservatório é 12,77% inferior a vazão <strong>de</strong> pico,<br />

garantindo sua eficiência.<br />

130


CAPITULO 7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES<br />

7.1. CONCLUSÕES<br />

CAPÍTULO 7<br />

CONCLUSÕES E SUGESTÕES<br />

Neste estudo procurou-se estimar os efeitos da evolução da urbanização sobre as vazões <strong>de</strong><br />

pico, quando da ocorrência <strong>de</strong> eventos <strong>de</strong> precipitação intensa, assim como avaliar a<br />

eficiência da solução <strong>de</strong> um reservatório <strong>de</strong> retenção no controle do escoamento<br />

superficial.<br />

Os resultados obtidos na simulação dos cenários mostraram que para uma variação <strong>de</strong> 29 a<br />

54% no índice <strong>de</strong> áreas impermeáveis, a vazão <strong>de</strong> pico po<strong>de</strong> sofrer um aumento <strong>de</strong> até<br />

59,40% sobre a vazão <strong>de</strong> pico do cenário <strong>de</strong> referência. Diante <strong>de</strong>sses acréscimos, a parte<br />

canalizada do córrego se mostrou insuficiente para escoar as novas vazões provenientes da<br />

ocupação da área nos cenários atual e futuros, afirmando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar<br />

medidas alternativas para o controle das cheias.<br />

A implantação do reservatório <strong>de</strong> retenção na área central da bacia do Córrego Lagoinha se<br />

mostrou eficiente no amortecimento das vazões <strong>de</strong> pico dos hidrogramas dos cenários atual<br />

e futuros, <strong>de</strong>volvendo à bacia a capacida<strong>de</strong> natural <strong>de</strong> armazenamento perdida pela<br />

urbanização. Quanto ao aumento do tempo <strong>de</strong> resposta da bacia, o reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

também se mostrou eficiente para este fim, uma vez que, houve um retardo <strong>de</strong> 30 minutos<br />

no tempo <strong>de</strong> pico da vazão para os cenários atual e futuros. Isto contribui efetivamente para<br />

131


CAPITULO 7 CONCLUSÕES E SUGESTÕES<br />

reduzir a enchente do baixo Córrego São Pedro, área bastante ocupada e <strong>de</strong> alto valor<br />

imobiliário.<br />

Do ponto <strong>de</strong> vista ambiental, a implantação do reservatório <strong>de</strong> retenção na bacia do<br />

Córrego Lagoinha, mostra-se uma boa solução para o problema <strong>de</strong> escoamento superficial,<br />

uma vez que manterá a área <strong>de</strong> preservação ambiental. Devendo ser consi<strong>de</strong>rado também<br />

que o uso da medida tradicional <strong>de</strong> canalização do Córrego Lagoinha levaria a um aumento<br />

significativo na vazão afluente do baixo São Pedro, agravando o problema <strong>de</strong> cheia<br />

ocorrido na região.<br />

7.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros estudos é evi<strong>de</strong>nte, uma vez que, este trabalho foi realizado em<br />

cima <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações, sem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calibração das mesmas. Não se preten<strong>de</strong><br />

neste trabalho esgotar as varias possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investigação no que se refere a estrutura<br />

<strong>de</strong>ssa natureza, principalmente agora que o Brasil está <strong>de</strong>spertando para esta nova forma <strong>de</strong><br />

lidar com a hidrologia urbana.<br />

Faz-se necessário que novos estudos explorem variantes da estrutura <strong>de</strong> retenção,<br />

verificando o método <strong>de</strong> dimensionamento aqui proposto.<br />

Nos estudos referentes à implantação <strong>de</strong> reservatório, em nível <strong>de</strong> bacia hidrográfica, <strong>de</strong>ve<br />

ser incluído o levantamento das características da seção em cada trecho do córrego, para<br />

que se possa verificar a propagação da cheia entre o reservatório e a seção final do córrego.<br />

E fatores como implantações <strong>de</strong> dissipadores <strong>de</strong> energia após o reservatório, e manutenção<br />

do mesmo <strong>de</strong>vem receber uma atenção especial.<br />

Trabalhos futuros necessitariam <strong>de</strong> dados para calibração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los matemáticos <strong>de</strong><br />

simulação chuva-vazão com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar os hidrogramas <strong>de</strong> saída da bacia em<br />

estudo, com maior segurança.<br />

Concluindo, a eficiência nas soluções <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> principalmente <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> coleta<br />

<strong>de</strong> dados fluviométricos do córrego em estudo. Esta <strong>de</strong>ve ser, portanto, a preocupação<br />

principal no momento.<br />

132


CAPITULO 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

CAPÍTULO 8<br />

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139


APÊNDICE A<br />

APÊNDICE A<br />

Cálculo do tempo <strong>de</strong> concentração<br />

140


APÊNDICE A<br />

Planilhas <strong>de</strong> cálculo do te mpo <strong>de</strong> escoamento fluvial durante a estiagem<br />

PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

0 23 25 25 29 0<br />

0,035 0,072 0,075 0,081 0,058<br />

Profundida<strong>de</strong> H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

(cm)<br />

0 18 25 24 23 0<br />

Área (m<br />

0,03 0,06 0,07 0,07 0,05<br />

Perimetro (m) 1,72<br />

Distância entre seção<br />

(cm)<br />

Tempo<br />

(seg)<br />

1776<br />

2 )<br />

0,29<br />

Área (m 2 Profundida<strong>de</strong><br />

(cm)<br />

Área (m<br />

Perimetro (m) 1,78<br />

Seção <strong>de</strong> Jusante<br />

Largura (cm) 160<br />

)<br />

2 )<br />

0,32<br />

Áreas (m 2 Local Córrego do Lagoinha<br />

Operador<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

Wan<strong>de</strong>rlei<br />

Data 5/11/2003<br />

Trecho Nº 01<br />

Seção <strong>de</strong> Montante<br />

Largura (cm) 160<br />

)<br />

T1 T2 T3 T4 T5<br />

55,8 46,6 49,55 49,7 41,3<br />

0,29 0,34 0,32 0,32 0,39<br />

0,03 0,07 0,07 0,08 0,05<br />

Velocida<strong>de</strong> (m/s)<br />

Área (m<br />

0,009 0,023 0,024 0,024 0,021<br />

Velocida<strong>de</strong> média (m/s) 0,34<br />

2 )<br />

Vazão (m 3 /s)<br />

Área média (m 2 ) 0,30<br />

Vazão (m<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento 35,75<br />

Perimetro médio (m) 1,75<br />

Raio Hidráulico 0,173<br />

Declivida<strong>de</strong> (m/m) 0,0094<br />

coeficiente <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong><br />

0,09<br />

3 /s) 0,10<br />

Distãncia Real (m) 723,16<br />

141


APÊNDICE A<br />

PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

21 19,5 18 14 6 0<br />

0,081 0,075 0,064 0,043 0,008<br />

Profundida<strong>de</strong> H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

(cm)<br />

13,5 19 21 14 3 0<br />

Área (m<br />

0,065 0,08 0,07 0,034 0,0042<br />

Perimetro (m) 2,04<br />

Distância entre seção<br />

(cm)<br />

Tempo<br />

(seg)<br />

2131<br />

2 )<br />

0,25<br />

Área (m 2 Profundida<strong>de</strong><br />

(cm)<br />

Área (m<br />

Perimetro (m) 2,11<br />

Seção <strong>de</strong> Jusante<br />

Largura (cm) 1,8<br />

)<br />

2 )<br />

0,27<br />

Áreas (m 2 Local Córrego do Lagoinha<br />

Operador<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

Wan<strong>de</strong>rlei<br />

Data 5/11/2003<br />

Trecho Nº 02<br />

Seção <strong>de</strong> Montante<br />

Largura (cm) 1,8<br />

)<br />

T1 T2 T3 T4 T5<br />

47,65 32,2 36,1 53,75 51<br />

0,34 0,50 0,44 0,30 0,31<br />

0,07 0,08 0,07 0,04 0,01<br />

Velocida<strong>de</strong> (m/s)<br />

Área (m<br />

0,024 0,038 0,030 0,011 0,002<br />

Velocida<strong>de</strong> média (m/s) 0,40<br />

2 )<br />

Vazão (m 3 /s)<br />

Área média (m 2 ) 0,26<br />

Vazão (m<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento 83,43<br />

Perimetro médio (m) 2,08<br />

Raio Hidráulico 0,126<br />

Declivida<strong>de</strong> (m/m) 0,0156<br />

coeficiente <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong><br />

0,08<br />

3 /s) 0,10<br />

Distãncia Real (m) 1991,52<br />

142


APÊNDICE A<br />

PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO<br />

0 12 14 12 0 -<br />

0,090 0,195 0,195 0,060 -<br />

0 7 18 16 5 -<br />

Área (m<br />

0,0525 0,1875 0,2548 0,1049 -<br />

Distância entre seção<br />

(cm)<br />

Tempo<br />

(seg)<br />

2791,65<br />

2 )<br />

0,60<br />

Área (m 2 Área (m<br />

Seção <strong>de</strong> Jusante<br />

Largura (cm)<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

550<br />

(cm)<br />

)<br />

Perimetro (m) 5,5<br />

2 )<br />

0,54<br />

Áreas (m 2 Local Corrego do Lagoinha<br />

Operador<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

Wan<strong>de</strong>rlei<br />

Local Corrego do Lagoinha<br />

Operador<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

Wan<strong>de</strong>rlei<br />

Data 6/11/2003<br />

Trecho Nº 03<br />

Seção <strong>de</strong> Montante<br />

Largura (cm)<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

550<br />

(cm)<br />

)<br />

Perimetro (m) 5,50<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

T1 T2 T3 T4 T5<br />

83,2 55,95 64,95 44,5 -<br />

0,30 0,45 0,39 0,57 -<br />

0,07 0,19 0,22 0,08 -<br />

Velocida<strong>de</strong> (m/s)<br />

Área (m<br />

0,022 0,086 0,087 0,047 -<br />

Velocida<strong>de</strong> média (m/s) 0,38<br />

2 )<br />

Vazão (m3 /s)<br />

Área média (m 2 ) 0,57<br />

Vazão (m<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento 58,69<br />

Perimetro médio (m) 5,50<br />

Raio Hidráulico 0,104<br />

Declivida<strong>de</strong> (m/m) 0,0036<br />

coeficiente <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong><br />

0,03<br />

3 /s) 0,22<br />

Distãncia Real (m) 1346,04<br />

143


Velocida<strong>de</strong> (m/s)<br />

Área (m 2 )<br />

Vazão (m 3 /s)<br />

Velocida<strong>de</strong> média (m/s)<br />

APÊNDICE A<br />

PLANILHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO<br />

Local Corrego do Lagoinha<br />

Operador<br />

<strong>Eliane</strong> <strong>Aparecida</strong> <strong>Justino</strong><br />

Wan<strong>de</strong>rlei<br />

0 12,5 14 11,5 1,5 -<br />

Área (m<br />

0,075 0,159 0,153 0,078 -<br />

0 6 21 16 3,5 -<br />

0,036 0,162 0,222 0,117 -<br />

2 Data 6/11/2003<br />

Trecho Nº 04<br />

Seção <strong>de</strong> Montante<br />

Largura (cm)<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

480<br />

(cm)<br />

)<br />

0,465<br />

Área (m 2 Largura (cm)<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

480<br />

(cm)<br />

)<br />

0,54<br />

Área (m 2 Áreas (m<br />

)<br />

Perimetro (m) 4,85<br />

Distância entre seção<br />

(cm)<br />

Tempo<br />

(seg)<br />

2786,1<br />

2 )<br />

Perimetro (m) 4,83<br />

Seção <strong>de</strong> Jusante<br />

Área média (m 2 )<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

H1 H2 H3 H4 H5 H6<br />

T1 T2 T3 T4 T5<br />

84 57,95 37,95 45,1 -<br />

0,30 0,43 0,66 0,56 -<br />

0,06 0,16 0,19 0,10 -<br />

0,017 0,069 0,124 0,054 -<br />

0,53<br />

0,50<br />

Vazão (m<br />

1967,36<br />

Tempo <strong>de</strong> escoamento 62,20<br />

3 /s)<br />

0,26<br />

Distãncia Real (m)<br />

Perimetro médio (m) 4,84<br />

Raio Hidráulico 0,104<br />

Declivida<strong>de</strong> (m/m) 0,0139<br />

coeficiente <strong>de</strong><br />

rugosida<strong>de</strong><br />

0,05<br />

144


2<br />

1 1<br />

APÊNDICE A<br />

Planilhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração<br />

n P + 2,<br />

40<br />

1<br />

Primeira Iteração<br />

A1(m 2 Qp jusante (m<br />

DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO<br />

)<br />

P1(m)<br />

3 /s)<br />

Qp (m 3 /s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

Qp + Qb(m 3 CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

Qp montante (m<br />

/s)<br />

3 log (Qu) ((m3/s/cm/km<br />

/s)<br />

2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 Tempo <strong>de</strong> concentração (montante) (horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante) (horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km<br />

) (jusantee)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 1<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (jusante) (km<br />

) (montante)<br />

2 Área <strong>de</strong> contribuição (montante) (km<br />

)<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

2 )<br />

n1<br />

RH1<br />

I1(m/m)<br />

Lb<br />

nG<br />

2<br />

( A + ( L * h + 0,<br />

67h<br />

)<br />

I 1 B ⎜<br />

2<br />

1 b<br />

⎜<br />

* n1<br />

* h<br />

⎝ P1<br />

P + 2,<br />

40*<br />

h<br />

Altura do leito <strong>de</strong> gabião (m)<br />

AG (m 2 )<br />

AG + A4 (m2 Alturas<br />

Iteração valor<br />

Vazão (m3/s)<br />

1 1 3,00<br />

2 1,5 6,34<br />

3 2 11,32<br />

4 3,41<br />

)<br />

36,46<br />

v (m/s)<br />

t (minutos)<br />

2<br />

⎛ A + ( L * h + 0,<br />

67h<br />

) ⎞<br />

⎟<br />

+ 2,<br />

401h<br />

⎟<br />

⎠<br />

2 / 3<br />

1,78<br />

3,36<br />

723,16<br />

0,59<br />

1,19<br />

0,320<br />

2,0872<br />

0,1398<br />

1,3798<br />

0,72<br />

185,78<br />

78<br />

71,64<br />

12,09<br />

32,35<br />

40,37<br />

36,36<br />

0,1<br />

36,46<br />

0,3<br />

1,75<br />

0,09<br />

0,173<br />

0,01<br />

1,6<br />

0,0285<br />

36,46<br />

3,41<br />

22,90<br />

23,20<br />

1,57<br />

7,67<br />

145


2<br />

2<br />

2<br />

APÊNDICE A<br />

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 2<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (jusante) (km 2 Área <strong>de</strong> contribuição (montante) (km<br />

)<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

2 )<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração montante (horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante) (horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 ) (jusante)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

Qp montante (m 3 /s)<br />

Qp jusante (m 3 /s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

Qp + Qb(m 3 Qp (m<br />

/s)<br />

3 /s)<br />

A2(m 2 DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO<br />

)<br />

P2(m)<br />

n2<br />

RH2<br />

I2(m/m)<br />

Lb<br />

nG<br />

2<br />

( A + ( L * h + 0,<br />

67h<br />

)<br />

I A2<br />

+ ( LB<br />

⎜<br />

2<br />

2 b<br />

⎜<br />

* n2<br />

* h<br />

⎝ P2<br />

n P2<br />

+ 2,<br />

40<br />

P + 2,<br />

40*<br />

h<br />

AG (m 2 )<br />

AG + A4 (m2 Alturas<br />

Iteração valor<br />

Vazão (m3/s)<br />

1 1 4,46<br />

2 1,5 9,41<br />

3 2 16,65<br />

4 2,25 21,22<br />

5 3,937<br />

Altura do leito <strong>de</strong> gabião (m)<br />

)<br />

72,13<br />

v (m/s)<br />

t (minutos)<br />

⎛<br />

2<br />

* h + 0,<br />

67h<br />

) ⎞<br />

⎟<br />

+ 2,<br />

40h<br />

⎟<br />

⎠<br />

2/<br />

3<br />

3,36<br />

8,78<br />

1991,52<br />

0,72<br />

2,11<br />

0,272<br />

1,8692<br />

-0,0295<br />

0,9343<br />

0,72<br />

185,78<br />

84<br />

48,38<br />

13,81<br />

62,47<br />

81,60<br />

72,03<br />

0,1<br />

72,13<br />

0,26<br />

2,08<br />

0,08<br />

0,126<br />

0,016<br />

1,88<br />

0,0285<br />

72,13<br />

3,94<br />

30,65<br />

30,91<br />

2,33<br />

14,22<br />

146


APÊNDICE A<br />

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NO TRECHO CANALIZADO DA SUB-BACIA 3<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (montante)(km 2 )<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (jusante) (km2)<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (montante) (horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante) (horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km<br />

CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

2 ) (jusante)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

Qp montante (m 3 /s)<br />

Qp jusante (m 3 /s)<br />

Qp (m 3 /s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO<br />

A(m 2 Qp + Qb(m<br />

coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> (n)<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> (I - m/m)<br />

Forma do conduto<br />

altura (m)<br />

)<br />

v (m/s)<br />

3 /s)<br />

t (minutos)<br />

8,78<br />

10,2<br />

165,8<br />

0,96<br />

0,99<br />

0,198<br />

1,5779<br />

0,1899<br />

1,5485<br />

0,72<br />

185,78<br />

85<br />

44,82<br />

14,11<br />

140,70<br />

160,41<br />

150,56<br />

0,44<br />

151,00<br />

0,013<br />

0,002<br />

retangular<br />

3,09<br />

38,15<br />

3,96<br />

0,70<br />

147


3<br />

APÊNDICE A<br />

DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 3<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (montante)(km 2 )<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (jusante)(km 2 )<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (montante) (horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante)(horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 )(montante)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 )(jusante)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

Qp montante (m 3 /s)<br />

Qp jusante (m 3 /s)<br />

Qp (m 3 /s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

Qp + Qb(m 3 /s)<br />

DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO<br />

A3(m 2 )<br />

P43(m)<br />

n3<br />

RH3<br />

I3(m/m)<br />

Lb<br />

nG<br />

2<br />

( A + ( L * h + 0,<br />

25h<br />

)<br />

I A3<br />

+ ( L<br />

⎜<br />

B<br />

3 b<br />

2<br />

⎜<br />

, 06n2<br />

* h<br />

⎝ P3<br />

2<br />

n3<br />

P3<br />

+ 2<br />

P + 2,<br />

06*<br />

h<br />

Alturas<br />

Iteração valor<br />

Vazão (m3/s)<br />

1 1 12,71<br />

2 1,5 23,41<br />

3 2 36,49<br />

4 2,5 51,77<br />

5 3 69,14<br />

6 4,98<br />

Altura do leito <strong>de</strong> gabião (m)<br />

AG (m<br />

157,70<br />

2 )<br />

AG + A4 (m 2 )<br />

v (m/s)<br />

t (minutos)<br />

⎛<br />

2<br />

* h + 0,<br />

25h<br />

) ⎞<br />

⎟<br />

+ 2,<br />

06h<br />

⎟<br />

⎠<br />

2/<br />

3<br />

10,2<br />

13,91<br />

1346,04<br />

0,97<br />

1,83<br />

0,195<br />

1,5680<br />

0,0145<br />

1,0339<br />

0,72<br />

185,78<br />

86<br />

41,35<br />

14,40<br />

165,79<br />

149,09<br />

157,44<br />

0,26<br />

157,70<br />

0,5<br />

4,84<br />

0,05<br />

0,104<br />

0,014<br />

4,8<br />

0,0285<br />

157,70<br />

4,98<br />

61,10<br />

61,60<br />

2,56<br />

8,76<br />

148


2<br />

n 4P4<br />

+ 2<br />

P + 2,<br />

06 * h<br />

4<br />

APÊNDICE A<br />

A4(m 2 Qp jusante (m<br />

DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO LEITO DE GABIÃO<br />

)<br />

P4(m)<br />

3 /s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

Qp + Qb(m 3 Qp (m<br />

/s)<br />

3 CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

Qp montante (m<br />

/s)<br />

3 log (Qu) ((m3/s/cm/km<br />

/s)<br />

2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 Tempo <strong>de</strong> concentração (montante) (horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante)(horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km<br />

) (jusante)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 4<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (km<br />

) (montante)<br />

2 Área <strong>de</strong> contribuição (km<br />

)<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

2 )<br />

n4<br />

RH4<br />

I4(m/m)<br />

Lb<br />

nG<br />

2<br />

( A + ( L * h + 0,<br />

25h<br />

)<br />

I 4 B<br />

2<br />

4<br />

⎜<br />

b<br />

, 06n4<br />

* h<br />

⎝ P4<br />

AG + A4 (m2 5 6,05<br />

AG (m<br />

)<br />

168,11<br />

2 Alturas<br />

Iteração valor<br />

Vazão (m3/s)<br />

1 1 11,98<br />

2 1,5 21,36<br />

3 2 32,36<br />

4 2,5 44,77<br />

Altura do leito <strong>de</strong> gabião (m)<br />

)<br />

v (m/s)<br />

t (minutos)<br />

2/<br />

3<br />

2<br />

⎛ A + ( L * h + 0,<br />

25h<br />

) ⎞<br />

2,<br />

06 ⎟<br />

+ h ⎠<br />

13,91<br />

19,81<br />

1967,36<br />

1,12<br />

2,15<br />

0,157<br />

1,4340<br />

-0,0354<br />

0,9217<br />

0,72<br />

162,96<br />

86<br />

41,35<br />

12,21<br />

175,31<br />

160,48<br />

167,89<br />

0,22<br />

168,11<br />

0,57<br />

5,5<br />

0,03<br />

0,104<br />

0,004<br />

5,5<br />

0,0285<br />

168,11<br />

6,05<br />

88,25<br />

88,82<br />

1,89<br />

17,32<br />

149


APÊNDICE A<br />

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO<br />

altura (6 )<br />

A(m<br />

v (m/s)<br />

2 Qp jusante (m<br />

coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> (n)<br />

<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> (I - m/m)<br />

Forma do conduto<br />

)<br />

3<br />

/s)<br />

Qb (m 3 /s)<br />

Qp + Qb(m 3 Qp (m<br />

/s)<br />

3 CN<br />

S<br />

Q (cm)<br />

Qp montante (m<br />

/s)<br />

3 log (Qu) ((m3/s/cm/km<br />

/s)<br />

2 ) (jusante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 DETERMINAÇÃO DA VAZÃO NA SUB-BACIA 5<br />

Área <strong>de</strong> contribuição (jusante)(km<br />

) (justante)<br />

Fp<br />

Precipitação (mm)<br />

t (minutos)<br />

2 Área <strong>de</strong> contribuição (montante) (km<br />

)<br />

Comprimento do trecho do córrego<br />

2 )<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (montante)(horas)<br />

Tempo <strong>de</strong> concentração (jusante) (horas)<br />

log (Qu) ((m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

Qu (m3/s/cm/km 2 ) (montante)<br />

19,81<br />

20,91<br />

875<br />

1,40<br />

1,56<br />

0,094<br />

1,2412<br />

0,0623<br />

1,1543<br />

0,72<br />

185,78<br />

85<br />

44,82<br />

14,11<br />

249,72<br />

245,13<br />

247,42<br />

1,05<br />

248,47<br />

0,013<br />

0,0015<br />

retangular<br />

3,58<br />

63,92<br />

3,9<br />

3,75<br />

Foram realizadas mais duas iteração para <strong>de</strong>terminação do tempo <strong>de</strong> concentração da Bacia do<br />

Córrego Lagoinha, na segunda iteração foram utilizados os tempos encontrados em cada<br />

trechos na primeira iteração, e assim sucessivamente. Na primeira iteração o tempo encontrado<br />

foi <strong>de</strong> 52,44 minutos, na segunda e terceira os tempos encontrados foram <strong>de</strong> 70,49 minutos,<br />

Este tempo somado ao tempo <strong>de</strong> escoamento superficial que é <strong>de</strong> 35,60 minutos, fornece o<br />

tempo <strong>de</strong> concentração da bacia para o cenário atual que é <strong>de</strong> 1,77 horas. O tempo <strong>de</strong><br />

concentração para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização encontrado é <strong>de</strong> 1,87 horas, e para os cenários<br />

futuros é <strong>de</strong> 1,67 horas.<br />

150


APÊNDICE A<br />

Determinação do tempo <strong>de</strong> escoamento em sarjeta e galeria no Loteamento I<br />

Tabela A.1 – Determinação do tempo <strong>de</strong> percurso na sarjeta – Admáx = 9,25 I<br />

Nº<br />

Trecho<br />

da<br />

rua<br />

até a<br />

rua<br />

Rua compr.<br />

(m)<br />

a<br />

mont.<br />

Área (ha) I<br />

do<br />

trecho<br />

a jus.<br />

I <<br />

Imáx.<br />

Admáx.<br />

(ha)<br />

Tipo <strong>de</strong><br />

rua<br />

TR<br />

ano<br />

s<br />

1 A B 1 186 0 0,277 0,28 0,03 0,5069 externa 15 0,77 10 188,20 0,69 1,00 0,076 0,038 0,92 3,4 13,4<br />

2 B B2 1 98,32 0,277 0,1293 0,41 0,03 0,5069 externa 15 0,77 13,4 168,57 0,73 0,86 0,053 0,045 1,03 1,6 15,0<br />

3 B2 C 1 97,08 0,406 0,2544 0,66 0,03 0,5069 externa 15 0,77 15,0 160,83 0,75 0,85 0,067 0,056 1,19 1,4 16,3<br />

C<br />

tc<br />

mont.<br />

Tabela A.2 – Determinação do tempo do percurso na galeria<br />

Nº<br />

Trecho<br />

até a<br />

da rua<br />

rua<br />

Rua<br />

compr.<br />

(m)<br />

Área<br />

total<br />

(ha)<br />

TR<br />

(anos)<br />

i<br />

mm/h<br />

f m<br />

4 C C3 1 62,36 5,4328 15 0,77 16,3 154,79 0,76 0,78 1,384<br />

5 C3 D 1 137,67 9,3478 15 0,77 16,7 153,39 0,77 0,72 2,183<br />

6 D D3 1 128,78 13,418 15 0,77 17,3 150,68 0,77 0,68 2,936<br />

7 D3 E 1 78,64 13,573 15 0,77 17,9 148,47 0,78 0,68 2,938<br />

8 E E2 1 57,06 18,939 15 0,77 18,2 147,16 0,78 0,64 3,878<br />

9 E2 E3 1 100,48 24,413 15 0,77 18,5 146,21 0,78 0,62 4,792<br />

10 E3 E4 1 90,32 30,567 15 0,77 18,9 144,65 0,78 0,60 5,762<br />

11 9 11 F 127,12 45,128 15 0,77 19,3 143,20 0,79 0,56 7,972<br />

12 11 12 F 72,55 52,718 15 0,77 19,9 141,14 0,79 0,55 9,013<br />

13 12 13 F 70,77 59,604 15 0,77 20,2 139,94 0,79 0,54 9,949<br />

14 13 14 F 73,59 67,031 15 0,77 20,6 138,83 0,79 0,53 10,935<br />

15 14 15 F 71,09 74,94 15 0,77 20,9 137,66 0,80 0,52 11,955<br />

16 15 16 F 71,46 82,14 15 0,77 21,2 136,59 0,80 0,52 12,858<br />

17 16 21 F 35,2 111,75 15 0,77 21,6 135,56 0,80 0,49 16,618<br />

18 21 E5 F 92,32 113,55 15 0,77 21,7 134,96 0,80 0,49 16,795<br />

19 E5 22 F 379,42 130,74 15 0,77 22,2 133,57 0,80 0,48 18,800<br />

20 22 23 F 69,36 138,63 15 0,77 24,0 128,19 0,81 0,48 19,206<br />

21 23 24 F 73,18 163,61 15 0,77 24,3 127,28 0,82 0,47 21,999<br />

22 24 27 G1 216,49 174,26 15 0,77 24,7 126,34 0,82 0,46 23,090<br />

23 27 28 G1 190,86 175,75 15 0,77 25,7 123,74 0,82 0,46 22,916<br />

24 H I 28 187 176,81 15 0,77 26,5 121,58 0,83 0,46 22,743<br />

25 I J 29 177 177,23 15 0,77 27,3 119,53 0,83 0,46 22,508<br />

C<br />

tc<br />

mont.<br />

i<br />

(mm/h<br />

)<br />

ys<br />

(m)<br />

f m<br />

ys'<br />

(m)<br />

v<br />

m/s<br />

Q parcial<br />

(m³/s)<br />

ts<br />

minutos<br />

tc final<br />

minutos<br />

147


APÊNDICE A<br />

Tabela A.2 (continuação) – Determinação do tempo do percurso na galeria<br />

Nº<br />

Trecho<br />

da até a Rua<br />

rua rua<br />

Decliv.<br />

da<br />

galeria<br />

D<br />

galeria<br />

(m)<br />

D galeria<br />

adotado<br />

(m)<br />

Q galeria<br />

plena<br />

(m³/s)<br />

Q/<br />

Qplena<br />

v/<br />

vplena<br />

Altura<br />

(h) (m)<br />

Base<br />

(b) (m)<br />

4 C C3 1 0,010 0,814 0,850 1,55 0,8901 1,14 - - - - 3,12 0,3 16,7<br />

5 C3 D 1 0,010 0,965 1 2,40 0,9103 1,14 - - - - 3,48 0,7 17,3<br />

6 D D3 1 0,010 1,079 1,2 3,90 0,7530 1,11 - - - - 3,84 0,6 17,9<br />

7 D3 E 1 0,010 1,079 1,2 3,90 0,7535 1,11 - - - - 3,84 0,3 18,2<br />

8 E E2 1 0,008 1,249 1,5 6,32 0,6133 1,07 - - - - 3,82 0,2 18,5<br />

9 E2 E3 1 0,008 1,352 1,5 6,32 0,7579 1,11 - - - - 3,98 0,4 18,9<br />

10 E3 E4 1 0,006 1,529 1,75 8,26 0,6976 1,09 - - - - 3,76 0,4 19,3<br />

11 9 11 F 0,0050 1,787 1,8 8,13 0,9808 1,14 - - - - 3,64 0,6 19,9<br />

12 11 12 F 0,0050 1,871 - - - - 1,02 * 2,05 2,30 0,51 3,48 0,3 20,2<br />

13 12 13 F 0,0050 1,942 - - - - 1,07 2,14 2,53 0,54 3,59 0,3 20,6<br />

14 13 14 F 0,0045 2,052 - - - - 1,11 2,22 2,72 0,56 3,49 0,4 20,9<br />

15 14 15 F 0,0045 2,122 - - - - 1,18 2,35 3,04 0,59 3,62 0,3 21,2<br />

16 15 16 F 0,0045 2,180 - - - - 1,22 2,43 3,25 0,61 3,70 0,3 21,6<br />

17 16 21 F 0,0030 2,590 - - - - 1,25 2,50 3,43 0,62 3,08 0,2 21,7<br />

18 21 E5 F 0,0030 2,601 - - - - 1,48 2,97 4,84 0,74 3,45 0,4 22,2<br />

19 E5 22 F 0,0030 2,713 - - - - 1,49 2,98 4,88 0,74 3,46 1,8 24,0<br />

20 22 23 F 0,0030 2,735 - - - - 1,55 3,11 5,31 0,78 3,56 0,3 24,3<br />

21 23 24 F 0,0030 2,878 - - - - 1,57 3,13 5,40 0,78 3,58 0,3 24,7<br />

22 24 27 G1 0,003 2,930 - - - - 1,65 3,30 5,98 0,82 3,70 1,0 25,7<br />

23 27 28 G1 0,003 2,922 - - - - 1,68 3,36 6,20 0,84 3,75 0,8 26,5<br />

24 H I 28 0,0030 2,914 - - - - 1,67 3,35 6,16 0,84 3,74 0,8 27,3<br />

25 I J 29 0,0030 2,902 - - - - 1,67 3,34 6,13 0,83 3,73 0,8 28,1<br />

* Os condutos <strong>de</strong> forma retangular têm a base igual a duas vezes a altura<br />

Área<br />

(m²)<br />

Raio<br />

Hidráulico<br />

(m)<br />

v<br />

(m/s)<br />

ts min.<br />

tc final<br />

min.<br />

148


APÊNDICE B<br />

APÊNDICE B<br />

Determinação dos hidrogramas e da propagação<br />

no reservatório<br />

153


APÊNDICE B<br />

Determinação das vazões <strong>de</strong> entrada do reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

Tabela B.1 - Hidrograma <strong>de</strong> entrada do reservatório para o cenário atual<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,089<br />

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 85<br />

1,754 1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174 0,087<br />

Soma<br />

7,830<br />

Vazão <strong>de</strong> Hidrogram<br />

base (m³/s) a (m³/s)<br />

0 0,00 0,00 0,22 0,26<br />

10 8,72 0,772 0,77 0,22 1,03<br />

20 28,92 2,561 15,299 17,86 0,22 18,12<br />

30 36,82 3,261 50,738 16,877 70,88 0,22 71,14<br />

40 30,09 2,665 64,598 55,972 10,241 133,48 0,22 133,74<br />

50 17,19 1,522 52,791 71,262 33,964 6,456 166,00 0,22 166,26<br />

60 9,89 0,876 30,159 58,237 43,242 21,411 4,893 158,82 0,22 159,08<br />

70 5,74 0,508 17,351 33,270 35,338 27,260 16,227 4,290 134,25 0,22 134,51<br />

80 3,34 0,296 10,070 19,141 20,188 22,277 20,660 14,229 2,629 109,49 0,22 109,75<br />

90 1,90 0,168 5,860 11,109 11,615 12,727 16,884 18,116 8,721 2,264 87,46 0,22 87,72<br />

100 1,10 0,097 3,333 6,464 6,741 7,322 9,645 14,805 11,103 7,508 2,272 69,29 0,22 69,55<br />

110 0,63 0,056 1,930 3,677 3,923 4,250 5,549 8,458 9,073 9,559 7,536 1,519 55,53 0,22 55,79<br />

120 0,38 0,034 1,105 2,129 2,231 2,473 3,221 4,866 5,184 7,811 9,595 5,039 0,761 44,45 0,22 44,71<br />

130 0,22 0,019 0,667 1,219 1,292 1,407 1,874 2,824 2,982 4,463 7,841 6,416 2,524 33,53 0,22 33,79<br />

140 0,09 0,008 0,386 0,735 0,740 0,814 1,066 1,643 1,731 2,567 4,480 5,243 3,213 22,63 0,22 22,89<br />

150 0,00 0,000 0,158 0,426 0,446 0,466 0,617 0,935 1,007 1,490 2,577 2,995 2,626 13,74 0,22 14,00<br />

160 0,00 0,000 0,000 0,174 0,258 0,281 0,353 0,541 0,573 0,867 1,496 1,723 1,500 7,77 0,22 8,03<br />

170 0,00 0,000 0,000 0,000 0,106 0,163 0,213 0,310 0,332 0,493 0,870 1,000 0,863 4,35 0,22 4,61<br />

180 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,067 0,123 0,187 0,190 0,286 0,495 0,582 0,501 2,43 0,22 2,69<br />

190 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,050 0,108 0,115 0,164 0,287 0,331 0,291 1,35 0,22 1,61<br />

200 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,044 0,066 0,099 0,164 0,192 0,166 0,73 0,22 0,99<br />

210 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,027 0,057 0,099 0,110 0,096 0,39 0,22 0,65<br />

220 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023 0,057 0,066 0,055 0,20 0,22 0,46<br />

230 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,023 0,038 0,033 0,09 0,22 0,35<br />

240 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016 0,019 0,03 0,22 0,29<br />

250 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,008 0,01 0,22 0,27<br />

260 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 0,22 0,26<br />

150


APÊNDICE B<br />

Tabela B.2 - Hidrograma <strong>de</strong> entrada do reservatório para o cenário futuro I<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,218<br />

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 89<br />

2,192 2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181 0,091<br />

Soma<br />

8,828<br />

Vazão <strong>de</strong> Hidrogram<br />

base (m³/s) a (m³/s)<br />

0 0,00 0,00 0,22 0,26<br />

10 9,29 2,029 2,03 0,22 2,29<br />

20 30,55 6,674 20,363 27,04 0,22 27,30<br />

30 37,50 8,192 66,963 19,876 95,03 0,22 95,29<br />

40 29,71 6,490 82,197 65,361 11,688 165,74 0,22 166,00<br />

50 16,37 3,576 65,122 80,230 38,436 7,284 194,65 0,22 194,91<br />

60 9,40 2,053 35,882 63,563 47,180 23,953 5,487 178,12 0,22 178,38<br />

70 5,31 1,160 20,604 35,023 37,379 29,402 18,044 4,792 146,40 0,22 146,66<br />

80 3,06 0,668 11,639 20,111 20,595 23,294 22,149 15,757 2,928 117,14 0,22 117,40<br />

90 1,72 0,376 6,707 11,361 11,826 12,835 17,548 19,342 9,630 2,517 92,14 0,22 92,40<br />

100 0,98 0,214 3,770 6,547 6,681 7,370 9,669 15,324 11,821 8,276 2,522 72,19 0,22 72,45<br />

110 0,55 0,120 2,148 3,680 3,850 4,163 5,552 8,443 9,365 10,159 8,294 1,684 57,46 0,22 57,72<br />

120 0,34 0,074 1,206 2,097 2,164 2,399 3,136 4,848 5,160 8,048 10,181 5,539 0,843 45,70 0,22 45,96<br />

130 0,18 0,039 0,745 1,177 1,233 1,349 1,807 2,739 2,963 4,435 8,066 6,799 2,772 34,12 0,22 34,38<br />

140 0,05 0,011 0,395 0,727 0,692 0,768 1,016 1,578 1,674 2,546 4,444 5,387 3,403 22,64 0,22 22,90<br />

150 0,00 0,000 0,110 0,385 0,428 0,431 0,579 0,887 0,965 1,438 2,552 2,968 2,696 13,44 0,22 13,70<br />

160 0,00 0,000 0,000 0,107 0,226 0,267 0,325 0,505 0,542 0,829 1,442 1,704 1,486 7,43 0,22 7,69<br />

170 0,00 0,000 0,000 0,000 0,063 0,141 0,201 0,284 0,309 0,466 0,831 0,963 0,853 4,11 0,22 4,37<br />

180 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,039 0,106 0,175 0,173 0,265 0,467 0,555 0,482 2,26 0,22 2,52<br />

190 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030 0,093 0,107 0,149 0,266 0,312 0,278 1,23 0,22 1,49<br />

200 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026 0,057 0,092 0,149 0,178 0,156 0,66 0,22 0,92<br />

210 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016 0,049 0,092 0,100 0,089 0,35 0,22 0,61<br />

220 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,049 0,062 0,050 0,17 0,22 0,43<br />

230 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,033 0,031 0,08 0,22 0,34<br />

240 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,016 0,03 0,22 0,29<br />

250 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,00 0,22 0,26<br />

151


APÊNDICE B<br />

Tabela B.3 - Hidrograma <strong>de</strong> entrada do reservatório para o cenário futuro II<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,265<br />

20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 90<br />

2,307 2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183 0,091<br />

Soma<br />

9,087<br />

Vazão <strong>de</strong> Hidrogram<br />

base (m³/s) a (m³/s)<br />

0 0,00 0,00 0,22 0,26<br />

10 9,29 2,464 2,46 0,22 2,72<br />

20 30,55 8,103 21,433 29,54 0,22 29,80<br />

30 37,50 9,947 70,483 20,318 100,75 0,22 101,01<br />

40 29,71 7,881 86,517 66,815 11,862 173,07 0,22 173,33<br />

50 16,37 4,342 68,545 82,015 39,007 7,373 201,28 0,22 201,54<br />

60 9,40 2,493 37,768 64,978 47,881 24,245 5,547 182,91 0,22 183,17<br />

70 5,31 1,408 21,687 35,802 37,934 29,761 18,240 4,839 149,67 0,22 149,93<br />

80 3,06 0,812 12,251 20,558 20,902 23,579 22,389 15,913 2,956 119,36 0,22 119,62<br />

90 1,72 0,456 7,060 11,613 12,002 12,992 17,738 19,534 9,720 2,539 93,65 0,22 93,91<br />

100 0,98 0,260 3,968 6,692 6,780 7,460 9,774 15,476 11,931 8,350 2,544 73,23 0,22 73,49<br />

110 0,55 0,146 2,261 3,762 3,907 4,214 5,612 8,527 9,453 10,249 8,365 1,698 58,19 0,22 58,45<br />

120 0,34 0,090 1,269 2,143 2,196 2,429 3,170 4,896 5,208 8,120 10,269 5,585 0,850 46,23 0,22 46,49<br />

130 0,18 0,048 0,784 1,203 1,251 1,365 1,827 2,766 2,991 4,474 8,135 6,856 2,795 34,50 0,22 34,76<br />

140 0,05 0,013 0,415 0,744 0,702 0,778 1,027 1,594 1,689 2,569 4,483 5,432 3,431 22,88 0,22 23,14<br />

150 0,00 0,000 0,115 0,394 0,434 0,436 0,585 0,896 0,974 1,451 2,574 2,993 2,718 13,57 0,22 13,83<br />

160 0,00 0,000 0,000 0,109 0,230 0,270 0,328 0,510 0,547 0,836 1,454 1,719 1,498 7,50 0,22 7,76<br />

170 0,00 0,000 0,000 0,000 0,064 0,143 0,203 0,286 0,312 0,470 0,838 0,971 0,860 4,15 0,22 4,41<br />

180 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,040 0,107 0,177 0,175 0,268 0,471 0,559 0,486 2,28 0,22 2,54<br />

190 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,030 0,094 0,108 0,150 0,268 0,314 0,280 1,24 0,22 1,50<br />

200 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026 0,057 0,093 0,151 0,179 0,157 0,66 0,22 0,92<br />

210 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,016 0,049 0,093 0,101 0,090 0,35 0,22 0,61<br />

220 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,049 0,062 0,050 0,18 0,22 0,44<br />

230 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,014 0,033 0,031 0,08 0,22 0,34<br />

240 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,016 0,03 0,22 0,29<br />

250 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,005 0,00 0,22 0,26<br />

152


APÊNDICE B<br />

Determinação do hidrograma <strong>de</strong> saída do reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

Tabela B.4 - Propagação no reservatório para o cenário atual.<br />

Tempo<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

1 0,00 0,17 0,26 1,03 1,29 58,92 60,21 0,25 59,71<br />

2 0,17 0,33 1,03 18,12 19,15 59,71 78,86 1,15 76,56<br />

3 0,33 0,50 18,12 71,14 89,26 76,56 165,82 11,18 143,46<br />

4 0,50 0,67 71,14 133,74 204,87 143,46 348,33 31,17 285,99<br />

5 0,67 0,83 133,74 166,26 299,99 285,99 585,99 59,29 467,41<br />

6 0,83 1,00 166,26 159,08 325,33 467,41 792,74 82,82 627,10<br />

7 1,00 1,17 159,08 134,51 293,58 627,10 920,68 98,31 724,06<br />

8 1,17 1,33 134,51 109,75 244,26 724,06 968,32 107,12 754,08<br />

9 1,33 1,50 109,75 87,72 197,48 754,08 951,55 103,86 743,83<br />

10 1,50 1,67 87,72 69,55 157,28 743,83 901,11 95,01 711,09<br />

11 1,67 1,83 69,55 55,79 125,34 711,09 836,43 86,47 663,49<br />

12 1,83 2,00 55,79 44,71 100,50 663,49 763,99 80,21 603,57<br />

13 2,00 2,17 44,71 33,79 78,50 603,57 682,07 71,96 538,15<br />

14 2,17 2,33 33,79 22,89 56,68 538,15 594,82 60,54 473,74<br />

15 2,33 2,50 22,89 14,00 36,89 473,74 510,63 47,95 414,73<br />

16 2,50 2,67 14,00 8,03 22,03 414,73 436,77 38,35 360,07<br />

17 2,67 2,83 8,03 4,61 12,64 360,07 372,70 32,79 307,12<br />

18 2,83 3,00 4,61 2,69 7,30 307,12 314,43 28,52 257,39<br />

19 3,00 3,17 2,69 1,61 4,30 257,39 261,68 23,82 214,04<br />

20 3,17 3,33 1,61 0,99 2,60 214,04 216,64 18,40 179,84<br />

21 3,33 3,50 0,99 0,65 1,64 179,84 181,48 13,20 155,08<br />

22 3,50 3,67 0,65 0,46 1,11 155,08 156,19 9,63 136,93<br />

23 3,67 3,83 0,46 0,35 0,82 136,93 137,75 7,19 123,37<br />

24 3,83 4,00 0,35 0,29 0,65 123,37 124,02 5,51 113,00<br />

25 4,00 4,17 0,29 0,27 0,56 113,00 113,56 4,30 104,96<br />

26 4,17 4,33 0,27 0,26 0,53 104,96 105,49 3,44 98,61<br />

27 4,33 4,50 0,26 0,26 0,52 98,61 99,13 2,73 93,67<br />

Tabela B.5 – Propagação no reservatório para o cenário futuro I.<br />

157


APÊNDICE B<br />

Tempo<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

1 0,00 0,17 0,26 2,29 2,55 58,92 61,47 0,31 60,85<br />

2 0,17 0,33 2,29 27,30 29,59 60,85 90,44 2,15 86,14<br />

3 0,33 0,50 27,30 95,29 122,59 86,14 208,72 17,47 173,78<br />

4 0,50 0,67 95,29 166,00 261,29 173,78 435,07 38,26 358,55<br />

5 0,67 0,83 166,00 194,91 360,90 358,55 719,45 75,97 567,51<br />

6 0,83 1,00 194,91 178,38 373,28 567,51 940,79 101,96 736,87<br />

7 1,00 1,17 178,38 146,66 325,04 736,87 1061,92 126,35 809,22<br />

8 1,17 1,33 146,66 117,40 264,07 809,22 1073,28 128,75 815,78<br />

9 1,33 1,50 117,40 92,40 209,80 815,78 1025,58 118,63 788,32<br />

10 1,50 1,67 92,40 72,45 164,85 788,32 953,18 104,14 744,90<br />

11 1,67 1,83 72,45 57,72 130,17 744,90 875,07 90,96 693,15<br />

12 1,83 2,00 57,72 45,96 103,68 693,15 796,83 83,08 630,67<br />

13 2,00 2,17 45,96 34,38 80,34 630,67 711,01 75,03 560,95<br />

14 2,17 2,33 34,38 22,90 57,29 560,95 618,23 64,03 490,17<br />

15 2,33 2,50 22,90 13,70 36,60 490,17 526,78 50,28 426,22<br />

16 2,50 2,67 13,70 7,69 21,39 426,22 447,61 39,61 368,39<br />

17 2,67 2,83 7,69 4,37 12,06 368,39 380,45 33,29 313,87<br />

18 2,83 3,00 4,37 2,52 6,89 313,87 320,76 29,03 262,70<br />

19 3,00 3,17 2,52 1,49 4,02 262,70 266,72 24,31 218,10<br />

20 3,17 3,33 1,49 0,92 2,41 218,10 220,51 18,96 182,59<br />

21 3,33 3,50 0,92 0,61 1,52 182,59 184,12 13,58 156,96<br />

22 3,50 3,67 0,61 0,43 1,04 156,96 158,00 9,88 138,24<br />

23 3,67 3,83 0,43 0,34 0,77 138,24 139,01 7,34 124,33<br />

24 3,83 4,00 0,34 0,29 0,62 124,33 124,95 5,63 113,69<br />

25 4,00 4,17 0,29 0,26 0,55 113,69 114,24 4,38 105,48<br />

26 4,17 4,33 0,26 0,23 0,49 105,48 105,97 3,49 98,99<br />

Tabela B.6 – Propagação no reservatório para o cenário futuro I.<br />

158


APÊNDICE B<br />

Tempo<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

1 0,00 0,17 0,26 2,72 2,98 58,92 61,90 0,32 61,26<br />

2 0,17 0,33 2,72 29,80 32,52 61,26 93,78 2,43 88,92<br />

3 0,33 0,50 29,80 101,01 130,80 88,92 219,73 19,04 181,65<br />

4 0,50 0,67 101,01 173,33 274,34 181,65 455,99 40,75 374,49<br />

5 0,67 0,83 173,33 201,54 374,88 374,49 749,36 78,91 591,54<br />

6 0,83 1,00 201,54 183,17 384,71 591,54 976,26 108,70 758,86<br />

7 1,00 1,17 183,17 149,93 333,10 758,86 1091,96 132,78 826,40<br />

8 1,17 1,33 149,93 119,62 269,55 826,40 1095,95 133,62 828,71<br />

9 1,33 1,50 119,62 93,91 213,53 828,71 1042,25 122,14 797,97<br />

10 1,50 1,67 93,91 73,49 167,41 797,97 965,38 106,52 752,34<br />

11 1,67 1,83 73,49 58,45 131,95 752,34 884,28 92,27 699,74<br />

12 1,83 2,00 58,45 46,49 104,94 699,74 804,69 83,81 637,07<br />

13 2,00 2,17 46,49 34,76 81,24 637,07 718,31 75,79 566,73<br />

14 2,17 2,33 34,76 23,14 57,89 566,73 624,62 64,97 494,68<br />

15 2,33 2,50 23,14 13,83 36,97 494,68 531,65 50,98 429,69<br />

16 2,50 2,67 13,83 7,76 21,59 429,69 451,28 40,03 371,22<br />

17 2,67 2,83 7,76 4,41 12,17 371,22 383,39 33,48 316,43<br />

18 2,83 3,00 4,41 2,54 6,95 316,43 323,38 29,24 264,90<br />

19 3,00 3,17 2,54 1,50 4,05 264,90 268,94 24,53 219,88<br />

20 3,17 3,33 1,50 0,92 2,43 219,88 222,31 19,21 183,89<br />

21 3,33 3,50 0,92 0,61 1,53 183,89 185,42 13,77 157,88<br />

22 3,50 3,67 0,61 0,44 1,04 157,88 158,93 10,00 138,93<br />

23 3,67 3,83 0,44 0,34 0,77 138,93 139,70 7,43 124,84<br />

24 3,83 4,00 0,34 0,29 0,62 124,84 125,46 5,69 114,08<br />

25 4,00 4,17 0,29 0,26 0,55 114,08 114,64 4,42 105,80<br />

26 4,17 4,33 0,26 0,53 0,79 105,80 106,59 3,56 99,47<br />

Propagação da vazão <strong>de</strong> saída do reservatório<br />

Relação cota- volume e cota vazão<br />

159


APÊNDICE B<br />

Tabela B.7 - Relação cota-volume e cota vazão para o trecho natural do Córrego<br />

Altura<br />

(m)<br />

Área <strong>de</strong><br />

montante<br />

(m)<br />

Área <strong>de</strong><br />

jusante<br />

(m)<br />

Comprimento<br />

Volume<br />

do córrego<br />

parcial (m³)<br />

(m)<br />

Volume<br />

Vazão<br />

acumulado 2S/Dt + Q<br />

(m³/s)<br />

(m³)<br />

2S/Dt - Q<br />

0,00 0,57 0,50 2235,7 1196,1 1196,1 0,26 4,25 3,73<br />

0,20 1,67 1,46 2235,7 3498,8 4694,9 1,54 17,19 14,11<br />

0,40 2,77 2,42 2235,7 5801,6 10496,5 3,47 38,46 31,52<br />

0,60 3,87 3,38 2235,7 8104,3 18600,9 5,91 67,91 56,09<br />

0,80 4,97 4,34 2235,7 10407,1 29007,9 8,77 105,46 87,92<br />

1,00 6,07 5,3 2235,7 12709,8 41717,8 11,98 151,04 127,08<br />

1,20 7,17 6,26 2235,7 15012,6 56730,4 15,52 204,62 173,58<br />

1,40 8,27 7,22 2235,7 17315,3 74045,7 19,34 266,16 227,48<br />

1,60 9,37 8,18 2235,7 19618,1 93663,8 23,43 335,65 288,78<br />

1,80 10,47 9,14 2235,7 21920,8 115584,7 27,78 413,06 357,51<br />

2,00 11,57 10,1 2235,7 24223,6 139808,2 32,36 498,38 433,67<br />

2,20 12,67 11,06 2235,7 26526,3 166334,6 37,16 591,61 517,29<br />

2,40 13,77 12,02 2235,7 28829,1 195163,7 42,18 692,73 608,36<br />

2,60 14,87 12,98 2235,7 31131,8 226295,5 47,42 801,74 706,90<br />

2,80 15,97 13,94 2235,7 33434,6 259730,1 52,86 918,62 812,91<br />

3,00 17,07 14,9 2235,7 35737,3 295467,5 58,50 1043,39 926,40<br />

3,20 18,17 15,86 2235,7 38040,1 333507,6 64,33 1176,03 1047,36<br />

3,40 19,27 16,82 2235,7 40342,8 373850,4 70,36 1316,53 1175,80<br />

3,60 20,37 17,78 2235,7 42645,6 416496,0 76,59 1464,91 1311,73<br />

3,80 21,47 18,74 2235,7 44948,3 461444,4 83,00 1621,15 1455,15<br />

4,00 22,57 19,7 2235,7 47251,1 508695,4 89,60 1785,25 1606,05<br />

Utilizando-se análise estatística com os dados resultante da relação cota-vazão e cota-volume<br />

foi <strong>de</strong>terminado a expressão que fornece o valor da vazão <strong>de</strong> saída do trecho natural do<br />

córrego:<br />

( ) ( ) 2<br />

2<br />

2S/?S+<br />

Q + 0,0592 * 2S/?S Q<br />

6 −<br />

Q = −5x10<br />

.<br />

+<br />

160


APÊNDICE B<br />

Tabela B.8 - Relação cota-volume e cota vazão para o trecho canalizado do córrego<br />

Altura<br />

(m)<br />

Área <strong>de</strong><br />

montante<br />

(m)<br />

Comprimento do Volume<br />

córrego (m) parcial (m³)<br />

Volume<br />

acumulado (m³)<br />

Vazão<br />

(m³/s)<br />

2S/Dt + Q 2S/Dt - Q<br />

0 0,00 875<br />

0,0<br />

0,0 0,00 0,00 0,00<br />

0,2 0,09 875<br />

77,0 77,0 0,07 0,32 0,19<br />

0,3 0,20 875 173,3 250,3 0,20 1,03 0,64<br />

0,4 0,35 875 308,0 558,3 0,43 2,29 1,43<br />

0,56 0,69 875 603,7 1161,9 1,05 4,92 2,82<br />

0,60 0,79 875 693,0 1854,9 1,26 7,44 4,92<br />

0,80 1,41 875 1232,0 3086,9 2,71 13,00 7,58<br />

1,00 2,20 875 1925,0 5011,9 4,92 21,63 11,79<br />

1,20 3,17 875 2772,0 7783,9 8,00 33,95 17,95<br />

1,40 4,31 875 3773,0 11556,9 12,07 50,59 26,46<br />

1,60 5,63 875 4928,0 16484,9 17,23 72,18 37,72<br />

1,80 7,13 875 6237,0 22721,9 23,58 99,32 52,15<br />

2,00 8,80 875 7700,0 30421,9 31,24 132,64 70,17<br />

2,20 10,65 875 9317,0 39738,9 40,27 172,74 92,19<br />

2,40 12,67 875 11088,0 50826,9 50,79 220,22 118,63<br />

2,60 14,87 875 13013,0 63839,9 62,88 275,68 149,92<br />

2,80 17,25 875 15092,0 78931,9 76,62 339,72 186,49<br />

3,00 19,80 875 17325,0 96256,9 92,09 412,95 228,76<br />

3,20 22,53 875 19712,0 115968,9 109,39 495,95 277,17<br />

3,40 25,43 875 22253,0 138221,9 128,58 589,32 332,16<br />

3,60 28,51 875 24948,0 163169,9 149,75 693,65 394,14<br />

Utilizando-se análise estatística com os dados resultante da relação cota-vazão e cota-volume<br />

foi <strong>de</strong>terminado a expressão que fornece o valor da vazão <strong>de</strong> saída do trecho natural do<br />

córrego:<br />

( ) ( ) 2<br />

2<br />

2S/?S+<br />

Q + 0,2337. 2S/?S Q<br />

5 −<br />

Q = −2x10<br />

.<br />

+<br />

Foram <strong>de</strong>terminados os hidrogramas das áreas ao longo do trecho natural, e da área ao longo<br />

do trecho canalizado, os resultados estão sintetizados na Tabela B. 10.<br />

161


APÊNDICE B<br />

Tabela B.9 – Determinação dos hidrogramas das áreas posteriores ao reservatório<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Vazões (m³/s)<br />

Área ao longo do trecho natural Área ao longo do trecho canalizado<br />

Cenário Cenario<br />

Atual Futuro I Futuro II Atual Futuro I Futuro II<br />

0 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05 1,05<br />

10 1,16 1,36 1,42 1,06 1,08 1,09<br />

20 3,51 5,04 5,40 1,33 1,51 1,55<br />

30 10,41 15,18 16,14 2,12 2,66 2,77<br />

40 23,98 33,83 35,71 3,62 4,80 5,02<br />

50 43,76 60,60 63,54 5,92 7,86 8,20<br />

60 62,23 88,50 92,26 8,55 11,06 11,49<br />

70 81,68 110,32 114,48 10,84 13,56 14,03<br />

80 97,60 122,95 127,11 12,45 14,99 15,47<br />

90 105,33 126,36 130,22 13,20 15,38 15,82<br />

100 105,83 121,85 125,19 13,22 14,87 15,25<br />

110 100,14 110,66 113,37 12,55 13,60 13,91<br />

120 90,66 97,05 99,22 11,40 12,03 12,28<br />

130 79,71 83,79 85,53 10,13 10,50 10,70<br />

140 68,92 71,50 72,90 8,90 9,11 9,27<br />

150 58,82 59,89 61,00 7,70 7,80 7,93<br />

160 49,21 49,01 49,88 6,37 6,55 6,65<br />

170 40,44 39,34 40,03 5,32 5,45 5,52<br />

180 32,59 31,02 31,54 4,51 4,48 4,54<br />

190 25,83 24,06 24,46 3,79 3,69 3,73<br />

200 20,24 18,56 18,86 3,17 3,06 3,09<br />

210 15,85 14,37 14,60 2,68 2,55 2,58<br />

220 12,51 11,22 11,40 2,32 2,19 2,21<br />

230 9,95 8,83 8,97 2,03 1,92 1,94<br />

240 7,94 6,95 7,05 1,80 1,72 1,73<br />

250 6,39 5,18 5,24 1,63 1,55 1,56<br />

260 5,19 4,14 4,19 1,51 1,43 1,44<br />

270 4,26 3,50 3,54 1,42 1,34 1,34<br />

280 3,55 2,95 2,98 1,34 1,27 1,27<br />

290 3,01 2,47 2,49 1,27 1,21 1,22<br />

300 2,57 2,06 2,08 1,22 1,17 1,17<br />

310 2,21 1,78 1,79 1,18 1,13 1,13<br />

320 1,89 1,54 1,54 1,15 1,10 1,10<br />

330 1,62 1,35 1,36 1,12 1,08 1,09<br />

340 1,43 1,25 1,25 1,09 1,07 1,07<br />

350 1,31 1,19 1,19 1,08 1,06 1,06<br />

360 1,22 1,15 1,15 1,07 1,06 1,06<br />

370 1,16 1,11 1,11 1,06 1,06 1,06<br />

380 1,12 1,08 1,08 1,06 1,05 1,05<br />

390 1,09 1,07 1,07 1,05<br />

400 1,07 1,06 1,06<br />

410 1,06 1,05 1,05<br />

420 1,05<br />

162


APÊNDICE B<br />

Foi feita a propagação das vazões <strong>de</strong> saída do reservatório até o inicio do trecho canalizado, os<br />

resultados estão apresentados nas tabelas a seguir:<br />

Tabela B.10 - Propagação da vazão <strong>de</strong> saída do reservatório para o cenário atual no trecho<br />

natural do córrego<br />

Tempo<br />

1<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

0,00 0,17 0,22 0,45 0,67<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

3,73 4,40 0,26 3,88<br />

2 0,17 0,33 0,45 0,56 1,01 3,88 4,89 0,29 4,31<br />

3 0,33 0,50 0,56 0,93 1,49 4,31 5,80 0,34 5,12<br />

4 0,50 0,67 0,93 4,93 5,86 5,12 10,97 0,65 9,68<br />

5 0,67 0,83 4,93 11,92 16,85 9,68 26,52 1,57 23,39<br />

6 0,83 1,00 11,92 21,99 33,91 23,39 57,30 3,38 50,55<br />

7 1,00 1,17 21,99 34,23 56,22 50,55 106,77 6,26 94,24<br />

8 1,17 1,33 34,23 47,58 81,81 94,24 176,05 10,27 155,52<br />

9 1,33 1,50 47,58 61,03 108,61 155,52 264,12 15,29 233,55<br />

10 1,50 1,67 61,03 73,31 134,34 233,55 367,89 21,10 325,69<br />

11 1,67 1,83 73,31 82,74 156,05 325,69 481,73 27,36 427,02<br />

12 1,83 2,00 82,74 87,89 170,62 427,02 597,64 33,59 530,45<br />

13 2,00 2,17 87,89 88,60 176,49 530,45 706,94 39,35 628,24<br />

14 2,17 2,33 88,60 85,90 174,50 628,24 802,74 44,30 714,14<br />

15 2,33 2,50 85,90 81,01 166,91 714,14 881,05 48,28 784,49<br />

16 2,50 2,67 81,01 74,85 155,85 784,49 940,35 51,25 837,85<br />

17 2,67 2,83 74,85 68,06 142,91 837,85 980,76 53,25 874,26<br />

18 2,83 3,00 68,06 61,11 129,17 874,26 1003,42 54,37 894,69<br />

19 3,00 3,17 61,11 54,29 115,39 894,69 1010,08 54,70 900,69<br />

20 3,17 3,33 54,29 47,77 102,05 900,69 1002,74 54,33 894,07<br />

21 3,33 3,50 47,77 41,65 89,42 894,07 983,49 53,39 876,72<br />

22 3,50 3,67 41,65 36,01 77,66 876,72 954,38 51,95 850,49<br />

23 3,67 3,83 36,01 30,89 66,90 850,49 917,39 50,10 817,19<br />

24 3,83 4,00 30,89 26,27 57,16 817,19 874,35 47,94 778,47<br />

25 4,00 4,17 26,27 22,17 48,45 778,47 826,92 45,53 735,85<br />

26 4,17 4,33 22,17 18,56 40,74 735,85 776,58 42,96 690,67<br />

27 4,33 4,50 18,56 15,43 34,00 690,67 724,66 40,27 644,12<br />

28 4,50 4,67 15,43 12,75 28,18 644,12 672,30 37,54 597,22<br />

29 4,67 4,83 12,75 10,48 23,23 597,22 620,45 34,81 550,84<br />

30 4,83 5,00 10,48 8,58 19,06 550,84 569,90 32,11 505,68<br />

31 5,00 5,17 8,58 7,00 15,58 505,68 521,26 29,50 462,26<br />

32 5,17 5,33 7,00 5,69 12,69 462,26 474,95 26,99 420,97<br />

33 5,33 5,50 5,69 4,61 10,30 420,97 431,26 24,60 382,06<br />

34 5,50 5,67 4,61 3,72 8,33 382,06 390,39 22,35 345,69<br />

35 5,67 5,83 3,72 3,00 6,73 345,69 352,42 20,24 311,94<br />

36 5,83 6,00 3,00 2,43 5,44 311,94 317,37 18,28 280,80<br />

37 6,00 6,17 2,43 1,98 4,41 280,80 285,22 16,48 252,26<br />

38 6,17 6,33 1,98 1,62 3,60 252,26 255,87 14,82 226,23<br />

39 6,33 6,50 1,62 1,35 2,97 226,23 229,20 13,31 202,58<br />

40 6,50 6,67 1,35 1,13 2,48 202,58 205,06 11,93 181,20<br />

41 6,67 6,83 1,13 0,96 2,09 181,20 183,30 10,68 161,93<br />

42 6,83 7,00 0,96 0,83 1,80 161,93 163,73 9,56 144,61<br />

43 7,00 7,17 0,83 0,22 1,05 144,61 145,66 8,52 128,63<br />

163


APÊNDICE B<br />

Tabela B.11 - Propagação da vazão <strong>de</strong> saída do reservatório para o cenário futuro I no<br />

trecho natural do córrego<br />

Tempo<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

1 0,00 0,17 0,22 0,45 0,67 3,73 4,40 0,26 3,88<br />

2 0,17 0,33 0,45 0,65 1,10 3,88 4,98 0,29 4,39<br />

3 0,33 0,50 0,65 1,91 2,56 4,39 6,95 0,41 6,12<br />

4 0,50 0,67 1,91 6,68 8,59 6,12 14,71 0,87 12,97<br />

5 0,67 0,83 6,68 15,00 21,68 12,97 34,65 2,05 30,56<br />

6 0,83 1,00 15,00 27,56 42,56 30,56 73,12 4,30 64,51<br />

7 1,00 1,17 27,56 42,95 70,51 64,51 135,02 7,90 119,22<br />

8 1,17 1,33 42,95 59,71 102,66 119,22 221,88 12,89 196,11<br />

9 1,33 1,50 59,71 76,43 136,14 196,11 332,25 19,12 294,01<br />

10 1,50 1,67 76,43 90,79 167,22 294,01 461,23 26,24 408,75<br />

11 1,67 1,83 90,79 99,99 190,78 408,75 599,53 33,70 532,14<br />

12 1,83 2,00 99,99 102,72 202,71 532,14 734,86 40,80 653,25<br />

13 2,00 2,17 102,72 100,20 202,92 653,25 856,17 47,02 762,13<br />

14 2,17 2,33 100,20 94,52 194,71 762,13 956,84 52,07 852,70<br />

15 2,33 2,50 94,52 87,21 181,73 852,70 1034,43 55,89 922,66<br />

16 2,50 2,67 87,21 79,14 166,36 922,66 1089,01 58,54 971,93<br />

17 2,67 2,83 79,14 70,83 149,98 971,93 1121,91 60,12 1001,66<br />

18 2,83 3,00 70,83 62,70 133,53 1001,66 1135,19 60,76 1013,67<br />

19 3,00 3,17 62,70 55,02 117,72 1013,67 1131,39 60,58 1010,23<br />

20 3,17 3,33 55,02 47,90 102,92 1010,23 1113,16 59,70 993,75<br />

21 3,33 3,50 47,90 41,39 89,29 993,75 1083,04 58,25 966,54<br />

22 3,50 3,67 41,39 35,48 76,87 966,54 1043,41 56,33 930,76<br />

23 3,67 3,83 35,48 30,19 65,67 930,76 996,43 54,02 888,38<br />

24 3,83 4,00 30,19 25,47 55,66 888,38 944,04 51,43 841,17<br />

25 4,00 4,17 25,47 21,31 46,79 841,17 887,96 48,62 790,71<br />

26 4,17 4,33 21,31 17,70 39,01 790,71 829,72 45,68 738,37<br />

27 4,33 4,50 17,70 14,60 32,30 738,37 770,67 42,65 685,36<br />

28 4,50 4,67 14,60 11,97 26,57 685,36 711,93 39,61 632,71<br />

29 4,67 4,83 11,97 9,77 21,74 632,71 654,45 36,60 581,24<br />

30 4,83 5,00 9,77 7,92 17,69 581,24 598,93 33,66 531,60<br />

31 5,00 5,17 7,92 6,39 14,31 531,60 545,91 30,83 484,26<br />

32 5,17 5,33 6,39 5,13 11,52 484,26 495,77 28,12 439,53<br />

33 5,33 5,50 5,13 4,11 9,23 439,53 448,77 25,56 397,65<br />

34 5,50 5,67 4,11 3,29 7,39 397,65 405,04 23,16 358,72<br />

35 5,67 5,83 3,29 2,64 5,93 358,72 364,65 20,92 322,81<br />

36 5,83 6,00 2,64 2,13 4,77 322,81 327,58 18,86 289,87<br />

37 6,00 6,17 2,13 1,74 3,87 289,87 293,74 16,96 259,82<br />

38 6,17 6,33 1,74 1,43 3,16 259,82 262,98 15,22 232,54<br />

39 6,33 6,50 1,43 1,19 2,61 232,54 235,15 13,64 207,86<br />

40 6,50 6,67 1,19 1,00 2,19 207,86 210,06 12,21 185,63<br />

41 6,67 7,00 1,00 0,00 1,00 185,63 186,63 10,87 164,88<br />

164


APÊNDICE B<br />

Tabela B.12 - Propagação da vazão <strong>de</strong> saída do reservatório para o cenário futuro II para o<br />

trecho natural do córrego<br />

Tempo<br />

1<br />

t1 t2 I1 I2 I1 + I2<br />

(h) (h) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

0,00 0,17 0,22 0,50 0,72<br />

[2S1/ Dt -Q1] [2S2/ Dt + Q2] Q2 2S2/ Dt - Q2<br />

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s)<br />

3,73 4,45 0,26 3,92<br />

2 0,17 0,33 0,50 0,70 1,20 3,92 5,12 0,30 4,52<br />

3 0,33 0,50 0,70 2,13 2,83 4,52 7,35 0,43 6,48<br />

4 0,50 0,67 2,13 7,15 9,28 6,48 15,76 0,93 13,89<br />

5 0,67 0,83 7,15 15,86 23,01 13,89 36,90 2,18 32,55<br />

6 0,83 1,00 15,86 28,92 44,78 32,55 77,33 4,55 68,23<br />

7 1,00 1,17 28,92 44,90 73,82 68,23 142,05 8,31 125,43<br />

8 1,17 1,33 44,90 62,39 107,29 125,43 232,72 13,51 205,71<br />

9 1,33 1,50 62,39 79,88 142,27 205,71 347,98 19,99 307,99<br />

10 1,50 1,67 79,88 94,80 174,69 307,99 482,67 27,41 427,85<br />

11 1,67 1,83 94,80 104,07 198,87 427,85 626,73 35,14 556,45<br />

12 1,83 2,00 104,07 106,41 210,49 556,45 766,94 42,46 682,01<br />

13 2,00 2,17 106,41 103,32 209,73 682,01 891,75 48,82 794,12<br />

14 2,17 2,33 103,32 97,07 200,39 794,12 994,50 53,93 886,64<br />

15 2,33 2,50 97,07 89,28 186,35 886,64 1073,00 57,76 957,47<br />

16 2,50 2,67 89,28 80,82 170,11 957,47 1127,58 60,40 1006,79<br />

17 2,67 2,83 80,82 72,20 153,02 1006,79 1159,81 61,93 1035,94<br />

18 2,83 3,00 72,20 63,82 136,02 1035,94 1171,96 62,51 1046,93<br />

19 3,00 3,17 63,82 55,96 119,78 1046,93 1166,72 62,26 1042,19<br />

20 3,17 3,33 55,96 48,70 104,66 1042,19 1146,85 61,32 1024,22<br />

21 3,33 3,50 48,70 42,07 90,77 1024,22 1114,99 59,79 995,41<br />

22 3,50 3,67 42,07 36,08 78,15 995,41 1073,55 57,79 957,97<br />

23 3,67 3,83 36,08 30,70 66,78 957,97 1024,75 55,41 913,92<br />

24 3,83 4,00 30,70 25,92 56,63 913,92 970,55 52,75 865,06<br />

25 4,00 4,17 25,92 21,71 47,63 865,06 912,68 49,87 812,95<br />

26 4,17 4,33 21,71 18,04 39,74 812,95 852,69 46,84 759,01<br />

27 4,33 4,50 18,04 14,89 32,93 759,01 791,93 43,75 704,44<br />

28 4,50 4,67 14,89 12,22 27,11 704,44 731,55 40,63 650,29<br />

29 4,67 4,83 12,22 9,98 22,20 650,29 672,49 37,55 597,39<br />

30 4,83 5,00 9,98 8,10 18,08 597,39 615,47 34,54 546,39<br />

31 5,00 5,17 8,10 6,54 14,64 546,39 561,03 31,64 497,75<br />

32 5,17 5,33 6,54 5,26 11,80 497,75 509,55 28,87 451,81<br />

33 5,33 5,50 5,26 4,22 9,47 451,81 461,29 26,24 408,80<br />

34 5,50 5,67 4,22 3,38 7,60 408,80 416,40 23,78 368,83<br />

35 5,67 5,83 3,38 2,72 6,11 368,83 374,93 21,49 331,95<br />

36 5,83 6,00 2,72 2,20 4,93 331,95 336,88 19,38 298,12<br />

37 6,00 6,17 2,20 1,80 4,00 298,12 302,13 17,43 267,27<br />

38 6,17 6,33 1,80 1,49 3,29 267,27 270,55 15,65 239,25<br />

39 6,33 6,50 1,49 1,24 2,73 239,25 241,98 14,03 213,92<br />

40 6,50 6,67 1,24 1,06 2,30 213,92 216,21 12,57 191,08<br />

41 6,67 7,00 1,06 0,00 1,06 191,08 192,14 11,19 169,76<br />

As vazões <strong>de</strong> saída no final do trecho natural do córrego foram somadas as vazões do<br />

hidrograma da área ao longo do trecho natural do córrego, e propagadas no trecho canalizado<br />

do córrego. As vazões resultantes da propagação, penúltima coluna das tabelas B.14, B. 13 e<br />

B.15, foram somadas as vazões da área ao lo ngo do trecho canalizado, fornecendo ao<br />

hidrograma resultante da inserção da estrutura <strong>de</strong> retenção na bacia em estudo.<br />

165


APÊNDICE B<br />

Determinação do hidrograma da bacia com a inserção do reservatório <strong>de</strong> retenção<br />

Tabela B.13 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário atual<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,089<br />

20<br />

1,754<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 85<br />

1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174<br />

120<br />

0,087<br />

Soma<br />

7,830<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

Vazão do<br />

Res. (m³/s)<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

0 0,00 0,00 1,05 0,00 1,05<br />

10 0,14 0,012 0,01 1,05 1,24 2,30<br />

20 0,41 0,036 0,246 0,28 1,05 1,88 3,21<br />

30 0,85 0,075 0,719 0,271 1,07 1,05 4,39 6,51<br />

40 1,41 0,125 1,491 0,794 0,164 2,57 1,05 10,57 14,20<br />

50 1,83 0,162 2,474 1,645 0,482 0,104 4,87 1,05 21,84 27,76<br />

60 1,99 0,176 3,211 2,729 0,998 0,304 0,079 7,50 1,05 37,21 45,76<br />

70 1,98 0,175 3,491 3,542 1,656 0,629 0,230 0,069 9,79 1,05 55,07 65,91<br />

80 1,78 0,158 3,474 3,851 2,149 1,044 0,477 0,202 0,042 11,40 1,05 74,12 86,56<br />

90 1,54 0,136 3,123 3,832 2,337 1,355 0,791 0,418 0,124 0,036 12,15 1,05 91,69 104,90<br />

100 1,19 0,105 2,702 3,445 2,325 1,473 1,027 0,694 0,256 0,106 0,036 12,17 1,05 105,56 118,78<br />

110 0,88 0,078 2,088 2,981 2,090 1,466 1,117 0,900 0,425 0,221 0,107 0,024 11,50 1,05 114,83 127,38<br />

120 0,68 0,060 1,544 2,303 1,809 1,318 1,111 0,979 0,552 0,366 0,222 0,071 0,012 10,35 1,05 119,53 130,93<br />

130 0,53 0,047 1,193 1,703 1,398 1,140 0,999 0,974 0,600 0,475 0,367 0,148 0,036 9,08 1,05 120,43 130,56<br />

140 0,41 0,036 0,930 1,316 1,033 0,881 0,864 0,876 0,597 0,517 0,477 0,246 0,074 7,85 1,05 118,61 127,51<br />

150 0,20 0,018 0,719 1,026 0,799 0,652 0,668 0,758 0,537 0,514 0,519 0,319 0,123 6,65 1,05 115,02 122,71<br />

160 0,25 0,022 0,351 0,794 0,622 0,503 0,494 0,586 0,464 0,462 0,516 0,347 0,160 5,32 1,05 110,22 116,59<br />

170 0,19 0,017 0,439 0,387 0,482 0,392 0,382 0,433 0,359 0,400 0,464 0,345 0,174 4,27 1,05 104,58 109,90<br />

180 0,15 0,013 0,333 0,484 0,235 0,304 0,297 0,335 0,265 0,309 0,401 0,310 0,173 3,46 1,05 98,43 102,94<br />

190 0,11 0,010 0,263 0,368 0,294 0,148 0,230 0,261 0,205 0,228 0,310 0,268 0,155 2,74 1,05 92,06 95,85<br />

200 0,09 0,008 0,193 0,290 0,223 0,185 0,112 0,202 0,160 0,177 0,229 0,207 0,134 2,12 1,05 85,73 88,91<br />

210 0,07 0,006 0,158 0,213 0,176 0,141 0,140 0,098 0,124 0,138 0,177 0,153 0,104 1,63 1,05 79,68 82,35<br />

220 0,05 0,004 0,123 0,174 0,129 0,111 0,107 0,123 0,060 0,106 0,138 0,118 0,077 1,27 1,05 74,03 76,35<br />

230 0,04 0,004 0,088 0,135 0,106 0,081 0,084 0,093 0,075 0,052 0,107 0,092 0,059 0,98 1,05 68,82 70,85<br />

240 0,03 0,003 0,073 0,097 0,082 0,067 0,062 0,074 0,057 0,065 0,052 0,071 0,046 0,75 1,05 64,00 65,80<br />

250 0,03 0,002 0,056 0,080 0,059 0,052 0,050 0,054 0,045 0,049 0,065 0,035 0,036 0,58 1,05 59,50 61,13<br />

260 0,02 0,002 0,044 0,062 0,049 0,037 0,039 0,044 0,033 0,039 0,050 0,044 0,017 0,46 1,05 55,27 56,78<br />

270 0,02 0,001 0,035 0,048 0,038 0,031 0,028 0,034 0,027 0,029 0,039 0,033 0,022 0,37 1,05 51,26 52,68<br />

280 0,01 0,001 0,029 0,039 0,029 0,024 0,023 0,025 0,021 0,023 0,029 0,026 0,017 0,29 1,05 47,46 48,79<br />

290 0,01 0,001 0,022 0,032 0,024 0,019 0,018 0,020 0,015 0,018 0,023 0,019 0,013 0,22 1,05 43,84 45,12<br />

300 0,01 0,001 0,016 0,024 0,019 0,015 0,014 0,016 0,012 0,013 0,018 0,016 0,010 0,17 1,05 40,40 41,63<br />

310 0,00 0,000 0,010 0,017 0,015 0,012 0,011 0,012 0,010 0,011 0,013 0,012 0,008 0,13 1,05 37,13 38,31<br />

320 0,00 0,000 0,005 0,011 0,011 0,009 0,009 0,010 0,008 0,008 0,011 0,009 0,006 0,10 1,05 34,02 35,17<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,005 0,007 0,007 0,007 0,008 0,006 0,006 0,008 0,007 0,004 0,07 1,05 31,07 32,18<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,003 0,004 0,005 0,006 0,005 0,005 0,007 0,006 0,004 0,04 1,05 28,30 29,39<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,003 0,004 0,004 0,004 0,005 0,004 0,003 0,03 1,05 25,72 26,80<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,003 0,003 0,003 0,004 0,003 0,002 0,02 1,05 23,34 24,41<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,003 0,003 0,002 0,01 1,05 21,15 22,21<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,002 0,001 0,01 1,05 19,14 20,20<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,001 0,00 1,05 17,31 18,36<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,001 0,00 1,05 15,64 16,70<br />

410 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,00 1,05 14,13 15,18<br />

420 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 1,05 12,76 13,81<br />

162


APÊNDICE B<br />

Tabela B.14 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro I<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

0<br />

Hidrogram<br />

a unitário<br />

(m³/s)<br />

0,00<br />

10<br />

0,218<br />

20<br />

2,192<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 89<br />

2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181<br />

120<br />

0,091<br />

Soma<br />

8,828<br />

0,00<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

1,05<br />

Vazão do<br />

Res. (m³/s)<br />

0,00<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

1,05<br />

10 0,16 0,035 0,03 1,05 1,28 2,37<br />

20 0,48 0,105 0,351 0,46 1,05 2,31 3,81<br />

30 0,99 0,216 1,052 0,342 1,61 1,05 6,11 8,77<br />

40 1,61 0,352 2,170 1,027 0,201 3,75 1,05 14,94 19,74<br />

50 2,00 0,437 3,529 2,118 0,604 0,125 6,81 1,05 30,44 38,30<br />

60 2,11 0,461 4,384 3,445 1,246 0,376 0,095 10,01 1,05 51,86 62,92<br />

70 2,00 0,437 4,625 4,279 2,026 0,776 0,284 0,083 12,51 1,05 75,74 89,30<br />

80 1,76 0,384 4,384 4,514 2,516 1,262 0,585 0,248 0,050 13,94 1,05 98,13 113,13<br />

90 1,44 0,315 3,858 4,279 2,655 1,568 0,951 0,511 0,151 0,043 14,33 1,05 116,38 131,76<br />

100 1,05 0,229 3,156 3,765 2,516 1,654 1,181 0,830 0,312 0,130 0,043 13,82 1,05 129,25 144,12<br />

110 0,78 0,170 2,302 3,081 2,214 1,568 1,246 1,032 0,508 0,268 0,130 0,029 12,55 1,05 136,37 149,97<br />

120 0,59 0,129 1,710 2,246 1,812 1,380 1,181 1,088 0,630 0,436 0,269 0,087 0,015 10,98 1,05 138,35 150,38<br />

130 0,47 0,103 1,293 1,669 1,321 1,129 1,040 1,032 0,665 0,542 0,437 0,180 0,044 9,45 1,05 136,67 147,17<br />

140 0,36 0,079 1,030 1,262 0,981 0,823 0,851 0,908 0,630 0,572 0,543 0,292 0,090 8,06 1,05 132,70 141,81<br />

150 0,27 0,059 0,789 1,006 0,742 0,612 0,620 0,743 0,555 0,542 0,573 0,363 0,146 6,75 1,05 127,22 135,02<br />

160 0,21 0,046 0,592 0,770 0,591 0,463 0,461 0,542 0,454 0,477 0,543 0,383 0,182 5,50 1,05 120,64 127,19<br />

170 0,15 0,033 0,460 0,578 0,453 0,369 0,348 0,402 0,331 0,390 0,478 0,363 0,191 4,40 1,05 113,35 118,80<br />

180 0,12 0,026 0,329 0,449 0,340 0,282 0,278 0,304 0,246 0,284 0,391 0,319 0,182 3,43 1,05 105,76 110,24<br />

190 0,09 0,020 0,263 0,321 0,264 0,212 0,213 0,242 0,186 0,211 0,285 0,261 0,160 2,64 1,05 98,19 101,88<br />

200 0,06 0,013 0,197 0,257 0,189 0,165 0,159 0,186 0,148 0,160 0,212 0,190 0,131 2,01 1,05 90,93 93,99<br />

210 0,05 0,011 0,132 0,193 0,151 0,118 0,124 0,139 0,113 0,127 0,160 0,141 0,095 1,50 1,05 84,17 86,73<br />

220 0,04 0,009 0,110 0,128 0,113 0,094 0,089 0,108 0,085 0,098 0,128 0,107 0,071 1,14 1,05 77,99 80,18<br />

230 0,03 0,007 0,088 0,107 0,075 0,071 0,071 0,077 0,066 0,073 0,098 0,085 0,054 0,87 1,05 72,35 74,27<br />

240 0,02 0,004 0,066 0,086 0,063 0,047 0,053 0,062 0,047 0,057 0,073 0,065 0,043 0,67 1,05 67,15 68,87<br />

250 0,02 0,004 0,044 0,064 0,050 0,039 0,035 0,046 0,038 0,041 0,057 0,049 0,033 0,50 1,05 62,24 63,79<br />

260 0,01 0,002 0,044 0,043 0,038 0,031 0,030 0,031 0,028 0,033 0,041 0,038 0,025 0,38 1,05 57,58 59,01<br />

270 0,01 0,002 0,022 0,043 0,025 0,024 0,024 0,026 0,019 0,024 0,033 0,027 0,019 0,29 1,05 53,28 54,62<br />

280 0,01 0,002 0,022 0,021 0,025 0,016 0,018 0,021 0,016 0,016 0,024 0,022 0,014 0,22 1,05 49,27 50,53<br />

290 0,00 0,001 0,015 0,021 0,013 0,016 0,012 0,015 0,013 0,014 0,016 0,016 0,011 0,16 1,05 45,46 46,67<br />

300 0,00 0,000 0,007 0,015 0,013 0,008 0,012 0,010 0,009 0,011 0,014 0,011 0,008 0,12 1,05 41,81 42,98<br />

310 0,00 0,000 0,000 0,006 0,009 0,008 0,006 0,010 0,006 0,008 0,011 0,009 0,005 0,08 1,05 38,35 39,48<br />

320 0,00 0,000 0,000 0,000 0,004 0,005 0,006 0,005 0,006 0,005 0,008 0,007 0,005 0,05 1,05 35,07 36,17<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,004 0,005 0,003 0,005 0,005 0,005 0,004 0,03 1,05 31,98 33,06<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,004 0,003 0,003 0,005 0,004 0,003 0,02 1,05 29,09 30,17<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,002 0,003 0,003 0,004 0,002 0,01 1,05 26,42 27,49<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,003 0,002 0,002 0,01 1,05 23,96 25,02<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,001 0,01 1,05 21,70 22,75<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,001 0,00 1,05 19,62 20,67<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,00 1,05 17,73 18,78<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 1,05 16,00 17,05<br />

163


APÊNDICE B<br />

Tabela B.15 - Hidrograma da bacia com inserção do reservatório para o cenário futuro II<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

0<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

0,00<br />

10<br />

0,265<br />

20<br />

2,307<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 90<br />

2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183<br />

120<br />

0,091<br />

Soma<br />

9,087<br />

0,00<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

1,05<br />

Vazão do<br />

Res. (m³/s)<br />

0,00<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

1,05<br />

10 0,16 0,042 0,04 1,05 1,30 2,39<br />

20 0,48 0,127 0,369 0,50 1,05 2,42 3,96<br />

30 0,99 0,263 1,107 0,350 1,72 1,05 6,48 9,25<br />

40 1,61 0,427 2,284 1,050 0,204 3,97 1,05 15,81 20,83<br />

50 2,00 0,530 3,714 2,165 0,613 0,127 7,15 1,05 32,05 40,25<br />

60 2,11 0,560 4,614 3,521 1,264 0,381 0,096 10,44 1,05 54,31 65,80<br />

70 2,00 0,530 4,868 4,374 2,056 0,786 0,287 0,083 12,98 1,05 78,95 92,98<br />

80 1,76 0,467 4,614 4,615 2,554 1,278 0,591 0,250 0,051 14,42 1,05 101,91 117,38<br />

90 1,44 0,382 4,061 4,374 2,694 1,587 0,961 0,516 0,153 0,044 14,77 1,05 120,51 136,33<br />

100 1,05 0,279 3,322 3,849 2,554 1,675 1,194 0,839 0,315 0,131 0,044 14,20 1,05 133,54 148,79<br />

110 0,78 0,207 2,422 3,149 2,247 1,587 1,260 1,042 0,512 0,271 0,131 0,029 12,86 1,05 140,65 154,56<br />

120 0,59 0,156 1,800 2,296 1,839 1,397 1,194 1,099 0,636 0,440 0,271 0,088 0,015 11,23 1,05 142,50 154,78<br />

130 0,47 0,125 1,361 1,706 1,341 1,143 1,051 1,042 0,671 0,547 0,441 0,181 0,044 9,65 1,05 140,63 151,33<br />

140 0,36 0,095 1,084 1,290 0,996 0,833 0,860 0,917 0,636 0,577 0,548 0,294 0,091 8,22 1,05 136,44 145,71<br />

150 0,27 0,072 0,831 1,028 0,753 0,619 0,627 0,750 0,560 0,547 0,578 0,366 0,147 6,88 1,05 130,72 138,65<br />

160 0,21 0,056 0,623 0,787 0,600 0,468 0,466 0,547 0,458 0,481 0,548 0,386 0,183 5,60 1,05 123,89 130,55<br />

170 0,15 0,040 0,484 0,591 0,460 0,373 0,352 0,406 0,334 0,394 0,482 0,366 0,193 4,47 1,05 116,35 121,88<br />

180 0,12 0,032 0,346 0,459 0,345 0,286 0,281 0,307 0,248 0,287 0,394 0,322 0,183 3,49 1,05 108,52 113,06<br />

190 0,09 0,024 0,277 0,328 0,268 0,214 0,215 0,245 0,188 0,213 0,288 0,263 0,161 2,68 1,05 100,72 104,45<br />

200 0,06 0,016 0,208 0,262 0,192 0,167 0,161 0,188 0,150 0,161 0,214 0,192 0,132 2,04 1,05 93,24 96,34<br />

210 0,05 0,013 0,138 0,197 0,153 0,119 0,125 0,141 0,115 0,128 0,162 0,143 0,096 1,53 1,05 86,29 88,87<br />

220 0,04 0,011 0,115 0,131 0,115 0,095 0,090 0,109 0,086 0,098 0,129 0,108 0,071 1,16 1,05 79,94 82,15<br />

230 0,03 0,008 0,092 0,109 0,077 0,071 0,072 0,078 0,067 0,074 0,099 0,086 0,054 0,89 1,05 74,15 76,09<br />

240 0,02 0,005 0,069 0,087 0,064 0,048 0,054 0,063 0,048 0,057 0,074 0,066 0,043 0,68 1,05 68,82 70,54<br />

250 0,02 0,005 0,046 0,066 0,051 0,040 0,036 0,047 0,038 0,041 0,058 0,049 0,033 0,51 1,05 63,77 65,33<br />

260 0,01 0,003 0,046 0,044 0,038 0,032 0,030 0,031 0,029 0,033 0,041 0,038 0,025 0,39 1,05 59,00 60,44<br />

270 0,01 0,003 0,023 0,044 0,026 0,024 0,024 0,026 0,019 0,025 0,033 0,027 0,019 0,29 1,05 54,60 55,94<br />

280 0,01 0,002 0,023 0,022 0,026 0,016 0,018 0,021 0,016 0,016 0,025 0,022 0,014 0,22 1,05 50,49 51,76<br />

290 0,00 0,001 0,016 0,022 0,013 0,016 0,012 0,016 0,013 0,014 0,016 0,016 0,011 0,17 1,05 46,59 47,80<br />

300 0,00 0,000 0,007 0,015 0,013 0,008 0,012 0,010 0,010 0,011 0,014 0,011 0,008 0,12 1,05 42,86 44,03<br />

310 0,00 0,000 0,000 0,007 0,009 0,008 0,006 0,010 0,006 0,008 0,011 0,009 0,005 0,08 1,05 39,31 40,44<br />

320 0,00 0,000 0,000 0,000 0,004 0,006 0,006 0,005 0,006 0,005 0,008 0,007 0,005 0,05 1,05 35,95 37,06<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,004 0,005 0,003 0,005 0,005 0,005 0,004 0,04 1,05 32,79 33,87<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,004 0,003 0,003 0,005 0,004 0,003 0,02 1,05 29,84 30,91<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,002 0,003 0,003 0,004 0,002 0,01 1,05 27,10 28,17<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,003 0,002 0,002 0,01 1,05 24,58 25,64<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,002 0,001 0,01 1,05 22,26 23,32<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,001 0,00 1,05 20,13 21,19<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,001 0,00 1,05 18,19 19,24<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 1,05 16,42 17,47<br />

164


APÊNDICE B<br />

Tabela B.16 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário <strong>de</strong> pré-urbanização<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

10<br />

0,003<br />

20<br />

1,093<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 78<br />

1,555 1,005 0,649 0,498 0,440 0,272 0,235 0,236 0,158<br />

120<br />

0,079<br />

Soma<br />

6,224<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

0 0,00 1,05 1,05<br />

10 2,31 0,006 0,01 1,05 1,06<br />

20 6,76 0,018 2,526 2,54 1,05 3,59<br />

30 13,82 0,037 7,392 3,593 11,02 1,05 12,07<br />

40 23,42 0,062 15,112 10,513 2,321 28,01 1,05 29,06<br />

50 31,29 0,083 25,609 21,493 6,794 1,499 55,48 1,05 56,53<br />

60 35,53 0,095 34,215 36,424 13,889 4,386 1,150 90,16 1,05 91,21<br />

70 35,94 0,096 38,851 48,664 23,536 8,966 3,366 1,017 124,50 1,05 125,55<br />

80 33,81 0,090 39,299 55,258 31,446 15,194 6,881 2,978 0,627 151,77 1,05 152,82<br />

90 29,99 0,080 36,970 55,895 35,707 20,299 11,662 6,087 1,836 0,542 169,08 1,05 170,13<br />

100 25,07 0,067 32,793 52,583 36,119 23,050 15,580 10,316 3,753 1,586 0,546 176,39 1,05 177,44<br />

110 18,98 0,051 27,413 46,642 33,978 23,316 17,692 13,782 6,360 3,243 1,598 0,366 174,44 1,05 175,49<br />

120 14,51 0,039 20,754 38,990 30,139 21,934 17,896 15,650 8,497 5,496 3,267 1,071 0,184 163,92 1,05 164,97<br />

130 11,35 0,030 15,866 29,518 25,195 19,456 16,835 15,830 9,648 7,343 5,536 2,190 0,537 147,99 1,05 149,04<br />

140 9,05 0,024 12,411 22,567 19,074 16,264 14,933 14,892 9,759 8,338 7,396 3,712 1,099 130,47 1,05 131,52<br />

150 7,16 0,019 9,896 17,652 14,582 12,313 12,483 13,210 9,181 8,435 8,398 4,959 1,862 112,99 1,05 114,04<br />

160 5,55 0,015 7,829 14,075 11,406 9,413 9,451 11,043 8,144 7,935 8,495 5,631 2,488 95,92 1,05 96,97<br />

170 4,40 0,012 6,069 11,136 9,095 7,363 7,225 8,360 6,808 7,038 7,992 5,696 2,825 79,62 1,05 80,67<br />

180 3,46 0,009 4,811 8,632 7,196 5,871 5,652 6,391 5,154 5,884 7,089 5,358 2,857 64,90 1,05 65,95<br />

190 2,69 0,007 3,783 6,843 5,578 4,645 4,506 4,999 3,940 4,454 5,926 4,753 2,688 52,12 1,05 53,17<br />

200 2,10 0,006 2,941 5,381 4,422 3,601 3,565 3,986 3,082 3,405 4,486 3,973 2,384 41,23 1,05 42,28<br />

210 1,66 0,004 2,296 4,184 3,477 2,854 2,764 3,154 2,458 2,664 3,430 3,008 1,993 32,29 1,05 33,34<br />

220 1,31 0,003 1,815 3,266 2,703 2,245 2,191 2,445 1,944 2,124 2,683 2,299 1,509 25,23 1,05 26,28<br />

230 1,03 0,003 1,432 2,582 2,110 1,745 1,723 1,938 1,507 1,680 2,139 1,799 1,154 19,81 1,05 20,86<br />

240 0,81 0,002 1,126 2,037 1,668 1,362 1,339 1,524 1,195 1,302 1,692 1,434 0,902 15,59 1,05 16,64<br />

250 0,64 0,002 0,886 1,602 1,317 1,077 1,046 1,185 0,940 1,033 1,312 1,135 0,719 12,25 1,05 13,30<br />

260 0,50 0,001 0,700 1,260 1,035 0,850 0,827 0,925 0,730 0,812 1,040 0,880 0,569 9,63 1,05 10,68<br />

270 0,40 0,001 0,547 0,995 0,814 0,668 0,652 0,731 0,570 0,631 0,818 0,697 0,441 7,57 1,05 8,62<br />

280 0,33 0,001 0,437 0,778 0,643 0,525 0,513 0,577 0,451 0,493 0,636 0,548 0,350 5,95 1,05 7,00<br />

290 0,26 0,001 0,361 0,622 0,502 0,415 0,403 0,454 0,356 0,390 0,496 0,426 0,275 4,70 1,05 5,75<br />

300 0,20 0,001 0,284 0,513 0,402 0,324 0,319 0,357 0,280 0,307 0,392 0,333 0,214 3,73 1,05 4,78<br />

310 0,14 0,000 0,219 0,404 0,332 0,259 0,249 0,282 0,220 0,242 0,310 0,263 0,167 2,95 1,05 4,00<br />

320 0,09 0,000 0,153 0,311 0,261 0,214 0,199 0,220 0,174 0,190 0,243 0,208 0,132 2,31 1,05 3,36<br />

330 0,04 0,000 0,098 0,218 0,201 0,169 0,164 0,176 0,136 0,150 0,191 0,163 0,104 1,77 1,05 2,82<br />

340 0,00 0,000 0,044 0,140 0,141 0,130 0,129 0,145 0,109 0,117 0,151 0,128 0,082 1,32 1,05 2,37<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,062 0,090 0,091 0,100 0,115 0,090 0,094 0,118 0,101 0,064 0,93 1,05 1,98<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,040 0,058 0,070 0,088 0,071 0,077 0,095 0,079 0,051 0,63 1,05 1,68<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,026 0,045 0,062 0,054 0,061 0,078 0,063 0,040 0,43 1,05 1,48<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,020 0,040 0,038 0,047 0,061 0,052 0,032 0,29 1,05 1,34<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,018 0,024 0,033 0,047 0,041 0,026 0,19 1,05 1,24<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,011 0,021 0,033 0,032 0,021 0,12 1,05 1,17<br />

410 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,021 0,022 0,016 0,07 1,05 1,12<br />

420 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,014 0,011 0,03 1,05 1,08<br />

430 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,006 0,007 0,01 1,05 1,06<br />

440 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,00 1,05 1,05<br />

165


APÊNDICE B<br />

Tabela B.17 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário atual<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

0<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

0,00<br />

10<br />

0,089<br />

20<br />

1,754<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 85<br />

1,935 1,174 0,740 0,561 0,492 0,302 0,260 0,261 0,174<br />

120<br />

0,087<br />

Soma<br />

7,830<br />

0,00<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

1,05<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

1,05<br />

10 2,66 0,236 0,24 1,05 1,29<br />

20 7,85 0,695 4,667 5,36 1,05 6,41<br />

30 16,07 1,423 13,772 5,148 20,34 1,05 21,39<br />

40 26,75 2,369 28,194 15,193 3,124 48,88 1,05 49,93<br />

50 34,68 3,072 46,931 31,102 9,219 1,969 92,29 1,05 93,34<br />

60 37,75 3,343 60,844 51,773 18,873 5,812 1,493 142,14 1,05 143,19<br />

70 37,60 3,330 66,230 67,121 31,415 11,898 4,405 1,309 185,71 1,05 186,76<br />

80 33,84 2,997 65,967 73,062 40,728 19,805 9,017 3,862 0,802 216,24 1,05 217,29<br />

90 29,15 2,582 59,370 72,772 44,334 25,676 15,010 7,907 2,367 0,691 230,71 1,05 231,76<br />

100 22,66 2,007 51,142 65,495 44,158 27,948 19,459 13,162 4,846 2,038 0,693 230,95 1,05 232,00<br />

110 16,77 1,485 39,755 56,418 39,742 27,837 21,182 17,063 8,066 4,172 2,046 0,464 218,23 1,05 219,28<br />

120 12,91 1,143 29,422 43,857 34,234 25,054 21,098 18,574 10,457 6,944 4,188 1,368 0,232 196,57 1,05 197,62<br />

130 10,07 0,892 22,650 32,457 26,612 21,581 18,988 18,500 11,383 9,003 6,971 2,800 0,685 172,52 1,05 173,57<br />

140 7,89 0,699 17,667 24,986 19,695 16,776 16,356 16,650 11,338 9,800 9,037 4,661 1,403 149,07 1,05 150,12<br />

150 6,10 0,540 13,842 19,490 15,162 12,416 12,715 14,342 10,204 9,761 9,837 6,043 2,335 126,69 1,05 127,74<br />

160 4,73 0,419 10,702 15,271 11,826 9,558 9,410 11,149 8,790 8,785 9,798 6,578 3,027 105,31 1,05 106,36<br />

170 3,67 0,325 8,298 11,806 9,266 7,455 7,244 8,251 6,833 7,567 8,818 6,552 3,295 85,71 1,05 86,76<br />

180 2,83 0,251 6,439 9,155 7,164 5,841 5,650 6,352 5,057 5,883 7,596 5,897 3,282 68,57 1,05 69,62<br />

190 2,17 0,192 4,965 7,103 5,555 4,516 4,427 4,955 3,893 4,354 5,905 5,079 2,953 53,90 1,05 54,95<br />

200 1,69 0,150 3,807 5,477 4,310 3,502 3,423 3,882 3,037 3,351 4,370 3,948 2,544 41,80 1,05 42,85<br />

210 1,32 0,117 2,965 4,200 3,324 2,717 2,654 3,001 2,379 2,614 3,364 2,922 1,978 32,24 1,05 33,29<br />

220 1,02 0,090 2,316 3,271 2,548 2,095 2,059 2,327 1,839 2,048 2,624 2,250 1,464 24,93 1,05 25,98<br />

230 0,79 0,070 1,790 2,555 1,985 1,607 1,588 1,806 1,426 1,584 2,056 1,755 1,127 19,35 1,05 20,40<br />

240 0,61 0,054 1,386 1,974 1,550 1,251 1,218 1,392 1,107 1,228 1,590 1,375 0,879 15,00 1,05 16,05<br />

250 0,48 0,043 1,070 1,529 1,198 0,977 0,948 1,068 0,853 0,953 1,233 1,063 0,689 11,62 1,05 12,67<br />

260 0,38 0,034 0,842 1,181 0,928 0,755 0,741 0,832 0,654 0,735 0,956 0,824 0,532 9,01 1,05 10,06<br />

270 0,31 0,027 0,667 0,929 0,716 0,585 0,572 0,649 0,510 0,563 0,737 0,639 0,413 7,01 1,05 8,06<br />

280 0,24 0,021 0,544 0,735 0,564 0,452 0,443 0,502 0,398 0,439 0,565 0,493 0,320 5,48 1,05 6,53<br />

290 0,17 0,015 0,421 0,600 0,446 0,355 0,342 0,389 0,308 0,343 0,440 0,378 0,247 4,28 1,05 5,33<br />

300 0,11 0,010 0,298 0,465 0,364 0,281 0,269 0,300 0,238 0,265 0,344 0,294 0,189 3,32 1,05 4,37<br />

310 0,05 0,004 0,193 0,329 0,282 0,230 0,213 0,236 0,184 0,205 0,266 0,230 0,147 2,52 1,05 3,57<br />

320 0,00 0,000 0,088 0,213 0,200 0,178 0,174 0,187 0,145 0,158 0,206 0,178 0,115 1,84 1,05 2,89<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,097 0,129 0,126 0,135 0,153 0,115 0,125 0,159 0,138 0,089 1,26 1,05 2,31<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,059 0,081 0,095 0,118 0,093 0,099 0,125 0,106 0,069 0,85 1,05 1,90<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,037 0,062 0,084 0,072 0,080 0,099 0,084 0,053 0,57 1,05 1,62<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,028 0,054 0,051 0,062 0,081 0,066 0,042 0,38 1,05 1,43<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,025 0,033 0,044 0,063 0,054 0,033 0,25 1,05 1,30<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,015 0,029 0,044 0,042 0,027 0,16 1,05 1,21<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013 0,029 0,030 0,021 0,09 1,05 1,14<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,013 0,019 0,015 0,05 1,05 1,10<br />

410 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,009 0,010 0,02 1,05 1,07<br />

420 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,004 0,00 1,05 1,05<br />

166


APÊNDICE B<br />

Tabela B.18 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro I<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

0<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

0,00<br />

10<br />

0,218<br />

20<br />

2,192<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 89<br />

2,139 1,258 0,784 0,591 0,516 0,315 0,271 0,272 0,181<br />

120<br />

0,091<br />

Soma<br />

8,828<br />

0,00<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

1,05<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

1,05<br />

10 3,07 0,671 0,67 1,05 1,72<br />

20 9,18 2,005 6,729 8,73 1,05 9,78<br />

30 18,77 4,100 20,122 6,568 30,79 1,05 31,84<br />

40 30,64 6,693 41,142 19,640 3,862 71,34 1,05 72,39<br />

50 38,03 8,308 67,160 40,158 11,550 2,407 129,58 1,05 130,63<br />

60 40,06 8,751 83,358 65,553 23,615 7,198 1,813 190,29 1,05 191,34<br />

70 38,12 8,327 87,808 81,364 38,549 14,717 5,422 1,583 237,77 1,05 238,82<br />

80 33,48 7,314 83,556 85,707 47,846 24,023 11,086 4,735 0,968 265,23 1,05 266,28<br />

90 27,37 5,979 73,385 81,556 50,400 29,817 18,097 9,681 2,894 0,832 272,64 1,05 273,69<br />

100 19,90 4,347 59,993 71,629 47,960 31,409 22,462 15,803 5,917 2,487 0,834 262,84 1,05 263,89<br />

110 14,92 3,259 43,619 58,557 42,122 29,888 23,661 19,615 9,658 5,085 2,492 0,557 238,51 1,05 239,56<br />

120 11,30 2,468 32,703 42,575 34,435 26,250 22,515 20,662 11,988 8,300 5,096 1,665 0,279 208,94 1,05 209,99<br />

130 8,85 1,933 24,769 31,921 25,037 21,459 19,775 19,661 12,628 10,302 8,319 3,403 0,833 180,04 1,05 181,09<br />

140 6,75 1,475 19,398 24,176 18,771 15,603 16,166 17,268 12,016 10,852 10,325 5,556 1,703 153,31 1,05 154,36<br />

150 5,13 1,121 14,795 18,934 14,217 11,698 11,754 14,117 10,554 10,326 10,876 6,896 2,781 128,07 1,05 129,12<br />

160 3,92 0,856 11,245 14,441 11,134 8,860 8,812 10,264 8,628 9,070 10,350 7,264 3,451 104,37 1,05 105,42<br />

170 2,97 0,649 8,592 10,975 8,492 6,939 6,674 7,695 6,273 7,414 9,090 6,912 3,636 83,34 1,05 84,39<br />

180 2,23 0,487 6,510 8,387 6,454 5,292 5,227 5,828 4,703 5,391 7,431 6,071 3,459 65,24 1,05 66,29<br />

190 1,72 0,376 4,888 6,354 4,932 4,022 3,987 4,565 3,562 4,042 5,403 4,963 3,038 50,13 1,05 51,18<br />

200 1,32 0,288 3,770 4,771 3,737 3,073 3,030 3,481 2,790 3,061 4,051 3,608 2,484 38,14 1,05 39,19<br />

210 1,01 0,221 2,893 3,680 2,806 2,329 2,315 2,646 2,128 2,397 3,068 2,705 1,806 28,99 1,05 30,04<br />

220 0,77 0,168 2,214 2,824 2,164 1,748 1,754 2,022 1,617 1,829 2,403 2,049 1,354 22,15 1,05 23,20<br />

230 0,58 0,127 1,688 2,161 1,661 1,349 1,317 1,532 1,236 1,390 1,833 1,605 1,025 16,92 1,05 17,97<br />

240 0,45 0,098 1,271 1,647 1,271 1,035 1,016 1,150 0,936 1,062 1,393 1,224 0,803 12,91 1,05 13,96<br />

250 0,36 0,079 0,986 1,241 0,969 0,792 0,780 0,887 0,703 0,805 1,064 0,930 0,613 9,85 1,05 10,90<br />

260 0,28 0,061 0,789 0,963 0,730 0,604 0,597 0,681 0,542 0,604 0,806 0,711 0,466 7,55 1,05 8,60<br />

270 0,20 0,044 0,614 0,770 0,566 0,455 0,455 0,521 0,416 0,466 0,605 0,539 0,356 5,81 1,05 6,86<br />

280 0,14 0,031 0,438 0,599 0,453 0,353 0,343 0,397 0,318 0,358 0,467 0,404 0,270 4,43 1,05 5,48<br />

290 0,07 0,015 0,307 0,428 0,352 0,282 0,266 0,299 0,243 0,274 0,358 0,312 0,202 3,34 1,05 4,39<br />

300 0,00 0,001 0,153 0,300 0,252 0,220 0,213 0,232 0,183 0,209 0,274 0,239 0,156 2,43 1,05 3,48<br />

310 0,00 0,000 0,009 0,150 0,176 0,157 0,165 0,186 0,142 0,157 0,209 0,183 0,120 1,65 1,05 2,70<br />

320 0,00 0,000 0,000 0,009 0,088 0,110 0,118 0,144 0,113 0,122 0,157 0,140 0,092 1,09 1,05 2,14<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,000 0,005 0,055 0,083 0,103 0,088 0,098 0,122 0,105 0,070 0,73 1,05 1,78<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,041 0,072 0,063 0,076 0,098 0,082 0,053 0,49 1,05 1,54<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,036 0,044 0,054 0,076 0,065 0,041 0,32 1,05 1,37<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,022 0,038 0,054 0,051 0,033 0,20 1,05 1,25<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,019 0,038 0,036 0,025 0,12 1,05 1,17<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,019 0,025 0,018 0,06 1,05 1,11<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,013 0,013 0,03 1,05 1,08<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,006 0,01 1,05 1,06<br />

410 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 1,05 1,05<br />

167


APÊNDICE B<br />

Tabela B.19 - Hidrograma da bacia sem inserção do reservatório para o cenário futuro II<br />

Tempo<br />

(minutos)<br />

0<br />

Hidrograma<br />

unitário<br />

(m³/s/cm)<br />

0,00<br />

10<br />

0,265<br />

20<br />

2,307<br />

30 40 50 60 70 80 90 100 110<br />

Chuva exce<strong>de</strong>nte em cm <strong>de</strong>vido a chuva <strong>de</strong> 2h obtida pelo número da curva CN = 89<br />

2,187 1,277 0,794 0,597 0,521 0,318 0,273 0,274 0,183<br />

120<br />

0,091<br />

Soma<br />

9,087<br />

0,00<br />

Vazão <strong>de</strong><br />

base (m³/s)<br />

1,05<br />

Hidrograma<br />

(m³/s)<br />

1,05<br />

10 3,07 0,814 0,81 1,05 1,86<br />

20 9,18 2,435 7,083 9,52 1,05 10,57<br />

30 18,77 4,979 21,179 6,714 32,87 1,05 33,92<br />

40 30,64 8,127 43,305 20,077 3,920 75,43 1,05 76,48<br />

50 38,03 10,087 70,690 41,051 11,721 2,436 135,99 1,05 137,04<br />

60 40,06 10,626 87,740 67,012 23,966 7,286 1,833 198,46 1,05 199,51<br />

70 38,12 10,111 92,423 83,174 39,122 14,896 5,481 1,599 246,81 1,05 247,86<br />

80 33,48 8,880 87,947 87,614 48,557 24,317 11,207 4,782 0,977 274,28 1,05 275,33<br />

90 27,37 7,260 77,242 83,371 51,149 30,182 18,294 9,777 2,921 0,839 281,03 1,05 282,08<br />

100 19,90 5,278 63,146 73,223 48,672 31,793 22,706 15,960 5,972 2,509 0,841 270,10 1,05 271,15<br />

110 14,92 3,957 45,912 59,860 42,748 30,253 23,918 19,810 9,748 5,130 2,514 0,561 244,41 1,05 245,46<br />

120 11,30 2,997 34,422 43,523 34,947 26,571 22,760 20,867 12,100 8,374 5,140 1,678 0,281 213,66 1,05 214,71<br />

130 8,85 2,347 26,070 32,631 25,409 21,722 19,989 19,857 12,745 10,394 8,390 3,432 0,840 183,83 1,05 184,88<br />

140 6,75 1,790 20,418 24,714 19,050 15,793 16,341 17,440 12,128 10,949 10,414 5,602 1,717 156,36 1,05 157,41<br />

150 5,13 1,361 15,573 19,356 14,428 11,841 11,881 14,257 10,652 10,419 10,969 6,953 2,803 130,49 1,05 131,54<br />

160 3,92 1,040 11,836 14,763 11,300 8,968 8,908 10,366 8,708 9,150 10,438 7,324 3,479 106,28 1,05 107,33<br />

170 2,97 0,788 9,044 11,220 8,619 7,024 6,747 7,772 6,331 7,480 9,168 6,969 3,665 84,83 1,05 85,88<br />

180 2,23 0,592 6,852 8,573 6,550 5,357 5,284 5,886 4,747 5,439 7,495 6,121 3,488 66,38 1,05 67,43<br />

190 1,72 0,456 5,145 6,496 5,005 4,071 4,030 4,610 3,595 4,078 5,449 5,004 3,063 51,00 1,05 52,05<br />

200 1,32 0,350 3,968 4,877 3,792 3,111 3,063 3,516 2,816 3,088 4,085 3,638 2,504 38,81 1,05 39,86<br />

210 1,01 0,268 3,045 3,762 2,847 2,357 2,340 2,672 2,148 2,419 3,094 2,728 1,821 29,50 1,05 30,55<br />

220 0,77 0,204 2,330 2,887 2,196 1,770 1,773 2,042 1,632 1,845 2,423 2,066 1,365 22,53 1,05 23,58<br />

230 0,58 0,154 1,776 2,209 1,685 1,365 1,331 1,547 1,247 1,402 1,848 1,618 1,034 17,22 1,05 18,27<br />

240 0,45 0,119 1,338 1,684 1,290 1,048 1,027 1,162 0,945 1,071 1,405 1,234 0,810 13,13 1,05 14,18<br />

250 0,36 0,095 1,038 1,268 0,983 0,802 0,788 0,896 0,709 0,812 1,073 0,938 0,618 10,02 1,05 11,07<br />

260 0,28 0,074 0,831 0,984 0,741 0,611 0,603 0,688 0,547 0,609 0,813 0,717 0,469 7,69 1,05 8,74<br />

270 0,20 0,053 0,646 0,787 0,575 0,460 0,460 0,526 0,420 0,470 0,611 0,543 0,359 5,91 1,05 6,96<br />

280 0,14 0,037 0,461 0,612 0,460 0,357 0,346 0,401 0,321 0,361 0,471 0,408 0,272 4,51 1,05 5,56<br />

290 0,07 0,019 0,323 0,437 0,358 0,286 0,269 0,302 0,245 0,276 0,361 0,314 0,204 3,39 1,05 4,44<br />

300 0,00 0,001 0,161 0,306 0,255 0,222 0,215 0,234 0,185 0,210 0,277 0,241 0,157 2,47 1,05 3,52<br />

310 0,00 0,000 0,009 0,153 0,179 0,159 0,167 0,188 0,143 0,159 0,211 0,185 0,121 1,67 1,05 2,72<br />

320 0,00 0,000 0,000 0,009 0,089 0,111 0,119 0,146 0,115 0,123 0,159 0,141 0,092 1,10 1,05 2,15<br />

330 0,00 0,000 0,000 0,000 0,005 0,056 0,084 0,104 0,089 0,098 0,123 0,106 0,070 0,74 1,05 1,79<br />

340 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,003 0,042 0,073 0,064 0,077 0,099 0,082 0,053 0,49 1,05 1,54<br />

350 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,036 0,045 0,055 0,077 0,066 0,041 0,32 1,05 1,37<br />

360 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 0,022 0,038 0,055 0,051 0,033 0,20 1,05 1,25<br />

370 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,019 0,038 0,037 0,026 0,12 1,05 1,17<br />

380 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,019 0,026 0,018 0,06 1,05 1,11<br />

390 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,013 0,013 0,03 1,05 1,08<br />

400 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,006 0,01 1,05 1,06<br />

410 0,00 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,00 1,05 1,05<br />

168


APÊNDICE C<br />

APÊNDICE C<br />

Parâmetros hidrológicos da bacia<br />

173


APÊNDICE C<br />

Seqüência <strong>de</strong> cálculo para <strong>de</strong>terminação da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva<br />

Os dados <strong>de</strong> precipitação máxima diária, Tabela 3.7 foram colocados em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, e<br />

calculou-se a probabilida<strong>de</strong> acumulada e o período <strong>de</strong> retorno conforme a tabela (C.1).<br />

Tabela C.1 – Cálculo do período <strong>de</strong> retorno do Posto Pluviométrico do Parque do Sabiá e<br />

Estação <strong>de</strong> Climatologia da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong><br />

Or<strong>de</strong>m<br />

"m"<br />

Precipitação máxima diária anual<br />

em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente (mm)<br />

Probabilida<strong>de</strong><br />

Período <strong>de</strong> retorno<br />

acumulada<br />

T = 1/p<br />

p = m/(n+1)<br />

(anos)<br />

n = 19<br />

1<br />

147 0,050 20,00<br />

2<br />

126,8 0,100 10,00<br />

3<br />

114,6 0,150 6,67<br />

4<br />

111,4 0,200 5,00<br />

5<br />

100,7 0,250 4,00<br />

6<br />

98,2 0,300 3,33<br />

7<br />

94,4 0,350 2,86<br />

8<br />

92,5 0,400 2,50<br />

9<br />

88,2 0,450 2,22<br />

10<br />

88 0,500 2,00<br />

11<br />

83,6 0,550 1,82<br />

12<br />

79,4 0,600 1,67<br />

13<br />

76,4 0,650 1,54<br />

14<br />

74,2 0,700 1,43<br />

15<br />

69 0,750 1,33<br />

16<br />

68,1 0,800 1,25<br />

17<br />

66,5 0,850 1,18<br />

18<br />

66,4 0,900 1,11<br />

19<br />

52,3 0,950 1,05<br />

Para analisar as maiores precipitações para fins <strong>de</strong> projeto hidráulicos, utilizou-se distribuição<br />

<strong>de</strong> Gumbel, que tem como parâmetros:<br />

β 6 / π<br />

5 , 0 = S<br />

α = ( μ − 0,<br />

577.<br />

β )<br />

sendo S = <strong>de</strong>svio padrão = 23,47 mm e μ = média = 89,35 mm acha-se os parâmetros α e β.<br />

α = 78,80<br />

β = 18,30<br />

174


APÊNDICE C<br />

Na distribuição <strong>de</strong> Gumbel, a precipitação <strong>de</strong> um dia é obtida pela relação:<br />

P(<br />

1dia;<br />

T)<br />

−α<br />

=<br />

β<br />

Sendo:<br />

ln(ln( 1/<br />

P – altura pluviométrica;<br />

T = período <strong>de</strong> retorno;<br />

ln = logaritmo neperiano;<br />

F – freqüência.<br />

F(<br />

P(<br />

dia;<br />

T )))<br />

Como os valores <strong>de</strong> α e β são constantes, po<strong>de</strong>-se calcular os valores <strong>de</strong> P(1 dia, T) para<br />

período <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong> 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, e 100 anos, apresentados na tabela (C.2)<br />

Tabela C.2 – Determinação das precipitações máximas <strong>de</strong> 1 dia usando Gumbel<br />

Variáveis Valores obtidos usando variação <strong>de</strong> Gummbel<br />

Beta (b) 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30 18,30<br />

Alfa (a) 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80 78,80<br />

Período <strong>de</strong> retorno T 2 5 10 15 20 25 50 100<br />

F (1 dia;T) 0,5 0,8 0,9 0,9333 0,95 0,96 0,98 0,99<br />

P(1 dia;T) (mm) 85,51 106,25 119,98 127,73 133,15 137,33 150,21 162,98<br />

Como existe relação <strong>de</strong> qualquer chuva com a chuva <strong>de</strong> 1 (um) dia, po<strong>de</strong> se encontrar a altura<br />

pluviométrica para outros valores <strong>de</strong> duração. As relações utilizadas para <strong>de</strong>terminação dos<br />

outros valores <strong>de</strong> duração da precipitação foram as encontradas para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo por<br />

Magni apud Tomaz (2002), apresentada na tabela (C.3).<br />

As precipitações encontradas estão apresentadas na Tabela 3.8.<br />

175


APÊNDICE C<br />

Tabela C.3 - Comparação entre as relações <strong>de</strong> alturas pluviométricas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo e dados médios existentes<br />

t2<br />

(min)<br />

30 5 0,34<br />

30<br />

60<br />

1440<br />

(24h)<br />

t1 (min)<br />

24 h 1 dia<br />

Nelson Luiz Goi<br />

Magni (1984)<br />

10 0,51 0,54<br />

0,57 0,63<br />

15 0,67 0,70<br />

0,72 0,75 0,693<br />

20 0,80 0,81<br />

0,84<br />

25 0,91 0,91<br />

0,92 0,918<br />

10 0,38 0,40<br />

0,45<br />

15 0,50 0,52<br />

0,57 0,532<br />

30 0,74 0,74<br />

0,79<br />

120 1,22 1,27<br />

1,25 1,119<br />

60 0,51<br />

0,42<br />

360 (6h) 0,78 0,72<br />

0,780<br />

480 (8h) 0,82<br />

0,78<br />

600 (10h) 0,85 0,82<br />

0,855<br />

720 (12h) 0,88<br />

0,85<br />

1,14 São paulo<br />

1,10 Taborga (1974)<br />

0,961 São Paulo<br />

Magani (1984)<br />

1,13 USWB<br />

(DNOS)<br />

Fonte: adaptado <strong>de</strong> Magni apud Tomaz (2002)<br />

Equação <strong>de</strong> chuvas<br />

Média<br />

Estados Unidos<br />

USW. Bureau<br />

Denver<br />

0,37 0,42<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo<br />

Nelson Luiz Goi<br />

Magni (1984)<br />

Para estabelecer a relação analítica, <strong>de</strong>nominada equação <strong>de</strong> chuva, foi utilizado método<br />

gráfico, on<strong>de</strong> num diagrama bilogarítmico, com as durações na abscissa e intensida<strong>de</strong>s na<br />

or<strong>de</strong>nada, dados da Tabela 3.9, obteve-se uma família <strong>de</strong> curva, sendo cada uma representante<br />

<strong>de</strong> um período <strong>de</strong> retorno, apresentadas na figura (C.1).<br />

0,532<br />

0,817<br />

0,408<br />

0,768<br />

0,573<br />

0,821<br />

0,883<br />

176


Intensida<strong>de</strong> da chuva, em mm/minutos<br />

10,00<br />

1,00<br />

0,10<br />

APÊNDICE C<br />

1 10 100 1000<br />

Duração da chuva, em minutos<br />

Figura C.1 – Curvas intensida<strong>de</strong>-duração<br />

2 anos<br />

5 anos<br />

10 anos<br />

15 anos<br />

20 anos<br />

25 anos<br />

50 anos<br />

100 anos<br />

Como o diagrama obtido é bilogarítmico, se as linhas se apresentassem retas, cada uma <strong>de</strong>las<br />

correspon<strong>de</strong>ria a uma equação da forma geral:<br />

log i = log A + b.log t<br />

(C.1)<br />

On<strong>de</strong> i é a intensida<strong>de</strong> em mm/minutos; t é a duração da chuva em minutos; b é a tangente do<br />

ângulo <strong>de</strong> inclinação da reta; A é o intercepto, ou or<strong>de</strong>nada correspon<strong>de</strong>nte à duração <strong>de</strong> um<br />

minuto.<br />

Mas como as curvas obtidas não apresentam uma reta, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma correção, no<br />

termo referente à duração, sendo assim, a Equação (C.1) teria a forma geral seguinte:<br />

( t c)<br />

log i = log A + b.log +<br />

(C.2)<br />

Determinação das constantes “c ” e “b” da equação <strong>de</strong> chuvas<br />

A curva intensida<strong>de</strong>-duração empregada para <strong>de</strong>terminação da constante c foi a para o período<br />

<strong>de</strong> 5 anos. On<strong>de</strong> foram escolhidos dois pontos próximos às suas extremida<strong>de</strong>s, cujas<br />

coor<strong>de</strong>nadas são, respectivamente, (i1, t1) e (i2, t2). Tendo para estes pontos, segundo equação<br />

geral apresentada em Hidrologia:<br />

177


( ) c<br />

A<br />

i 1 =<br />

(C. 3)<br />

t + c<br />

1<br />

APÊNDICE C<br />

178<br />

( ) c<br />

A<br />

i 2 =<br />

(C.4)<br />

t + c<br />

Foi consi<strong>de</strong>rado um terceiro ponto (i3, t3) da mesma curva, <strong>de</strong> tal modo que se tivesse a<br />

relação:<br />

i = i .i<br />

(C.5)<br />

3<br />

1<br />

2<br />

Obtendo-se, portanto:<br />

A<br />

=<br />

( ) ( ) ( ) c<br />

c<br />

c<br />

t c t + c t + c<br />

A<br />

3 + 1<br />

2<br />

2<br />

A<br />

. (C.6)<br />

Elevando-se os dois membros ao quadrado e resolvendo para c, tem ao final:<br />

c<br />

=<br />

2<br />

3 1 2<br />

(C.7)<br />

t<br />

1<br />

t<br />

− t<br />

+ t<br />

2<br />

.t<br />

− 2t<br />

3<br />

Os dois pontos extremos escolhidos foram (5; 3,49) e (120; 0,65), substituindo estes na<br />

Equação (C.5), obteve-se o valor <strong>de</strong> 1,51 mm/ minutos, e para este valor :lê-se na curva<br />

provisória t igual a 36,25 minutos. E substituindo os esses valores na Equação (C.7), o valor<br />

da constante c encontrado é <strong>de</strong> 13,60.<br />

Foi adotado o valor <strong>de</strong> 14 para a constante c. Para verificar se o valor <strong>de</strong> c encontrado é<br />

satisfatório, os pontos da curva provisória foram <strong>de</strong>slocados horizontalmente, acrescentado<br />

a cada duração (t) a correção c, <strong>de</strong>vendo, portanto os pontos <strong>de</strong>slocados cair<br />

aproximadamente sobre uma reta. A Figura (C.2) apresenta os resultados. A inclinação da<br />

reta traçada representa o valor <strong>de</strong> “b” da equação <strong>de</strong> chuvas, para este fim, <strong>de</strong>terminou-se o<br />

valor da tangente do ângulo <strong>de</strong> inclinação <strong>de</strong>sta reta, que é <strong>de</strong> 0,825.


Intensida<strong>de</strong> da chuva, em mm/minutos<br />

100,00<br />

10,00<br />

1,00<br />

APÊNDICE C<br />

0,10<br />

1 10 100 1000<br />

Duração da chuva, em minutos<br />

Figura C.2 – Curva corrigida<br />

Determinação da constante “a” e “d” da equação <strong>de</strong> chuvas<br />

5 anos<br />

Pontos<br />

<strong>de</strong>slocados<br />

Curva<br />

corrigida<br />

Segundo Villela e Mattos (1975), hidrologistas procuram relacionar A, das equações (C.3) e<br />

(C.4), com o período <strong>de</strong> retorno TR, por meio <strong>de</strong> equação do tipo:<br />

d<br />

R<br />

A = aT<br />

(C.8)<br />

On<strong>de</strong> a e d são parâmetros da equação. Com isto a equação <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>-duração e<br />

freqüência, dita equação <strong>de</strong> chuvas, na sua expressão geral torna-se:<br />

d<br />

aTR<br />

i = (C.9)<br />

( ) b<br />

t + c<br />

A expressão<br />

d<br />

R<br />

A = a.T sob forma logarítmica tem o seguinte aspecto:<br />

log A = log a + d.log T<br />

r<br />

(C.10)<br />

Como já foram <strong>de</strong>finidos os valores para os parâmetros “c” e “b”, po<strong>de</strong>-se obter os valores<br />

<strong>de</strong> A, rearranjando a equação (C.9), resultando:<br />

( ) b<br />

t c<br />

A = i +<br />

(C.11)<br />

179


APÊNDICE C<br />

Usando-se o valor <strong>de</strong> t igual a 10 minutos, para diferentes períodos <strong>de</strong> retorno, obteve-se os<br />

valores <strong>de</strong> A, apresentados na tabela (2.6).<br />

Tabela C.4 – Determinação do valor <strong>de</strong> A<br />

t c t +c b TR i A<br />

10 14 24 0,825 2 2,20 31,43<br />

10 14 24 0,825 5 2,73 39,06<br />

10 14 24 0,825 10 3,09 44,11<br />

10 14 24 0,825 15 3,28 46,96<br />

10 14 24 0,825 20 3,42 48,95<br />

10 14 24 0,825 25 3,53 50,49<br />

10 14 24 0,825 50 3,86 55,22<br />

10 14 24 0,825 100 4,19 59,91<br />

Num diagrama bilogarítmico, com TR na abscissa e A na or<strong>de</strong>nada, foi traçada a reta cuja sua<br />

inclinação <strong>de</strong>termina o valor da constante “d” e o valor <strong>de</strong> interceptação <strong>de</strong>sta com a or<strong>de</strong>nada<br />

fornece o valor da constante “a”. A figura (C.3) apresenta o diagrama.<br />

Valor <strong>de</strong> A<br />

100,00<br />

10,00<br />

1,00<br />

1 10 100 1000<br />

Tempo <strong>de</strong> retorno, em anos.<br />

Figura C.3 – Determinação das constantes “a” e “d”<br />

O valor da constante “a” encontrada no diagrama é <strong>de</strong> 28,97, e o valor da constante “d”, que é<br />

a inclinação da reta é dada pela expressão:<br />

log 60,<br />

97 − log 28,<br />

97<br />

d =<br />

=<br />

log105,<br />

98 − log1<br />

0,<br />

159<br />

A equação <strong>de</strong> chuvas do município <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>-MG para durações menores ou iguais a 120<br />

minutos é a apresentada abaixo:<br />

.<br />

180


( ) 0,825<br />

t + 14<br />

APÊNDICE C<br />

0,159<br />

28,97TR<br />

i = (C.12)<br />

On<strong>de</strong> i é a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chuva em mm/minutos, TR é o período <strong>de</strong> retorno em anos, e t é a<br />

duração da chuva em minutos.<br />

181


APÊNDICE C<br />

Tabelas utilizadas no cálculo <strong>de</strong> CN<br />

Tabela C.5 - Grupo <strong>de</strong> solos e características do solo<br />

Grupo <strong>de</strong><br />

solo<br />

A<br />

B<br />

C<br />

D<br />

Características do solo<br />

solos arenosos com baixo teor <strong>de</strong> argila tota, inferior a 8%, naõ havendo rocha nem<br />

camada argilosas e nem mesmo <strong>de</strong>nsifica até a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,5 . O teor <strong>de</strong> húmus<br />

é muito baixo, não atingindo 1 % (PORTO, 1979 e 1995)<br />

Solos que produzem baixo escoamento superficial e alta infiltração. Solos arenosos<br />

profundos com pouco silte e argila (TUCCIet all, 1993)<br />

solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor <strong>de</strong> argila total,<br />

porém ainda inferior a 15%. No caso <strong>de</strong> terras roxas, esse limite po<strong>de</strong> subir a 20%<br />

graça à maior porosida<strong>de</strong>. Os dois teores <strong>de</strong> húmus po<strong>de</strong>m subir, respectivamente, a<br />

1,2 e 1,5 %. Não po<strong>de</strong> haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5 m, mas é, quase<br />

sempre, presente camada mais <strong>de</strong>nsificada que a camada superfical (PORTO, 1979 e<br />

1995)<br />

Solos menos permeáveis do que o anterior, solos arenosos menos profundo do que o<br />

tipo A e com permeabilida<strong>de</strong> superior à média (TUCCI et all. 1993)<br />

solos barrentos com teor total <strong>de</strong> argila <strong>de</strong> 20% a 30%, mas sem camadas argilosas<br />

impermeáveis ou contendo pedras até profundiada<strong>de</strong> 1,2 m. No caso <strong>de</strong> terras roxas,<br />

esses dois limites máximos po<strong>de</strong>m se <strong>de</strong> 40% e 1,5 . Nota-se a cerca <strong>de</strong> 60 cm <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>, camada mais <strong>de</strong>nsificada que o Grupo B, mas ainda longe das<br />

condições <strong>de</strong> impermeabilida<strong>de</strong> (PORTO, 1979 e 1995)<br />

Solos que geram escoamento superficial acima da média e com capaciada<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

infitração abaixo da mpeda, contendo percentagaem consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> argila e pouco<br />

profundo (TUCCI et all, 1993)<br />

Solos argilosos (30% a 40% <strong>de</strong> argila total) e ainda com camada <strong>de</strong>nsificada a uns 50<br />

cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Ou solos arenosos como do gurpo B, mas com camada argilosa<br />

quase impermeável ou horizonte <strong>de</strong> seixos rolados (PORTO, 1979 e 1995)<br />

Solos contendo argilas expansivas e pouco profundos com muito baixa capacia<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

infiltração, gerando a maior proporção <strong>de</strong> escoamento superficial (TUCCI et all,<br />

1993)<br />

Fonte: (Porto, Setzer 1979) e (Porto, 1995) e (Tucci et all, 1993) apud Tomaz, 2002<br />

Tabela C.6- Capacida<strong>de</strong> mínima <strong>de</strong> infiltração conforme o grupo do solo<br />

Capacia<strong>de</strong> mímina <strong>de</strong> infiltração<br />

Grupo <strong>de</strong> solo<br />

(mm/h)<br />

A 7,62 a 11,43<br />

B 3,81 a 7,62<br />

C 1,27 a 3,81<br />

D 0 a 1,27<br />

Fonte: MacCuen apud Tomaz (2002)<br />

182


APÊNDICE C<br />

Tabela C.7 - Valores <strong>de</strong> CN para bacias urbanas e suburbanas<br />

Utilização ou cobertura do solo<br />

A<br />

Grupo do solos<br />

B C D<br />

Zonas cultivadas: sem conservação do solo<br />

72 81 88 91<br />

Zonas cultivadas: com conservação do solo<br />

62 71 78 81<br />

Pastagens ou terrenos em más condições<br />

68 79 86 89<br />

Baldios em boas condições<br />

Prados em boas condições<br />

Bosques ou zonas com cobertura ruim<br />

Florestais: cobertura boa<br />

39 61 74 80<br />

30 58 71 78<br />

45 66 77 83<br />

25 55 70 77<br />

Espaços abertos, relvados, parques, campos <strong>de</strong> golfes, cemitérios, boas condições<br />

Com relva em mais <strong>de</strong> 75% da área<br />

Com relva <strong>de</strong> 50% a 75% da área<br />

Zonas comerciais e <strong>de</strong> escritórios<br />

Zonas industriais<br />

Zonas resi<strong>de</strong>ndias<br />

Lotes <strong>de</strong> (m 2 ) % média <strong>de</strong> impermeável<br />

< 500 65<br />

1000 38<br />

1300 30<br />

2000 25<br />

4000 20<br />

Parques <strong>de</strong> estaconamentos, telhados, viadutos, etc<br />

Arruamentos e estradas<br />

Asfaltamento e com drenagem <strong>de</strong> água pluviais<br />

Paralelepípedos<br />

Terra<br />

Fonte: Tucci et al. apud Tomaz (2002)<br />

39 61 74 80<br />

49 69 79 84<br />

89 92 94 95<br />

81 88 91 93<br />

77 85 90 92<br />

61 75 83 87<br />

57 72 81 86<br />

54 70 80 85<br />

51 68 79 84<br />

98 98 98 98<br />

98 98 98 98<br />

76 85 89 91<br />

72 82 87 89<br />

183


APÊNDICE D<br />

APÊNDICE D<br />

Figuras<br />

184


APÊNDICE D<br />

Galeria<br />

Figura D.3 – Sistema <strong>de</strong> drenagem do Loteamento I<br />

183

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