Eliane Aparecida Justino - Universidade Federal de Uberlândia
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CAPITULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 10<br />
Brás e Perkins (1975) afirmam que os impactos <strong>de</strong>correntes da urbanização também<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m das características das chuvas e não só da Bacia. Os autores fizeram um estudo,<br />
utilizando um mo<strong>de</strong>lo hidrológico para simular a urbanização com residências, com<br />
diferentes tipos <strong>de</strong> precipitação. Os resultados mostraram um aumento na vazão <strong>de</strong> pico<br />
entre 7% e 200% e uma redução no tempo <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> 8% a 40%.<br />
Segundo Agra (2001) a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> quantificar estes impactos tem impulsionado<br />
muitos estudos e trabalhos no Brasil e no exterior. E essa tendência já vem <strong>de</strong> muito tempo.<br />
Genz (1994) e Silveira (2000) apresentam revisões da literatura que mostram vários<br />
pesquisadores, em várias cida<strong>de</strong>s do país preocupados com esta tarefa. Estes trabalhos<br />
trataram da criação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e metodologias para simular as bacias urbanas, e mostram<br />
a tendência do fim dos anos 70 e toda a década <strong>de</strong> 80.<br />
Tempos atrás se associava a poluição dos corpos d’águas à urbanização, <strong>de</strong>vido aos<br />
esgotos domésticos não tratados e <strong>de</strong>spejos industriais, porém, hoje se percebe que parte<br />
<strong>de</strong>ssa poluição gerada em áreas urbanas tem origem no escoamento superficial sobre áreas<br />
impermeáveis, áreas em fase <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> lixo e outros. Segundo Tucci<br />
(1995) a impermeabilização leva ao aumento dos números <strong>de</strong> vezes em que a bacia produz<br />
escoamento superficial e ao aumento, também, das velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escoamento, gerando<br />
maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arraste, portanto maiores cargas poluidoras.<br />
2.1.3.MÉTODOS PARA QUANTIFICAÇÃO DO ESCOAMENTO EM ÁREAS<br />
URBANAS<br />
A <strong>de</strong>terminação da quantida<strong>de</strong> do escoamento pluvial nas áreas urbanas po<strong>de</strong> ser feita por<br />
métodos empíricos, como o método racional e o método do SCS TR-55; métodos<br />
estatísticos, que fazem ajuste <strong>de</strong> séries históricas, como <strong>de</strong>terminação do hidrograma<br />
unitário; e mo<strong>de</strong>los matemáticos, que simulam o comportamento da bacia <strong>de</strong> drenagem.<br />
O método escolhido <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da finalida<strong>de</strong> dos estudos, das características da bacia e da<br />
disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados. Alguns <strong>de</strong>sses métodos serão <strong>de</strong>scritos a seguir: