Eliane Aparecida Justino - Universidade Federal de Uberlândia
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CAPITULO 3 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO<br />
Segundo Barbosa (2003), os canais fluviais rasos da Bacia do Córrego Lagoinha são<br />
compostos por solos hidromórficos, revestidos por gramíneas e ciperáceas, geralmente com<br />
a presença <strong>de</strong> Mauritia Flexuosa (palmeira buriti). Na faixa marginal do córrego, os solos<br />
são hidromórficos, com a cobertura vegetal <strong>de</strong> gramíneas e um horizonte superficial rico<br />
em matéria orgânica. Esta condição natural garante ao solo elevada capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos, ao formar uma barreira filtrante das águas das encostas, o que impe<strong>de</strong> o avanço<br />
das partículas sólidas para o canal fluvial, dificultando o processo <strong>de</strong> assoreamento do<br />
Córrego Lagoinha.<br />
Nos dias atuais houve uma gran<strong>de</strong> transformação no ambiente das margens do Córrego<br />
Lagoinha. A retirada da vegetação natural <strong>de</strong> seu entorno provocou gran<strong>de</strong>s erosões, o que<br />
po<strong>de</strong> ser percebido pelas inclinação que se apresentam as palmeiras buritis. A situação do<br />
córrego é lastimável, uma vez que, há lançamento <strong>de</strong> esgoto sem nenhum tratamento ou<br />
cuidado em alguns trechos do córrego, <strong>de</strong>posição em suas margens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> lixo doméstico, entulho <strong>de</strong> construção e animais mortos.<br />
Compactação <strong>de</strong>vida ao homem: impermeabilização<br />
A Bacia do Córrego Lagoinha é uma bacia que apresenta coeficiente <strong>de</strong> impermeabilização<br />
do solo muito variável, uma vez que é uma bacia urbana que ainda se encontra em<br />
processo <strong>de</strong> urbanização. A presença do Parque Santa Luzia, que trata <strong>de</strong> uma zona <strong>de</strong><br />
preservação ambiental, felizmente aumenta a porcentagem <strong>de</strong> área permeável da bacia.<br />
Neste capítulo, no item (3.2.2.1) encontra o estudo <strong>de</strong>talhado do aspecto <strong>de</strong><br />
impermeabilização do solo da Bacia.<br />
3.2.1.4. CLIMA<br />
Quanto ao clima da área, a dinâmica das massas <strong>de</strong> ar se constitui no fator mais <strong>de</strong>cisivo<br />
das condições meteorológicas. Segundo Del Grossi (1993), a dinâmica atmosférica em<br />
<strong>Uberlândia</strong> está sob controle principalmente dos sistemas intertropicais, os quais<br />
ocasionam um clima tropical alternadamente seco e úmido. As massas <strong>de</strong> ar Equatorial<br />
Continental (Ec), Tropical Continental (Tc) e Tropical Atlântica (Ta) são dominantes sobre<br />
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