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aplicac¸ ˜oes de métodos de topologia e geometria diferencial `a física

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Sebastião Alves Dias CADERNO DE FÍSICA DA UEFS 04, (01 e 02): 177-195, 2006<br />

Por outro lado, a Teoria das Cordas propiciou o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas técnicas na área<br />

<strong>de</strong> Topologia Algébrica e as chamadas Teorias Topológicas <strong>de</strong> Campos foram fundamentais na<br />

resolução <strong>de</strong> problemas antigos num ramo da Matemática chamado <strong>de</strong> Teoria dos Nós.<br />

Este seminário visa apresentar, <strong>de</strong> maneira sucinta, algumas técnicas matemáticas que tem<br />

encontrado aplicações mo<strong>de</strong>rnas na Física, em todas as suas áreas. Vamos nos concentrar nos<br />

espaços quocientes (com maior <strong>de</strong>talhe), <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong>stes espaços serem o ponto <strong>de</strong> partida<br />

para uma ampla varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>métodos</strong> matemáticos. A partir daí, apresentaremos o conceito<br />

<strong>de</strong> homotopia e <strong>de</strong> grupo fundamental, e apenas mencionaremos a <strong>de</strong>finição das varieda<strong>de</strong>s<br />

diferenciáveis e seu papel nas mo<strong>de</strong>rnas teorias das interações fundamentais. A maior parte<br />

dos assuntos que abordaremos aqui po<strong>de</strong>rá ser estudada em muito maior <strong>de</strong>talhe na bibliografia<br />

citada ao final <strong>de</strong>stas notas [1–3], on<strong>de</strong> também po<strong>de</strong>rão ser encontradas muitas referências a<br />

mais, inclusive aos trabalhos originais.<br />

II. LEIS DE COMPOSIÇÃO, HOMOMORFISMOS E GRUPOS<br />

Começamos imaginando um conjunto X no qual esteja <strong>de</strong>finida uma operação (que chamare-<br />

mos <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> composição) que associa, a cada dois elementos <strong>de</strong> X, digamos a e b, um terceiro<br />

elemento que chamaremos <strong>de</strong> a ◦ b. Como exemplo, po<strong>de</strong>mos tomar o conjunto <strong>de</strong> todas as<br />

matrizes n × n reais, com a seguinte lei <strong>de</strong> composição:<br />

a ◦ b = ab − ba = [a,b] ,<br />

on<strong>de</strong> ab refere-se ao produto <strong>de</strong> matrizes usual. Observe que a lei <strong>de</strong> composição acima não é<br />

necessariamente comutativa (a ◦ b = b ◦ a) nem associativa ((a ◦ b) ◦ c = a ◦ (b ◦ c)).<br />

Consi<strong>de</strong>re dois conjuntos, X e Y , on<strong>de</strong> sejam <strong>de</strong>finidas leis <strong>de</strong> composição. Vamos <strong>de</strong>notar<br />

a operação em X pelo símbolo ◦ e a operação em Y por ∗. Assim, estamos supondo que, se a<br />

e b pertencem a X, a ◦ b também pertence, e se u e v pertencem a Y , u ∗ v ∈ Y . Um mapa<br />

f : X → Y é chamado <strong>de</strong> homomorfismo se<br />

f (a ◦ b) = f (a) ∗ f (b).<br />

Po<strong>de</strong>mos ver que a estrutura algébrica do espaço X é preservada em Y , ou seja, o que acontece<br />

em X entre a e b acontece em Y entre f (a) e f (b). Se, além disso, o mapa f for bijetivo<br />

(sobrejetivo e injetivo), o homomorfismo em questão é chamado <strong>de</strong> isomorfismo, os espaços X<br />

e Y são ditos isomorfos e este fato é <strong>de</strong>notado por X ∼ = Y .<br />

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