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ASSALTO ÀS JÓIAS DA MÃE - Económico - Sapo

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Destaque<br />

tânica. Guardado religiosamente na Torre de Londres,<br />

o ‘Koh-I-Hoor’ só sai do edifício em ocasiões muito<br />

especiais, como por exemplo, a coroação de um novo<br />

monarca inglês. Uma das suas últimas aparições<br />

públicas aconteceu em 2002, aquando do funeral da<br />

rainha-mãe, ocasião em que permaneceu em cima do<br />

caixão durante todo o cortejo fúnebre.<br />

A GR ANDE ESTRELA DE ÁFRICA<br />

E A COROA DO ESTADO IMPERIAL<br />

A Grande Estrela de África, ou ‘Cullinan’, foi<br />

descoberta por Frederick Wells, responsável pela mina<br />

Premier, na África do Sul, onde foi encontrado este<br />

diamante em bruto, o maior alguma vez descoberto,<br />

a 26 de Janeiro de 1905. Foi comprado pelo governo<br />

de Transval que o ofereceu ao Rei Eduardo VII no seu<br />

66º aniversário. A sua lapidação foi entregue a Joseph<br />

Asscher. Após um estudo prolongado, a pedra foi,<br />

inicialmente, dividida em duas: o ‘Cullinan I’, que faz<br />

parte do ceptro, e o ‘Cullinan II’, que se encontra na<br />

coroa imperial de Inglaterra. Datada de 1937, é a jóia<br />

que sua majestade, a rainha Isabel II, usa na abertura<br />

do Parlamento. Por isso, é regularmente vista por<br />

milhões de pessoas em todo o mundo. Nessa ocasião,<br />

a coroa não está exposta na Torre de Londres, pelo que<br />

tem que ser substituída.<br />

Nem só de diamantes se compõe a colecção de jóias da<br />

coroa britânica. Ali, também é possível encontrar um<br />

expositor com peças muito especiais, apesar de não<br />

pertencerem ao cerimonial da coroação, como os cálices<br />

e as patenas antes usados para dar a comunhão<br />

aos prisioneiros e que hoje são utilizados, três vezes<br />

ao ano, nas cerimónias de Estado. Destaque para a<br />

baixela dos banquetes, composta por 122 peças, desmontada<br />

para limpeza de dois em dois anos. A grande<br />

cisterna de vinho, datada de 1841 é, igualmente, uma<br />

fi gura de peso na colecção. Com os seus imponentes<br />

250 quilogramas, não passa despercebida aos visitantes<br />

que se detêm em grandes aglomerados ao redor da<br />

vitrina que a suporta. Na sala da cisterna, os visitantes<br />

podem ainda ver as duas grandes pias baptismais onde<br />

todas as crianças da família real foram baptizadas<br />

com água proveniente do rio Jordão: a pia de Carlos II,<br />

de 1660, e a Lily Font, de 1840.<br />

THE LAST BUT NOT THE LEAST<br />

O melhor está guardado para fim. Ninguém abandona<br />

a sala sem passar pela Coroa da Índia, uma das<br />

mais interessantes de toda a colecção. A sua história<br />

remonta a 1911, ano em que Jorge V se tornou rei do<br />

Reino Unido. Mas esse não era o seu único título. Jorge<br />

V era, também, Imperador da Índia. Nessa altura, organizou-se<br />

uma grande recepção, em Deli, para celebrar<br />

a coroação do monarca. Mas como nenhuma das coroas<br />

reais podia sair do país, criou-se uma nova coroa:<br />

ALIANÇA REAL: UM PE<strong>DA</strong>ÇO DE OURO GALÊS<br />

A aliança de casamento que Kate<br />

Middleton usa, desde o dia 29 de<br />

Abril, foi fabricada por joalheiros<br />

do País de Gales a partir de um<br />

pedaço de ouro galês que pertencia<br />

a William, um presente de sua avó,<br />

a rainha Isabel II.<br />

A jóia foi construída a partir de<br />

ouro extraído da mina de Clogau<br />

Saint David, situada em Bontddu,<br />

no norte do País de Gales, de onde<br />

vem o ouro para a fabricação de<br />

todas as alianças reais desde os<br />

anos 20.<br />

A rainha presenteou o neto com o<br />

ouro galês pouco tempo depois de<br />

18 Fora de Série Especial Jóias Maio 2011<br />

ele e Kate anunciarem o noivado,<br />

em Novembro do ano passado.<br />

A joalheira Wartski, que fez<br />

o anel de casamento para<br />

o príncipe Carlos quando se casou<br />

pela segunda vez, em 2005,<br />

com Camila Parker-Bowles, fi cou<br />

encarregada da aliança que William<br />

ofereceu a Kate.<br />

Quanto à tiara usada para segurar<br />

o véu de Kate Middleton, pertence<br />

à Rainha Isabel II e foi emprestada<br />

para o dia do casamento real.<br />

Feita pelo ‘designer’ de jóias da<br />

Cartier, foi um presente do Rei<br />

Jorge VI para a Rainha-mãe, em<br />

O ‘KOH-I-HOOR’<br />

SÓ SAI DO EDIFÍCIO<br />

EM OCASIÕES<br />

MUITO ESPECIAIS.<br />

A ÚLTIMA FOI<br />

EM 2002, AQUANDO<br />

DO FUNERAL<br />

<strong>DA</strong> R AINHA-<strong>MÃE</strong>.<br />

a afamada Coroa da Índia, que custou 160 mil libras<br />

(cerca de 180 mil euros). A jóia tem mais de seis mil<br />

diamantes, safi ras de caxemira, esmeraldas da Colômbia<br />

e rubis da Birmânia, que proporcionam um efeito<br />

luminoso muito intenso. Quando o rei e a rainha regressaram<br />

ao Reino Unido, a Coroa da Índia foi adicionada<br />

à colecção. A jóia está separada das restantes<br />

insígnias reais porque só foi usada uma única vez, mas<br />

nunca em coroações. É a única coroa com autorização<br />

para sair do reino. E por falar em sair, a sensação com<br />

que se abandona a sala da colecção de jóias é a mesma<br />

com que se entra, a de “viver” um conto de fadas, ou<br />

melhor, um conto de príncipes e princesas. Não deixa<br />

de ser verdade. A história e as personagens são verdadeiras,<br />

tal como as jóias. Aliás, essa é a sua maior<br />

beleza, são reais e continuam a ser usadas. Talvez por<br />

isso exerçam um fascínio tão grande em tanta gente,<br />

mesmo que só seja possível observá-las através de uma<br />

passadeira rolante e sob o olhar atento dos funcionários<br />

da Torre de Londres. A segurança apertada tem<br />

sido, de resto, apanágio desde 1671, data desde a qual<br />

não se perde um único diamante. Tal segurança é absolutamente<br />

justifi cável e a causa não podia ser mais<br />

nobre. As jóias representam o passado e o futuro do<br />

país. Não é por acaso que esta é considerada a maior<br />

colecção de todo o mundo e que, acima de tudo, se diz<br />

que “as jóias da coroa britânica são o que toda a gente<br />

espera que sejam”.<br />

A joalheira<br />

Wartski fi cou<br />

responsável<br />

pela aliança<br />

que William<br />

ofereceu a Kate<br />

e Robinson<br />

Pelham foi o<br />

‘designer’ dos<br />

brincos com<br />

diamantes em<br />

forma de bolota,<br />

em homenagem<br />

ao brasão dos<br />

Middleton. A<br />

tiara usada<br />

por Kate tem<br />

a assinatura<br />

da Cartier e é<br />

uma herança<br />

da família real.<br />

Foi um presente<br />

do Rei Jorge VI<br />

para a Rainha-<br />

-mãe, em 1936.<br />

1936. A compra foi feita três dias<br />

antes do então duque suceder ao<br />

irmão – o Rei Eduardo, que abdicou<br />

do trono de Inglaterra.<br />

Posteriormente, a tiara foi<br />

passada da Rainha-mãe para<br />

a fi lha Isabel, no dia em que<br />

completou 18 anos.<br />

No casamento, Kate Middleton<br />

usou ainda uns brincos desenhados<br />

por Robinson Pelham. A peça<br />

de joalharia tinha diamantes<br />

em forma de bolota, numa alusão<br />

ao brasão dos Middleton, uma<br />

vez que foram oferecidas à noiva<br />

pelos pais.<br />

FOTOGRAFIA DOS REIS DE POOL PHOTOGRAPH/CORBIS. COROA DE INGLATERRA <strong>DA</strong> PRINT COLLECTOR/CORBIS. NA CAIXA, FOTOGRAFIAS DE WPA POOL/EQUIPA E DE BEN STANSALL/STRINGER, AMBAS <strong>DA</strong> GETTYIMAGES

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