ASSALTO ÀS JÓIAS DA MÃE - Económico - Sapo
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Personagem<br />
presentativas. Por outro lado, temos um trabalho muito<br />
próximo com os nossos representantes em Portugal, como<br />
a Boutique dos Relógios, a David Rosas, o Machado<br />
Joalheiro e o Pires Joalheiro.<br />
Como defi ne o cliente Cartier português?<br />
É um cliente muito exigente que gosta muito de arte e de<br />
objectos bonitos. Isso vê-se tanto no país, no rico património<br />
que tem, como na sua História. O cliente em Portugal<br />
é também um grande ‘connaiseur’ pelo que vemos do<br />
tipo de relógios que compra, muitos deles com complicações.<br />
É, portanto, um cliente muito bem informado e<br />
que conhece as novidades que apresentamos a cada ano.<br />
Na questão estética, aposta num desenho intemporal e<br />
elegante.<br />
Há alguma estratégia pensada para recuperarem a<br />
presença no nosso mercado? A Avenida da Liberdade<br />
pode ser, agora, uma hipótese?<br />
Adoraríamos voltar a Lisboa mas neste momento não temos<br />
nada defi nido. Estamos a estudar o mercado e à espera<br />
de uma boa oportunidade, mas não temos planos a<br />
curto prazo.<br />
O facto de a Cartier não estar na artéria principal de<br />
Lisboa poderá ter sido um dos factores para que o desempenho<br />
da marca não tivesse atingido os objectivos<br />
pretendidos?<br />
A nossa loja no Chiado não tinha as dimensões necessárias<br />
para a cidade de Lisboa. Por isso, tinha um conceito<br />
antigo de joalharia que tínhamos de renovar para ter a<br />
mesma imagem que a Cartier tem em todos os países.<br />
Um conceito criado pelo arquitecto Bruno Moinard e<br />
que identifi ca as joalharias Cartier. Voltar a Lisboa está<br />
nos nossos planos mas estamos a estudar o mercado.<br />
Abrindo um novo espaço, a estratégia para Portugal<br />
será diferente daquela que tinham?<br />
Obviamente, a abertura de uma joalharia implica uma<br />
grande mudança tanto na inauguração do novo espaço<br />
como na comunicação da marca no país. Teremos que ter<br />
uma maior presença nos meios de comunicação portugueses<br />
através de campanhas de publicidade e de eventos<br />
de relações públicas.<br />
Que argumentos tem Portugal para voltar a “convencer”<br />
a Cartier a estar novamente no nosso mercado<br />
com loja própria?<br />
O mercado português é muito importante para a Cartier<br />
não só pelos nossos laços históricos mas também pela procura<br />
e exigência dos clientes portugueses. Não existe um<br />
prazo limite para regressar a Portugal com uma joalharia,<br />
já que depende das oportunidades que o mercado ofereça.<br />
O seu trabalho na Cartier nos últimos anos foi desenvolvido<br />
em mercados emergentes, como o Brasil,<br />
a Rússia ou a África do Sul, mercados bem diferentes<br />
dos europeus, inclusive do espanhol e, especialmente,<br />
do português. Espera maiores difi culdades para<br />
atingir o seu actual objectivo de “transformar a Península<br />
Ibérica num dos mercados da Europa mais<br />
importantes para a Cartier”?<br />
Para a Cartier todos os mercados são importantes. É<br />
verdade que nos últimos anos temos investido grandes<br />
recursos em países como a Rússia, onde, no ano passado,<br />
abrimos uma nova loja, em São Petersburgo, e onde<br />
realizámos várias exposições para exibir muitas das<br />
peças que a ‘maison’ criou para a Corte Imperial Russa<br />
e outras que foram buscar inspiração àquele país. Mas<br />
a Europa é um mercado natural da Cartier e a sua presença<br />
nesse continente é muito mais importante do<br />
que noutros. Os turistas que vêm à Europa adoram vi-<br />
22 Fora de Série Especial Jóias Maio 2011<br />
A NOSSA LOJA<br />
NO CHIADO<br />
NÃO TINHA<br />
AS DIMENSÕES<br />
NECESSÁRIAS<br />
PA R A A CI<strong>DA</strong> DE<br />
DE LISBOA.<br />
TINHA UM<br />
CONCEITO<br />
ANTIGO<br />
DE JOALHARIA<br />
QUE TÍNHAMOS<br />
DE RENOVAR.<br />
A colecção<br />
“Évasions<br />
Joaillières” foi<br />
lançada este ano,<br />
inspirada pela<br />
arquitectura,<br />
a natureza e a<br />
‘art déco’. Nas<br />
fotos, anel em<br />
ouro rosa, opala<br />
rosa, ónix, safi ra<br />
rosa e negra e<br />
diamantes; alfi nete<br />
para o cabelo nos<br />
mesmos materiais.<br />
sitar as marcas que fazem parte do seu património.<br />
Conhece Portugal? O que mais gosta no país?<br />
A primeira vez que fui a Portugal foi na minha época de<br />
estudante, quando tinha 20 anos. Visitei Lisboa e o Porto,<br />
que me encantaram, tanto pela arquitectura, que refl ecte<br />
o rico passado histórico do país, como o ambiente nas ruas,<br />
a alegria das pessoas… foi uma visita muito agradável.<br />
Também me chamaram a atenção as paisagens do litoral<br />
atlântico.<br />
Somos um país, reconhecidamente, de grande tradição<br />
joalheira. Conhece esse lado da nossa História?<br />
Portugal tem uma tradição joalheira muito importante,<br />
tradição que está muito próxima também da Cartier, já<br />
que a Corte Real Portuguesa nomeou a Cartier como distribuidor<br />
ofi cial, em 1905. É por esse motivo que temos<br />
uma relação especial com o país e é para nós muito importante<br />
ter uma loja Cartier em Portugal.<br />
Sabemos que é apaixonado por esqui. Para onde gosta<br />
de ir esquiar? Quantas vezes por ano costuma ir?<br />
Adoro o esqui e a velocidade. Tento esquiar o maior tempo<br />
possível dentro daquilo que minhas responsabilidades<br />
permitem, sendo que desde o ano passado que é mais<br />
difícil ter tempo. As minhas estâncias de esqui preferidas<br />
são Zermatt, St. Moritz e Megève, todas nos Alpes. O esqui<br />
permite-me recarregar baterias e prepara-me para intensas<br />
semanas de trabalho.<br />
Tem outro ‘hobby’ além do esqui?<br />
Também me deixa muito relaxado a equitação, a literatura<br />
e visitar museus das cidades que visito.<br />
Como passa o tempo livre que tem?<br />
Uma das coisas que mais me apaixona é passear por cidades<br />
sem rumo certo. Descobrir o ambiente da cidade, as<br />
pessoas que estão nas ruas… Neste aspecto, Lisboa é uma<br />
cidade especial que adorei descobrir desta maneira.<br />
Dizem que é um apaixonado por Espanha. Porquê?<br />
O povo espanhol é muito caloroso, muito apaixonado. O<br />
país tem cidades com uma arquitectura incrível e muito<br />
diferentes umas das outras, com um património muito rico.<br />
As ruas estão sempre muito animadas, as pessoas sempre<br />
alegres e com muita vontade de se divertirem e, claro,<br />
tem um clima fantástico e uma luz muito especial. Adoro<br />
visitar Espanha e ver o contraste entre a arquitectura com<br />
séculos de História e os novos edifícios, como o Museu<br />
Guggenheim, em Bilbao, ou a Cidade das Artes e das Ciências,<br />
em Valência. Espanha tem uma cultura muito rica e<br />
diversa que seduz os estrangeiros que a visitam.<br />
Prefere alguma cidade em particular?<br />
Paris é uma das minhas cidades preferidas já que passei lá<br />
muito tempo. Madrid, onde vivo hoje, e Lisboa também<br />
têm todos os ingredientes que fazem delas cidades de que<br />
gosto muito. Diferentes destas últimas, mas que também<br />
me deixaram apaixonado, foram a Cidade do Cabo, Nova<br />
Iorque e Londres.<br />
É também apreciador de arte contemporânea.<br />
Sou apaixonado por arte contemporânea mas sobretudo,<br />
por arquitectura contemporânea. Tenho muitos livros<br />
tanto de arte como de arquitectura contemporânea que<br />
adoro reler.<br />
Tem algum destino preferido para ir de férias?<br />
Não tenho um sítio especial. Gosto muito de viajar e de<br />
conhecer novas cidades. Mas as minhas próximas férias<br />
vou passá-las, de certeza, ao Algarve, um lugar perfeito<br />
para descansar e praticar desporto.<br />
FOTOGRAFIAS CEDI<strong>DA</strong>S PELA MARCA