Interações biomecânicas entre a organização postural ... - Fiocruz
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Angelillo et al. (1997) ressaltam a influência da forma do diafragma<br />
sobre sua função, comentando que a pressão diafragmática (força<br />
contrátil produzida por este músculo, resultante da diferença <strong>entre</strong> a<br />
pressão intra-abdominal e a pressão pleural), é muito maior na região<br />
em contato com os pulmões, dado que a zona de aposição precisa se<br />
moldar à forma do tórax. Por outro lado, a peculiar geometria<br />
diafragmática e a disposição de suas fibras fazem com que a contração<br />
muscular ocorra predominantemente na zona de aposição, sem que<br />
haja um encurtamento muscular proporcional à magnitude de tal<br />
contração, o que permite uma diminuição do gasto energético<br />
inspiratório (Wait e Johnson, 1997). Ricci et al. (2002) atribuem às<br />
características mecânicas da caixa torácica e do compartimento<br />
abdominal - juntamente com a força dos músculos torácicos, abdominais<br />
e do diafragma - a possibilidade de determinarem as pressões intra-<br />
abdominal e pleural. A ação coordenada do diafragma com os músculos<br />
abdominais e do assoalho pélvico promove a modulação <strong>entre</strong> estas três<br />
pressões (diafragmática, intra-abdominal e pleural), tornando-o capaz de<br />
promover, simultaneamente, a deflagração da inspiração (com a<br />
correspondente mobilização da caixa torácica) e a participação no<br />
mecanismo de estabilização da coluna (Hodges e Gandevia, 2000b;<br />
Hodges et al., 1997a, 1997b).