Projeto colabora para a profissionalização do comércio de bairros ...
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<strong>Projeto</strong> <strong>colabora</strong> <strong>para</strong> a <strong>profissionalização</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>comércio</strong> <strong>de</strong> <strong>bairros</strong> <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong><br />
Rozely, proprietária <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> roupas infantis no Coophavila II, está entre os empresários que realizaram mudanças após consultoria<br />
Empresários são capacita<strong>do</strong>s e<br />
assessora<strong>do</strong>s com consultoria, que<br />
i<strong>de</strong>ntifica pontos críticos nos esta-<br />
belecimentos e elabora diagnósticos<br />
personaliza<strong>do</strong>s. As ações melhoram<br />
as práticas empresariais e ajudam no<br />
mulheres <strong>do</strong> campo fazem<br />
<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s aprendidas na<br />
infância uma fonte <strong>de</strong> renda<br />
Mulheres, nascidas e criadas no campo, como as irmãs Valcely<br />
e Sebastiana (foto), <strong>de</strong> Aparecida <strong>do</strong> Taboa<strong>do</strong>, transformaram as<br />
ativida<strong>de</strong>s aprendidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância em fonte <strong>de</strong> renda. Isso ocorreu<br />
com a ajuda <strong>do</strong> Prolocal, que possibilitou ampliação <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e<br />
melhor capacitação das empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ras. Elas continuam fazen<strong>do</strong><br />
o que sabem e têm o trabalho valoriza<strong>do</strong>.<br />
Pág. 6<br />
lucas pellicioni<br />
aumento das vendas. <strong>Projeto</strong> teve início<br />
no Coophavila II e <strong>de</strong>ve se expandir a<br />
outros <strong>bairros</strong> da Capital.<br />
Pág. 3<br />
alimentação<br />
mudança <strong>de</strong> hábito<br />
aquece segmento <strong>de</strong><br />
refeição fora <strong>do</strong> lar<br />
lucas pellicioni<br />
Pág. 5<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<br />
Com ajuda <strong>de</strong> uma<br />
bicicleta, empresária<br />
constrói loja na Capital<br />
editora visão<br />
Pág. 9<br />
entrevista<br />
empresária anita fala<br />
sobre atuação no<br />
merca<strong>do</strong> e-commerce<br />
lucas pellicioni<br />
Pág. 12
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
eduar<strong>do</strong> Corrêa rie<strong>de</strong>l<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Deliberativo<br />
Estadual <strong>do</strong> Sebrae/MS<br />
pág. 2<br />
editorial<br />
É cada vez mais expressiva a participação<br />
das micro e pequenas empresas na<br />
economia <strong>do</strong> País. Fortaleci<strong>do</strong> por instrumentos<br />
<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m legal que favorecem a<br />
formalização, o já reconheci<strong>do</strong> espírito<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>do</strong> brasileiro encontra<br />
solo fértil <strong>para</strong> a germinação <strong>de</strong> novas<br />
iniciativas.<br />
A força <strong>do</strong>s empreendimentos <strong>de</strong><br />
menor porte, aqueles com faturamento<br />
anual <strong>de</strong> até R$ 3,6 milhões, aparece no<br />
Anuário <strong>do</strong> Trabalho da Micro e Pequena<br />
Empresa, elabora<strong>do</strong> pelo Sebrae, em parceria<br />
com o Departamento Intersindical <strong>de</strong><br />
Estatística e Estu<strong>do</strong>s Socioeconômicos (Dieese).<br />
A pesquisa aponta que em pouco mais <strong>de</strong> uma década – <strong>de</strong> 2000 a 2011<br />
– sete milhões <strong>de</strong> novos empregos foram cria<strong>do</strong>s por empreendimentos com<br />
esse perfil no País. Geran<strong>do</strong> atualmente 15,6 milhões <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, o<br />
que correspon<strong>de</strong> a 52% da mão <strong>de</strong> obra com carteira assinada, as pequenas e<br />
micro empresas se consolidam como as maiores emprega<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> país.<br />
É a <strong>de</strong>senvoltura <strong>de</strong> um segmento que não <strong>para</strong> <strong>de</strong> crescer e que tem ainda<br />
mais expressivida<strong>de</strong> na economia <strong>de</strong> MS, on<strong>de</strong> as micro e pequenas criaram 96,3<br />
mil novos postos <strong>de</strong> trabalho no mesmo perío<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> anuário,<br />
atualmente são 185,6 mil os sul-mato-grossenses emprega<strong>do</strong>s por micro e<br />
pequenas empresas no Esta<strong>do</strong>.<br />
O Sebrae tem seu trabalho como agente fomenta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<br />
amplamente reconheci<strong>do</strong> e esses números têm <strong>para</strong> nós um significa<strong>do</strong> especial.<br />
É bem verda<strong>de</strong> que a criação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, a<br />
expressiva redução <strong>de</strong> tributos trazida pelo Supersimples e a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formalização<br />
oferecida pelo programa Microempreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r Individual (MEI) criaram<br />
um cenário extremamente favorável <strong>para</strong> a abertura <strong>de</strong> um novo negócio. Mas<br />
não é pretensão reconhecer que a atuação <strong>do</strong> Sebrae está por trás <strong>de</strong> boa parte<br />
<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
É o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ações como o projeto que vai aten<strong>de</strong>r até <strong>de</strong>zembro 6,5<br />
mil estabelecimentos <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong>. Em três visitas sequenciais, agentes<br />
<strong>do</strong> Sebrae realizarão o diagnóstico das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sses empreendimentos,<br />
apontarão soluções relativas à gestão, finanças, atendimento e fluxo <strong>de</strong> caixa<br />
e, ao final, retornarão <strong>para</strong> verificar o resulta<strong>do</strong>. Depois da capital, será a vez <strong>de</strong><br />
Corumbá receber o projeto, que até o final <strong>do</strong> ano será estendi<strong>do</strong> <strong>para</strong> outros<br />
municípios.<br />
O Conexão traz também entrevista com a Anita, a empresária que começou<br />
pequena e hoje sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> lojas é referência em calça<strong>do</strong>s e se <strong>de</strong>staca no<br />
competitivo mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> e-commerce.<br />
Bons exemplos não nos faltam. Disposição <strong>para</strong> o trabalho e bons projetos<br />
também. Combinação eficiente <strong>para</strong> que os números <strong>do</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo<br />
continuem em ascensão.<br />
eXpediente<br />
agen<strong>de</strong>-se!<br />
MISSÃO TÉCNICA DO COMÉRCIO<br />
O Sebrae está com inscrições abertas <strong>para</strong> missão técnica <strong>do</strong><br />
<strong>comércio</strong> em São Paulo. Po<strong>de</strong>m participar empresários <strong>de</strong> micro e<br />
pequenas empresas <strong>de</strong> diversos segmentos, exceto <strong>de</strong> consultoria.<br />
A saída <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> será no dia 19 <strong>de</strong> maio e o retorno está<br />
previsto <strong>para</strong> o dia 22. No roteiro, há visitas a empresas <strong>de</strong> referência<br />
nacional e empresas <strong>de</strong> pequeno porte que se <strong>de</strong>stacam no merca<strong>do</strong>.<br />
São 25 vagas disponíveis. Informações no 0800-570-0800.<br />
VISITAS ÀS EMPRESAS DE BAIRRO<br />
O Sebrae por meio <strong>do</strong> projeto Negócio a Negócio oferece serviço<br />
gratuito até novembro <strong>para</strong> microempresas e empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res individuais<br />
<strong>de</strong> <strong>bairros</strong> <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> e algumas cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> interior.<br />
Trata-se <strong>de</strong> diagnóstico <strong>para</strong> avaliar possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoria no<br />
atendimento, layout, vendas, etc. As empresas recebem três visitas <strong>de</strong><br />
agentes <strong>de</strong> orientação. Interessa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>vem ligar no 0800-570-0800.<br />
CONCURSO PARA CRIAÇÃO DE GAMES<br />
O Sebrae está com inscrições abertas, até 1º <strong>de</strong> maio, <strong>para</strong> o<br />
1º Concurso <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Jogos. Os profissionais <strong>de</strong>senvolve<strong>do</strong>res<br />
po<strong>de</strong>m criar jogos digitais <strong>de</strong> ação, aventura, estratégia,<br />
emulação, simulação, quebra-cabeças e RPGs, em aplicativos <strong>de</strong><br />
baixa complexida<strong>de</strong>, <strong>para</strong> PC-Win<strong>do</strong>ws. Dez serão escolhi<strong>do</strong>s <strong>para</strong><br />
compor a nova plataforma da entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluções interativas <strong>para</strong><br />
universitários. Os prêmios variam <strong>de</strong> R$ 30 mil a R$ 80 mil. Informações:<br />
https://concurso<strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>jogos.sebrae.com.br<br />
DECON MS<br />
Micro e pequenas empresas ligadas aos setores <strong>de</strong> móveis,<br />
<strong>de</strong>coração e construção civil po<strong>de</strong>m participar da 2ª edição <strong>do</strong><br />
Decon MS, que será realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> 18 a 21 <strong>de</strong> abril no Pavilhão<br />
Albano Franco em Campo Gran<strong>de</strong>. Na programação, estão<br />
previstas palestras e workshop aos visitantes. No ano passa<strong>do</strong>,<br />
a feira foi visitada por mais <strong>de</strong> 40 mil pessoas. Outras informações<br />
em www.<strong>de</strong>conms.com.br ou através das re<strong>de</strong>s sociais:<br />
Facebook www.facebook.com/FeiraDeconms e Twitter: @<br />
<strong>de</strong>conms.<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Deliberativo Estadual: Eduar<strong>do</strong> Corrêa Rie<strong>de</strong>l Diretor Superinten<strong>de</strong>nte: Cláudio George Men<strong>do</strong>nça Diretor Técnico: Tito Manuel S.B. Estanqueiro <br />
Diretora <strong>de</strong> Operações: Maristela <strong>de</strong> Oliveira França Entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Conselho Deliberativo Estadual: AMEMS, Banco <strong>do</strong> Brasil, Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, Faems, Famasul, Fe<strong>comércio</strong>,<br />
Fiems, Fun<strong>de</strong>ct, Seprotur, UFMS e Sebrae Gerente Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marketing e Comunicação: Henrique Fracalanza Alves Corrêa <strong>Projeto</strong> Gráfico: André Coelho Produção, Arte<br />
e Diagramação: Editora Visão Tiragem: 12 mil exemplares Reportagem: Osval<strong>do</strong> Passos Pereira Júnior Edição <strong>de</strong> textos: Janaína Mansilha Conselho Editorial: Carlos Alberto<br />
Santos <strong>do</strong> Valle, Carlos Eduar<strong>do</strong> Cor<strong>de</strong>iro, Ellen Doretto, Henrique Fracalanza Alves Corrêa , Isabella Carvalho Fernan<strong>de</strong>s, Janaína Mansilha, Liane <strong>do</strong>s Santos Pereira, Milton César <strong>de</strong> Oliveira,<br />
Ricar<strong>do</strong> Luiz Santos, Weksley Lima Ilustração: Caroline Lima Colaboração: Bruno Navarros, Fabiane Neiva e Lucas Pellicioni Sebrae/MS: Av. Mato Grosso, 1661 - Centro - Campo<br />
Gran<strong>de</strong>/MS – CEP: 79002-950 - Fax: (67) 3389-5592 - www.ms.sebrae.com.br / conexao@ms.sebrae.com.br - Fale Conosco: 0800 – 570 – 0800.
Especialistas dão dicas <strong>para</strong> lucrar mais no <strong>comércio</strong> <strong>de</strong> bairro. E serviço gratuito<br />
<strong>do</strong> Sebrae já está disponível em sete regiões da Capital e interior <strong>do</strong> MS. Confira:<br />
http://sebrae.ms/radioweb<br />
<strong>Projeto</strong> melhora a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>comércio</strong> <strong>de</strong> bairro da Capital<br />
Consultoria i<strong>de</strong>ntifica pontos críticos das lojas e orienta empresários; ação,<br />
que iniciou no Coophavila II, <strong>de</strong>ve se esten<strong>de</strong>r a outras regiões da cida<strong>de</strong><br />
empresária Rozely Souza Pereira<br />
A apren<strong>de</strong>u a ven<strong>de</strong>r na prática. Sua<br />
pré-escola foi um carrinho <strong>de</strong> pipoca<br />
e a continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conhecimento se<br />
<strong>de</strong>u durante os 15 anos em que foi<br />
funcionária <strong>de</strong> uma loja <strong>de</strong> roupas.<br />
Essa aprendizagem está sen<strong>do</strong> lapidada<br />
através <strong>de</strong> projeto <strong>do</strong> Sebrae-MS e<br />
Associação Comercial e Industrial <strong>de</strong><br />
Campo Gran<strong>de</strong> (ACICG), que objetiva<br />
melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>comércio</strong> <strong>do</strong>s<br />
<strong>bairros</strong> da Capital, começan<strong>do</strong> pelo<br />
Coophavila II.<br />
“A gente morava em São Gabriel<br />
<strong>do</strong> Oeste e meu pai era pipoqueiro.<br />
Eu o ajudava quan<strong>do</strong> tinha oito, nove<br />
anos. Foi assim que comecei apren<strong>de</strong>r<br />
a ven<strong>de</strong>r”, lembra Rosely. Em Campo<br />
Gran<strong>de</strong>, ela trabalhou, ainda na a<strong>do</strong>lescência,<br />
como babá e, <strong>de</strong>pois, em uma<br />
loja <strong>de</strong> roupas. Tornou-se sacoleira e,<br />
com o tempo, abriu seu próprio <strong>comércio</strong><br />
no Coophavilla II.<br />
A loja <strong>de</strong> artigos e roupas infantis <strong>de</strong><br />
Rozely passou recentemente por série<br />
<strong>de</strong> mudanças em conformida<strong>de</strong> com as<br />
orientações recebidas pela consultoria<br />
<strong>do</strong> Sebrae-MS. “Aumentei a altura <strong>do</strong><br />
teto, troquei o ventila<strong>do</strong>r, coloquei vitrine,<br />
instalei luminária, organizei melhor<br />
as merca<strong>do</strong>rias...”, enumera.<br />
A empresária e os <strong>de</strong>mais empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> projeto receberam, no<br />
semestre passa<strong>do</strong>, visitas <strong>de</strong> um consultor,<br />
que i<strong>de</strong>ntificou pontos críticos<br />
nos estabelecimentos e elaborou diagnósticos<br />
personaliza<strong>do</strong>s. Isso aju<strong>do</strong>u<br />
na melhoria das práticas empresariais<br />
e no avanço <strong>do</strong> faturamento. Rozely,<br />
por exemplo, estima que suas vendas<br />
aumentaram 15%.<br />
Nova mentalida<strong>de</strong><br />
“O projeto está abrin<strong>do</strong> horizontes”,<br />
afirma Lo<strong>do</strong>milson Alexandre,<br />
<strong>do</strong>no <strong>de</strong> uma drogaria e presi<strong>de</strong>nte da<br />
Associação Comercial <strong>do</strong> Coophavila II.<br />
No seu caso, as mudanças, realizadas<br />
em novembro, ajudaram a melhorar<br />
as vendas já no mês seguinte. “Em<br />
<strong>de</strong>zembro, ven<strong>de</strong>mos 6,5% acima da<br />
expectativa”, mensura.<br />
O fomento das vendas é consequência<br />
da <strong>profissionalização</strong> da ativida<strong>de</strong>. Isso<br />
implica uma série <strong>de</strong> comportamentos,<br />
que não eram, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, valoriza<strong>do</strong>s<br />
pelos empresários. Alexandre enumera<br />
algumas <strong>de</strong>ssas práticas: “Os layouts<br />
interno e externo, a exposição <strong>do</strong>s produtos,<br />
o relacionamento com os clientes,<br />
a organização <strong>do</strong> espaço; isso tu<strong>do</strong> foi<br />
orienta<strong>do</strong> na consultoria”.<br />
Outros <strong>bairros</strong><br />
De acor<strong>do</strong> com Viviane <strong>do</strong>s Santos,<br />
técnica <strong>do</strong> Sebrae-MS e responsável<br />
pelo projeto, a meta é esten<strong>de</strong>r as ações<br />
lucas pellicioni<br />
A empresária Rozely realizou diversas mudanças em sua loja após a consultoria <strong>do</strong> projeto<br />
no Coophavila II a 80 empreendimentos<br />
ainda neste ano e, posteriormente, a<br />
outras regiões. Ela explica que outros<br />
<strong>bairros</strong> – Moreninhas, Estrela Dalva,<br />
Aero Rancho, Estrela <strong>do</strong> Sul e Júlio <strong>de</strong><br />
Castilho – também estão no projeto,<br />
mas, por enquanto, recebem consultorias<br />
apenas conforme a <strong>de</strong>manda.<br />
Além das orientações sobre melhoria<br />
<strong>do</strong> espaço e relacionamento com<br />
os clientes, os empresários também<br />
receberam informações sobre linhas<br />
<strong>de</strong> crédito e taxas <strong>de</strong> juros. Isso foi feito<br />
durante o Dia <strong>do</strong> Crédito, realiza<strong>do</strong> em<br />
28 <strong>de</strong> fevereiro – foi a primeira vez que<br />
o evento aconteceu fora da se<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
Sebrae-MS.<br />
Empresários cita<strong>do</strong>s na matéria:<br />
Lo<strong>do</strong>milson Alexandre<br />
Drogaria América<br />
Telefone: (67) 3373-7066<br />
Rozely Souza Pereira<br />
Mamãe e Bebê<br />
Telefone: (67) 3373-2402<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
MPEs <strong>de</strong> MS<br />
criam 96,3 mil<br />
empregos em<br />
<strong>de</strong>z anos<br />
As micro e pequenas empresas<br />
(MPEs) – que faturam, no máximo,<br />
R$ 3,6 milhões por ano – criaram<br />
96,3 mil empregos em Mato Grosso<br />
<strong>do</strong> Sul no intervalo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos,<br />
<strong>de</strong> 2000 a 2011. O da<strong>do</strong> faz parte<br />
<strong>do</strong> Anuário <strong>do</strong> Trabalho da Micro e<br />
Pequena Empresa, elabora<strong>do</strong> pelo<br />
Sebrae em parceria com o Departamento<br />
Intersindical <strong>de</strong> Estatística e<br />
Estu<strong>do</strong>s Socioeconômicos (Dieese).<br />
Conforme o estu<strong>do</strong>, o setor<br />
que mais empregou foi o <strong>comércio</strong>,<br />
com criação <strong>de</strong> 40,8 mil vagas<br />
(55,4% <strong>do</strong> total). Em segun<strong>do</strong><br />
lugar, está a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços,<br />
com 30,7% das contratações,<br />
seguida pela indústria (9%) e<br />
construção civil (4,9%).<br />
Para este ano, a tendência é<br />
<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse quadro.<br />
De acor<strong>do</strong> com a economista Andreia<br />
Ferreira, supervisora técnica<br />
<strong>do</strong> escritório <strong>do</strong> Dieese em Mato<br />
Grosso <strong>do</strong> Sul, os cenários político<br />
e econômico <strong>do</strong> País favorecem a<br />
criação <strong>de</strong> empregos pelas MPEs.<br />
MEIs <strong>de</strong>vem<br />
fazer <strong>de</strong>claração<br />
até 31 <strong>de</strong> maio<br />
Microempreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res Individuais<br />
(MEIs) têm até o dia 31 <strong>de</strong><br />
maio <strong>para</strong> entregar a Declaração<br />
Anual Simplificada (DAS). O <strong>do</strong>cumento,<br />
que <strong>de</strong>ve ser envia<strong>do</strong><br />
pela internet, representa to<strong>do</strong> o<br />
faturamento <strong>do</strong> empresário no<br />
ano anterior. A <strong>de</strong>claração po<strong>de</strong> ser<br />
feita <strong>de</strong> forma gratuita no Portal <strong>do</strong><br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r (www.portal<strong>do</strong>empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r.gov.br).<br />
pág. 3
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Táxi: muito mais que<br />
meio <strong>de</strong> transporte,<br />
um negócio rentável<br />
<strong>Projeto</strong>s <strong>do</strong> Sebrae e Sest/Senat oferecem cursos<br />
<strong>de</strong> capacitação que ajudam os taxistas a perceber<br />
seus táxis como empresas e a lucrar mais<br />
Se um turista pe<strong>de</strong> <strong>para</strong> ir a uma<br />
parrilla, Roberto não titubeia: leva-o<br />
a uma boa churrascaria <strong>de</strong> Campo<br />
Gran<strong>de</strong>. Apren<strong>de</strong>r outras línguas<br />
– fez espanhol e, agora, estuda inglês<br />
– faz parte <strong>do</strong>s planos profissionais<br />
<strong>de</strong> Roberto Dalosto Bicca, 30 anos,<br />
responsável por um empreendimento<br />
<strong>de</strong> quatro rodas. “Sempre tive essa<br />
visão <strong>de</strong> que o táxi é uma empresa”,<br />
afirma. E, como toda empresa, o táxi<br />
<strong>de</strong>manda investimentos, o que passa<br />
pela qualificação <strong>do</strong> taxista.<br />
Bicca não precisou <strong>de</strong>sembolsar<br />
um centavo <strong>para</strong> ter noções <strong>de</strong> espanhol<br />
e inglês. Também não gastou<br />
nada <strong>para</strong> apren<strong>de</strong>r a gerenciar<br />
melhor seu negócio. Além disso, o<br />
estu<strong>do</strong> não compromete sua rotina<br />
<strong>de</strong> trabalho. Tu<strong>do</strong> isso é possibilita<strong>do</strong><br />
pelo projeto “Taxista Nota 10”, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />
pelo Sest/Senat em parceria<br />
com o Sebrae. Em março, havia,<br />
no Esta<strong>do</strong>, 190 alunos matricula<strong>do</strong>s<br />
nos três cursos (inglês, espanhol e<br />
gestão <strong>de</strong> negócio).<br />
O projeto ingressa no conjunto<br />
<strong>de</strong> ações que visam pre<strong>para</strong>r profissionais<br />
<strong>de</strong> diferentes segmentos<br />
<strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas suscitadas<br />
pelos gran<strong>de</strong>s eventos esportivos que<br />
o Brasil sediará nos próximos anos.<br />
Mas as aprendizagens <strong>de</strong>senvolvidas<br />
pelos taxistas não se restringem às<br />
oportunida<strong>de</strong>s pontuais da Copa<br />
<strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> e Olimpíadas. Mais que<br />
isso: os cursos ajudam o profissional<br />
pág. 4<br />
a fazer <strong>de</strong> seu táxi uma empresa<br />
lucrativa.<br />
A coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> projeto,<br />
Ronilda Maria <strong>de</strong> Rezen<strong>de</strong>, <strong>do</strong> Sest/<br />
Senat, informa que os taxistas po<strong>de</strong>m<br />
fazer os três cursos, mas não<br />
ao mesmo tempo. Os <strong>de</strong> idiomas<br />
têm 120 horas cada e o <strong>de</strong> gestão<br />
<strong>de</strong> negócios dura 15 meses. Ao<br />
matricular-se, o taxista recebe um<br />
CD, uma cartilha <strong>do</strong> aluno e uma <strong>de</strong><br />
exercícios. Os conteú<strong>do</strong>s e ativida<strong>de</strong>s<br />
se baseiam em situações comuns <strong>do</strong><br />
dia a dia <strong>do</strong> profissional. O estu<strong>do</strong> é<br />
realiza<strong>do</strong> conforme a disponibilida<strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> taxista. “Ele faz o próprio horário,<br />
po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ouvir o CD e praticar no veículo,<br />
enquanto espera passageiro”,<br />
afirma Ronilda. Ao final <strong>do</strong> curso, o<br />
profissional agenda e faz uma prova,<br />
observan<strong>do</strong> o prazo mínimo <strong>de</strong> 90<br />
dias.<br />
Além <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> idiomas, o<br />
taxista po<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r sobre gestão<br />
<strong>de</strong> negócios, através <strong>do</strong> recebimento<br />
em sua residência <strong>de</strong> informativo<br />
mensal elabora<strong>do</strong> pelo Sebrae. “Esse<br />
curso está me ajudan<strong>do</strong> bastante na<br />
questão da visão <strong>do</strong> táxi como negócio.<br />
Fala da importância <strong>de</strong> ter uma<br />
conversa boa, <strong>de</strong> manter o carro limpo,<br />
organiza<strong>do</strong>, <strong>de</strong> como aproveitar<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>para</strong> conseguir mais<br />
clientes...”, avalia Bicca.<br />
Ele mostra ter aprendi<strong>do</strong> algo<br />
importante <strong>para</strong> o crescimento <strong>de</strong><br />
qualquer profissional: a qualificação<br />
Para mais informações sobre o projeto Taxista Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r, acesse<br />
www.taxistaempreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r.com.br<br />
Roberto fez os cursos <strong>de</strong> idiomas e gestão <strong>de</strong> negócios. “O mun<strong>do</strong> é <strong>do</strong>s qualifica<strong>do</strong>s”, diz<br />
constante. “O mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> hoje é <strong>do</strong>s<br />
qualifica<strong>do</strong>s: quem se qualifica colhe<br />
os resulta<strong>do</strong>s”, ensina.<br />
Taxista Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r<br />
Um novo produto <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a<br />
esse público está sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> forno<br />
<strong>do</strong> Sebrae. Trata-se <strong>do</strong> Taxista Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r,<br />
projeto realiza<strong>do</strong> em<br />
parceria com a TV Brasil. “O objetivo<br />
<strong>do</strong> curso é fornecer orientações ao<br />
taxista <strong>para</strong> que ele possa ter melhor<br />
gerenciamento e buscar novas<br />
oportunida<strong>de</strong>s, visualizan<strong>do</strong> seu táxi<br />
como um negócio rentável”, afirma<br />
Weksley Gonçalves <strong>de</strong> Lima, técnico<br />
<strong>do</strong> Sebrae/MS.<br />
De acor<strong>do</strong> com o técnico, o Taxista<br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r possibilita conhecimentos<br />
mais aprofunda<strong>do</strong>s que os <strong>do</strong><br />
curso gestão <strong>de</strong> negócios, em razão<br />
da diferença meto<strong>do</strong>lógica e <strong>do</strong> material<br />
didático. Da mesma forma que<br />
o curso anterior, esse também será<br />
a distância, o que exige disciplina<br />
<strong>do</strong> profissional. No entanto, o aluno<br />
receberá, no momento da inscrição,<br />
um kit (CD, DVD e manual <strong>do</strong> aluno),<br />
através <strong>do</strong> qual terá acesso a volume<br />
saiba<br />
editora visão<br />
maior <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
a aprendizagem por meio <strong>de</strong><br />
exercícios.<br />
Entre as temáticas <strong>do</strong> curso,<br />
estão as seguintes: como fazer <strong>do</strong><br />
táxi um negócio rentável; dicas <strong>para</strong><br />
aten<strong>de</strong>r com qualida<strong>de</strong>; como fazer o<br />
marketing pessoal; noções <strong>de</strong> gestão<br />
e controle financeiro; como aproveitar<br />
o potencial turístico da cida<strong>de</strong>; e<br />
a importância <strong>de</strong> a<strong>do</strong>tar uma postura<br />
ética no trabalho. As inscrições já<br />
estão em andamento.<br />
As inscrições <strong>para</strong> os cursos <strong>de</strong><br />
idiomas <strong>de</strong>vem ser feitas diretamente<br />
no Sest/Senat. Outras informações<br />
pelo telefone: (67) 3348-8700.<br />
Os interessa<strong>do</strong>s em fazer os cursos<br />
<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> negócios e <strong>do</strong> Taxista<br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong>vem procurar o<br />
Sebrae. Informações pelo telefone:<br />
3389-5494.<br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r cita<strong>do</strong> na matéria:<br />
Roberto Dalosto Bicca<br />
Taxista<br />
Telefone: (67) 9212-1005
Os empresários Raphael e Laís também conquistaram merca<strong>do</strong> com a<br />
alimentação saudável. Acesse: empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismoms.wordpress.com<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Mudanças no comportamento <strong>de</strong> consumo<br />
fomentam setor <strong>de</strong> alimentação fora <strong>de</strong> casa<br />
Conforme especialista, empresas <strong>de</strong>vem se pre<strong>para</strong>r <strong>para</strong> aten<strong>de</strong>r a consumi<strong>do</strong>res mais exigentes<br />
As transformações no comportamento<br />
<strong>de</strong> consumo favorecem o<br />
crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> da alimentação<br />
fora <strong>de</strong> casa e exigem inovações das<br />
empresas <strong>de</strong>sse segmento. Praticida<strong>de</strong>,<br />
oferta <strong>de</strong> alimentos saudáveis e atenção<br />
à qualida<strong>de</strong> são alguns <strong>do</strong>s ingredientes<br />
que <strong>de</strong>vem fazer parte <strong>do</strong> cardápio <strong>do</strong><br />
setor <strong>para</strong> respon<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas <strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r, que está mais capitaliza<strong>do</strong>,<br />
com menos tempo e melhor informa<strong>do</strong>.<br />
O alerta vem <strong>do</strong> gestor <strong>de</strong> projetos <strong>do</strong><br />
Instituto ITPC, Lino Bianchini.<br />
Ele observa que a melhoria da renda<br />
estimula o consumo <strong>de</strong> refeições fora<br />
<strong>de</strong> casa. Esse tipo <strong>de</strong> gasto, conforme<br />
o especialista, correspon<strong>de</strong>, em média,<br />
a 38% <strong>do</strong> total das <strong>de</strong>spesas mensais<br />
<strong>do</strong>s brasileiros, patamar próximo a <strong>do</strong>s<br />
países ricos. A afirmação <strong>do</strong> especialista<br />
encontra respal<strong>do</strong> em um da<strong>do</strong> <strong>do</strong> Instituto<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />
(IBGE), que mostra avanço <strong>de</strong> 50% no<br />
faturamento <strong>de</strong> empresas <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> alimentação<br />
entre 2007 e 2010 – trata-se <strong>do</strong><br />
maior aumento entre todas as ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> serviços que aten<strong>de</strong>m prioritariamente<br />
às famílias.<br />
O consumi<strong>do</strong>r não só <strong>de</strong>stina mais<br />
dinheiro <strong>para</strong> alimentação, como também<br />
exige mais qualida<strong>de</strong>. “As pessoas<br />
estão viajan<strong>do</strong> mais. Assim, aumentam<br />
suas referências <strong>de</strong> consumo”, observa<br />
Bianchini.<br />
Ele afirma que <strong>para</strong> estar à altura<br />
<strong>de</strong>ssa exigência, a empresa <strong>de</strong>ve, além<br />
<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r bem a seus clientes, buscar<br />
diferenciais, a começar pela valorização<br />
da apresentação <strong>do</strong>s pratos. Também precisam,<br />
conforme o especialista, oferecer<br />
opções <strong>de</strong> alimentação saudável e produzida<br />
<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> sustentável, uma vez que<br />
os consumi<strong>do</strong>res estão mais preocupa<strong>do</strong>s<br />
com a saú<strong>de</strong> e com o meio ambiente.<br />
Nesse cenário, a qualificação da mão<br />
<strong>de</strong> obra se torna imprescindível. Para<br />
Bianchini, as empresas <strong>de</strong>vem investir<br />
na formação profissional e estimular<br />
suas equipes no dia a dia <strong>de</strong> trabalho.<br />
“Como a rotativida<strong>de</strong> no emprego é<br />
muito gran<strong>de</strong>, a pequena empresa <strong>de</strong>ve<br />
valorizar seus bons profissionais <strong>para</strong> não<br />
perdê-los”, afirma.<br />
Toques <strong>de</strong> chef e saú<strong>de</strong><br />
Refeição <strong>para</strong> quem preten<strong>de</strong> emagrecer<br />
ou está, simplesmente, preocupa-<br />
lucas pellicioni<br />
Refeições <strong>do</strong> Donalu; empresário Marcus Vinícius <strong>de</strong>cidiu apostar na apresentação <strong>do</strong>s pratos<br />
Saladas estão entre as preferências <strong>do</strong>s clientes <strong>do</strong> restaurante, conforme propretário<br />
lucas pellicioni<br />
<strong>do</strong> com a saú<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> lembrar algo pouco<br />
atrativo no sabor e na aparência. Essa<br />
visão certamente é apagada quan<strong>do</strong> se<br />
está diante <strong>de</strong> algum prato pre<strong>para</strong><strong>do</strong> no<br />
restaurante Donalu, em Campo Gran<strong>de</strong>.<br />
A empresa, antenada com o novo perfil<br />
<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, agrega alimentação saudável<br />
com varieda<strong>de</strong> e beleza. “Tem um<br />
toque <strong>de</strong> chef na montagem e apresentação<br />
<strong>do</strong>s pratos”, afirma o nutricionista<br />
Marcus Vinicius Martins <strong>de</strong> Barros, 32<br />
anos, proprietário <strong>do</strong> estabelecimento.<br />
Ele conta que a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> montar um<br />
restaurante com as características <strong>do</strong> Do-<br />
nalu surgiu da observação da existência<br />
<strong>de</strong> uma lacuna no segmento <strong>de</strong> alimentação<br />
fora <strong>de</strong> casa em Campo Gran<strong>de</strong>.<br />
“Alguns amigos diziam que era difícil<br />
almoçar fora, porque não havia opções<br />
<strong>de</strong> refeição mais leve”, afirma.<br />
Marcus, que já era nutricionista,<br />
resolveu, então, aprofundar em sua<br />
formação <strong>para</strong> abrir um restaurante. Fez<br />
Gastronomia e MBA (Master of Business<br />
Administration) em gestão empresarial<br />
em São Paulo e estu<strong>do</strong>u Marketing <strong>de</strong><br />
Alimentos na Espanha. Sentin<strong>do</strong>-se pre<strong>para</strong><strong>do</strong><br />
<strong>para</strong> iniciar seu empreendimento,<br />
inaugurou, há três anos, o Donalu com<br />
o diferencial <strong>de</strong> servir refeições por quilo<br />
com aspectos <strong>de</strong> pratos a la carte.<br />
“Estamos in<strong>do</strong> muito bem. As pessoas<br />
têm feito bastante propaganda boca<br />
a boca”, afirma o empresário. O que<br />
chama atenção <strong>do</strong>s clientes, segun<strong>do</strong><br />
Marcus, é a qualida<strong>de</strong> da apresentação<br />
<strong>do</strong>s pratos. “São chiques”, <strong>de</strong>fine. Para<br />
dimensionar esse aspecto, ele conta que<br />
uma das novida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> restaurante é o<br />
ceviche, refeição peruana feita com filés<br />
<strong>de</strong> lingua<strong>do</strong>.<br />
Como os frequenta<strong>do</strong>res são, em<br />
geral, pessoas preocupadas com a saú<strong>de</strong>,<br />
as saladas estão entre as refeições preferidas.<br />
E, segun<strong>do</strong> o empresário, <strong>para</strong> que<br />
haja um toque <strong>de</strong> chef, são colocadas,<br />
nesses pratos, sementes <strong>de</strong> quinoa, linhaça,<br />
amaranto ou gergelim. Elegância<br />
e saú<strong>de</strong> afinadas com as exigências <strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r mais informa<strong>do</strong> e em busca<br />
<strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Empresário cita<strong>do</strong> na matéria:<br />
Marcus Vinícius <strong>de</strong> Barros<br />
Donalu<br />
Telefone: (67) 3305-5712<br />
pág. 5
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Sebastiana e Maria, nascidas na área rural, têm retorno financeiro com ativida<strong>de</strong>s aprendidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meninas<br />
pág. 6<br />
<strong>de</strong>las. “Antes, quase não vendia farinha.<br />
Era só pra gente mesmo. Só<br />
vendia <strong>de</strong> vez em quan<strong>do</strong> pra algum<br />
vizinho”, conta Sebastiana.<br />
Com a formalização <strong>do</strong> negócio<br />
e o trabalho na feira, as duas passaram<br />
a ter uma renda com a ativida<strong>de</strong><br />
ensinada pela mãe. “A gente tira<br />
mais ou menos R$ 1,5 mil por mês”,<br />
estima Sebastiana. “Essa feira foi<br />
uma bênção!”, acrescenta.<br />
A Feira Livre <strong>do</strong> Pequeno Produtor<br />
é uma das ações <strong>de</strong>senvolvidas<br />
pela Prefeitura <strong>de</strong> Aparecida <strong>do</strong> Taboa<strong>do</strong><br />
através <strong>do</strong> Prolocal. Segun<strong>do</strong><br />
a agente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local,<br />
Cristiane Men<strong>de</strong>s, o espaço tem 44<br />
boxes e to<strong>do</strong>s estão ocupa<strong>do</strong>s.<br />
Além da feira, diversas outras<br />
ações relativas ao Prolocal estão em<br />
andamento ou estão sen<strong>do</strong> planejadas<br />
pela prefeitura local. Entre as citadas<br />
por Cristiane, estão as seguintes:<br />
capacitação profissional, cadastramento<br />
<strong>de</strong> pequenos produtores rurais,<br />
elaboração <strong>do</strong> perfil agropecuário <strong>do</strong><br />
município, rodada <strong>de</strong> negócios <strong>para</strong><br />
a indústria, serviços e <strong>comércio</strong> e<br />
verificação das potencialida<strong>de</strong>s e fragilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong> turismo da cida<strong>de</strong> através<br />
<strong>de</strong> entrevistas com turistas.<br />
Retorno ao campo<br />
Como as irmãs Fagun<strong>de</strong>s, Maria<br />
Rodrigues nasceu e cresceu na área<br />
rural. “Fui criada em um sítio no<br />
Nor<strong>de</strong>ste. Mu<strong>de</strong>i ainda menina pra<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul e continuei no<br />
campo”, conta. Hoje, ela mora no<br />
assentamento Carlos Roberto Soares<br />
<strong>de</strong> Melo, em Sonora, norte <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>, na divisa com Mato Grosso.<br />
As circunstâncias adversas quase<br />
Mulheres <strong>de</strong> Itaquiraí <strong>de</strong>senvolvem trabalho artesanal com fibra <strong>de</strong><br />
bananeira. Leia mais em www.prolocal.ms.sebrae.com.br/portal<br />
Com o Prolocal, mulheres transformam o<br />
conhecimento da infância em fonte <strong>de</strong> renda<br />
conhecimento que Maria Ro-<br />
O drigues e Sebastiana Fagun<strong>de</strong>s<br />
da Silva têm sobre produção brotou<br />
da terra. Maria, 51 anos, nasceu no<br />
campo, on<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>u a plantar,<br />
criar animais e a produzir alimentos<br />
diversos. Sebastiana, 58, também<br />
nascida na área rural, cresceu produzin<strong>do</strong><br />
farinha <strong>de</strong> mandioca e <strong>de</strong><br />
milho. Nos últimos anos, as duas<br />
mulheres inauguraram novo capítulo<br />
em suas vidas: apren<strong>de</strong>ram a empreen<strong>de</strong>r,<br />
transforman<strong>do</strong> o trabalho,<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância, em<br />
renda. Isso foi possível através das<br />
ações <strong>do</strong> Prolocal (Programa <strong>de</strong><br />
Apoio ao Desenvolvimento Econômico<br />
<strong>do</strong>s Municípios) <strong>do</strong> Sebrae.<br />
“Nasci e me criei na fazenda”,<br />
afirma Sebastiana, mora<strong>do</strong>ra <strong>de</strong><br />
Aparecida <strong>do</strong> Taboa<strong>do</strong>, leste <strong>de</strong> Mato<br />
Grosso <strong>do</strong> Sul, na divisa com São<br />
Paulo e Minas Gerais. “Aprendi tu<strong>do</strong><br />
com minha mãe, Augusta Fagun<strong>de</strong>s<br />
da Silva, já falecida”, conta.<br />
A mãe continua presente no trabalho<br />
<strong>de</strong> Sebastiana. Não apenas por<br />
ter ensina<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> à filha, mas<br />
também por emprestar seu nome a<br />
um <strong>do</strong>s pavilhões da Feira Livre <strong>do</strong><br />
Pequeno Produtor, on<strong>de</strong> a empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra<br />
ven<strong>de</strong> suas farinhas.<br />
No local, Sebastiana e a irmã,<br />
Valcely, <strong>de</strong> 65 anos, produzem e<br />
ven<strong>de</strong>m uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> farinhas<br />
– além da <strong>de</strong> mandioca e <strong>de</strong> milho,<br />
há também outras menos comuns,<br />
como a <strong>de</strong> berinjela e <strong>de</strong> banana.<br />
Produzir essas farinhas não é problema<br />
<strong>para</strong> as irmãs – afinal, elas têm<br />
familiarida<strong>de</strong> com o processo <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> meninas. No entanto,<br />
a ativida<strong>de</strong> não era fonte <strong>de</strong> renda<br />
Sebastiana (à frente) e Valcely com seus familiares no box on<strong>de</strong> comercializam as farinhas<br />
levaram Maria a trocar o campo pela<br />
cida<strong>de</strong>. “Eu e meu mari<strong>do</strong> chegamos<br />
a aban<strong>do</strong>nar o sítio, porque a gente<br />
não conseguia produzir nada”, lembra-se.<br />
O retorno foi impulsiona<strong>do</strong><br />
por iniciativas que possibilitaram a<br />
melhoria <strong>de</strong> renda <strong>do</strong> casal. Trata-se<br />
<strong>do</strong> Programa Bal<strong>de</strong> Cheio – meto<strong>do</strong>logia<br />
<strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> tecnologia<br />
que <strong>colabora</strong> <strong>para</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da pecuária leiteira – e <strong>do</strong><br />
Programa Nacional <strong>de</strong> Alimentação<br />
Escolar (Pnae). A participação <strong>de</strong><br />
Maria e <strong>do</strong> mari<strong>do</strong>, José João Pereira,<br />
nesses programas ocorreu após se<br />
formalizarem como empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />
individuais, o que foi possibilita<strong>do</strong><br />
por ações realizadas pela prefeitura<br />
no âmbito <strong>do</strong> Prolocal.<br />
Através <strong>do</strong> Pnae, Maria e José<br />
abastecem escolas <strong>de</strong> Sonora e <strong>de</strong><br />
Coxim com rapadura <strong>de</strong> cana, colorau<br />
e pão integral. Esse <strong>comércio</strong>,<br />
Camila Helen <strong>de</strong> Jesus/ Jornal <strong>do</strong> Bolsão<br />
soma<strong>do</strong> à venda <strong>de</strong> leite, traz ao casal<br />
retorno médio mensal <strong>de</strong> R$ 2,5<br />
mil. “Quan<strong>do</strong> começar a funcionar<br />
o laticínio no assentamento, o rendimento<br />
vai ser maior ainda”, afirma.<br />
E não só a renda que cresce. O<br />
conhecimento <strong>de</strong> Maria também.<br />
“A prefeitura e o pessoal <strong>do</strong> Sebrae<br />
têm ajuda<strong>do</strong> muito a gente com<br />
palestras. Aprendi bastante sobre<br />
como administrar o sítio. Isso ajuda<br />
a mudar o nosso jeito, a visão das<br />
coisas”, avalia. E acrescenta: “De<br />
uns três anos pra cá melhorou <strong>de</strong>mais<br />
nossa vida. Antes, a gente não<br />
conseguia produzir, não tinha nada.<br />
Hoje, eu e meu mari<strong>do</strong> estamos bem<br />
e vamos melhor mais ainda”.<br />
Além da melhorar a renda, Maria<br />
realizou uma conquista maior. Ela<br />
conseguiu permanecer no seu universo,<br />
no lugar que conhece <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a infância: o campo.
Conheça melhor o trabalho <strong>do</strong>s agentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local em<br />
www.prolocal.ms.sebrae.com.br/portal<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Após curso, agentes arregaçam as mangas<br />
e partem <strong>para</strong> a ação em seus municípios<br />
Diagnóstico <strong>do</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo e planejamento <strong>de</strong> capacitações estão entre as primeiras ativida<strong>de</strong>s<br />
Viviane e Michelle estão se<strong>para</strong>das<br />
por 465 quilômetros, mas se<br />
mostram muito próximas quan<strong>do</strong> o<br />
assunto envolve economia e gestão<br />
municipal. As duas realizaram, em<br />
fevereiro <strong>de</strong>ste ano, o Curso Avança<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> Agente <strong>de</strong> Desenvolvimento,<br />
ação pioneira <strong>do</strong> Sebrae/MS. A partir<br />
<strong>do</strong> curso, elas iniciaram o trabalho,<br />
i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> problemas e buscan<strong>do</strong><br />
algumas saídas <strong>para</strong> o crescimento <strong>do</strong><br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>rismo em suas cida<strong>de</strong>s..<br />
“Através <strong>do</strong> curso, eu pu<strong>de</strong> visualizar<br />
a importância <strong>do</strong> agente <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento”, afirma Viviane<br />
Cristina Magosso, <strong>de</strong> Rio Negro.<br />
Numa consonância <strong>de</strong> pensamento,<br />
Michelle Oliveira <strong>do</strong> Espírito Santo,<br />
<strong>de</strong> Corumbá, avalia: “Consegui visualizar<br />
com maior clareza meu papel<br />
no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong><br />
meu município”.<br />
Para começo <strong>de</strong> trabalho, Viviane<br />
<strong>de</strong>cidiu conhecer a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />
cida<strong>de</strong>. Ela contou que está sen<strong>do</strong><br />
realiza<strong>do</strong> um levantamento <strong>para</strong> saber<br />
quem é o empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>r <strong>de</strong> Rio<br />
Negro. Nas primeiras entrevistas, a<br />
agente notou que é alto o nível <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sinformação. “Tem muita gente<br />
formalizada, mas sem informações”,<br />
observa.<br />
Para possibilitar maior conhecimento<br />
aos empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res, Viviane<br />
planeja levar ao município cursos <strong>do</strong><br />
projeto Nascer Bem, <strong>do</strong> Sebrae.<br />
Parceria com Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>de</strong>ve agilizar aplicação <strong>de</strong> Lei Geral<br />
Os benefícios previstos na Lei Geral<br />
<strong>de</strong>vem chegar com mais eficiência<br />
aos empresários <strong>de</strong> micro e pequenas<br />
empresas a partir <strong>de</strong>sse ano. Através<br />
<strong>do</strong> <strong>Projeto</strong> Prosperar, uma parceria<br />
entre o Sebrae, Associação <strong>do</strong>s<br />
Membros <strong>do</strong> Tribunal <strong>de</strong> Contas <strong>do</strong><br />
Brasil (Atricon), TCE/MS, Assomasul,<br />
Instituto Rui Barbosa (RB) e o Governo<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, os gestores municipais e<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res serão orienta<strong>do</strong>s sobre<br />
a lei durante fóruns regionais a serem<br />
realiza<strong>do</strong>s até mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> segun<strong>do</strong><br />
semestre.<br />
De acor<strong>do</strong> com o técnico <strong>do</strong> Sebrae/<br />
MS, Jorge Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Barros Veneza, a<br />
parceria é importante pois o Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas passa a contribuir no acompanhamento<br />
e na capacitação das equipes<br />
técnicas das prefeituras fazen<strong>do</strong> os<br />
sebrae/ms<br />
Participantes <strong>do</strong> Curso Avança<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agente <strong>de</strong> Desenvolvimento, realiza<strong>do</strong> pelo Sebrae-MS<br />
Michelle também traça ações em<br />
conformida<strong>de</strong> com as <strong>de</strong>ficiências<br />
<strong>do</strong> município. Conforme ela, a burocracia<br />
tem si<strong>do</strong> uma das maiores<br />
responsáveis pela quantida<strong>de</strong> elevada<br />
<strong>de</strong> empreendimentos informais em<br />
Corumbá. “Em um primeiro momento<br />
temos como foco a <strong>de</strong>sburocrati-<br />
benefícios da lei chegaram às pequenas<br />
empresas. “Mas é preciso <strong>de</strong>ixar claro<br />
que, neste primeiro momento, a intenção<br />
é orientar os gestores públicos <strong>do</strong>s<br />
benefícios previstos na Lei Geral”.<br />
Além <strong>de</strong> dinamizar a execução da<br />
Lei Geral em municípios que já a implantaram,<br />
o projeto <strong>de</strong>verá expandir<br />
a regulamentação <strong>do</strong> dispositivo. Em<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, 13 prefeituras não<br />
zação <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong><br />
MPEs”, planeja.<br />
Outro objetivo da prefeitura <strong>de</strong><br />
Corumbá é melhorar a qualificação<br />
<strong>do</strong>s empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res. “Preten<strong>de</strong>mos<br />
realizar um programa <strong>de</strong> capacitação<br />
<strong>para</strong> o MEI em três módulos,<br />
compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oficina <strong>para</strong><br />
preenchimento <strong>do</strong>s formulários <strong>do</strong><br />
MEI até méto<strong>do</strong>s <strong>para</strong> planejamento<br />
financeiro e técnicas <strong>de</strong> marketing e<br />
vendas”, conta. Ela informa que o<br />
programa foi batiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> “Negócio<br />
Legal” com início em abril.<br />
Também será realiza<strong>do</strong> o evento<br />
“Fomenta Corumbá”, nos dias 25 e<br />
26 <strong>de</strong> abril, que <strong>de</strong>verá contar com<br />
parceria <strong>do</strong> Sebrae <strong>para</strong> capacitação<br />
<strong>do</strong>s proprietários <strong>de</strong> micro e pequenas<br />
empresas <strong>para</strong> participarem <strong>de</strong><br />
compras governamentais.<br />
O Curso Avança<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agente<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento foi realiza<strong>do</strong><br />
em Campo Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> 19 a 22 <strong>de</strong><br />
fevereiro e contou com a participação<br />
<strong>de</strong> funcionários das prefeituras<br />
<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 municípios <strong>de</strong> Mato<br />
Grosso <strong>do</strong> Sul.<br />
a<strong>do</strong>taram a lei.<br />
No Esta<strong>do</strong>, os fóruns serão realiza<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> abril a setembro em seis municípios,<br />
com participação <strong>do</strong>s gestores e<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s vizinhas.<br />
O calendário é o seguinte: 25 <strong>de</strong> abril<br />
em Corumbá; 23 <strong>de</strong> maio, Doura<strong>do</strong>s;<br />
20 <strong>de</strong> junho, São Gabriel <strong>do</strong> Oeste; 18<br />
<strong>de</strong> julho, Naviraí; 22 <strong>de</strong> agosto, Três<br />
Lagoas; 19 <strong>de</strong> setembro, Bonito.<br />
pág. 7
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Demanda aquecida<br />
gera oportunida<strong>de</strong>s<br />
no setor <strong>de</strong> mandioca<br />
Mudanças no perfil <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r brasileiro<br />
estimulam expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e exigem<br />
maior <strong>profissionalização</strong> <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res<br />
Com a valorização das commodities<br />
agrícolas, pouco se fala <strong>de</strong> mandioca<br />
e <strong>do</strong> potencial sul-mato-grossense nessa<br />
cultura. No entanto, fora <strong>do</strong>s holofotes,<br />
a raiz, sobretu<strong>do</strong> a <strong>de</strong> mesa (congelada<br />
ou in natura), ganha merca<strong>do</strong> com o<br />
aumento da procura. Para Auro Akio<br />
Otsubo, pesquisa<strong>do</strong>r da Embrapa Agropecuária<br />
Oeste, em Doura<strong>do</strong>s, a <strong>de</strong>manda<br />
crescente exige maior <strong>profissionalização</strong><br />
<strong>do</strong>s micro e pequenos empreendimentos<br />
<strong>do</strong> segmento.<br />
A mandioca está entre as principais<br />
culturas <strong>de</strong> Mato Grosso <strong>do</strong> Sul. A partir<br />
<strong>de</strong> análises <strong>do</strong> Valor Bruto da Produção<br />
pág. 8<br />
Agrícola (VBPA), medi<strong>do</strong> pelo Ministério<br />
da Agricultura, Abastecimento e Pecuária<br />
(Mapa), Otsubo informa que a raiz é o<br />
quinto produto mais valoriza<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong>,<br />
fican<strong>do</strong> atrás da soja, milho, cana <strong>de</strong><br />
açúcar e algodão. Em 2011 (último da<strong>do</strong><br />
consolida<strong>do</strong>), o VBPA da mandioca <strong>de</strong> MS<br />
somou R$ 131 milhões.<br />
Esses números po<strong>de</strong>m ser explica<strong>do</strong>s<br />
pela mudança <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong> consumo <strong>do</strong>s<br />
brasileiros, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o pesquisa<strong>do</strong>r.<br />
As pessoas, com menos tempo e com<br />
maior po<strong>de</strong>r aquisitivo, preferem pagar<br />
mais caro por alimentos que lhes exigem<br />
menos trabalho no consumo. Assim,<br />
Material <strong>do</strong> Sebrae apresenta um panorama sobre o merca<strong>do</strong> da farinha <strong>de</strong><br />
mandioca. Acesse: www.biblioteca.sebrae.com.br<br />
sebrae/ms<br />
Mandioca, com merca<strong>do</strong> em expansão, oferece oportunida<strong>de</strong>s a empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong> MS<br />
subprodutos da raiz, como mandioca<br />
congelada, ganham espaço no merca<strong>do</strong>.<br />
Obsubo explica que as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
mandioca <strong>de</strong> mesa, diferentemente das<br />
produzidas <strong>para</strong> a indústria <strong>de</strong> fécula,<br />
<strong>de</strong>mandam menos tempo <strong>para</strong> colheita.<br />
Além disso, têm nicho <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> maior<br />
e preços melhores. No entanto, sua produção<br />
exige qualida<strong>de</strong> que, conforme<br />
o pesquisa<strong>do</strong>r, os empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
Agricultores familiares produzem mandioca<br />
chips <strong>de</strong> olho na Copa <strong>do</strong> Mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2014<br />
De olho na Copa <strong>de</strong> 2014, Mato<br />
Grosso <strong>do</strong> Sul se pre<strong>para</strong> <strong>para</strong> apresentar<br />
ao mun<strong>do</strong> a mandioca chips<br />
produzida por agricultores familiares.<br />
Segun<strong>do</strong> João <strong>de</strong> Almeida, diretor presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>do</strong> Ibra<strong>de</strong>pp (Instituto Brasileiro<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento e Políticas Pública<br />
Zilda Arns), o Esta<strong>do</strong> se apressa <strong>para</strong> ter,<br />
no próximo ano, a primeira agroindústria<br />
<strong>para</strong> produção <strong>de</strong> mandioca chips<br />
da região Centro-Oeste.<br />
Um passo importante foi da<strong>do</strong> no<br />
ano passa<strong>do</strong>: a produção experimental<br />
da mandioca chips. Isso foi possível graças<br />
à parceria entre a Ibra<strong>de</strong>pp, a Cooperver<strong>de</strong><br />
(cooperativa <strong>de</strong> agricultores<br />
prefeitura <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong><br />
Mandioca chips, uma das opções <strong>de</strong> merca<strong>do</strong><br />
familiares <strong>do</strong> assentamento Campo Ver<strong>de</strong><br />
em Terenos, que produz e comercializa a<br />
raiz) e uma pequena indústria no interior<br />
<strong>de</strong> São Paulo.<br />
A mandioca chips já é comercializada<br />
em alguns pontos <strong>de</strong> Vista Alegre <strong>do</strong> Alto<br />
(SP), on<strong>de</strong> fica a indústria parceira. Em<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, o produto está<br />
sen<strong>do</strong> distribuí<strong>do</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong>gustação.<br />
Trata-se <strong>de</strong> estratégia <strong>para</strong> fomentar<br />
a comercialização, que <strong>de</strong>ve ter início<br />
em maio.<br />
Com a agroindústria, que será<br />
construída em Terenos, to<strong>do</strong> o processo<br />
produtivo ocorrerá em Mato Grosso <strong>do</strong><br />
Sul. “O objetivo é realizar toda a ca<strong>de</strong>ia<br />
aqui, da produção à venda”, afirma<br />
João Nogueira Meireles, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Coopever<strong>de</strong>. Ele salienta que o projeto<br />
não vai beneficiar apenas produtores<br />
<strong>do</strong> assentamento Campo Ver<strong>de</strong>, mas<br />
os agricultores familiares <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
mo<strong>do</strong> geral.<br />
Esta<strong>do</strong> ainda precisam alcançar.<br />
Para a merenda<br />
A agricultora Maria Ednalva Lopes, 31<br />
anos, está entre os que sabem aproveitar<br />
as oportunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> da mandioca.<br />
Em uma área <strong>de</strong> três hectares em<br />
Ribas <strong>do</strong> Rio Par<strong>do</strong>, ela e o mari<strong>do</strong>, Márcio<br />
Rogério <strong>de</strong> Abreu, 36, produzem a raiz,<br />
que abastece o merca<strong>do</strong> local. O carro<br />
chefe <strong>do</strong> negócio é a mandioca congelada,<br />
vendida à prefeitura <strong>para</strong> ser usada<br />
na merenda escolar – é preciso consi<strong>de</strong>rar<br />
que nem todas as escolas compram a raiz<br />
<strong>para</strong> alimentação <strong>do</strong>s alunos.<br />
Maria conta que o faturamento mensal<br />
é, em média, R$ 4 mil. E o valor <strong>de</strong>ve<br />
crescer com o projeto <strong>do</strong> casal <strong>de</strong> construir<br />
um espaço <strong>para</strong> o processamento da raiz<br />
e começar a empacotar o produto.<br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res cita<strong>do</strong>s<br />
nas matérias:<br />
Maria Lopes e Márcio <strong>de</strong> Abreu<br />
(produção <strong>de</strong> mandioca congelada)<br />
Telefone: (67) 9636-4046<br />
João Nogueira Meireles<br />
Coopever<strong>de</strong><br />
Telefone: (67) 9604-0144
Pesquisa mostra que o sonho <strong>de</strong> 44% <strong>do</strong>s brasileiros é abrir um negócio. Leia<br />
matéria em: www.ms.agenciasebrae.com.br<br />
Uma loja <strong>de</strong> lingeries construída<br />
a partir <strong>de</strong> muitas pedaladas<br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra iniciou<br />
negócio ven<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
casa em casa e usan<strong>do</strong><br />
uma bicicleta <strong>para</strong><br />
entregar as merca<strong>do</strong>rias<br />
De pedalada em pedalada, Jac Cele<br />
Rodrigues construiu uma loja <strong>de</strong> lingerie<br />
em Campo Gran<strong>de</strong>, que tem, hoje,<br />
1,5 mil clientes e emprega 14 pessoas.<br />
Além da <strong>de</strong>terminação, ela avalia que a<br />
paciência, foco e <strong>de</strong>stinação correta <strong>do</strong><br />
dinheiro da empresa foram importantes<br />
<strong>para</strong> o crescimento <strong>do</strong> negócio.<br />
Jac Cele não se diferencia apenas na<br />
singularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu nome. Também se<br />
<strong>de</strong>staca por ter, conforme afirma, uma<br />
certeza interior <strong>de</strong> que as coisas vão dar<br />
certo. Pensan<strong>do</strong> assim, resolveu montar a<br />
própria empresa após adquirir experiência<br />
como representante comercial, época em<br />
que saía <strong>de</strong> bicicleta pelos <strong>bairros</strong> <strong>de</strong> sua<br />
região, baten<strong>do</strong> <strong>de</strong> porta em porta. Na<br />
garupa, carregava uma bolsa enorme,<br />
que se tornava ainda maior nas ruas sem<br />
asfalto e nas subidas.<br />
Em 2007, ela montou sua empresa,<br />
a Lua <strong>de</strong> Mel Lingeries. No entanto, sem<br />
planejamento, <strong>de</strong>sistiu <strong>do</strong> negócio em<br />
menos <strong>de</strong> um ano e voltou a trabalhar<br />
como empregada. Mas foi por pouco<br />
tempo. Depois <strong>de</strong> <strong>do</strong>is meses, pediu <strong>de</strong>missão<br />
e <strong>de</strong>cidiu entrar com tu<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> lingeries. Ven<strong>de</strong>u o velho Palio<br />
da família e comprou merca<strong>do</strong>rias. Cada<br />
centavo se transformava em investimento.<br />
Em 2009, com ajuda <strong>do</strong> Sebrae/MS, ela<br />
formalizou a empresa e, no mesmo ano,<br />
contratou o seu primeiro ven<strong>de</strong><strong>do</strong>r.<br />
A Lua <strong>de</strong> Mel é, hoje, uma das das<br />
maiores distribui<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> lingeries <strong>de</strong><br />
Campo Gran<strong>de</strong> e esten<strong>de</strong> seu <strong>comércio</strong><br />
<strong>para</strong> o interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. E, neste ano,<br />
Jac Cele (<strong>de</strong> preto) e parte da equipe da Lua <strong>de</strong> Mel Lingerie; ao to<strong>do</strong>, são 14 funcionários<br />
expansão <strong>de</strong>verá ser ainda maior. Jac,<br />
que será candidata ao prêmio Mulher<br />
<strong>de</strong> Negócios <strong>de</strong> 2013, inicia a construção<br />
<strong>do</strong> prédio da loja e projeta a entrada no<br />
merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> e-commerce.<br />
Aprendiza<strong>do</strong>s<br />
A trajetória empresarial <strong>de</strong> Jac lhe<br />
possibilitou alguns aprendiza<strong>do</strong>s. O primeiro<br />
<strong>de</strong>les é a paciência que, <strong>para</strong> ela,<br />
tem mais a ver com “alma <strong>do</strong> negócio”<br />
<strong>do</strong> que a propaganda. “A pessoa tem que<br />
persistir, saber esperar”, afirma.<br />
Ela também apren<strong>de</strong>u que “dinheiro<br />
editora visão<br />
arquivo pessoal<br />
Empresária com a filha na época em que usava a bicicleta <strong>para</strong> comercializar seus produtos<br />
da empresa é da empresa”. “No início,<br />
você não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r daquele negócio<br />
<strong>para</strong> pagar contas <strong>de</strong> sua casa. Se não,<br />
você <strong>de</strong>scapitaliza a empresa”. Praticida<strong>de</strong>,<br />
ter os pés no chão e focar no trabalho<br />
foram os outros aprendiza<strong>do</strong>s.<br />
Jac Cele tem 30 anos e está gestante.<br />
Vive momento muito diferente <strong>de</strong> quan<strong>do</strong>,<br />
com 16 anos, <strong>de</strong>u à luz a filha Érica.<br />
Josué, que chega ao mun<strong>do</strong> em três meses,<br />
não verá a mãe pedalan<strong>do</strong> e baten<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> casa em casa atrás <strong>de</strong> clientes. E Érica,<br />
que completa 15 anos em 2014, terá a<br />
festa <strong>de</strong> <strong>de</strong>butante que a mãe não teve.<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
<strong>do</strong> empretec<br />
<strong>para</strong> a venda<br />
<strong>de</strong> franquias<br />
Cor<strong>de</strong>iro, avestruz, jacaré, porco...<br />
A “caçada” diária <strong>para</strong> matar a fome<br />
<strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> hambúrgueres<br />
especiais <strong>de</strong>u tão certo que Rafael<br />
Petinari, 27 anos, Renato Pasolini,<br />
26, e Diogo Saad, 28, já planejam<br />
ven<strong>de</strong>r franquias da empresa campo-<br />
-gran<strong>de</strong>nse Safari Hamburgueria. O<br />
empreendimento faz parte <strong>do</strong>s 20<br />
anos <strong>do</strong> Empretec, seminário realiza<strong>do</strong><br />
pelo Sebrae e <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a empresários<br />
e/ou pessoas interessadas em montar<br />
o próprio negócio.<br />
Rafael e Diogo fizeram vários<br />
cursos no Sebrae, entre os quais o Empretec.<br />
Depois, indicaram o seminário<br />
a Renato. “O curso abriu minha mente<br />
e rompeu as barreiras que impediam<br />
<strong>de</strong> seguir em frente”, avalia Petinari.<br />
A empresa, que se diferencia<br />
pela oferta <strong>de</strong> hambúrgueres feitos<br />
<strong>de</strong> carnes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
animais (<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vem o nome Safari),<br />
cresceu rápi<strong>do</strong>. Em um ano e meio, foi<br />
aberta a segunda loja e o projeto <strong>do</strong>s<br />
empresários no momento é comercializar<br />
franquias.<br />
arquivo pessoal<br />
Lanche “gigante” da Safari Hamburgueria<br />
Empresários cita<strong>do</strong>s na matéria:<br />
Jac Cele Rodrigues<br />
Lua <strong>de</strong> Mel Lingerie<br />
Telefone: (67) 3354-2991<br />
Diogo Saad, Rafael Petinari e<br />
Renato Pasolini<br />
Safari Hamburgueria<br />
Telefone: (67) 3044-0010<br />
pág. 9
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Fábricas <strong>de</strong> chocolate<br />
usam a criativida<strong>de</strong><br />
<strong>para</strong> atrair clientes<br />
Pesquisa mostra que 86% <strong>do</strong>s fabricantes caseiros<br />
<strong>de</strong> chocolate investem em itens personaliza<strong>do</strong>s<br />
<strong>para</strong> não per<strong>de</strong>r merca<strong>do</strong> às gran<strong>de</strong>s marcas<br />
Quase unanimida<strong>de</strong> entre os paladares,<br />
o chocolate é um presente<br />
que combina com muitas ocasiões:<br />
Páscoa, Dia <strong>do</strong>s Namora<strong>do</strong>s, das Mães,<br />
das Crianças, Natal e aniversários.<br />
Por essa razão, a iguaria proporciona<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio durante o<br />
ano to<strong>do</strong> às fábricas caseiras. Mas,<br />
como driblar as gran<strong>de</strong>s marcas, que<br />
contam com forte publicida<strong>de</strong> <strong>para</strong><br />
divulgar seus produtos? A estratégia<br />
usada pelos pequenos negócios tem<br />
si<strong>do</strong> a criativida<strong>de</strong> na produção <strong>de</strong> itens<br />
diferencia<strong>do</strong>s e personaliza<strong>do</strong>s.<br />
“Como a fabricação não é em<br />
série, cada produto é único, como se<br />
fosse feito especialmente <strong>para</strong> cada<br />
pessoa”, afirma a empresária Andrea<br />
Diniz, que trabalha com <strong>do</strong>ces há 11<br />
anos. Na última Páscoa, por exemplo,<br />
ela apostou em uma novida<strong>de</strong>, que<br />
pág. 10<br />
Saiba mais sobre as estratégias <strong>de</strong> empresários <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> chocolate <strong>para</strong><br />
aumentar as vendas. Acesse: http://sebrae.ms/radioweb<br />
agra<strong>do</strong>u tanto que se tornou seu carro-<br />
-chefe: o chama<strong>do</strong> “ovo <strong>de</strong> colher”. “É<br />
uma banda <strong>de</strong> ovo com muito recheio.<br />
Para comer esse recheio, a pessoa usa<br />
uma colher”, explica.<br />
A visão <strong>de</strong> Andrea é partilhada por<br />
outros empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res que partici<strong>para</strong>m<br />
da pesquisa “Competitivida<strong>de</strong> das<br />
Micro e Pequenas Empresas no Perío<strong>do</strong><br />
da Páscoa”, realizada pelo Sebrae/MS<br />
em fevereiro <strong>de</strong>ste ano. O estu<strong>do</strong> se<br />
refere à Páscoa, mas suas conclusões<br />
po<strong>de</strong>m se esten<strong>de</strong>r a outros perío<strong>do</strong>s,<br />
marca<strong>do</strong>s pela intensificação <strong>do</strong> <strong>comércio</strong><br />
<strong>do</strong> chocolate. A maioria <strong>do</strong>s<br />
entrevista<strong>do</strong>s (86%) afirmarou que<br />
os produtos diferencia<strong>do</strong>s são os mais<br />
procura<strong>do</strong>s pelos clientes.<br />
Na avaliação <strong>de</strong> Andrea, usar a<br />
criativida<strong>de</strong> na oferta <strong>de</strong> produtos<br />
singulares valoriza o consumi<strong>do</strong>r, tornan<strong>do</strong>-o especial. Essa consi<strong>de</strong>ração<br />
é en<strong>do</strong>ssada pela pesquisa <strong>do</strong> Sebrae,<br />
segun<strong>do</strong> a qual produtos personaliza<strong>do</strong>s<br />
atraem o consumi<strong>do</strong>r – <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s,<br />
23% citaram esse aspecto.<br />
Fonte: Sebrae-MS De acor<strong>do</strong> com Andrea, as empresas<br />
caseiras também ganham das<br />
gran<strong>de</strong>s marcas na queda <strong>de</strong> braço <strong>do</strong>s<br />
preços. “Os nossos (produtos) são mais<br />
baratos”, assegura.<br />
Produtos mais procura<strong>do</strong>s<br />
no perío<strong>do</strong> da Páscoa<br />
Chocolate é um <strong>do</strong>s presentes que caem bem em datas, como a <strong>do</strong> Dia <strong>do</strong>s Namora<strong>do</strong>s<br />
Produtos diferencia<strong>do</strong>s, como os <strong>de</strong> Andrea, tornam as fábricas caseiras mais competitivas<br />
Peso econômico<br />
A importância econômica da produção<br />
caseira <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> chocolate<br />
po<strong>de</strong> ser percebida nos empregos cria<strong>do</strong>s<br />
pelas empresas <strong>do</strong> setor. Conforme<br />
a pesquisa <strong>do</strong> Sebrae/MS, 57% <strong>do</strong>s<br />
reprodução<br />
arquivo pessoal<br />
empreendimentos têm <strong>de</strong> um a 49<br />
funcionários.<br />
A pesquisa mostra, ainda, outro<br />
indicativo <strong>de</strong> boa saú<strong>de</strong> econômica<br />
<strong>do</strong> segmento: a entrada <strong>de</strong> novas empresas<br />
no merca<strong>do</strong> em menos <strong>de</strong> uma<br />
década. A maioria (43%) nasceu entre<br />
<strong>do</strong>is e cinco anos. Apenas nos <strong>do</strong>is últimos<br />
anos, foram constituídas 14% <strong>do</strong><br />
total das fábricas caseiras participantes<br />
<strong>do</strong> levantamento.<br />
Empresária citada na matéria:<br />
Andrea Diniz<br />
Andrea Doces<br />
Telefone: (67) 3362-0180<br />
www.andrea<strong>do</strong>ces.com.br
Reiner Alves fala mais sobre o cartão FCO em entrevista <strong>para</strong> a Estação<br />
Sebrae Rádio Web. Acesse: http://sebrae.ms/radioweb<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Cartão FCO: nova opção <strong>de</strong> crédito <strong>para</strong><br />
micro e pequenos negócios <strong>do</strong> MS<br />
Segun<strong>do</strong> o Banco <strong>do</strong> Brasil, cartão já liberou mais <strong>de</strong> R$ 9,4 milhões <strong>de</strong> recursos <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> no Esta<strong>do</strong>.<br />
Os empresários <strong>de</strong> Mato Grosso <strong>do</strong><br />
Sul têm disponível, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> fevereiro,<br />
um instrumento <strong>de</strong> crédito que<br />
facilita e agiliza o acesso aos recursos<br />
<strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Constitucional <strong>do</strong> Centro<br />
Oeste (FCO). Trata-se <strong>do</strong> Cartão FCO<br />
que, em um mês, já movimentou mais<br />
<strong>de</strong> R$ 9,4 milhões no Esta<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong><br />
informa o gerente <strong>de</strong> Negócios <strong>do</strong><br />
Banco <strong>do</strong> Brasil (BB), Reiner Alves. O<br />
cartão tem juros a partir <strong>de</strong> 3% ao<br />
ano, abaixo da média <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
“A novida<strong>de</strong> representa um avanço<br />
nos esforços <strong>para</strong> aperfeiçoar o<br />
FCO, além <strong>de</strong> aproximar o BB <strong>do</strong>s<br />
empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res, principalmente<br />
os das micro e pequenas empresas,<br />
facilitan<strong>do</strong> o acesso aos recursos <strong>do</strong><br />
Fun<strong>do</strong>”, afirma Alves. Ele explica que<br />
o cartão, <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> exclusivamente a<br />
pessoas jurídicas, po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> pelo<br />
empresário <strong>para</strong> fazer compras nos<br />
estabelecimentos comerciais afilia<strong>do</strong>s<br />
e convenia<strong>do</strong>s ao BB, com recursos<br />
<strong>do</strong> Programa FCO Empresarial (Giro e<br />
Investimento).<br />
Entre as vantagens apontadas por<br />
Bancos oferecem linhas especiais a projetos <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />
Empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res que buscam<br />
inovar <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> sustentável contam<br />
com uma mãozinha das instituições<br />
financeiras. Pelo menos<br />
17 linhas <strong>de</strong> crédito, com juros a<br />
partir <strong>de</strong> 1% ao ano e prazo <strong>para</strong><br />
pagamento <strong>de</strong> até 60 meses, estão<br />
disponíveis a micro e pequenas<br />
empresas, segun<strong>do</strong> levantamento<br />
realiza<strong>do</strong> pelo Sebrae-MS.<br />
As modalida<strong>de</strong>s com a menor<br />
taxa, <strong>de</strong> 1% ao ano, são <strong>de</strong>stinadas<br />
Alves está o custo menor nas movimentações<br />
feitas pelos empresários.<br />
“O cartão viabiliza a liberação gradual<br />
<strong>do</strong>s recursos (transação a transação),<br />
reduzin<strong>do</strong> assim o custo da operação<br />
<strong>para</strong> os clientes, que irão pagar juros<br />
referentes apenas ao capital efetivamente<br />
utiliza<strong>do</strong> até aquele momento,<br />
e não sobre to<strong>do</strong> o montante”, afirma.<br />
Conforme o gerente, a novida<strong>de</strong><br />
também ajuda o empresário a administrar<br />
melhor o dinheiro empresta<strong>do</strong><br />
através <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong>. “A gestão da<br />
utilização <strong>do</strong>s recursos <strong>do</strong> FCO pelo<br />
cliente é melhorada, através da i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> todas as transações <strong>de</strong><br />
pagamento realizadas”, diz. O cartão<br />
possibilita, ainda, o pagamento ao<br />
fornece<strong>do</strong>r por meio da internet.<br />
Até fevereiro, perto <strong>de</strong> 2 mil<br />
fornece<strong>do</strong>res conveniaram ao BB em<br />
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, informa Alves.<br />
Com isso, po<strong>de</strong>m receber pagamentos<br />
oriun<strong>do</strong>s <strong>de</strong> recursos <strong>do</strong> FCO.<br />
Para este ano, o montante <strong>do</strong><br />
Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a empréstimos no<br />
Esta<strong>do</strong> totaliza R$ 1,1 bilhão.<br />
sebrae-ms<br />
Agroecologia conta com crédito a juro<br />
<strong>de</strong> 1% ao ano, ofereci<strong>do</strong> pelo BNDES<br />
a agricultores familiares. Há duas linhas:<br />
o Pronaf Agroecologia e Pronaf<br />
Eco, oferecidas pelo Banco Nacional<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e<br />
Social (BNDES).<br />
O Banco <strong>do</strong> Brasil oferece linha<br />
especial a pesca<strong>do</strong>res artesanais,<br />
através <strong>do</strong> FCO. A taxa atual é <strong>de</strong><br />
3,53% ao ano; a partir <strong>de</strong> julho, será<br />
<strong>de</strong> 4,12%.<br />
Empresas que preten<strong>de</strong>m usar<br />
em sua frota combustível menos<br />
poluente po<strong>de</strong>m encontrar financiamento<br />
no Bra<strong>de</strong>sco, através<br />
da linha CDC Kit Gás. O crédito<br />
financia até 70% <strong>do</strong>s custos com<br />
equipamentos <strong>de</strong> conversão <strong>para</strong><br />
o gás natural.<br />
Compras <strong>de</strong> equipamentos<br />
que propiciem maior eficiência no<br />
consumo <strong>de</strong> energia po<strong>de</strong>m ser<br />
financiadas no Santan<strong>de</strong>r. O empresário<br />
po<strong>de</strong> pagar o empréstimo<br />
em até 60 meses.<br />
pág. 11
Mato Grosso <strong>do</strong> Sul, março e abril <strong>de</strong> 2013<br />
Passos bem calça<strong>do</strong>s<br />
no universo virtual<br />
Empresária <strong>do</strong> setor calçadista, que se <strong>de</strong>staca no<br />
e-commerce, fala sobre o <strong>comércio</strong> eletrônico e <strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong>safios e conquistas da mulher empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>ra<br />
comodida<strong>de</strong> e praticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> e-commerce têm conquista<strong>do</strong> número crescente<br />
A <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res. Conforme a Associação Brasileira <strong>de</strong> Comércio Eletrônico<br />
(ABComm), o segmento apresentou taxa <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> 1.400% nos últimos <strong>de</strong>z<br />
anos e ten<strong>de</strong> a continuar crescen<strong>do</strong>. Nesse universo <strong>de</strong> <strong>comércio</strong> pela internet, uma<br />
empresa <strong>de</strong> Mato Grosso <strong>do</strong> Sul <strong>de</strong>sponta entre as melhores <strong>do</strong> País. Trata-se da<br />
Anita Calça<strong>do</strong>s, que está em 9° lugar no ranking das lojas virtuais brasileiras, fican<strong>do</strong><br />
atrás apenas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s marcas nacionais, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com pesquisa da WBI Brasil.<br />
Nesta entrevista, Anita Maria Bellin, proprietária da re<strong>de</strong> Anita Calça<strong>do</strong>s, fala<br />
sobre o assunto, salientan<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento pesa<strong>do</strong> em publicida<strong>de</strong><br />
a quem preten<strong>de</strong> crescer no universo da internet. Ela trata também sobre os <strong>de</strong>safios<br />
e conquistas da mulher empresária.<br />
Conexão Sebrae: Por que a empresa<br />
<strong>de</strong>cidiu entrar no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
e-commerce?<br />
Anita: Alguns clientes <strong>do</strong> interior<br />
pediam que enviássemos catálogos com<br />
os nossos produtos. O problema é que<br />
quan<strong>do</strong> vinham comprar, o produto,<br />
muitas vezes, já tinha acaba<strong>do</strong>. Então, em<br />
2007, criamos um catálogo eletrônico.<br />
Um fotógrafo tirava fotos <strong>do</strong>s calça<strong>do</strong>s<br />
e nós colocávamos na internet. Mas não<br />
era e-commerce ainda. Era apenas uma<br />
vitrine na internet com os nossos produtos.<br />
Os clientes viam e ligavam <strong>para</strong> a loja<br />
pedin<strong>do</strong> <strong>para</strong> reservar o que pretendiam<br />
comprar. Era tu<strong>do</strong> muito manual. Depois,<br />
a <strong>de</strong>manda foi aumentan<strong>do</strong> e <strong>de</strong>cidimos<br />
entrar, <strong>de</strong> fato, no <strong>comércio</strong> eletrônico.<br />
Negociamos com os Correios, com transporta<strong>do</strong>ras,<br />
levantamos os custos e, no<br />
final <strong>de</strong> 2008, criamos o e-commerce.<br />
Conexão Sebrae: Como é o planejamento<br />
<strong>para</strong> atuar na internet?<br />
Anita: O planejamento <strong>do</strong> e-commerce<br />
segue as mesmas diretrizes das<br />
nossas lojas físicas. A diferença está no<br />
investimento maior com a publicida<strong>de</strong>.<br />
Quem entra no e-commerce precisa<br />
gastar muito com marketing. Se por um<br />
pág. 12<br />
la<strong>do</strong>, economizamos com a folha salarial,<br />
por outro, <strong>de</strong>vemos investir alto em publicida<strong>de</strong><br />
<strong>para</strong> termos retorno. Isso porque<br />
são muitos os concorrentes na internet.<br />
Des<strong>de</strong> que nós iniciamos, mais <strong>de</strong> cem e-<br />
-commerce <strong>de</strong> calça<strong>do</strong>s já foram abertos.<br />
Conexão Sebrae: Qual a participação<br />
<strong>do</strong> <strong>comércio</strong> eletrônico nas vendas<br />
realizadas pela Anita?<br />
Anita: Hoje, o e-commerce respon<strong>de</strong><br />
por 15% <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o nosso faturamento.<br />
E é uma forma importante <strong>de</strong><br />
conquistar consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fora. Desses<br />
15% <strong>de</strong> faturamento, apenas 2% são <strong>de</strong><br />
clientes daqui. O restante é <strong>de</strong> fora.<br />
Conexão Sebrae: Quais os <strong>de</strong>safios<br />
que você enfrenta como mulher e<br />
empresária?<br />
Anita: No início das minhas ativida<strong>de</strong>s,<br />
era conciliar o trabalho, o cuida<strong>do</strong><br />
com a casa e a criação <strong>do</strong>s filhos. Agora,<br />
é ficar longe <strong>de</strong> meus três netos: Helena,<br />
Maria Eduarda e Leonar<strong>do</strong>. Isso porque,<br />
como empresária, viajo muito <strong>para</strong> visitar<br />
feiras, com o intuito <strong>de</strong> me aprofundar<br />
e conhecer tu<strong>do</strong> o que envolve moda<br />
e suas tendências a cada estação <strong>para</strong><br />
aten<strong>de</strong>r da melhor forma possível nossos<br />
“<br />
De umas décadas <strong>para</strong> cá a constituição familiar foi mudan<strong>do</strong> e a mulher foi<br />
assumin<strong>do</strong> outros papéis, inclusive o <strong>de</strong> mantene<strong>do</strong>ra da casa.<br />
“<br />
anita Bellin<br />
clientes.<br />
Conexão Sebrae: Como você <strong>de</strong>fine<br />
a mulher <strong>de</strong> hoje?<br />
Anita: Antigamente a mulher tinha<br />
a função <strong>de</strong> cuidar da casa, <strong>do</strong> mari<strong>do</strong> e<br />
<strong>do</strong>s filhos, mas <strong>de</strong> umas décadas <strong>para</strong> cá<br />
a constituição familiar foi mudan<strong>do</strong> e a<br />
mulher foi assumin<strong>do</strong> outros papéis, inclusive<br />
o <strong>de</strong> mantene<strong>do</strong>ra da casa. Da<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> pesquisa publica<strong>do</strong>s na Folha <strong>de</strong> São<br />
Paulo (Ca<strong>de</strong>rno Merca<strong>do</strong> B3, 05/03/13)<br />
mostram que, em duas décadas, o núme-<br />
lucas pellicioni<br />
Anita Bellin, proprietária da Anita Calça<strong>do</strong>s, empresa que se <strong>de</strong>staca no e-commerce<br />
ro <strong>de</strong> mulheres com registro em carteira<br />
<strong>de</strong> trabalho cresceu 162%. Além disso,<br />
elas ganham 83% a mais que na década<br />
passada. Hoje, as mulheres estão mais<br />
seguras, buscam por seus i<strong>de</strong>ais e isso as<br />
fortalece cada vez mais.<br />
este espaço <strong>de</strong> entrevistas<br />
é reserva<strong>do</strong> a especialistas<br />
e empresários <strong>de</strong> renome<br />
nacional <strong>para</strong> divulgação <strong>de</strong><br />
temas <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> micro e<br />
pequenas empresas.