Jornal 134 - Maio 2008.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

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Padre Januário Testa - Um padre amigo
Januário (Gennaro) Testa nasceu
em Pozzuoli, perto de Nápoles,
em oito de janeiro de 1881, filho
de Prócolo e Maria Ângela
Carannante e foi batizando no dia
seguinte pelo Pe. Francesco
d'Isanto, na paróquia de Santa
Maria delle Grazie em Pozzuoli.
Também conhecida como "Putéoli",
é uma antiqüíssima Igreja, visitada
por São Paulo no ano de 61 (cf.
At 28,13), a caminho de Roma.
Foi ordenado presbítero em 30
de agosto de 1908 pelo bispo de
Pozzuoli Dom Michele Zezza di
Zapponeta. Seu primeiro ministério
foi o de vigário paroquial em
Santa Maria delle Grazie. Chegou
ao Brasil em 18 de agosto de
1926 e em 21 de outubro recebeu
a provisão de pároco de São
João Batista, imensa paróquia que
incluía o atual município de
Canelinha. Por quase 25 anos ali
consagrou o melhor de suas energias
sacerdotais.
Não aprendeu a falar bem o
português e tratava a todos com o
“misi querido”, “misi querida”. Para
as práticas ou sermões lia um comentário
homilético português e
em seguida passava a comentá-lo,
o que encompridava a Missa, fazendo
os homens se retirarem para
outras ocupações. Gostava muito
do canto nas Celebrações. Adquiriu
um harmônio Bohn para embelezar
o canto coral.
O ecumenismo é um caminho
espiritual, percorrido na força da
oração. Antes mesmo de surgirem
as instituições ecumênicas,
as iniciativas de cooperação entre
os cristãos e as Igrejas, o diálogo
sobre doutrinas, surgiu no
coração dos cristãos a súplica
pela unidade e reconciliação. O
ecumenismo surge como oração.
O melhor exemplo disso é a
Semana de Oração pela Unidade
dos Cristãos. Neste ano de 2008,
celebramos o centenário da Semana
de Oração. Vivemos um século
de orações pela unidade na história
da Igreja de Cristo; um século
que rezamos juntos "perdoai nossas
ofensas como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido"; um século
de preces que se elevam dos
diferentes púlpitos, em diferentes
Centro, Shopping Itaguaçu e Shopping Iguatemi
Pe. Januário: 25 anos dedicados à
Paróquia de São João Batista
Pedinchão nato
O povo o amava em sua
bonomia e doação pessoal que
nada exigia para si. Era um
"pedinchão" nato. Saía com a
carrocinha puxada por um cavalo e
pedia tudo o que encontrava. Chegando
a São João, distribuía a maior
parte aos pobres, que não eram
poucos. O tempo de Páscoa era o
preferido para sair pelas casas a
bendizer, como dizia ele. Então
quem o acompanhava podia se preparar
para carregar cacho de banana,
saco de milho, farinha, batata,
aipim, ovos e galinhas. Pe. Gennaro
personificava o clero napolitano de
seu tempo, do sul italiano belo e
pobre, generoso e egoísta, rico de
TUDO EM 5 X SEM JUROS
= Jóias - Relógios - Óculos =
= Diversas Marcas =
Florianópolis -
Santa Catarina
história, mas dilapidado e abandonado.
O povo tudo perdoa ao padre
quando percebe que ele é bom. E
Pe. Gennaro era bom, atencioso,
sendo raríssimas as ocasiões em
que se alterava. A idade produzia estragos
em sua saúde, mas Pe.
Gennaro continuava sua missão
apostólica, sempre com alegria.
Houve problemas, evidente, pois a
autoridade diocesana percebia a
decadência material do ambiente
paroquial. Dom Joaquim o repreendia,
mas sem sucesso. Essas chamadas
à atenção o feriam muito,
pois achava tudo normal. Certa vez,
lembra Pe. Edgard, quando já estava
no seminário de Azambuja, passando
por ele na sacristia da igreja
matriz desabafou: Pensa em ser padre,
misi querido, ma com bispo non
é fácile. Com o tempo percebeu-se
que a paróquia necessitava de um
novo pároco e as queixas se
avolumaram. Dom Joaquim, não
conseguindo que Pe. Gennaro renunciasse,
em 28 de fevereiro de
1950 declarou vaga a paróquia,
dando porém ao Pe. Gennaro a faculdade
de pregar, celebrar e confessar
na Arquidiocese.
“Orai sem cessar”
ritos, mas que se unem no mesmo
Espírito da unidade.
A oração transforma nossas
atitudes, nossos pensamentos,
nossa sensibilidade nas relações
com os outros. Superamos preconceitos,
mágoas, hostilidades. Caem
os muros do distanciamento, do
desconhecimento mútuo, da divisão.
Somos mais fraternos, mais
solidários, mais acolhedores, mais
compreensivos. É o Espírito Santo
que provoca em nós "a conversão
do coração e a santidade de vida"
(UR 8). Por isso o ecumenismo é
"fruto do Espírito Santo".
A oração é a "alma do
ecumenismo". Rezando juntos, os
cristãos compreendem que possuem
uma identidade comum,
mais forte e fundamental. E acima
das circunstâncias históricas
e das diferenças objetivas de instituições
e convicções pessoais,
esta identidade lhes dá força para
agirem juntos e ultrapassarem o
que os separa. Isso é experimentado
quando não só os indivíduos,
mas as Igrejas como um todo
procuram reunir-se na oração, na
certeza de que serão escutadas
no seu pedido de unidade.
Por isso, a maior e melhor expressão
da unidade é a oração.
Uma oração que se torna prática
de comunhão, fortalece os que percorrem
os caminhos do diálogo e
da cooperação, amplia suas fronteiras.
É com a oração que os passos
de comunhão são dados numa
conversão que leva a uma sempre
maior perfeição da vida cristã. "A
própria conversão do coração (é)
condição essencial de toda a au-
Fone
(48) 3222-8680
Retorno involuntário
à Itália
Não conseguindo outra colocação,
teve de retornar à Itália
natal e para isso em março de
1950 recebeu as Cartas de Recomendação.
Na esperança de
retornar, não deixou seus bens
inventariados, e houve quem deles
se apoderou. Na distante
Pozzuoli, onde foi nomeado vigário
paroquial novamente em Santa
Maria delle Grazie, foi nomeado
Cônego Honorário do Capítulo
da Catedral em oito de janeiro
de 1956. Feria-o a saudade
do Brasil. Diversas vezes escreveu
a Dom Joaquim pedindo
que aceitasse seu retorno, mas
a resposta era sempre negativa.
E lá na Itália entregou a alma a
Deus, em 14 de janeiro de 1958,
sendo sepultado no cemitério de
Pozzuoli. Em São João Batista
uma rua lembra a sua passagem
e seu nome é guardado com carinho
e saudade nos que conheceram
sua bondade e piedade.
Pe. e. José José José Ar Artulino Ar tulino Besen
Besen
têntica procura da unidade" (UUS
26). Assim, haverá condições para
reconhecer que em outros ambientes
existem igualmente bens espirituais
que formam um "patrimônio
comum" (UR 4). E esses bens, frutos
da presença do Espírito Santo,
também contribuem para a perfeição
dos cristãos e suas comunidades,
ajudando para que mais
perfeitamente se compreenda o
mistério de Cristo e da Igreja (UR
4). Por isso, é preciso orar sem
cessar, para que a unidade que
Cristo quer para seus discípulos/
as aconteça em nossa história. A
oração alimenta o desejo de buscar
a unidade. Sem oração, não
haverá comunhão.
P PPe.
PP
e. Elias Elias W WWolf
W olf olff olf
Leia mais: www.itesc.ecumenismo.com
Maio 2008 Jornal da Arquidiocese
Centenário entenário Dízimo
Dízimo
Ecumenismo
Ecumenismo
Nota: Devo a maior parte das informações pessoais do Pe. Gennaro a
dois de seus paroquianos ordenados padres: Pe. Raul de Souza e Pe. José
Edgard de Oliveira. O dados históricos me foram enviados pelo arquivista
de Pozzuoli Fábio Cutolo e se encontram no Requisita ordinandorum,
faldone 65, fascicolo 1102).
A importância
da missa
do dizimo
Nas diretrizes para a pastoral
do dizimo, a Arquidiocese
determina que cada comunidade
institua mensalmente uma
missa do dízimo, de preferência
todas as missas de um final de
semana, onde a temática dizimo
deve ser trabalhada em toda a
celebração. Determina também
que se deve rezar uma oração
pelos dizimistas.
A celebração deve ser bem
preparada, começando com
uma decoração apropriada, com
baners, cartazes, etc, uma urna
ou cesto para receber os envelopes
com o dizimo, ou um local
próprio para se receber os
carnês, se esse for o sistema de
recebimento. A presença de pessoas
da pastoral do dizimo para
esclarecerem dúvidas e receberem
novas inscrições é o mínimo
necessário na celebração.
A equipe de liturgia deve levar
em conta o tema nos comentários.
Quem preside reserve alguns
minutos da homilia, ou de
outro momento que achar oportuno,
para abordar o tema do
dizimo: sua importância como
partilha, e como vitória sobre o
egoísmo natural do ser humano
É também o momento apropriado
para se fazer uma prestação
de contas, o mais detalhada
possível, deixando clara a lisura
com que o dinheiro da comunidade
é aplicado. A prestação
de contas, também prevista
nas diretrizes arquidiocesanas
do dizimo, é um incentivo para
quem já é dizimista e para quem
quer ser, pois mostra claramente
o destino da contribuição e a
lisura de agir dos que conduzem
a comunidade.
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