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de a substituir. A “Esquiadora” (como é conhecida)<br />

é uma “marca” dos Cursilhos.<br />

A perfeição da nossa Piedade exige-nos que<br />

não descansemos até que consigamos que todos os<br />

ambientes e em todos os lugares, os homens vivam<br />

em Graça e se sintam de verdade irmãos entre si e<br />

irmãos de Cristo.<br />

Para terminar, dizer que o apostolado do Cursi-<br />

Como muito bem esclarecem, Fausto Dâmaso e<br />

Mário Bastos, «as origens do rolho piedade, vem dos<br />

cursilhos de adiantados e de chefes de <strong>Peregrino</strong>s»,<br />

quer dizer nasce no contexto da Ação Católica.<br />

Recordemos que o método de atuação da Ação<br />

Católica, é a conhecida trilogia «Ver, Julgar e Agir»<br />

e que a novidade dos cursilhos se traduz no seu<br />

tripé «Estudo, Piedade e Ação». Podemo-nos interrogar<br />

se estamos apenas perante uma mudança de<br />

nomes, ou se de facto há uma mudança mais profunda<br />

de mentalidade.<br />

Eduardo Bonnín definiu o estudo como a «pontaria<br />

da ação»; isto traduz a primeira etapa da<br />

metodologia da Ação Católica que trabalhava nos<br />

diversos meios: agrários, estudantis, independentes,<br />

operários e universitários. O padrão de abordagem<br />

da Ação Católica partia do conceito de meios ou<br />

classes, que estruturava a mentalidade e em que se<br />

baseava a análise social do tempo.<br />

O ato de estudar ultrapassa o “Ver” de um meio<br />

ou classe, mesmo que iluminado pela Doutrina<br />

Social da Igreja. Este “Ver” partiu sempre do olhar<br />

corporativo e abria as portas ao momento seguinte<br />

“ Julgar”. Esta dinâmica pode assumir uma dimensão<br />

protagonista e superior, de quem iluminado<br />

pela luz de Deus observa, julga e decide fazer. Estamos<br />

perante um autêntico “método piramidal”, ou<br />

seja, do vértice para a base, atuando em nome de<br />

Deus.<br />

“Estudar” o ambiente, na dinâmica cursilhista,<br />

parte da noção de comunidade e de pertença,<br />

pela qual o cristão se assume como membro desse<br />

ambiente e ao procurar conhece-lo pelo estudo,<br />

interroga-se sobre como o harmonizar, impregnan-<br />

CARISMA FUNDACIONAL DO MCC<br />

lhista é a AMIZADE, pois é através dela que seremos<br />

capazes de contagiar os que nos rodeiam.<br />

Temos de viver a nossa Piedade tornando-nos<br />

amigos de Cristo; amigos de todos os nossos irmãos,<br />

e fazê-los AMIGOS DE CRISTO.<br />

sempre... DE ColorEs. Porque DE ColorEs vivese<br />

melhor!<br />

Fausto Dâmaso e Mário Bastos<br />

REZAR OS AMBIENTES<br />

DO «VER, JULGAR E AGIR»<br />

AO «ESTUDO, PIEDADE E AçãO»<br />

do-o de espírito cristão, sempre portador de fraternidade<br />

evangélica que gera humanização.<br />

Esta consciência de pertença e de partilha de responsabilidades<br />

leva o cristão cursilhista à descoberta<br />

do “Mistério da Encarnação”, pela qual o verbo de<br />

Deus se manifesta como Um connosco, o Emanuel.<br />

O rolho “Piedade” espelha esta compreensão: o<br />

cristão cursilhista deve viver a vocação de filho de<br />

Deus no contexto do mundo, nos seus ambientes<br />

marcados pela laicidade. Ser Santo na normalidade<br />

do quotidiano.<br />

Este rezar na vida e com a vida, gera Jesus nos<br />

diversos ambientes. É Jesus a atuar na vida do cristão,<br />

do cursilhista e através dele no concreto existencial,<br />

onde todos os participantes formam os<br />

ambientes. Não atuando só em nome de Cristo,<br />

mas deixando que Cristo atue através dele e procurando<br />

“ser n’Ele” e ser “com Ele” nos ambientes, à<br />

maneira de Paulo de Tarso que disse: «Eu vivo, mas<br />

já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim»<br />

(Gálatas 2,20).<br />

A pedagogia do rolho “Piedade” caricaturiza as<br />

atitudes de falta de fé, humildade e verdade, que<br />

caracterizam os beatos, fariseus e rotineiros que<br />

em todos os tempos aparecem, fruto do protagonismo<br />

dos homens e da pouca permeabilidade ao<br />

Dom gratuito de Deus, a Graça. Os artifícios dos<br />

homens podem levar a atitudes falsas de piedade<br />

e a obstaculizar a chegada do Reino de Deus. Só<br />

na humildade, no espírito de serviço se pode viver<br />

cristãmente e credibilizar a Igreja. Esta é a uma das<br />

primordiais missões dos leigos.<br />

Padre Senra<br />

PEREGRINO 11 PEREGRINO<br />

11

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