24 JUL. - Mundo Universitário
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mu<br />
[Especial Formação] [<strong>24</strong> <strong>JUL</strong> 2008] 02<br />
PERFIL DE UM INSCRITO<br />
SAÍDO DA FACULDADE<br />
»mulher<br />
»residente no Norte do País<br />
»inscrito há menos de um ano<br />
»jovem, com menos de 35 anos<br />
Ȉ procura de um novo emprego<br />
AS ESTATÍSTICAS<br />
DO DESEMPREGO<br />
»Em Dezembro de 2007, 4,5% da população<br />
residente em Portugal, com habilitação<br />
superior e idade entre os 15 e os 64<br />
anos, estava inscrita num centro de<br />
emprego.<br />
»No geral, de 2006 para 2007, o desemprego<br />
diminuiu (6,5%) entre as pessoas<br />
com formação superior.<br />
»A maioria (58%) dos desempregados<br />
está inscrita há menos de um ano, uma<br />
percentagem ainda mais expressiva (75%)<br />
entre os inscritos com habilitação superior.<br />
»A situação de procura de primeiro emprego<br />
tem mais expressão entre os desempregados<br />
com habilitação superior<br />
(34%), relativamente ao total de inscritos<br />
(apenas 9% procura o primeiro emprego).<br />
»Em um ano, o número de desempregados<br />
de longa duração aumentou (9402 em<br />
2006 para 9707 em 2007).<br />
»Apesar de concentrar o maior número de<br />
pessoas com habilitação superior, foi na<br />
região de Lisboa que se registou a maior<br />
diminuição de desempregados com estas<br />
habilitações.<br />
»86% dos inscritos com habilitação superior<br />
em Dezembro de 2007 tinham uma<br />
licenciatura, ao passo que 1,2% eram<br />
mestres e 0,2% tinham o doutoramento.<br />
EDUCAÇÃO COM MAIS<br />
DESEMPREGO DURADOURO<br />
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES É A ÁREA DE ESTUDO DO ENSINO SUPERIOR COM MAIS PESSOAS INSCRITAS NOS CENTROS<br />
DE EMPREGO DO CONTINENTE HÁ UM ANO OU MAIS. AS CIÊNCIAS EMPRESARIAIS E AS SOCIAIS VÃO EM SEGUNDO E TERCEIRO<br />
LUGARES, RESPECTIVAMENTE, NA CORRIDA QUE NINGUÉM QUER GANHAR.<br />
Serviços de segurança<br />
Protecção do ambiente<br />
Serviços de transporte<br />
Serviços pessoais<br />
Serviços sociais<br />
Saúde<br />
Ciências veterinárias<br />
Agricultura, silvicultura e pescas<br />
Arquitectura e construção<br />
Indústrias transformadoras<br />
Engenharias<br />
Informática<br />
Matemática e estatística<br />
Ciências físicas<br />
Ciências da vida<br />
Direito<br />
Ciências empresariais<br />
Informação e jornalismo<br />
Ciências sociais e do comportamento<br />
Humanidades<br />
Artes<br />
Educação<br />
RAQUEL RAMOS<br />
rramos@mundouniversitario.pt<br />
Numa altura em que, terminados<br />
os exames do<br />
ensino secundário, muitos<br />
jovens se preparam para<br />
apontar a sua área de<br />
eleição no ensino superior, a preocupação<br />
com o perigo de um investimento de,<br />
pelo menos, três anos acabar no desemprego<br />
ganha proporção. O relatório sobre<br />
‘A procura de emprego dos diplomados<br />
com habilitação superior’, do Gabinete<br />
de Planeamento, Estratégia, Avaliação<br />
e Relações Internacionais do Ministério<br />
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,<br />
publicado em Fevereiro e baseado nos dados<br />
recolhidos até ao fim do último ano,<br />
dá conta de um mercado de trabalho que<br />
tem ainda capacidade para absorver novos<br />
diplomados, mas em que o emprego<br />
de longa duração está a aumentar.<br />
O PANORAMA<br />
Entre 2003 e 2007, a população com<br />
habilitação superior aumentou cerca de<br />
20% em Portugal, com um número de<br />
inscrições dessa categoria nos centros<br />
de emprego a manter-se relativamente<br />
constante. A boa perspectiva, contudo,<br />
O QUE CONVÉM SABER ANTES DE ESCOLHERES A LICENCIATURA<br />
0% 5% 10%<br />
peso relativo<br />
15% 20%<br />
Percentagem de diplomados em estabelecimentos de ensino superior (de 1996-1997 a 2005-2006) e percentagem de desempregados (Dezembro de 2007) por áreas de estudo<br />
Fonte: IEFP e GPEARI<br />
deve mais a umas áreas do que a outras.<br />
Juntas, a formação de professores, as<br />
ciências empresariais – que incluem o<br />
marketing, a contabilidade e a gestão,<br />
entre outras – e as ciências sociais e<br />
do comportamento somavam cerca<br />
de metade dos desempregados há um<br />
ano ou mais com formação superior no<br />
continente em Dezembro de 2007.<br />
Ao comparar estes dados do desemprego<br />
com a quantidade de diplomados a sair<br />
das instituições de ensino superior nos<br />
anos lectivos de 1996/97 a 2005/2006,<br />
as ciências sociais e do comportamento<br />
voltam a destacar-se pela negativa, ou<br />
seja, a ter um peso percentual maior<br />
nos inscritos nos centros de emprego do<br />
que nos diplomados (ver gráfico), situação<br />
para que muito contribuem alguns<br />
cursos de psicologia. Os serviços sociais<br />
e as humanidades são outras das áreas<br />
com resultados semelhantes. No extre-<br />
Desempregados (Dezembro de 2007)<br />
Diplomados (1996/97 -2005/06)<br />
mo oposto, a saúde, apesar de ser uma<br />
das áreas com mais diplomados, tem um<br />
peso relativo nas inscrições dos centros<br />
de emprego bastante inferior.<br />
ESCOLHAS<br />
Além da área de formação, a escolha de<br />
um curso envolve muitas vezes a opção<br />
entre ensino público ou privado, universitário<br />
ou politécnico. A identificação<br />
do par estabelecimento/curso foi incluída,<br />
pela primeira vez, nos formulários<br />
do Instituto de Emprego e Formação<br />
Profissional (IEFP) em Agosto de 2007,<br />
permitindo agora a análise a este nível. A<br />
conclusão é a de um contributo superior<br />
do ensino universitário para as inscrições<br />
nos centros de emprego: 58% das pessoas<br />
com habilitação superior, contra 42%<br />
vindos dos politécnicos, tendo em conta<br />
que o total de diplomados entre 1996 e<br />
2006 nos dois tipos de ensino não era<br />
tão distante.