24 JUL. - Mundo Universitário

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[Especial Formação] [24 JUL 2008] 04
THE LISBON MBA
CHEGA EM 2009
»Depois da fusão, no ano passado, dos
programas de MBA da Faculdade de Economia
da Universidade Nova de Lisboa e
da Faculdade de Ciências Económicas e
Empresariais da Universidade Católica
Portuguesa, as duas instituições lançam o
The Lisbon MBA, em colaboração com o
Massachusetts Institute of Technology. O
programa desenvolve-se ao longo de um
ano, em Lisboa e em Boston, incluindo um
estágio internacional. Para Janeiro de
2009 as candidaturas podem ser enviadas
até ao próximo 31 de Outubro.
ESTUDOS FEMINISTAS
EM COIMBRA
»Termina hoje o prazo para as candidaturas
ao primeiro doutoramento em Estudos
Feministas, que se inicia em Setembro na
Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra (FLUC). Os seminários que integram
o programa vão ocupar os fins de
tarde das quintas-feiras, as sextas-feiras e
os sábados de manhã. Os Estudos Feministas
já eram, desde 2007, matéria de
mestrado na FLUC.
PRIMEIRO MESTRADO
EM RELAÇÕES
COM O MUNDO ÁRABE
»Arranca em Fevereiro, na Universidade
Fernando Pessoa (Porto), o primeiro mestrado
em Relações Internacionais com o
Mundo Árabe e Islâmico em Portugal. O
curso durará três meses (o último para
elaboração da dissertação) e funcionará às
quintas e sextas-feiras, depois das 19 horas.
As candidaturas decorrem até 12 de
Setembro.
AVEIRO APOSTA
NOS ESTUDOS CHINESES
»A Universidade de Aveiro prepara para
Outubro de 2008 um Curso de Especialização
em Estudos Chineses (CEEC) – Área
de Negócios e Relações Internacionais.
Tratando-se de um curso de longa duração
de formação pós-graduada de nível de
segundo ciclo, o CEEC desenvolver-se-á ao
longo de um ano e será ministrado em
português.
ENSINO SUPERIOR
NO TRILHO DA SINERGIA
AS UNIVERSIDADES ESTÃO A DEIXAR DE SE OLHAR ENTRE SI COMO CONCORRENTES E A APOSTAR EM PARCERIAS.
TRÊS DAS UNIVERSIDADES LISBOETAS ASSINARAM RECENTEMENTE UM ACORDO E, NO NORTE, COMEÇA UM MBA QUE
ENVOLVE CINCO INSTITUIÇÕES.
RAQUEL RAMOS
rramos@mundouniversitario.pt
No século XVI, Fernão
de Magalhães fez-se à
aventura, na expedição
pioneira da Circumnavegação.
Passados
500 anos, o nome do navegador volta
a significar a aproximação das culturas,
já que o ‘The Magellan MBA’, que se
inicia no próximo ano lectivo na Escola
de Gestão do Porto (EGP), aglomera
os conhecimentos de professores
portugueses, espanhóis, americanos,
belgas e ingleses. A possibilidade de
intercâmbio com escolas de negócios
dos EUA, Índia ou Brasil, a ‘Semana
Internacional’ incluída no programa e
a intenção declarada de atrair alunos
estrangeiros compõem outras facetas
de um Master in Business Administration
(MBA) mais competitivo.
ÁREA DE FORMAÇÃO É IRRELEVANTE
O ‘The Magellan MBA’ resulta de um
protocolo de colaboração assinado em
Maio pelos reitores de cinco universidades
– Porto, Coimbra, Aveiro, Minho e
Centro Regional do Porto da Universidade
Católica Portuguesa. As aulas para
este primeiro ano têm lugar na EGP. «A
origem maioritária dos alunos é o Norte»,
justifica Jorge Farinha, da Universidade
do Porto.
Totalmente leccionado em inglês, o curso
abriu 30 vagas, preenchidas por candidatos
provenientes de diversos campos de
conhecimento. «Não são só pessoas de
gestão e economia, mas também de psicologia,
medicina, engenharias... é quase
irrelevante a área de formação prévia»,
considera. O resultado não desilude: «já
neste ano, o GMAT [Graduate Management
Admission Test, um teste utilizado
pelas escolas de gestão de todo o mundo
para seleccionar candidatos] atingirá um
valor de 620, o que é muito bom.»
COOPERAÇÃO
EM TODAS AS FRENTES
Os reitores das três representantes do
ensino superior público universitário
em Lisboa – Clássica, Nova e Técnica –
assinaram, no dia 14, um memorando
de colaboração em termos de ensino,
investigação, acção social e mobilidade
de estudantes e docentes. Um decalque
da conduta de outras universidades
INSTITUIÇÕES PARTILHAM FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA
na Europa, mas também uma solução
financeira. «Estamos convencidos de que
se nos aliarmos conseguimos ir buscar
mais dinheiro, não propriamente só em
Portugal mas à Europa» chegou a dizer,
então, António Rendas, da Universidade
Nova.
UNIÃO DE FACTO
No segundo semestre do próximo ano
lectivo, a Universidade de Lisboa (UL)
lança um doutoramento em ‘Alterações
Climáticas e Desenvolvimento Sustentável’,
com contributos de quatro outras
universidades da capital e de especialistas
internacionais. Contudo, o primeiro
passo dá-se a nível interno, com a aproximação
das faculdades da Clássica nos
dois doutoramentos que começam em
Setembro. «Não se trata de uma questão
de falta de recursos, embora ela seja
cada vez mais gritante, mas sobretudo de
potenciar os saberes que são cultivados
na UL, num contexto de interdisciplinaridade»,
esclarece Pedro Calafate, professor
da Faculdade de Letras (FLUL) e um
dos elementos da Comissão Científica do
doutoramento em Ciência Política. Além
das Letras, o programa envolve também
a Faculdade de Direito e o Instituto de
Ciências Sociais. A FLUL está ainda envolvida
no doutoramento em Ciências Cognitivas,
juntamente com as faculdades de
Medicina, Ciências e Psicologia. As aulas
dividem-se mesmo entre as instituições,
algo que, de acordo Pedro Calafate, «não
levantará problemas de maior, por se
situarem no mesmo campus universitário».
O professor expõe «a possibilidade
de podermos cultivar uma multiplicidade
de domínios, linguagens e metodologias
que resultarão certamente num quadro
enriquecedor» como um princípio que
caracteriza estes doutoramentos.