24 JUL. - Mundo Universitário

More documents

Recommendations

Info

mu [by day] [Leituras na Areia] [24 JUL 2008] 04 AS DANÇAS DE JULIET Juliet Marillier tem uma carreira que começou relativamente tarde – o seu primeiro livro foi publicado quando já tinha celebrado o seu 50.º aniversário –, mas conheceu um enorme sucesso logo desde a sua obra de estreia, Daughter of the Forest (1999), que lançou a mundialmente aclamada trilogia Sevenwaters. Com um estilo que normalmente oscila elementos de fantástico com relatos históricos que remontam à Irlanda e à Escócia do século IX (fruto das origens celtas da sua família e da cidade onde nasceu), Marillier incorpora muitos temas espirituais que remontam ao druidismo, religião pagã que a própria autora segue. Recentemente, a neozelandesa recebeu um convite da sua editora nos EUA para escrever um livro direccionado a um público mais jovem, e o resultado foi Danças na Floresta (Wildwood Dancing, 2006), publicado agora em Portugal pela Bertrand. A sequela do livro (Cybele’s Secret, 2007) deverá chegar a Portugal ainda este ano, estando nos planos futuros da autora também um terceiro livro nesta colecção, bem como Heart’s Blood, que terá uma componente mais gótica e alusiva ao mundo dos fantasmas. TÍTULO: Danças na Floresta AUTOR: Juliet Marillier EDITORA: Bertrand Editora PREÇO: sob consulta Entrevista A AUTORA JULIET MARILLIER ESTEVE CÁ PARA UMA SESSÃO DE AUTÓGRAFOS «MUITOS AUTORES BEBEM DESSE IMENSO CALDEIRÃO DE HISTÓRIAS CONTADAS À VOLTA DA FOGUEIRA DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS» EM PORTUGAL PARA PROMOVER O SEU LIVRO DANÇAS NA FLORESTA, RECENTEMENTE EDITADO EM PORTUGAL PELA BERTRAND, JULIET MARILLIER REFLECTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA SUA HERANÇA CELTA, O EQUILÍBRIO ENTRE A FANTASIA E OS MITOS HISTÓRICOS E O IRREALISMO DE UM FINAL FELIZ. PEDRO QUEDAS pquedas@mundouniversitario.pt Chegou um pouco tarde ao mundo dos livros, tendo acabado o seu primeiro livro com quase 50 anos. Nem sempre pensei que alguma vez viesse a ser uma escritora profissional. Sempre escrevi algumas coisas, nomeadamente quando era estudante. Depois a minha vida tomou outro rumo, estudei música, dei aulas de música, tive as minhas crianças, trabalhei no serviço público. Só depois de mudar a minha vida e me separar do meu parceiro é que a paixão voltou. Era uma história que eu queria mesmo escrever e depois quando acabei pensei que estava bom e decidi tentar publicá-lo e cresceu a partir daí. Acho que se tivesse escrito quando era mais nova não teria tanta capacidade para avaliar personagens e o drama humano, algo fundamental para os meus livros. Quando cria personagens inseridas num espaço e tempo tão distante do nosso, ainda assim retira inspiração de pessoas na sua vida real? Muita da inspiração de cada autor vem da vida real, na verdade é tudo o que te- mos. É claro que eu leio muita mitologia e contos de fadas e retiro muitas ideias daí. É visível nos meus livros que eu sigo muitas histórias que vêm do folclore, muitos autores bebem desse imenso caldeirão de histórias contadas à volta da fogueira desde o início dos tempos, mas as personagens acabam por estar relacionadas com verdadeiros homens e mulheres, não só versões fantasiadas da humanidade. De onde surgiu a influência celta no seu trabalho? Eu cresci em Dunedin, no sul da Nova Zelândia, uma cidade que foi fundada por escoceses, a minha família é originária da Escócia, logo eu cresci rodeada de histórias e música celta. Mesmo antes de saber ler já estava rodeada desse tipo de contos, foi uma influência que me agarrou desde logo pelo coração, mais de que pelo intelecto. Os seus livros combinam elementos do género fantástico com detalhes históricos concretos de civilizações passadas. Como definiria o seu estilo? É muito difícil. Eu não comecei a escrever com a intenção de me enquadrar no fantástico, nem sequer conhecia o estilo. Acho que teria de se encaixar entre o romance histórico e a fantasia, podería- mos dar-lhe ‘fantasia histórica’. Acho que também há um forte elemento romântico, adoro uma boa história de amor. Também incorporo elementos da minha espiritualidade. Faço parte de uma organização de druidas, logo também faço alguma exploração da religiosidade pagã. Na verdade, não consigo encontrar outro autor que seja exactamente como eu. Como se equilibra o impulso criativo com a fidelidade aos factos históricos? Acho que o faço escolhendo períodos históricos que têm como que uma nuvem à sua volta, com aspectos que são um pouco mais desconhecidos ou debatidos quanto à sua veracidade, como os Picts, que eu abordo nas Bridei Chronicles e que não deixaram qualquer registo escrito que revelasse como funcionavam em sociedade. Mas deixaram um impacto cultural que me permitiu estudá-los com espaço para criar. Por exemplo, eu inventei uma religião para eles, mas não o fiz do nada, houve uma lógica histórica por trás. Mas não, nunca poderia afirmar que sou 100% historicamente correcta, há um grande espaço para a imaginação. As personagens tendem a contar a sua história na primeira pessoa, o que dá um certo intimismo à narração. Mas depois são colocados em situações épicas, com repercussões mundiais. Este semiparadoxo é propositado? Sim, penso que sim, embora creia que nunca o tenha pensado nesses termos. Os eventos são de facto épicos e de escala mundial, mas as histórias são, no seu âmago, viagens pessoais de uma ou mais personagens. O modo como uma pessoa cresce e evolui quando se vê face a face com esses eventos. Por isso, gosto deste paradoxo que se forma entre a viagem pessoal e o acontecimento global. Também costuma dar tons mais negros aos seus livros, evitando finais totalmente felizes. Gosto de pensar que os meus livros conseguem ter alguma relação com a vida real, embora não sejam tão negros e violentos como outros autores do fantástico. Acho que aprendi isso com o primeiro livro, que aborda o conto Six Swans, que tem um final feliz. Ocorreu-me que se os jovens ficaram transformados em cisnes durante três anos, durante a fase em que estão a crescer de rapazes para homens, não iriam voltar facilmente à normalidade. Ficam marcados para sempre. Um final nem sempre pode ser feliz para todos os envolvidos na história, tal como no mundo real.
mu [by day] 05 [Mexe-te] [24 JUL 2008] PRAIA DO GUINCHO RECEBE BILLABONG GIRLS CASCAIS FESTIVAL ELAS SÃO MENINAS DO SURF A PRAIA DO GUINCHO EM CASCAIS VAI RECEBER O MELHOR DO SURF FEMININO DE 31 JULHO A 3 DE AGOSTO. O BILLABONG GIRLS CASCAIS FESTIVAL É UM EVENTO ONDE TODAS AS MULHERES PODEM APRENDER A SURFAR OU A MELHORAR A SUA TÉCNICA. MAS A PROVA MAIS AGUARDADA É MESMO O CAMPEONATO MUNDIAL DE SURF FEMININO QUE REÚNE AS ATLETAS MAIS IMPORTANTES DO CIRCUITO MUNDIAL DE QUALIFICAÇÃO. ANDREIA ARENGA aarenga@mundouniversitario.pt É uma das provas mais aguardadas do surf, especialmente para as atletas femininas. O Billabong Girls Cascais Festival realiza-se na Praia do Guincho por onde vão deslizar as melhores surfistas nacionais e mundiais. O festival está dividido em três iniciativas distintas, da qual se destaca o Campeonato Mundial de Surf Feminino, uma das etapas mais importantes do circuito mundial e equivalente ao campeonato masculino que se realiza na Ericeira. O Festival espera receber as melhores atletas da modalidade. Quem se deslocar ao evento pode contar com a presença das nacionais Patricia Lopes, Joana Rocha, Joana Andrade, Francisca Santos e Margarida Guerra. As prestações das atletas internacionais Jaqueline Silva, Rebecca Woods, Kyla Langen, Bruna Schmitz, entre outras, também estão garantidas. BATER RECORDE DO GUINNESS Outra das iniciativas do evento é o Billabong Girls – Encontro Feminino do Surf, onde todas as curiosas da prática do surf podem experimentar pela primeira vez o desporto ou, para as que praticam, esta é uma boa oportunidade para melhorar a sua técnica e evoluir. O último dia da iniciativa é dedicado à competição para todas as raparigas que querem iniciar-se nestas provas. Durante o Festival, ainda vai haver tempo para espectáculos de Free Surf Feminino e Masculino, e para fazer história no Guinness World Record. O Billabong Girls lança o desafio a todos os surfistas portugueses: colocar o maior número de surfistas na mesma onda criando EDUARDO FERNANDES EM 2º LUGAR NO MUNDIAL SURF ALGARVE 2008 O vice-campeão do Buondi Pro Junior Eduardo Fernandes alcançou o segundo lugar no Super Bock Pro no Mundial de Surf Algarve 2008. A final decorreu na praia da Cordoama – Vila do Bispo, no dia 13, com ondas de 1 m a 1,5 m bastante agitadas pelo vento forte. Nas meias-finais, o surfista português eliminou o ex-tricampeão nacional Ruben Gonzalez, que acabou por ficar em terceiro lugar ao lado do francês Eric Rebiere, ex-campeão europeu na classificação final. «Ainda não estou bem a acreditar que cheguei à final deste WQS. Estes foram os meus primeiros campeonatos na Europa e conseguir dois segundos lugares vai muito além das minhas expectativas. Agora só está a faltar uma vitória», revelou Eduardo após a entrega dos prémios. Depois de ter vencido atletas como Justin Mujica, Adrien Valero e Ruben Gonzalez, Eduardo Fernandes não conseguiu, no entanto, bater o espanhol Pablo Gutierrez, que acabou por vencer a prova deste ano. O atleta da Cantábria, ex-bicampeão europeu júnior, comemorou assim da melhor forma o seu 27.º aniversário com a primeira vitória em quatro anos no circuito WQS. «Estou muito contente com este resultado, pois uma vitória é sempre uma vitória», confessou o campeão. No quinto lugar ex-aequo ficaram o francês Jean Sebastien Estienne e o holandês Yannick De Jager (no melhor resultado da sua carreira), assim como os dois surfistas que até aqui tinham conseguido as melhores ondas e as melhores pontuações da prova, o galego a onda mais surfada do mundo. Mas ainda há tempo para desfrutar de algumas actividades no areal. Aulas de Hip Hop, Pilatos, Yoga, Tow-In Surf, desfiles de moda Billabong e palestras com os melhores surfistas nacionais são algumas das propostas. A fechar, a organização prepara uma festa na baía de Cascais com muita música e animação. A Summer Party – Dress to impress at Sun Shine e Dança pela noite dentro. Mais info em www.rock-sisters.com Gony Zubizarreta e o luso-germânico Marlon Lipke, apontados como os principais candidatos ao título. surf UNIVERSITÁRIOS PORTUGUESES NO MUNDIAL DE ORIENTAÇÃO Portugal vai estar presente no 16.º Campeonato do Mundo Universitário de Orientação que irá decorrer na localidade de Tartu na Estónia, entre os dias 28 de Julho e 3 de Agosto. Em competição vão estar as Faculdades de Medicina da Universidade do Porto e de Lisboa e o Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Esta participação resulta de uma parceria FADU-FPO (Federação Académica de Desporto Universitário e Federação Portuguesa de Orientação) e só é possível graças ao empenho dos atletas e à comparticipação de algumas Instituições de Ensino Superior que garante a participação neste Mundial.
Page 1 and 2: Directora: Raquel Louçã Silva | Q
Page 3: mu [by day] 03 [Lifestyle] [24 JUL
Page 7 and 8: mu [by day] 07 [5.ª dimensão] [24
Page 9 and 10: SUPLEMENTO ESPECIAL FORMAÇÃO | 24
Page 11 and 12: PUB
Page 13 and 14: mu 05 [Especial Formação] [24 JUL
Page 15 and 16: mu 07 [Especial Formação] [24 JUL
Page 17 and 18: Directora: Raquel Louçã Silva | Q
Page 19 and 20: mu [by night] 03 [Party Time] [24 J
Page 21 and 22: mu [by night] 05 [Party Time] [24 J
Page 23 and 24: PUB

24 JUL. - Mundo Universitário

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?