28.05.2013 Views

A História da Trigonometria - Ufrgs.br

A História da Trigonometria - Ufrgs.br

A História da Trigonometria - Ufrgs.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Como muito bem falou Lima (1991):“A função de Euler E: R→ C1, que possibilita<<strong>br</strong> />

encontrar senx e cosx, como função de uma variável real x, a<strong>br</strong>iu para a trigonometria as portas<<strong>br</strong> />

<strong>da</strong> Análise Matemática e de inúmeras aplicações às Ciências Físicas” (pág. 35).<<strong>br</strong> />

O tratamento analítico <strong>da</strong>s funções trigonométricas está no livro “Introductio in Analysin<<strong>br</strong> />

Infinitorum”, de 1748, considerado a o<strong>br</strong>a chave <strong>da</strong> Análise Matemática. Nele, o seno deixou de<<strong>br</strong> />

ser uma grandeza e adquiriu o status de número obtido pela ordena<strong>da</strong> de um ponto de um círculo<<strong>br</strong> />

unitário, ou o número definido pela série:<<strong>br</strong> />

3 5 7<<strong>br</strong> />

ix −ix<<strong>br</strong> />

ix −ix<<strong>br</strong> />

x x x<<strong>br</strong> />

e − e<<strong>br</strong> />

e + e<<strong>br</strong> />

senx= x − + − + ... E ele mostrou que: sen x = e cos x = ,<<strong>br</strong> />

3! 5! 7!<<strong>br</strong> />

2i<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

onde i é a uni<strong>da</strong>de imaginária, possibilitando definir as funções seno e cosseno a partir dessas<<strong>br</strong> />

relações, inserindo-as no campo dos números complexos.<<strong>br</strong> />

Enfim a trigonometria, no início uma auxiliar <strong>da</strong> Agrimensura e <strong>da</strong> Astronomia, tornou-<<strong>br</strong> />

se primeiramente autônoma e por fim transformou-se em uma parte <strong>da</strong> Análise Matemática,<<strong>br</strong> />

expressando relações entre números complexos, sem necessi<strong>da</strong>de de recorrer a arcos ou ângulos.<<strong>br</strong> />

Foi um longo caminho <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong>de para chegar até a trigonometria que hoje<<strong>br</strong> />

ensinamos aos nossos alunos. Nesse texto não tratamos <strong>da</strong> evolução do conceito de ângulo que é<<strong>br</strong> />

subjacente e essencial ao desenvolvimento <strong>da</strong> trigonometria, nem <strong>da</strong> construção <strong>da</strong>s tábuas<<strong>br</strong> />

trigonométricas ou <strong>da</strong> trigonometria esférica, indispensável na Astronomia. Nos propusemos<<strong>br</strong> />

apenas a descortinar parte dessa trajetória. Fica a nossa mensagem ao professor para que, ao<<strong>br</strong> />

ensinar trigonometria, de alguma forma se discuta com os alunos questões que os levem a<<strong>br</strong> />

perceber que o conhecimento matemático não "caiu do céu" ou surgiu pronto e acabado e que de<<strong>br</strong> />

alguma forma a evolução possa ser acompanha<strong>da</strong> e alguma parte do caminho feita com eles.<<strong>br</strong> />

Referências Bibliográficas<<strong>br</strong> />

AABOE, A. “Episódios <strong>da</strong> <strong>História</strong> Antiga <strong>da</strong> Matemática” trad. de J.B. Pitombeira de<<strong>br</strong> />

Carvalho - Socie<strong>da</strong>de Brasileira de Matemática, Rio de Janeiro, 1984.<<strong>br</strong> />

ARSAC,G. “L’ Origine de la Demonstration: Essai d’ Epistémologie Di<strong>da</strong>ctique”, Revista<<strong>br</strong> />

Recherche en Di<strong>da</strong>ctique des Mathématiques (RDM), vol 8, nº 3, pp 267-312, Ed. La<<strong>br</strong> />

Pensée Sauvage, France, 1987.<<strong>br</strong> />

BELL, E.T.- “The Development of Mathematics”, 2ª edition. McGraw-Hill Book Company, Inc.,<<strong>br</strong> />

New York, U.S.A., 1945.<<strong>br</strong> />

17

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!