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A História da Trigonometria - Ufrgs.br

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seqüências numéricas, relacionando seus comprimentos com horas do dia (relógios de sol).<<strong>br</strong> />

Poderíamos dizer então que essas idéias estavam anunciando a chega<strong>da</strong>, séculos depois, <strong>da</strong>s<<strong>br</strong> />

funções tangente e cotangente. Os predecessores <strong>da</strong> tangente e <strong>da</strong> cotangente, no entanto,<<strong>br</strong> />

surgiram de modestas necessi<strong>da</strong>des de medição de alturas e distâncias.<<strong>br</strong> />

Como já mencionamos, os primeiros vestígios de trigonometria surgiram não só no Egito,<<strong>br</strong> />

mas também na Babilônia. Os babilônios tinham grande interesse pela Astronomia, tanto por<<strong>br</strong> />

razões religiosas, quanto pelas conexões com o calendário e as épocas de plantio. É impossível<<strong>br</strong> />

estu<strong>da</strong>r as fases <strong>da</strong> Lua, os pontos cardeais e as estações do ano sem usar triângulos, um sistema<<strong>br</strong> />

de uni<strong>da</strong>des de medi<strong>da</strong>s e uma escala.<<strong>br</strong> />

Os babilônios foram excelentes astrônomos e influenciaram os povos posteriores. Eles<<strong>br</strong> />

construíram no século 28 a.C., durante o reinado de Sargon, um calendário astrológico e<<strong>br</strong> />

elaboraram, a partir do ano 747 a.C, uma tábua de eclipses lunares. Este calendário e estas tábuas<<strong>br</strong> />

chegaram até os nossos dias (Smith, 1958).<<strong>br</strong> />

Parece ter existido uma relação entre o conhecimento matemático dos egípcios e dos<<strong>br</strong> />

babilônios. Ambos, por exemplo, usavam as frações de numerador 1. Também é plausível supor<<strong>br</strong> />

que os povos posteriores tivessem conhecimento <strong>da</strong> trigonometria primitiva egípcia.<<strong>br</strong> />

Um importante conceito no desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>Trigonometria</strong> é o conceito de ângulo e<<strong>br</strong> />

de como efetuar sua medi<strong>da</strong>, uma vez que ele é fun<strong>da</strong>mental em diversas situações, como na<<strong>br</strong> />

compreensão <strong>da</strong>s razões trigonométricas em um triângulo retângulo (números que dependem dos<<strong>br</strong> />

ângulos agudos do triângulo e não <strong>da</strong> particular medi<strong>da</strong> dos lados). Existem evidências de<<strong>br</strong> />

tentativas de medi-los, em <strong>da</strong>tas muito remotas, pois chegaram até nossos dias fragmentos de<<strong>br</strong> />

círculos que parecem ter feito parte de astrolábios primitivos, provavelmente usados com<<strong>br</strong> />

propósito de medições (Smith, 1958).<<strong>br</strong> />

Uma trigonometria primitiva também foi encontra<strong>da</strong> no Oriente. Na China, no reinado de<<strong>br</strong> />

Chóu-pei Suan-king, aproxima<strong>da</strong>mente 1110 a.C., os triângulos retângulos eram freqüentemente<<strong>br</strong> />

usados para medir distâncias, comprimentos e profundi<strong>da</strong>des. Existem evidências tanto do<<strong>br</strong> />

conhecimento <strong>da</strong>s relações trigonométricas quanto do conceito de ângulo e a forma de medi-lo<<strong>br</strong> />

mas, infelizmente não temos registro de como eram feitas as medições e quais as uni<strong>da</strong>des de<<strong>br</strong> />

medi<strong>da</strong> usa<strong>da</strong>s.<<strong>br</strong> />

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