31.05.2013 Views

Revista da AMRIGS – BL ISSN 0102 – 2105 – Vol. 55 – N 2 – ABR ...

Revista da AMRIGS – BL ISSN 0102 – 2105 – Vol. 55 – N 2 – ABR ...

Revista da AMRIGS – BL ISSN 0102 – 2105 – Vol. 55 – N 2 – ABR ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

torácica em uma criança com febre por outra razão e essa<br />

alteração radiológica não melhorará com tratamento antimicrobiano.<br />

Raciocínio semelhante pode ser feito em paciente<br />

asmático com uma atelectasia.<br />

A segun<strong>da</strong> pergunta que devemos fazer é se a criança não<br />

está realmente melhor. Muitas vezes houve resposta clínica,<br />

mas a imagem radiológica pode demorar vários meses para a<br />

resolução, não necessitando qualquer intervenção adicional.<br />

No caso de estarmos realmente li<strong>da</strong>ndo com uma pneumonia<br />

que não responde, ou seja, um paciente mantendo<br />

febre e/ou sinais clínicos de pneumonia após uso de antimicrobiano,<br />

algumas situações devem ser considera<strong>da</strong>s.<br />

A presença de uma doença de base como, por exemplo,<br />

uma doença neuromuscular com comprometimento<br />

<strong>da</strong> ventilação, pode levar a uma demora mais acentua<strong>da</strong> na<br />

recuperação.<br />

Na presença de imunodefi ciências, agentes etiológicos<br />

menos frequentes e germes oportunistas podem estar envolvidos<br />

e o espectro antimicrobiano deve necessariamente<br />

<strong>da</strong>r cobertura a eles.<br />

Algumas vezes, o germe envolvido é um germe comum,<br />

porém, resistente ao esquema empregado. Com frequência,<br />

observa-se que um paciente com infecção por germe atípico<br />

não recebe cobertura adequa<strong>da</strong>.<br />

Muito se tem falado <strong>da</strong> resistência bacteriana do pneumococo<br />

à penicilina. Deve ser lembrado que, em nosso meio, a<br />

prevalência dessa resistência ain<strong>da</strong> é baixa. Além disso, como<br />

o parênquima pulmonar é muito irrigado, parece que somente<br />

cepas com MIC muito elevado não apresentam boa resposta à<br />

penicilina e, portanto, permanece uma excelente droga para o<br />

tratamento <strong>da</strong>s pneumonias causa<strong>da</strong>s por esse agente.<br />

Na prática clínica, no entanto, a situação mais comum<br />

de resposta inadequa<strong>da</strong> ao tratamento com antibióticos é o<br />

O objetivo do tratamento <strong>da</strong> asma é o controle <strong>da</strong> doença.<br />

Além <strong>da</strong> educação familiar sobre a doença e medi<strong>da</strong>s<br />

básicas de higiene ambiental, o controle medicamentoso<br />

deve ser sempre considerado naqueles casos de asma<br />

persistente. Este controle é considerado quando a criança<br />

apresenta ausência de: sintomas diurnos, sintomas noturnos,<br />

limitação nas ativi<strong>da</strong>des físicas, necessi<strong>da</strong>de de medicação<br />

de resgate, exacerbações e função pulmonar altera<strong>da</strong><br />

(quando for possível a realização de espirometria)<br />

IV Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria / II Simpósio Sul-Americano de Pediatria<br />

surgimento de complicações <strong>da</strong> pneumonia, principalmente<br />

o surgimento de derrame pleural que pode evoluir para<br />

empiema pleural. Essa complicação está associa<strong>da</strong> a uma<br />

evolução mais arrasta<strong>da</strong>, com febre prolonga<strong>da</strong> e requer,<br />

muitas vezes, intervenções adicionais.<br />

Literatura sugeri<strong>da</strong><br />

Asma: manejo <strong>da</strong> intercrise<br />

Paulo Marcio Pitrez<br />

1. Ru<strong>da</strong>n I, Boschi-Pinto C, Biloglav Z, Mulholland K, Campbell H.<br />

Epidemiology and etiology of childhood pneumonia. Bull World<br />

Health Organ. 2008;86:408-416.<br />

2. Bradley JS. Management of community-acquired pediatric pneumonia<br />

in an era of increasing antibiotic resistance and conjugate<br />

vaccines. Pediatr Infect Dis J. 2002;21:592<strong>–</strong>598.<br />

3. Heffelfi nger JD, Dowell SF, Jorgensen JH, Klugman KP, Mabry<br />

LR, Musher DM, Plouffe JF, Räkowsky A, Schuchat A, Whitney<br />

CG, and the Drug-Resistant Streptococcus pneumoniae Therapeutic<br />

Working Group. Management of community-acquired pneumonia<br />

in the era of pneumococcal resistance. Arch Intern Med.<br />

2000;160:1399-1408.<br />

4. Mamtani M, Patel A, Hibberd PL, Tuan TA, Jeena P, Chisaka N,<br />

Hassan M, Radovan IM, Thea DM, Qazi S, Kulkarni H. A clinical<br />

tool to predict failed response to therapy in children with severe<br />

pneumonia. Pediatr Pulmonol. 2009;44:379-386.<br />

5. Vuori-Holopainen E, Salo E, Saxén H, Hedman K, Hyypiä T, Lahdenperä<br />

R, Leinonen M, Tarkka E, Vaara M, Peltola H. Etiological<br />

diagnosis of childhood pneumonia by use of transthoracic needle<br />

aspiration and modern microbiological methods. Clin Infect Dis.<br />

2002;34:583-590.<br />

6. Coote NMA, Craig J, Heath PT, McKenzie AS, Saul P, Smyth R,<br />

Thomson AH for Pneumonia in Childhood Guideline Development<br />

Group of BTS Stan<strong>da</strong>rds of Care. BTS guidelines for the<br />

management of community-acquired pneumonia in childhood.<br />

Thorax. 2002;57(Suppl 1):i1-i24.<br />

7. Balfour-Lynn IM, Abrahamson E, Cohen G, Hartley J, King S,<br />

Parikh D, Spencer D, Thomson AH, Urquhart D on behalf of<br />

the Paediatric Pleural Diseases Subcommittee of the BTS Stan<strong>da</strong>rds<br />

of Care Committee BTS guidelines for the management of pleural<br />

infection in Children Thorax. 2005;60(Suppl I):i1-i21.<br />

8. Diretrizes brasileiras em pneumonia adquiri<strong>da</strong> na comuni<strong>da</strong>de em<br />

pediatria. 2007. J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 1):S 31-S 50.<br />

Tratamento farmacológico<br />

A escolha dos fármacos e regime de tratamento deve<br />

seguir inicialmente a classifi cação <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> doença<br />

do paciente, segundo diretrizes internacionalmente consagra<strong>da</strong>s.<br />

A partir deste momento, mu<strong>da</strong>-se o tratamento de<br />

acordo com o controle <strong>da</strong> doença, aumentando ou reduzindo<br />

doses, adicionando ou removendo fármacos. A administração<br />

<strong>da</strong>s medicações preventivas na criança devem<br />

<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>AMRIGS</strong>, Porto Alegre, <strong>55</strong> (2): abr.-jun. 2011 / Suplemento 27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!