Revista da AMRIGS – BL ISSN 0102 – 2105 – Vol. 55 – N 2 – ABR ...
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torácica em uma criança com febre por outra razão e essa<br />
alteração radiológica não melhorará com tratamento antimicrobiano.<br />
Raciocínio semelhante pode ser feito em paciente<br />
asmático com uma atelectasia.<br />
A segun<strong>da</strong> pergunta que devemos fazer é se a criança não<br />
está realmente melhor. Muitas vezes houve resposta clínica,<br />
mas a imagem radiológica pode demorar vários meses para a<br />
resolução, não necessitando qualquer intervenção adicional.<br />
No caso de estarmos realmente li<strong>da</strong>ndo com uma pneumonia<br />
que não responde, ou seja, um paciente mantendo<br />
febre e/ou sinais clínicos de pneumonia após uso de antimicrobiano,<br />
algumas situações devem ser considera<strong>da</strong>s.<br />
A presença de uma doença de base como, por exemplo,<br />
uma doença neuromuscular com comprometimento<br />
<strong>da</strong> ventilação, pode levar a uma demora mais acentua<strong>da</strong> na<br />
recuperação.<br />
Na presença de imunodefi ciências, agentes etiológicos<br />
menos frequentes e germes oportunistas podem estar envolvidos<br />
e o espectro antimicrobiano deve necessariamente<br />
<strong>da</strong>r cobertura a eles.<br />
Algumas vezes, o germe envolvido é um germe comum,<br />
porém, resistente ao esquema empregado. Com frequência,<br />
observa-se que um paciente com infecção por germe atípico<br />
não recebe cobertura adequa<strong>da</strong>.<br />
Muito se tem falado <strong>da</strong> resistência bacteriana do pneumococo<br />
à penicilina. Deve ser lembrado que, em nosso meio, a<br />
prevalência dessa resistência ain<strong>da</strong> é baixa. Além disso, como<br />
o parênquima pulmonar é muito irrigado, parece que somente<br />
cepas com MIC muito elevado não apresentam boa resposta à<br />
penicilina e, portanto, permanece uma excelente droga para o<br />
tratamento <strong>da</strong>s pneumonias causa<strong>da</strong>s por esse agente.<br />
Na prática clínica, no entanto, a situação mais comum<br />
de resposta inadequa<strong>da</strong> ao tratamento com antibióticos é o<br />
O objetivo do tratamento <strong>da</strong> asma é o controle <strong>da</strong> doença.<br />
Além <strong>da</strong> educação familiar sobre a doença e medi<strong>da</strong>s<br />
básicas de higiene ambiental, o controle medicamentoso<br />
deve ser sempre considerado naqueles casos de asma<br />
persistente. Este controle é considerado quando a criança<br />
apresenta ausência de: sintomas diurnos, sintomas noturnos,<br />
limitação nas ativi<strong>da</strong>des físicas, necessi<strong>da</strong>de de medicação<br />
de resgate, exacerbações e função pulmonar altera<strong>da</strong><br />
(quando for possível a realização de espirometria)<br />
IV Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria / II Simpósio Sul-Americano de Pediatria<br />
surgimento de complicações <strong>da</strong> pneumonia, principalmente<br />
o surgimento de derrame pleural que pode evoluir para<br />
empiema pleural. Essa complicação está associa<strong>da</strong> a uma<br />
evolução mais arrasta<strong>da</strong>, com febre prolonga<strong>da</strong> e requer,<br />
muitas vezes, intervenções adicionais.<br />
Literatura sugeri<strong>da</strong><br />
Asma: manejo <strong>da</strong> intercrise<br />
Paulo Marcio Pitrez<br />
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pediatria. 2007. J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 1):S 31-S 50.<br />
Tratamento farmacológico<br />
A escolha dos fármacos e regime de tratamento deve<br />
seguir inicialmente a classifi cação <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> doença<br />
do paciente, segundo diretrizes internacionalmente consagra<strong>da</strong>s.<br />
A partir deste momento, mu<strong>da</strong>-se o tratamento de<br />
acordo com o controle <strong>da</strong> doença, aumentando ou reduzindo<br />
doses, adicionando ou removendo fármacos. A administração<br />
<strong>da</strong>s medicações preventivas na criança devem<br />
<strong>Revista</strong> <strong>da</strong> <strong>AMRIGS</strong>, Porto Alegre, <strong>55</strong> (2): abr.-jun. 2011 / Suplemento 27