08.06.2013 Views

Orações de sapiência - Universidade de Coimbra

Orações de sapiência - Universidade de Coimbra

Orações de sapiência - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

INTRODUÇÃO<br />

Graus, tomo IV, liv. I, pp. 26 v.-27 – que faz referência à estadia do humanista nesta<br />

Universida<strong>de</strong>: “... p(er) q cõstava q o dito pº. frz provara p(er) duas t as . q ouvira seis<br />

cursos <strong>de</strong> Canones en Paris e Tolosa...”. Não sabemos até que ponto <strong>de</strong>vemos dar<br />

crédito a este documento, pois é a única notícia que temos da possível permanência<br />

<strong>de</strong> Pedro Fernan<strong>de</strong>s em Tolosa. Nos outros documentos e nos autores que ao assunto<br />

se referem, apenas é mencionada a frequência na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paris.<br />

Do seu estudo nesta Universida<strong>de</strong>, sabemos somente – através da en Corporação<br />

<strong>de</strong> mestre em artes <strong>de</strong> pº. frz, da carta <strong>de</strong> mestre <strong>de</strong> pº. frz, <strong>de</strong> Autos e Graus, tomo IV,<br />

liv. I, pp. 26 v-27 e dos autores e obras referidas – que em 1546 era Mestre em Artes e<br />

que, na mesma Universida<strong>de</strong>, frequentou seis anos <strong>de</strong> Direito Canónico. O humanista<br />

refere-se a essa frequência <strong>de</strong> vários anos <strong>de</strong> Direito, quando diz na <strong>de</strong>dicatória:<br />

“Cum in hanc tuam, Rex Inuictissime, florentissimam Aca<strong>de</strong>miam e Gallia uenissem,<br />

ibique Iuris studia, quibus in<strong>de</strong> ab aliquot annis eram initiatus, prosequerer...”.<br />

Em Paris terá travado conhecimento com António <strong>de</strong> Cabedo, autor dos três<br />

dísticos elegíacos que prefaciam a oração <strong>de</strong> <strong>sapiência</strong>. Assim o afirma o Dr. Luís<br />

<strong>de</strong> Matos, op. cit., p. 98: “Pedro Fernan<strong>de</strong>s et António Cabedo se sont sans doute<br />

connus à Paris; dans le discours on trouve une composition en vers latins <strong>de</strong> celui-<br />

-ci à l’éloge <strong>de</strong> l’auteur”.<br />

3. Carreira universitária em <strong>Coimbra</strong><br />

Diogo Barbosa Machado, op. cit., tomo I, pp. 226-227, alu<strong>de</strong> a essa permanência<br />

em Paris, acrescentando que recebeu “na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> as insignias<br />

doutoraes em Direito Canonico, em que era muito perito”. Como se po<strong>de</strong> ver em<br />

Dr. Mário Brandão, Actas dos Conselhos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1537 a 1557, vol. II,<br />

1ª parte, pp. 179, 181 e 194, e vol. II, 2ª parte, pp. 184, 187 e 225, e nos Autos e<br />

Graus, tomo V, vol. I, f. 50 v., António <strong>de</strong> Cabedo encontrava-se em <strong>Coimbra</strong> entre<br />

os anos <strong>de</strong> 1549 e 1554. Concluir-se-á então que o seu regresso se efectuou, o mais<br />

tardar, em 1549, pois que aparece a data <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Novembro do mesmo ano na en<br />

Corporação <strong>de</strong> mestre em artes <strong>de</strong> pº. frz.<br />

Pedro Fernan<strong>de</strong>s é, na verda<strong>de</strong>, incorporado na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> em<br />

14 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1550, on<strong>de</strong> lhe é dada a correspondência do grau <strong>de</strong> Mestre em<br />

Artes adquirido em Paris e lhe são tomados em conta os seis anos <strong>de</strong> Jurisprudência<br />

Canónica.<br />

E, “ainda que não foi Mestre da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>” 2 , pronuncia neste<br />

mesmo ano, em 1 <strong>de</strong> Outubro, “com admiração <strong>de</strong> todos os cathedráticos”, a Oração<br />

1 1 3<br />

2 Leitão Ferreira, Notícias Cronológicas…, vol. III, tom. I, pp. 42-43, § 89. Pedro Fernan<strong>de</strong>s<br />

não foi o único não-professor a proferir uma oração <strong>de</strong> <strong>sapiência</strong>. André <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong> não o<br />

era em 1534, ano em que também pronunciou a sua oratio pro rostris.<br />

Obra protegida por direitos <strong>de</strong> autor

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!