S u m á r i o TEXToS ClÁSSICoS <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Abor<strong>da</strong>gem <strong>Gestáltica</strong> – XVII(2): vii-viii, jul-dez, 2011 Sumário - Sobre o Conceito de Sensação (1913) ...................................................................................................... 217 José Ortega y Gasset DISSERTAÇÕES E TESES - A Ambigui<strong>da</strong>de na Fenomenologia <strong>da</strong> Percepção de Maurice Merleau-Ponty (2007) ......................... 227 Leandro Neves Cardim (Doutorado em Filosofia, Universi<strong>da</strong>de de São Paulo) - A Clínica <strong>da</strong> Urgência Psicológica: Contribuições <strong>da</strong> Abor<strong>da</strong>gem Centra<strong>da</strong> na Pessoa e <strong>da</strong> Teoria do Caos (2003) .............................................................................................................................. 229 Márcia Alves Tassinari (Doutorado em Psicologia, Universi<strong>da</strong>de Federal do Rio de Janeiro) NoRMAS - Normas de Publicação <strong>da</strong> <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Abor<strong>da</strong>gem <strong>Gestáltica</strong> .............................................................. 235 viii
Editorial Ao final do século XIX, quando aquelas ciências que – na atuali<strong>da</strong>de – viriam a ser chama<strong>da</strong>s de “ciências humanas” <strong>da</strong>vam seus primeiros passos, e buscavam se estabelecer no terreno <strong>da</strong>s objetivi<strong>da</strong>des, Wilhelm Dilthey (1833-1911) já discutia sua “teoria <strong>da</strong> visão de mundo”, ou a Weltanschauung: “(...) em que ‘viver é apreciar’, é avaliar, é escolher, é <strong>da</strong>r sua ‘interpretação’ ao mundo natural” (Japiassu & Marcondes, 1990, p. 73). Em sua obra fun<strong>da</strong>mental, Introdução ao Estudo <strong>da</strong>s Ciências Humanas 1 (de 1883), Dilthey critica a apropriação <strong>da</strong> visão positivista <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de humana, afirmando que esta reali<strong>da</strong>de é “essencialmente social e histórica” (Japiassu & Marcondes, 1990, p. 73) e, assim, não seria passível de explicação – causal e racionalista –, mas de compreensão. Posteriormente, em outra obra fun<strong>da</strong>mental – principalmente para a psicologia, as Ideias sobre uma psicologia descritiva e analítica (de 1894) – Dilthey ratifica esta posição, assinalando que as ditas “ciências humanas” (à época chama<strong>da</strong>s de ciências do espírito) tem uma especifici<strong>da</strong>de: As ciências humanas partem do nexo psíquico <strong>da</strong>do na experiência interna. A diferença fun<strong>da</strong>mental do conhecimento psicológico em relação ao conhecimento <strong>da</strong> natureza consiste no fato de o nexo ser <strong>da</strong>do aqui primariamente na vi<strong>da</strong> psíquica, e é aí que reside, portanto, mesmo a primeira e fun<strong>da</strong>mental peculiari<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s ciências humanas (Dilthey, 1894/2011, p. 158). Este nexo é representado pela palavra alemã Erlebnis, liga<strong>da</strong> a “vi<strong>da</strong>”, a “viver”. Quem traduziu este vocábulo, originalmente proposto por Dilthey, foi o filósofo espanhol José ortega y Gasset (1883-1955), em 1913, com a palavra “vivência” (Mora, 1994/2004). Este neologismo castelhano passou a significar “experiência vivi<strong>da</strong> subjetivamente” ou “experiência interna”, fun<strong>da</strong>mental – pois – para as ciências humanas em geral e, particularmente, para as ciências psicológicas, como bem aponta o iminente psiquiatra Nobre de Melo (1979). Fizemos esta introdução como forma de anunciar o que trazemos neste novo número <strong>da</strong> <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Abor<strong>da</strong>gem <strong>Gestáltica</strong> que, ao longo dos últimos cinco anos, assumiu uma proposta – e um desafio – de se tornar mais um veículo para a difusão, debate e solidificação do pensamento fenomenológico no Brasil. Como tal, este novo número conta com os primeiros trabalhos apresentados no II Congresso Sul-Brasileiro de Fenomenologia, realizado na Universi<strong>da</strong>de Federal do Paraná, entre 02 e 04 de junho de 2011. Um número expressivo de participantes – mais de 350 1 Título original: Einleitung in die Geisteswissenschafter. pessoas – e outro ain<strong>da</strong> mais expressivo – mais de cem trabalhos 2 apresentados, entre conferências, palestras, comunicações, etc. – mostra que um novo movimento começa a tomar corpo no país. Começamos a publicar algumas destas contribuições, trazendo aos leitores doze desses trabalhos – oito deles frutos de pesquisas em Programas de Pós-Graduação –, que refletem não apenas a solidez <strong>da</strong> discussão, como também a diversi<strong>da</strong>de de temas e autores que tem sido trabalhados em psicologia fenomenológica no país: Brentano, Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty, Sartre e Tillich, dentre outros, são alguns desses autores. Em contraparti<strong>da</strong>; espaciali<strong>da</strong>de, percepção, religiosi<strong>da</strong>de, arte, clínica, suicídio e psicopatologia, são alguns desses temas. E, ao final, brin<strong>da</strong>mos a todos com a tradução de um excelente texto de Ortega y Gasset – intitulado Sobre o Conceito de Sensação, de 1913 – onde o autor, além de fazer uma breve, mas significativa introdução à fenomenologia, nos indica o lugar <strong>da</strong> “vivência” a que nos referimos no início. Referências Adriano Furtado Holan<strong>da</strong> - Editor - Dilthey, W. (2011). Ideias sobre uma psicologia descritiva e analítica. Rio de Janeiro: Via Verita Editora (Original publicado em 1894). Japiassu, H. & Marcondes, H. (1990). Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. Mora, J.F. (2004). Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola (Original publicado em 1994). Nobre de Melo, A.L. (1979). Psiquiatria (Vol. I). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/FENAME. 2 Os Anais do II Congresso Sul-Brasileiro de Fenomenologia (cujo tema foi “Vínculo, Relação, Diálogo), estão disponíveis online e podem ser consultados no link: http://www.labfeno.ufpr.br/textos/Anais_II_ Congresso_Sul_%20Brasileiro_de_Fenomenologia_2011.pdf ix <strong>Revista</strong> <strong>da</strong> Abor<strong>da</strong>gem <strong>Gestáltica</strong> – XVII(2): ix, jul-dez, 2011 E d i t o r i a l
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