Roteiro de Estudo para Iniciantes em Oclusão _ Cap 08
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Disfunção Dentária Fernan<strong>de</strong>s Neto, A.J., et al. Univ. Fed. Uberlândia - 2006 113<br />
mente, 9 minutos durante as 24 horas do<br />
dia (GRIPPO 1992).<br />
As seqüelas no envolvimento do<br />
esmalte inclu<strong>em</strong> linhas finas <strong>de</strong> fratura,<br />
estrias e lesões cuneiformes (GRIPPO<br />
1992). Já as seqüelas do envolvimento da<br />
<strong>de</strong>ntina inclu<strong>em</strong> uma lesão profunda na<br />
cervical <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> V, completamente<br />
circundada pelo <strong>de</strong>nte ou várias chanfraduras<br />
na junção <strong>de</strong>ntina esmalte (GRIPPO<br />
1992). Uma invaginação da ponta da<br />
cúspi<strong>de</strong> (abfração oclusal) po<strong>de</strong> ocorrer<br />
nas <strong>de</strong>pressões <strong>em</strong> molares e pré-molares<br />
como resultado da invaginação dos prismas<br />
<strong>de</strong> esmalte na superfície oclusal<br />
(GRIPPO 1992).<br />
A localização da lesão é <strong>de</strong>terminada<br />
pela direção da força lateral que produz a<br />
tensão. O tamanho da lesão é <strong>de</strong>terminado<br />
pela magnitu<strong>de</strong> e freqüência da tensão<br />
produzida (LEE & EAKLE 1984).<br />
A relação entre as lesões <strong>de</strong><br />
abfração e a morfologia e anatomia do<br />
<strong>de</strong>nte na junção <strong>de</strong>ntina esmalte (espessura<br />
do esmalte e <strong>de</strong>ntina) também foram examinadas<br />
(LEE & EAKLE 1984, GOEL,<br />
KHERA & RALSTON 1991).<br />
<strong>Estudo</strong>s concluíram que exist<strong>em</strong><br />
variações na distribuição <strong>de</strong> tensões na<br />
junção <strong>de</strong>ntina esmalte e os dados suger<strong>em</strong><br />
alto grau <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> entre a tensão<br />
padrão, a junção DE e a formação das<br />
lesões cervicais, (GOEL, KHERA &<br />
RALSTON, 1991).<br />
O <strong>de</strong>nte canino representa importante<br />
papel sobre os movimentos laterais na<br />
<strong>de</strong>ntição, suprindo função protetora <strong>para</strong> o<br />
relacionamento dos <strong>de</strong>ntes posteriores, se<br />
os caninos são ausentes, forças laterais são<br />
transmitidas <strong>para</strong> o <strong>de</strong>nte posterior com o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> possíveis abfrações<br />
cervicais, (LEE & EAKLE 1984).<br />
PARAFUNÇÕES<br />
Bruxismo é todo contato <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes<br />
antagônicos com pressão e/ou <strong>de</strong>slizamento<br />
fora dos movimentos fisiológicos<br />
<strong>de</strong> mastigação e <strong>de</strong>glutição.<br />
O termo bruxismo t<strong>em</strong> sido atribuído<br />
ao longo da história a vários distúrbios,<br />
tais como apertamento <strong>de</strong>ntário (bruxismo<br />
cêntrico) e ranger dos <strong>de</strong>ntes (bruxismo<br />
excêntrico), resultando <strong>em</strong> <strong>de</strong>sgaste não<br />
funcional das superfícies <strong>de</strong>ntárias.<br />
Karolyi, <strong>em</strong> 1901, foi o primeiro a<br />
realizar um estudo científico sobre o<br />
probl<strong>em</strong>a e o <strong>de</strong>nominou neuralgia traumatica,<br />
o que posteriormente foi <strong>de</strong>nominado<br />
<strong>de</strong> efeito Karolyi, por Weski <strong>em</strong><br />
1928; neurose do hábito oclusal por<br />
Tishler <strong>em</strong> 1928; <strong>de</strong> bruxismo, por Miller<br />
<strong>em</strong> 1936; <strong>para</strong>função, por Drum <strong>em</strong> 1967<br />
e ultimamente é consi<strong>de</strong>rado um hábito<br />
<strong>para</strong>funcional, (REHBERGER, et al.<br />
1982), (fig.11)<br />
Fig. 11 - Caso clínico <strong>de</strong> <strong>para</strong>função (bruxismo).<br />
É fundamental que o Cirurgião<br />
Dentista conheça a etiologia <strong>de</strong>sse hábito<br />
<strong>de</strong> orig<strong>em</strong> multifatorial, que causa controvérsia<br />
entre os autores e gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />
no estabelecimento <strong>de</strong> seu diagnóstico<br />
e tratamento.<br />
Segundo HUFFMAN & REGENOS,<br />
1977, uma noite <strong>de</strong> bruxismo é igual uma<br />
vida inteira <strong>de</strong> mastigação.<br />
Etiologia<br />
Os fatores etiológicos po<strong>de</strong>m ser<br />
divididos <strong>em</strong> intra e extrabucais<br />
(REHBERGER et al., 1982).<br />
Como fatores intrabucais, qualquer<br />
pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong> ou interferência oclusal<br />
po<strong>de</strong>rá ser responsável pelo início do<br />
bruxismo. Tais fatores se classificam <strong>em</strong><br />
iatrogênicos primários e secundários.<br />
Iatrogênicos - qualquer interferência<br />
ou pr<strong>em</strong>aturida<strong>de</strong> ocasionada por trata-