23.06.2013 Views

GEOGRAFIA ECONÔMICA Anais de Geografia Econômica e Social

GEOGRAFIA ECONÔMICA Anais de Geografia Econômica e Social

GEOGRAFIA ECONÔMICA Anais de Geografia Econômica e Social

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Henri Maspero—<br />

39<br />

sem sofrimento terras on<strong>de</strong> estabelecer uma cida<strong>de</strong> ou um porto.<br />

O que está <strong>de</strong>scrito, é o rito mais importante da tomada <strong>de</strong> posse, a<br />

fundação do burgo on<strong>de</strong>, ao lado <strong>de</strong> sua própria residência , o senhor<br />

estabelece o templo <strong>de</strong> seus ancestrais e o altar <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>us do<br />

solo. Em uma das o<strong>de</strong>s, é o duque <strong>de</strong> Lieu que <strong>de</strong>ixa a instalação<br />

provisória do início e sua população “numerosa e comprimida”<br />

<strong>de</strong>pois das primeiras ocupações dos campos e as primeiras<br />

colheitas: “Ele tomou da carne grelhada e do grão torrado −<br />

colocou-os em sacos e cestos... – com arcos e flechas mantidos<br />

prontos −, com escudos, albardas, machados <strong>de</strong> armas e machados<br />

em gancho − , então ele se pôs em marcha”; ei-lo à procura <strong>de</strong> um<br />

local favorável: “Ele sobe, ei-lo no pico, ele <strong>de</strong>sce e se encontra <strong>de</strong><br />

novo na planície”, até que tenha encontrado o melhor lugar para<br />

uma instalação <strong>de</strong>finitiva; constrói um muro <strong>de</strong> cerca em terra,<br />

<strong>de</strong>pois oferece uma refeição ritual àqueles que o acompanharam,<br />

seguida da qual “eles o fazem seu senhor, eles lhe ren<strong>de</strong>m<br />

homenagem”. Em uma outra o<strong>de</strong>, é o Antigo-duque, T’na-fu, que,<br />

expulso, dizem, pelos bárbaros, <strong>de</strong>ixa o lugar on<strong>de</strong> seus súditos<br />

“faziam cavernas, faziam grutas − não tendo ainda casas −... Ele<br />

veio pela manhã, ao galope <strong>de</strong> seus cavalos −, ... ele veio procurar<br />

para si uma residência. – A planície <strong>de</strong> Tcheu era bela − violetas e<br />

serralhas eram como doces”; a adivinhação tendo dado uma<br />

resposta favorável, ele se instala: constrói primeiro o templo<br />

ancestral, ergue em seguida uma pequena cerca <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> 5.000<br />

pés (cerca <strong>de</strong> 1.200 metros <strong>de</strong> comprimento), <strong>de</strong>pois constrói suas<br />

salas <strong>de</strong> audiência e seu palácio, enfim, o altar do <strong>de</strong>us do solo;<br />

com os progressos do trato das terras, os bárbaros tiveram <strong>de</strong> fugir:<br />

“os carvalhos e as árvores espinhosas <strong>de</strong>sapareceram − estradas<br />

para viajantes se abriram – os bárbaros fugiram −; ora, eles estavam<br />

todos ofegantes 25 ”. Na medida em que os poetas <strong>de</strong>screveram os<br />

fatos tais como se passaram sob seus olhos, sob a cor <strong>de</strong> contar os<br />

acontecimentos <strong>de</strong> um passado remoto, parece que os chineses<br />

obtiveram com freqüência pacificamente sua instalação em um<br />

canto <strong>de</strong> mata que eles <strong>de</strong>smataram para transformar em campos<br />

irrigados permanentes, enquanto os bárbaros só faziam campos<br />

temporários, análogos aos que os montanheses <strong>de</strong> Alto-Tonkin<br />

25 Che king, trad. Couvreur, 287, 316; trad. Legge, 437, 483.<br />

<strong>GEOGRAFIA</strong> <strong>ECONÔMICA</strong> - Florianópolis - Edição n.1 - Revisada 349 p. - Julho 2008

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!