25.06.2013 Views

O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro

O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro

O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1763/1852 a <strong>construção</strong> da cida<strong>de</strong> entre <strong>de</strong>spotismo e liberalismo, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Arquitectura da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> (policopia<strong>do</strong>).<br />

Até ao século XIX e ao caminho-<strong>de</strong>-ferro, as estradas da água tiveram <strong>uma</strong> impor-<br />

tância basilar. Ao longo <strong>do</strong><br />

curso inte<strong>rio</strong>r <strong>do</strong> <strong>Douro</strong>, os<br />

barcos rabelos faziam o per-<br />

curso <strong>do</strong>s vinhos <strong>do</strong> Alto<br />

<strong>Douro</strong>. Do <strong>Porto</strong>, por mar,<br />

saíam os navios para a pes-<br />

ca nos bancos da Terra<br />

Nova e para o comércio e<br />

as carreiras <strong>de</strong> passageiros<br />

para Lisboa, para África,<br />

para o Brasil. Para trajectos<br />

mais curtos, a navegação<br />

no <strong>rio</strong> <strong>Douro</strong> era também<br />

usada intensamente para o<br />

abastecimento diá<strong>rio</strong> da cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as lenhas e o carvão, até a <strong>uma</strong> infinida-<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos alimentares e bens <strong>de</strong> consumo corrente.<br />

A <strong>construção</strong> da Alfân<strong>de</strong>ga Nova (c.1860), com um acesso em túnel ligan<strong>do</strong> à<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> caminho-<strong>de</strong>-ferro, marca <strong>uma</strong> das maiores obras <strong>de</strong> artificialização das<br />

margens, ao mesmo tempo que as fábricas se vão instalan<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Freixo, até<br />

Massarelos e Lor<strong>de</strong>lo, sobretu<strong>do</strong> junto das margens on<strong>de</strong> <strong>de</strong>saguam pequenos <strong>rio</strong>s<br />

e on<strong>de</strong> as condições topográficas são mais favoráveis.<br />

“A partir <strong>do</strong> século XVI, a viticultura <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, com objectivos comerciais, assu-<br />

me importância crescente na zona <strong>do</strong>s vinhos <strong>de</strong> Lamego, <strong>de</strong>signação que abar-<br />

ca os vinhos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> diferenciada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> actual Baixo Corgo,<br />

mas também em outras áreas que no século XVIII virão a integrar a região <strong>de</strong>mar-<br />

cada <strong>do</strong> <strong>Douro</strong>, como as encostas <strong>do</strong>s <strong>rio</strong>s Távora e Pinhão.<br />

A expansão vitícola prosseguiu no século XVII, a par <strong>de</strong> alterações na tecnologia<br />

da produção <strong>de</strong> vinhos e <strong>de</strong> um maior envolvimento nos merca<strong>do</strong>s europeus <strong>de</strong><br />

vinhos. Em 1675, aparece pela primeira vez, <strong>uma</strong> referência <strong>do</strong>cumental à <strong>de</strong>sig-<br />

nação "vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>", referente a vinho exporta<strong>do</strong> para a Holanda. Por essa altu-<br />

5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!