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O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro

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Foi preciso esperar quase até aos anos noventa <strong>do</strong> século XX para que se consu-<br />

masse <strong>uma</strong> transformação que até hoje se tem vin<strong>do</strong> a intensificar. No entanto o<br />

tempo passou no <strong>Porto</strong> e nas margens <strong>do</strong> <strong>Douro</strong> sem gran<strong>de</strong>s sobressaltos daque-<br />

les que como os gran<strong>de</strong>s incêndios, terramotos ou guerras <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>ras, limpam a<br />

memória das cida<strong>de</strong>s. As margens <strong>do</strong> <strong>Douro</strong> são um palimpsesto on<strong>de</strong> ainda se<br />

registam as sucessivas marcações e se acumulam marcas <strong>do</strong> tempo longo e <strong>do</strong>s<br />

perío<strong>do</strong>s curtos em que a mudança é rápida. O próp<strong>rio</strong> aterro da Alfân<strong>de</strong>ga<br />

Nova, <strong>uma</strong> das maiores obras <strong>de</strong> transformação das margens, <strong>de</strong>ixou <strong>do</strong> la<strong>do</strong><br />

oposto ao <strong>rio</strong> a marcação <strong>do</strong> antigo nível da praia, <strong>do</strong>s arcos em pedra que<br />

<strong>de</strong>fendiam as habitações supe<strong>rio</strong>res das gran<strong>de</strong>s inundações que o <strong>rio</strong> trazia no<br />

Inverno.<br />

Em 1985 foi concluída a barragem <strong>de</strong> Crest<strong>uma</strong>-Lever, a última das gran<strong>de</strong>s barra-<br />

gens <strong>do</strong> <strong>Douro</strong>, peça importante no sistema <strong>de</strong> produção hidroeléctrica <strong>do</strong> <strong>rio</strong>, no<br />

controlo das cheias e na navegabilida<strong>de</strong> que agora se po<strong>de</strong> fazer, embora <strong>de</strong> for-<br />

ma muito limitada, até à fronteira com Espanha.<br />

2. Segun<strong>do</strong> andamento: a <strong>construção</strong> <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>nova</strong> relação<br />

Hoje, quan<strong>do</strong> se fala <strong>do</strong> <strong>rio</strong> <strong>Douro</strong>, estão presentes sobretu<strong>do</strong> quatro temas:<br />

- Uma estrada <strong>de</strong> água - intercalan<strong>do</strong> barragens, eclusas e albufeiras - <strong>de</strong><br />

ligação ao Alto <strong>Douro</strong> que está a ser usada pelos barcos turísticos, com <strong>uma</strong><br />

articulação cada vez maior à região vinhateira on<strong>de</strong> se combina o negócio<br />

<strong>do</strong> vinho com o turismo. O potencial <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> <strong>rio</strong> para o transporte <strong>de</strong> mer-<br />

ca<strong>do</strong>rias está, para já, reduzi<strong>do</strong> a algum transporte <strong>de</strong> granito, <strong>de</strong>positan<strong>do</strong>-<br />

se alg<strong>uma</strong>s expectativas nas obras <strong>do</strong>s novos molhes na foz <strong>do</strong> <strong>rio</strong> que permi-<br />

tirão a passagem <strong>de</strong> embarcações para o mar e para o porto <strong>de</strong> Leixões. Os<br />

custos da intermodalida<strong>de</strong> transporte fluvial/transporte não fluvial impe<strong>de</strong>m o<br />

uso <strong>do</strong>s barcos <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias. O principal potencial <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> cargas,<br />

o vinho, tem um significa<strong>do</strong> nulo. A preparação e engarrafamento <strong>do</strong> vinho<br />

<strong>do</strong> <strong>Porto</strong> faz-se cada vez mais na região <strong>de</strong> origem, passada a obrigatorieda-<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> entreposto <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Gaia para on<strong>de</strong>, <strong>de</strong> resto, o cami-<br />

nho-<strong>de</strong>-ferro já tinha substituí<strong>do</strong> o transporte por barco. A ambição <strong>de</strong> criar<br />

um corre<strong>do</strong>r fluvial <strong>de</strong> transportes <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>rias para Espanha continua<br />

sem interesse. O Instituto Portuá<strong>rio</strong> e <strong>de</strong> Transportes Marítimos – <strong>Douro</strong>, conti-<br />

nua com a sua missão <strong>de</strong> garantir o canal navegável (sobretu<strong>do</strong> até à<br />

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