26.06.2013 Views

as políticas públicas para o ensino técnico profissional na era vargas

as políticas públicas para o ensino técnico profissional na era vargas

as políticas públicas para o ensino técnico profissional na era vargas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Gustavo Capanema, que instituiu <strong>as</strong> Leis Orgânic<strong>as</strong> do Ensino, onde o <strong>ensino</strong><br />

<strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izante definitivamente teve su<strong>as</strong> b<strong>as</strong>es solidificad<strong>as</strong>.<br />

Mantendo em comum acordo com <strong>as</strong> disposições da Constituição de 1937 <strong>as</strong> Leis<br />

Orgânic<strong>as</strong> estabelec<strong>era</strong>m du<strong>as</strong> vertentes <strong>para</strong> o <strong>ensino</strong> <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>, sendo uma oficial mantida<br />

pelo governo e outra em <strong>para</strong>lelo, organizada e mantida pelo setor privado (Carvalho, 2012).<br />

No que diz respeito ao sistema oficial de <strong>ensino</strong>, este não teve condições de manter-se<br />

atualizado frente às constantes exigênci<strong>as</strong> que o desenvolvimento <strong>técnico</strong>-industrial exigia.<br />

Por outro lado, os cursos <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izantes mantidos pel<strong>as</strong> instituições privad<strong>as</strong> como<br />

SENAI e SENAC cresciam, sobretudo com a participação da população de baixa renda que<br />

via como “boa” a oportunidade de <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izar-se e ainda receber uma ajuda de custo <strong>para</strong><br />

isso.<br />

Esta situação não se estendia a cl<strong>as</strong>se média que detinha situação fi<strong>na</strong>nceira estável e<br />

buscava maior <strong>as</strong>censão social, condição que os cursos <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izantes não ofereciam,<br />

desta forma a cl<strong>as</strong>se média optava pelos cursos de “formação” que lhe possibilitava acesso<br />

aos cursos superiores e posteriormente a exercer profissões lib<strong>era</strong>is (CARVALHO, 2012).<br />

Cabe ressaltar que <strong>na</strong> Era Varg<strong>as</strong> tanto <strong>na</strong> Reforma Francisco Campos como <strong>na</strong><br />

Reforma Capanema, o <strong>ensino</strong> secundário abordava conteúdos clássicos e científicos que<br />

serviam de b<strong>as</strong>e pre<strong>para</strong>tória <strong>para</strong> o vestibular que se configurava porta de acesso ao <strong>ensino</strong><br />

superior, diferentemente do <strong>ensino</strong> <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izante que não dispunha dest<strong>as</strong> condições.<br />

Neste contexto, verifica-se que a real fi<strong>na</strong>lidade dos cursos <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong>izantes não <strong>era</strong><br />

formar/educar os indivíduos e sim treiná-los <strong>para</strong> exercer determi<strong>na</strong>da função sem “maiores<br />

reflexões” restringindo <strong>as</strong>sim, <strong>as</strong> condições de acessão social. O mesmo não acontecia com os<br />

alunos que tinha condições de frequentar o <strong>ensino</strong> secundário propedêutico que abria margens<br />

<strong>para</strong> a formação continuada em qualquer curso do <strong>ensino</strong> superior.<br />

As principais diferenç<strong>as</strong> entre o <strong>ensino</strong> secundário e o <strong>ensino</strong> <strong>profissio<strong>na</strong>l</strong> podem ser<br />

constatad<strong>as</strong> no currículo proposto <strong>para</strong> cada modalidade de <strong>ensino</strong>. Segundo <strong>as</strong> disposições do<br />

Capítulo II da Lei Orgânica do Ensino Industrial Lei n° 4.073 de 1942, os cursos industriais<br />

deveriam ser organizados de modo que <strong>as</strong> disciplin<strong>as</strong> específic<strong>as</strong> de caráter pre<strong>para</strong>tório<br />

perme<strong>as</strong>sem toda a estrutura curricular.<br />

A<strong>na</strong>is da Sema<strong>na</strong> de Pedagogia da UEM. Volume 1, Número 1. Maringá: UEM, 2012 7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!